Um velho fingidor, tolo farsante
Que sabe muito bem usar o dom
De ter em suas mãos, música e tom,
E segue o seu caminho cambiante.
Na vaga sensação de um mero instante
Por vezes disfarçando algum batom
Escuta sem ouvir, sons de um pistom
Cavalga este vazio, galopante.
E o quanto se mentindo vai ou vem
No fundo nada sabe sobre alguém,
Porém toca profundo dentro da alma;
Bufão e muitas vezes menestrel,
Nas mãos contendo o inferno, bebe o Céu
Gerando a tempestade que ora acalma...
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