Cantando o nada ter seguindo em frente
Destroços que recolho dos meus passos
E neles novos dias, velhos traços
O quanto se queria diferente
No fundo não se sabe nem se sente
Sequer nestes momentos bem mais lassos,
Os gozos entre dores e cansaços
Medonhas ilusões, pobre demente,
Arrisco-me e sabendo desta queda,
Pagando com a mesma vã moeda
A dor que me trouxeste como brinde,
Sem ter qualquer beleza que deslinde
A vida se perdendo em turbilhões
Aos quais os meus caminhos logo expões.
No comments:
Post a Comment