Retratos do que fomos, as carrancas
Vagando pelo rio em noite escura
Na ausência de beleza, a dor perdura,
E apenas sofrimentos vis arrancas,
E quando se percebe frágeis laços
Que uniram sentimentos tão diversos,
Somente restarão então meus versos,
E neles os meus olhos, tristes, lassos,
Num enfadonho canto, a ladainha
Que tanto repetiste vida afora,
E sabes muito bem o quanto agora,
Uma esperança viva é tão daninha,
Não deixe qualquer rastro nesta sala,
Minha alma empedernida já se cala.
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