O ocaso deste sonho feito em vida
Agarrando meus pés cruel quimera,
E além do que deveras não se espera
A sorte muitas vezes corroída
Mostrando a face amarga construída
Nos ermos da emoção, terrível fera
E quando esta paisagem degenera
A face num esgar já destruída.
Amedrontados olhos nada vêm
Procuro uma esperança, mas ninguém
Somente esta vontade de morrer.
E nela bebo enfim farto veneno,
E quando com delírios eu aceno,
A podridão invade todo o ser.
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