Talvez na irrigação encontre enfim
A solução final para a aridez
Na qual uma esperança se desfez
Tomando com furor nosso jardim
E quando vejo o mundo dentro em mim
Moldado por cruel insensatez
Escondo-me da dor e sei, talvez
Aonde quis princípio veja o fim.
Assento o meu olhar neste horizonte
Bem antes que a tempesta já desponte
Toando com terror vozes profanas,
E sinto nos teus olhos a inclemência
Do amor que se mostrando em tal ausência
Traduz o quanto ainda tu me enganas.
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