Vencer as tempestades e quimeras
Depois das costumeiras derrocadas
Aonde se pensaram as estradas
A cada novo dia degeneras
E quando no sofrer decerto esmeras
E bebo deste etéreo e tenso nada,
A faca nos temores afiada
Refazem nos meus olhos outras eras.
Andara entre cometas, falsos astros,
A vida ao retirar de mim meus lastros
Deixando-me à mercê da própria sorte,
Naufrágios se tornando corriqueiros
Nesta aridez matando os meus canteiros,
Prenunciando enfim a minha morte.
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