ÁGIO
Na sombra que se
mostre além e imensa,
A marca de quem fora
tolamente
Quem tanto esta ilusão
vaga fomente
E espera algum
castigo ou recompensa,
A espessa solidão,
atroz e intensa,
A sórdida expressão
de um ser demente,
Bebendo cada gota
que atormente
Ainda noutro
instante, inútil, pensa.
Vestindo a alegoria
este boçal,
Atravessando o mar
em frágil nau
Apenas encontrara
outro naufrágio,
E a vida concedida
em ato insano,
Agora se desnuda e;
desumano,
Tormento me
cobrando com seu ágio...
MARCOS LOURES
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