O NADA ALCANÇO 005
Falasse de um amor
que não tivera
A fúria desdenhosa
de quem tenta
Vencer a calmaria
co’a tormenta
Enaltecendo em si a
viva fera,
Olhando para trás
e, quem me dera,
Soubesse desvendar
a violenta
Noção que a cada
engano se apresenta
Matando o quanto a
sorte degenera.
Carpindo cada ausência
que carrego,
Ainda quando pude
rude e cego,
Um náufrago sem
mesmo algum descanso.
E quando num
remanso me encontrara
A tempestade invade
essa seara
E mesmo após a
luta, o nada alcanço.
Marcos Loures
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