AO VELHO PÓ
Apesar de sonhar
inutilmente
Vestígios do que
outrora fora vida
Rondando a velha
estrada já perdida
Tornando sem
sentido corpo e mente,
Ainda quando além
de fato eu tente
A porta se desdenha
e de saída
Voltando para trás
vejo a partida
Do quanto se fizera
num repente,
Aos poucos semeando
inútil grão,
Expresso os dias tolos
que virão
Verão quando
invernara inteiro e só,
Apresentando erráticos
momentos
Envoltos pelos
passos desatentos,
Retorno mansamente
ao velho pó.
MARCOS LOURES
No comments:
Post a Comment