Eu vou me expondo assim, num só soneto,
Deixando sangrar cada poro meu;
Mostrando minha face, quis ateu
Mas nada sei, nem sonhos mais prometo.
Voltando ao meu passado, me remeto
Ao princípio da noite, mas morreu
O que foram as trevas, sinto o breu
Tomando cada crime que cometo...
Asmático sentido, me sufoca...
Acendo incensos, alma fica quieta,
Procura renascer da própria toca...
Mas quem sabe meu pálido caminho,
Que se disfarça, a mesa vai completa,
Posta sobre toalhas, branco linho...
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