Nos varais da saudade, quarei Rita.
Pendurei no cabide, minhas dores.
Na tábua de passar, os meus amores;
No concreto da vida, foste brita...
Nas mentiras do tempo, vento agita;
Vem trazendo essas cinzas, seu odores,
Desmatando o jardim, deixei as flores;
Garimpeiro da sorte, nem pepita...
Desfraldando a bandeira do meu sonho,
Procurando a rasteira que tomei;
Esfolando o joelho, me envergonho.
Metade da metade da certeza,
Não cabe nesse mundo onde fui rei.
Meu amor, eu fiz voto de pobreza...
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