Juventude perdida como dói,
Maltrata cada dia, sem ter pena,
A distância cruel, de longe acena.
A memória sedenta, se corrói...
Fui feliz não sabia, se destrói
O pensamento busca a velha cena,
Procuro te encontrar, mas a safena
Implantada no peito, como sói
Acontecer, remete ao velho enfarte,
Medo sutil da morte, m’apavora...
Tentando ser feliz, vou até Marte;
Mas quem me espera, cínico catarro,
Que por mais que eu fugisse disso agora;
A velhice emergente tira um sarro...
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