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Não cabe nos meus versos descrever
Beleza sem igual que proporcionas
Refém da fantasia – amor/poder
Estrelas magistrais quais beladonas
Entornam sobre nós lume poético
Marmórea sedução em luz e lua.
Um canto que se busca mais eclético
Durante a tempestade continua.
Realces entre fontes, chafarizes,
Olhares envolvendo, risco zero;
Deixando no passado as cicatrizes,
Já tendo o que pretendo e sempre quero,
Contendo com sorrisos a sangria,
Nós somos passageiros da alegria.
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Nós somos passageiros da alegria
Atados um ao outro eternamente,
Vivendo esta paixão que a cada dia
Se torna mais divina e envolvente.
Embora possa crer ser fantasia
Eu sei o quanto eu quero veramente
Beijar a tua boca
Sentir
Assim vamos vivendo o nosso amor
Que é mágico e sincero, sem disfarces
Tocando com meus beijos tuas faces
Não deixo de saber que a boca é perto,
Arando com ternura e com fulgor
Deixando este caminho sempre aberto...
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Deixando este caminho sempre aberto,
Nas tendas, nas palhoças, nos castelos,
A vida em profusão, louco concerto,
Arando uma esperança em seus rastelos...
Mecânicas do amor que desvendamos,
Sentidos profanados. Teso, exposto,
Dum arvoredo roubarei os ramos
O vento do prazer açoita o rosto.
Eu quero e não renego sempre mais,
Levado a tais insânias, totalmente,
Deixando bem distante antigos ais
Momento que em delírio se pressente.
Sem medo de saber de um novo adeus,
Aconchegado estou nos braços teus.
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Aconchegado estou nos braços teus,
Em tréguas sem procelas ou contendas
Nos lumes tão sutis esqueço os breus
E peço que esta senda assim; desvendas.
Levando cada cântico
Rogando
Estar como eu desejo em teu domínio
Desabrochando um mundo de prazer
Seguindo par em par imensa trilha
Que leva ao infinito num instante,
Saber que desfrutei da maravilha
De ter esta mulher tão radiante
Deixando os dias tristes para trás
Nos braços deste amor que tanto apraz...
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Nos braços deste amor que tanto apraz
Fagulhas num incêndio desejado
Permitem que se entenda a louca paz
Bebida neste corpo abençoado.
A noite se fazendo num sarau
Aonde dois amantes se vasculham,
Enredo mavioso e triunfam
Enquanto nossos corpos se mergulham.
Das bocas: entrelaces burburinhos
Num ritmo sensual, a noite passa
Delitos e pecados, méis em ninhos
Espalhas nesta cama, rito e graça.
Maná que desejei e te ofereço
O doce mais gostoso que conheço.
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O doce mais gostoso que conheço
Encontro na verdade em tua boca
Depois que a noite chega intensa e louca
Recebo todo o mel que sei mereço.
Recheios de prazeres e melaço,
Descendo pelos lábios. Que delícia,
Deitando meu desejo em teu regaço
Recebo o teu sorriso de malícia
E sinto que o banquete que me espera
É feito em mil sabores diferentes.
Em carnes, em suores, amor gera
Festividade sempre em nossa cama,
Amores em vontades mais urgentes,
A sobremesa flamba em vera chama...
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A sobremesa flamba em vera chama
Fecundando luares, trama o gozo,
Perdendo antigos rumos enquanto ama
Um sonho; farta vez, ambicioso.
Batalhas entre colchas e lençóis
Nas sedas e nas rendas, transparências
Penumbras esquecidas nos faróis
Dos ritos prazerosos, florescências...
Alabastrina senda em lua mansa,
Vestígios encharcando os cobertores;
Amor quando em desejos tem fiança
Transita entre caminhos redentores.
Vontade sem limites que proclama
Reflexos do luar sobre esta cama.
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Reflexos do luar sobre esta cama
Prateiam a mulher que se espreguiça
A noite em maravilha já nos chama,
E o fogo feito em lua nos atiça.
Amar é poder crer que a noite
Aumenta
E vendo que o desejo nos reclama,
A sorte recomeça em cada liça
Mergulho nos teus sonhos, sou teu par
E danço a noite inteira sem parar,
Alvejo teu amor com fina seta
E ao atingir teu peito nada resta
Senão comemorarmos nossa festa
No amor com quem a vida se completa....
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No amor com quem a vida se completa.
Eu tenho a mais perfeita sensação
Da bela pontaria em fina seta
De um deus feito moleque; o meu timão...
Se evito o que não posso mais calar
Que faço, se o bornal anda repleto,
Poetizando o sonho, diz luar
Encanto tantas vezes predileto.
Dançando sem perjúrios, juros tento
Intentos mais diversos conseguidos.
A boca se permite ao louco vento
Tomando sem limites, meus sentidos.
Sabendo deste amor louco e constante
Tua nudez se mostra deslumbrante
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Tua nudez se mostra deslumbrante
Em toda a transparência, camisola,
Olhando pra teu corpo num instante
Vontade de tocar, já vem e assola.
Fazendo uma arruaça em tua alcova
Bebendo deste fogo que incendeia,
Quer faça sol querida ou mesmo chova
Minha cabeça logo devaneia
E vendo-te desnuda na janela,
Atiça meu desejo canibal
De devorar beleza sem igual,
Que toda noite, amada se revela
Aguardo o teu chamado para a festa
Olhando da janela, pela fresta...
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Olhando da janela, pela fresta
Eu vejo uma nudez maravilhosa,
O coração dispara e faz a festa
Enquanto a lua desce, caprichosa...
Meus dias por teus raios são guiados,
Além do que decerto já pensavam
Sorrisos mais felizes, encontrados,
Contigo meus caminhos se mostravam
Serenos, sem espinhos, mais abertos
Cevando as esperanças tão vorazes
Deixando para trás, duros desertos
Encontro em nosso amor o bem que trazes
Vencendo em destemor qualquer tormento,
No gozo premedito todo alento...
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No gozo premedito todo alento
Vivendo o que mais quero do teu lado,
Tocado pelo intenso sentimento,
Seguindo a cada dia apaixonado,
Não deixo de lembrar um só momento,
Sorriso tão gostoso que foi dado,
Por quem tomando todo o pensamento,
Apascentando a dor do meu passado,
Já sabe onde alegria, enfim se esconde,
E as chaves do meu peito, quando e onde.
A boca que deseja ser beijada
Doce umidade feita em fogo e mel,
Por sobre o paraíso, um tênue véu
Desnuda em minha cama, deusa e fada...
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Desnuda em minha cama, deusa e fada
Insanidades tantas, vaporosas...
Amor, no coração faz a morada,
Cevando em meu jardim, divinas rosas,
Tomando deste céu a luz dourada
Envolta em luas claras radiosas.
A vida, nos teus braços, renovada,
Reflete fantasias maviosas.
Sabendo transformar
O
Invade com ternura o pensamento.
E bêbado de luz, não me detenho,
Amor que se mostrando em tal empenho
Engavetando em paz, o sofrimento.
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Engavetando em paz, o sofrimento
Prazeres sem limites já porejam
O tempo que transcorre; calmo e lento,
Em tramas que se querem se desejam.
Trazendo para amantes, tanto alento,
Que os dias tão pacíficos, pois, sejam.
Rondando nossos sonhos, num momento,
Permite que as saídas se prevejam.
No riso deste canto transformado
Em teu abraço, amada; apaixonado
Altares erigidos ao prazer
Beleza que sem par quase em miragem,
Deslumbre que se vê nesta paisagem
Não cabe nos meus versos descrever.
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