Quem sabia dos mares, timoneiro,
Se perdeu; tantas foram calmarias,
Sem vento pelas noites, pelos dias,
No mar, silenciado por inteiro...
Não pudera vencer o verdadeiro
Amor que nunca traga ventanias,
Que nunca queimará loucas orgias.
Nas ante-salas, morno e pasmaceiro...
Amor é na verdade, tempestade;
Vagando sem ter medo, nem que tarde,
Consumir-se feroz, nessas procelas.
E não teme castigos e nem celas,
Sabe dores cruéis até singelas,
Amor sem ter tempestas, falsidade...
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