Eu guardo as esperanças, mausoléu...
Adormeço as encostas do teu monte.
As asas alcancei, procuro o céu,
Nas linhas dessa mão, morre horizonte...
Reparto essas partículas ao léu.
Vasculho sem temor sequer que apronte
Meu barco naufragou era papel...
As farsas que montei, cabeça e fronte.
Pedidos de desculpas não me negue;
Não quero transportar minha saudade,
Montado em um cavalo, burro ou jegue.
As voltas que tracei, felicidade...
Nas portas do sertão ou da cidade.
O resto que o diabo, enfim, carregue!
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