As rosas que, nascidas junto às urzes,
Têm o mesmo perfume d’outras flores;
São iguais aos desejos que, das dores,
Transformam essas trevas, novas luzes...
Carregando, pesadas, velhas cruzes,
A minh’alma procura por frescores
Primaveris, a noite gera cores,
Assim como; na guerra, paz, obuses...
Liberdade sangrando nas prisões,
Esperanças matando corações,
Afago, tantas vezes, traição!
Carinhos, muitas vezes, bofetão...
Das abelhas, picadas, trazem mel;
Sorrisos, quantas vezes guardam fel...
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