Minha vida anoitece sem ter novas;
Notícias que produzo, requentadas.
Verdades que me foram reveladas,
Guardadas nesse cofre como provas
Dum tempo que passei, espero as covas...
As bocas que beijei, abandonadas;
Já quase centenárias, foram dadas
Num testemunho triste. Mas renovas
Um velho coração, já sem sentido,
Vieste num cavalo colorido;
Iluminando um céu deveras torto...
Te procurei, em vão, agora vens,
Num momento improvável, ond’os bens,
Razões do meu viver, me encontram morto..
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