Quem sou? Por tantas vezes me pergunto,
O que Deus quis, fazendo-me tristonho,
Dessa melancolia fez meu sonho;
Não temo o tempo, fujo desse assunto;
Quisera ser semente, morro junto
Com todos os pomares, sou bisonho...
Meu barco, no oceano, nunca ponho;
Nas lamas de tais almas, me besunto.
Fracassos foram formas de reclame,
Quintais, jardins, nas flores, sou estame;
Procuro por comparsa, gineceu...
As farsas tomam todos os meus dias,
Recebo em troca, setas, vãs, vazias...
Quem sou? Alguém que em vida, feneceu...
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