Nas noites frias, quando, enfim, não tenho
O calor de teus braços m’acolhendo,
A tristeza invadindo tudo, fecho o cenho,
Pouco a pouco, perdido, irei morrendo...
Mal acredito, nada resta. Venho,
Meus caminhos, tortos, me perdendo...
Nessa procura, no vazio embrenho;
Não consigo saber nenhum adendo...
Te quis, decerto essa certeza foge
Não me deixou, sequer, sentir o alforje
Que pesava atroz, me machucando os ombros...
Não sei mais repartir, sequer o peso,
Só me resta encolher quem fora teso;
E recolher meus restos dos escombros...
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