Nas tais penumbras de minh’alma, vejo
Os olhos pálidos da minha dor.
Nas fímbrias prendes solidão; desejo
Então, fugir, quero escapar. Apor
As mãos cansadas, e sentir o beijo
Mais carinhoso, ser teu beija-flor...
Fazer assim d’amor, mais belo arpejo.
Nada quero sentir, senão calor...
Quero todos segredos, confissões;
Nada dizer, nem precisar, sermões
Feitos dessa total cumplicidade...
Nossos carinhos, envolvendo a lua,
Sofreguidão, te perceber, tão nua...
Transparências trazendo veleidade...
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