Pelas noites sem sono, sem sentido,
Pelos desejos que negaste, rindo...
Pela boca mordaz, me destruindo,
Simples fato: jamais me dest’ouvido...
Pelo que me fizeste, divertido
Achar que nunca iria ver saindo
De minha alma queixumes. Vou abrindo
Meu peito, vagabundo e corroído!
Agradecendo a vida que negaste,
Ilusão que, vencendo, enfim, mataste;
Não deixando senão tanta tristeza...
Agradeço a carpida noite fria,
Foste mestra, vencida a dor n’orgia,
Criaste, sem querer, a fortaleza...
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