Como um cão, obedeço teus desejos...
Rosnando a quem agride, te maltrata.
Carrego meus fantasmas, seus lampejos,
Nos ossos que enterrei. Dor em cascata,
Recebo teu carinho, espero os beijos,
Mas nada vem, então, levanto a pata,
Lambendo mansamente... Tenho pejos,
Mas nem reparas, segues teu caminho...
Quieto, pálido, ladro...estou sozinho.
Adormeço deitado à sua porta.
Essa prisão eterna m’ alucina...
A cada dia, torpe, me domina...
Quem me dera, Senhor, te visse Morta!
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