Em plena sexta feira, noite cheia...
As horas devorando, o tempo passa;
Caminho pelas ruas, sinto a farsa
De todos pesadelos... Incendeia
O luar, tudo claro. Vem, passeia
Pelas vielas, u’a triste carcaça...
A noite clareando não disfarça
A criatura. Peço que não creia,
Mas seus pelos, as garras os gemidos...
As presas procurando presa, ativas...
Quem me dera jamais tivesse ouvidos!
A noite, transformada em infortúnio,
Traz a dor dessa fera que cativas,
Agonizando a cada plenilúnio!
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