Levavas, pelas ruas, num cabaz,
As frutas que comíamos, à tarde.
Um jovem sonhador pensou capaz,
De ter teus braços nus, sem ter alarde...
Andavas maciez, sem ser falaz;
De branca tez, sentia- se cobarde;
Desconhecia então fina verdade;
Amar é, sem saber, perder a paz...
A brisa levantava tua saia,
Me deixando antever tal maravilha...
A noite emoldurada, cedo raia...
Meus olhos, pertinentes e vorazes,
Sedentos, te queriam... Lua brilha,
Transmuda; como os sonhos são fugazes...
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