No teu ateliê, refaço a vida,
Nos detalhes sutis, nos mais profundos.
Teus dedos na magia, novos mundos
Desfilam nesses corpos, na esquecida
Arte. Pois professaste da ferida,
A grandeza estrelar. São nauseabundos
Para quem não conhece; rasos, fundos,
Beleza transportada em cruel lida...
Bisturis, as tenazes, a costura;
As pinças, as lembranças, vida dura...
E negas, no trabalho a velha dita...
Refazes o que fora vida morta,
Semideus, tens nas mãos, a nova porta,
Nas suas mãos, da morte ressucita...
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