Barquinhos de papel pela enxurrada,
Numa festa sutil, criança pobre.
O medo dos fantasmas, vida cobre
O que foi quase tudo, resta nada...
A não ser os barquinhos... Em cada
Novo almoço, torcer para que sobre
Uma rapa de angu; nisso descobre
Que a tal felicidade vai cansada...
Nas janelas, bolinhas de sabão,
Pelos ares, fugiu tanto balão;
Nos papagaios, cerol não havia...
Brincadeiras; queimada, corda, pique.
Amarelinha do tempo, no repique
Dos sonhos, vai reinando a fantasia...
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