Trinca ferro cantando no quintal,
A minha mãe chamando pro almoço,
Água boa, trazida desse poço,
O sol quarando roupas no varal...
Minha irmã, procurando pelo sal,
A saudade fazendo um alvoroço;
Coração mergulhando no tal fosso
Dos castelos sonhados, bem e mal!
Como pude perder minha inocência,
Minhas tardes, envoltas nos problemas,
Pai, pedirei então, Vossa clemência!
Pois voltar, se pudesse, a ser criança,
Seria libertar-me das algemas,
Presas em tais fantasmas da lembrança...
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