Quando te conheci era um cartuxo,
Vivia fielmente para Deus.
Vieste feito bala, num cartucho;
Rompendo, destruindo os sonhos meus...
Amor, tu és cruel, tu és um bruxo!
Meus olhos transfiguram-se em ateus.
As dores que me trazes, só por luxo,
Malditas; vão sangrando luz nos breus...
Vacilo, retornando cada passo.
As horas de delícia são fracasso;
Os tempos de partilha meu tormento.
As comunhões orgásticas, invento
Satânico que traz um forte laço!
Amor que me traz fome; traz provento!
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