1975
Promessas desta vida que eu bem quis
Benquistas emoções colecionando
O tempo vai aos poucos se bordando
Em cores divinais, raro matiz.
O quanto na verdade eu sou feliz
Permite novo sonho deslumbrando
O verso em alegrias se forrando
Invade o coração de um aprendiz
Já não carrego cortes nem feridas
Apenas o teu corpo tatuado
Unindo o que já foram duas vidas
Agora num só ser emoldurado
O sonho de viver eternamente
Tornando uma alegria mais urgente...
1976
Tornando uma alegria mais urgente
Melífero caminho desbravado,
Do amor que aos poucos segue conquistado
Mudando nossa história totalmente.
Ao ter tanto carinho que me alente
Eu sigo sem temores ao teu lado,
Promessa de um momento extasiado
Distante da tristeza que atormente.
Navego por teus mares, timoneiro
Que sabe deste amor e quer inteiro
Momento de emoção, puro e sincero.
Sentindo o teu perfume junto a mim,
Descubro farto amor que sei sem fim
Moldando em glória o rumo que eu mais quero...
1977
Moldando em glória o rumo que eu mais quero
Estendes os teus braços. Num mergulho
Esqueço do passado um ledo orgulho
Descubro a sensação que tanto espero
Sorvendo em tua pele, o bom tempero
Deixando para trás o pedregulho,
A solidão não passa de um entulho,
Cuidando deste amor com tanto esmero...
Estendo as minhas mãos buscando as tuas
Enquanto nesse sonho tu flutuas
Levito de prazer, e quero mais.
Estrelas coletadas no caminho,
Cevadas com palavras de carinho
Iluminando assim nossos bornais...
1978
Iluminando assim nossos bornais,
Pirilampos colhidos da esperança
Ao tempo prometido de mudança
Os dias talvez sejam magistrais.
Aonde com certeza derramais
Desejos de calor e de aliança
A gente com vontade sempre alcança
O porto mesmo em loucos vendavais.
Abarcas meus desejos e prazeres
Na redenção das dores sei que queres
Seguir essa viagem do meu lado.
Bornal em alegria iluminado
Estende a fantasia mais perfeita
Enquanto nosso amor, farto, deleita...
1979
Enquanto nosso amor, farto, deleita,
Viajo pelas ternas sensações
Temática insensata das paixões
Estática minha alma nesta espreita
Minha alma de tua alma segue aceita
Mostrando destes ventos, direções
Enfrento com firmeza os furacões
E a lua enamorada em raios deita.
Aguando esta alegria sempre alcanço
O bem que mais queria num remanso
Guardando as fantasias no meu peito.
Amor que se completa e se irradia
Tornando abençoado cada dia,
Decerto em harmonia, amor perfeito...
1980
Decerto em harmonia, amor perfeito
Não deixa que se pense em outro rumo.
Vivendo o nosso amor eu sempre assumo
Delícia que se mostra a cada pleito.
Colhendo cada fruto, satisfeito
Ganhando no caminho meta e prumo.
Saudade se esvaindo em frágil fumo
Afasta-se pra sempre do meu peito.
Eu tenho esta certeza dentro em mim
Da flor que perfumando o meu jardim
Expressa a qualidade do cultivo.
Meu verso se tomando de emoção
Cuidando com carinho, a plantação
Deixando o jardineiro assim, cativo...
1981
Deixando o jardineiro assim, cativo,
Enquanto permaneço do teu lado,
Ao mesmo tempo em ti eu sobrevivo,
Esqueço que algum dia houve passado.
De uma alegria farta não me privo,
Sabendo a qualidade desse arado,
Não vejo outro caminho, adentro o prado
Aonde de emoção e paz me crivo.
Arguta caminhada pelas ternas
Paisagens deste corpo deslumbrante
As noites de prazer fossem eternas
A vida mostraria a qualidade
De quem imaginando a cada instante
Demonstra em perfeição, felicidade...
1982
Demonstra em perfeição, felicidade,
O verso que se mostra mais capaz
Mostrando a fantasia tão voraz
Que sempre se permite em liberdade.
Não quero conceber a falsidade
Que um dia, em ventania sem ter paz
Lembrança como algoz, decerto traz
Tramando a mais temível tempestade.
Eu quero ser somente o companheiro
Que segue passo a passo, o tempo inteiro
A estrela que me guia pela vida.
Um dia talvez saiba quanto eu quero
Amor que se demonstre mais sincero
Trazendo sem temores, a saída...
1983
Trazendo sem temores, a saída,
A porta de meu peito escancarada,
Depois de ter sentido uma enxurrada
Tomando em temporais a nossa vida
Não quero mais a sorte distraída
Nem mesmo a sensação de derrocada,
Na mão por esperança calejada
O corte representa uma ferida
Que há tempos eu cultivo dentro em mim.
Amor que se mostrando ser sem fim
Permite um respirar bem mais tranqüilo.
Nos braços de quem amo; fortaleza
Deitando a nossa sorte sem surpresa
Aonde em tempestade eu já me asilo...
1984
Aonde em tempestade eu já me asilo,
Percebo a plena glória do viver,
Tocado pela força do querer,
A vida se mantendo em nobre estilo.
No corpo da mulher faço o meu silo,
Nas matas ciliares do prazer
Inundação gostosa de se ter
Deixando o caminhar bem mais tranqüilo.
Amor em tatuagem demarcada
Já sente esta manhã prenunciada
Em raios tão sublimes e felizes.
Legando ao meu passado o sofrimento,
Agora do teu lado novo intento
Calando para sempre os meus deslizes.
1985
Calando para sempre os meus deslizes
Jamais esquecerei o que vivemos
Por mais que noutras sanhas nos perdemos
Amor já superando velhas crises.
As dores se despedem, más atrizes
Do gozo mais profano que bebemos
Decerto navegar exige remos
Vontades que decerto queres, bises.
Melancolia é coisa do passado,
Jamais imaginei o que me trazes,
A vida se permite em várias fases
Porém ao ter alguém sempre ao meu lado
Não vejo mais problemas nem terrores,
Entregue à mansidão nego pudores...
1986
Entregue à mansidão nego pudores,
Tampouco quero freios e correntes,
Nem mesmo sentimentos penitentes
Apenas no jardim, perfume e flores.
Deixando para trás os dissabores
Amar enfrenta em paz velhas torrentes
E tudo o que se quer decerto sentes
Colhendo em farto solo estes alvores.
A marca de teus lábios junto aos meus
Impedem que se pense num adeus,
Iremos para sempre, passo a passo.
Amor vai demarcando nossa sanha,
A vida do teu lado sempre ganha
Tomando com carinho cada espaço...
1987
Tomando com carinho cada espaço,
Eu sei que vou te amar a vida inteira
Não quero outra palavra lisonjeira
Nem mesmo noutro corpo o meu abraço.
O quanto te desejo e sempre faço
Canção a mais perfeita e verdadeira
Além da melodia costumeira
Seguindo teu caminho, rastro e traço.
Eu tenho aqui comigo uma certeza
Da vida que seguindo sem surpresa
Trará farta harmonia em cada verso.
Não quero mais andar cego e disperso
Pretendo ser só teu e nada além.
Amor nos dominando, cedo vem...
1988
Amor nos dominando, cedo vem
E traz em perfeição a glória plena
Enquanto esta emoção já nos acena
A vida necessita deste bem.
Não quero ser somente de um alguém
Amor já vem roubando toda a cena
O quanto de alegria se contém
Nas mãos desta mulher, calma e serena.
Eu vejo renascer a poesia
Que há tanto tempo em vão já desdizia
Um sonho que eu tivera: ser feliz.
Agora coletando a cada dia,
Teu corpo com delícias irradia
Promessas desta vida que eu bem quis
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