No fundo, nosso amor, eu sei; não presta,
São tantas falcatruas que me espanto,
O quanto desejei em desencanto
Não deixa nem mais sombras na floresta.
A boca tão audaz restou modesta
A língua se escondeu em algum canto.
Parece que esse amor sofreu quebranto
Monotonia mata antiga festa.
Um dia há de chegar, mas não sei quando,
Que toda esta verdade se mostrando
Em pratos limpos sobre a nossa mesa
Sou réu confesso, assumo meus pecados,
Porém em meus desejos revogados
Espero ao fim da tarde uma surpresa...
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