Espero ao fim da tarde uma surpresa
Em forma de carinho ou canivete.
O quanto uma esperança se repete
Não deixa que eu me sinta mera presa.
A lua que se deita e te embeleza
Ao mesmo tempo foge; vã vedete,
Amor que tantas vezes pinta o sete
Seguindo sempre contra a correnteza...
Desprezo o que não veio e nem viria
Jocosa maravilha cega o dia
E deixa o gosto amargo do não ser.
Eu beijo a boca aberta da ilusão
Sabendo deste amor, um vendilhão,
Mentindo toda noite em desprazer.
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