As mãos que se procuram noite afora,
Ao perceberem as delícias tantas
E tal fartura em que tu sempre encantas
Trazendo o belo cais, onde alma ancora.
Amor quando demais cedo apavora
Ao nos cobrir mostrará frágeis mantas
Enquanto tu derrubas me levantas
Por vezes em falsete a velha escora.
Aquece enquanto esfria um sentimento,
Na calmaria nos trará tormento
E sendo assim, do amor espero tudo.
Mas deixe que essa noite seja nossa,
Da força que envelhece e quer remoça,
Nas tramas deste amor, eu não me iludo...
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