A lua se debruça nas varandas
E traz em cada raio um beijo ameno
E tendo este fulgor já me sereno
Deixando para trás noites nefandas
E quando em poesia tu desandas
E vestes emoção, o amor é pleno
E neste néctar raro me enveneno
E o coração se entrega às tais demandas.
Arejo-me deveras e desfaço
As sombras do passado, e em cada espaço
Traçando com desejo um novo céu
Girando etereamente a lua emana,
Fortíssima beleza soberana
Cigana que domina e segue ao léu...
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