Aonde quer que o tempo se transforme
Num vago e destemido cavaleiro,
Fazendo de um calvário verdadeiro
Um rito fragilmente tão disforme.
Por mais que esta rotina nos deforme
É dela esta verdade à qual me esgueiro
E bebo deste sonho por inteiro
Embora a vida acorde e já me informe.
Amante quixotesco do passado,
Mergulha dentro em si e nada ao lado,
Sabendo que afinal; inda persiste
Somente por motivos que não sabe,
Mas antes que este sonho em vão se acabe,
Não quero ser conforme sou, tão triste...
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