Na sôfrega ilusão de um dia manso
Descrevo com palavras ânsia imensa
E quando esta esperança não compensa
A dor que inutilmente cedo alcanço,
Aonde a cada dia me esperanço
O cerne do vazio se repensa
Esgoto-me no vão desta dispensa
E crio na aguardente este remanso
Perpetuando a morte a cada dia,
Eclético demônio uma alma cria
E tomba-se por sobre o quase exposto
Numa nudez que sei ocasional,
A bêbada impressão do bem, do mau,
Etéreo frenesi, no qual me encosto...
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