Crisântemos, jasmins, verbenas, violetas
Canteiros da esperança; aonde eu cultivara
A flor mais desejada, a orquídea bela e rara,
Apenas aridez; nos dias que prometas
Além deste vazio, as cores dos planetas
No infinito sonho, a sorte não me aclara
E o tempo se escoando, aos sonhos, desampara.
Descrevendo este nada, empunho estas canetas
E sei que na verdade ao fim, a solidão
Tomando cada espaço, as nuvens que virão
Trarão a tempestade e nela o vento frio.
Medonha fantasia, escombros do que fui,
Castelo de esperança, ao vendaval se rui
Daninhas ervas, urze; apenas o que eu crio...
No comments:
Post a Comment