Nas ânsias deste pária que vasculha
Escombros pelas ruas e sarjetas,
Aquém do Paraíso que prometas
A ponta envenenada desta agulha
Adentra a pele em rugas tão precoces,
Os pelos abundantes, o mau cheiro,
Um ato tão vulgar e corriqueiro
Por mais que em fantasias tu adoces
Espalha pelas ruas da cidade
A imagem mais perfeita do que seja
Humanidade herética; em bandeja
De prata nos servindo a realidade.
E assim vestindo a rota fantasia
Demônio eternamente se recria.
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