A primavera feita em gozo e festa
Lasciva sobre alfombras traz desnuda
A carne que buscara em fúria aguda
E toda esta loucura rege e empresta
Volúpia que em delírios sempre atesta
A sorte onde deveras traz a muda
Mergulho nesta insânia sem a ajuda
De quem já desconhece o amor que resta
Ejeto os meus fantasmas, fanatismos,
E sei dos mais terríveis cataclismos
Gerando dentro em mim o fogaréu
Que possa transcender à própria vida
E enquanto deste intento a alma duvida
Eu alço neste instante inferno e céu.
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