Vultos quase informes do passado,
Apóiam-se no umbral e vejo bem
Que quanto mais a noite desce vêm
Tecendo um quadro amargo e assombrado
Vencido pela insânia, nada levo
Senão uma incerteza fria e atroz,
Ao abafar assim a minha voz
Destroçando a esperança que inda cevo
Deixando esta carcaça sobre o solo,
E peremptoriamente nada resta
Imagem destruída e tão funesta
Enquanto inutilmente eu já me imolo
Nas ímpias profundezas de minha alma,
Um distorcido luar traz a calma.
No comments:
Post a Comment