Nos mares onde outrora navegara
Buscando a calmaria que inconstante
Trazia a embarcação sempre adiante
Do tempo em noite imensa e lua clara.
Um perecível sonho, fragilmente
Exposto aos vendavais não resistira
E quando só restara simples tira
A vida sem pudores volta e mente
Dizendo ao velho andejo marinheiro
Que tudo continua como outrora
Naufrágio com certeza não demora,
E o canto se tornando o derradeiro
Desmancha qualquer forma de esperança
Enquanto à morte a sorte já se lança.
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