Solidão, mar cruel onde navego,
Transito meus segredos e tempestas...
As noites que passei, se foram festas,
Agora morrem luzes, mas sou cego!
Nas tantas tentativas, não me entrego.
As rodas da fortuna, não têm frestas,
Somente a solidão, amiga, restas...
A morte mais bisonha, é o que carrego!
Nas horas mais soturnas, as carícias;
A cusparada cala, tais primícias
São herança d’amor desilusão...
A porta escancarada, fico só.
Nem a morte, fiel, me tem mais dó.
Acolhe-me somente a solidão!!
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