Exposto ao Amor
Em tal enleio trazes teu carinho
Que me remeto aos tempos mais antigos,
Procurando encontrar talvez um ninho
Que proteja de males e perigos...
Farturas onde encontro os arremedos
Do tempo em que vivemos mais distantes
Trazíamos quimeras, tantos medos,
Por vezes nossas vidas degradantes...
Na poda destes sonhos, cabisbaixo,
Mendigo teu perdão, mas nada fazes,
Por vezes ao te ver, cedo me abaixo,
E cedo conhecendo as tuas fases...
Amor que quase sempre lembra a lua,
Nas vestes, tua pele, exposta e nua...
Ruínas
"Minha vida é um montão de ruínas em árido deserto
Um abismo de ais e de suspiros".
As ruínas da vida que perfazem
Os passos esquecidos no passado...
As dores em meu peito tanto jazem
Mudando o caminhar mais esquinado...
Neste árido deserto em minha vida
Não tenho sequer água nem destino.
A mão da solidão, escarnecida,
Tomando meu caminho em triste tino.
Abismos desses ais que tenho em mim,
Vencido pelas dores e suspiros.
A morte vai rondando sem ter fim,
Roubando e retirando os meus respiros.
Minha vida, deserto e aridez
Abismo de suspiros já se fez...
Domado Pelo Amor
Em busca da pantera dos seus sonhos,
Corcel desesperado alça um vôo
Por sobre tantos mares mais risonhos,
Os sonhos do corcel, cedo eu perdôo...
São sonhos como os meus, minha querida,
Envoltos em total ansiedade...
Esqueço destes males, salvo a vida,
Aguardo tanto sonho, liberdade...
Amor como nas tramas mais sutis,
Não cabe mais nos sonhos do corcel,
Que em toda sua vida sempre quis
Alçar um manso vôo pelo céu...
Pantera mostra as garras delirantes
Amor doma o corcel bem cedo e antes...
Poesia e Amor
Nas cinzas do cigarro onde esfumo
A paz que já busquei, abandonada...
Amor quando demais eu perco o rumo,
E morro, sem querer, mulher amada...
Não mais eu procurei o teu caminho,
Porém adormeceste aqui do lado.
Embora tanto amor, estou sozinho,
Deveras neste mundo um duro fado...
A porta que eu abri não fecho mais,
Escancaradamente fica exposta.
Não posso perdoar se amei demais
A vida vai passando decomposta...
Mas vejo esse sinal que já me guia,
Exposto nos seus olhos, poesia...
Sou Feliz? |
Eu Te Amei
Cadê teus olhos tristes que não vejo?
Cadê a poesia que fizeste?
A noite se engalana sem desejo
E a sorte quase sempre não me veste...
Vento que balançando essas palmeiras
Nas praias deste amor que nunca tive.
As horas sem amor são verdadeiras
O resto do que penso não contive...
Agora não me venha com certezas
Que sabes que não é o meu direito,
Vivendo sem sequer sentir tristezas,
Do nada sempre ao nada, satisfeito...
Porém eu jamais nego que eu te amei
Em versos e metáforas fui rei...
O Nosso Beijo de Amor
Jamais esquecerei o nosso beijo
Que nunca foi trocado, disso eu sei...
Apenas vasculhamos o desejo
E tão depressa veio e me entreguei...
Por certo não contavas com meu canto,
Entendo que não queiras mais voltar.
Vivendo o que me resta em desencanto,
Abraço essa cortina, esse luar...
Amada mas não tema pela sorte
O canto que te trouxe fortalece
Terá no teu futuro o vento forte
Que tanto nos dá força e enriquece.
Amada só te peço não se esqueça
Do beijo, mesmo que nunca aconteça...
Amor, meu grande amor... |
Amor que me Domina
Ao ver o desembarque da esperança
Nesta rodoviária-coração,
Recordo velhos tempos de criança
Brincando bem em frente ao meu portão.
Vencendo esses temores, percebia,
Que o tempo nunca pára ou retroage
A vida vai passando dia a dia...
E tudo vai mudando, amor e traje.
Agora que te encontro, não mais penso,
Parece que este tempo já passou.
De tudo que mais quero, mais intenso,
Amor que tão divino, dominou...
Não mais quero a tristeza que devora
Nem solidão pantera me apavora...
Amor de Tanto Amor
Amor quando entolece quem deseja
Amar quem não queria mais um beijo.
Que tudo nesta vida sempre esteja
Envolto no carinho sem ter pejo...
De nada mais importa uma tristeza
Guardada no meu peito. Como cismo!
Amor quando envolvido na beleza
De tantos terremotos, cataclismo.
Não deixe que esse medo nos domine,
Nem faça nosso caso ter um fim.
Que amor de tanto amor nos aproxime
Salve o que de melhor existe em mim.
Sabendo da explosão de tanto amar,
Dê-me esse canto belo em teu olhar!
Amor e Luz
Os sonhos em minha alma coligados
Parecem que não tramam mais a morte
Vivendo desses sonhos bem amados,
A vida se transcorre em plena sorte.
Não posso mais sentir tantas saudades
Do tempo que vivi, sem ter ninguém,
As horas se viver felicidades
Estão por certo ao lado desse alguém
Que veio como um raio de alegria,
Tramando tantas luzes sempre ungidas
Nos templos deste amor, em harmonia,
Tomando totalmente nossas vidas.
Amor que não faz sombra se revela
Reflete minha luz no brilho dela...
Amor Eterno Amor |
Almas Gêmeas
As almas gemelares vão atadas
Procuram pelas fontes mais profanas
Nas loucas heresias, madrugadas,
Aguardam tresloucadas, mais sacanas...
Rolando a mesma cama, sem temor,
Vivendo cada toque com prazer,
Porejam as delícias de um amor
Que sabe tanto dar e receber...
Na claridão das luas que se encontram
As nuas maciezes já se tocam,
Depois de desatadas desencontram
Em tantas alegrias se retocam
E voltam destemidas à batalha
Amor com fanatismo já se espalha...
Um Mar de Amor
Rolando pelas vagas, velhos mares,
Armadas de delírios e desejos
Sereias e serpentes nos luares,
Entregam-se ao amor, profanos beijos...
Netuno em desespero, enciumado,
Espera da sereia um vão carinho.
Depois de tantos anos de noivado,
O deus sabendo a dor de ser sozinho...
A serpe enluarada nada teme
Encontra na sereia um belo par,
O mar numa tsunami, em ondas treme,
Explode em mil orgasmos, ao luar
Que assiste calmamente o desenlace
Das caudas desejosas, no entrelace...
Promessas de Amor
Nas guerras sensuais, vitais pelejas
Que tanto se constela nosso caso,
As horas delicadas que desejas,
Não foram simplesmente puro acaso.
Cabiam tais desejos, nossa lavra,
Há tempos procurados, mãos e bocas.
Sussurros e murmúrios, na palavra,
Havia uma esperança em rubras tocas...
Vivemos embebidos da loucura
Que tanto nos seduz quanto desmaia.
Numa explosão fantástica em ternura,
Deitado no teu colo, prá que saia?
Amada em nossos olhos, a promessa,
Da noite em maravilha, que começa...
Ame sem ter medo! |
Minha Princesa
Sonhando talvez ser teu cavaleiro
Vestido com a manta da saudade,
Montado em um corcel aventureiro,
Lutando por amor e liberdade
Nas espadas, nos gládios, tanta luta,
Empunho meus desejos delirantes,
Pantera transtornada, mas astuta,
Aguarda simplesmente tais rompantes
Que fazem deste sonho tão divino
Resgate de ilusões adormecidas,
Vivendo um grande amor tão cristalino
Que vale por milhões, bilhões de vidas...
Castelos e conquistas, realeza,
Amando essa pantera, uma princesa...
Que faço deste amor?
Caminho pelas trevas mais obscuras
Em busca do clarão que me negaste.
Vivendo nessas tramas da loucura
Aos poucos percebendo tal desgaste.
Não minto sobre os medos que inda tenho,
São tantos que não cabem num poema.
Porém a cada dia sempre venho
Mudando lentamente um velho lema...
A timidez que impede que eu reclame
À lua tanto brilho que desejo,
Por vezes tanto fogo que me inflame
Espero e não consigo, nem um beijo...
É fácil compreender por que reclamo,
Que faço deste amor se não te chamo?
Amor Aprisionado |
Liberte o Coração |
Ensinar a Amar
Escuta o que te diz o coração
Embora muitas vezes rebelado,
Esqueça que existiu a solidão
Espero teu amor sempre ao meu lado...
Esgote tantas dores que te atingem
Não deixe que esta luz cesse seu brilho
Os males que por certo já te afligem
Não sejam em t’a vida um estribilho...
Enquanto tu dormias impassível,
Amor nunca parara de sonhar,
Não pense que esse sonho é impossível,
Aprenda pouco a pouco enfim a amar...
Amor não necessita professor,
Pois ensina-se, amando o que é amor..
O Sol Nasceu
Acorde minha amada, o sol nasceu,
E trouxe nos seus raios a esperança.
O mundo que julgava fosse teu
Renova com vigor em nova dança...
Não quero mais sofrer inutilmente
As dores de quem sabe que não tem
Amor que se tornara tão premente,
No fundo não querias mais ninguém!
Os raios deste sol nesta manhã
Trazendo tanta luz sobre meus dias.
Promessas de viver um novo afã,
Em vidas que precisam harmonias...
Talvez se tu quiseres inda veja
Os raios deste sol que não deseja...
Amor que Sufoca
Por tanto amor que tenho, ando perdido
Em busca desta vida que perdi.
Não posso suportar tão dolorido
O mundo que em teus braços recebi.
Minha alma, eterno luto e sofrimento,
Passando pelos astros sem recanto.
O canto que dizia do tormento,
Agora se renova em cada pranto.
Talvez seja a visão desta mortalha
Que trago, fielmente a cada dia...
O gosto tão amargo que se espalha
Espanta o que seria uma alegria.
Morrendo em tanto amor, assim prossigo,
Pois se nem respirar jamais consigo...
A Luz dos olhos Meus...
Vivendo no castelo do desdém
Sozinho sendo escravo da paixão
Depois de tanto tempo sem ninguém
Acostumado à dor e a solidão.
Anseio pelos braços que escondeste
Nas horas mais difíceis tão sozinho,
Amor que me negaste e nunca deste
Deixando meus escombros no caminho...
Amada como posso prosseguir
Meus olhos eu deixei nos olhos teus,
Não tenho nem coragem de pedir
Sem eles vou morrendo em tantos breus....
Não deixe que eu prossiga sem te ver,
Devolva o meu olhar, me dê prazer!
As Marcas do Amor |
Um Novo Sonho
Minha esperança feita deste fumo
Que se esvai em plena tempestade...
O sonho que em minha alma toma prumo,
Acorda diluído na saudade...
Meus medos são medonhos, mas sinceros.
São versos esquecidos no meu peito...
Devoram todo dia, tristes, feros,
Trazendo esse amargor, insatisfeito...
As ilusões cativas me deixaram
Partiram por caminhos mais diversos,
Os barcos dos meus sonhos naufragaram
Por entre essas amarras dos meus versos...
Não deixo de tentar um novo sonho,
Que possa me salvar do fim medonho!
Minha Companheira
Dor, minha companheira mais dileta.
Sabendo que jamais eu te esqueci
Nas noites tão sombrias, se completa
E busca a companhia bem aqui...
Dobrando em agonia tantos sinos,
A dor nunca se afasta por inteiro.
Sabendo das angústias dos destinos,
Encontra no meu peito o seu parceiro.
Resume seus encantos na conquista
Que a cada novo dia já me entranha.
Nas danças e promessas, dor se avista,
Invade totalmente, torpe, estranha...
Apenas solidão nunca me larga,
A voz quase fugida, a dor embarga...
Canto de Amor |
De tanto amor por ti...
Quando vejo dourado sentimento
Expresso em teu carinho, minha amada,
Não quero recordar tanto lamento
Que trago em minha alma destroçada.
És pura e tão dolente, minha vida,
Se tenho tais ciúmes, me perdoa.
Talvez por te saber demais querida,
Tristezas sem motivos, alma ecoa...
Eu quero que tu saibas deste canto
Que faço ao te encontrar assim queixosa,
Vivendo nessa vida, tanto encanto,
Pois sei que te encontrei maravilhosa...
Amor que quanto toca, doura tudo,
De tanto amor por ti, meu canto, mudo...
Amor e Fantasia
Ferido pelos arcos deste amor,
Jamais deixei de ter uma esperança
Vivendo sem remorsos, tanto ardor,
A sorte se escondendo na lembrança.
Resisto sempre à dor, má companheira,
Embora meu destino mais nefando,
Sabendo que trarei a vida inteira,
Aos olhos e teus braços, sempre amando...
Desculpe estes meus versos atrevidos,
Não cabem mais palavras por dizer.
Amores que se foram, preteridos,
Retornam e maltratam todo o ser.
Mas tenho uma certeza que me guia
Amor demais, contudo, é fantasia...
Amor e Contentamento
Dos raios destes olhos, um poeta,
Vivendo as armadilhas deste amor,
Ferido pelos raios, bela seta,
Agora conhecendo o esplendor.
Seduzes com teus olhos, minha amiga,
Em versos te dedico meu encanto,
A vida sem amor já se periga,
Por isso me encontrei sob o teu manto...
Mimosas tuas mãos que acariciam
Desse divino Deus sacro presente,
Carinhos por demais já me viciam
Amor que sempre mostras, envolvente...
Amada por favor, meu sentimento,
Não cabe mais em si, contentamento...
Muito Obrigado, Amiga... |
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Amor e Paraíso
Se já sei paraíso nessa vida,
Como posso almejar o paraíso?
Em teus seios, de fato enfim querida,
Encontrei sem temor o que preciso.
O carinho que cura todo tédio,
A canção que professa o meu desejo,
Tudo isso bem sei, santo remédio,
Nesse amor que mirei e que dardejo...
Transmitindo total, manso, sossego,
Longamente procuro sem fastio,
Amor que se imantando já carrego,
Sem loucuras, ciúme ou desvario...
Querida que chegou, tão oportuna,
De tudo que sonhei, minha fortuna...
As Razões do Amor
De tanto sentimento que despertas
Mal sabe quanto quero teu amor.
As horas que vivemos, tão alertas.
Em tantos desafios, teu calor...
Amor fazendo leis que desconcertam
Em várias incertezas já se apóia.
Nas dores que depressa não consertam
Acalmam-se no amor, santa tipóia...
Trazendo nas premissas tanta sorte
Que as leis que amor criou tramam razões
Que se formam das noites brilho forte,
Razões que sempre tramam corações.
Amor se não se cuida se padece
Razões que na verdade amor conhece...
Amor que me Alimenta
Tormento secular que me apavora
Soberba vem, invade o nosso amor.
Quem vive tanta vida sem demora
Não sabe da saudade nem rancor...
Amando quem não ama se condena
A ter em sua vida, sofrimento,
Depois de tanta amor, a dura pena
Que serve de tormento e alimento...
Não vejo mais amor como iguaria
Tampouco te imagino meu presente.
Amando quem amara em agonia,
Aos poucos tanta dor já se pressente...
Amor não obedece sequer língua
Só sei que sem amor, morrer à míngua...
Sede de Amar
Morto de sede neste vasto rio
Por vezes não entendo o meu destino.
Com tantas águas, mágoas vão a fio,
E me desato um ato em desatino.
Alcançaria nuvens mais espessas
Se tantas harmonias fossem preço,
Que pago por viver sempre às avessas
Minha alma não se muda de endereço.
Na fome desse amor já me mantenho
Embora nunca saiba da verdade,
Na sede desse amor já me sustenho,
E nunca mais pretensa essa saudade.
Amor que sempre foi meu preferido,
Jamais será na vida, preterido...
Amor e Esperança |
Alucinado
Talvez imensa dor eu merecesse
Por não saber lidar com tal tormento
Que cada vez que penso sempre cresce
Envolto nas tempestas, sofrimento...
Não vejo tal desejo que me farte
Aos poucos sem saber irei vivendo
A mando do que sempre me fez parte
Cercado desta dor que vai crescendo.
Não quero transportar essa matilha
Que corta tão diversa essas entranhas.
Amar é me perder em total ilha
De mares e de terras sempre estranhas...
Não sigo mais vontade nem destino
De tanta dor que trago, me alucino...
Amor Ardente
Fugindo deste amor que nego tanto
Embora sempre cante desolado,
Vivendo do que fora desencanto
As horas mais difíceis do passado.
Não sei se mais terei o que pretendo
Como se a tempestade me tomasse
A noite na minha alma escurecendo,
Tampouco me importando quem amasse.
Amor quando interesses superpostos
Invadem sem temer, o sentimento,
Os âmagos do amor ficando expostos,
Terminam brevemente em sofrimento...
Eu amo quem portanto não me chama
Nem clama pelo amor, ardente chama...
Não Me Deixe, Minha Amada |
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