Nas margens dos meus sonhos mais tranqüilos
Espreito teus olhares mais ferinos
Amores se permitem mil estilos
Mas gosto dos teus beijos mais felinos...
Nas garras com que prendes tua presa
Sinto-me com certeza mais amado.
E deixo o sentimento
Nas
Vivendo na magia meu romance
Total satisfação em louco gozo.
Espero que a pantera não se canse
Deste amor que bem sei ser melindroso...
De todo amor maior que sei que havia
O nosso se transborda em fantasia...
X
Se crio com rudeza versos tristes |
X
Tanto quero tua alma quanto dou
A minha se quiseres, cristalina...
Pensando neste tempo que passou
E estamos nesta cama tão divina...
Recebo teus afagos, fico louco,
E falo nestes versos do prazer;
Que invade e vai tomando pouco a pouco
Grafismos do teu corpo quero ler...
Decoro essa lição bem ensinada
Das várias geografias, do relevo.
Tanta dedicação é premiada
Com notas maviosas, tanto enlevo...
Não canso de querer ser aprendiz
Eu não conheço aluno mais feliz!!!
X
Cansado dessas noites bar em bar,
Minha alma espedaçada e sem paragem.
Vagando sem lugar, quero parar
Vivendo em sentimento, nova aragem..
Cansado deste sonho
Na
Pressinto nesta vida tanto horror
A terra vai se abrindo e perco o solo...
Cansado de viver sem liberdade
Sem ter um só descanso.Espinho e cardo
Não deixam nem sequer tranqüilidade
Meu sonho: ser feliz, já sepultado...
Arranja um lugarzinho para mim,
Não deixe seu amor tão triste assim...
X
Amores tão silvestres quão vorazes
Vivazes me transformam totalmente
Se mente não remete ao que me trazes
Nas fases mais difíceis sem serpente...
Não quero pantomima quero mimo,
Não quero a solidão, sim solidez.
Desejo tanto amor que em ti estimo
E rimo meu amor por sua vez...
Nos astros constelares calafrios
Vadios os sentidos perdem ar
Amar demais desvia nossos rios
Que esquecem de correr para outro mar...
Não quero teus amores mais serenos,
Recheie nosso caso com venenos...
X
Nas douradas searas te percebo
E sinto teu perfume solto ao vento.
Te vendo tão feliz, logo concebo
Encanto que não sai do sentimento...
Vibrando o firmamento comemora
A vinda deste amor nestas searas
Pintando em claridade se demora
E mostra tais belezas, soltas, claras...
A luz de teu olhar que se transmuda
Na luminosidade que recebe
Em tal felicidade me saúda
Reflete tanto amor quanto recebe...
Na tarde que promete a bela lua,
Minha alma, transparente, em ti, flutua...
X
Nas beiradas das velhas moradias |
X
Por tantas vezes mudo meu caminho |
X
Mordeste minha boca meu amor Bem sei que causa sempre tal pavor De me impedir que beba essa cachaça |
X
Nas torres divinais mais altaneiras
Dos sonhos que carrego dentro da alma.
Desfraldo meu amor, minhas bandeiras
Na busca deste canto que me acalma.
Nas hostes que enfrentei dos desesperos,
Nas guerras duras, sanguinárias, frias.
Trazendo sentimentos com esmeros,
Voltando quase sempre, mãos vazias...
Eu sinto os estandartes calorosos
Levados pelos ventos do querer.
Os dias que pensara dolorosos
Contigo se transformam em prazer...
Amada, cuja mão tão soberana,
Carinhos que me levam ao Nirvana...
X
Teus cabelos, soltas crinas |
X
Como os anjos, furtivo, o teu olhar, |
X
Voando essas borboletas
Em busca de claro lume
Na multidão de cometas
Amando mais que o costume.
Desfraldo minha alegria
No sorriso mais intenso
Teu amor,
Navegando
Imerso em teu carinho
Meu ninho é teu pensamento
Já não sigo mais sozinho
Caço meu rumo no vento
Tanto amor na correnteza
Que me leva a ti, princesa...
X
Na lira do cantor, vibrante voz,
Que sempre declamando seu amor;
Vencendo a solidão demais atroz,
Recebe com tais ânsias mais fervor...
Ardentes emoções que me devoram
Paixão pecaminosa e sempre santa.
No vento desses beijos comemoram
Letreiro de néon do amor que encanta
E sinto que padeço da loucura
Santificadamente procurada.
Que aos poucos, me detém e me tortura
E faz a vida ser bem mais sagrada.
Te amo sem temer sequer a morte,
Querida nos teus braços, minha sorte!
X
Amor que se resplende e maravilha,
Flameja no horizonte um novo sol.
Seguindo nosso amor, encontro a trilha
De todas as belezas do arrebol...
Teu coração em pérolas tão ricas,
Deseja o meu desejo sem pensar.
Nas mãos tão delicadas, as pelicas
Pelúcias mais macias de tocar.
Eu sinto esta beleza que floreja
Da rosa que cultivo em meu jardim.
Sabendo meu amor que amor deseja
De tudo que se espera dentro em mim...
Sem ter temor mergulho nos teus braços.
E sinto em teu amor estreitos laços...
X
Não fique tão nervosa minha amiga, |
X
As estrelas por tiaras
Nos cabelos da morena
As noites todas, tão claras,
Felicidade me acena...
Pressinto todo prazer
Que virá, noite primeira,
Aos poucos te conhecer
E te conceber inteira.
Beleza, morena rara,
Raro amor que quero
Na
Teu brilho tão belo vi.
Me enredar nos teus novelos,
Qual tiara nos cabelos...
X
Bem sei quanto é difícil suportar |
X
Na ronda que fizemos pela noite
Nos bares, nessas mesas, bocas, beijos...
Passando mil delícias no pernoite
Intrépidas loucuras dos desejos...
Amando sob a luz dessas estrelas,
Sem medo, sem pecado, em liberdade.
Pintado nosso céu de tantas velas
Refletem nossos corpos, claridade...
Prazeres incontáveis, nosso chão,
Desnudos de vergonha e de juízo.
Explode em desvario o coração,
A noite nos engole, sem aviso...
Ao longe um pirilampo desafia
Estrelas com seu brilho, em sintonia...
X
Caminhando por aí, pelas esquinas,
Teus passos flutuantes, vou seguindo...
Sem saber, nunca sai destas retinas;
Que tanto,um só carinho, vão pedindo...
Caminhando por aí, sequer percebes,
Meus versos se perdendo, sem sentido.
Transmites mansos ventos que recebes,
Enquanto eu...Nos teus passos, vou perdido...
Quem sabe encontrarei o meu caminho?
Quem sabe... Me perdoe mas eu te amo,
Não sei se nos teus braços eu me alinho,
Decerto sem saber que te reclamo
Desfilas pelas ruas, galerias...
Enquanto eu... Me sobraram poesias...
X
Alguma coisa a mais que uma esperança |
X
Do mármore a dureza delicada. |
X
Princesa sertaneja, meu desejo,
Estar entre teus braços, sedutores.
À noite de trazer num manso beijo,
As luzes que iluminam meus amores!
A fonte do desejo, sem ter pejo;
Envolta nos carinhos destas flores,
Trazendo pr’este peito sertanejo
A certeza da beleza destas cores.
Altiva e tão serena, meu amor.
Os versos que te faço, num momento,
São formas inconstantes de penhor.
Rainha não permite sofrimento,
A vida nos teus braços se decide;
Eu quero o teu amor. Ah! Não duvide...
X
Aragens e frescor de primavera |
X
Amor Divino em Cristo que encontrei
Não permitindo o mal que nos conturbe
Por certo tanto amor nos deu o Rei
Impede que a tristeza nos perturbe.
Vivendo em pleno amor sem ter pecados,
Ao homem dedicou a vida inteira.
Deixou a todos nós os Seus recados
Mostrando como a vida é verdadeira.
Na cruz com que sofreu o sacrifício
O símbolo do amor foi demonstrado.
Lutar pelo perdão, o Seu ofício,
A todos pleno amor, glorificado.
Perdoe pelos erros cometidos,
Meus rumos, nos Teus braços, decididos...
X
No sentimento agreste da paixão |
X
Tramando nesse amor já redivivo
Embora não sabia ser possível
Recebo teu carinho mais altivo
Refeito num efeito mais incrível...
Não vejo nesse amor mais o marasmo
Que havia destruído o nosso caso.
E vejo-te em brilhante entusiasmo
Como se renascesses dum ocaso...
Não sinto tais grilhões que te prendiam
Nem medos que mostravas sepulcral.
Meus carinhos também não te entediam,
Estás; como dizer? Mais sensual...
Ter falo, meu amor, rompeste o abismo.
Agora; em nossa cama, cataclismo!!!!
X
Tristes invernos, tantas ventanias
Batendo nos umbrais abandonados.
Lembrando deste amor nas cercanias
Dos sonhos que vivemos, já passados...
Não temo meu futuro; mas não deixo
De lembrar do que fomos noutra vida.
Por testemunhas temos rio e seixo
Rolando com as águas; sim, querida...
Recordo como fosse brincadeira,
Jogos maliciosos que inventamos.
Amor por uma eternidade inteira,
Desde o princípio, sempre nos amamos...
Iremos nos amar assim bem mais,
O tempo deste amor, nunca é demais!
X
Qual simples andorinha vou a esmo,
Em busca do descanso tão sonhado.
Desejo que bem sei, é sempre o mesmo,
Viver tão calmamente do teu lado.
Mas voas, borboleta, sem destino...
Revoas por caminhos tão distintos.
Te quero, meu amor, desde menino
Entranho sem pudor, os meus instintos...
E sinto as ilusões mais passageiras
Retratos do passado, primaveras...
Paixões que sempre foram verdadeiras
Dominam pensamentos, me temperas...
E corro te buscando pelo espaço,
Vagando, um novo rumo, louco, traço...
X
Tal beleza e frescor encontro
A
De tantas fantasias que perdi,
Em teus braços encontro a companheira.
Depois de me ferir, espinhos, cactus,
Depois de perceber que nada vinha.
Sentidos maltratados inexatos,
Amada; percebi: tu eras minha...
De todo o meu canteiro foste a rosa,
Espinhos, sei que tens, mas os evito.
Paixão que me demonstras, vigorosa.
Amor demais passou a ser um rito.
De forma luminosa e delicada,
Tua beleza traz uma alvorada!
X
Todo culto ao oculto que escuto
Se foi culto desculpo nem cuspo;
Se te culpo me culpas ocupo
Se foi curto te encurto e te esculpo.
O que curto circuito inoculo
E te osculo sem culpa e sem curso
Meu discurso sem curva se cura
E não curvo se curvas escuras;
Mas não cubro descubro e sou cubo
Se me inculpo do cume que escuma
Na escuna que escuta e me culpo
Se cultuo cutuco discursos
Na cultura cumbaca curada
Curumim que cumpriu o cumprido..
X
Arenosos caminhos deste amor
Que se perdem desertos e desterros,
Vencendo duras urzes do rancor
Subindo por montanhas e por cerros.
As pedras da saudade nos maltratam
Espinhos-solidão nos ferem fundo.
As lágrimas nos mostram e retratam
O corte que percebo ser profundo...
Em meio a tantas vespas dos ciúmes
Nas pragas mais terríveis, tanta inveja,
Nos sobram poucas horas
Mas
Vencendo as desvalidas, más quimeras;
Podemos conhecer as primaveras..
X
Na noite deslumbrante |
X
Eu sinto que já vais; amor, partir.
Deixando na minha alma tal perfume
Que sempre desejei, a ti, pedir;
Embora me causasse mais ciúme.
Não deixe de lembrar dos nossos beijos
Roubados sem sequer pedir licença.
Sabendo dos meus loucos, vãos desejos,
Espero que me guarde a recompensa
Da boca mais sublime que beijei,
Dos seios mais formosos que já vi.
O tempo que quiser, esperarei,
Decerto, meu amor, estou aqui.
Anseio tua volta sem demora,
Te peço enfim querida, vem agora!
X
Sinceros os desejos que te faço
Nos elos que nos unem, solução
De todos os problemas que disfarço
E guardo procurando um diapasão...
Nos vales mais floridos, tanto riso,
Momentos tão serenos que tivemos...
Porém se necessário e for preciso
Juízo e paciência nós perdemos...
Amiga é tão difícil ser feliz...
Não quero contentar grego e troiano,
Não sou camaleão, um só matiz;
Nem mudo minha pele ano após ano...
Mas te desejo sempre, camarada,
Se perco t’a amizade, sobra nada...
X
Qual diamante fino; nosso amor,
Se perpetuará em cada canto;
No brilho e na pureza e no valor,
Que sempre se traduz em raro encanto.
Por mais que nossos medos prejudiquem,
Por mais que novos rumos ameacem;
Por mais que nossos sonhos se compliquem
As emoções ressurgem e renascem...
Trazemos em litígios e batalhas
As nossas diferenças explosivas;
Porém mesmo nos fios das navalhas,
As chamas deste amor vão sempre vivas..
Perpétua sensação de ser feliz,
Mesmo que vivamos por um triz...
X
Nesta fonte que me dás |
|
X
Sentindo teu afago, teu carinho; |
X
Não sinto, minha amiga mais cansaços
De ver tantas falácias sem sentido.
Estendo, calmamente, os longos braços
Percebo que vivi bem distraído...
Amores se quadrúpedes vigoram
Se estúpidos verberam no non sense
No vácuo dum cérebro se estouram
E não há santo algum que o convence...
A vida necrofágica e sem prumo,
Em tal alegoria se desmonta.
Portanto viva tudo até que o sumo
Te deixe de prazer, tão louca e tonta...
Quem sabe assim termine o longo dia
E possa conhecer a poesia..
X
Erguendo o pensamento, cubro espaços
E vejo em antegozo minha sina.
Resplende simplesmente nos teus braços
Tal sorte, que já quero e determina.
Não deixo de falar, rimas patéticas
De tramas que julgara me deslumbram
Não sei se te farei loas caquéticas
Mas sonhos que quisera se vislumbram.
Não peço meu amor que traga idéias
De como poderemos ser felizes,
Não sinto necessárias epopéias
Apenas que mudemos os matizes.
No fundo, meu amor é simplesmente
Desejos que trocamos, de repente...
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