Sentindo em cada abraço uma presença
Divina, da mulher que tanto espero,
À noite sempre aguardo que convença
O amor que tanto sonho quanto quero,
Paixão que tenho assim é tão extensa,
É todo o bem que guardo e que venero.
Teu corpo, minha amada, a recompensa,
Do amor que te dedico, mais sincero...
Te ter cada vez mais perto de mim,
Sentindo o teu arfar tão desejoso.
Amor que se faz forte e vai sem fim,
Tomando o pensamento a todo instante.
Te quero em cada beijo mais gostoso,
No sonho que se faz tão delirante...
X
A noite vai passando, doce e quente; |
X
Tão longe de meus olhos, tão distante...
Vagando pelos sonhos, um cometa.
Querendo o seu carinho a cada instante
Do nada que me resta se completa
A dor que me tomando num rompante,
Penetra no meu peito, fria seta,
De tudo o pensara, estonteante;
Mulher que tanto quis não se repleta
E foge dos meus dedos, minhas mãos,
Mostrando que estes sonhos, todos vãos,
Se foram sem sequer dizer seu nome.
A sorte benfazeja não restou,
Nem mesma uma esperança aqui ficou,
A vida, num segundo, longe, some...
X
Sonhar com nosso amor em turbilhão,
Tocando a tua pele, os teus sentidos.
Passeio no teu corpo uma emoção,
Meus dedos te percorrem, decididos...
Viajo pelos sonhos, na amplidão
Distante dos meus dias desvalidos,
Tomado por loucura e por paixão,
Os medos e os anseios já vencidos...
Querer-te sem limites ou fronteiras,
Sem cercas, sem domínios, ser só teu.
As flechas dos desejos tão certeiras
Invadem cada ponto de teu cais.
Amor assim gostoso convenceu
Querendo muito e sempre, sempre mais...
X
Entregue à calmaria desta brisa,
Sentindo neste vento, o beijo teu,
Perfume do teu corpo já me avisa
Meu coração buscando-te perdeu...
Mas sigo o rastro intenso destas flores
Que têm em seus olores o teu cheiro,
No rumo em que procuro os teus amores,
Carinho mais gostoso e verdadeiro...
Ao ver tua chegada, estou feliz,
Pensara que tivesse te perdido,
Agora brilha o céu, novo matiz,
Viver traz novamente um bom sentido.
Querida, não me deixes; por favor,
Nem sempre encontrarei perfume e flor...
X
Com sorriso maroto ela levanta
E mostra assim total felicidade.
A vida, nos seus olhos, sempre encanta
Num raio bem mais forte, liberdade.
Nem mesmo a dor terrível mais espanta
Menina que se fez em claridade...
Já sabe do poder de ser tão bela,
Os homens a seguindo com olhares...
Na força poderosa desta estrela
Paixões morrem, renascem aos milhares...
Queriam; todos juram, poder vê-la
Nas transparentes vestes; despertares...
O dia se anuncia em sol risonho
Na vida que por si já é um sonho..
X
A lua refletida sobre o mar |
|
X
Não duvides, querida deste amor |
X
Colando a minha pele em tua tez,
Sentindo o teu perfume junto a mim,
A brisa antecipando insensatez
Que faz do nosso amor tão bom assim...
Ao ver a maravilha da nudez
Exposta em minha cama sinto, enfim,
Delícia desse amor que a gente fez,
Na noite que quem dera não ter fim...
Passeio por teu corpo,perco o rumo,
Desnudo-me entregando a uma alegria
Bebendo do desejo todo o sumo,
Viajo nas estrelas... fantasia,
Deitando meu amor, já me consumo
E quero estar assim por todo o dia...
X
Quem vive do passado, remoendo |
X
Sobre teu corpo, deito meu prazer,
Vasculho-te querida, por inteiro,
Aos poucos vou tentando revolver
Sentindo tua pele, cor e cheiro.
Na fonte do desejo te beber
Tomando os teus sentidos, costumeiro,
Sabendo quanto quero o teu querer,
Amor da gente explode, verdadeiro...
Matando o teu desejo, te tomando,
Adentro tuas matas, tuas sendas,
Cobrindo-te com fúria, demonstrando
As rotas que percebes e desvendas,
Numa explosão divina, correnteza,
Tomando cada ponto, com certeza...
X
Entranho neste quarto o meu desejo
De ter-te feiticeira encantadora
Transparência divina aonde eu vejo
A pele que eu mais quero, e me decora.
Nas pernas tão morenas eu prevejo
Delícia deste amor que quero agora...
Retiro cada peça mansamente
E vejo-te desnuda junto a mim.
Decoro tua pele calmamente
A boca me percorre, carmesim.
E na loucura imensa deste instante,
Beber teu farto mel... prazer sem fim...
Depostos nossos corpos sobre a cama,
Teu fogo reinicia em nova chama...
X
Que dera um cavaleiro enluarado
Entrasse em teu castelo, com certeza
Amor que sempre fora bem guardado
Darias com desejo
Aos
Buscou amada glória na princesa
Das terras encantadas, bem querer,
Depois de tanta estrada, tantas chuvas,
Nas sendas tão difíceis de saber
Em tantas armadilhas, urzes, curvas
Deitar em teu dossel, o meu prazer.
Beijar as tuas mãos, tirar as luvas
E ser assim amado companheiro,
Desta princesa bela, o cavaleiro...
X
Acendo o meu cigarro e penso em ti,
Nas espirais dos sonhos sempre estás.
Esfumaçam as dores que senti
Adentra a minha casa, chama em paz.
Os versos mais bonitos que eu já li,
Uma canção que o vento, hoje, me traz.
Vontade de te ter comigo, aqui,
Deixando uma tristeza para trás...
O dia que renasce em teu olhar
Estrela, peço a luz pra mais um dia,
É muito bom poder, a ti, amar
Sentindo o teu perfume junto a mim,
Amar-te, com certeza, o que eu queria,
Saber que tu és minha... amor... enfim...
X
Doces beijos... Refém de teu carinho,
Entranho uma vontade interminável
De estar sempre contigo. Inconfessável
Certeza de que agora, em doce ninho,
A rosa que perfuma, sem espinho,
Tornou minha esperança mais palpável,
A minha vida em si, bem palatável;
E julgo que jamais serei sozinho.
Amor que num crescendo já desponta
Além do que pensara, além da conta,
Distante do quem sabe e do talvez.
No beijo que me deste, meu amor,
A vida se refaz num esplendor
Que traz toda alegria, em gravidez...
X
Eu quero te abraçar, sentir-te inteira, |
X
Deitada em minha cama, assim desnuda,
Eu olho devagar, este cenário.
A pele tão macia, a boca gruda...
Exploro cada ponto qual corsário
Que ao sabor destas ondas logo muda
E vibra em teu amor, destinatário
Dos sonhos e desejos mais profundos,
Da viva sensação de ser cativo,
Minutos, horas, dias e segundos,
Contigo, meu amor, estarei vivo.
Destilo do teu mel, meus novos mundos,
De tudo o que há lá fora eu já me privo...
O teu perfume invade-me as narinas,
Descubro extasiado, tuas minas...
X
Amada, como espero esse momento |
X
Sentindo o teu perfume, minha amada,
A noite vem trazendo o teu desejo
Contido na tua alma desnudada
Tanto prazer-paixão; assim, prevejo.
Buscando meu caminho no teu porto
Deitando nos teus braços meu cansaço,
Depois de tanto amor, já quase morto,
Sentir esta delícia em teu regaço...
Alucinadamente nos amamos,
O gosto do prazer nos alucina.
Que bom que nos sabemos, encontramos
Na busca da alegria, a nossa mina
Repleta dos tesouros mais profanos
No céu destes desejos soberanos...
X
Meu sonho tão distante, em negra treva, |
X
Ao cobrires de azul esta nudez
Que tanto desejei a vida afora,
Escondes a beleza de uma tez
Que quero ansiosamente. Vem agora
Que a noite vem chegando e toda vez
Que a lua extasiada já se aflora
Eu lembro-me do amor que a gente fez,
Meu corpo em tua cor veste e decora.
A brisa lentamente me cercando
Dizendo que virás e não demoras,
Minha alma se levanta flutuando
Espera esta presença desejada...
Estou aqui sozinho há tantas horas,
Na espreita desta noite azulejada...
X
Saudade deste toque em minha boca
Dos lábios tão macios, desejosos...
A noite vai passando... Fria e louca,
Sem ter os teus carinhos maviosos...
Eu vejo o teu olhar em cada canto,
E sinto o teu perfume nos meus dedos.
Ao ver-me tão sozinho, eu já me espanto,
Onde foi que perdi nossos enredos?
Vontade de voltar, Ah se eu pudesse!
Sentir a maciez de tua pele,
Erguendo as suplico em triste prece,
Porém a solidão vem e repele
Os meus desejos, toda essa vontade,
Sobrando simplesmente uma saudade....
X
Amor que nos sustenta em verso e vida, |
X
À noite entre guitarras, melodias,
Dançamos nossos corpos, busca intensa.
A lua sobre a areia, plena, imensa,
Permite que voamos fantasias...
Nós dois, entranhados de magias
Nesta deliciosa recompensa
Da noite que se vai e em nada pensa,
Deixando bem distantes, agonias...
As marcas desenhadas nesta areia,
Por certo as ondas levam, as marés...
Depois nada encontrando, quem rastreia
Não verá mais vestígios. Nada mais...
Mas a marca das pegadas , nossos pés
Testemunhas do amor que sei demais...
X
Quem dera se pudesse te levar |
X
A chuva que, caindo esfria tudo,
Alaga de saudade o coração.
Distante de teus olhos, fico mudo.
Tomado pela dor da solidão...
Porém uma esperança vem, contudo,
Em forma de desejo e de ilusão...
Que sabe se contigo, amor eu mudo
E as enxurradas sejam de verão...
Poder tocar depois da tempestade
Teu corpo, uma bonança sem receios...
Nos devaneios; vôos de verdade
Chegando no teu quarto de mansinho,
Deitar minha cabeça nos teus seios,
Aquecendo esta tarde com carinho...
X
Anseio tua vinda, todo dia,
Espero o teu carinho, doce afago.
Tua palavra acalma, uma alegria,
Na placidez gostosa deste lago.
Tu és o meu desejo em fantasia.
Sorver-te calmamente trago a trago,
Numa delícia plena em sintonia.
Um sentimento pleno, forte, mago..
Eu quero ter comigo o teu carinho,
Deitar-me no teu colo, ser inteiro.
Fazer de teus desejos o meu ninho,
Pulsando bem mais forte, sinto e vejo,
Um sonho que se torna verdadeiro,
Que, aos poucos vai tomando meu desejo...
X
Vagando pelas ruas e vielas
Sob o brilho do sol, irradiante,
Depois, esperarei pelas estrelas,
Parceiras desta lua deslumbrante...
No céu a primavera tece telas
De rara claridade. Sou amante
Destas cores, beleza
Mágico
Delícias em geladas sobremesas
Escorrem pela boca, dão prazer.
Em meio a tantas flores e riquezas,
Entrego-me ao calor e ao doce vento,
Na maravilha imensa de viver
Sem ter nem mais a sombra de um tormento...
X
Amor não é barreira. É solução! |
X
Vieste redentora, nuvem clara
Que borda este meu céu em fantasias.
Beleza inalcançável, fina e rara,
Moldura de meus sonhos, alegrias...
Minha alma alçando vôo se prepara
Imersa em ilusões, doces magias...
Fragilidade mostras nuvem bela,
Estou a te conter em cada verso,
Na busca vespertina por estrela
Que leve este meu canto ao universo.
Difícil me calar, somente vê-la
Demonstra um bom futuro, tão diverso
Dos dias que passei em solidão.
Ó nuvem passageira... na amplidão...
X
Na cantiga de roça, uma emoção
Que vestida da chita da esperança
Canta nas asas livres do azulão
Nos acalantos mostra nova dança
Voando nestas asas da ilusão.
Deixando nossa vida em confiança.
Batendo bem mais forte no meu peito
Um coração sofrido e já marcado
Que nem sabe bater mais satisfeito
De tanto que cortou-se, machucado.
Agora sem saber se vai direito
Exposto neste vento do passado...
Restando esta cantiga de amizade
Do canto que se fez da liberdade...
X
Amigo dentre tantos companheiros, |
X
Mal sabes quanto quero o teu amor,
Além de toda a força da paixão.
Presente no meu peito com vigor
É mais que um grande amor, uma obsessão!
Da vida, sempre fui expectador
Poupando, com certeza, o coração.
Ao ver o teu sorriso sedutor
Eu me entreguei inteiro à tentação.
Mulher amada, amiga e companheira,
Bem sabes quanto a quero, não duvides
A seta de Cupido, tão certeira;
Não deixa mais defesa, nem saída.
Os rumos, minha sorte, que decidas
Rainha; tu comandas minha vida...
X
Coração aninhado |
X
Hoje ao te ver lembrei-me do começo; |
X
Rondando a noite inteira, tão sozinha,
Nos bares, botequins e nas adegas.
Nos ombros que não ama, assim se aninha,
As luzes da esperança tu já negas.
Mal vês que uma triste alma , pobrezinha,
Em mares que distantes, não navegas.
Procura por teu corpo. Uma avezinha
Sem ninho, vai morrendo voa às cegas...
Amar-te muito além do que imaginas,
Querer-te em cada novo amanhecer.
São duras, com certeza, nossas sinas...
Tu beijas quem não queres, vou sozinho...
Quem dera, meu amor pudesse eu ter
À noite teus desejos, teu carinho...
X
Querer te ter intensa, sem limites,
Num êxtase completo, carne e dentes...
Não quero, em nosso amor, quaisquer palpites
Apenas teus carinhos, envolventes
Num ato de total insanidade,
Roubarmos os sentidos, viajar,
Amar: ter e privar a liberdade
Desejos entranhados a queimar...
Ardendo em tua chama, num vulcão
Que explode em tantas lavas, me devora.
Trazendo eternidade
Das
Viajo por teu ser, quero tocar-te,
Teus templos e mistérios... Profanar-te...
X
Roçar a tua pele desejada
Beijar-te por inteiro, passo a passo,
Deitar-te em minha cama desnudada,
Vagando por teu corpo, cada espaço...
Até deixar-te inerte, saciada;
Provando de teu gozo, sem cansaço...
Sentindo tua carne tão gostosa,
Entrar em teus caminhos, sem juízo...
Volúpia de mulher maravilhosa,
Abrindo este portal do paraíso...
Na loba delicada, fera e rosa,
Imerso neste amor que mais preciso...
Vem logo, amor morena, uma delícia,
Tua presa deseja uma carícia...
X
Amor! Um sentimento inigualável. |
X
Embora tão distante; amor, te sinto |
X
Quem veio de uma vida dolorosa, |
X
Amor por um momento me domina,
Refaz em cada passo, meu futuro;
Trazendo um novo sonho, descortina;
Clareia totalmente um céu escuro.
Viver intenso amor é minha sina.
É como respirar um ar mais puro.
Fazer felicidade ser rotina
É como um manso cais que já procuro...
Porém eu não consigo disfarçar
O medo que me traz tão grande amor.
Capaz de me invadir e transbordar,
Jurando assim total felicidade;
Eu ficarei inteiro a seu dispor,
Nem mesmo temerei uma saudade!
X
Quero, mulher amada e tão querida,
Deixar cada pedaço meu em ti.
Singrando em nosso amor a nau perdida,
Resgate deste tempo que perdi
Distante da partilha, nossa vida,
De todo o manso cais que existe aqui
Amores são noturnos, são fornalhas,
Amores são soturnos, envolventes...
Amores sempre cortam, são navalhas
Que trazem dor, prazer, risos, dentes...
São flores delicadas, rosas, dálias
Na paz e na delícia que tu sentes
Se faz a nossa vida d’hora
Num
X
A pacificadora sensação
Que toma nosso peito, sem cobranças
Forjada pelas tréguas, alianças
Formando em dois soldados, batalhão.
Dela mesma se faz renovação
E no cantil, somente as esperanças
Nas velas desfraldadas, confianças,
No mar tempestuoso da paixão...
E somos companheiros de viagem,
Nas estações, nos cais, em vários portos
Por mais que sejam duros, sejam tortos
Os caminhos; seguimos. Numa aragem
Serena e mais sensata. Mas com ardor
De quem sabe regar, canteiro e flor...
X
Asas abertas sonhos delirantes |
X
Meu canto te encontrando vai liberto
Pois sabe deste amor, felicidade.
É bom saber que estás sempre por perto,
Nas ruas ou nos campos, na cidade...
Eu sei que amar demais traz bem desperto
O sentimento triste da saudade.
Não deixe que jamais morra
O
Não quero te perder nem me perder,
Apenas quero o dom de ser feliz.
Viver nossa aventura com prazer,
Nos versos que se beijam, boca a boca.
Amar, amar, amar e pedir bis,
Sabendo que uma vida é muito pouca...
X
Venha aqui comigo, amor não temas, Noite qual criança sem juízo Te chama a conhecer de perto as gemas Que são como portais do paraíso... Amar demais concebe nossos lemas E cada vez mais forte e mais conciso, Subirmos nossos rios, piracemas, Nos cios se tornando mais preciso... Eu quero o teu sussurro em meu ouvido, Falando o que bem sabes que desejo. O fogo em que queimamos, não duvido É tudo o que queremos. Eu me atiro Em frente à tua boca e peço beijo, Depois... Só quero ouvir o teu suspiro... |
X
Amor quando demais; a gente voa Sem ter asas nas costas ou nos pés, Atravessando o mar sem ter canoa, Nadando simplesmente, sem revés. Amor assim demais, mordendo cura, Depois de um bom carinho, fecha a cara, Às vezes nos tortura com ternura É pedra mais comum, portanto rara... Amor quando é demais, esqueço o nome, E passo a ser eterno e morro logo, Minha alma neste fogo se consome, Em poucas gotas, lágrimas, me afogo... Amor transforma véu em nosso escudo, Perdendo-se a si próprio, sendo tudo... |
X
Poder sentir inteiro o teu perfume, |
X
Te quero bem além do simples fato
De ter uma esperança de te ser,
Não és somente espelho nem retrato,
És muito mais que sempre pensei ter...
Não és a sensação do intenso beijo,
És mais e sempre mais que simples caso,
Vivemos noutra esfera do desejo
Que nunca se permite um triste ocaso.
Quando irmanamos sonhos e vontades
Estamos bem acima disto tudo,
Não medimos no amor intensidades,
Entrega bem mais forte e sem contudo.
Amor que não precisa-se explicar
Tão simples; quatro letras: só AMAR...
X
Amor que me tomando me extasia
Em flores e perfumes delicados.
Tornando cada dia
E
Por outro amor repleto
Mostrando
E mostra minha sorte mais completa
Nas flores estampadas dentro em mim.
Cupido, perspicaz atira a seta
E atinge o coração. Amando assim
A vida nos teus braços se repleta
E nasce em toda rosa do jardim...
Meu canto não se cansa de buscar
Amor que se fez raio de um luar...
X
Amor que nos sacia e nos tatua
Crivando de emoções a vida inteira,
Minha alma ao te saber, cedo flutua
Trazendo tanta paz como bandeira...
Eu sonho ter teu beijo, clara lua,
Forrado em sensação mais verdadeira,
A pele tatuada, exposta e nua.
Fazendo de meu corpo tua esteira...
Teus rastros vou seguir, amada amiga,
Pegadas que deixaste no caminho,
Nesta ternura imensa, nossa liga
Que sempre norteou cada carinho,
Carinho que, no amor, é forte viga.
Certeza de não ser, jamais, sozinho
X
O vento enciumado te mentiu, Irei amor, decerto te tocar... Apenas este vento repetiu Mentiras que ele ouviu do triste mar Que ao ver que nos meus braços já dormiu Sereia que Netuno quis amar, Achando que podia, ele pediu Ao vento para, louco; te enganar... Estou aqui bem perto, sinto o cheiro De teu perfume solto pelo espaço. Meu verso mais sincero e verdadeiro Tocando esta janela do teu quarto, Aguarda calmamente que esse laço Renasça até que o dia chegue... Farto... |
X
Ladrilhei de esperanças o caminho
Prontinho para amada vir passar,
Passarinho cantando pede ninho,
Esperei meu amor, pelo luar...
Sozinho meu amor já me deixou,
Bem sei que com certeza, voltará,
Usei aquela estrela que brilhou,
Carinho que meu bem logo dará...
Vestida de luar, a minha amada,
Parceira deste sonho tão querido,
A lua não surgiu, envergonhada,
Deixando minha noite em solidão,
Agora estou sozinho e vou perdido,
Guardando nosso amor no coração..
X
Tocado pelo vento da paixão, |
X
Caminhos delicados do prazer
Aberto aos nossos sonhos mais audazes.
Vontade de contigo conhecer
Momentos mais felizes e vorazes...
Além do nosso mundo, amanhecer
Nos teus braços, carinhos mais capazes,
Percorrendo em loucuras, todo o ser.
Nas asas deste amor, nós somos ases...
Infindável desejo não termina
Nem mesmo quando raia o novo dia.
Depois de conhecermos fonte e mina,
Jamais nos deixaremos, meu amor.
Agora que sabemos da alegria,
Eternamente juntos, destemor...
X
O vento que te trouxe, num momento,
Tomando toda a casa me mostrou.
Que um frio que nos toma o sentimento
Talvez seja este outono quem criou.
Quem dera se chegasses... Um tormento
Distante no meu quarto me deixou,
Tristeza devagar, tomando assento,
No canto em que meu peito te chamou...
Amor é sorrateiro e vingativo,
Não deixa mais seguir quem medo tem,
Vivendo por amar, eu sobrevivo,
Na espera de te ter aqui, comigo...
No frio dolorido que já vem,
Meu bem, aqui por certo, o teu abrigo...
X
Eu sempre desejei tua nudez
Nas ruas, nas esquinas, nos motéis...
Depois de tanto amor que a gente fez
As asas estão presas aos meus pés...
Embora tanto diga, em nada crês,
Nem mesmo assim galopas meus corcéis,
Mantendo tua pose, em altivez,
Às vezes tu negavas os teus méis...
Porém amor tomando toda a casa,
Não deixa mais que mintas nem escondas.
Os mares te lambendo em tantas ondas,
Deitaram esta beleza em branca areia,
Neste calor imenso em viva brasa,
A lua nos meus braços se incendeia...
X
Na delícia divina deste amor, |
|
X
Viver sem ter motivos, esperanças,
É como se perder no dia-a-dia,
Não tenho nem mais forças prá vinganças;
Não resta em minha vida, uma alegria.
Apenas sobrevivo das lembranças
Deixadas n’algum canto. A poesia
Convida para a lua e para as danças;
Que faço se morreu a fantasia?
Talvez numa jornada derradeira
Tu possas escutar enfim, meu pranto,
E vir para os meus braços, mais inteira
Sem medos, com os olhos no futuro.
Escute meu amor; eu te amo tanto,
Às cegas, nesta angústia, te procuro...
X
Amiga; que me dera se assim fosse,
O fogo que se foi não queima mais.
Quebrada esta compota acaba o doce
Amor que já se foi, volta jamais.
O vento que alegria, um dia trouxe
Perdido noutros cantos tão distais,
Navio de esperança que afundou-se;
Um náufrago distante de outro cais...
Somente a correnteza que me leva
À morte com seu passo que é veloz,
Restando a solidão, amarga treva.
Um rio vai secando antes da foz.
A morte, ao crocitar, inda me enleva
Qual companheira amada, minha algoz...
X
Viemos das entranhas das Gerais
No sangue violeiro uma esperança
Que adentrando profundo não sai mais,
No rosto que se queima força e dança,
Na busca da igualdade em santa paz,
Na broa com café, sapê, lembrança.
Viemos dos católicos batismos,
Dos dízimos, folias, reis, congadas.
Dos ricos e dos pobres, seus abismos,
Das cores matinais nas alvoradas,
Viemos deste sonho
Do
Do amor que resplandece em amizade,
Do sonho que merece ser sonhado.
X
Quero que tu saiba minha amiga,
O quanto te desejo a cada instante,
A madrugada fria nos abriga,
Deitando no teu colo, amigo, amante...
Eu quero assim te ter, volúpia intensa,
Desnuda em minha cama, companheira,
Meu corpo te pretende recompensa,
De quanto já sofri a vida inteira.
Usufruir da boca mais carnuda,
Morena tão querida para mim,
Um olhar de carinho te desnuda,
E beijo cada lábio carmesim
Rolando em nossa cama, chama acesa,
Ser o teu caçador e tua presa...
X
O sol, qual companheiro de viagem
Deitado nos teus braços, ciumento,
Impede meu carinho em abordagem,
Não quer mais te deixar um só momento.
Guardando nos seus raios, tua imagem,
Neste astro relutante; o sofrimento.
Embora noutro porto uma ancoragem
Virá quer ou não queira o pensamento.
Após esse sol-pôr, enfim sozinhos,
Podemos sem ter pressa mergulhar,
Bebendo em nossos corpos tantos vinhos,
Singrando a noite inteira sem parar.
Aproveitamos todos os carinhos,
Pois ele, amanhã cedo, irá voltar...
X
Sem o amor de que vale a sapiência? |
|
X
“Podemos ser amigos, simplesmente?”
Depois de tudo aquilo que vivemos,
Ao beijar outra boca, de repente,
Será que o nosso amor já esquecemos?
Plantamos com vigor nossa semente
E sei que disto tudo inda tivemos
Momentos em que fui bem mais contente.
Muitas vezes, contudo, arrependemos
E tentamos mudar nossos destinos
Em outros pensamentos, outros mares.
Cometemos milhões de desatinos.
Disso tudo, querida; uma verdade;
Procuro o teu amor noutros lugares...
Eu te amo, mas aceito esta amizade!
X
Amada te tocando em pensamentos, |
|
X
Pecado é não sentir a sensação
De ter o paraíso em plena vida;
Negar a imensidade da emoção
Nesta vontade louca e distraída
De ter asas, voar pela amplidão,
Transbordando em prazer, sem ver saída,
Senão a que nos manda o coração,
Minha alma se encontrando; em ti, perdida...
Um arrepio intenso me domina,
E sinto-me suado, a boca seca,
A força do desejo não termina,
Vontade de te ter e sempre estar.
E sei então, quem ama nunca peca,
Adentra o paraíso; por amar...
X
Dois corpos se tocando, com luxúria,
Sentindo belos seios, duros pomos,
Da sílfide divina. Doces gomos
Da fruta preferida, fome e fúria.
Visão extasiante de uma lua
Que adentra em nosso quarto, voyeurista.
Prateia uma escultura semi nua,
Com mãos tão delicadas de uma artista.
Deitada no teu lânguido abandono,
No gozo perfumado, doces sumos,
Fustiga meus desejos, rouba o sono,
A noite se propõe em outros rumos...
Ecoam fantasias, turbilhões,
Devastadores fogos, mil vulcões...
X
Desenho nosso nome em nuvens alvas |
X
Não temas, minha amada, tal mensagem, Os Deuses já nos amam totalmente, Pressentem a beleza da visagem Que, aos poucos, vai tomando nossa mente... Na mansidão segura da viagem Um coração que voa nunca mente, E sabe que encontrou melhor paragem No coração que encanta, simplesmente... Confio em cada verso que me traz O vento benfazejo da esperança. Por isso, em nosso amor, sou bem capaz De mergulhar tão manso e tão profundo. Envolto nos teus braços, sem tardança; Sou o ser mais feliz que há nesse mundo! |
X
Sentindo o cheiro bom de tua pele
Colada com meu corpo. Que prazer!
A boca te procura e se compele
A pesquisar inteiro; quer te ler...
Roçando o teu pescoço, o vento frio
Nos lábios a promessa de delírio.
Teu corpo tremulando em arrepio,
Vontade tão voraz vira martírio...
E roubo teu silêncio, num gemido,
Palavras se perdendo na loucura.
Decoro cada rumo percorrido
Entrego-me aos teus sonhos com ternura...
Amar se embriagando no desejo
É raio que nos corta, num lampejo...
X
Eu quero te sentir completamente |
X
Tu sabes, meu desejo é teu desejo, |
X
No canto em primavera deste amor
Cada palavra veste-se de flor
E forma a nova dança, uma ciranda.
Contente por te ser e ser só teu
No verso, esse compasso que se deu
Formado por uma alma que se abranda
Na poesia amiga e companheira
Vontade de dançar a vida inteira
Sem ter sequer descanso, só dançar.
O gosto deste mel feito garapa
Escorre livremente, já se escapa
E traz uma emoção tão singular.
X
Brincarmos nestes campos delicados,
Em meio a tentações e mil segredos.
Os olhos sem malícia misturados
Buscando desvendar tantos enredos
Que fazem dos meninos dedicados
Promessas de desejos e degredos...
Aos poucos, te tocando, a boca pede
A boca que me dê lábios tão quentes,
Retrato desenhado na parede,
Os corpos se procuram tão urgentes,
Menina receosa logo cede
E as tarde vão passando, são mais quentes...
No gosto da maçã, tão sem juízo,
Meninos descobrindo o paraíso...
X
Tuas mãos deslizam sobre mim,
Suadas, desejosas, envolventes...
Acendem num segundo o estopim,
As bocas se procuram, loucas, quentes...
Eu quero o teu prazer até o fim,
Sabendo que também, amada, o sentes.
No gozo que nos toma tudo assim,
Gemidos e suspiros entre os dentes...
Fazemos tanto amor, louca viagem,
Prazeres explodindo aos borbotões.
Teu sexo perfumado, uma visagem
De flor tão delicada, tentações...
Inunda em umidade, uma estiagem,
Arrebenta a barragem, explosões...
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Na primavera eterna da alegria
Em flores e carinhos um festejo
Além de todo cais que a Deus pedia
Imerso nas procuras do desejo.
Salvando da penumbra triste e fria,
Agora, nos teus laços, eu prevejo
A luz que imaginei, tanto queria,
Na mansidão suave; nosso beijo...
Tu és a garantia de um futuro
Mais rico em emoções, calor e vida.
Aramos este chão outrora duro
E vemos novamente, num clarão,
A senda mais feliz, uma saída
Que sabe que o amor é solução.
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Saudade vem trazendo este desejo |
X
Sentir a tua mão quente e macia
Passando por meu corpo, nau exposta.
Na sensação profana que vicia,
Do jeito que sonhei, tanto se gosta.
Querendo sempre assim, e todo dia,
Na fome que se mata, já reposta,
Na sede que somente amor sacia,
Encontro em nossa saga uma resposta
Que tanto procurara vida afora.
Na pele amorenada, fartos seios,
Vontades e desejos... Vem agora!
Não tenha mais vergonhas ou receios,
Sossegue esta vontade junto a mim,
No gozo e na alegria, sem ter fim...
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