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Saturday, June 24, 2006

É LULA PRA PRESIDENTE!

Minha gente estou contente,

Estou contente de fato,

Vou contente, minha gente

A gente tem candidato.

Nada mudou na verdade,

É candidato de novo,

Pelo campo e na cidade,

É o candidato do povo.

Se quatro anos foi pouco,

Outros quatro eu quero ter.

De gritar, ficando rouco,

Louco pra gente vencer.

A pobreza brasileira,

Precisa desse operário,

Nossa nação verdadeira,

Não quer mais um salafrário.

Não queremos apagão

Nem tampouco esse tucano

A luz chegou no sertão,

Eu, de novo não me engano.

Meu filho na faculdade

Tá bonito como quê,

Transpira felicidade,

De novo, vamos vencer!

A roça tá controlada

Os juros posso pagar,

Tá linda minha boiada

Tudo está no seu lugar.

A comida tá barata

Emprego tá aumentando,

Meu bolso tem bem mais prata,

As coisas tá melhorando...

Pode contar com meu voto,

O meu e da minha filha,

Aliás, vê nessa foto,

Vota junta essa família.

Que é gente trabalhadora

Que trabalha com afinco,

Sabe que como a lavoura,

Esse país tá um brinco...

Bem sei das dificuldades

De governar a nação,

Conheço essas crueldades

Dessa tal oposição.

Tiveram por muito tempo,

Com as mãos nesse timão,

Criaram foi contratempo,

Pra impedir a evolução.

Chamaram ele de burro,

Cachaceiro e vagabundo,

Bem sei o quanto que é duro,

Saber que em todo esse mundo,

O nordestino valente

É respeitado demais.

Essa gente tá doente,

Tá perdendo até a paz,

Partiram pra estupidez

Xingando o pobre coitado

Ora só, vejam vocês.

Eles ‘tão descontrolado...

Num adianta chorar

Nem querer ameaçar

Vocês têm que aturar,

De novo vamos ganhar.

Pro bem do povo carente

Da nossa gente mais pobre,

A nossa gente contente

Que não cheira a ouro e a cobre...

Veja essa luz lá no fundo,

Não há mais bela que assente,

Vou contar pra todo mundo:

É LULA PRA PRESIDENTE!

Da peleja do diabo com o dono do céu...

Tenho visto e ouvido muita coisa do que resolveram chamar “gospel”.
Realmente, algumas músicas que recebem a alcunha de “hinos” têm alguns aspectos interessantes, porém a maior parte é intragável.
Alguns cantores de segunda e terceira classe, vendo que a carreira estava já totalmente acabada, reencontraram nesse vasto mercado uma tábua de salvação.
O interessante é vermos que, segundo alguns religiosos mais xiitas, tudo aquilo que não for “hino” não pertence a Deus e, portanto não deve ser ouvido. Uma música de altíssima qualidade, como uma Rosa de Hiroshima, bela homenagem à paz, deve ser colocada de lado, enquanto hinos fantasmagóricos são cantados com todo o fervor.
Um dos temas mais freqüentes dessas cançonetas é a eterna guerra do bem contra o mal.
Os cantores se colocam à disposição de Deus num imaginário duelo, composto de lanças e dardos contra os temíveis tridentes diabólicos.
Tal qual um cavaleiro andante quixotesco, os “heróis” se unem para vencer os “moinhos de vento” demoníacos.
As letras, de baixíssima qualidade tanto poética quanto de louvor, demonstram o caráter belicoso que é dado pela maior parte das Igrejas a religião.
As centenas de demônios que habitam as cabeças mais influenciáveis dessa turma, permite-me uma visão medieval da vida.
A luta interna que temos, a cada momento, nas escolhas da vida, entre as opções que poderemos seguir, passa a ser vista como uma terrível peleja entre o diabo e o dono do céu.
A visão cristã de pacificidade e perdão passa a dar lugar a uma visão judaica de luta entre um povo escravizado e suas lendas de heroísmo utópico e não comprovado, praticamente lendário.
O “heroísmo” judaico tão propalado e nunca comprovado historicamente, passa a ser visto pelos visionários dessa “nova era medieval” como verdade absoluta e inconteste.
Temos nas canções aberrantes e berrantes, muitas das vezes, histórias que remontam a idade das trevas.
Como se Jesus, ameaçado, preso e torturado até a morte pelos romanos e pelos judeus não tivesse pedido perdão por esses. Como se Ele tivesse conclamado algum exército sobre ou supranatural para defendê-Lo.
Ora bolas, tal deturpação do que seja cristianismo seria cômica, se não fosse trágica.
A criação destes dragões nas cabeças despreparadas e incultas, pode levar à formação de milhares de São Jorges radicais e tresloucados.
Pode-se imaginar até na possibilidade da conclamação a um exército de radicais cristãos, tão medonhamente assustador quanto o islâmico ou de qualquer outra religião.
A educação, somente esta, levada a sério, e com características de formação de personalidades mais livres e pensantes, é o antídoto natural contra qualquer tipo de desvio incoerente do pensamento e da filosofia.
A cantoria dos tempos do feudalismo, podem gerar distorções graves que devem ser evitadas e, acima de tudo, condenadas.
O risco existe e deve ser tratado com alguma seriedade, senão poderemos ter uma repetição dos desvarios islâmicos e japoneses. Os kamikazes cristãos não são somente figura de retórica. Atentai...

Do Deus Aspirina ou das Sanguessugas de Cristo

Uma das coisas que tem me chamado a atenção nos programas religiosos que abundam e invadem a maior parte dos canais abertos de televisão, além dos canais pertencentes a Igrejas, inclusive a católica, é a existência de “milagres”, constantes e diários.
Os ditos milagres ocorrem a todo momento , com extraordinária freqüência. Em alguns programas evangélicos e católicos a existência deles chega a cifras recordes.
E esses milagres são das mais variadas espécies. Temos para todos os gostos e preferências.
Há milagres relacionados à vida financeira, inclusive com casos de recuperação econômica ou ganho nas loterias que, de demoníacas, passam a ser operadoras sob os auspícios dos mais diferentes “santos”.
Há os milagres de ordem familiar, em que a “impactação” divina leva a alcoólatras pararem de beber, prostitutas deixarem de se prostituir, drogados pararem de se drogar; como se para que tais fatos ocorrerem, ser necessário somente o auxílio direto dos deuses.
Um sem par de demônios invade cada templo ou Igreja, sendo raros nos locais onde poderiam ser mais comuns, como nos prostíbulos, nos bares, nas casas de comércio, de câmbio ou até mesmo no Congresso Nacional.
Quem quiser ver um demônio de perto, é só freqüentar algumas de nossas igrejas que, por certo, lá encontrará demônios, capetas, “inimigos” em profusão.
Creio que algumas denominações colocam a palavra “Deus” na porta dos seus templos, para que o visitante tenha certeza de que aquela é uma casa de Deus, embora a quantidade de vezes que se fala em “diabos”, leve o incauto a pensar exatamente ao contrário.
Num dos programas mais conhecidos de televisão, repetidos diariamente em vários canais, além do canal pertencente à Igreja em questão, tenho constatado a presença do “Deus Aspirina”.
Pouco antes de pedir dinheiro, situação em que o pastor em questão é mestre, o dito cujo inicia uma sessão de “milagres” no mínimo estranha.
Após “ordenar” que os demônios das doenças abandonem “os corpos” dos doentes, em nome de Deus (embora pareça que Deus seja nada mais nada menos que um empregado ou serviçal de tal pastor), ele pergunta quem se “curou”.
Aí se inicia um tal de curas de dor no ombro, dor no braço, dor na coluna, dor de cabeça, dor... Ou seja, nada mais nada menos do que os “milagres” realizáveis pela Aspirina ou por outro analgésico qualquer.
Sinceramente, nos meus vinte anos de medicina, não presenciei nada que não possa ser explicável pela Ciência. Isso não quer dizer que não existam milagres, mas não os vi.
Obviamente alguns irão me dizer: “A culpa é sua, porque não tens fé bastante para vê-los”.
O problema é que se eu não obtiver o resultado esperado com um tratamento científico, não caberá tal desculpa.
A falta de fé é a justificativa para o fracasso. Bela e confortável desculpa...
Pois bem, após a sessão de milagres aspirínicos, tal pastor “passa a sacolinha”, cobrando muito mais caro pelas “curas” do que um médico recebe do SUS pelo mesmo serviço, isso incluindo o analgésico.
Tenho observado, com temor e indignação, muitos pacientes abandonarem o tratamento por causa desses “milagreiros” de meia tigela. Recordo-me de uma criança diabética, insulino dependente que um bem intencionado imbecil, semi-analfabeto, mas treinado por uma ala da Igreja Católica, na arte de “passar um ferrinho” e diagnosticar, tratando em nome de uma tal “medicina natural”, quase matou quando suspendeu a insulina e passou a mandar a menina tomar chá de “pata de vaca!”
Se não fosse a intervenção rápida e eficaz de um pediatra, a menina teria morrido, graças ao estímulo de setores da Igreja Católica a um tipo de “pais de santo” e raizeiros e benzedeiras tão maléficos quanto irresponsáveis.
Aliás, há uma cultura disseminada de que: Pai de santo cura, pastor cura, padre cura, e médico mata.
O pior é que esses facínoras travestidos de religiosos não têm responsabilidade legal pelos seus absurdos crimes, todos “bem intencionados”. O que me permite afirmar que de boas intenções, o inferno está cheio.
Aproveitando-se do baixo nível cultural do nosso povo, aliado à esperança tresloucada dos desesperados, milhares de entidades e estelionatários se enriquecem, enquanto a saúde pública vai ficando, cada vez mais pobre.
É necessária uma atitude firme e contínua contra esse tipo de charlatanismo que impera nos nossos meios de comunicação. As televisões são concessões públicas, e não podem ser utilizadas desta forma que, além de desinformar, ainda coloca a saúde do povo em risco.
Setores da imprensa colaboram para que isso ocorra, por omissão e medo, já que, dentre as principais redes de televisão e rádio nacionais, têm, na sua base de patrocínio e de “sublocação” da concessão pública, várias Igrejas e “pastores”.
Essa vergonhosa agressão ao povo mais humilde e sofrido, roubado duas vezes, tanto na negativa do poder público de repassar os impostos pagos em ações mais amplas de saúde, quanto na exploração criminosa, através das “dádivas”, “contribuições”, etc. que suplantam, em muito, os dízimos devidos a cada Igreja.
Tudo bem que isso ocorre em todas as camadas sociais, mas estelionatário que explora a pobreza e a miséria é um tipo de criminoso asqueroso e não terá perdão nenhum, nem aqui nem no Céu, pois esses exploradores do corpo sofrido de Jesus e vendilhões das casas de Deus fazem parte de um dos piores tipos de criminosos que pode haver, os sanguessugas de Cristo.

Friday, June 23, 2006

Calça de veludo ou bunda de fora

Carta aberta ao senador Arthur Virgílio

Vi com perplexidade o depoimento de V.Exa. na tribuna do Senado na noite de ontem. Mais uma vez utilizando-se de bravatas e agora numa atitude de chantagem explícita, o senhor desafia o Ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, a derrubar o laudo da Polícia Federal que atesta a autenticidade da "lista de Furnas" num prazo de 24 horas, caso contrário "ele vai ver o que é bom prá tosse". Fica clara a tentativa do senador em tentar evitar a apuração das denúncias de caixa dois tucano nas eleições de 2002.
Desde o aparecimento das cópias da famosa lista, V,Exa. e vários outros tucanos de alta plumagem, tentam desqualificá-la, assim como tentaram fazer com a lista de Cláudio Mourão, que além de demonstrar o imenso caixa dois na campanha à reeleição do então governador Eduardo Azeredo, mostrou a utilização na mesma de recursos públicos oriundos de empresas estatais e o nascedouro do valerioduto. A tática foi a mesma utilizada agora: desqualificar o denunciante, falar em falsificação e, quando da comprovação da autenticidade da assinatura e de que não houve montagem, tentar se passarem por vítimas de perseguição da Polícia Federal.
O senhor senador que ameaçou até bater no presidente, me processar, dar prazo de 24 horas para o ministro dizer que a lista é falsa, não mostra a mesma valentia contra o autor da lista. Se, como diz V.Exa. a lista é falsa, a responsabilidade é somente dele, afinal o laudo comprova ser verdadeira a sua assinatura e também não haver montagem. Porque então não processa o Sr. Dimas Toledo? Estaria o senador com medo da verdade?
A bravata e a chantagem de V.Exa., na tentativa de intimidar e sufocar a apuração, pode acabar sendo um tiro no pé. Que Furnas, através de Dimas Toledo, sempre foi utilizada como fonte de arrecadação para as campanhas tucanas, todos aqui em Minas já sabiam, embora até então não fosse ainda comprovado. Era um verdadeiro segredo de polichinelo. Resta agora à PF tornar público o laudo e avançar nas investigações. O ministro é um homem honrado e a Polícia Federal tem atuado com total isenção e liberdade. Nunca se apurou tantos crimes como agora, coisa impossível de acontecer em governos tucanos, que se especializaram em varrer a sujeira para debaixo do tapete..
Por fim, é bom se lembrar que Nilton Monteiro falou que além do original da "lista de Furnas", já apresentado e periciado como verdadeiro, ele possui recibos assinados pelos beneficiados pelo esquema. E é bom não duvidar pois, foi através de suas denuncias, que se desbaratou o grande esquema de corrupção do então governador capixaba (também tucano) José Ignácio e se mostraram mentirosas as versões de Cláudio Mourão, Eduardo Azeredo e agora Dimas Toledo. A verdade virá à tona!
Rogério Correia Deputado estadual

Observa-se, como sempre, a tentativa desesperada de se evitar, a qualquer custo, o aprofundamento das investigações sobre a Lista de Furnas pois, comprovando-se a veracidade desta, temos um fato extremamente grave, similar ao que foi criado pelo deputado-escroque “Comendador” Bob Jefferson; coincidentemente partícipe dos dois “esquemas”.
O agravante desse escândalo ligado à estatal é o fato de, além de termos nomes de muito maior penetração que os chamados mensaleiros petistas, termos também o envolvimento de uma Estatal nesse caixa dois.
Demonstrando, portanto, a participação de dinheiro público em tal esquema.
A comprovação da veracidade da lista nos trás uma interessante observação a ser feita. Um dos argumentos usados contra a veracidade da mesma é de que inclui o nome do filho de Dimas Toledo nela.
Argumentava-se ser, essa inserção, uma evidência de falsificação, pois nenhum pai colocaria o nome do filho em tal listagem.
Portanto, confirmando-se a veracidade desta lista, temos o efeito contrário. Realmente, partindo do pressuposto de que Dimas Toledo não é louco nem quereria comprometer, aleatoriamente, seu filho, temos que a lista demonstra REALMENTE quem recebeu dinheiro de caixa dois.
INCLUSIVE O FILHO DO PRÓPRIO DIMAS.
Os recibos, aliados a esse fato e à confissão do “Comendador” Bob, nos dão a real dimensão da veracidade de tudo.
Agora o que mais irá se ouvir é o famoso: “Eu não sabia”, já iniciado por Eduardo Azeredo.
Isso não justifica nenhum erro, nem serve de consolo, apenas serve para que todos, inclusive os homens de bem do governo e da oposição, lutem veementemente para a reforma política.
Senão, nada disso terá servido para algo produtivo.
Quem nasceu primeiro não interessa, o fato é que temos em todos os partidos, inclusive no “santificado” PPS das propagandas eleitorais gratuitas, a maldição do caixa dois de campanha.
Ou calça de veludo ou bunda de fora.
Reforma política ampla e uma luta pela ética na política. Urgente e sem falsos moralismos.
Não cabe defender nossos erros, somente não podemos deixar que pareça à sociedade que somos os únicos errados.
A demonstração da trava no olho de outrem não justifica a nossa, mas precisamos colocar os pingos nos iis para que não sejamos crucificados pelos erros de todos.
Inclusive e principalmente pelos neo-virgens, pois nenhuma cirurgia plástica irá restituir a integridade de um ACM da vida, nem de um Arthur Virgílio.
O que temos é que exigir, enquanto democratas, um novo código ético e moral na política brasileira, sob pena de termos de que agüentar o “porco falando do toucinho”, degradando cada vez mais a poluída imagem que os políticos nos oferecem.

Suco de Jabuticaba...

Em Espera Feliz, tenho um grande amigo, um dos melhores fisioterapeutas que conheci, sujeito íntegro, honesto, de uma serenidade invejável.
Já quase cinquetão, toda semana faz uma via crucis, de Espera Feliz até o interior do Estado do Rio, onde moram sua filha e sua esposa.
A opção sacrificante pela melhor qualidade de estudo e de base financeira para a filha, segue-se há mais de dez anos; mas o meu querido amigo não reclama, fazendo semanalmente o percurso sem nem ao menos demonstrar cansaço.
Pertencente a uma Igreja evangélica extremamente rigorosa com relação a hábitos como o de beber, de fumar ou de comer carne de porco, nosso amigo é um dos missionários mais assíduos e respeitados dessa Igreja.
Pois bem, um belo dia, ainda no período em que sua esposa morava em Espera Feliz, me recordo de um convite que eles me fizeram para visitar a casa nova que haviam alugado.
Convite regado a um delicioso churrasco e a refrigerantes, aos quais, como abstêmio, não fiz nenhum reparo.
Mas, lá pelas tantas, animado com uma receita de “suco” de jabuticaba que obtivera de um conhecido cafeicultor da região, fui convidado a tomar um copo de tal maravilha.
Realmente estava muito gostoso, supimpa mesmo.
Conversa vai, conversa vem, suco pra cá, suco pra lá, a cabeça começando a girar, a música ficando mais alta, a animação também, resolvi perguntar ao meu amigo como se fazia tal delícia.
A resposta veio rápida e elucidativa:
“Marcos, pegue dez litros de jabuticaba, coloque dez quilos de açúcar, deixe em uma vasilha grande por vinte dias, depois é só coar, deixar na geladeira e beber”.
Realmente, tinha descoberto uma receita maravilhosa para se fazer um licor de jabuticaba.
Não devia, nem podia, mas esclareci ao meu amigo dos poderes maravilhosos da alcoólica bebida.
Espantado, a partir daquele dia, o suco de jabuticaba continuou freqüentando sua geladeira, mas sem os fundamentais vinte dias de fermentação...

Ao muriaense de fibra, em todos os sentidos.

Lula anuncia Alencar como vice
De Lisandra Paraguassu na Agência Estado:
"Embora não tenha anunciado formalmente a sua candidatura à reeleição, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva acaba de confirmar, em Chapecó (SC) que o vice-presidente José Alencar é o seu candidato a vice na chapa que disputará em outubro. Lula disse que aprendeu com o futebol que em time que está ganhando não se mexe. Ao ser perguntado se já teria conversado com Alencar sobre o assunto, Lula disse que nem precisava, porque Alencar já é vice dele, "um grande empresário e grande companheiro".


A escolha de Jose Alencar para repetir a chapa vencedora em 2002 não é nada mais nada menos do que a configuração de um ato de justiça e de bom senso.
José Alencar tem se demonstrado um companheiro fiel e amigo, em todos os momentos, mesmos nos mais difíceis.
Sua importância como maior empresário de Minas, dá o lastro que Lula necessita para continuar sendo visto sossegadamente pelos empresários nacionais e estrangeiros, inclusive os verdadeiros investidores que trazem capital não especulativo para o Brasil.
José Alencar, mineiro de Muriaé, meu conterrâneo, portanto, tem uma história muito parecida com a de Lula.
De origem humilde, na pequena Rosário de Limeira, hoje município, mas à época pequeno distrito de Muriaé, começou como balconista de loja, tendo sua biografia descrita desta forma:
“José Alencar Gomes da Silva nasceu num povoado às margens da pequena Muriaé, Minas Gerais, em 17 de outubro de 1931. O décimo primeiro filho de um total de 15 descendentes do casal Antônio Gomes da Silva e Dolores Peres Gomes da Silva.
O trabalho veio cedo e já aos sete anos, José Alencar estava atrás do balcão da loja do pai. Em 1946, aos 15 anos, Alencar deixou a casa dos pais e foi para cidade trabalhar como balconista na loja de tecidos "A Sedutora". A vida na cidade não era fácil já que o pouco que ganhava não era suficiente para pagar um quarto.
Dois anos depois, em maio de 1948, José Alencar muda-se para Caratinga. Consegue seu segundo emprego na "Casa Bonfim" e, em pouco tempo, é considerado o melhor vendedor da loja, título que já havia recebido em sua primeira experiência em Caratinga.
Quando completou 18 anos, seu irmão mais velho, Geraldo Gomes da Silva, lhe emprestou 15 mil cruzeiros para que ele pudesse abrir seu próprio negócio. Foi então que em 31 de março de 1950, José Alencar abriu sua primeira empresa, "A Queimadeira", situada na Avenida Olegário Maciel, 520, no Barro Branco, em Caratinga.
Morar na própria loja, "atrás da prateleira", e comer marmita fazia parte do esforço para baixar os custos e tornar competitiva a lojinha que vendia quase tudo: tecidos, calçados, chapéus, guarda-chuvas, e sombrinhas. Sempre contando com o apoio dos irmãos, José Alencar manteve sua loja até 1953, quando decidiu vendê-la e mudar de ramo.
José Alencar inicia seu segundo negócio na área de cereais por atacado, ainda em Caratinga. Logo em seguida participou - em sociedade com José Carlos de Oliveira, Wantuil Teixeira de Paula e seu irmão Antônio Gomes da Silva Filho - de uma fábrica de macarrão. Era a Fábrica de Macarrão Santa Cruz.
Ao fim de 1959, morre Geraldo, seu irmão. José Alencar assume, então, os negócios deixados por Geraldo na empresa União dos Cometas. Em homenagem ao irmão, a razão social foi alterada para Geraldo Gomes da Silva, Tecidos S.A.
Em 1963, José Alencar construiu a Cia. Industrial de Roupas União dos Cometas, que mais tarde passaria a se chamar, Wembley Roupas S.A.
Em 1967, em parceria com o empresário e Deputado Luiz de Paula Ferreira, Alencar fundou, em Montes Claros, a Companhia de Tecidos Norte de Minas, Coteminas. Em 1975, José Alencar inaugurava a mais moderna fábrica de fiação e tecidos que o país já conheceu.
A Coteminas cresceu e hoje são 11 unidades que fabricam e distribuem os produtos. São fios, tecidos, malhas, camisetas, meias, toalhas de banho e de rosto, roupões e lençóis para o mercado interno, para os Estados Unidos, Europa e Mercosul.
Na vida política, José Alencar foi presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais, presidente da FIEMG (SESI, SENAI, IEL, CASFAM) e vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria. Candidatou-se às eleições para o Governo de Minas em 1994 e, em 1998, disputou uma vaga no Senado Federal, elegendo-se senador por Minas Gerais com quase três milhões de votos.
No Senado, foi presidente da Comissão Permanente de Serviço de Infra-Estrutura - CI, membro da Comissão Permanente de Assuntos Econômicos e membro da Comissão Permanente de Assuntos Sociais.”
Os paralelismos entre esta biografia e a de Lula, demonstram o quão acertada foi a escolha deste mineiro de origem humilde, quase nordestina, para a vice-presidência. Tanto da primeira quanto desta vez.
Num momento em que o empresariado brasileiro, em sua grande maioria, fugia da candidatura socialista de Lula, Alencar se aproximou a ponto de querer se filiar ao PT, fato esse inibido pelo próprio Lula, que buscava com Alencar, aumentar a participação no horário político.
Hoje, quatro anos após, temos em Alencar um dos mais fiéis companheiros, bem mais digno da participação do poder ao lado de Lula do que “companheiros” antigos que se retiraram do barco, acreditando que a canoa estava furada.
A dignidade de José Alencar, homem para quem a política não muda em nada nem seu patrimônio nem sua imagem de homem vitorioso, é uma coisa que merece registro.
Além do mais, a presença de um mineiro no poder é de vital importância para o equilíbrio político do país, fato já detectado por outros mineiros ilustres, como Itamar e Aécio Neves.
A garantia de um governo com maior participação dos empresários que geram empregos, assim como Alencar, é uma garantia a mais não somente da governabilidade, mas também do desenvolvimento e do crescimento do país, tanto economicamente como socialmente, se nos atentarmos para o fato de que temos, tanto o presidente quanto o vice, de origem proletária.
Aliás, para quem conhece Muriaé e suas oligarquias, sabe o que significa para o povo dessa região, o orgulho de ter um vice-presidente da república, distante das oligarquias dos Canedo, Varela, entre outras...
Resta ao povo muriaense, homenagear seu mais ilustre conterrâneo com uma votação expressiva nessa eleição que se avizinha.
Meus parabéns José, mais um José brasileiro, cuja biografia enche de orgulho a todos os que lutam e batalham por um Brasil melhor.

Meus tempos de criança - de um filé de peixe inesquecível.

Uma vez, quando estávamos em Muriaé, num desses dias de verão insuportáveis, o corpo suando em bicas e ventiladores ligados pela casa afora, num janeiro interminável e intenso, chegou à minha casa, o “seu” Valter, amigo do meu pai.
Trazia uma porção de cascudo, deliciosamente perfumada e com um aspecto agradabilíssimo.
Junto com o peixe, trazia a recomendação do meu pai para que ninguém comesse antes dele chegar, fato que se daria lá pelas cinco ou seis horas da tarde.
Para quem não conhece cascudo é um dos mais saborosos peixes de água doce, quase sem espinhos, tendo um paladar único e macio.
O filé de cascudo é uma das iguarias que mais apreciei e aprecio, sendo de um paladar melhor do que o das trutas e salmões que conheci bem mais tarde.
Estávamos sentados a mesa do almoço, eu, minha mãe, minha irmã e minha prima, Patrícia, hoje renomada odontóloga de Muriaé.
Aquele cheirinho, aquele filezinho olhando para a cara da gente, quem iria resistir? Nem você nem nós.
Com arroz branco, começamos a devorar aquele peixe levemente apimentado com sua carne macia e apetitosa.
Recordo-me de minha irmã, Andréa Cristina, palitando os dentes com aquele espinho diferente, não tão achatado quanto o do cascudo, meio que afilado, detalhe imperceptível diante da maravilha que degustávamos.
Meu pai, ao chegar, percebera que sobraram somente dois pedaços, dos vários que “seu” Valter trouxera.
Para nosso deleite, ao ver o que restara, afirmou que estava meio sem apetite e que comêssemos o restante, sem problema.
Minha irmã ficou com um pedaço e eu com o outro.
Fomos dormir, depois disso, satisfeitos como dois paxás.
Mal amanhecera o dia, o pau quebrou entre meu pai e minha mãe.
Essa, com a voz elevada, reclamava e praguejava a torto e a direito.
Ao se esclarecer a situação, soubemos o motivo de tal ira.
Seu Valter, como bom espírita, não comia carne vermelha e havia dito ao meu pai das delícias da carne de cobra, avisando-o que, assim que matasse uma jararaca, iria pedir para sua esposa para fazer uma porção.
Meu pai, temeroso de que minha mãe jogasse prato com cobra e tudo fora, avisou ao amigo que levasse, mas não se esquecesse de dizer que era cascudo e que solicitasse para que não comêssemos antes de sua chegada, a fim de esclarecer e impedir que a gente degustasse tal iguaria.
Ao chegar em casa e ver que não sobrara quase mais nada da refeição, alegara mal estar e deixou para quem quisesse os últimos nacos do “cascudo”.
Esperara o dia amanhecer para explicar à Dona Osília o que acontecera.
O pior de tudo foi que, algumas semanas depois, “Seu” Valter, sabedor do sucesso feito pela jararaca, resolveu trazer uma posta de sucuri, devidamente rechaçada por minha mãe e pela sua secretária, sob a ameaça da mesma de “pedir demissão e nunca mais trabalhar naquela casa de loucos”.

Meus tempos de criança - da madeira de dar em doido

Meu avô era proprietário de uma serraria, em Mirai, Minas Gerais, terra de Carmita Loures e de Ataulfo Alves.
Eu me recordo que, quando criança, adorava brincar com a serragem a qual chamávamos de pó de serra. Era uma delícia pular sobre aqueles montes que se formavam, quando se serrava uma tora de madeira.
A coceira que vinha depois, resultado de tais brincadeiras, nem de longe incomodava.
Eu era feliz e nem sabia.
Mas, um dia, para espanto de minha mãe, sempre zelosa com a limpeza, entranhou-se um odor insuportável na casa.
Por mais que ela varresse e lavasse a casa, a inhaca de esgoto não se dissipava.
Dona Osília, minha mãe, como toda mãe mineira era extremamente zelosa e cuidadosa com a casa.
Qualquer sujeira perdida em um canto da casa era motivo de apreensão e irritação. Recordo-me que, aos sete anos de idade, ao escrever sobre a mãe, no dia dedicado a elas, descrevi-a como uma “barata tonta”; o dia inteiro envolvida com as aulas no colégio, onde lecionava História, e a casa, onde refazia boa parte do trabalho que fora executado pela secretária da época.
Pois bem, a limpeza já se repetia várias vezes, quando percebi meu pai sorrindo, matreiramente, no canto da sala.
Aquele sorriso denunciava o mal feito. Meu pai era extremamente brincalhão e alguma ele tinha aprontado.
Passaram-se uma, duas, três horas e o cheiro continuava, para apreensão de minha mãe, justificando um olhar maroto do meu pai.
Depois da janta, fomos dormir.
De repente, acordei com a minha mãe reclamando em altos brados.
Perguntei o que tinha acontecido e a resposta veio rápida.
Naquele dia, tinham cortado na serraria, uma madeira chamada de canela. Mas não era uma canela comum, dessas parecidas com a Gabriela de Jorge Amado não.
A canela em discussão, era uma madeira que tinha uma característica única.
O odor exalado pela madeira, ao ser cortada, era profundamente desagradável e justificava o nome popular da dita madeira.
Meu pai, depois de cansar de ver minha mãe exasperada, resolvera, enfim, explicar a origem da inhaca insuportável e inexterminável.
“Osília, a tora que foi cortada hoje, é a de canela-bosta.”

Thursday, June 22, 2006

De vinganças e vinganças

Um dos maiores parasitas que existem é o conhecido “colunista social”. Escravo e bobo da corte, é vitima e o carrasco das conhecidas “socialites”.
A maior parte das vezes é convidado para as festas da high society, tendo como característica marcante, o olhar ferino e agressivo contra alguma pessoas, principalmente aquelas que não lhe satisfazem os desejos de fama, poder ou simplesmente narcisistas.
Em contrapartida, as que cedem aos seus caprichos são tratadas a pão de ló, tendo o rosto estampado com legendas elogiosas a cada semana ou a cada evento em que estas personalidades estejam.
Mauricio Flavio era um dos mais conhecidos colunistas sociais da cidade de Pintassilgos, no interior mineiro.
Tendo em Amaury Jr, seu principal ídolo, tentava ser simpático com a maior parte dos ricaços do local, sendo cruel com aqueles que não tinham “origem” na tradicional família pintassilguense.
Os novos-ricos, então eram vítimas de sua língua ferina, mesmo nos elogios, não se esquecia dos pequenos detalhes que, invariavelmente, demonstravam a origem camponesa ou proletária da personagem escolhida por Mauricio Flavio para ser esculachada.
Marieta herdara de seus tios uma propriedade rural de fazer inveja a quem quer que seja. Nos seu quase mil alqueires de terra, desfilavam mais de mil cabeças de gado, além da produção de café, uma das maiores do sul de Minas.
Não que fosse uma nova rica típica, isso não. Mas, sua filha, no auge da adolescência e deslumbramento, resolveu fazer uma festa de quinze anos.
A mãe, que tinha mudado para a cidade fazia pouco tempo, relutou em fazer a tal festa mas, sob a influência das companheiras de salão e das amigas de sempre, rendeu-se aos apelos da menina.
A festa fora um esplendor de fartura para todos os gostos, inclusive para a língua afiada de Mauricio Flavio.
Entre os convidados, obviamente, vieram os parentes de marie ta, todos oriundos da zona rural. As misturas de estilos se tornaram evidentes.
Como não poderia deixar de ser, Mauricio Flavio estava entre os meio convidados meio penetras que vieram na carona de alguns amigos da filha da dona da casa.
Marieta não lia as colunas sociais, isso nunca. Mas, como a festa da filha fora anunciada como uma das atrações da maldita coluna, teve o desprazer de perder seu tempo lendo as matérias publicadas pelo “dengoso” mauricinho.
A festa foi desancada do começo ao fim, com críticas vorazes e ferozes contra a “Família Buscapé”, tendo como máxima , a falta de gosto e de estilo da dona da casa e de sua filhota, “exemplo de como não se deve portar a juventude cocoteira e baladeira”. Entre outras coisas, a decoração da casa foi tema de agressivos e preconceituosos comentários do colunista.
O calor começou a subir às ventas de Marieta que, no auge da ira, planejou sua vingança.
Sabendo da sede de poder do adamado colunista, mandou flores para este em agradecimento aos comentários postados no jornaleco.
Este cuja megalomania não permitia discernir nada, agradeceu e encantou-se com tal atitude.
Passaram a trocar correspondências e telefonemas.
Depois de uns três meses de intensas intimidades, Marieta preparou-lhe a arapuca.
Convidou a toda a cidade para uma festa em homenagem a Mauricio Flavio.
Orgasmos múltiplos não dariam a dimensão exata do prazer proporcionado a este pela notícia.
Esquecera, a muito, das críticas impostas a sua nova amiga.
Enquanto essa estava se firmando como uma das maiores fortunas da região, Mauricio a cada dia se encantava mais com Marieta.
No dia da festa, um luxo só. A casa fora toda preparada para a recepção, inclusive com música ao vivo, cantor famoso, em fim de carreira, mas conhecido.
Aquilo tudo estava fantástico. O nosso colunista estava em lágrimas, verdadeiras lágrimas de emoção e felicidade.
Lá pelas tantas, Marieta, pediu a palavra e em tom de agressividade, para surpresa de todos começou a desfiar :
-Esse imbecil que se chama Mauricio Flavio, puxa saco dos ricos, achou que eu ia me esquecer do que ele fez com a minha filha. Convidei vocês para que saibam o quanto esse vagabundo sanguessuga vive das fofocas e intrigas, muitas das quais ele mesmo inventa para extorquir dinheiro ou vantagens pessoais.
Eu não preciso desse tipo de gente, dessa bichinha safada que vive fingindo que tem namorada, somente para esconder o fato de estar saindo com o meu meeiro, Zé Trindade; ou você pensa que eu não sei disso?
Aliás, eu não preciso de seus elogios ou críticas, eu posso e faço o que eu quiser, não quero você, sua lombriga asmática nem aqui em casa e nem no meu jornal.
Pois é seu babaca, acabei de comprar o jornaleco onde você trabalhava e, para que todos saibam você está demitido desta casa e do jornal. Suma!
Ao que, o choroso colunista, meio de banda, humilhado mas com a cabeça incrivelmente erguida responde:
-Caipira, caipira, caipira! E ainda por cima, GORDA!

Wednesday, June 21, 2006

Quanto custa um mecenas...

Francisco Caçapa era uma das figuras mais conhecidas de Muriaé. Tido como extremamente culto, seus conhecimentos não ultrapassavam as sinopses, as manchetes de jornal, as orelhas dos livros e os comentários sobre esses.
A partir de tal conhecimento, intervinha em todos os assuntos que, porventura, alguém colocava em debate.
Como todo bom farsante, freqüentava com assiduidade ímpar, os botecos da cidade.
Casara com Leonor, dona de rara beleza, quando essa estava aflorando os seus quinze anos, menina pobre, ludibriada pela boa conversa do falsário.
Com o tempo, e a continuidade dos estudos, começara a perceber que entrara realmente em uma canoa mais do que furada, arrombada.
Terminando a faculdade de História, começara a lecionar nos colégios da cidade, inclusive no Estadual, onde conseguira, via concurso público, um cargo efetivo.
Paralelamente a isso, Francisco, percebendo que a esposa era auto suficiente economicamente, deu maior vazão à sua vocação natural.
“Intelectual que se preza, vive para aprofundar seus conhecimentos, e o trabalho formal é incompatível com essa árdua missão de penetrar nos mistérios da humanidade”; dizia, citando um pobre coitado que escolhera para fonte de suas máximas.
Além de tudo, Francisco era um admirador dos generais que governavam esse país, citando como exemplo de dignidade uma meia dúzia de pessoas ligadas ao poder.
Arenista de primeira hora, nacionalista como poucos, achava realmente que o país estava num momento mágico. Odiava, portanto qualquer coisa que cheirasse a esquerda, xingando a quem não gostava de ofensas como “comunista de meada”, “subversivo”, essas coisas...
Uma de suas principais vítimas era Eduardo, professor de Geografia, colega de Leonor.
Rapaz franzino, oriundo do “morro da rádio”, bairro proletário de Muriaé, estudara com muitas dificuldades, formando-se em Itaperuna, cidade próxima.
Francisco, como todo bom vagabundo falaz, resolveu se candidatar à vereança local.
Filiado à Arena 1, contava a eleição como certa, acreditando na “amizade” de seus pares e na admiração dos mais humildes.
Em primeiro lugar, os que ele achava que eram seus iguais, simplesmente se divertiam às suas custas, observando o pensamento obtuso e inconseqüente.
Os mais simples odiavam a conduta pernóstica e o narcisismo.
A fama de vagabundo suplantara, há muito a de “intelectual”.
Nessa mesma eleição, Eduardo, movido pelo sentimento de mudança e pelo sonho libertário da juventude, resolveu se filiar ao MDB e se candidatar também.
Leonor, já há um tempo, mantinha encontros escondidos com Edu. Sendo que tinham uma casa em Itaperuna, especialmente montada para esses encontros.
O divórcio ainda não havia e a situação de uma mulher “separada” perante a hipócrita sociedade tradicionalista de Muriaé impedia-na de agir com mais firmeza.
A situação dela, perante a candidatura do marido e do amante, ficara um tanto quanto difícil.
No dia da eleição, uma surpresa.
Nenhum dos dois se elegeu, mas, para surpresa de Francisco, a seção eleitoral onde ele e sua esposa votaram só contabilizou um voto para ele.
Pediu recontagem e bradou aos quatro cantos que a eleição fora fraudada.
Nada adiantou o voto solitário não encontrou par na recontagem.
Ameaçou, bradou, xingou indo quase às vias de fato com Leonor.
Mas, conformou-se.
A partir daquele dia, encerrou sua carreira política.
Leonor, cada vez mais abertamente, começou a freqüentar Itaperuna todas as semanas.
Francisco começou a perceber o preço que cobra um Mecenas.

Vampeta

Em convenção morna, o PFL homologou nesta quarta-feira a coligação com o PSDB. O nome do senador José Jorge (PFL-PE) foi aprovado por aclamação para compor a chapa do tucano Geraldo Alckmin como candidato a vice-presidente.
Afora a atmosfera tépida, a convenção da pefelândia foi marcada pelos ataques a Lula. Alckmin disse que o governo Lula é uma "mentira política". José Roberto Arruda, candidato do PFL ao governo de Brasília, insinuou que Lula bebe demais. Antonio Carlos Magalhães chamou o presidente de ladrão. E José Jorge tachou-o de traidor do Nordeste.
Alckmin subiu à tribuna ao som do tema da vitória, aquela musiquinha que era tocada nas transmissões da Rede Globo sempre que Ayrton Senna vencia uma corrida de Fórmula 1. Além de tachar a gestão Lula de "mentira política", criticou a fúria inauguratória do adversário: "Agora se inaugura pedra fundamental até no final de governo".
Nesta quarta-feira, o vice de Alckmin preferiu tentar desqualificar Lula de outro modo. Nordestino como o presidente, o senador disse que Lula “traiu” a sua gente. Tornou-se, segundo as suas palavras, "um conterrâneo mal aculturado" no Sul.
"Não sou um nordestino desnaturado como Lula, que nem ao menos respeita sua extraordinária saga de emigrante, recheada de tragédias", afirmou José Jorge. As referências regionais do senador não nasceram do nada. É no Nordeste que Lula prevalece sobre Alckmin de maneira mais acachapante. O presidente desponta na região com uma média de 70% da preferência do eleitorado.
Coube a ACM proferir o ataque mais incisivo contra o presidente. "Hoje, o Palácio do Planalto tem que ser higienizado...”, disse ele. “Temos que mostrar o verdadeiro Lula. Não o Lula que paga publicidade para a imprensa e para televisão, mas o Lula ladrão".
Embora as sondagens eleitorais o acomodem em posição de franca desvantagem em relação a Lula, Alckmin tentou ostentar em seu discurso um timbre triunfante. Convidou os presentes a subirem com ele a rampa do Palácio do Planalto em janeiro de 2007. Agora só falta convencer os eleitores.


Coisa linda de se ver é o desespero absoluto nesta tragicomédia que se anuncia na chapa “UNIDOS VENCEREMOS”.
As palavras doces e suaves de uma pessoa com a competência administrativa e gerencial de José Jorge, coronel nordestino que sempre teve uma ação pródiga em defesa desse povo que representou, a vida inteira com dignidade e bravura, demonstram o quanto poderemos esperar de tão amável criatura.
O fato de ter ocorrido o apagão, enquanto este estava à frente do Ministério das Minas e Energias foi só uma coincidência, veja que maldade fizeram com o pobrezinho: “José Jorge foi ministro das Minas e Energia de Fernando Henrique na época da crise energética e ficou conhecido como o “ministro do apagão”“.
Isso é coisa desse pessoal petista que, além de criarem o maior esquema de corrupção deste país, adoram fazer intrigas com os nossos amados e dignos representantes.
O fato de Antonio Carlos Magalhães ter chamado Lula de ladrão, deve ser verídico, pois desse assunto ACM entende muito bem.
Aliás acho que isso é revanchismo puro, pois o safado do Lula não deve ter feito agrados para Toninho Bondade, como é conhecido esse amado senador.
Temos que analisar também que o querido José Jorge, sabendo que seu povo nordestino é constituído, na sua maioria por masoquistas, tem todo o direito de explicar essa traição do presidente que redundou em maioria absoluta nas pesquisas.
O povo nordestino adora sofrer, não é mesmo?
Muito me causa estranheza, o fato de Lula ter esse alto nível de aceitação no Nordeste, me levando a crer que a traição impera naquela região. O povo se esqueceu das benesses dos coronéis. Povinho hipócrita esse...
Realmente, outra coisa que me faz pensar é a proposta de higienização feita por Antonio Carlos Magalhães no Palácio do Planalto.
Neste assunto, o amado senador é mestre. Como um excelente médico, conhecido por sua competência no meio científico nacional, com diversos trabalhos publicados, tem conhecimento de causa. Tanto que na Bahia governada muitos anos por sua equipe, temos um dos menores índices de mortalidade infantil e um estado exemplo no quesito “sanidade pública”.
Num outro momento, vemos a análise perfeita do velho doutor; quando diagnostica, incontestavelmente, o apoio da imprensa ao Presidente da República.
A publicidade também é vergonhosa. Sendo que esse “ladrão”, fica toda hora lembrando que a Petrobrás atingiu a auto-suficiência, que a diferença entre pobres e ricos no país diminuiu, que o salário mínimo ultrapassa, em muito os cem dólares prometidos pelo outro governo; que a fome diminuiu no país, que o número de estudantes pobres que fazem a faculdade aumenta a cada dia, que a inflação está sob controle, que as exportações estão batendo recordes, que o risco país é quase dez vezes menor do que quando assumiu, que a geração de empregos aumentou exorbitantemente, que o Brasil investe em alternativas energéticas, apresentando o biodiesel, que o empréstimo consignado permitiu o pagamento de dívidas e a aquisição de bens de consumo pelas classes mais pobres, que a venda de automóveis aumentou muito nesses anos, etc.
Não se pode e nem deve fazer propaganda sobre isso! Isso é um absurdo! Concordo plenamente com Toninho Bondade, isso é anticristão, pois “que a sua mão direita não saiba o que a esquerda faz”.
A não ser nos casos onde a curiosidade humana, fato perdoável, impere.
Isso de criticar alguém somente pelo fato de violar um painelzinho de votações e sair sorrateiramente, para não se cassado e, depois, mandar grampear o telefone da amante é coisa de menor importância.
Espero, ansioso a chegada deste homem de bens, Alckmin na rampa do Planalto, vai ser mais emocionante que as cambalhotas do Vampeta.
Aliás, vampeta é mistura de vampiro com capeta, você sabia?

Recordar é viver - lembranças de José Jorge

Porque eu não vou economizar energia elétrica

Porque, diferentemente da corja do Planalto, nunca tive energia de graça.
Somente a quadrilha de plantão, que nunca pagou nada de seu próprio bolso,
poderia vir agora culpar, ameaçar, aterrorizar e levar a loucura os patos
dos consumidores, que sempre pagaram suas contas em dia.
Vide a insanidade das pessoas comprando velas, lampiões e quanta bugiganga
existe para melhor causar um incêndio.

E os bombeiros, vão ter aumento de salário ou de trabalho?

Porque eu não vou economizar energia elétrica.

Porque enquanto eu abria minha geladeira, controladamente, o Príncipe,
durante 6 anos, viajava por este mundo afora, como porca magra, e nem se
dignava ouvir o que os entendidos no assunto trombeteavam. E ele mesmo,
entre tantas mentiras, disse em 1994: "Em setores como energia e
comunicação, estamos próximos do estrangulamento, e o colapso só não
ocorreu devido ao menor ritmo de crescimento econômico da última década."

Agora tem a cara de pau de dizer que não sabia?

Porque não vou economizar energia elétrica.

Porque enquanto eu trocava as lâmpadas de minha casa, por lâmpadas muito
mais caras e que, nem de longe, iluminam o que prometem, as raposas do Banco
Central davam, de graça, ao Cacciolla aquela imensa quantia de dólares que
de tanto zero nem cabe nesta página. Eu economizei para que o Cacciola
pudesse assistir o Guga jogar na Itália. Alguém foi preso?

Porque eu não vou economizar energia elétrica

Porque enquanto eu amontoava as roupas para passar de uma só vez, o
Príncipe, que nos chamou de caipiras, neobobos e fracassomaníacos, que
montou na cabeça de um nordestino, como se ele fosse um jegue, usava o
dinheiro, que eu e você economizamos, para comprar votos no corrupto
Congresso que temos. Ele, de fato, não poderia saber o que estava
acontecendo com as geradoras de energia. Em seis anos tinha coisas mais
inteligentes para fazer como: abafar a CPI da corrupção; comprar, com verbas
públicas, os 500 ou mais corruptos do Congresso; falar com chineses para
pedir que não mandassem os USA, coitadinhos, pros quinto dos infernos;
mandar o Exército proteger propriedades privadas; fazer discursos em mais
línguas do que falava o boquirroto Collor; elogiar o ex-ditador Fujimori,
que fugiu com o rabo entre as pernas e com milhões de dólares, como o maior
estadista do mundo; ir a banquetes com ex-ditadores para discutir como ser
uma, duas, três, quatro vezes reeleito, sob aparência de democracia.

Porque eu não vou economizar energia elétrica

Porque enquanto eu desligava minha TV, meu rádio, meu mísero gravador e meu
ínfimo computador, o Judiciário fingia não ver a dinheirama que o bandido do
Lalau e outros juízes do mesmo naipe, enfiavam, não na obra, mas nas contas
lá na distante Suíça. Outros queriam o dinheiro mais perto e colocaram nas
Ilhas Caimã. Eu economizei porque não poderia deixar o Lalau sem esses
confortos. Por acaso está preso (está mesmo?), e agora vou ter que
economizar mais ainda para mantê-lo bem confortável na cadeia. Vou ter que
economizar para pagar o salário do ACM, do choroso Arruda e da
desonestamente ética Regininha ACM Prodasen.

Porque eu não vou economizar energia elétrica

Porque enquanto eu me sentia culpado de usar o liquidificador mais de duas
vezes no dia, a ABIN, que custa uma enormidade a nossos bolso (olhe a verba
para essa agência de arapongagem) não fazia o seu trabalho que era de
informar ao Príncipe desinformado sobre a situação da energia, nesta merda
de republiqueta, onde, até ontem, os ministros fisiológicos, sem exceção, o
Congresso corrupto (quase todo) e o Judiciário troncho, manco e vesgo
negavam as ameaças no corte de energia. Presidente, vá ser distraído assim
na .... Sorbonne.

Porque eu não vou economizar energia elétrica

Porque enquanto, como louca e demente, economizava energia, na mixórdia de
aparelhos que tenho em casa, os empresários brasileiros, que agora estão com
os rabos entre as pernas e olham para os lados e assoviam como se não
tivessem nada a ver com o peixe podre, pegavam e ainda pegam dinheiro da
SUDAM, e gastavam a gosto, com a conivência de todos os órgãos
investigativos (sic). Não existem fiscais, procuradores, delegados, nesta
merda de terra?

Vocês já perceberam, como os publicitários, que são pagos para nos enganar e
nos mentir, fazem as campanhas só culpando as donas de casas e as pessoas
pobres? Tiveram a coragem de, com dinheiro público, criar a figura de um
pombo nojento, hipócrita, preconceituoso, que só vê desperdícios feitos por
donas de casas, empregadas, aposentados, meninos pobres e mocinhas da
periferia. Deve ter ganho um monte de prêmio o augusto criador do tal pombo
panaca.

Não vou economizar energia elétrica, porque como todos os assalariados
nessa bosta de Pátria já faço isso, obrigada, a muitos anos. Porque pago
por ela todo mês: se não pagasse não a teria. E só da cabeça de gente
escrota, podre, bandida, que sempre viveu das tetas do governo, pode sair
tal verborragia fecal e culpar a população por tamanho descaso,
incompetência, incúria, safadeza e falta total de senso de ridículo.

Senhor Presidente, Ministros, Juízes, Deputados, Senadores, Prefeitos,
Vereadores - 90% dos quais não merecem um décimo do salário que ganham:
safadeza não tem cura e, se tem, pouco dura.

Meu amigos, meus inimigos (parafraseando Manuel Bandeira e Carlos Scliar):
salvemos o que resta deste país! Vamos começar a dizer NÃO!

Ziraldo
um brasileiro de saco cheio

Dize-me com quem tu andas e dir-te-ei quem és

Arruda compara Lula a um piloto bêbado
Chamado de última hora para discursar na convenção que o PFL faz hoje para oficializar José Jorge (PE) como vice de Geraldo Alckmin (PSDB), o deputado José Roberto Arruda, candidato do PFL ao governo do Distrito Federal, chutou o balde. E comparou Lula a um piloto de avião bêbado:
- Não estamos aqui para escolher uma pessoa engraçada que faça metáforas futebolísticas e divida um copo de cerveja. O Brasil é um avião. E não gostaria de encontrar nesse avião chamado Brasil um homem companheiro de boteco.
Arruda só falou porque levou alguns correligionários para a convenção.
Uma convenção, aliás, esvaziada, que animava só quando alguém citava o nome de Arruda e do senador Paulo Octávio (PFL), vice dele.
Até agora discursaram lideranças do PFL, o prefeito do Rio, César Maia, e o governador da Bahia, Paulo Souto. Discursa agora o vice de Alckmin, José Jorge.
Alckmin falará logo depois.


Em primeiro lugar, vamos refrescar nossa memória. O José Roberto Arruda, para quem não se recorda, é aquele amiguinho bisbilhoteiro do ACM que violou o segredo do painel do senado, na votação pela cassação de Luiz Otávio.
Realmente é uma pessoa extremamente ética, um cidadão acima de qualquer suspeita.
Esse tipo de gente, que age da forma com que esse crápula agiu, duplamente “digno”, tanto na violação de segredo quanto na “fuga” com o rabo entre as pernas, deve ter autoridade moral para falar de alguém.
Quando tenta atingir a moral do presidente, o faz de maneira totalmente inescrupulosa e indigna.
Se observarmos a afirmação preconceituosa sobre o uso ou não de bebida alcoólica por uma pessoa, este debiloide tenta atingir a toda uma sociedade.
Não vou ficar aqui retrucando qualquer afirmação desse tipo de político, pois o mesmo somente está aí por uma falha da constituição e do regimento do Congresso que permite com que pessoas desse nível, fujam ao julgamento de seus pares, pela porta dos fundos, para retornarem depois, como se nada tivesse acontecido.
O Brasil, com esse piloto bêbado ou não, está em situação econômica e social muito melhor do que quando estava sob o governo dessa corja sóbria na hora de fazer as suas falcatruas, e embriagada pelo poder na hora de fazer as orgias que fizeram com o bem público.
Aliás, se não quer ser governado por esse piloto bêbado, me faça o favor de vazar fora, não só do Congresso, com as calças arriadas, pelos fundos, mas também da vida pública e, se possível, até do próprio país.
A população de Brasília e do Brasil agradeceria imensamente e, com certeza, o país não sentiria a menor falta...

Tuesday, June 20, 2006

vejo a vida se escoando

Vejo a vida se escoando entre meus dedos; meus medos e sentidos.
Se de nada duvido, anseio. Percorro os temores do passado nas angústias do futuro, angu de caroço, ossos e ócio expostos.
Na poeira dessa estrada que traz o nada, leva o perdão e carrega o segredo da vida, percebo o sebo do lamento. Meu tormento atormenta a menta aumenta o sentir medo o sentimento, meu momento em vão.
Na raiva, à deriva, derivada das promessas negadas, negras as nuvens, o convés e a conversa entre amigos. Os perigos dessa curva e a turva água do rio.
Curió cantando solto, muito tempo não ouço, seu moço. Cadê?
No meio deste sertão, incerto segue o coração.
Coragem, moço coragem
É preciso na viagem
Que não me traz solução.
Tragando todo o sertão
Nos olhos dessa saudade
Brilhando pela cidade,
Trazendo essa ansiedade.
Mas nada mais teria, nem queria nem poderia. Urgia mesmo a mudança de rumo. A criança toma prumo e vira essa curva.
Transfere toda culpa, escapa e de volta revolta e atrapalha a arapuca da sorte. Minha morte não necessita de luz nem lua, de rua ou de obus.
De busca e de persistência, existência sem nexo...
Nas palavras que procuro
Escrevendo pelo muro
Que limita minha vida
Vou tragando essa perdida
Ilusão de te encontrar,
Nas ondas desse teu mar
Sem esperanças, lutar.
Nessa inconstante mutante tempestade, na claridade de um não sei por que, sentindo que morrer, é o melhor caminho. Sozinho, vou passarinho, passaredos e segredos, meus medos e complexos.
No teu sexo meu mergulho, meu orgulho e meus incêndios.
Meus compêndios de anatomia, na orgia desta melodia que procede
De quem nunca cede nem concede, falta me convencer a receber teu não.
Tua gula e tua bula, me engula e me exponha.
Ponha tua boca amada
Na minha tão transtornada
Procurando pela tua,
Ilumina-me, ó lua
Me faça feliz, ao menos
Me dando dos teus venenos
Canto meus amores plenos...
Plenos de meus sentidos, sentindo o final de tudo, inundado e invadido pelo canto mais bonito que pudesse escutar.
O meu amor pulando o muro, absurdo e surdo, nem ouve o não, segreda felicidade e tempera ansiedade na tapera onde se escondeu...

POR PAULA EVILÁSIA - TOME VERGONHA BOB

O próprio Freire reconhece sua condição. Ontem, ao declarar o apoio informal do PPS à candidatura tucana, disse que não sabe “qual a contribuição em termos de voto” poderá dar ao candidato tucano. “Já a credibilidade do PPS, não tenho dúvida, será uma grande colaboração”, disse. E prosseguiu afirmando que “temos mais de 80 anos de história na política brasileira e não estaremos ao lado do governo Lula pela indecência que ele significa. Ele foi uma fraude do ponto de vista da perspectiva de mudança...” Parece que de fraude, Roberto Freire realmente entende, a começar pelo embuste de tentar carregar para o PPS a trajetória do velho PCB, cujos ideais, símbolos e história Roberto Freire e seus comparsas já tinham rasgado e jogado no lixo em 1992.

Não admito em hipótese alguma que esse canalha use o nome do PCB que ele tentou assassinar em 1992.

O passado do partidão, de lutas e de dignidade não pode ser utilizado por um cidadão que, por total falta de caráter e com uma visão programática e ideológica totalmente diversa da legenda fundada pelo grande Luis Carlos Prestes, vomita esta impropriedade.

O final de carreira melancólico desse cidadão, demonstra a que ponto a megalomania e o narcisismo podem chegar.

O PCB não morreu e nem morrerá, já o PPS, aborto mal feito e baseado no delírio deste pseudo moralista e intelectualóide de terceira classe tentou impor à sociedade brasileira.

No começo de minha vida universitária, nutria uma grande atração pelo partidão, tanto que votei em João Saldanha para vice prefeito do Rio, em uma chapa composta com Marcelo Cerqueira.

Falando em João Saldanha, a sua morte é uma sorte para esse freire de batinas largas e expostas agora, para que ACM e o coronelato usufrua à vontade.

O nome do partidão deve ser tratado com respeito e não pode ser execrado na boca de qualquer pulha de terceira classe.

TOME VERGONHA NA CARA SEU PILANTRA!

NÃO FALE EM VÃO O NOME DE UM PARTIDO FEITO DE SANGUE E DE LUTA.

O SEU PARTIDECO TEM 14 ANOS DE PROSTITUIÇÃO POLÍTICA.

A César o que é de César ou o samba do tucano doido.

"PSDB acha que sabe tudo"

diz que o PSDB "acha que sabe tudo"."Parece que o PSDB não leu direito o resultado da eleição de 2004. Retirando SP, ou seja nos 78% restantes do eleitorado, ganhou o PMDB, com alguma folga, em segundo, empatados, PFL e PT, e em quarto lugar, lá atrás, o PSDB. O PFL sempre elege uma bancada federal maior que a do PSDB, pois tem muito mais capilaridade. Mas o PSDB acha que sabe tudo. E não sabe

Elegeu o presidente em 1994 a custa da desistência de Antônio Brito -escolhido pelo presidente Itamar- e do plano real. Em 1998 o populismo cambial -pós-crise asiática- custou à eleição, 60 bilhões de dólares.

E o mais grave: sem interação não há motivação. Sem motivação não há participação. Sem participação não há mobilização e multiplicação.

O texto acima que parece postado por César Maia demonstra que a situação está feia entre os aliados da composição “Unidos Venceremos”.

Desde há muito tempo, o fogo amigo espalha brasa para todo lado, causando mais e mais estragos no Titanic tucano-pefelista.

Temos visto, durante esses dias, uma série de ataques entre os componentes desta coligação.

Volta e meia um ataca o outro, quando o ataque não vem diretamente dentro do próprio partido.

Mesmo o candidato, Geraldo, até a pouco cordato, educado e sem sal; por osmose política, começou a uivar contra todos e contra tudo.

A vítima de agora foi o seu ex-companheiro de partido, Henrique Meirelles:

“O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, elevou mais uma vez o tom de suas críticas ao governo Luiz Inácio Lula da Silva, e qualificou de "burrice" o pagamento da dívida de US$ 15 bilhões com o FMI (Fundo Monetário Internacional). Ele também chamou de "covarde" o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, por não aumentar o ritmo de queda dos juros básicos do país.

“O Brasil perdeu oportunidade, pois o PT não tem credibilidade. Passou 25 anos dizendo uma coisa e foi obrigado a fazer outra ao chegar ao governo", disse ele, durante entrevista à rádio CBN, reproduzida no site do PSDB.

Para Alckmin, Meirelles foi "covarde" ao não aproveitar um momento favorável da economia internacional para reduzir ainda mais a taxa de juros do país, hoje em 15,25% ao ano.

O ex-governador de São Paulo também criticou o pagamento da dívida do FMI, defendida pelo presidente Lula como uma forma de reduzir a vulnerabilidade externa do país. Alckmin disse que foi "burrice" porque o governo preferiu encerrar uma dívida que pagava juros mais baixos que os pagos pela dívida interna do governo, que remonta a quase R$ 1 trilhão.”

Realmente, juros baixos e liquidação de dívidas são características básicas dos governos tucanos de FHC.

Cara de pau pouca é bobagem.

Essas afirmações vindas de quem participou de um governo que teve juros de mais de 40 por cento e aumentou as dívidas interna e externa até a estratosfera, são uma preciosidade, verdadeiros ícones do cinismo e da hipocrisia.

As aulas tomadas por Alckmin com a turma pefelista estão transformando-o profundamente.

Até o final da campanha teremos um novo Geraldo, isso se não pirar antes.

Afinal de contas, contra-senso em excesso pode levar a tal nível de desequilíbrio que poderemos ter um caso exemplar do “Samba do Tucano Doido”.

Aprendendo a uivar com sotaque de chuchu, está errando o alvo e a mira não é das melhores.

Ao tentar falar sobre taxas de juros baixos demonstra que está ouvindo mais o PSOL do que o PSDB.

Quanto a criticar quem está pagando a conta das orgias e/ou desmandos feitos com dinheiro e/ou patrimônio público, isso não é bom exemplo não, doutor.

O pessoal da Opus não vai gostar disso não, a César o que é de César.

Pagar as contas é dever de qualquer cidadão. Criticar quem paga as contas é mais ou menos conclamar a todo mundo a não pagar seus débitos nem impostos.

Pegando a onda da declaração do Geraldo, sugiro aos contribuintes mineiros e paulistas a não pagar os seus tributos.

“Desobediência fiscal já!”

Conclama o candidato tucano.

Essa declaração sem pé nem cabeça se associa a outras feitas, como aquela que disse que seria necessário punir os 40 “ladrões”, inclusive os companheiros Eduardo Azeredo, Césio Andrade e Roberto Brant.

Aliás, parodiando José Jorge: “Esse Geraldo ou tá bebendo muito ou andou fumando um cigarrinho do capeta...”

Vespa fabricando mel

No meu paraíso miraiense, uma das coisas que mais me incomodavam eram os marimbondos.
Quem foi picado por esse inseto, nunca mais se esquece. Dói, mas dói mesmo.
A dor vinha acompanhada por uma mistura indefectível de álcool com fumo de rolo.
Alivia na hora.
Entre as espécies de marimbondo, no quintal de minha avó havia duas que me recordo bem, uma era o chumbinho. Pequeno e vivendo em colméias grandes, fabricam mel. Realmente produzem um mel de paladar agradável.
A outra espécie era o marimbondo cavalo. Como o próprio nome diz, era grande e sua picada era extremamente dolorida.
Na ida para o quintal, volta e meia eu era atacado por um pequeno enxame de marimbondos chumbinho. Era passar perto da mangueira, esbarrar num galho e lá vinham as vespas atacando, zunindo e picando.
Então era correr para casa e ter o alívio no fumo de rolo e no álcool.
Um belo dia, cansado de tantas picadas, e pelo fato de ser “muito grande” nos meus cinco anos, resolvi acabar com o problema.
Localizando a colméia das vespas e percebendo que, se eu subisse em um caixote de madeira, conseguiria colocá-la a uma altura que me permitiria alcançar o meu objeto de vingança, tomei uma atitude.
Drástica e dolorosa atitude, mas radical.
Com a mão esquerda apoiada no tronco da mangueira, a direita foi em direção a colméia e executou rapidamente o que tinha planejado.
Segurando a pequena colméia na mão, esmaguei-a, entre feliz e irado.
A reação foi imediata; várias vespas me atacaram ao mesmo tempo.
Zunidos e picadas, picadas e zunidos.
Dor muita, mas felicidade também.
Naquele momento aprendi que a liberdade tem seu preço. E passei a ir para o quintal sem a ameaça daqueles insetos.
Um litro de álcool e um bom naco de fumo de rolo livraram a dor do corpo.
As mangas deliciosas que pude colher recompensaram.
Agora, a alma lavada, sem dor, podia correr livre pelo meu reino; o quintal de minha avó.

Sapo na Gaiola. Cuma é o nome dele?

Tem algumas coisas na vida que não nos esquecemos. A infância é uma etapa maravilhosa da vida, onde a malícia é palavra desconhecida.
Quando eu tinha meus cinco ou seis anos de idade, na casa de minha vó, na bucólica Miraí, era uma criança livre, feliz e sem medos.
No rádio e na televisão, tocava-se muito aquela música de Dercy Gonçalves, a da perereca na gaiola, quem não conhece?
Pois bem, havia chovido muito na véspera e a terra extremamente úmida atraíra um daqueles sapos, comuns nos brejos e nas pequenas cidades.
Não tive dúvidas, peguei o batráquio e, me aproveitando de uma gaiola vazia que tinha sido abandonada perto do tanque de roupas, resolvi colocar o bichinho dentro de sua nova casa.
Acredito que ele não tenha gostado muito daquela residência que eu tinha reservado para poder aprisioná-lo.
Sapo na gaiola, gaiola na mão, sai feliz da vida a mostrar para todo mundo meu novo bichinho de estimação.
Minha mãe colocou as mãos sobre a cabeça, minha vó recriminando minha escolha, mas eu estava feliz e isso me bastava.
Meu pai tinha saído para pescar e não se encontrava em casa no momento em que fiz a estranha opção.
Durante o dia todo, fiquei tentando adivinhar de que se alimentaria o anfíbio.
Tentei pegar folhas e nada, tentei colocar um pedaço de carne, neca de pitibiriba.
O pobre animal estava assustadíssimo, pulando toda hora e batendo de encontro a grade da gaiola, inutilmente tentando fugir.
Quando meu pai retornou da pescaria, ao contrário da bronca que eu esperava, teve uma reação diferente.
Sorrindo, me perguntou qual seria o nome do bicho.
Eu não tinha imaginado ainda, parei e pensei, repensei até que ele me deu a sugestão:
“Xoxota”.
Prontamente aceitei o nome, e o eu sapo recém batizado, continuou, mesmo deixando de ser pagão, não gostando da brincadeira.
Mas, para mim aquilo era o êxtase.
Saí pelas ruas de Miraí mostrando a todo mundo o meu sapo Xoxota.
Para todos que passavam, eu perguntava se conhecia o meu Xoxota.
Minha irmã, dona da gaiola, invejando tal sucesso do bichinho resolveu intervir.
“Se a gaiola é minha, quem mora nela também, portanto, Xoxota também!”
Ao ver que o troço ia feder gaiola, Xoxota e a confusão armada, meu pai interveio:
“A partir de agora, para evitar a confusão, vou soltar Xoxota”.
Xoxota livre saiu pulando em direção ao quintal, feliz da vida...

De graça, até caipirinha do Carlos Alberto.

Espera Feliz tem uma das mais animadas feiras agropecuárias da região.

Todos os anos, grande parte da população da cidade e dos municípios vizinho se reúnem para assistir a shows musicais; as crianças se animam para irem ao Parque de Diversões. Há corridas de motocross, etc.

Como o frio impera no julho caparonense, com os termômetros tendendo a zero grau de temperatura, há a venda de bebidas para aquecer esta friagem.

Carlos Alberto, sabendo disso, resolveu ganhar uns trocados com a venda de sua caipirinha, famosa entre os amigos.

Fez quase um galão da bebida e foi vender na festa.

Sem perceber, colocou sua barraca próximo a um camarada que vendia pinga com mel. Este era um antigo barraqueiro que todos os anos ia até a pequena cidade para “fazer a festa”.

Com o começo da festa, nosso amigo Carlos Alberto iniciou a venda de sua caipirinha.

“Caipirinha a um real, somente um real...”.

Ao que o vendedor de pinga com mel reagiu: “Pinga com mel a setenta e cinco centavos”.

Logo depois, a reação de Beto foi cruel: “Caipirinha a cinqüenta centavos...”.

O frio aumentando, Beto vendendo uma bebendo outra, esquentando o frio e ficando tonto. Cada vez mais quente e mais tonto.

Nessas alturas do campeonato, percebendo que não poderia concorrer com Beto, o barraqueiro já estava se retirando.

Quando, Beto percebeu isso, foi inexorável:

“Caipirinha de graça, só pra terminar o estoque, vamos nessa...!”

Obviamente, acabou tudo em pouco tempo. Beto, mais bêbado que tudo, foi para o meio da festa e ficou até de madrugada.

Dia seguinte, plantão no Hospital, Beto meio de ressaca, chegou para trabalhar.

De repente, começaram a aparecer vários pacientes com uma queixa comum: diarréia e vômitos.

Havia algo de podre no reino da Dinamarca. Nessas alturas, Beto se escondeu na Sala de Raios-X, sob o pretexto de que estava cansado...

Sebastião, outro funcionário, deu a resposta para o mistério.

“Beto, sua caipirinha estava até gostosa, mas não entendi aquele cheiro estranho e também não estou entendendo essa dor de barriga que está dando em todo mundo, inclusive em mim.”

Beto, na maior cara de pau esclareceu com um sorriso meio maroto:

“O problema não foi da caipirinha não, o que aconteceu foi que, depois de ter feito a mistura toda, é que eu reparei que tinha feito numa lata de querosene, dessas de cinco litros, que estava no quintal lá de casa”.

O primeiro a dar uns tapas no pé da orelha de Beto foi Sebastião.

Ainda bem que a maior parte dos que tiveram a diarréia não se lembraram da caipirinha dada por “cortesia” pelo nosso amigo...

Foi a estréia e despedida de Carlos Alberto na promissora vida de barraqueiro; para agradecimento de todos, inclusive o meu. Plantão como aquele eu não esperava ter tão cedo.