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Saturday, December 18, 2010

49

Mote

Também fui novo, um dia...



Quem é velho, sempre é visto,
Pelo novo co’ironia,
Mas ouça o que diz o povo,
O velho foi novo, um dia...

Marcos Coutinho Loures

Tudo tem o seu começo,
E depois chegando ao fim,
Aprendendo com tropeço
Digo não e escondo o sim.
Publicado em: 20/11/2008 10:40:42
Última alteração:06/03/2009 18:48:31


Tambor também faz barulho, mas é vazio por dentro...
17

Mote

Tambor também faz barulho, mas é vazio por dentro...

Falando com tanto orgulho,
Pareces, do mundo, o centro!
Tambor também faz barulho,
Mas é vazio por dentro

Marcos Coutinho Loures

Quanto mais barulho faz,
É propaganda enganosa,
A quietinha satisfaz,
Pra que alarme quando goza?
Publicado em: 19/11/2008 15:03:12
Última alteração:06/03/2009 19:00:38

Tampo o sol com a peneira
Tampo o sol com a peneira
Finjo não saber de ti,
A minha alma aventureira
Noutros braços esqueci...
Publicado em: 19/01/2009 17:54:09
Última alteração:06/03/2009 07:15:56




Tanta boca já beijei
Tanta boca já beijei
Coração bicho vadio,
Mas jamais esquecerei,
Tua boca, um desafio...
Publicado em: 17/01/2010 12:57:29
Última alteração:14/03/2010 20:22:



Tanta chuva que caía
Tanta chuva que caía
Já molhou o meu chapéu
Nem por isso me escondia
Mas a chuva foi cruel.
Publicado em: 04/01/2009 19:15:58
Última alteração:06/03/2009 13:26:20



Tanta coisa pra dizer


Tanta coisa pra dizer
Em palavras não consigo,
Mas beber do teu prazer,
Há tanto tempo eu persigo...
Publicado em: 03/03/2008 21:57:12
Última alteração:22/10/2008 14:18:54


Tanta dor duma saudade Que maltrata o coração.
Tanta dor duma saudade
Que maltrata o coração.
Viver amor de verdade,
Talvez seja uma ilusão,
Procurei pela cidade,
Já vasculhei no sertão,
Onde achei felicidade,
Amor, eu não achei não...
Publicado em: 07/10/2008 17:21:45



tanta fome se espalhando
tanta fome se espalhando
pelo mundo sem razão
mas mais rico vai ficando
esta corja de ladrão...
Publicado em: 16/01/2010 18:32:02
Última alteração:14/03/2010 20:42:23


TANTA SAUDADE DE VOCÊ...


As noites de saudade, temerosas,
Rondando estrelas belas, porém frias.
As horas vão passando. Mariposas
Morrendo em tristes lumes, ardentias.
Palavras proferidas, carinhosas
Ausência das antigas companhias.
Momentos que passamos se concebem,
Porém só as saudades nos recebem.

Beijando a tua boca em pensamento,
Sentindo esta presença que não há.
O tempo fugidio vai tão lento,
Quem dera se eu pudesse, desde já
Tocar a tua pele, mas o vento
Batendo na janela mostrará
Apenas o reflexo da incerteza,
Do nada que sobrou em minha mesa.

Saudade de um segundo que não vem,
Dos risos espalhados pela casa,
Respostas esperando, mas ninguém
Somente este vazio que inda abrasa
O coração que vai, tamanho trem,
Relógio não dispara, sempre atrasa
No véu das nuvens sinto estar presente
O brilho que se fez do olhar contente,

A cama te esperando, uma promessa
De um novo amanhecer bem mais seguro,
Meu coração batendo assim depressa
Espera que tu venhas, céu escuro
Na solidão cruel já me confessa
Que o solo em que plantei, deveras duro
Precisa tão somente de cuidado,
Definitivamente, ser aguado.

Às vezes eu me pego, assim, sorrindo,
E digo pra mim mesmo quanto é bom
O amor que se mostrou risonho e lindo,
Ditando em minha vida um belo tom,
E sinto o teu perfume ressurgindo
Tão próximo. Parece de verdade,
Milagres de um amor feito saudade...
Publicado em: 23/10/2007 17:46:05



Tanta saudade maltrata
Tanta saudade maltrata
O peito de um sonhador,
Relembrando a luz ingrata
Que ofuscou um grande amor.
Publicado em: 06/08/2008 21:32:20
Última alteração:19/10/2008 22:15:27



Tanta Saudade

Seu moço, tanta saudade,
Foi feita de sofrimento.
Por um único momento,
Vasculhei realidade,
Passei por campo e cidade.
Procurei por meu amor,
Quero seu colo e calor.
Não encontrei nem indício,
Meu amor foi precipício,
Onde afoguei minha dor...

Meu tempo, disso estou certo,
Não teve nem mais valia,
Decerto que não sabia,
Não estava nem por perto...
Sei que viver é correto,
Mas de que vale sem ter,
Sem seu amor vou morrer,
Disso não tenho medo.
Seu amor foi o segredo
Mas que faço sem você?

Nas noites de solidão,
Que são as mais doloridas,
Me lembro das despedidas,
Vou pedindo seu perdão...
Me devolva o coração,
Sem ele, minha querida,
De que vale minha vida,
Nisso é melhor nem pensar,
Não tenho rumo ou lugar,
Não cicatriza a ferida...

Meus versos são bem tristonhos,
Por que ‘inda quero sonhar?
Sem você não há luar,
De que servem os meus sonhos...
Somente sonhos medonhos,
Povoam a madrugada,
Minha vida não é nada,
Sem ter você nada sou,
Minha estrada se acabou,
Cadê você, minha amada?

Nascido em terra distante,
Meu amor foi verdadeiro,
Da minha vida, o primeiro,
Que me deixou radiante.
Achei que eu era importante,
Em sua vida, meu bem.
Hoje sei que fui ninguém,
Nada fui para você,
Mas como posso viver,
A minha vida é um trem...

É tão triste a sina, agora,
A de não ter a mulher,
Que o peito da gente quer,
Por quem a gente só chora.
Saudade vem, me devora,
Engole meu coração,
Vomitando solidão,
Saudade bicha danada,
Acompanhou minha estrada,
Não quer me deixar mais não...

Procurei pelos seus braços,
Por sua boca divina,
Fiz minha alma cristalina,
E nem quis outros abraços,
De você nem vi os traços...
Perdida por outra banda,
Por onde é que você anda,
Me responde, eu lhe peço,
Senão, lhe juro, tropeço,
Nas danças dessa ciranda...

Meu amor trago meu canto,
Nas décimas que lhe faço,
Mas já perdi meu compasso.
Naufragado em seu encanto;
Restando só o meu pranto,
Não consigo meu intento,
Minha voz, perdida ao vento,
Você nunca vai ouvir,
Desde o dia que perdi,
Só conheci sofrimento...

Quem souber dessa morena,
E cujo nome é Ritinha,
Não é alta, é bem baixinha,
Tem uma boca pequena.
É calma, muito serena.
É bem fácil de encontrar,
É só olhar pro luar,
E reparar na beleza,
Assim, com toda certeza,
Fica mais fácil de achar...

Ela não anda, flutua,
A fala dela é de fada,
Por todos é adorada,
Ilumina toda a rua.
Minha vida é toda sua...
Tem os pés mais delicados,
São, por Deus, abençoados.
São provas que Deus amou,
Tudo que dela restou,
No meio dos meus guardados,


São essas fotografias,
Que mostro para vocês,
Repare bem nessa tez...
São repletas de magias,
Obra prima que Deus fez...
Moço, me diga a verdade,
Por minha felicidade,
Me responde, bem ligeiro
Se já viu, no mundo inteiro,
Me diga, por caridade,

Onde encontra essa tal moça,
Em que país ou Estado?
Coração descompassado,
Chorando, pede que ouça,
Meu lamento desgraçado
Já não chora outro chorar,
Não canso de procurar
Quero encontrar a Ritinha
Que num dia já foi minha,
E que não sei onde está...
Publicado em: 03/12/2006 15:30:59



Resta uma mesa na sala
E uma rosa no jardim
Tudo canta, tudo fala
Saudade batendo em mim

Foste embora, minha amada
Nunca mais poderei ter
Minha vida anda cansada,
Mil vezes melhor morrer...
Publicado em: 21/07/2007 06:59:10
Última alteração:30/10/2008 15:16:13



TANTA SAUDADE
Nada mais que o sim
Apesar dos pesares
Não pesa quase nada
O destino
Em desatino
Cruel que não se espera
De quem em primavera
Matou o seu verão.
Verão então as cores
Das flores
Sem perfume
Invernadas em minha alma.
Mas vejo que a saudade
Faz troça e vem de novo
Alvoroça e cai fora,
Brincando de esconde-esconde
Comprei o bonde,
Fiz minha escada
E na estrada fui curva.
Capotei.
E no pote quebrado
No brado esvaído
Vencido, renasci...
Publicado em: 13/10/2007 19:11:55
Última alteração:26/10/2008 19:25:39


TANTA SAUDADE

Lembro-me bem do tempo que passamos
Juntos, companheiros de viagem.
As nossas ilusões que se perderam,
Qual fossem tão somente uma miragem.

Vazias esperanças de voltar,
Voláteis as palavras foram vãs.
Depois de noite ardente, madrugadas
Geladas. Tanta neve na manhã.

Restando tão somente uma lembrança
De um dia onde encontrei felicidade.
A vida vai seguindo o seu caminho,
Deixando um rastro imenso de saudade...
Publicado em: 25/09/2007 21:56:44
Última alteração:30/10/2008 14:34:35



TANTA SAUDADE



Saudade de teu rosto de teu nome
Marcado no arvoredo da esperança.
A cada novo dia aumenta a fome
De ter aqui comigo, a luz que alcança
Ao mesmo tempo foge e quando some
Já deixa um rastro imenso na lembrança.
Mulher que tantas vezes me guiou
Por mundos onde o sonho bom tocou.

Saudade dura fera que devora
O coração que um dia foi feliz.
Rebenta em emoção que logo aflora,
Qual fosse rediviva cicatriz.
Vontade de te ter comigo, agora,
Trazendo em minha vida o que eu mais quis
Perdendo num momento em desengano,
Meu peito se traindo leviano...

Mortalha que agasalha em noite fria,
Farol que me ilumina em noite escura,
Saudade de quem tive, estrela guia,
Do gosto desta boca e da ternura
Que um dia emoldurou em fantasia
Remédio que se fez perfeita cura,
Porém ao me deixar, levou consigo
O que já fora, forte e manso abrigo.

Não tendo mais palavra pra dizer
Do quanto que me dói esta saudade,
Embora na lembrança, o meu prazer,
Um resto da sublime claridade,
Motivo pra chorar e pra viver,
Cativo que não quer mais liberdade,
Vivendo tão somente porque espero,
Às vezes – solidão- me desespero.

As noites de luar perdendo a luz,
Os olhos de uma lua, vão ausentes,
Apenas a saudade me conduz,
Por mundos sonhadores, penitentes,
Espelho que em minha alma reproduz
Momentos que se foram, tão contentes.
As lágrimas que correm dos meus olhos,
Perfumes que se emanam dos abrolhos...
Publicado em: 23/10/2007 19:24:48



TANTA SAUDADE

Saudade qual mortalha do passado
Trazendo em voz macia o que passou.
Vivendo noutra senda, em outro prado,
Revejo a luz que um dia, em mim, brilhou.
Meu canto em emoção vai decorado,
Revendo cada passo que trilhou.
Agora, tão distante, volto aqui,
Recolho estas estrelas que perdi.

Um gosto quase amargo forja o mel,
Que toca a minha boca e se transforma,
Recobre cada dia em novo véu,
Mudando num momento toda a forma,
Do inferno que passei recende a Céu,
Saudade não respeita qualquer norma,
Regada pelas flores e perfumes,
Saudade transfigura treva em lumes.

É como se eu pudesse perceber
Que a vida não seguiu, tempo parou.
O vento do passado; refazer,
Distante da verdade, nela eu vou
Na fantasia plena conceber,
Misturo o que sonhei e o que passou.
Dileta companheira em noite fria,
Trazendo algum resquício de alegria.

Saudade tantas vezes dói demais,
Maltrata e não permite cicatriz.
Um barco que se perde do seu cais,
Algema que se prende em louco bis,
Eu sei, não viverei isto jamais
Mas finjo, na saudade ser feliz
E tomo, novamente o mesmo vinho
Num falso sentimento de carinho.

Embora tão distante juventude,
É como se eu pudesse revivê-la.
Saudade me acarinha e sendo rude
Não deixa que eu perceba que uma estrela
Riscando o belo céu, tanto se mude
Que nada me permite mais contê-la,
Simples fotografia que jamais
Voltará, eu bem sei. Mas dói demais...
Publicado em: 25/10/2007 16:15:58



TANTA SAUDADE
Tendo perdido a verdadeira estrada
Que poderia dar-me uma esperança
Em trevas caminhei longo caminho,
Apenas a saudade inda me alcança.

Saudades do que fomos e perdi.
Das sombras sobrepostas na calçada.
Agora resta o peito maltrapilho
De um andarilho feito em quase nada

Senão de uma lembrança que não larga
Colada dentro da alma em tatuagem.
Tanta saudade eu tenho; amor, de ti,
Tua sombra não passa de miragem...
Publicado em: 26/05/2008 20:56:48
Última alteração:21/10/2008 15:18:41


TANTA SAUDADE
Princesa em seu reinado
Se eu fosse um cavaleiro
O beijo que foi dado
Decerto o seu primeiro
Dizendo apaixonado
Amor mais verdadeiro.

A boca que me beija
Distante da princesa
O tempo se deseja
Bebida sobre a mesa
Saudade inda lateja
A vida é só tristeza.
Publicado em: 02/04/2008 13:50:30
Última alteração:21/10/2008 16:50:29


TANTA SAUDADE
Não me fale da saudade
Que maltrata e não se cansa
A distante liberdade
Coração jamais alcança

Nossa lua se perdendo
Entre nuvens não mais vi.
Coração vive chovendo
Sem saber, amor, de ti.

Meus caminhos são tristonhos,
O meu barco não tem cais
Os meus sonhos tão medonhos
Pois não te verei, jamais.

Quem se deu em esperança
Vai morrendo devagar,
Carregando na lembrança
Quem outrora quis amar.
Publicado em: 24/06/2008 19:35:26
Última alteração:19/10/2008 21:28:01




TANTA SAUDADE


Veredas que invado
Ardências que trago
Olhos embotados
Tragos e fumaça.
Rompendo alambrado
O brado no afago
Olhos molhados
Saudade não passa.
Agrados e grades
Atados nós dois
Arados quebrados
Colheita do nada.
Voltar a te ter
Lavrando o prazer
Colhendo sorrisos.
No sertão e na cidade
O luar por sobre a serra
A saudade já descerra
Os seus véus, sem claridade.
Vivo apenas por saber
Que outro tempo irá chegar
E talvez neste lugar
Inda possa, amor, te ver...
Publicado em: 14/08/2008 14:44:23
Última alteração:19/10/2008 20:11:51


TANTA SAUDADE
Angústia dominando a minha noite!
O medo de perder-te me devora,
O tempo não se passa, a vida chora,
E queima em minhas costas como açoite!

Meu pensamento voa e me tortura
Se deita em minha cama, triste fera,
Em dor, toda a minha alma se tempera,
Deixando um certo gosto de amargura.

Quem sabe não terei o meu descanso?
O vento me responde um não feroz,
Em lanhos, minhas costas, dor atroz,
E em meio a tantas pedras, noite avanço.

Saudades são mortalhas que carrego,
No peso desta vida, vão granito,
Um grito, meu lamento, no infinito,
Os mares da tormenta eu já navego...

Escute, minha amada, sou um rio
Que em margens desmatadas, assoreio.
O sangue se espalhando por meu veio,
E embalde tanta dor, inda sorrio...
Publicado em: 15/09/2008 20:02:04
Última alteração:17/10/2008 13:36:52



Saudade
Diz saúde?
Azar de quem ficou.
Saúdo cada dia
Do amor que me deixou...
Publicado em: 25/11/2008 20:23:45
Última alteração:06/03/2009 16:39:26



Andava procurando algum lugar
Onde pudesse, talvez, reencontrar
O que perdi durante minha vida...

O medo que jamais me abandonou
Desde criança, parece que voltou
Como uma lembrança dolorida.

Às vezes espalhado pelos cantos
Da casa onde tivera meus encantos
Comuns dos velhos tempos de menino.

Deitado sobre mim como essa mão
Tão acariciadora e cheia de perdão
Trazendo uma emoção que não domino.

Achei que isso jamais retornaria;
Sepultado que estava desde o dia
Em que mudei pra nunca mais voltar.

Mas vejo essa emoção deveras viva,
Da forma mais cruel e possessiva
Que poderia enfim, imaginar.

Uma saudade imensa do que fui
Qual roupa que com o tempo já se pui
Mas que vive, encravada em minha pele?

Não. Pior. A saudade do que não
Tive, do que não fui. De uma ilusão
Que, mesmo o que hoje sou nunca repele...

Publicado em: 10/03/2007 22:40:23



Tento dormir
Dois olhos
Tentáculos
Abrindo a janela
Saudade
Deixe de ser bisbilhoteira!
Publicado em: 10/06/2008 20:03:58
Última alteração:20/10/2008 21:08:43


Se alguém disser, um dia: “Sê discreto,
Não ostentes a dor que te consome,
Pensa na angústia de um amor secreto
E, então a todos, tu dirás o nome

De quem merece o teu profundo afeto!
Depois, se a dor, o luto, o tédio e a fome
Se abrigarem debaixo do mesmo teto
Fica em paz, a esperar que o tempo dome

A fúria sanguinária da tristeza!
O sofrimento é gêmeo da beleza!
Talvez então aí, se abrisse a porta

Do cárcere de dor que assim te prende,
E a voz de Deus se ouvisse- que se entende-
Iluminado uma esperança morta...

Quem sabe, assim, talvez a dor te traga
O gosto tão amargo da saudade.
A boca que te beija, que te afaga,
A mesma que te cospe, na verdade...

Amigo, não discuta com a morte,
A sorte de quem vai, a de quem vem,
Dependem desta fúria, deste corte,
Da vida que levamos, sem ninguém...

Mas saiba que te resta uma ventura.
A noite sem estrelas trama o sol.
Depois desta doença, morte ou cura,
A louca desventura, teu farol...

Amigo, uma esperança que morreu,
Do amor que dentro em ti, já se escondeu...

Marcos Coutinho Loures
Antonio Viçoso Magalhães
Marcos Loures
Publicado em: 06/02/2007 15:23:31



A saudade fez das suas
Quando vi o meu amor
Passeando pelas ruas,
Que vontade de propor
Novos tempos. Continuas
Dentro em mim, um sonhador,
Procurando dentre as luas,
Raras faces do esplendor
Onde amada, tu flutuas,
Meu peito é navegador...
Publicado em: 17/01/2010 12:01:43
Última alteração:14/03/2010 20:23:32


Tanta vontade de ter Teu carinho junto a mim,

Tanta vontade de ter
Teu carinho junto a mim,
Espalhando o teu prazer
Neste amor que não tem fim,

Encontrando em tua pele,
Em teu corpo esta alegria,
O querer que se revele
Esbaldando todo dia.

Toda a noite namoramos,
Com desejo e com tesão,
Pois assim comemoramos,
Nosso amor, nossa paixão.

Que é feito em tanta loucura,
Mil prazeres sem limites,
Eu te peço, na ternura
De nosso amor, acredites...
Publicado em: 03/10/2008 14:07:06


TANTA TRISTEZA...

Tristeza de uma seca nordestina,
Tocaia da saudade me esperando.
O medo me aguardando numa esquina
Fuzil e cravinote preparando,
Mudando de repente a minha sina,
As lágrimas descendo vão aguando
O solo da caatinga, em aridez,
Tomando sem perguntas, lucidez.

Tristeza de quem sabe que perdeu
O rumo em sua vida desditosa.
Fogueira das saudades acendeu
A fome de viver vai desairosa.
Matando em nascedouro, traz o breu
O cardo em tanto espinho, nega a rosa.
Uma sanfona chora a melodia
Criada em tom menor, pura agonia.

Os olhos de quem quero, não voltaram
Nem mesmo uma asa branca me salvou.
Os verdes da esperança já secaram,
Açude dos meus sonhos se acabou.
As pedras no caminho me encontraram,
Apenas duro espinho o que sobrou.
No aboio bem distante, sou o gado,
Perdido nesta seca, desgraçado...

Os ermos do caminho são meus guias,
Pegadas não encontro nesta areia,
Das flores que plantei, só fantasias,
Deserto me impediu qualquer sereia,
As noites sem luar, seguem vazias,
A morte sorridente me rodeia
E mostra esta tristeza companheira,
Mulher em minha, derradeira.

São tantas as promessas que já fiz,
Em procissões segui, olhar distante,
Quem dera se eu pudesse ser feliz,
O dia nasceria radiante,
Da dor teria simples cicatriz,
A paz me tomaria num instante,
Porém a vida crava a sua garra,
Verão segue inclemente em clara barra.

Os filhos dos meus sonhos, pesadelos.
Carrego tantas mortes no bornal.
Os dias prometidos; como vê-los
Se o nada vem voltando no final,
Morena; tão distantes teus cabelos,
Na seca do meu peito, temporal.
Recebo a ventania no meu rosto,
Ardência se transforma num desgosto.

A seca destruindo a paisagem,
Apenas pedregulhos e mais nada,
Sorriso já não passa de miragem,
Sem rumo, vou seguindo a dura estrada,
Pressinto no final desta viagem
A mata que me resta, derrubada,
Quem dera se o sertão virasse mar,
Porém prevejo o mar a se secar.

O canto tão tristonho do urutau
Espalha o sofrimento sobre a terra,
A solidão coloca a pá de cal
E a vida, sem ninguém, assim se encerra.
As roupas não secaram no varal,
O medo de sonhar mais forte berra
E traz uma agonia a cada noite,
Tristeza me queimando como açoite.

O gado vai morrendo em tanta sede,
Sem ter uma esperança, também morro,
Retrato de quem amo na parede
Não serve nem sequer como socorro,
A morte me levando em uma rede,
Distâncias inclementes eu percorro
E vejo no final, só a tristeza
Companheira dileta de meus dias,
Tocando sobre mim as mãos tão frias.

Um dia imaginei que enfim, pudesse
Ter a felicidade que sonhara,
Porém nada valeu a minha prece,
E a sina se mostrando mais amara,
Vazio no meu peito se oferece
E a mão que conhecera, desampara.
Refém de um sentimento sem guarida,
Perdendo as ilusões, perdi a vida.

Na plantação dos sonhos, que eu agüei,
Usando uma esperança como enxada,
Secando toda flor que ali plantei,
Depois de tanto tempo não deu nada,
De tanto que eu pedi, tanto rezei,
A voz que me restou, vai embargada.
Quisera esta alegria de poder
Ao menos um sorriso recolher.

Merenda da esperança, uma alegria,
Um riso de mulher, um colo amigo.
Não tendo mais estrela vou sem guia,
A cada encruzilhada, outro perigo,
Outra sina, quem sabe eu merecia,
Mas como se lutar nem mais consigo.
Tropeiro coração perdendo o rumo,
Não sabe desta fruta mais o sumo.

Partindo pr’outras terras, talvez tenha
Um pouco a mais de alento em minha vida.
Mudando minha história, outra resenha,
Aonde a minha sina distraída,
Permita que eu descubra qual a senha
Que deixe vislumbrar uma saída.
Quem sabe... Mas não creio mais em sorte,
Adoço minha boca, mel da morte.

Somando as minhas dores, desatinos,
Tristeza que conheço, vai sem fim.
Dos pássaros não sei sequer os trinos,
A seca permanece dentro em mim.
Os dedos da esperança são bem finos,
A boca da saudade é carmesim,
O fardo que carrego, eu não suporto,
Na morte encontro enfim, amado porto...
Publicado em: 22/10/2007 12:55:06



tarde com estrambote
Na tarde tão divina e rutilante,
Os brilhos se misturam com as cores...
Aberta sobre o mar, ó bela amante,
Os caminhos das nuvens e das flores

Definem tal beleza, delirante!
Persigo teus pendores, onde fores,
A vida se transforma neste instante!
As tuas mãos morenas, meus amores,

Deslindam-se na tarde delirante!

Nas praias, clara areia, mansas ondas,
Os medos se tornaram fantasias...
Nos leitos das amantes, tantas rondas,

Em cores milagrosas, primavera...
Nos sonhos e nas conchas, melodias,
A vida não permite tanta espera!
Publicado em: 07/11/2006 17:49:51
Última alteração:12/12/2006 16:53:16

"Tatu na toca é rei."

Meu companheiro te digo
Sem temer a represália,
Pode vir não tem perigo.
A minha casa é de palha
Mas, porém serve de abrigo
Em qualquer dura batalha.

Tanta coisa que já tive
Tanta estrada caminhei,
Nos lugares onde estive,
Cada qual tem sua lei,
Em cada povo que vive
O que é seu esperarei,

Mas aqui na minha casa,
Quem manda é minha mulher,
Quando raivosa, na brasa,
Seja lá o que Deus quiser,
Se teu amigo se atrasa,
Por um motivo qualquer

A danada já se espuma
E com pau de macarrão,
A cobra, em veneno, fuma,
Me dá cada bofetão,
O pior é que costuma
Inda fazer gozação...

Meu amigo esta megera,
Com a cara de fuinha,
Logo, logo vira fera,
Eu não tiro mais farinha.
Me diz como quem espera:
“Tatu na toca é rainha...”
Publicado em: 16/03/2007 21:25:22


Tantas fiz em minha vida
Tantas fiz em minha vida
Que mereço este castigo
Minha sorte está perdida
Mas no fundo, nem te ligo...
Publicado em: 01/03/2008 20:29:16
Última alteração:22/10/2008 17:13:23




Tantas saudades eu tenho,
Deste anjo que se perdeu,
E nesses versos já venho
Dizer-te: ainda sou teu!

Publicado em: 28/08/2008 07:58:41
Última alteração:17/10/2008 14:19:


TANTAS SAUDADES

Noite triste, madrugada,
Procurando minha amada,
Nada do que fui restou...

A saudade dolorida,
Vai tomando minha vida,
Eu já nem sei mais quem sou...

Tu te lembras da casinha,
Onde um dia foste minha,
Esta casa desabou...

As mentiras que disseste,
As saudades que me deste,
Foi, de tudo, o que sobrou...

Passarinho que cantava,
Na manhã que mal chegava,
O seu canto se calou...

Meu peito desesperado,
Te procura do meu lado,
Um vazio já chegou...

Nas noites frias, abrigo,
Agora , como prossigo?
Sem meus pés para onde vou?

Eras o sonho mais puro,
Mas o coração tão duro,
Tristezas o que legou!

Ferido pela tristeza,
Procuro tua beleza,
Mas a vida me negou...

Perdido, sem esperanças,
Só me restam lembranças
Desse tempo que passou...
Publicado em: 28/09/2007 21:35:40



TANTAS SAUDADES


Saudade em plenitude sempre tece
Um gosto que nos toma e persuade
De quanto fui feliz; e me oferece
Resquícios saborosos, na verdade,
De um tempo que passou. Já obedece
O que meu coração teve vontade
De ter em novo brilho, antiga flama,
Mudando a realidade em outra gama.

Ourives, garimpeira, lapidando
Procura o meu tesouro bem guardado,
Nos céus muda o matiz e vai mostrando
O que já reluziu no meu passado.
O tempo, impiedoso, vai passando,
Saudade traz o sonho resgatado.
Viver uma saudade com prazer,
É como se eu pudesse renascer.

De tantas alegrias que carrego,
Apenas as lembranças mantêm vivas
As chamas do que tive e não mais nego,
Nas festa do meu peito, tais convivas
Sem ter esta saudade, marcho cego,
Embora em luzes plenas, mais altivas.
Certezas de que um dia amor se deu,
E o mundo na verdade foi só meu...

Mostrar a minha face neste espelho,
Embora distorcida, já me faz,
Sentir que jamais fui, deveras, velho,
E a mocidade em lume agora traz,
Não quero mais ouvir nenhum conselho,
Bastando esta saudade, eu sou capaz
De ter uma alegria sem igual.
Vivendo o que se fez sensacional.

Eu sei que talvez seja uma ilusão,
Que o dia nascerá depois de tudo.
Porém ao perceber tal emoção,
O coração se abrindo, fico mudo.
Não é nenhum consolo – sei que vão-
Em plena consciência assim me iludo,
Mas vivo novamente o que mais quis,
E na saudade eu vivo e sou feliz.
Publicado em: 24/10/2007 21:45:00



TANTAS SAUDADES

Seu moço, tanta saudade,
Foi feita de sofrimento.
Por um único momento,
Vasculhei realidade,
Passei por campo e cidade.
Procurei por meu amor,
Quero seu colo e calor.
Não encontrei nem indício,
Meu amor foi precipício,
Onde afoguei minha dor...

Meu tempo, disso estou certo,
Não teve nem mais valia,
Decerto que não sabia,
Não estava nem por perto...
Sei que viver é correto,
Mas de que vale sem ter,
Sem seu amor vou morrer,
Disso não tenho medo.
Seu amor foi o segredo
Mas que faço sem você?

Nas noites de solidão,
Que são as mais doloridas,
Me lembro das despedidas,
Vou pedindo seu perdão...
Me devolva o coração,
Sem ele, minha querida,
De que vale minha vida,
Nisso é melhor nem pensar,
Não tenho rumo ou lugar,
Não cicatriza a ferida...

Meus versos são bem tristonhos,
Por que ‘inda quero sonhar?
Sem você não há luar,
De que servem os meus sonhos...
Somente sonhos medonhos,
Povoam a madrugada,
Minha vida não é nada,
Sem ter você nada sou,
Minha estrada se acabou,
Cadê você, minha amada?

Nascido em terra distante,
Meu amor foi verdadeiro,
Da minha vida, o primeiro,
Que me deixou radiante.
Achei que eu era importante,
Em sua vida, meu bem.
Hoje sei que fui ninguém,
Nada fui para você,
Mas como posso viver,
A minha vida é um trem...

É tão triste a sina, agora,
A de não ter a mulher,
Que o peito da gente quer,
Por quem a gente só chora.
Saudade vem, me devora,
Engole meu coração,
Vomitando solidão,
Saudade bicha danada,
Acompanhou minha estrada,
Não quer me deixar mais não...

Procurei pelos seus braços,
Por sua boca divina,
Fiz minha alma cristalina,
E nem quis outros abraços,
De você nem vi os traços...
Perdida por outra banda,
Por onde é que você anda,
Me responde, eu lhe peço,
Senão, lhe juro, tropeço,
Nas danças dessa ciranda...

Meu amor trago meu canto,
Nas décimas que lhe faço,
Mas já perdi meu compasso.
Naufragado em seu encanto;
Restando só o meu pranto,
Não consigo meu intento,
Minha voz, perdida ao vento,
Você nunca vai ouvir,
Desde o dia que perdi,
Só conheci sofrimento...

Quem souber dessa morena,
E cujo nome é Ritinha,
Não é alta, é bem baixinha,
Tem uma boca pequena.
É calma, muito serena.
É bem fácil de encontrar,
É só olhar pro luar,
E reparar na beleza,
Assim, com toda certeza,
Fica mais fácil de achar...

Ela não anda, flutua,
A fala dela é de fada,
Por todos é adorada,
Ilumina toda a rua.
Minha vida é toda sua...
Tem os pés mais delicados,
São, por Deus, abençoados.
São provas que Deus amou,
Tudo que dela restou,
No meio dos meus guardados,


São essas fotografias,
Que mostro para vocês,
Repare bem nessa tez...
São repletas de magias,
Obra prima que Deus fez...
Moço, me diga a verdade,
Por minha felicidade,
Me responde, bem ligeiro
Se já viu, no mundo inteiro,
Me diga, por caridade,

Onde encontra essa tal moça,
Em que país ou Estado?
Coração descompassado,
Chorando, pede que ouça,
Meu lamento desgraçado
Já não chora outro chorar,
Não canso de procurar
Quero encontrar a Ritinha
Que num dia já foi minha,
E que não sei onde está...
Publicado em: 29/12/2007 09:28:49



TANTAS SAUDADES
Nos pórticos gigantes da saudade,
Valei-me Meu Deus peço caridade!
De quem me valem luzes sem ter brilho...
A morte vem singrando um velho trilho...

Me deste tais mentiras como um fato.
Falaste de mordazes sentimentos...
Quebraste vilãmente teu retrato,
Queimaste soberana, meus proventos...

Faliste torpemente meus cenários...
Amei-te, tolamente, fui capacho.
As portas que entreabristes meus armários,
Das luzes que perdi, tu foste facho!

Respiro vorazmente teu flagelo...
Perjuras insensatas foram mote.
Na vida me cortaste teu cutelo...
Nas óperas tu brilhas vero spot.

Nos pórticos gigantes me jogaste
Atei-me sem temer qualquer disfarce.
O que me restarei serei vil traste.
O tempo que vivi nunca se esparse...
Publicado em: 26/04/2008 13:26:24
Última alteração:21/10/2008 13:33:52



TANTAS SAUDADES

Voltar a sonhar
Dançar
Sorver
A vida como
A criança
Distante
E feliz.
Onde encontrá-la?
Quem dera
Se a vida
Fosse um carrossel...
Publicado em: 23/05/2008 12:13:53
Última alteração:21/10/2008 06:39:45


TANTAS SAUDADES
As asas da saudade abertas em meu peito
Invadem cada canto e não me dão sossego.
Voltando de onde vim acham-se no direito
De dominarem tudo, então eu peço arrego.

É duro compreender o que querem as asas
Nem elas sabem, o que posso te dizer
É que me queimam, isso eu sinto nessas brasas
Que sabem misturar a dor com meu prazer.

Me lembro delas um dia onde a tristeza
Se mostrava rainha em mansa sutileza,
Saudade de quem fui, principalmente disso.
Da minha mocidade esquecida faz tempo!
Agora em meu outono o brilho perde viço
A opacidade surge e cada contratempo!

Na seda dessa pele, a morena me acende.
As asas da saudade abertas novamente,
A mão da lucidez vem e de novo estende
O meu manto outonal, ela nunca me mente!


Ainda bem que existe alguma lucidez,
Senão, ‘stava perdido, a dor então, medonha!
Tudo tem a sua hora e tudo a sua vez...
Mas o meu coração, desgraçado, inda sonha!
Publicado em: 01/05/2008 17:32:54
Última alteração:21/10/2008 14:30:51



TANTAS SAUDADES

Sou quase o que não fora se assim fosse,
Palavra solta ao léu, matando albores,
Em vis expectativas, mato as flores,
E quebro logo o pote, perco o doce.
Embora tanta coisa, a vida trouxe
Um circo feito em lágrimas, horrores,
Nas sombras do que fui, os dissabores
Já gritam que o que eu quis, foi. Acabou-se.
Apenas restará vaga e sombria,
Saudades tão estúpidas, venais.
Prenúncios de um tão próximo final.
Quem sabe enfim a morte sorriria,
Tomando com seus braços espectrais,
Tornando o meu caminho natural...


TANTAS SAUDADES
Saudade – mulher amada,
Dos nossos beijos roubados,
Saudade dos tempos passados,
Na noite, na madrugada,
Da tua boca molhada,
Dos corpos entrelaçados,
Dos desejos mais molhados,
Desse tempo que não volta,
E, por não voltar, revolta,
Corações apaixonados...

Saudade da minha infância,
Onde vivi felicidade,
Trazendo tanta saudade,
A quem não teve constância,
Da sorte teve distância,
Mas foi feliz por um dia,
Vivendo da fantasia,
Que nunca mais voltará,
Saudades torrada e chá,
Que minha mãe me trazia...

Saudades da minha terra,
Que ficou no meu passado,
Olho o tempo, vou de lado,
O coração não encerra,
Pesando daquela serra,
Inclinado vai andando,
Tanto lugar se mostrando,
Nas curvas da existência,
Mas, saudade, diz clemência,
Num retrato, recordando...

Saudade da juventude,
Onde não tinha nem medo,
A força era meu segredo,
Onde sempre quis não pude,
Amar assim, amiúde,
Quem nunca mais queria,
Mas a vida era vadia;
Nem sonhava recompensa,
Vida leve, breve, densa,
Saudade faz melodia...

Saudades do grande amigo,
Que ficou lá no sertão,
Seguindo por outro chão,
Nunca mais terei comigo,
No conselho, paz, abrigo...
Na vontade de ser rei,
Tantas vezes que eu errei,
Tive o braço companheiro,
Hoje sei do mundo inteiro,
Mas saudade também sei...

Saudade do Botafogo,
De Garrincha e de Didi,
Do melhor time que vi,
Não tinha nem pena e rogo,
Brincando, ganhava jogo,
Nas pernas tortas e loucas,
Vozes delirando roucas,
No Maracanã da vida,
Pena que vai esquecida,
As lembranças são bem poucas...

De minha mãe a saudade,
Dói essa dor tão cruel,
Mãe na terra, mãe do céu,
Simbolizas claridade,
Se a vida traz falsidade,
A verdade em ti está,
Onde eu estiver, é lá,
Que teus olhos estarão,
Nesse imundo mundo cão,
És um porto mais seguro,
Se me escondo nesse escuro,
Representas o clarão...

Saudades desse meu filho,
Ceifado logo bem cedo,
Deixando meu grande medo,
Novo enredo que hoje eu trilho,
Sua dor, meu estribilho,
Entoando todo dia,
Martiriza a noite fria,
A saudade rasga o peito,
Pergunto qual meu direito!
Vou vivendo essa agonia...

Saudades dessa esperança,
De viver um mundo justo,
De respeitarem arbusto,
De respirar nova dança,
De teimar em ser criança,
De ter um mundo melhor,
Sem diferenças e guerras,
Nossa Terra, tantas terras,
Nosso sonho ser maior,
Justiça saber de cor...

Saudade trazendo um laço,
Prendendo o que for saudade,
Saindo da realidade,
A vida acolhendo meu passo,
Descansar esse cansaço,
Duns olhos de sertanejo,
Na campina, no desejo,
Do trabalho, lindo sonho,
Minha saudade, te ponho,
No canto dum realejo...

Saudade dessa mulher,
Saudade dessa criança,
Saudade dessa festança,
Saudade, jovem, me quer.
Saudade, jogo qualquer...
Saudade tão companheira
Saudade dor parideira,
Saudade doce Natal,
Saudade desse ideal,
Saudade da vida, inteira...
Publicado em: 20/02/2009 16:18:53

TANTAS SAUDADES.



Saudade faz matar o esquecimento,
Refaz o que distante já se viu,
O renascer da vida num momento,
Transforma o mais cruel num ser gentil,
Apascentando a dor de um tormento,
Esquece da palavra e traz o til,
A face amenizada pelo tempo,
Do que se transformara em contratempo.

Porém em outras vezes agiganta,
Roubando a pequenez de alguma cena,
Ferindo uma saudade desencanta,
Marcando bem mais forte a luz amena,
Minha alma de saudades sempre canta,
Permite que prossiga, e vá serena.
No doce em amargura, mel e fel,
Saudade, tantas vezes é cruel.

Não posso mais negar uma saudade
Do amor que um dia tive e se perdeu,
Distorcendo o retrato da verdade,
Dourando o que se fora simples breu.
Não deixa perceber a realidade,
Demonstra o que decerto não fui eu,
Numa fotografia amarelada,
Saudade ressuscita o quase nada.

Permite que possamos viajar
Além do que tivemos, ilusões;
Num mar que é tão difícil navegar
Saudade nos redime em emoções
Que nunca conseguimos disfarçar
Acalma e nos liberta das paixões,
Mas deixa esta vontade de saber
De novo o que nos deu tanto prazer.

Saudades... são formatos diferentes
Daquilo que pensamos conhecer,
Deixando para trás os inclementes
Momentos mais difíceis de viver,
Saudade traz a faca entre meus dentes
Embora tantas vezes faz sofrer.
No gosto da saudade, uma lembrança
De um tempo mais feliz, pra sempre alcança...
Publicado em: 22/10/2007 21:43:13
Última alteração:26/10/2008 19:31:23



Saudade vai maltratando
Quem ama, minha querida,
De espinhos vai decorando
Esta estrada tão comprida

Mas ao mesmo tempo traz
Um gosto doce na boca,
Do beijo que satisfaz,
Da noite divina e louca.

Saudade faz tanto estrago
No peito de quem sonhou,
Deixando um sabor amargo,
Em quem a boca tocou.

Saudade é doença e cura,
Alegria que entristece,
Na amargura da doçura
Saudade nos enlouquece!



TANTAS SAUDADES... /


Mote– Se não houvesse distância, não haveria saudade.



Desde os meus tempos de infância
Eu escuto esta verdade:
Se não houvesse distância,
Não haveria saudade...


A distância, na verdade,
Alimenta o meu desejo,
Vou morrendo de saudade
Vivendo naquele beijo...

MARCOS COUTINHO LOURES
MVML
Publicado em: 15/10/2007 10:15:11
Última alteração:03/11/2008 21:00:53




Nos bares e nos guetos da cidade,
Meus olhos vão buscando seus espelhos
Mosaicos se perdendo em labirinto
Meus dias nunca mais serão os mesmos.
O gosto tão amargo da saudade
Uma aguardente dura de tragar
Nos tocos de cigarro no cinzeiro
O quanto que se foi e me deixou.
Cicatrizar a dor de tua ausência?
Dos dias que se passam sem descanso
Apenas o que resta não alcanço
E deixo tudo assim, não mais irei.
Agora que já fomos sem retorno
Em torno de teus olhos eu me entorno
E guardo em minhas vísceras teu beijo.
Um seixo que este rio não levou.
Quem dera, mas não posso primavera
Apenas este inverno que hoje sou.




TANTAS SAUDADES...


Feliz e não sabia! Minha infância
Passada nas montanhas, nas Gerais;
Num tempo em que criança, não sabia
Das dores e dos medos, injustiças.
O gesto carinhoso de mamãe
Trazendo uma esperança em cada riso.
A mão tão poderosa de meu pai,
Herói que em noites frias, protegia.
Irmã correndo solta pela casa,
Botões que eu espalhava nas calçadas.
A avó na Mirai onde Ataulfo
Cantava seus amores e lembranças.
Infância que se foi, restou saudade.
Agora o velho peito em desalinho,
Sozinho vê que “Minas não há mais”.
Publicado em: 19/09/2007 18:58:05
Última alteração:30/10/2008 14:35:03



TANTAS SAUDADES...

Procuro insanamente antigos dias
Aonde a poesia mergulhava
E a fome num momento só matava
Centenas de crianças, fantasias...
Os coronéis decerto comandavam
Tocaias e jagunços no sertão,
Jamais eu conheci vacinação
Sarampos, diarréias só matavam.
Saudade da mulher lá na cozinha
Enquanto o seu marido passeava,
Nos bares e botecos encontrava
Prazer que na verdade não mais tinha.
Saudades dos sertões mais esfaimados
Dos olhos da miséria rebrilhando,
Crianças de três anos trabalhando,
Viados pelas ruas humilhados.
Saudades da mulher que não podia
Nem sequer escolher os seus maridos,
Os dias com certeza mais compridos
E a todos espalhando esta alegria.
Saudades do remédio que não tinha
Da benzedeira e o tétano, do crupe,
Se eu tenho esta saudade não me culpe,
A culpa do hoje em dia não é minha!



TANTAS SAUDADES...

Tanta saudade eu carrego
Deste tempo que vivi,
Coração batendo cego,
Na procura do que vi,
Na saudade que me entrego
Vou procurando por ti,
Minha amada companheira,
Leva a saudade estradeira.

Nos barrancos do caminho,
Nos tropeços desta estrada,
Encontrei flores, espinho,
No final não restou nada
Coração segue sozinho,
Procurando a bem amada.
Que se foi pra não voltar,
E a saudade foi buscar.

Deixo a vida num momento,
É melhor morrer agora,
Vai distante o pensamento,
A minha alma sempre chora,
Invadida no tormento
De quem pede e tanto implora,
Pela luz e claridade,
Na escuridão da saudade...
Publicado em: 08/10/2007 19:49:54



Quando vim das Gerais eu mal sabia
Do quanto o sabiá fazia falta
A lua da cidade é sempre fria
Amor enluarado sai da pauta
E deixa transtornada a fantasia,
De uma alma sertaneja pura, incauta.
Amor lá no sertão em lua e prata
Termina, todos sabem lá na mata...
Publicado em: 11/12/2007 18:53:15
Última alteração:23/10/2008 09:47:50


Tantas vezes eu cantara
Tantas vezes eu cantara
Na esperança de que ouviste
Se um amor é jóia rara
Solidão; coisa mais triste
Publicado em: 17/01/2010 09:25:34
Última alteração:14/03/2010 20:34:44



Tantas vezes quis a sorte
Tantas vezes quis a sorte
Como fosse companheira,
Mas ao enfrentar a morte,
Conheci a vida inteira...
Publicado em: 14/12/2009 19:09:41
Última alteração:16/03/2010 12:22:36



TANTAS VEZES
TANTAS VEZES

Já tantas vezes caminhei contigo
E nessa estrada rude pedregosa
A sua força a tornou mais rosa
Os seus conselhos foram meu abrigo...

Já tantas vezes fui meu inimigo
Pensando em parar em pavorosa
Pois quando esta achando tão morosa
A vida, você veio qual presente amigo...

Ao preparar assim esta surpresa
Demonstra-se divina e com presteza
Permite um acalanto feito em paz.

Vencendo em destemor a correnteza,
Teu verso que me embebe em tal beleza
Benção que a poesia já nos traz.


GONÇALVES REIS
ML
Publicado em: 21/05/2008 18:41:27
Última alteração:21/10/2008 15:13:29


TANTO AMAR
As dores e florestas
Cofres festas
Frestas flâmulas
Sonhos fantasias
Os ermos de minha alma
Os álamos e frisas
As brisas e as noites
Luas mais vadias
Que rodam nas janelas
Abertas do teu quarto
Espero um novo fato
E farto de teu canto
Venenos e sangrias.
Não vejo sem feridas
As horas mais sabidas
Que não mais mergulhei.
Se fasto sou nefasto
E me afasto do teu mundo.
Pré firo e não me iludo
Que é melhor sair mudo
Que inundado.
Se nada não sei nado
Cerrado que me frases
As bases combalidas
Com bário e com falidas
Esperanças.
Vencido pelas dores
Dos cofres que guardei
Não quero ser errei
Talvez queira tentei
Mas de que vale tudo isso?
Nada mais viço
Espinho ouriço
E me lanço
Embevecido
Aos braços do infinito.
Amor, faça um favor.
A porta está aberta
E nada mais me resta.
Senão a sólida solidez
Da tez da solidão....
Publicado em: 25/09/2008 20:46:03



TANTO AMAR...
Avarandado coração
Espreita a lua
Bebe estrelas
E morre ilusões...
A moça
A poça
A chuva
Estradas distintas
As tintas do céu
O mar tão longínquo
Afinco e ferrão
Solares
Somares
Porém
Divisão...
Publicado em: 08/01/2009 10:51:11
Última alteração:06/03/2009 11:47:53



TANTO AMAR...

Nas ondas do teu carinho
Tantas praias e marés;
Mansas ondas, colo, ninho...
Teus seios e cafunés...

Nas ondas do teu desejo
Conchas abertas, carinho...
Doces conchas, boca, beijo...
Mansas ondas, colo, ninho...

Nas ondas do nosso mar,
Tantos alertas, tantos medos...
Conchas abertas, tanto amar...
Mansas ondas... Cafunés...
Seios, colos, o segredo
É nosso imenso amar...
Publicado em: 04/01/2007 15:15:39
Última alteração:30/10/2008 17:01:55



Vai o trem do caipira
Desfilando pela estrada
Espingarda quando atira
Com a mira enviesada

No meio do matagal,
Numa noite enluarada
No canto desse urutau,
De tristezas, recheada...
Publicado em: 09/08/2007 06:22:30
Última alteração:30/10/2008 15:10:13




No sonho que revelo
Amor que com desvelo
É barco em que me atrelo
Na busca deste encanto
Que cobre a fantasia
Mostrando esta magia
Do amor que se queria,
A vida em mesmo manto.

Colhendo cada fruta
Do amor que se desfruta
Na dor de uma labuta
A glória que se emana,
Viver sempre contigo
O canto em que persigo
Certeza de um abrigo
Em lua soberana...



Vem comigo nesta dança,
Coração logo te alcança
E convida pra passar
Uma noite tão formosa,
Debaixo deste luar,
Moreninha bela e prosa.

Deixa ser o teu parceiro,
Teu amado e companheiro
Nesta dança que promete
A ternura de um namoro,
No prazer que já repete
Cada vez que me decoro

Desta pele tão morena,
Nesta noite mais serena
Serenatas vou fazer,
Esperando o teu aceite,
Do teu lado, o bom prazer,
Que nos dá fino deleite.

Tua boca pede um beijo,
O meu corpo num desejo
Quer o teu junto comigo.
Mas vem logo, por favor,
Senão vou correr perigo
De morrer de tanto amor!
]




Seguindo seus segredos, sou só seu.
Sertões, sonhos secretos, suor sal.
Somamos solidões, seguimos sempre
Sorvendo soluções sementes soltas.
Saber sentir, sonhar, servir, seguir.
Sabendo sensações, serenidade
Seguimos sem sentirmos solidão.
Senzalas, sofrimento, sangue, sol.
Sobejos sentimentos, sacrossantos
Será somente sonho? Solução!






Minha menina morena
Que me trouxe essa alegria
Alegria de viver.
Nosso amor em sinfonia
Invadindo a fantasia
Transbordando em harmonia
Minha noite virou dia,
Sabendo da sintonia
Nesse amor, meu bem querer...

Minha menina bonita
Quero tanto este prazer
De ser o teu namorado
De poder te ter em mim,
Tua boca carmesim
Nosso amor, tanto festim,
Alegria vive enfim,
Escutando este teu sim
Só quero viver assim
Só por ti apaixonado...

Minha menina serena
Eu serei teu colibri
Te beijarei sem parar,
Só querendo te adorar,
Carinhando devagar
Para o nosso amor brilhar
Na rua que eu ladrilhar
Só para te ver passar
Eu quero sempre te amar,
Tanto amor tenho por ti!
Publicado em: 13/02/2007 18:01:36



Tanto amor não poderia
Tanto amor não poderia
Se esconder detrás do monte
Não posso impedir o dia
Que raia além do horizonte...
Publicado em: 01/03/2008 20:52:40
Última alteração:22/10/2008 17:11:46



TANTO AMOR NÃO SE CONFESSA
Cada trova que eu fizer
Coração bate depressa
Na procura da mulher
Tanto amor não se confessa...
Publicado em: 30/07/2008 13:49:06
Última alteração:19/10/2008 21:57:33


Tanto amor que a gente faz


Tanto amor que a gente faz
Que não deixa pra depois.
Perdigueiro segue atrás
Farejando assim, nós dois...
Publicado em: 05/09/2008 17:27:57
Última alteração:25/11/2008 15:16:



Tanto amor que agora eu trago


Tanto amor que agora eu trago
Invadindo a poesia,
No teu corpo cada afago
Traduzido em alegria..
Publicado em: 03/03/2008 23:31:04
Última alteração:22/10/2008 15:01:50



Tanto amor que ele ensinou,
Tanto amor que ele ensinou,
Do perdão fez sua lei,
Mundo se modificou
Qualquer pilantra hoje é rei...
Publicado em: 03/03/2008 19:53:05
Última alteração:22/10/2008 14:09:01



TANTO AMOR QUE EU SEMPRE QUIS
a barata desfilando,
pela casa o seu verniz,
meu amor boicotando
tanto amor que eu sempre quis....
Publicado em: 27/08/2008 21:13:29
Última alteração:19/10/2008 20:36:47



Nos recantos mais serenos
Nos amenos novos cantos
Semeando nestes ventos
Pensamentos vou lavrando,
Se te levo neste vento
Se te vento não me enlevo.
Na vela que não levara
O lume que se apagou...

Nevoeiros tão espessos
Esparsos meus sentimentos
Nevoentos os meu olhos
São nuvens dos sofrimentos.
Recolho tantos alardes
Nas tardes que não te vi.
Amor que sempre se entorna
Em torno do que senti.


Nebulosos desesperos
Não mais canto nem percebo.
Amores novos temperos
Nos desejos que recebo
Dos sonhos que mais concebo
De lentos procedimentos
De tantos loucos tormentos
Das tormentas que passei.
Amando sou teu veneno
Tão sereno que nem sei.
Só sei que virei mais tarde
Sem fazer sombra ou alarde,
Amor gostoso é quando arde
E bate tanto que enlaça
Dançando na mesma praça
Nas bordas mais vicinais
De tanto amor sou capaz
De saber mais que devia
Cantando essa fantasia...
Tanto amor que eu te queria...
Publicado em: 26/01/2007 21:47:58



Tanto amor que me entorpece


Tanto amor que me entorpece
Quando a noite principia
Este beijo não se esquece
Nele a gente se vicia...
Publicado em: 02/03/2008 18:43:46
Última alteração:22/10/2008 14:01:06



Tanto amor que sei, resiste,

Tanto amor que sei, resiste,
Nada cala nem sossega,
Prenda não fique mais triste
Meu amor a ti se entrega...
Publicado em: 22/10/2008 13:34:48


São tão duros os fados
Que te levam de mim.
Eu quero teus cuidados
De tanto amor que vim...
Das montanhas, dos prados,
Do começo até o fim...

Meus olhos são ciganos
Não têm nenhum descanso
Cansado dos enganos
Buscando amor avanço
São tantos abandonos,
Aos teus braços, me lanço...

E quero em teu regaço
Deitar depois da luta
Seguir teu manso passo
Promessa mais astuta
Vivendo em teu compasso
Silêncio que se escuta...

Não sinto mais perder
O rumo que não tinha,
Vivendo sem poder
Saber se a lua é minha
De tanto me esquecer
A noite nunca vinha.
Agora o que fazer
Se tanto amor continha?
Publicado em: 28/01/2007 18:07:01



Tanto amor que tu me tinhas
Tanto amor que tu me tinhas
Nada além de uma ilusão
As estrelas foram minhas
Só restou a escuridão...
Publicado em: 19/01/2009 13:51:10
Última alteração:06/03/2009 07:18:0



Tanto amor tenho pra dar,
Venha logo, estou com pressa,
Vou sonhando sem parar,
Coração bate depressa...
Publicado em: 19/12/2009 19:34:32
Última alteração:16/03/2010 09:55:39



Minha amada, nosso sonho,
Cavalgando pelo espaço.
Tanto amor que te proponho,
Nosso amor vai sem cansaço
Pela noite e pelo dia,
Sem parar um só momento.
Nosso amor é fantasia,
Cabelos soltos ao vento...
Eu te quero, assim, inteira,
Sem temer felicidade.
Minha amada, companheira,
Luz de minha claridade,
Venha comigo, nesta dança
Que não canso de dançar
A dança desta esperança
Que não suporta esperar.
Quem espera sempre alcança
Mas é tanto, tanto amar,
Toda a vida assim se avança
Brilhando sol e luar,
Cavalgando a noite mansa
Brilho da lua no mar,
Nosso sonho de criança
Nesse nosso cirandar.
Gosto de pimenta e mel,
Lambuzando nossa vida,
Minha amada, seu corcel,
Te levando, assim, querida,
Nos jardins do bem querer,
Amada quer que descubra
A rosa que dá prazer,
Minha amada rosa rubra.
Teus espinhos vou colher,
De tanto amor que me cubra
Tanto sonho pra viver
Minha rosa, amada, rubra...
Publicado em: 06/02/2007 16:02:52


TANTO AMOR

Ando muito satisfeito
Com a vida que Deus deu
Tanto amor trago no peito,
Esse amor que é teu e meu.

Eu te levo aqui do lado,
Do meu peito coração,
Vivo sempre apaixonado,
Por você tenho paixão.

Minha vó já me dizia,
Amor é bicho matreiro,
Te namoro todo dia,
Todo mês, o ano inteiro...

De manhã adoço a boca
Com teus lábios puro mel,
Eu vou te deixar bem louca
Eu vou te levar pro céu.

De tardinha nessa rede,
É gostoso namorar,
Meu amor eu tenho sede,
No teu corpo vou matar.

Quando a noite se aproxima,
E me traz a bela lua,
Não foi pra fazer a rima,
Eu te quero toda nua!
Publicado em: 27/08/2007 20:06:00




Não vejo em meu caminho exatidão
Nem mesmo desejei ser tão perfeito
No passo que hoje dou; imprecisão,
O rio já desvia do seu leito.
Mas tendo tanto amor no coração,
Qualquer caminho é sempre mais bem feito.
Metamorfoses mostram liberdade
Eterna busca atrás da claridade...
Publicado em: 17/11/2007 18:56:47
Última alteração:24/10/2008 15:13:52



Um amor tão libertário
Nada teme, grandioso,
Vivendo com plenitude
Encanta, maravilhoso

Amor revolucionário
Ao se dar em recompensa
Espalha em nosso jardim
Uma fantasia imensa

Do meu peito temerário
Fecundando em poesia,
Este amor que ora se entranha
Tanta beleza irradia!

Nos canteiros da esperança
A colheita prometida
Recolhendo uma alegria
Razão de ser desta vida...
Publicado em: 24/04/2008 16:26:44
Última alteração:21/10/2008 13:25:58



TANTO AMOR

Esta moça é tão bonita,
Vive no mundo a cantar,
Se no amor ela acredita
Não me canso de te amar,
No teu vestido de chita,
Esparramei um luar,
Na tiara da ilusão,
Nosso amor constelação.

Onda azul já se espalhando
Pelos mares do sertão,
Meu amor vai inundando
Verdejando a plantação
Esperanças vão granando,
Frutifica a sensação
Do sertão virando mar
Tanto amor, quero te dar...
Publicado em: 29/08/2007 10:35:16
Última alteração:30/10/2008 14:51:40




Das paixões que cultivei
Eu plantei o meu jardim,
Quem faz do amor sua lei,
Vai cevando até o fim...
Publicado em: 28/08/2008 17:07:03
Última alteração:17/10/2008 14:25:06



Quisera ao menos um pouco de inspiração
Para falar do meu amor através de versos
Não caberia dentro da tua página
Ocuparia todo o imenso universo
Não teria que guardar tudo calada
Minha vida não seria um deserto

Falaria todas as lindas palavras
Que tenho guardadas no peito
Extravasaria todas as minhas ansiedades
Forjaria um encontro perfeito
Onde nossos corpos se encontrariam
Satisfazendo assim meus desejos

Falaria de beijos na boca
De língua e apaixonados
Falaria de abraços ousados
Apertados e caprichados
Falaria do calor do teu corpo
E do meu totalmente excitado




Pobre pássaro voando
Vagando de flor em flor
Todo o tempo procurando
Encontrar um doce amor,
Cutelinho não sabia
Da roseira mais formosa
Tanto amor ela escondia,
Em cada botão de rosa,
Farto mel que produzia,
Com beleza caprichosa,
Vai pousando agora em ti,
Encantado colibri...
Publicado em: 14/05/2008 20:58:10
Última alteração:21/10/2008 14:43:25


Tanto amor quando nos toca
Faz a festa do seu jeito,
Um castelo da maloca
Com carinho é sempre feito...
Publicado em: 01/09/2008 21:18:23
Última alteração:08/09/2008 05:01:24



EU AMO VOCÊ

Querida estou em brasa
Esperando por ti,
A gente não apaga
Amor que existe aqui.

Na chama que nos toma
Invade todo canto,
Bulindo devagar
Acendes com encanto.

Vem logo e não demore
Que a vida não espera
Eu quero ser a presa
Desta divina fera

Que prende-me com força
E crava suas garras,
Na noite que vieres
Verás que boas farras

Faremos noite e dia,
Por cima dos lençóis
Vencendo a madrugada
Trazendo novos sóis,

Em toda sensação
Profana, gozo intenso.
Menina como eu quero
Em ti somente eu penso...
Publicado em: 05/09/2008 16:55:31



No meu verso mais sincero
Eu preparei esperança
Tanto amor que sempre quero
Na alegria da criança
Neste sonho que venero,
Amor trazendo aliança
No mundo em que me tempero,
Sangrando viva lembrança
Deste amor, amor que gero,
Longa distância se alcança
Neste grito que libero,
Minha voz nunca se cansa...
Publicado em: 11/09/2008 18:49:38
Última alteração:17/10/2008 14:57:10



TANTO AMOR.. /

Tentei te abandonar - te esquecer
Aventurei-me por outros caminhos
Com outras procurei, então, prazer
Aqueles gozos eram como espinhos...

Difícil de esquecer um bem querer
Que é feito de loucuras e carinhos
Às vezes é preciso então sofrer
Pra valorar então antigos ninhos.

Depois de tanto orgulho e arrogância
Eu peço-te perdão minha Constância
Aceitas este pródigo de volta.

A vida demonstrando que a ganância;
Amores que carrego desde a infância
Não podem suportar. Eis a revolta...


GONÇALVES REIS
MVML
Publicado em: 16/08/2007 12:58:20
Última alteração:05/11/2008 15:44:48


Tanto amor, tanta mentira
Tanto amor, tanta mentira
Acabou-se o que era doce,
Bala da criança tira
Como se um bandido fosse
Publicado em: 16/01/2010 22:19:11
Última alteração:14/03/2010 20:35:54



TANTO AMOR..
És a luz que me alumia
Um candeeiro de esperança
Tanto amor, tanta alegria
Nos teus braços já se alcança
Quem sonhava em poesia
Percebendo a nova dança
Ao fazer-te esta seresta
Coração batendo em festa...
Publicado em: 04/11/2007 23:12:57
Última alteração:24/10/2008 15:02:



Subindo no terraço
Espaços do castelo
Que tanto amor embaço
Em tanto amor revelo
E quero o teu abraço...

Não finda o que seria
Sem ser o que não vinha
A noite traz o dia
Amor que não se tinha
Cantando em poesia...

Em tanto que te enleio
Não leio o que me dizes.
Amor deito em teu seio
Esqueço cicatrizes.
E perco meu receio...

Em torno desta mão
Desenho um velho sonho.
Traduzo o coração
No canto que proponho
E te peço perdão...

Amada é tão sublime
Suprir o nosso amor.
Esteira sei de vime,
Estradas e calor
Amor que muito estime...
Publicado em: 26/01/2007 22:06:33



TANTO AMOR...

Nós vamos pegar carona
Nesta estrela que ilumina
Toda nossa paisagem
Nesta noite toda clara.
Nessa rua tão deserta
Tanto amor já me desperta
Sem ninguém prá perturbar...
Tua boca molemente
No molejo dos quadris,
Nossa estrela de repente
Tanto amor, serei feliz...
A cabeça começando
Na tonteira mais gostosa
Toda a terra vai girando,
Serás sempre a minha rosa,
Na roda que tanto gira
Na rosa que está comigo.
Girando na roda a rosa,
Rodando sempre contigo
Minha rosa tão amada
Por certo despetalada
Despenteada, um perigo.
Dançando sem ter parada,
Dançando sem ter paragem.
Fazendo da madrugada
A nossa doce viagem
Procurando pela estrela
Que tanto amor já me deu.
Estrela da minha estrela
A tua estrela sou eu,
E tu és a minha estrela
Girando já se perdeu
O rumo e todos sentidos...
Nossos sonhos revividos
Nossos mundos bem vividos.
Estrela do nosso amor.
Boa estrela soberana.
Abrindo toda esperança
Trazendo na nossa dança
No girar do nosso amor.
O nosso melhor sabor...
Publicado em: 04/01/2007 15:04:16




Minha cabeça girando
Neste amor, onda do mar,
Tanto tempo te adorando
Não me canso de te amar.
Amo os olhos cristalinos
Amo as ilhas, meu naufrágio...
Meu amor nossos destinos,
Neste amor, me sinto frágil.
Quando vi, ao me dar conta,
Estavas aqui do lado,
A cabeça fica tonta.
Eu estou apaixonado!
Tanta paz que procurava
Neste amor, eu encontrei.
Minha dor não terminava,
Agora já me entreguei
Em teus braços sedutores,
Neste amor que já concebo,
Esquecendo minhas dores,
Tanto amor de ti recebo!
Publicado em: 13/02/2007 15:08:04



Doce lembrança passada
Com gosto de quero mais,
Venha ser a namorada
Que eu não esqueça jamais
Tanto amor que te queria,
Fazendo amor todo dia...

Moça traz a lua cheia
No teu peito encantador,
Nosso amor já se incendeia
Nessa cama sem pudor
Tanto amor que te queria
Nosso amor, nossa alegria...

Na tua alma que me encanta
Tanto canto por cantar
Toda manhã se levanta
Vontade de namorar
Tanto amor que te queria,
Vivendo essa fantasia...

Eu te quero do meu lado,
Toda noite, se quiser,
Eu estou apaixonado,
Venha ser minha mulher...
Tanto amor que te queria,
Fazendo uma estripulia.

Eu bem sei que tu me queres
Tanto quanto amor te tenho,
Toda noite se quiseres,
Te fazer carinho eu venho,
Tanto amor que te queria
Cantado na poesia!
Publicado em: 25/02/2007 22:45:05




No vício de delícias insensatas,
Cios maravilhosos, bem vividos.
Nos ócios desfrutados com prazer.
O viço deste amor em mil sentidos.
Te quero, não duvide, vem pra cá.
Sofreguidão, desejos e vontade
Se tocam se entornando, quero ter
Sincera sensação de eternidade
Nas labaredas todas; nossas danças.
As ancas, lanças, bocas são fornalhas;
E a vida vai passando deste jeito,
Deitando nosso amor; mares e praias
Numa alegria imensa de viver.
No gosto deste amor tão satisfeito,
Uma oração ao templo do prazer...
------------------------------------------------------


TANTO AMOR...

Recebo o não
Chafurdo o chão
Encontro o veio
A veia exposta
A mesma bosta
Que sempre fui.
Espelho opaco
Quis um Narciso
Depois do riso,
Voltando à tona
Pego carona
Na estrela guia
E vazo fora.
Vaso decora
Vaso arrebenta
Que sangraria!

Amor ao vento
Palavra eu tento
Se me arrebento
Problema meu.

Mas venha logo
Que no sufoco
O tempo é pouco
E o amor é tanto...
Publicado em: 16/08/2007 08:31:59



TANTO AMOR...

Delícia sensual que se destila
Da boca desta deusa que ensandece
Tomando em luzes claras a pupila
Eternamente em glória resplandece
Deixando a minha vida mais tranqüila
Felicidade imensa sempre tece
Derrama-se em nudez na minha cama
No fogaréu intenso brasa e chama...
Publicado em: 10/11/2007 16:36:02
Última alteração:24/10/2008 15:04:47



TANTO AMOR...

Fiz de palha e de sapê
Nossa casa mais bonita,
Tanto amor me deu prazer
Na beleza que palpita
Coração foi se perder
No teu laço, bela fita
Meu grande amor é você,
Meu ouro feito em pepita.
Tanta coisa pra dizer
Tu não queres que eu repita.
A sorte de conhecer
Para sempre Deus permita
Nosso amor meu bem querer.
Tanta fé que se acredita
Nos teus olhos o poder
Quando de noite vem e fita
O meu sonho de te ter
Mostra o peito que se agita
Publicado em: 30/11/2007 10:02:14
Última alteração:24/10/2008 15:18:49





A vida agradecendo
A quem tanto se deu
Decifra o que desejo
Amor todinho meu.
Vencendo os meus temores
Degredos de mim mesmo
Ensimesmado eu tento
Alvores e manhãs
No gosto das maçãs
As frutas temporãs
Permitem o deleito
Delito que cometo
Cometa em que viajo
Sou frágil, mas não canso
O templo que eu alcanço
Dizendo do remanso
Que tanto desejei.
Arcando com as dores
Espinhos valem flores
Amores são enigmas
Estigmas que eu carrego
Num vício precipícios
Delícias e delírios
Martírios e mortalhas
Carícias e batalhas
Senzalas libertárias...
Publicado em: 30/07/2008 20:38:39
Última alteração:19/10/2008 22:01:57



Toda ternura viva em nosso amor,
Nos faz ser como pássaros libertos,
Os olhos e os desejos vão abertos
Sugando nosso mar sem ter pudor.

O rapto dos teus sonhos pelos meus
Proporcionando a luz da primavera
Nas flóreas esperanças garra e fera
Impera esta vontade sem adeus.

Eu quero uma beleza que hipnotiza
Neste abandono imenso ao qual me entrego,
Amor que, jardineiro, eu sempre rego,
Com sopro e mansidão de calma brisa...

Publicado em: 10/03/2007 19:03:31
Última alteração:30/10/2008 16:49:04




Tanto bem que um beija flor
Expressou quando te viu,
Bem te vi, chegou amor
Raro encanto então surgiu...
Publicado em: 04/03/2008 22:03:26
Última alteração:22/10/2008 15:04:27


Tanto comprazia
Sorte com o vento
Quando o pensamento
Dita esta alegria
Noite em fantasia
Dia em desalento
Quando às vezes tento
Conceber o dia,
Mera circunstância
Farta discrepância
Gera o temporal,
Quem me dera escada
Ventos em lufada
Ausente degrau.
Publicado em: 23/05/2010 14:56:54



Tanto fogo em que me afogo
Nesse jogo eu quero mais,
Vem ligeiro venha logo
Em banquetes sensuais...
Publicado em: 03/03/2008 22:36:21
Última alteração:22/10/2008 14:29:52




Amei tantas coisas na vida...
Perdi a maior parte.
Agora levo o peso
Da ausência,
Da dolorida ausência
Do já tive,
Do toquei, provei, comi
E me fartei.
Ausência da presença em tatuagem
Marcando simplesmente o que já fui,
Jogado agora no baú
Cerzido, travado, lacrado,
Atado nas lembranças...
Tão bem guardado que pesa,
Tesa e impede o prosseguir.

As chaves?
Segredo?

Leda esperança...
Publicado em: 01/09/2007 16:35:51
Última alteração:30/10/2008 14:38:24




Se tu queres despedida,
Meu amor, não deixo não.
De minha vida a razão
Sem te ter, minha querida,
Tão vazia sensação,
A minha alma vai perdida,
Sem ter sequer o seu rumo,
Que farei da minha vida?

Meu destino é teu regaço,
Meu consolo é teu prazer,
Eu não sei como viver
Se não tenho teu abraço.
Teu amor. como perder?
É cortar meu próprio braço
É viver quase sem rumo.
Afrouxando um firme laço.

Não consigo nem pensar
Se não tenho teu carinho.
Meu coração pobrezinho
Desse jeito vai parar,
Como pode um passarinho
Sem um ninho pra aportar
Voando sem ter nem rumo.
Onde é que ele vai parar?

Não me deixe, por favor,
Eu te peço doce mel,
Vou contigo pelo céu,
De mãos dadas meu amor.
Vou deitar no teu dossel,
Te cobrir de tanta flor,
Sem teu calor perco rumo.
Não quero morrer de amor!





Tanto quero o teu querer
Que jamais me esquecerei
Vou vivendo por saber
Quanto enfim, eu desfrutei
Dos desejos e das sanhas
Que entre luas e montanhas
Tu legaste para mim.
Vou saber felicidade
Neste encanto cedo ou tarde,
Faz florir o meu jardim.
Ser deveras companheiro
De quem sempre amor eu quis
Sou eterno jardineiro,
Dos amores aprendiz.
Vou sentindo o teu perfume,
Minha rosa preferida,
Nos teus braços, por costume,
Passo em paz a minha vida!
Publicado em: 03/09/2008 21:16:52
Última alteração:08/09/2008 04:40:09



Pudesse o homem só saber o que é o amor
E lhe entregar o coração e a razão
Ainda haveria um poeta em cada ser

Taiguara



Tanto razão quanto emoção, amor,
Unidas pela sensibilidade,
Com força e com carinho, em tal vigor
Que nada se oporia, na verdade.

O cientista aberto à poesia,
Criando pelo amor sem vaidade,
Humanidade viva e sem ser fria
Vivendo a luz, em toda uma irmandade.

Em cada ser humano o doce gosto,
Da vida que se fez em amizade,
O coração sem medo sendo exposto,
A gente ia ter solidariedade.

Em todos uma vida mais completa,
Olhando para o mundo, qual poeta...
Publicado em: 08/04/2007 21:05:31
Última alteração:15/10/2008 17:25:28


As mãos tão delicadas
De quem se fez tão bela
A vida a ti se atrela
E sente tais lufadas
Em noites desvendadas
Aonde o tempo sela,
E tudo se revela,
Bandeiras desfraldadas,
Teu corpo já desnudo,
O amor vindo com tudo
Não deixa nada atrás,
Vontade de sentir
Teu corpo a se explodir
No gozo mais audaz.
Publicado em: 17/06/2010 12:43:37



Tão bom // Adorável


poder amar, // você
mesmo distante// presente
sinto teu cheiro...// em mim...

Marcos Loures // Mara Pupin

Publicado em: 26/03/2007 21:18:04
Última alteração:28/10/2008 05:49:29



Tão gostoso o teu carinho,
Nele a minha redenção
Vai florindo de mansinho
Minha flor inda em botão...
Publicado em: 01/03/2008 22:04:26
Última alteração:22/10/2008 13:35:10



TÃO SOMENTE LEMBRANÇAS

No claustro em que me encontro
Procuro de repente descobrir
Aquele que se foi e não voltou,
Retrato na parede, simplesmente.
Relembro do que fui, mas sem espelhos
Apenas uma imagem que se embaça
No tempo que ao passar, destrói memória;
Longínqua sensação: felicidade.
Guardada em naftalina na gaveta,
Talvez seja, quem sabe, uma miragem...
Publicado em: 09/09/2007 22:19:47
Última alteração:30/10/2008 14:36:15




Diz que fui por aí
Deixando os ais pra trás
Que a noite agora traz
A paz que eu procurava
Enquanto amor sangrava
Tomava uma sangria
No bar da poesia
Nos mares da ilusão.
Moinhos de ventos
Momentos sozinhos
Procuro caminho
Que traga o carinho
Matando os tormentos
Dizendo da boca
Que em tocaia espreito
Depois no meu leito...
Quem sabe?
Talvez...
Publicado em: 30/07/2008 16:16:13
Última alteração:19/10/2008 21:59:16





Do nada
O tudo
Do vento
Aragem
Do tempo
Momento
Ardume
Cardume
De sonhos
E fadas...
Atada
Aos anéis
Saturno
Alcançaste
Alçaste
Infinitos.
Perdida,
Encontraste
A parte
Que cabe
Da prata
E tesouro.
Nosso ancoradouro?
Publicado em: 31/07/2008 14:49:45
Última alteração:19/10/2008 22:05:28



TE AMAR...
Dês
Dês meu ninho em desalinho.
Dês meu linho que te aninho,
Dês meu solo, sou sozinho
Dês meu passo,
Passarinho...
Publicado em: 01/10/2008 16:44:17
Última alteração:02/10/2008 13:47:19



Quem me dera, meu amor, se não voltasse
A dor que sempre foi a companheira
Dileta e preferida, a vida inteira,
Esperando por quem de novo abrace
O velho solitário, coração.

Quem me dera , querida, os madrigais
Que sempre dediquei a quem amava.
Os olhos procurando sem jamais
Saber onde teus olhos se encontravam,
No velho e solitário coração.

Quem me dera, viver sempre contigo,
Às vésperas do tempo que perdi,
De tudo que na vida pressenti,
Não sei mais conceber sequer perigo
Ao velho e solitário coração.

Quem me dera receber duma esperança
O vento mais sublime que não tenho,
Beber talvez, quem sabe, de onde venho,
O vinho mais amargo da lembrança.
No velho e solitário coração.

Quem me dera saber por que fugiste
Das mãos que te afagaram, pensamento.
Deixando sem sequer saber que existe
Morrendo pouco a pouco, no tormento,
Um velho e solitário coração!
Publicado em: 17/09/2008 15:13:27


TE AMAR...DEMAIS
Roçando nos teus pelos,
Vasculho ponto a ponto
Até ficar bem tonto
Em santa embriaguez.
Abrindo tuas pernas,
Beijando as belas coxas,

Percebendo em gemido
Que o rumo estava certo.
Depois de certo tempo
Em lábios mais gozosos
Ao receber o gozo
Da festa prometida
A gente recomeça
Que a vida não tem pressa
E nada que é depressa
É feito em perfeição.
Passar o dia inteiro
E a noite que virá
Sem ter por que parar.
Desligue o telefone
Esconda o celular
Daqui estou partindo
No vento caprichoso
Que leva mais fogoso
Aonde te encontrar.
Somente abra a janela
Retire tua roupa
E deixe o vento entrar...
Publicado em: 02/04/2008 18:21:21




Meu corpo se acoplou na tua pele
Em gemelares sonhos somos um.
Depois de tantos medos, sou cativo.
Eu não te deixarei de modo algum.

Recebo o doce vento do desejo
Batendo no meu rosto, acalentando.
Amor que nos redime e me sustenta;
Encontra-me feliz, e levitando...
Publicado em: 09/04/2008 20:19:57
Última alteração:21/10/2008 18:19:59



Passando por colinas, morros, montes;
Por rios e cascatas, busco o mar,
Que traga tanta luz nos horizontes

Permita simplesmente eu já te amar
Bebendo da alegria, as doces fontes,
Deitando toda noite no luar...

A sorte se mostrando caprichosa,
Me trouxe ao teu recanto, claridade.
Amar é seduzir espinho e rosa,

Amar é conviver com a saudade,
Quem passa pela vida, presunçosa,
Jamais encontrará felicidade...

A noite aproximando, me encontrara
Meus braços sempre abertos, te esperando...
Amada, tu és jóia bela e rara,

Por isso seguirei assim cantando,
Te quero companheira, me és tão cara,
P’ra sempre em minha vida irei te amando!

Publicado em: 13/03/2007 19:32:32



TE AMAREI
No sotavento,
A proteção inválida
Tormenta à vista
Amor em derrocada
O brado inútil
O tempo à toa
O risco à tona
Átonas ilusões..
Lições
Senões.
Sermos sermões
Não serviriam
Viriam outros ventos.
E aí, adeus.

Do deus que negas
Esgares tantos
Fantasmas cantos
Canteiros. Aonde?
Semeio e bebo
Tempestades...
Publicado em: 26/08/2008 19:08:39
Última alteração:17/10/2008 17:08:39



Se tenho tanta saudade
Do tempo que não mais volta.
A noite por caridade,
Contendo minha revolta...
Meus olhos na claridade,
A felicidade solta...

Amiga, que bom que vejo
Bela lua companheira,
Reflete no meu desejo
Quando a vejo, assim, inteira,
Meu amor segue o cortejo
Desta dama verdadeira.

Perfumes desta saudade
Da rosa em meu coração,
Te peço, por caridade,
Devolva-me essa emoção.
Sem ela, sem claridade,
Viver é pura ilusão...

Depois desta noite vejo
O brilho do rei solar,
Dourando assim meu desejo
Desejo de te adorar,
Saudade fecha o cortejo,
Amiga, morrer, no mar...
Publicado em: 01/02/2007 16:01:36



TE ADORO! i

Alago-me do vinho que fizeste
Bebendo cada gota do rocio,
Seguindo cada passo que tu deste
Mergulho no oceano em que recrio
O mundo sem pecado dor ou peste
Distante do que fora mais sombrio
E beijo a tua boca, vinho farto,
Desejos que desnudas no meu quarto...
Publicado em: 10/11/2007 17:26:46
Última alteração:24/10/2008 15:04:54



Vem logo morena
Que a noite tem festa
A lua é tão plena
O sol nos empresta
A luz que se acena
Ter tudo o que resta,
Não quero mais cena,
Pois isto não presta,
Na boca pequena
Desejo se gesta
E assim vale a pena,
Amor refloresta
E quando envenena
Mergulho de testa...

Vem logo menina
Que a gente não cansa
De beber da mina
Que amor sempre alcança,
A dor se extermina
Restando esperança.
Amor quando mina,
Loucura se avança
Depois que alucina.
Paixão desatina
Ao corpo se lança
Desnudo a menina...
Começa esta dança
Que nunca termina,
Nem mesmo se amansa...





TE ADORO!
Vou ávido da vida
Que se esconde
Nos olhos de quem amo.
Espelho de infindável poesia...
Publicado em: 18/11/2008 19:20:01
Última alteração:06/03/2009 19:02:55



TE ADORO!
Correndo na manhã
Bebendo cada raio
Do sol que se anuncia
Num horizonte claro,
Desta aquarela faço,
Pintando traço a traço
O sonho da menina...

Nas cores deslumbrantes
Matizes não repetem.
O corte cicatriza
Ferida já se esquece...
O primeiro batom,
O beijo imaginário,
Vermelho carmesim...

Os olhos deste amor
Que não chegou ainda
No céu fazendo espelho
Refletem medo e mar,
Vontades tão azuis,
Sangue, olhos e sonhos...
Publicado em: 06/01/2009 17:21:06
Última alteração:06/03/2009 12:13:59



TE ADORO
Por amar Maria tanto
Sem Maria, então, me amar;
Amaria por encanto
Nesse mar vou me afogar
No mar que trouxe Maria
Que jamais enfrenta o mar
Mas que sempre me amaria
Se soubesse navegar
As ondas do amor maior
Que aprendi e sei de cor,
E que quero te ensinar.
Vem Maria pros meus braços,
Teus abraços, nossos laços,
Em ondas de amor gigantes,
Nos fazendo dois amantes
Que sabemos como amar.
Porém se não me quiseres,
Vou voltar para o teu mar
E no mar que amou Maria,
Matando minha alegria,
Entornando a fantasia,
Nunca mais vou navegar!



Publicado em: 29/04/2008 21:05:12
Última alteração:21/10/2008 18:30:14



Nos olhos de quem amo; uma clemência
Trazendo um lenitivo para a vida.
Vivendo neste amor felicidade,
A paz se demonstrando a cada dia,
Vencendo a tempestade com sorrisos,
Ascendo num segundo, ganho o céu.
Liberto, nos teus braços, sou feliz.
No amor que nos tomou, completamente....





Viajo nos meus sonhos, vou a ti,
Percorro teus caminhos, sigo os passos,
Morena; eu teus prazeres percebi
O gosto da alegria em teus espaços.
Sabendo quanto amor encontro aqui
Desenho em pensamento belos traços
E sigo cada rastro, t’as pegadas
Que espalhas sob a lua, nas calçadas...




Se em tanta hipocrisia
A vida nos transporta
Se nada mais seria
Se não fosse essa porta
Aberta do meu jeito
Rompendo um novo dia
Quem sabe satisfeito?

Na tênue borboleta
Que voa em liberdade
Amor que se completa
Em versos, na verdade,
Recebem dos meus braços
A refeição repleta
De beijos e de abraços...

Terei a solidão
Se fores pelo mar
Perdendo a solução
Soluço tanto amar.
Caminho sem destino
Vontade de voltar
Viver e ser menino...

Na noite tão incerta
De ventos e de frio
Na porta que entreaberta
Do coração vadio
Eu quero minha lua,
Vagando por um fio
Completamente nua...

Nos pinhais, arvoredos,
Nos sopros desta brisa
Guiando nossos medos,
Amor tanto se avisa
Se avista no horizonte
Nesta montanha lisa
No gozo desta fonte...

São horas mais felizes
São dias de esperança
Amores aprendizes
Dos tempos de criança
São veros e diversos
U’a perfeita aliança.
Dos nossos universos!
Publicado em: 27/03/2007 18:38:02




Menina
Na sina
De ser sonhador
Teu canto alucina
Palavra domina
Dizendo do amor
Que cedo nos guia
Formata alegria
E diz sintonia
Na plena harmonia
Que a cada compasso
Mergulha no espaço
E coleta galáxias...
Publicado em: 30/07/2008 19:38:28
Última alteração:19/10/2008 22:00:33



Eu quero a plenitude
Do amor que sei demais
Vivendo a fantasia
Encontro o belo cais
No porto de teus braços
Amada, num instante,
Na doce fantasia
De um sonho delirante
Tocar a tua pele,
Beber de tua boca
Amor já nos confere
Vontade de voar.
Vencendo a tempestade
Bonanças encontrar
E ter felicidade...





Uma estrela cadente...
Um desejo...
Adivinhas o meu?
Sente-me....
Com essa mão...
Desde o rosto...
Até ao meu segredo..
Mais profundo...

Percebo em cada toque, o teu segredo
Exposto nos suores e sorrisos.
Deixando para trás antigos medos,
Os lábios se procuram, mais precisos.
Adivinhando assim belos enredos,
Amor que nos tomou, não deu avisos
E veio arrebatando, num segundo,
Mudando para sempre o nosso mundo...

MARTA TEIXEIRA
MVML
Publicado em: 23/10/2007 15:24:04



Vicejas bela rosa em meu jardim,
Florindo o meu caminho em que perfumas,
Vertendo o teu amor dentro de mim,
Adentro um mar imenso, alvas espumas,
Bebendo deste lábio carmesim,
Manhã alvorecendo perde as brumas
E vejo o sol imenso a me tocar,
Nos braços da mulher que eu quero amar...




Persisto na alegria feita amor,
Embora tantas vezes este mote,
Parece que incomoda muita gente.
Qual cobra que prepara um frio bote.

Um cantador que em versos faz repentes,
Parece que não pode se eximir
De ter a sensação de ser feliz,
E nada neste mundo a impedir

Meu passo na procura da alegria
Que é feita sem disfarces nem cansaço,
Louvando o deus amor, quero que saibas
Que estou contigo, amada passo a passo,

Não temo nem sequer a tempestade
Nem mesmo as duras críticas, ingratas,
Adentro sem temor o que vier,
Penetro por distantes velhas matas,

Cantando em verso alegre, sem mistérios,
Sou mesmo repentista e trovador
Que em serenatas vibra de emoção
Ao poder desfilar o nosso amor.

Bebendo desta fonte inesgotável,
Da qual Camões um dia já bebeu,
Meu verso sem juízo não permite
Tristezas de – quem sabe – se perdeu..



A ceia predileta me ofereces
Num ritual profano e prazeroso,
Nas teias dos desejos quando teces
Prometes maravilha feita em gozo.

A deusa que se dá em louca orgia,
Retribuindo assim todo o carinho
Ao qual há tanto tempo merecia
Fartando-se de mel, garapa e vinho
Publicado em: 26/11/2008 14:06:32
Última alteração:06/03/2009 16:38:26


Ciranda deste amor
Que canto sem parar
Por onde quer que for
Carrego flor, luar;
Ciranda deste amor
De tanto quer amar...

Eu fiz o teu desenho
Nas ondas deste mar
Amor profundo, tenho,
De céus e de luar
Ciranda deste amor
De tanto quer amar...

Andando nesta casa
Procuro te encontrar
Amor tanto que abrasa
Não posso mais calar,
Ciranda deste amor
De tanto quer amar...

Eu fiz essa ciranda
Dos olhos do luar
O coração de banda
De tanto te adorar.
Ciranda deste amor
De tanto quer amar...

Não deixe um coração
Tão triste a te esperar.
Te busco na amplidão,
Nos céus, na lua e mar.
Ciranda deste amor
Que tanto vou te amar!
Publicado em: 28/01/2007 15:57:03



Que tal fugirmos
Desta espera
Que não deixa
Meu amor
Aqui chegar?
Visto o tempo
Jardas, metros
E tantos
Pensamentos
Que não param
De chegar.
Roda mundo
Minto sempre
Cabe todo
O sentimento
Na vontade
De passar
Ao teu lado
Um instante
Ser somente
O que não fui
Tampouco
Tu querias.
Mas omito
O sofrimento
Se não vais
Talvez pra que?
Poemas que te fiz
São cópias do que tive
E quero ter teu mar
Amar o mar
E nada mais sentir
A não ser o vento
Batendo
Na janela
Se for
Ela
Salvo a noite.
Se não for?
Prá que servem as asas?
Publicado em: 18/11/2008 12:43:53
Última alteração:06/03/2009 19:05:14



Com tantas aflições seguindo a vida,
Sem ter mais solução.
Trazendo uma saudade dolorida
Dentro do coração
Eu quero te falar da despedida
Que causou esta aflição.
Não quero mais minha alma tão perdida,
Nem quero uma ilusão.

Eu quero o gosto doce desta boca
De mel e de garapa,
Eu quero te sentir tão mansa e louca
Deste amor nada escapa,
Não quero mergulhar se a vida é pouca
No amor encontro o mapa.
Prazeres que me deixam a voz rouca

Portanto meu amor que bom que estás
Aqui no meu cantinho,
Agora sem te ter já perco a paz,
E perco meu caminho,
Amada como é bom amar demais,
Eu não sou mais sozinho,
Amor uma esperança nova traz.
Asas de um passarinho...
Publicado em: 18/02/2007 14:06:20
Última alteração:30/10/2008 16:35:39





Vulcão que em nosso amor, é a fiança
De toda esta explosão perfeita em glória,
Meu corpo tão sedento já se lança
Tocando o teu prazer, refaz a história,
E o gozo tão sublime que se alcança
Sem par, eternizado na memória.
Adentro em teus castelos, cavaleiro,
Guardando dentro em mim, aroma e cheiro.

Os dias/ solidão vão esquecidos,
Refaço a minha vida a cada aurora;
Vasculho teus caminhos e sentidos,
Bandeira do desejo é vencedora,
Ouvindo teus sussurros e gemidos,
Nunca te deixarei, não vou embora,
Uma alegria em fúria; muda a sorte,
Permite que eu não tema nem a morte!

FANTASIA SOBRE VERSOS DO CANTO I DOS LUSÍADAS.
Publicado em: 16/10/2007 22:06:29
Última alteração:30/10/2008 11:42:27


Condenado a te amar
Sem sequer esboçar
Qualquer defesa.
Aliás, não necessito
Nem quero justificativas;
Amor exposto
Fratura exposta.

Porém, nosso amor
Recôndito e complexo
Mineiramente oculto.
Sem faces e sem facas.
Disfarces ou barracos.
Apenas existe
E se colhe
Sem se encolher
Por si só.
E nada mais...
Publicado em: 16/08/2007 20:13:10
Última alteração:30/10/2008 15:55:30



Voltando para o ninho
Depois de tanto tempo,
Encontra o passarinho
Feliz sem contratempo,
A vida de mansinho
Prepara o passatempo,
Nas cordas da viola,
Distante da gaiola.


Saudades eu senti,
De ter aqui comigo,
No sonho que vivi,
Amor em teu abrigo,
Por isso estou aqui
E sempre estou contigo
Cantando esta alegria,
De amar-te todo dia...





Descendo pelo rio
Encontro o belo mar,
De pronto vou sentindo
Vontade de ficar

Depois destas cascatas
Das curvas corredeiras
Encontro nos teus braços
Emoções verdadeiras

A calma nos tomando
Transmitindo esta paz.
Amar-te a vida inteira
Querida, eu sou capaz.

Sem medo do futuro
Encaro a tempestade,
Pois sei que a calmaria
Que trazes, de verdade.

Não quero mais saber
Das secas que virão
O rio em que navego
Deságua na paixão...
Publicado em: 05/04/2008 22:47:09



TE AMAR

Você me espera, deusa soberana
Dos sonhos mais felizes e sinceros
Vencendo meus temores já lhe busco
Em meio aos sentimentos duros, feros.

Tremulam esperanças no meu peito
Amores, santos ritos, insensatos.
Sonhando com seus braços, ganho a noite
E mato a minha sede nos regatos

Que correm para os rios caudalosos
Invadem e mergulham neste mar
Aonde se arrebentam ondas tantas
Que formam meus desejos de lhe amar...
Publicado em: 25/09/2007 21:01:35
Última alteração:30/10/2008 13:46:58




Meu poema em liberdade
Alçando vôos,
Nada o contém.
Nem me contem
Da história
Que a memória
Transfigura.
Na figura deste amor
Romãs romanceadas
Nos seios, enseadas
E ilhas
Maravilhosamente entranhadas
Na mulher-arquipélago dos meus sonhos.

Eu te amo.
Nada além disto,
E simplesmente isso.
Amor/viço
Cobiço e tantas vezes não vem.

Meu poema
Tem por lema
Ser a gema
Não problema.
Ancorando
Ou acordando
Coração
Em acordes
Ressonâncias
Que procura
Quase nunca encontrará.

Venha para a roda
Vamos desfilar
Amor quando me açoda
Jamais terminará.
Rodando a noite inteira
Em versos, serenatas,
Decerto uma bandeira
Avança pelas matas
E deixa que a verdade
Aflore devagar,
Eu quero a liberdade
Ligeira de te amar...
Publicado em: 09/10/2007 20:20:09



Amor em emboscada
No bosque ou matagal
Incêndio florestal!





TE AMAR

Amar-te além de tudo, é ser feliz,
É ter uma certeza de alegria
Meu mundo, nos teus braços, eu refiz,
No amor que me ensandece, mas sacia.
Sou teu, somente teu e nada mais.
Apenas teu carinho, a paz me traz...
Publicado em: 26/12/2007 18:10:56
Última alteração:01/01/2008 12:26:09



Encontro no teu corpo o soberano
Prazer que tantas vezes procurara,
Vagando por estrelas, vou insano,
Bebendo desta fonte em água clara,
Não me deixo levar mais por engano,
Meu passo em tuas pernas já se ampara
E mostra ser possível a liberdade
Do amor que me ensinou tranqüilidade...
Publicado em: 05/01/2008 17:35:17
Última alteração:22/10/2008 19:34:5

Amar e ser feliz
Louvemos esta sorte
Que mostra quanto é bom
Ter o que sempre quis
Nas asas deste sonho
Um toque no teu corpo
O porto que preciso
Paraíso cearense
Amor logo convence
E faz a nossa festa
Abrindo simples fresta
O vento que chegar
Trará em tua cama
O toque tão macio
Dos lábios que te querem
Vencendo esta distância
Deitando-te despida
A mão mais decidida
Irá sem ter juízo
No toque mais preciso
Encontrando, decerto,
Rompendo a fortaleza
Descendo maus um pouco
Deixando em roçar louco
A pele arrepiada.
Assim sem ter limites
Verás quanto a desejo
E quanto quero ter
Teu corpo junto ao meu.


Publicado em: 02/04/2008 18:12:41




Os meus dedos digitando
Bem queriam percorrer
O teu corpo, eu não sei quando,
Poderei ter o prazer

De contigo namorar,
Obedeço ao teu aceno,
Bem queria te tocar,
Mas te falo, ele é pequeno

Não chega nem a um metro,
Tantas milhas nos separam,
Eu decerto perco o cetro,
Os teus versos desamparam...

Um caipira lá de Minas
Ao sonhar com a morena,
Procurando tocas, minas,
Mas ausência já me acena

Com vazio destas noites,
Que pensei tu fosses minha,
Bem sonhara com pernoites,
Muito embora nunca eu tinha.

Sou um pobre seresteiro
Um vadio trovador,
Que durante o tempo inteiro
Vive em sonhos, tanto amor...

Vou calar minha viola,
Que esta lua não virá,
A viola na sacola,
O que me resta? Guardar...
Publicado em: 08/04/2008 21:53:15




Um meteoro vaga em noite imensa,
Ateia fogaréus por onde passa.
Entrando no planeta em convulsão,
Fecunda o belo chão e não disfarça.

Desejando entranhar por terra adentro,
Provoca furiosa tempestade.
Em terremotos trava seus delírios
Fornalhas encantadas, saciedade.

Fluindo pela furna, incandescente,
A lava se esparrama fecundando.
Assim ao se espalhar já trama a vida,
Que aos poucos, sempre vai se renovando...
Publicado em: 06/04/2008 22:35:50
Última alteração:21/10/2008 19:57:02


Bailando em noite clara em regozijo
Palavras, sentimentos, risos, bocas,
Se um totem ao amor contigo erijo
Percebo que as manhãs quando deslocas
As bocas mais audazes, vagas, sendas.
Segredos que, tu sabes e desvendas
Em êxtase profana rumo certo.
O peito se sentindo descoberto
Desfaz-se da aridez, chove vontade.
E vibro nesta insânia que fascina,
Ao descobrir a fonte, a furna, a mina...
Publicado em: 09/04/2008 17:52:05
Última alteração:21/10/2008 18:19:24




Vestido
De esperança
Azulejando
A vida
Deixando
O nevoeiro
Para trás...
Publicado em: 11/06/2008 16:26:20
Última alteração:20/10/2008 21:13:10






Preamar
Inundação
Desígnios
Da paixão...
Signos
Sinas
Sismos
E sinais.
Somos
Somas
Mares
Sais...
Publicado em: 21/08/2008 20:14:51
Última alteração:19/10/2008 20:32:31




Exposto o peito
Feitos em pares
Gemelares almas
Luar e sol,
Ato contínuo
Contínuas peles.
Publicado em: 21/08/2008 22:31:19
Última alteração:17/10/2008 17:05:20



Coração batendo em festa
Quando encontra o que mais quis,
Na janela abrindo a fresta
Teu perfume, faz feliz...
Publicado em: 25/08/2008 20:43:36
Última alteração:17/10/2008 17:08:08



Eu quero essa rosa
Com todo o perfume
Sabendo se esfume
Pois sei vaidosa.
Vivendo suave
O mundo que trama
A rosa quando ama
Me nega essa nave...

Cismando procuro
Encontro os espinhos,
Buscando carinhos,
Talvez haja o muro
Que impede o jardim,
Pobre colibri
Que restando aqui
Morrendo por fim.

Espera que a flor
Assim tão medrosa
Prefira, orgulhosa,
Saber deste amor.
Não vejo outro tanto
Senão este passo
Que no descompasso
Carrega no pranto.

Vontade de ter
Da flor, esse aroma,
Que a tudo se assoma,
E pensa em morrer.
Morrer de saudade
Da flor que não volta
O peito revolta
Quer felicidade!
Publicado em: 18/11/2008 04:41:05



Quero-te totalmente! Eu quero ser teu fardo.
Eu sei que, na verdade, escondeste de mim
O que te deixou triste. Eu sei que mesmo assim,
O amor sempre tem sido imagem dura, um cardo.
Desculpe se não sou um vate nem um bardo,
O manto que te cobre espelha meu jardim,
A cor da bela rosa, o cheiro do jasmim.
Cupido me acertou, dos céus, o fino dardo.

Meu verso vai capenga, e quase desvalido,
Buscando teu abraço, um beijo, assim, partido.
Exuberante lua aguarda teu sorriso.
No cimo da montanha, o reflexo do sol,
A brisa, quase mansa, a cama, o meu lençol;
Só falta te encontrar pra ser o paraíso!

E sinto, num sinal, teu perfume querida.
Na praia sol e sal, um tempero da vida.
Vagando pelo astral, estrela colorida,
Pois ser teu, afinal, é a melhor saída...
Publicado em: 25/11/2008 15:02:22
Última alteração:06/03/2009 16:56:10


TE AMAR
Repouso nos teus braços
Desejos mais felizes
Decoro finos traços
Entrego-me aos matizes
No quanto em nossos laços
Amores tu me dizes,
Sentindo em teus regaços
A vida sem deslizes,
Olhares antes baços
Superam velhas crises
Colhendo gozo em maços,
Negando cicatrizes...
Publicado em: 28/11/2008 08:25:31
Última alteração:06/03/2009 16:31:38



TE AMAR
Tristeza de partir deixando o amor
Nas mãos desta saudade traiçoeira.
Os olhos embotados de poeira
No rumo da saudade, traidor.

Onde a dor se retrata mais tratante.
Destrata todo trato que tramamos
Momento em que por vezes nos amamos,
Ficando, nesta estrada, tão distante.

Os danos da saudade e da distância
Se podem destruir o sentimento,
Ao mesmo tempo trazem sofrimento
Que tento disfarçar com inconstância.

Fingindo que não quero quem eu amo
Esqueço que não posso te esquecer
Pois vivo meu viver em teu viver
E amo nosso amor, chama que chamo.

Pretendo que se fores, flores nego.
Beijando as flores belas do caminho,
Sabendo que se fores, o espinho
Em todas essas flores já carrego,

Mas medo de perder faz meu degredo
Na estrada que saudade me deixou.
Por isso meu amor eu tenho medo,
E não irei partir, aqui estou.
Publicado em: 07/12/2008 19:14:04



Na lâmina suave com que cortas e me entranhas
Nos versos gelados e frios que saem de mansinho
Com as penugens podadas, do coração.
Na lâmina breve com que sonhos se cortam
E se abortam faço minhas rimas sem nexo.
Queria apenas o descanso suave do colo
Que nunca viria, nem nunca virá.
Queria o mundo que jamais seria meu.
Imerso em detalhes.
Corsário, sem rumos.
Sem prumos ou primas.
Vacilo e não ando
Desando.
Meu andor é de barro
Meu mar é sem praia
Na areia me perco.
Depois desta ceia
Desato meu mundo
Que gira e não trama
Apenas sei lama
E nada me guia.
Mas amo meu mundo
Sem mar e sem lodo
Em mim mesmo afundo
O mundo que fio
E vou sem pavio
No frio da noite
Que como um açoite
Me diz: és feliz.
Tal credo me ilude
No medo que pude
Conter nos meus olhos
As lágrimas a mais.
E amo, te amo, nas ânsias da vida.
Que trará vida
No seio da morte.
Amor boa sorte
Que a minha perdi...
Publicado em: 09/12/2008 18:13:38


Eu canto este meu canto
A quem desejo tanto
Se encanta em meu cantar.
No canto que te canto
Se tanto encanto tem
Vontade de ficar
E de ser teu, meu bem...

Na lua do sertão
Deixei meu coração,
Batendo como o quê,
Te dei meu coração
Nos versos que te faço
Mas não vejo, cadê?
Fugiste do meu laço.

Morena do cerrado
Estou apaixonado
És todo este meu sol
No canto apaixonado
Que faço para ti,
Me sinto um girassol,
Meu rumo já perdi...
Publicado em: 10/12/2008 08:55:18
Última alteração:06/03/2009 15:41:18




Você me espera, deusa soberana
Dos sonhos mais felizes e sinceros
Vencendo meus temores já lhe busco
Em meio aos sentimentos duros, feros.

Tremulam esperanças no meu peito
Amores, santos ritos, insensatos.
Sonhando com seus braços, ganho a noite
E mato a minha sede nos regatos

Que correm para os rios caudalosos
Invadem e mergulham neste mar
Aonde se arrebentam ondas tantas
Que formam meus desejos de lhe amar...
Publicado em: 13/02/2009 21:27:47
Última alteração:06/03/2009 06:36:39


Viver...
Saber do gosto
Do agosto
Da vida.
No outono
Do tempo
Que não volta
Revolta
E revoa.
Vida boa
Seios fartos...

Atos, matos, marcas
Marés
E mares.

Ladainhas
Rainhas
E velhas cismas.

Climas e
Cataclismos.

Abismos preenchidos
Vencidos
Medos
E segredos...

Vamos logo
No jogo
Que rogo
Onde me apego
Te pego
E não nego
Afogo...
Publicado em: 15/05/2009 11:32:05



Os desejos
Afloram
Defloram
E florescem.
Seios e coxas,
Pernas abertas
Caminhos despertos
Paraísos decifrados...
Publicado em: 16/01/2010 11:01:19
Última alteração:14/03/2010 21:07:42


Desejo se tornou
O tudo que eu sonhara,
A vida bem mais clara
O tempo iluminou,
E nada mais restou
Da dor quando declara
A luz nesta seara
Aonde semeou
Amor sem mais perguntas
As almas andam juntas
Vivem felicidade,
No corpo junto ao meu,
Meu rumo se perdeu,
Feliz realidade...
Publicado em: 17/06/2010 12:45:41



Dança em contradança
Amansa o meu desejo
Acalma os meus anseios
Serena meu ardor.
Apascentando a vida
Amenizando a dor
Efeito dominó
Redemoinhos.
Moinhos de vento,
Brisas, calafrios,
Trilhos descobertos,
Laços que se dão.
Publicado em: 17/09/2008 17:56:11
Última alteração:17/10/2008 13:56:25


Prelúdios de manhãs em raros tons,
E sinto quantas vezes for preciso
O toque mais sutil e mais conciso
Da boca em rubros beijos e batons,
Os dias com certeza em claridade
A vida refazendo após a queda
E novo caminhar jamais se veda
Enquanto a paz imensa nos invade.
Presumo ver além de mero cais
Um mundo sem igual, sobejamente,
E quando este cenário se apresente
Querendo novamente e muito mais,
Olhando de soslaio vejo apenas
O amor quando deveras me envenenas.
Publicado em: 06/07/2010 12:20:34



Um sentimento atroz, feroz, injusto;
Tomando conta, leva ao sofrimento.
Sofrimento cruel, uma saudade.
E não perdoa nada.

Um brilho tão opaco fortalece;
Esquece quem sonhou felicidade.
Saudade traduzida solidão.
Devasta toda a casa.

E toda essa harmonia procurada
Se perde sem ter mapa nem tesouro.
Apenas a vontade de fugir
Para um mundo distante.

Tiranas emoções vão me tomando,
Envolto nestas nuvens de tristeza.
Apenas a vontade de fugir
Para um mundo distante...

Onde possa encontrar o teu carinho
Onde possa inventar uma esperança
Onde possa invadir felicidade
De amar-te plenamente!
Publicado em: 01/02/2007 10:31:36
Última alteração:30/10/2008 16:42:02



No teu fogo
Jogo logo
Sem ter lógica
Ou logística.
Orgástica fantasia
Que vicia e propicia
A delícia
Nas primícias
Malícias
Caricias
E seduzes.
Incendeias
As candeias
Os luzeiros.
Sem eira nem beira
Beirais do infinito
Granitos
Gritos
Ritos
Rios
Ria
Rima
Resma
Résteas
Resenhas
E tudo recomeça...
Publicado em: 14/08/2008 14:20:24
Última alteração:19/10/2008 20:11:41



Meus olhos são tomados pelo belo
Ao verem teus olhares minha amada,
Em campos que pretendo, disfarçada
Mostrando-me destino por quem velo.

Diviso com teus olhos envolventes
O siso vou perdendo num instante
Não quero dos amores ir distante
Apenas dos tristonhos e descrentes

Se tenho meu amor em doce esfera
Espero que me mostre bom futuro
Se vago pelos cantos, salto o muro
Enfrento finas garras desta fera.

Estranha solidão não posso crer
Que venha deste amor que já concebo
Os ventos dos olhares que recebo,
Em cego amor prossigo e vou viver!
Publicado em: 24/10/2008 17:10:02
Última alteração:02/11/2008 20:33:07



A vida nos maltrata tantas vezes
Espero pelo amor durante meses
Nem sempre a noite traz a companhia
Dos sonhos que me salvam, de alegria.
Mas sinto que esse amor que sempre quis
Aos poucos me tornando mais feliz,
Será, ao fim da vida todo o cais
Que sempre procurei sem ter jamais...
Por isso, pouco a pouco me envolvendo
Até que no final, irei sabendo
Que amei demais, por isso te agradeço
Tu és, tenha a certeza, mais que mereço.

Tu és a natureza plena em flor
Na primavera mansa que esperava
E sempre que, contigo, mais sonhava,
Mais forte revela-se o calor
Que toda a minha vida dominava,
Devagarinho via que te amava
Na glória do divino, santo, amor...

Tu és a correnteza, me carrega
Aos mares dos prazeres mais sutis,
És mais do que esperava, mais que quis,
Amor que tanto tenho, já se apega
Aos olhos que desejo e peço bis
Em teu amor, decerto sou feliz,
Um peito apaixonado nunca nega.

Tu és felicidade que encontrei
No fim desta jornada do viver,
Não posso nem consigo te esquecer
Em todo teu prazer eu estarei,
Em todos os caminhos, podes crer,
De tanto amor que tenho, me perder,
Nos braços desse amor, eu morrerei!
Publicado em: 27/10/2008 18:56:43



Nesta ânsia de viver, por vezes penso
Como é difícil perceber o sonho.
O mundo me promete ser imenso,

O que me resta é meu olhar, medonho!
Embalde tantas vezes me pergunto
Onde estará essa mulher vibrante?

Depressa, no silêncio, mudo assunto
Encontro seu fantasma, delirante!
O sonho que procuro, se esvaiu...

Mundo... Em tolos fantasmas me desfaço...
A força que pressinto traz ardil,
Em plena tempestade não disfarço...

Mendigo alguns olhares, vida nega...
Procuro pelos cantos, nada encontro.
O brilho do passado inda me cega,

A vida traz em si, um desencontro...
Quem dera transformasse dor em ouro.
O medo não seria companheiro,

O aço penetrando fundo, o couro.
Vasculho por espaços, mundo inteiro...
O beijo que recebo, solidão!

As vagas que navego, meu naufrágio.
Embalde procurei, peço perdão.
A morte de repente, meu adágio.

Vencidas as quimeras, vou sozinho...
O pranto não decorre da saudade.
Revôo deste pobre passarinho

Por sobre toda a paz desta cidade.
Ser feliz parecia meu direito.
Pesados olhos, canso-me da luta.

Revejo quanto tempo em desrespeito
Vivi, ao me guiar por força bruta.
Deram-me tão somente sensações

Da vida tão inútil sempre a esmo..
Meu canto enfim se forma sem ter paz.
Motivo desta angústia, sempre o mesmo.

A coragem de viver, não tenho mais...
O manto que me cobre, soledade...
O frio que me dobra, sem promessas.

Um vento em tempestade já me invade
Virando minhas luzes às avessas.
Em plena negritude, um pesadelo...

Imensos fogaréus rolam espaços,
O mundo se desfia qual novelo,
Diabólicos miasmas abrem braços

Abarcam os meus pés e não os soltam;
A noite esmigalhando, me sufoca.
Os mares, em procelas, se revoltam.

Fantástica pantera sai da toca,
Os olhos do passado me mirando.
O beijo das quimeras, louca prenda.

O universo vomita, procurando
Meu caminho, meu passo e minha senda.
Desesperado, nada me sustenta.

Em fogo me enveredo por caminhos
Distantes...A minha alma, louca, tenta
Encontrar noutras terras novos ninhos...

A vida se demonstra vã, embalde...
Os furacões, tufões, a tempestade.
Viver me parecendo ser a fraude

Divina, um louco blefe, falsidade.
Vejo-me sem ter porto nem saída,
O cais se revelando tão distante.

A morte se mostrando, sorridente;
A ponta enegrecida da navalha,
O frio revelando-se, envolvente...

Minha pele, poreja e se retalha.
Nos poros destilando podre sangue,
Acaba-se,em delírios a esperança...

Entretanto, do pobre e néscio mangue,
Um ser maravilhoso já me alcança.
Nos olhos redenção de primavera.

Nos lábios, o desejo descoberto,
A mansidão distante nega a fera
Que morre em coração, puro e aberto.

Vejo-te, minha luz e salvação.
Surgida no momento mais mordaz...
Nos olhos, a promessa do perdão,

Sorriso delicado de quem ama.
Risonho, meu caminho, pede paz,
Apagas, num segundo a negra chama..
Publicado em: 24/04/2008 19:42:52




Doce dança que alcança esperança
Em festas, frestas fendas e prazeres.
Quereres entre seres que se buscam,
Ofuscam os brilhares mais intensos.
E, densos, dentes bocas e promessas,
Festanças que fazemos noite afora.
Agora vamos nessa que não basta
Apenas reboliços sem desfrute.
Abutres invejosos podem vir
Que nada vai calar nem impedir
O gozo de quem ama, e não tem nojo
Do cheiro do suor de quem se adora...
Publicado em: 14/05/2008 13:20:13



TE AMAR, SIMPLESMENTE

Em plena tempestade,
O amor talvez permita
Que as cores mais
Diversas
Estampem maravilhas
Em nossos caminhos...
Publicado em: 23/05/2008 13:24:33
Última alteração:21/10/2008 06:40:30




Mares distantes
Ventos constantes
Cais delirantes
Portos seguros
Navegar é preciso
O siso se perde
Seguir sem alarde
Atento o meu peito
Procelas distintas
As tintas pincelas
Formando aquarelas
Revelas em velas
Selando no encanto
Do verso o convés
Deste navio
Que crio
E que crias.
Amar e morrer
Amarras romper
Irrompe a vontade
Sacia o desejo
E o vento transporta
Correntes marinhas.
Açudes, açores
As cores diversas
Trazendo este sal
No sol tropical
O espaço sonego
Renego a lonjura
No quanto a ternura
Adoça um esgoto
Clareia esta treva
Que neva e que queima,
Resiste ao verão?
Publicado em: 31/07/2008 14:41:27



Nos aços dos meus olhos
Antigos cosmonautas
Distante dos abrolhos,
Das noites mais incautas
Em refeições divinas,
Em mesas ricas, lautas.
Percebo o teu perfume,
Escrevendo outras pautas
Preciso de teu lume,
Do amor que sei que brotas,
Nos ramos dos desejos,
Além de tantas cotas,
Tocando-te em mil beijos,
Em noites tão febris,
Anseios e carinhos,
Fazendo-me feliz...
Publicado em: 24/09/2008 14:46:51
Última alteração:02/10/2008 17:56:24



Respirar tuas vontades
Arder em tua chama
Mergulhos
Naufrágios...
Redenção!
Publicado em: 12/06/2008 15:51:39
Última alteração:20/10/2008 21:




Amar, um sentimento que nos doma,
Num coma entorpecendo, mavioso,
Tomando tuas mãos, ao paraíso
Chegamos um segundo sem ter asas.
Voando por espaços siderais
Bem mais que simples gozo, vida plena
Acena um novo tempo, a cada verso,
Universo de teu corpo me convida
À vida que eu sonhara e mais queria,
Invade nossos sonhos, poesia.
Publicado em: 26/04/2008 15:53:57
Última alteração:21/10/2008 13:34:53



TE AMAR, TE AMAR.../


Solto o corpo...
Solto a alma...
Sorrio-te...
Completas-me, preenches-me...
Mesmo em silêncio...
O que eu quero...
O que tu queres...
Afagam-se...
Tocam-se...
Em beijos audazes e com alma..............


No silêncio das horas
Lábios se procuram
Torturas entre desejos
Carinhos prazeres.
Olhando teus olhos
Reflexos de mim mesmo,
Mergulho em insana inundação.
Invado tuas defesas
As presas e as garras
Estradas a serem concebidas
Conhecidas e penetradas.
Nas almas em conjunção
Os corpos se entranhando
Dando vazão ao inesgotável.

MARTA TEIXEIRA
MARCOS LOURES
Publicado em: 25/11/2007 14:09:30


TE AMAR, TE AMAR...

Chegando mansamente como a brisa
Que roça nossa pele, devagar.
Perfume que me toma cedo avisa
De uma paixão, delícia a transbordar.
Meu corpo se matiza nos teus beijos,
Afloram neste instante, mil desejos...

Carícias e loucuras, belos temas
Que trazem nessa noite, em poesia.
Vontades delicadas e supremas,
Levam-nos, sem limite às alegrias
Que nos fazem, querida, dependentes
Das chamas que nos tomam, tão ardentes...
Publicado em: 21/12/2007 20:32:05
Última alteração:22/10/2008 21:03:09


Amor que a gente tece
Em formato de prece
Jamais ele padece
Aplaca uma tristeza
No canto delicia
A vida que surgia
Imersa em alegria
Raiando uma beleza

Encontro em minha lida
A sorte nesta vida
Desta paixão sentida
Um dia a recompor
Caminho que perdera
Galgando a primavera
Aplaco a dura fera
Que arranha nosso amor.

Vivendo sem amarra
Com força e total garra
Prazer então se agarra
Com todo o bem desejo,
Eu quero, minha amada
Amar na madrugada
Com a alma que enlevada
Procura dar um beijo

No coração tão belo
No amor que te revelo,
Sonho/corcel selo
E vou ao paraíso.
Galope a beira mar,
Cantando sem parar
Delícia de te amar,
Sem medo e sem juízo...
------------------------------------------------


Sem fuga
Vou zen
Te quero
Meu bem...

Arcando com meus erros
Berros boca, seios, gozo
O rio da esperança
É sempre caudaloso...
Publicado em: 05/03/2008 16:56:25
Última alteração:22/10/2008 15:19:43



Eu quero o teu cheiro
Teu gosto e teu riso
Amor verdadeiro
Traz o paraíso
Vencendo o teu medo
Decerto terei
O doce segredo
Que tanto esperei
Vem logo querida
Que a noite é só nossa.
E assim decidida,
A vida se adoça...
Publicado em: 06/03/2008 21:38:10
Última alteração:22/10/2008 15:27:47


Meu amor, a culpa é minha
Se tem culpa o bem querer,
Minha sorte já se aninha
No teu colo, podes crer
Conhecendo o teu carinho
Já não vivo mais sozinho...
Publicado em: 15/03/2008 22:05:01
Última alteração:22/10/2008 14:38:59



Quem teve um grande amor em seu passado
Merece ser feliz, por certo um dia.
Um céu que se fez iluminado
Recebe novamente a fantasia,
Bastando se deixar incorporado
Na maciez da doce poesia.
Se recompõe a vida num instante
Rendendo à força imensa e tão brilhante.

Vacas profanas velhas derrotadas
Mesmo na juventude vociferam
Vivendo tolamente amarguradas,
Da vida, com certeza, nada esperam.
Repare nesta lua nas calçadas
Perceba como os raios proliferam.
Abrindo um coração deveras duro,
O mundo qual luar, jamais escuro...






Não ver temeridade neste encontro
Que faz de nossa vida uma alegria,
Cantar o tempo inteiro, ao teu dispor,
Um coração tão pleno de carinho,
Vivendo nos teus braços, sonhador.
Nesta emoção que sinto todo dia.

Meus olhos te buscando sonho e glória,
Eu tanto te desejo, minha amada...
Então venha comigo aonde eu for.
No canto mais difuso, em liberdade,
Fazendo da ternura o nosso ninho,
Criticar-nos quem pode? Sim, quem há de?
Vibrando nosso canto em esplendor!
Publicado em: 03/09/2007 20:22:14
Última alteração:30/10/2008 15:45:12


Quem teve um grande amor em seu passado
Merece ser feliz, por certo um dia.
Um céu que se fez iluminado
Recebe novamente a fantasia,
Bastando se deixar incorporado
Na maciez da doce poesia.
Se recompõe a vida num instante
Rendendo à força imensa e tão brilhante.

Vacas profanas velhas derrotadas
Mesmo na juventude vociferam
Vivendo tolamente amarguradas,
Da vida, com certeza, nada esperam.
Repare nesta lua nas calçadas
Perceba como os raios proliferam.
Abrindo um coração deveras duro,
O mundo qual luar, jamais escuro...





Cabem tantos pesadelos,
Nos sonhos da minha amada,
Quem dera pudesse vê-los
Não sonharia mais nada...

A viola ponteada,
No canto do boiadeiro,
Viajando, corta estrada,
Nesse sertão brasileiro...

Rosa vermelha seduz,
A branca acalma o sentido,
O meu amor já reluz,
Sem ele, sigo perdido...

Trovas faço sem parar,
Meus versos trago n’ alforje,
Quero montar, no luar,
No cavalo de São Jorge...

Mariana passa leve,
Leve Maria pro mar,
Maria, a vida tão breve,
Mais breve, quero casar...

Temporal tem tempestade,
Raio, corisco e clarão,
O amor tem tempestade,
Faz tremenda confusão...

Quero beijar sua boca,
Mas você não quer mais não,
Minha amada ficou louca,
Maltratou meu coração...

Trago a tesoura do tempo,
Para cortar a paixão,
Não posso ter contratempo,
Vou cortando de raspão...

No meio da capoeira,
Caipora se escondeu,
Meu amor, na vida inteira,
Caipora já fui eu!

Me disseram, que maldade,
Que não posso mais amar,
Me negaram claridade,
Se esqueceram do luar...

Espada corta fundo,
Machucando de mansinho,
Tanta espada nesse mundo,
Mas me inundo de carinho...
Publicado em: 16/09/2008 21:15:33



TE AMAR..
Tua beleza desnuda
Sob os raios desta lua.
Meu amor também flutua
E pede, aos céus uma ajuda,
Para que possa sonhar
Na delícia do luar...

O luar que te ilumina.
Testemunha o sofrimento
Que traduz o sentimento
Mavioso que domina...
Tanto amor que me fascino
Neste luar cristalino...

Amiga pr’a que tortura?
Amor tarda mas já vem...
E nos braços do teu bem
Num delírio de ternura,
A noite clareia a tez
Alvejando esta nudez...
Publicado em: 30/04/2008 12:30:15
Última alteração:21/10/2008 14:28:3


TE AMAR..
Contigo eu estarei
Da forma mais sincera
Amor que tanto eu quis
Em fogo e primavera
Gerando uma aliança
Da qual sempre se espera
Momento inesquecível
Que vem e logo volta
Nossa imaginação
Querida, andando solta
Nos leva ao infinito
Na faina de saber
Aonde exista o rito
Num grito de prazer
Que arrasta nossos olhos
E toca meus sentidos,
Vasculho no teu corpo
Ouvindo os teus gemidos
Aonde encontre o porto,
Que em passos decididos
Mergulho a noite inteira
Sem tréguas... Nunca olvido...
Publicado em: 15/05/2008 14:14:10
Última alteração:21/10/2008 18:31



Te amar não é
Somente ter
O que se quer
Além-prazer
Viver o sonho
Beber a sorte
Aonde eu ponho
Meu céu, meu norte.

Beijar teu riso,
Sentir teu cheiro
Sem dar aviso
Ser teu, inteiro.

Fazer da lua
A luz que espelhas
Imagem nua
Raras centelhas

Saber que a vida
É feita em luz,
A uma saída
Ela conduz

Sentir bem mais
Que tanto eu quis
Um porto, um cais
É ser feliz!
Publicado em: 22/09/2008 12:18:26
Última alteração:02/10/2008 19:47:49



Os somos
Nada mais
Que tombos,
Cachoeiras
Riscos
E farturas.
Planuras,
Cordilheiras,
Mares
E montanhas.
Sanhas,
Serenatas...

Sou o que tentara
Sou quem te buscara
Nas fontes e cascatas.
Pratas e luares.
Antares e bromélias.
Folhas e fornalhas,
Paixão e rebeldia.

Vértice
Vórtice
Cálice
E colméia.

Méis derramados
Bocas e dentes.
Óleos e olhares.

Amor,
Simplesmente
Amor...
Publicado em: 24/09/2008 06:54:37


Tempero nosso amor.
Aço, fogo, brilho e faca.
Roupas
Bocas
Rotas
Restos...

Livros,
Fronhas
Gozos
Leves
Nós....

Versos
E reversos
Diversos
Movimentos
Lentos
Rápidos
Noites
E tocas.

Tocaias.
Saias
Blusas,
Confusas
Pernas
Coxas...

Lençóis
Rios
Rias
E vertentes
Tentes ver
Sentes
Dentes
E línguas.

Lua mínguas
Em suas fráguas
Águas
Algas
E gozos....
Publicado em: 25/09/2008 20:26:12



Sente o meu doce cheiro...
Descreve-o....
A sensação...
O desejo....
Frescura, leveza, irreal...
Fala do meu doce cheiro...
Do seu sabor no teu corpo...

Sentindo o teu perfume junto a mim
Eu tenho a sensação do jardineiro
Que cuida com carinho do jasmim,
E da rosa mais bela em seu canteiro.
Teu amor inebria, amor sem fim,
Pra sempre vou levar o doce cheiro
Do corpo mais gostoso que provei,
Da rosa que em amores, cultivei...

MARTA TEIXEIRA
MVML
Publicado em: 25/10/2007 14:42:22
Última alteração:03/11/2008 19:35:05



Ao ver-te bela assim,
Amor dentro de mim
Tomando-me de assalto
- Andara tão incauto-
Sem tempo de pensar,
Depressa eu me entreguei
E quando mergulhei
Na areia movediça,
Recomeçou a liça...

O fogo que me abate
Convida pro combate
Na cama e na batalha
Cortando qual navalha
O dente que me morde.
A língua da menina
Vencendo, me domina
E traz uma certeza
De amor e sobremesa


Porém mulher sedenta
Com muito não contenta
Por mais que enfim pareça
Que nada me obedeça
Depois de fazer muito.
Querendo novamente,
Não há quem isso agüente
Querer uma outra vez
Parece insensatez.
Publicado em: 26/06/2008 19:07:00



Descendo pela mata um manso rio,
Correndo calmamente para o mar,
Assim meu coração antes vazio,

Não tinha experiência e quis amar...
Amor é sentimento mais vadio,
Não deixa-se deveras controlar.

Meus versos procurando por teu nome,
Em rimas absolutas e sem nexo,
O fogo da paixão quando consome,

Tornando o coração algo complexo,
De amar demais por certo, tenho fome,
Amor não é somente cama e sexo.

Ao ver o sentimento despertado,
Tomando todo o sangue em minhas veias,
Sabendo o quanto estou apaixonado,

Nas noites; bela lua em branca areia,
Meu canto se tornando extasiado,
Na praia quer a cândida sereia..

Publicado em: 13/03/2007 20:55:29




Minha Musa será sem par canela
Co'um felpudo coninho abraseado:

Bocage

No cone da Musa
Debaixo da blusa
Amor que se abusa
De ser mais contente
Trazendo pra gente
Um sol firme e quente
Que alague esparrame
Em ramas e galhos
O corpo em frangalhos
A musa é voraz.

E quer sempre mais
Do jeito que der,
Se mais se fizer
Não cansa jamais.

Em ninfomania
De noite ou de dia
Tanto te queria
Um fauno te alcança
E dança esta dança
Em pernas abertas
Em bocas alertas
Carícias despertas
E fazes de mim,
O que tu bem queres,
Porém se preferes
Invés deste gim
Eu bebo teu rum,
Com sede medonha
Tu babas na fronha
Sem pudor nenhum...

Ó Musa que sei
Terás e terei
O que mais precisa
Em louca divisa
A noite arremete
E assim se promete
O cone da Musa...
Publicado em: 21/08/2007 20:06:19



Meus olhos pelos teus já perguntavam
Enquanto estrelas belas conviviam
Com sonho que decerto te buscavam,
E tantas fantasias permitiam
Trazer os teus caminhos que douravam
Os passos onde os meus sempre seguiam
Olhar, razão de ser assim contente,
Vibrando o coração, tomando a gente...
Publicado em: 18/10/2007 18:19:21
Última alteração:26/10/2008 19:38:09


PARA QUE A NOITE TRAGA AOS TEUS SONHOS,
A DELÍCIA DE SABER-TE BELA E SERENA.
QUE, NO TEU COLO, A CRIANÇA DESCANSE
A MACIEZ DE TEUS CABELOS,
A DOÇURA DE TEUS LÁBIOS.
PARA QUE SAIBAS QUE O AMOR TE FAZ BELA.
QUE O BRILHO DAS ESTRELAS ROMPE A AURORA
E TRAZ A SENSIBILIDADE MARAVILHOSA
DO PODER ESTAR E SER, DO QUERER E TRANSGREDIR.
DO NUNCA MAIS ESTAR E SER SÓ.
PARA QUE SINTAS O VENTO ROÇANDO TEU ROSTO
EXPOSTO AO CALOR DAS CARÍCIAS,
DAS DELÍCIAS DE SABER-TE MINHA;
E, POR FIM, PARA QUE TENHAS UMA BELA NOITE
E UM MELHOR AMANHECER.
TE QUERO





Meu amor aqui tão só,
Espero por teu carinho;
Canta triste curió,
Tenta fazer o seu ninho...

No cantar duma graúna,
Encontrei meu bem querer;
É forte como braúna,
O meu amor é você!

Na viola canto primas,
Minhas primas, vou cantar;
Vou brincando com as rimas,
‘Té o tio reclamar!

Sei o gosto da tristeza,
Agostos quase setembro;
Maria foi a beleza,
Que eu encontrei em dezembro...

As marcas do meu passado,
Ficaram no que vivi;
Meu amor foi encontrado,
Jogado no CTI...

Amor que me traz saudade;
Isso digo, e ponho fé,
Doce coceira que arde,
Parece bicho de pé...

Vi meu barco na calçada,
O meu carro foi pro mar;
A minha mulher amada,
Vive escondida ao luar...

O que quero sei de cor,
Mas não sei se isso é verdade;
A catinga da Loló,
Apaixonou o compade...

Aninha, quando menina,
Andava sempre fagueira;
Tentava dobrar esquina,
Banho de sol? Na fogueira...

Belinha é muito bacana,
Todo mundo sempre diz;
Eta garota sacana!
Mas bem sabe ser feliz...

Não sou mais que cercania,
Quem me dera ser divisa;
Não consigo ver o dia,
Quero sentir doce brisa...

Poemas. não sei fazer,
De rimas não sei falar;
Meu amor, cadê você?
A procuro no luar...

A lua que brilha aqui,
Não é a mesma de lá;
Pois na terra onde nasci,
Rouba luz do teu olhar...

Quando nasceste, Ritinha,
Toda terra festejou;
Relampeou, de noitinha,
Até Deus comemorou!

Meu amor não tem segredo,
Nem precisa de recado;
Com você perco meu medo,
Coração descompassado...

Cabem tantos pesadelos,
Nos sonhos da minha amada,
Quem dera pudesse vê-los
Não sonharia mais nada...

A viola ponteada,
No canto do boiadeiro,
Viajando, corta estrada,
Nesse sertão brasileiro...

Rosa vermelha seduz,
A branca acalma o sentido,
O meu amor já reluz,
Sem ele, sigo perdido...

Trovas faço sem parar,
Meus versos trago n’ alforje,
Quero montar, no luar,
No cavalo de São Jorge...

Mariana passa leve,
Leve Maria pro mar,
Maria, a vida tão breve,
Mais breve, quero casar...

Temporal tem tempestade,
Raio, corisco e clarão,
O amor tem tempestade,
Faz tremenda confusão...

Quero beijar sua boca,
Mas você não quer mais não,
Minha amada ficou louca,
Maltratou meu coração...

Trago a tesoura do tempo,
Para cortar a paixão,
Não posso ter contratempo,
Vou cortando de raspão...

No meio da capoeira,
Caipora se escondeu,
Meu amor, na vida inteira,
Caipora já fui eu!

Me disseram, que maldade,
Que não posso mais amar,
Me negaram claridade,
Se esqueceram do luar...

Espada corta fundo,
Machucando de mansinho,
Tanta espada nesse mundo,
Mas me inundo de carinho...





Publicado em: 29/12/2007 10:03:32



Meus olhos encontrando um manso cais
No corpo desta sílfide perfeita,
Ardendo de vontades de te ter,
Querência divinal em que se deita
O gozo feito em festa, plenitude
Bebendo da delícia do licor
Um bálsamo sublime que derramas
Nas horas mais gostosas – nosso amor.
A vida que insalubre eu conhecera,
Nestas andanças loucas, sem ninguém,
Amansas o meu peito, em primavera
Na glória do amor pleno, sempre vem.
Publicado em: 01/04/2008 20:32:35



Tendo amor por companhia
Encontrei a rara estrela
Na mulher que já me guia
No meu barco, aberta a vela,
Enfrentando todo dia
A dureza da procela,
O meu canto em poesia
Alegria já revela
Ao falar de quem eu amo
Toda noite em sonho chamo
E não canso de cantar
Vem comigo namorar
Publicado em: 03/04/2008 12:50:03
Última alteração:21/10/2008 16:56:09



Nossos corpos
Suados
Lençóis
Revirados
Procuras
Insanas
Orgástica
Senda
Que
A noite
Desvenda
Em loucuras
Totais.
Publicado em: 15/04/2008 22:24:50
Última alteração:21/10/2008 18:24:44


Nesta floresta densa dos desejos
Exploro com cuidado de mil beijos
Todas as cercanias e picadas,

Entrando nesta mata sem ter mapa
À vista experiente nada escapa
Nem árvores frondosos já tombadas.

Nessa alameda insana de um amor,
Quem dera se eu pudesse, predador,
Não deixar nem marcas pelo chão,

Esconder as pegadas, abrir trilhas,
Descobrir as cascatas, maravilhas,
Envolvido nas marcas da paixão.

E depois deste muito caminhar,
O tesouro na mina procurar
Encontrando esmeraldas e rubis,

Bandeirante ditoso na clareira
Sabe que esta riqueza é mais certeira
E se esbalda num sonho tão feliz...
Publicado em: 28/05/2008 11:45:22
Última alteração:21/10/2008 12:37:19





Mergulho o meu olhar nos belos olhos
Aonde o sol bebendo a claridade
Estende sobre a Terra um novo dia.
Até que seja feita esta vontade
De ser de além do mar, em fantasia
O sonho da mais pura liberdade
Que o teu olhar sublime me irradia
Trazendo enfim real felicidade
A quem por toda a vida, te queria...

Publicado em: 24/04/2008 17:56:10
Última alteração:21/10/2008 13:27:27



TE AMO, TANTO, TANTO

Meu verso te buscando sem descanso
Estrela que raiou em noite imensa.
Se às vezes mais distante não te canso,
Minha alma sempre em ti, querida; pensa.
Vivendo neste amor um bom remanso
Esqueço qualquer dor, tristeza, ofensa
E faço deste sonho um bom motivo
Que mostre quem eu amo e por quem vivo...
Publicado em: 11/02/2009 11:45:54
Última alteração:06/03/2009 06:48:50


Na dança dos desejos, noite afora
Festança que se faz em harmonia.
Eu quero desfrutar de tudo agora,
Rompendo a madrugada em alegria.
Vencendo o temporal que cai lá fora
O fogo devorando qual queria
Encontro nos teus braços, o meu leme,
Minha alma do teu lado, nada teme...
Publicado em: 07/07/2008 07:51:30
Última alteração:19/10/2008 21:44:29


TE AMO, TANTO...

Alma.
Quero tua alma desnuda sobre a minha, entranhada, estranha mas atada
Alma toda, tocando cada centímetro, osmótica, orgástica.
Deliciosamente orgânica embora extra corpórea
Corporação, composição.
Com posições e variedades de sonhos.
Estanhos e formas.
Fornalhas e desejos
Seixos e sombras
Sobra sombrias vagando
E penetrando,
Tocando cada vez mais fundo,
Mistérios e maneiras
Esmos e espasmos...
Te quero alma
Corpo
Ânima, sangue e prazer.
Rompantes e delírios
Seios e mansidão

Alma
Quero alma carnívora, canibal,
Exótica, explicita,.
Cama e carmas, conexões e outros fios. Que nos ligam aos extremos.
Estréias e renovações
Deitada no meu leito, peitos e pleitos. Espreitas.
Aceitas o amor de extremos e das entregas absolutas
Que tragam a lúcida loucura e o desejo inesgotável...
De rompantes e repentes.
Te quero amada
Armada até os dentes
Ate e derrame
Méis e mãos
Plurifacetária
E cármica.
Tenho mares
E quero tuas marés,
Ondas
Ânsias e sorrisos
Sons e tons
Diversos...
Nos mesmos prismas
E tramas que se explodem nas cores e nos acordes e nos cordões.
Acorde e vamos
Buscar a madrugada
Beber até a última gota
Que nos cabe
De nossa almas.
Carnívoras....

Publicado em: 29/12/2007 13:59:41
Última alteração:22/10/2008 21:21:14



Mil surpresas para esta noite..
Qualquer coisa diferente...
Fora de casa...
A única certeza..
Quero-te só para mim..
Ninguém saberá para onde fomos...
Apenas nós, a noite e a madrugada...

Seguindo cada passo em torno desta luz,
Qual fosse uma falena, à qual amor seduz,
Inebriadamente eu sigo passo a passo
O trilho que percebo espalhas no caminho.
Andando do teu lado, atado em teu abraço
Eu sinto que jamais irei andar sozinho...

MARTA TEIXEIRA
ML
Publicado em: 30/11/2007 14:43:50
Última alteração:29/10/2008 21:53:29


TE AMO //

Naquela hora amor - naquela tarde -
No parque em que andávamos unidos
Beijávamos sem medo de alarde
No campo e sob um céu mais coloridos.

Pedíamos ao sol que enfim aguarde
Com fortes raios sobre nós vertidos,
Que a noite se demore, e assim retarde
Deixando sob calor, nossos sentidos.

Pois, querida és tão bela como o sol
E gosto de ser sempre o girassol
Eu sigo o teu caminho e não discuto...

Então como foi doce aquela hora
Beijaste-me num gosto de amora
E ofereceu-me logo o doce fruto...


GONÇALVES REIS
Marcos Loures
Publicado em: 01/08/2007 14:34:41
Última alteração:05/11/2008 17:36:12




Vencendo qualquer medo
Que a vida nos trouxer
Viver sem arremedo
Vem ser minha mulher
Vencer qualquer degredo
Vim ver o que quiser
Uma ávida vontade
Da vida que vier
Trazendo a tempestade
Do jeito que puder
Traçando meu caminho
Meu imã, minha irmã
Fazer do nosso ninho
Um gosto de maçã
Pecado é não comer
Deixar isto de lado,
Com mel e com prazer
Um sonho assim alado
Ao lado de quem quero
Querendo sempre mais,
Amar pra ser amado
É bom, eu sei, demais.
De mais intensidade
Que nosso amor se dá?
Não há, digo a verdade,
Nem jamais haverá.
À vera sensação
Um brinde em nossa cama,
O manto que te cobre
Descobre o teu prazer
Pra ver o que se faz
Assaz e sem limites.
Imito cada passo
Espaços descobrindo.
Abrindo já os laços
Que fecham teu vestido.
Vertendo neste embalo
Saber que nada falo,
Apenas mergulhando.
Agulhas e mergulhos,
Frangalhos no depois.
Nós dois em amor dados,
Enamorados somos,
Os gomos que se tocam,
Nas tocas mais argutas
Nas grutas que invadimos
Nos sismos que criamos.
Amamos todo o tempo
Sem cismas sem juízo.
Avisos, contratempos
Deixamos sem resposta
A mesa se fez posta
E a festa nos regala,
A noite que é de gala
No quarto, copa ou sala,
Palavra que se fala
Desejo que se cala
Noutro desejo insano.
Um gesto soberano
Sem mágoas, sem engano.
Amor que não faz plano
É feito uma aguardente
Que toma, de repente
O coração da gente.
E faz tudo rodar....




Que seja amor escora e nos sustente
Mantendo o nosso prumo vida afora,
No doce do desejo que se sente
Felicidade vem e já se aflora
Tomando o coração, sagrando a gente
Jogando uma tristeza para fora.
No manto deste amor que nos aquece
Ternuras e carinhos, viva prece...



Avassalador desejo em que arremeto
Meu barco navegando amor profundo.
Por vezes, alguns erros que cometo
Eu tento corrigir em um segundo.
Mas saiba que eu te quero e te prometo
Lutar, se for preciso, contra o mundo...

Aflora esta vontade em cada frase
Um vero sentimento soberano.
Se sei que nesse amor encontro a base,
Jamais cometerei mais outro engano.

Decerto nos teus passos, minha estrada.
Deveras tuas mãos tão carinhosas,
Serão eternamente perfumadas
Trazendo para a vida aroma em rosas...




Nos braços da amada noite
Como é bom poder lembrar
Dos teus beijos tão queridos.
Vontade de te encontrar.
Matar saudade do encanto
De ouvir o teu belo canto
Deste amor que quero tanto
E que sempre eu hei de amar...

Morena bela, mineira,
Que sempre vive no sonho
No sonho de ser feliz,
No barco que te proponho
Desta mulher majestosa
Com seu perfume de rosa
Tão bonita e tão formosa,
No meu mundo mais risonho...

Quem fora tão solitário
Sem tristeza e sem amor,
Vivendo somente a esmo.
Aguardando o salvador
Carinho de quem se quis
Aprender a ser feliz
Roubar um novo matiz
Dum jardim pleno de flor..

Quem fora sempre sozinho
Trazendo esses amargores
Neste poço de saudades
Mergulhado em tantas dores
Sem saber contentamento
Vivendo sem sentimento
Mal suportando o tormento
Imerge nos teus amores...

E segue por essa vida
Tendo amor, felicidade,
Sem temer mais a tristeza
Sem suspiros de saudade
Que tanto me torturara
Que tanto me maltratara
Sabendo da jóia rara
Poder amar de verdade!
Publicado em: 23/01/2007 08:47:21
Última alteração:30/10/2008 16:59:12



Cavaleiro enluarado
Na procura de teus beijos,
Tanto amor nunca é pecado,
Tu sacias meus desejos.

Não vejo distância alguma
Que possa nos separar,
Duas almas viram uma,
Debaixo deste luar.

Venha logo que eu te aguardo,
No momento que quiser,
Nosso amor nunca foi fardo,
Venha ser minha mulher,

Na doçura de teus lábios
Tanto mel que nunca vi,
Os meus sonhos, astrolábios
Quero, ser teu colibri...




Um passageiro segue em seu caminho
Andanças, danças risos e vitórias
Histórias na memória bem guardadas
De reinos e rainhas, sonhos, fadas.
Revivo revirando cama e leito
Aceito o sonho feito em realidade,
Desfeitos os meus erros sinto a festa
Que vive em nosso canto, gozo, encanto
E tanto deste quanto já nos cabe
Amor que nos guiando tudo sabe...




TE AMO DEMAIS! /

Hoje....
Estou triste....
A noite está fria...
Escondo-me nas mantas....
Divago...
Fujo de mim....
Parto ao teu encontro....
Aconchego-me no calor da tua vinda........

Não deixe que a tristeza te domine,
Decerto eu estarei junto contigo.
Permita que a alegria se aproxime
E trague em gozo pleno o seu abrigo.
Sabendo o quanto amor já nos redime,
Aconchegue-se e deite aqui comigo.
À noite te aquecer em meus carinhos,
Vagando e penetrando teus caminhos...

MARTA TEIXEIRA
ML
Publicado em: 29/11/2007 05:46:54
Última alteração:29/10/2008 21:55:53




TE AMO DEMAIS! coroa de sonetos

1


“Minha alma de buscar-te anda perdida”,
E cada amanhecer sempre renova
Esta esperança amarga e tão querida,
Amor se colocando assim à prova.

Não posso suportar tal despedida,
A vida preparando a fria cova
Aguarda tão somente uma saída
Na lua que renasce bela e nova.

Meus olhos procurando o teu olhar
Em meio a constelares viajantes.
Estrelas que encontrei a divagar

Acendem pirilampos deslumbrantes;
Jamais me cansarei de procurar
Teus raros e mais belos diamantes.

2
Teus raros e mais belos diamantes
Guardados nestes cofres, esperança;
A noite em fantasias já se avança
Amores se transformam navegantes.

Quem teve seus caminhos inconstantes
Apenas rememora tal lembrança
A paz representando esta aliança
Anseia sentimentos mais constantes.

Mas sei que depois disso tu virás,
Deixando esta tristeza para trás
Sorrisos nos teus lábios e nos meus.

Não quero mais saber deste vazio,
Vencendo a tempestade dura e o frio
A vida negará qualquer adeus.

3

A vida negará qualquer adeus
A quem já se perdeu de tanto amor.
Olhares divinais iguais aos teus
Invadem o meu peito sonhador.

Caminhos confluentes teus e meus
Refazem o perfume desta flor,
Por tantas vezes passos vãos, ateus
Tramaram tão somente amarga dor.

Partindo deste nada, tive o nada,
Porém minha alma louca e transtornada
Cansada de vagar inutilmente

Encontra no teu peito ancoradouro,
Sabendo que encontrei, enfim, tesouro
Meu rumo se transmuda num repente.

4

Meu rumo se transmuda num repente
E mostra ao fim do túnel uma luz.
O quanto ser feliz já se pressente,
Olhar que em teu olhar se reproduz

Tocando o coração de toda a gente
Amor intensamente nos seduz
E agora se eu prossigo mais contente
Não temo mais a dor, amarga cruz.

Somando nossos passos cedo alcanço
O fim da caminhada e vou feliz.
Encontro finalmente este remanso

Deitado sob estrelas luminosas
Estendo sobre a terra um chão de giz
Plantando no teu peito belas rosas...


5


Plantando no teu peito belas rosas
Eu sei que colherei felicidade
Sorvendo cada gota da saudade
Estrelas que virão são radiosas.

Palavras muitas vezes melindrosas
Não deixam vislumbrar a liberdade,
Porém se amor se faz sinceridade
Estradas surgirão maravilhosas.

Meus olhos te buscando pelas ruas,
Pegadas não encontro, pois flutuas,
Teus rastros divinais, doces perfumes

Os astros eu recolho em meu bornal
E vago livremente pelo astral
Seguindo em noite imensa, belos lumes.

6


Seguindo em noite imensa, belos lumes
Desejos se mostrando são falenas
Tocadas pelo amor e seus perfumes,
Querendo mitigar antigas penas

Dos píncaros dos sonhos, altos cumes
Refletem no meu céu divinas cenas,
Matando antigas dores e queixumes
Tornando as tristes horas mais amenas.

Não quero neste mundo privilégio,
Amor que em minha vida se fez régio
Domina cada passo e pensamento.

Na fantasia imensa que carrego,
Não posso permitir ciúme cego
Tornando a minha vida num tormento.

7

Tornando a minha vida num tormento
Temores se mostraram bem mais vis,
No fogo da paixão tão violento
Palavras nunca foram mais sutis.

Quem dera se eu pudesse num momento
Sentir quanto é possível ser feliz.
Eu não teria mais tal sentimento
Distante do que sonho, amor me diz.

Mas tendo após a dura tempestade
Bonança nos teus braços benfazejos,
O céu se colorindo em azulejos

Renasce enfim total felicidade.
Prevejo em novo dia, amanhecer
Coberto de alegria e de prazer.

8

Coberto de alegria e de prazer
Eu sinto o vento manso deste amor.
Regado pela fome de viver
Disfarço este meu peito sonhador;

Distante dos meus olhos pude ver
A força da tristeza, imensa dor,
Porém ao vislumbrar teu bem querer,
Eu pude cada passo recompor.

A lua se mostrando assim desnuda
Deixando a natureza agora muda
Espalha a luz imensa sobre nós

É como se dissesse da alegria
De quem ao desfilar já percebia
O vento da paixão doce e feroz.


9


O vento da paixão doce e feroz
Adentra em vendaval, faz reboliço
Calando num momento a minha voz
No temporal dos sonhos, perde o viço.

Amor já se mostrando mais veloz
Acende o mais divino compromisso
Juntando bem mais forte nossos nós
Permite cada sonho que eu cobiço.

Trazendo em argumento a luz mais forte,
Amor cicatrizando qualquer corte
Fagulhas espalhadas manso incêndio.

Encontro em cada parte do compêndio
Palavras que me falam deste amor
Divino, sem limites, sedutor...

10




Divino, sem limites, sedutor,
O canto que me trazes bem amada,
No encanto deste verso eu vou compor
Depois da dura lida, a bela estrada.

Renasce em meu canteiro a rara flor,
Espécie magistral feita em florada
De todo o raro encanto sou gestor
Minha alma se mostrando enamorada.

Anseio por teus seios tão sublimes
E quero que este amor tu sempre estimes,
Pois nele uma verdade transparece.

De ti cativo sigo a vida inteira,
Amor se torna enfim minha bandeira
Teu corpo catedral, canção e prece.


11


Teu corpo, catedral canção e prece
Altar ao qual dedico minha fé,
Aos gozos e prazeres obedece
Rogando o sentimento imensa Sé.

A boca que em desejos se oferece,
Rompendo estes grilhões, nega a galé
E o sonho claro em vida, amor já tece
Irei sempre contigo aonde e até.

As algas e corais, estrelas, mares,
Nas conchas, caracóis, belezas raras.
Buscando o teu amor, qual fosse Páris.

Lutando por Helena sem descanso.
As horas benfazejas me são caras
Contêm os paraísos que eu alcanço.

12


Contêm os paraísos que eu alcanço,
Teus olhos radiantes e estelares.
E neles garantia de um remanso
Depois de vagar só por tantos bares.

O coração batendo bem mais manso
Encontra refletido nos luares
O brilho deste sonho em que descanso
Sabendo benfazejos tais altares.

Na mansidão imensa deste lago
Amor preconizando cada afago
Permite que eu me entregue, prisioneiro.

Se à sombra deste sonho amada eu vivo,
Eu quero ser do amor sempre cativo
Sentindo este prazer mais verdadeiro.

13

Sentindo este prazer mais verdadeiro,
Não posso conceber a derrocada.
Se o mundo se transforma mais ligeiro
Não quero minha sorte transformada.

Do barco que navego, timoneiro
Amor vai construindo a bela estrada
Fazendo no meu peito o derradeiro
Caminho e nele faz a sua estada.

Vou bêbado da luz que me irradias,
E sigo cada passo e rastro teu,
Amor que tantas vezes me venceu

Moldando as mais suaves melodias
Agora se enfronhando em meu caminho
Impede que eu prossiga, assim sozinho...

14

Impede que eu prossiga assim sozinho
O olhar abençoado de quem amo.
Aos passos mais macios eu me alinho
E toda a noite em sonhos; sempre chamo.

Amor se aproximando tão mansinho
Tornou-se; na verdade, quase um amo.
Se eu bebo deste doce e raro vinho
Um mundo em esperança agora eu tramo.

Eu quero o teu amor e nada mais,
Sonhar com teus carinhos! Maravilhas...
Sabendo que também tu compartilhas

Do mesmo sonho, amada encontro o cais
E sinto que ao saber de nossa vida,
“Minha alma de buscar-te anda perdida”.

Publicado em: 16/01/2008 19:23:15
Última alteração:09/10/2008 17:35:54


Amor que assim, demais, vira paixão
E nega o próprio amor em atitude
Vivendo sem saber na plenitude
Matando sem querer o coração.
Amar demais merece teu perdão,
Pois sabes que não sei sequer se mude
O canto que amortalha e dá saúde
E vive simplesmente rente ao chão.
Procura pela luz na escuridão
Inventa quase sempre o seu não
Sonhando com o sim mais amiúde,
Em si por si sem ser amor se ilude
E queima sem querer deveras rude,
Afoga-se nos braços, solidão.
Negando todo amor nem sempre pude
Regado pelas dores da paixão!
Publicado em: 13/12/2006 15:36:36
Última alteração:30/10/2008 18:36:26




Rondando na noite
Em bares, conhaques
Amores de araque
O tempo não pára.
Recebo teu beijo
Afago o teu rosto,
Desejo o desejo
Que assim vai exposto
Nas horas mais longas
Delongas, conversas
Reversos e brechas
Em frases e farsas.
Não temo nem tempo
Nem vento não venho.
Sou teu, não és minha,
São marcos da vida.
As horas cumpridas,
As horas compridas
Comprimidas e raras.
Aguardo as amarras
As tais cimitarras
Que trazes contigo.
Mas vejo e nem ligo,
Não cortam, mas matam.
Retratam sentidos
Descuidos, rapinas,
Esquinas e putas.
Reputas, recrutas
E assim vida passa,
Sem nada, disfarça
Mas te amo, demais...
Publicado em: 29/09/2007 22:05:40
Última alteração:30/10/2008 11:48:04



Menina vê se nina
E me acalanta
A boca sequiosa não descansa
Na dança nova andança que se faz
Demais cada prazer que se anuncia.
O gosto deste gozo me vicia
E cria sem limites fantasia
Do quanto te desejo e te queria
Bebendo gota a gota já sacia
Quem tem tanta vontade
De te ter, deter o teu prazer
Em minha língua.
Não quero que este sonho morra à míngua
Vem logo que eu desejo o teu prazer...



Sonantes sentimentos
Somando sentidos
Searas, semeio,
Seduzes, sou teu.
A dança que avança
Em passos uniformes
Informa e transforma
Em formas sublimes.
Solfejas desejos
Em mágicas notas
Tonantes sentires.
Ecoam refrões.
Na valsa que danças
A noite é criança
E sabe brindar
Com brilhos nos olhos
Recolho estas pétalas
Que espalhas no ar...
Publicado em: 10/03/2008 22:10:01
Última alteração:22/10/2008 15:40:38



O quanto tantas vezes foi demais
A mais do que pensara em outros dias.
As vias que eu pensara confluentes
Afluentes dos sonhos se perderam.
Muito do que buscara em noite rara
Ampara o desengano que se fez.
O mês passando a vácuo, sem proveito
No leito já vazio jaz a sorte.
Consorte desta imagem diluída
Na vida que não pude desfrutar
Altares, catedrais, festas e risos.
Avisos esquecidos na ante-sala
A fala que falseia enquanto abate.
Debate com a vida a cada verso.
Expresso o meu desejo sem limites.
Evitas, mas tu sabes que te quero.
Espero e recomeço esta vigília,
Na trilha das pegadas que deixaste
Contrastes entre partes tão diversas,
Dispersas madrugadas foram rotas.
Esgotas teus caminhos em meus braços
Nos aços de teus olhos, óleos hóstias
Hostis palavras morrem no passado,
Realças meus desejos mais sutis.
No bis que sei por certo pedirei,
Direi o amor que tanto desejei...
Publicado em: 22/10/2008 17:25:39


Um eclipse total em nosso amor,
Em plena conjunção, felicidade,
Me lembro e me encharcando de saudade
Aguardo esta resposta; sonhador...

Ouvindo esta canção, aqui distante,
Eu sinto o teu perfume me tocando,
E cada vez mais, sempre me encantado
Pensando estar em ti a todo instante...

Do rádio uma emoção emana breve,
Na voz inebriante o teu sorriso,
Portal de eternidade em paraíso,
Imploro que, pra ti, amor me leve...

Publicado em: 01/03/2007 14:43:15
Última alteração:30/10/2008 16:51:49



Eu sou a luz que ilumina
O teu dia tão escuro,
A minha alma de menina
Tem muito poder; eu juro...

Meu amor tu tens o brilho
De uma estrela, lua e sol,
O teu caminho é meu trilho,
Teu amor; o meu farol.

Menina sempre venero
Este amor que tu me dás,
Toda noite eu sempre espero,
Teu amor e quero mais.

Eu te juro, minha amada,
Que vou ser teu companheiro,
Toda noite, madrugada,
De manhã, o tempo inteiro...

Passa boi passa boiada,
Na porteira de um amor,
A minha alma apaixonada,
O meu peito sonhador.

Vem comigo, vem depressa,
Meu amor,venha ligeiro,
Coração anda com pressa,
Doidim pra te dar um cheiro..

HLuna
Marcos Loures
Publicado em: 04/06/2007 06:04:17
Última alteração:05/11/2008 21:34:10




Distante dos meus medos
Em noites mais audazes,
Entrego os meus enredos.
E neles satisfazes
A vida traz segredos
E muda em tantas fazes,
Não quero mais degredos,
Tampouco duras frases.
Apenas te encontrar
Tão lânguida sereia,
Vibrando no luar,
A noite que incendeia,
Adentra devagar,
Meu sangue e minha veia.

Assim em noite clara,
Na senda mais florida,
Amor já se declara,
Razão da minha vida...
Publicado em: 05/04/2008 14:16:38
Última alteração:21/10/2008 17:04:48




Minha alma
Tua alma
Unidas,
Vencendo
Intempéries
Cerzindo
O futuro
Promessas
De paz.
Porém se não vens
Distante de ti
Eu perco meu cais...
Publicado em: 22/04/2008 22:28:18
Última alteração:21/10/2008 13:22:37



“E; no entanto é preciso sonhar”
Alçar ao vasto espaço sideral
Voando em liberdade, a poesia
É feita em carrosséis inesgotáveis.
Sonantes e soantes serenatas
Em versos e versões que nos encantam
A boca desejada mesmo ausente
Permite um beijo ardente e tão gostoso.
No gozo da fantástica emoção
Reféns de uma delícia que se aflora
No quanto desejamos ter agora
O quando nós seremos, pois teremos
Os elos que queremos são eternos
E ternos nossos temas e teares,
Altares catedrais, púlpito e prece
Depressa que esse mundo é todo nosso...
Publicado em: 22/08/2008 16:51:47
Última alteração:17/10/2008 17:06:28



Procuro pelo amor nestas estradas
Distantes e doridas de minha alma.
A luz que me ilumina e que me acalma
Responde que andará nas madrugadas...
Em vão, pergunto então às alvoradas,
Que fazem meu destino em cada palma,
Dizem-me que eu não perca nunca a calma
Nas tardes, talvez ache, ensolaradas.

Cansaço desta busca já me alcança;
A vida passa, o tempo sempre avança
E nada deste amor que prezo tanto!
Buscando em cada flor, na primavera,
Apenas sua face, vil quimera.
Procuro pelo amor... Só desencanto!
Pensara que não vinhas, desde outra era,
Te vejo aqui do lado. Te amo tanto!
Publicado em: 18/01/2007 21:08:08



Te amo tanto
Te amo tanto
Te amo tanto
Amo você

A gente não sabe porque
A gente não vive sozinho
Tu sabes que eu quero você
Sem você não tem ninho
Nem carinho
Nem beijinho....

Que faço da vida
Não vejo saída
Estrada comprida
Fazendo sofrer
Quem ama você
Quem ama você

Publicado em: 15/08/2008 17:27:27
Última alteração:19/10/2008 20:16:26


Calor que me invadiu, teu olhar...
No mar de esperançosas ventanias...
Nos dias que passei, luas redondas
Nas ondas deste mar que tanto espero
No fero sentimento te adorar!
Naufragar em teus braços minha amada...
Cada noite que passo, mais te sonho...
Ponho meus tristes barcos, meus saveiros,
Canteiros que produzem rosas belas.
Telas onde emolduraste tal beleza,
Certeza de que há Deus e que ele ama!
Na chama eternizada dos teus olhos.
Molhos de delicadas ervas trazes.
Fases lunares linda tempestade...
Arde a sutil manhã que prometeste.
Inconteste delírio destes deuses
Reluzes nos orgásticos desejos.
Nos beijos que prometes inebrias...
Frias as minhas noites se não vens...
Tens o poder sublime da loucura.
Moldura que encontrou grande pintor.
Amor que deslindando-se enlanguesce.
Esquece as amarguras e penúrias.
Nas cúrias nos escuros parlamentos,
Ungüentos que me curam e transformam...
Formando delirantes desvarios,
Vários rios que levam para o mar.
Martírios que deixei no pó da estrada.
Fada que me encantou, embriagante
Elegante desígnio divinal.
Final de toda dor, ressurreição!
Afeição extremada, desejosa...
Maravilhosamente apaixonante.
Diante de tanta luz, que faço Deus?
Os meus tormentos mortos, esperanças!
Lembranças destes tempos cristalinos.
Alabastrinos seios doce alvor.
Calor que permanece sem segredo.
O medo de perder, evanescente,
Nascentes deste rio que navego,
Carrego toda luz que te roubei...
Sei de tantos amores, vida breve,
Leve folha, flutua nos meus sonhos...
Medonhos tais fantasmas se perderam...
Eram deveras tristes os meus dias...
Frias as noites, versos sem sentido...
Incontido desejo mergulhava...
Sonhava com paixão, felicidade...
A tarde nunca vinha, nebulosa...
A rosa que plantei só deu espinhos...
Caminhos que segui perdi a esmo...
Mesmo minhas canções eram de dor.
Amor que se omitia, velho e morto.
Porto que sempre nega desembarque.
Parque que não pretende ter criança,
Dança que não deseja nem carinho...
Ninho que desprezou um passarinho...
Vinho que não me deixa embriagado,
Fado, destino, sina, desespero...
Tempero para a vida, sinal glória...
Memória triste, vaga, traz saudade...
Claridade que desfeita, deixa o breu...
Ateu coração pede por um Deus...
Meus olhos imploraram tal visão!
Solução para torpe solidão.
Solidão esvaindo-se depressa.
Compressa cicatriza essa ferida.
A vida que pensei agora trazes,
Fazes todos meus dias melodias,
Orgias são bacantes amplitudes...
Quietudes maravilhas, ambrosia...
Poesia deflagras na fragrância...
Elegância caminha mais suave,
Na nave que julguei fosse perdida,
Comovida, esperando delicia,
Caricia naufrágios tão amargos...
Nos lagos dos meus sonhos és remanso.
Um remanso que em versos, traz calor,
Calor que me invadiu, teu olhar...

------------------------------------------------------------------------


Eu sinto todo afã deste desejo
Em cada nova tarde em que me vejo
Deitado nos teus braços, minha amada.

Eu quero me deitar nestes teus seios,
Deixando para lá os meus receios,
Seguindo teu carinho, tua estrada.

Eu quero pressentir toda emoção
Que trama nosso amor, meu coração
E faz com que mergulhe neste mar

Neste oceano lindo do querer,
Que sempre me dará tanto prazer
Nas horas mais bonitas, te encontrar.

Eu sinto todo arfar deste teu peito,
Amando vou vivendo satisfeito,
Correndo para os braços da mulher

Que mais que minha amada e companheira
Aos poucos se entregou a vida inteira
E sei que mais que tudo, inda me quer.
Publicado em: 27/05/2008 16:33:11
Última alteração:21/10/2008 15:21:46

te amo tanto, tanto

Minha vida vai passando
Pelos campos, devagar.
Tantos verbos conjugando,
Viver, sofrer e lutar...

Vivendo na poesia
Sofrendo por teu amor
Vou lutando todo dia
Pelo caminho que for.

Nos campos dessa saudade
Plantei a minha esperança
Não brotou sequer verdade,
Só restou uma lembrança;

Do jardim da minha vida,
Do rosal do meu caminho.
Minha alegria esquecida
Marcada por cada espinho.

Os teus beijos tão amenos
Os carinhos, meus remansos,
Os teus olhos mais serenos
Teus belos seios, tão mansos...

Nada mais aqui ficou
Só a dor de não te ter.
Pelos caminhos que vou,
A vontade de morrer...
Publicado em: 09/09/2008 19:13:56
Última alteração:17/10/2008 14:35:51


TE AMO TANTO, TANTO
A vida passou ávida de vida,
pelo campo onde caminhava solitário.
Não quis ser mar
nem ser maré,
quis viver Maria,
que nada mais continha
a não ser poesia...

Mas me detinha a cada passo,
teu cansaço e minha sina,
meu abraço e tuas pernas,
penugens e paragens,
margens e manhãs...

Quis ser sonho e pedregulho,
ser seixo e ser queixume,
deixo meu ciúme e minha cisma;
cataclismo fatal sem fátuos fatos...
Num átimo um ótimo momento,
um último madorno me adorno
de teus ouros e perolados olhos.
Nos óleos que me tramas,
casas e camas,
nas brasas, chamas
e não respondo,
oculto.

Te cultuo num duo infernal,
sem eco, sem ego,
trôpego, trafego
e me apego a teu passo,
pássaro solto, contrafeito...
Desfeito tudo que pudesse ser
meu, mel e mal,
Maria, o mar ia amar, andei e não te vi
bem te vi, mentiras e martírios.

Marujo sem sabujo, não sei se rei,
sereia que seria minha teia,
mas atéia, ateia tantas brumas,
bruxuleante brisa, concisa e precisa, necessária...
Amar Maria, mar ondeia, nos seios,
seixos e desejos, um beijo e um aceno,
contraceno com velas e veleiros.

Nas mãos vazias, azias e ânsias,
anseias seres livre,
me contive e não tive outro chão...
O vão aberto sob meus pés,
fendida a praia, fendida a saia,
a baia, o portão...
O porto longe, a vida longe,
longevidade para quê?

Na seda que roubaste e vestiste
insiste meu tato,
permite o olfato que,
de fato serei ato, sou regato
e regado a tanta maresia...
Mar se ia sem Maria,
sem marés e sem viés
para o invés do investido,
antes tivesse ido,
morrer no mar,
sem Maria, sem mares,
sem marés,
sem poesia...
Publicado em: 25/09/2008 18:29:11
Última alteração:02/10/2008 14:36:44


te amo tanto, tanto, tanto
Quem me dera poder ter liberdade
Voando pelos céus sem paradeiro,
Sabendo meu caminho verdadeiro
Vivendo por viver felicidade.
De todos os meus sonhos, o primeiro,
Mergulho nestes céus e vou inteiro
Não levo do passado nem saudade...

Nos braços que entreabertos, esperando,
As asas de minha alma sonhadora,
As mãos de minha amada e redentora,
O tempo sem tristezas, vai passando.
Perfumes sem espinhos, vida aflora
E nada do que tive se demora,
O mundo em rodopio, vai girando...

Estrelas desfilando em carrossel,
A lua plena e clara, em seu luar
Dizendo da ternura de te amar
Eu penso que vivendo assim, no céu,
O canto das estrelas escutar,
Depois de tanta luz, morrer no mar
De amores que me fez o teu corcel...
Publicado em: 17/09/2008 16:48:15
Última alteração:17/10/2008 13:35:44


Quando brilhas, aurora no meu leito,
Esfomeado encontro meu maná,
Até que satisfaça tais vontades
A lua do desejo mostrará

Num frenesi fantástico desejo
Ourives de nós mesmos, fera e presa,
Reféns desta volúpia que enlanguesce,
Na noite desejada, firme e tesa.

Assim, atracadouros dos prazeres
Que insanos, nada pode mais conter,
Fascínios, enxurradas, avalanches
Inundando e trazendo o amanhecer...




Encantos deste amor que quero tanto
Vencendo tantos medos do passado,
Emoldurando a glória traz o manto
Aonde me percebo enamorado,
Vivendo a poesia em cada canto
Deixando o sofrimento já de lado
Num acalanto em paz, amor se deu,
Num mundo que é só nosso, teu e meu...



Depois dessas noites frias
De tão frias e vazias
Tão vazias não sabias
De toda minha emoção
Buscando amor por encanto
Tanto quanto como um manto
Que protegesse do pranto
Que não matasse ilusão...

Depois de tanto sofrer
Muita vida percorrer
Sem meu destino saber
Procurando a solução
Que nunca pensei tão perto
Miragem no meu deserto
O meu sonho descoberto...
Sem segredo e sem perdão
Nossas matas, selvas, flores
As seivas desses amores
Sem saber mais de pudores
Explodindo em tentação.
Em tantas loucas torrentes
Descendo pelas correntes
Para inveja dessas gentes
Distantes, sem salvação.

Nosso amor é nossa sorte
É nosso rumo, meu norte,
Amor assim é tão forte
Suporta qualquer tufão.
É verso que te versejo
É tanto que te desejo
Em cada canto te vejo,
Rastreio nesta amplidão...

Um dia, talvez quem sabe
De não tanto amor que não cabe
Amor que nunca se acabe
Determine uma explosão.
De tanto que quis amar
De tanto te desejar
Nosso amor invada o mar
E alague todo o sertão!
Publicado em: 21/01/2007 13:51:31
Última alteração:30/10/2008 16:59:32


TE AMO TANTO, TANTO...

Inocência perdida
Caos absoluto.
Becos sem saída
Passo resoluto.
Bruto, tantas vezes
Insensível.
Perdoe meus vôos
Fantasias inúteis.
Sutileza distante,
Amante sem rumo.
Prumos procuro
E nada encontrei
Senão solidão...

Na menta deste drops
Ardores, exageros.
Temperos sem limites
Salgando o doce amor.

Matei o que criara,
A rara sensação
De ser além de tudo
Carinhos, ilusão.

Mas não me arrependi
Do fato de ter tido
Amor tanto por ti
Que morre, distraído;
Às vezes destroçado.


A comida nesta mesa
Aguarda a sobremesa
Do amor pós tempestade
Quem sabe; companheiro,
Arguto e mais sensato.
Sem desejos profanos
Em plena calmaria.
Mas antes deste dia
Andinas cordilheiras,
Acesas as lareiras,
Te quero bem vadia...
Publicado em: 06/10/2007 11:38:52
Última alteração:30/10/2008 14:33:31



Grafando no meu corpo em tatuagem
O nome de quem sempre eu desejei,
O coração, carrego na bagagem,
Testemunha fiel do que passei.
Agora que percebo a boa aragem
Querida, nos teus braços mergulhei...
Futuro no horizonte se deslinda,
A sorte de te amar sempre é bem vinda!




TE AMO TANTO...
Vim te ver nesta curva
Da vida
Quando os vinte
Foram mais que dobrados.
Ah! Quem me dera
Saber que nada mudou,
Mas o sentido desta espera
Nas curvas se desfigurou
E, de repente,
O que fora uma esperança
Tomou as formas
Da fera que me esperava
Boca aberta, escancarada.

O tempo não perdoa.
Apesar de adiar
Ou não os sonhos,
Esmerila a alma
E vasculhando a gaveta
Mexe e remexe nos guardados.
Mas sabe que são apenas
Guardados
Guardanapos
Retratos
Tratando o que nunca mais
Re trata.
Nem ata
Apenas avaria.

Eu bem sei que te amo
E nada mais importaria
Se não fosse a urgência
De ser feliz.
Afinal, os vinte, os quarenta,
E não dá mais para adiar.
Adiar, dia a dia,
O dia que não chega
E nem mais me alcança.

E te espero há tanto...
Não se espante com minha pressa,
É que a janela está se fechando
E as esperanças
Abandonando o barco
Que posso fazer?
Sou o comandante...
Publicado em: 29/10/2008 17:25:58
Última alteração:02/11/2008 20:27:36



Não temo que se torne tempestade
Inveja desta gente que maltrata,
Não sabem do que falam, mas nos ferem,
Palavra tão diversa não desata

Porém é sempre bom passar ao largo
Do povo fofoqueiro que conheço,
Depois de certe tempo vão torcendo
Pro amor já desabar, qualquer tropeço.

Mas saiba que eu te quero, e sou sincero
Jamais eu negarei o nosso amor
Que é feito dia a dia e com desejos,
Deixando para trás qualquer temor...





Hoje deixo que o vento
Me fale...
Me bajule...
Enquanto por ti espero...
Sinto-me bonita...
Talvez seja por isso
Que hoje o vento
esteja mais ansioso,
mais insistente...
Mas, meu amor...
Nem o escuto...
Aguardo, apenas que
ele me traga a tua voz.............

A tua voz escuto nesta brisa
Que toca os meus cabelos mansamente.
O vento neste toque já me avisa
Do sonho que busquei, completamente.
A boca delicada e mais precisa,
Mostrando esta alegria, docemente,
As estrelas que espalhas pelo chão,
Refletem num momento, esta paixão...

MARTA TEIXEIRA
MVML
Publicado em: 24/10/2007 19:14:20
Última alteração:03/11/2008 19:37:00


TE AMO! //

Mesmo quando não falo..
Sei que me entendes..
Há silêncios que falam
Há sonhos que acordam..
Escritos nos teus braços..
As fantasias guardadas...
Beijo-te de manhã...
Digo-te boa noite...
E perco-me sempre em ti...

Silêncios e sonhos
Sombras e somas
Sanhas e senhas
Somos assim.
Somadas as sendas
Senzalas esqueço
Amor ofereço
E faço meu mote
Da sorte de ter
Amor infinito
Num raro prazer...

MARTA TEIXEIRA
ML
Publicado em: 03/12/2007 18:33:49
Última alteração:29/10/2008 16:52:06



Amor que tantas vezes, a voz solta
E grita sem disfarces, mostra a cara,
Ampara quem se fez em passo tíbio,
Tribulações? Esquece, pois liberta.
Libélulas tão frágeis foram larvas
Vorazes em momentos mais distintos.
Nas reticências medos e fantasmas.
Floresta impenetrável da ilusão.
Se te quero e tu queres meu querer
Jamais um vendaval fará estrago
Na paz que me incendeia posso ver
Afagos e carinhos sem ter fim.
Afins, os nossos cantos são equânimes
E vamos, passo a passo, sempre assim...





Amar cada momento que passamos
Ao lado deste sonho interminável.
Caminhos percorridos. Tempo/espaço.
Traçamos horizonte imaginável.

Apreços e vontades, sem litígios.
Vestígios do que fomos; esquecidos.
Nossas almas se buscam, harmonia.
Os dias são perfeitos, bem vividos.

Alados pensamentos, risos francos.
Amor se faz completa redenção.
Batendo bem mais forte em nosso peito,
Descarrilando o trem do coração...

----------------------------------------------------------------------------Eu quero te dizer
Do amor que tenho, tanto.
Recebo cada verso,
Encanto sem limites.
Universos refletem
Perpetuam meus sonhos.
Repetem as palavras
Arvora o coração.
Sedução, plenitude,
Atitude e esperança.
A lança dos teus olhos
Penetrando o meu peito.
Sou teu.
Simplesmente
Teu.
Beijos
Seixos
Sexo
Lumes.
Tramas
Teimas...
Música espalhando
Notas em acordes,
Na noite, madrugada,
Serestas e sonatas.
Montes e cascatas
Beijos e fornalhas...






Tocado pelos olhos, num momento,
Voando em direção aos braços teus.
Singrando pelos ares, pensamento,
Carinhos e desejos, todos meus.
O canto de alegria, traz o vento.
Clareiam minha noite, belos céus.
Amor que nos unindo, em liberdade,
Dá-nos real sabor: felicidade!


-------------------------------------------------------------------------Teus olhos são estrelas que me guiam
Levando o pensamento bem distante,
Estrelas que divinas já luziam
Nas horas que te vi, no mesmo instante,
Prazeres e vontades refletiam,
Corcel de uma emoção vai, galopante
Cruzando pelo espaço, qual cometa,
Na jura que se fez, vera e dileta...
------------------------------------------------------------------TE AMO! Sextina

Reféns do amor imenso que nos toma,
Fazendo desta vida, glória e paz,
Dois corpos multiplicam cada soma
E a vida nos propõe um canto audaz
Quebrando a solidão, já sem redoma,
O manto da alegria, a noite traz.

Imerso na emoção que a vida traz,
Um vento benfazejo vem e toma
Rompendo em temporal, velha redoma,
Promessa de alegria em plena paz.
No passo corajoso e mais audaz
Felicidade chega e sempre soma.

Amor que em amizade faz a soma
Já sabe da emoção que assim nos traz
Quem tem o coração liberto, audaz,
As rédeas da existência; sabe e toma
Adentra um infinito feito em paz
E rompe da distância tal redoma.

Na proteção mais sólida, redoma,
Quem tem uma esperança sabe a soma
Que resulta decerto em plena paz,
Em dura tempestade, a noite traz
A força que terrível tudo toma,
Porém o amor sincero é mais audaz.

Sem medo, em meus caminhos, sou audaz
Amor proporcionando uma redoma
A mão de quem protege sempre toma
O leme que se faz na firme soma
Que o amor em força incrível já nos traz
Tramando em calmaria a nossa paz.

Quem sonha um mundo feito inteiro em paz
Já sabe quanto é belo, raro, audaz
O encanto que o amor a todos traz,
Tristezas já não vencem tal redoma.
Meus braços em teus laços; bela soma
Que a direção da vida, mostra e toma.

Amor que já nos toma em plena paz
Fazendo desta soma a mais audaz,
A divina redoma que amor nos traz...
Publicado em: 28/01/2008 17:25:41
Última alteração:22/10/2008 16:48:48



--------Distante das tristezas do passado
Adentro tuas sendas, maravilhas.
Deixando o que eu perdera já de lado
Tocando com desejo tais virilhas
Sangrando nosso amor, que sem pecado
Invade o paraíso em suas trilhas.
De Baco dois infames descendentes
Louvores em altares indecentes...
Publicado em: 10/11/2007 13:25:32
Última alteração:24/10/2008 15:04:30



A um louco impulso
Obedeço...
Torno-te meu prisioneiro...
Ou sou eu tua...
Que interessa??
Obedecer a esse desejo...
Sempre presente..
Sempre nosso...................


Cativo, teu senhor e prisioneiro,
Vencido e vencedor da bela liça,
Bebendo o teu prazer sou teu inteiro,
No corpo sensual, santa cobiça,
Encontro no teu céu o meu tinteiro,
Vontade de te ter pra sempre atiça.
E teu, somente teu, enquanto és minha,
Vassalo, sou teu rei, minha rainha...

MARTA TEIXEIRA
MVML
Publicado em: 23/10/2007 18:50:41
Última alteração:03/11/2008 19:41:23



As mãos macias e a carne dura
Na procura delicada
A noite passa.
E tua nudez, acalma...
O cheiro do perfume
E as mãos macias
E a carne dura.
Se pudesse, o tempo não deixaria passar.
Terminando o sonho noutro sonho.
Revigorando-se sempre
A cada novo dia
E cada novo prazer.
Quero o teu gosto
E o gesto mais manso
O carinho e o remanso
Alcanço teu rosto
A pele macia
A fera que anseia
Os seios e o cio.
As nossas bocas se procuram
E se encontram
E se atacam
Mordem e revigoram
Curam e secam
As salivas nas salivas.
Cada parte de teu corpo
Decorando cada centímetro
Sentimento pra mais de metro
De quilômetros...
Nada mais me importa
A não ser a porta
Aberta do desejo.
Do desejo completado
E compartilhado.
O cigarro aceso,
A cigarra tesa e, entesados,
As tentações e as tenazes
Que se abrem e fecham
Com agilidade e sofreguidão.
Todas as umidades em uníssono
Em unidade e união.
Delicadezas e seduções
De repente se transformam
Em lutas e batalhas
Movimentos ferozes e vorazes,
As luas e os sóis, milhões de estrelas
Convulsionadamente a noite se desenvolve
E nada mais importa,
A porta entre aberta,
Alerta e agrado.
Corcéis e panteras
Lutas e chuvas, tempestades,
Movimentos loucos,
Ancas loucas
Desabridos sentidos, todos
Taquipnéia, taquicardia
Taqui, tique taqui, tique taqui...
Coração, bomba relógio
As horas explodem
A enchente e o dilúvio.
O cansaço, o sono,
O amor se refaz mansamente
E a noite evolui para o amanhecer
Doce e encantador de uma aurora fascinante.
TE AMO!
Publicado em: 11/12/2006 23:13:25
Última alteração:31/10/2008 01:37:55


Eu quero, com certeza
Beber mel e garapa,
E pode me esperar,
Pois você não escapa.

Vou dar um belo trato,
Fazer um cafuné,
Carinho tão gostoso,
Beijinhos no seu pé.

Acendo esta fogueira
Que nada mais apaga,
Vem logo que eu espero,
Seu poço já se alaga...

Não deixo pra depois,
Eu quero tudo agora,
Pois sei, se me provar
Não quer mais ir embora.

Amada nunca deixo
Luar morrer à míngua,
Nos raios resplandece,
Na ponta desta língua...
Publicado em: 06/01/2009 12:29:06
Última alteração:06/03/2009 12:29:06



Estendo o meu desejo
Nos braços que te enlaçam
Os sonhos coloridos
Em bocas que se caçam
Andei por tanto tempo
Em passos mais incertos
Agora eu te concebo
Caminhos vão abertos
Refeito das angústias
Dos medos insensatos
Eu quero em teus arroios,
Sentidos, ritos atos.
Estendo o meu olhar
Na busca por teus olhos
Procuro e nada vendo,
Aguardo os teus sinais
Te quero e sempre mais,
Além do que imaginas,
Se em versos não traduzo
O quanto me alucinas
Perdoe por não ser
Um vate. Que na lira
Desfila em vastidão
O quanto amor carrega.
A sorte embora cega
Agora permitiu
No calor desta entrega
O sonho mais gentil.
Vem ser minha menina,
Eu quero ser teu par
Andança não termina
Sem poder te encontrar,
Por mais que tão longínqua
Eu sinto-te por perto.
No lume das estrelas
Na prata desta lua,
Na mansidão de vales,
No brilho em cada rua.
Nas telas e cinemas,
Nos temas e jornais,
Nos lemas, meus emblemas,
Gosto de querer mais.
Vencendo os dissabores
Que a vida outrora trouxe
Bebendo dos sabores
Dos lábios, mel tão doce.
Assim nesta partilha
Minha alma se incandesce
E bebe com orgulho
Do amor que tu me deste...
Publicado em: 08/03/2008 19:11:58
Última alteração:22/10/2008 15:32:45


Quando achava que sabia de tudo, vi que nada. Nada sabia mais
Sentindo teu toque vi que tudo renasce no toque.
Toque do vento, da voz, das palavras, do mundo e do mar.
Toque da música, da canção, do canto do encanto
Do toque do sonho que não vai permitir que nunca se saiba.
Não vejo mais medo segredo degredo enredo desenredo.
Vejo desejo arquejo versejo beijo e sexo.
Cadê nexo, complexo? Só côncavo, convexo e carne.
Acidez e agudez da carne, armada e desejosa.
Do cerne da rosa, da borboleta, do cometa que cometa
A loucura que salva, que selva, que preme e que lume
Sem treva, com trova sem entrave.
Que se lave e que me leve nas lavas
Nas almas
Nas chamas
Nos cajados
Nos olhos mareados
E corpos marcados
De sol e de sal
Do sal da alma.
Que nunca acalma
Apenas trama
E espera a vinda
Do novo e renovado amanhecer.
Prezes o prazer e
Veja a maravilha de não ser ilha
VIVER!
Publicado em: 19/09/2008 17:18:47
Última alteração:02/10/2008 21:07:07




Percorro meus delírios, sonhos, medos...
Segredos ponho, barcos e tempestas;
Festas e fantasias, carnaval...
Aval de Deus permite cada luz...
Iluminas as minas de minha alma...
Acalmas todas dores que virão.
Por certo não conjugas sofrimento
Com meus desejos mais sutis, carinho...
Num átimo, meu último segundo.
Caçando tais estrelas ness’astral.
Sim, nossa verdadeira manhã morre.
Escorrem dos meus dedos, nossa vida.
Ávida vida, deve breve vértice...
Artífice da sorte, motes mortes...
Temo o temor, tremendo teus tentáculos.
Meus oráculos mentem, nada tenho...
Venho desse jamais tivesse sido...
Duvido do óbvio, vingo minhas chagas.
Algas nas águas, mágoas nas lagoas;
Entoas novas loas, trovas, canto.
Tanto tempo terei temporal, medo...
Segredo meu segredo segregado...
Minhas minas terminas temerária.
Na confusão dos cios, ciclovia...
Havia álibi, livre colibri.
Mas quando vi, estavas só vagando...
E te perdi, pedi a penitência.
Feche teus olhos, veja o meu desejo.
Num martírio, deliro e nada resta,
Pela fresta, janelas, portas... Morta
A solidão, revive viva vida.
Não quero mais senão, sertão, serralha.
Nem a canalha forma que me forma.
E que me informa: foste tão fugaz...
Publicado em: 27/09/2007 13:59:04
Última alteração:30/10/2008 14:34:28



Helena, cada verso que eu preparo
À musa inspiradora, pode crer,
No amor tão delicado sempre amparo
O passo que decerto, vou fazer.
Em ti vejo um carinho doce e raro,
Gostoso de provar e de viver.
Tu és a minha musa inspiradora,
Por isso minha amada, venha agora!
Publicado em: 05/11/2007 22:01:41
Última alteração:24/10/2008 15:02:15



Das minhas próprias paixões
Algumas nem vou falar,
Povoadas de ilusões
Só me fizeram chorar...

Como quando eu encontrei
A rosa no meu caminho,
Depois eu bem reparei,
Pouca flor pra tanto espinho.

A rosa me machucando,
Me espetando de ciúme,
Seu espinho foi cravando,
Esqueceu que tem perfume.

Outra flor que magoou
Margarida e malmequer,
Meu amor despetalou,
Nos braços desta mulher.

Eu agora apaixonado,
Minha esperança não morre,
Espero essa flor do cerrado,
Depressa, vem, me socorre!
Publicado em: 18/02/2007 11:48:22
Última alteração:30/10/2008 16:35:46



TE AMO!!

Me perco, manso e safado, asco e desejo,
Arpejo e salamandra, enormes vagalumes...
Colibris e paraméceos, cios e senzalas...
Sou mar e marina, amaria e não amar
Rumar por ruas e aspas, métricas e rimas,
Cismas e sismos. Cinismos.
Me perco...
Nada mais posso dizer, viver é saber mar.
Mar que não freqüento, vento que não tenho,
Cenho já fechado, arado que não ara, ar, aragem...
Paragem, freno e fornalha, parafernália.
Meu último segundo, mundo que inibe, bélico...
Eólico, fatídico, fraternal e farsante.
Farsa andante, ando meio à toa. À tona. Átona...
Teimo com tremas e temas, átomos, tomos
E temeridades.
Temer idades.
Temer cidades.
Temer os hinos,
Termino
Término.
Termos e hinos,
Meninos...
Meus hinos e meus mimos, martírio.
Quero o gosto, gozo e gesto.
Vivo pro gasto, pro fausto e pro fastio
Pro afã, profano...
Giro por entre gestos incontestes com testes, contextos.
Com textos e texturas.
Puras peraltices.
Altas pernas, pernaltas, pernas longas...
Pernilongos, longos, logos, lagos, escunas
E lagunas.
Lacustre sonho, medonho me exponho e me ponho no mar...
Ar e medo, arremedo absoluto. Absurdo,
Surdo a soldo, sola, soldado...
Calo e refaço,
Farsa e cobrança
Aliança.
Mansidão....
Te amo e que se dane!
Publicado em: 03/10/2007 20:47:24
Última alteração:30/10/2008 13:42:49



TE AMO!!

Quero o beijo mais ardente
Da morena tão gostosa,
Tua boca uma aguardente
Delicada e perigosa

Me inebria e não se cansa
Mas sacia os meus desejos,
Todo o prazer que se alcança
Nesta boca farta em beijos.

Cafunés e tesas sendas,
Lingeries tão delicadas,
Nestas sedas, belas rendas,
Moreninha bem safada

Sabe que nas transparências
Me domina e me conquista,
Semi-nuas indecências,
Não há quem amor resista.

Na delícia desta cama,
Maravilha de dossel,
Meu amor cedo me chama,
Me carrega para o céu

Ponteado por estrelas,
Prateado pela lua,
Tuas coxas duras, belas,
Quero tê-la, inteira e nua.

Recebendo cada toque
Prazeroso que eu te der,
Deste amor não faça estoque
Venha ser minha mulher

Companheira de viagem,
Minha amiga e camarada,
Eu adoro a sacanagem
Quando vem a madrugada,

Desfrutar de cada cio,
Refazendo a mesma história
Que em loucuras sempre crio,
Para a sorte e pra vanglória.

Vem comigo bem sacana,
Que eu irei com fome intensa,
Meu amor nunca se engana
Sabe dar a recompensa...
Publicado em: 09/10/2007 18:29:19




A vida que renasce os sentimentos
Felizes de quem sonha liberdade,
Porta aberta permite mansos ventos,
Amores que escancaro na cidade...

Receba suavemente meu recado,
Permita que consiga te dizer,
Do coração que sangra apaixonado,
Rasgando todo medo de morrer!

Nas páginas do livro desta vida,
Marcadas por perfume e chocolate,
Nossa história refaz-se repetida,
No sonho que de noite vem, abate...

E respingam divinas esperanças,
Produzem todo senso de vitória,
Me recordo quando éramos crianças,
Teus olhos não me saem da memória.

Brincávamos libertos, nossa rua;
O mundo que esperávamos imenso,
O pensamento voa, vai, flutua.
A paz vem me invadindo traz incenso...

Olhávamos distantes amanhãs,
Sorvíamos da vida pura essência.
Tu eras minha linda cunhatã,
A vida sempre fora essa inocência.

Sorriamos de tudo sem ter medo,
Dançávamos, nos sonhos pueris,
Guardávamos embalde tais segredos,
Mas o céu se ofuscou nas cores gris...

Nascemos de vitelos tão selvagens,
Vertíamos desejos mal contidos,
Durante nossas lúdicas viagens,
As bocas se perderam nos olvidos...

Nos ouvidos perdiam-se as línguas
Mas nada se podia comparar,
Nossos comas tetânicos às minguas,
As mãos se deliciam, passear...

Mas nada disso foi realidade,
Delírios desse jovem tresloucado.
Mudaste teu reinado de cidade,
Restou-me então ficar, descompassado...

Eu conheci diversas companheiras,
Neste jogo cruel da sedução.
As loucuras tornaram verdadeiras
Embrenhei tantas matas no sertão.

Sutilmente, não tive mais sossego,
Me casei, descasei, casei de novo...
Pela vida fingi perder apego.
Mentiras não me causam mais estorvo...

A ponta desta lança que deixaste,
Partida não permite mais a guerra,
Escuridão que sempre iluminaste,
Agora vem percorrendo toda a terra.

E vives és eterna no meu peito.
A foto que guardei sempre revejo...
O mundo vai rodando do seu jeito,
A memória não trai o doce beijo...

És o amor que recorro, sempre amigo,
Nos momentos ferozes, solidão...
Teu retrato carrego bem comigo,
Amuleto que salva o coração...

És paixão que jamais irá morrer,
Nunca quero nem posso te deixar.
Esqueci tentação de te esquecer.
Para sempre, decerto, eu vou te amar...

A beleza feliz que sempre trazes,
Emoldura o passado que foi meu...
Nos meus sonhos delírios mais audazes,
Um poema divino, santo ateu...

Não me deixes, jamais teria forças,
Se seguisses caminhos tão diversos.
Nos teus lépidos passos, fossem corças,
Resumem minhas musas e meus versos...

Agora, cedo soube da chegada,
Vieste retornaste para cá.
Minha alma pede força redobrada,
O que fazer, o tempo me dirá!

Mas, pensando, te imploro que não venhas,
Meu amor louco irá desmoronar,
A chama do meu peito pede lenhas,
O carvão que jamais vai retornar...

Não quero nem procuro te rever,
Decerto nunca mais serás tão minha
O sonho que vivi pode morrer,
És retrato por sobre escrivaninha...

És o que foste e nunca mais serás.
Simplesmente passado que ficou...
Não és o hoje, decerto não virás,
És a felicidade que restou....
Publicado em: 28/12/2007 20:14:03
Última alteração:22/10/2008 21:26:39



Falando deste amor que, em si, se basta

Na noite tão profana quanto casta

Desejos se confundem livremente.


Te quero e te desejo, eu não minto

No furacão tão manso que eu me sinto,

Plantando em nosso amor sacra semente.


Que traga enfim a flor do desvario

Morrendo nasce em fruto, santo cio,

Qual fora uma crisálida desperta.


A borboleta nasce de uma larva

A vida que passou, deveras parva

Agora se ressurge em rosa aberta.


Eu quero mais que tudo poder ser

A divinal presença do prazer

Mesmo distante assim, amor platônico...


Que quer felicidade de quem ama

Que viver por poder roubar a chama

Deste desejo esplêndido e atômico...




Esse amor insensato que me move
Comove com carinho e com prazer
Viver sem teu amor não posso mais
Demais amor assim. Vou me perder...

Prender-me em teus laços, sem ter medo,
Segredos e carícias que trocamos.
Amamos nosso amor assim somente,
Semente do futuro que sonhamos...

Atamos nossos rumos e destinos.
Sem tino caminhamos pelas ruas;
Flutuas nos teus passos, cara amada,
Cercada por estrelas, tantas luas...

Vais nua no corcel que desejaste
Sonhaste com amor que sempre tive.
Estive em teus momentos de ilusão
Numa emoção que nunca, em mim, contive...

E vive nosso amor em cada dia
Na poesia viva, puro encanto,
Teu manto me recobre e me traz paz,
Capaz de terminar todo o meu pranto.

Se tanto amor nós temos; pois, querida;
Na lida por um mundo bem melhor,
Decoro meu amor no teu desejo
E vejo nosso amor, meu bem maior!
Publicado em: 21/01/2007 10:37:37
Última alteração:30/10/2008 16:59:56




Em tuas mãos divinas, esperança
Dançando sem ter pressa de parar
Aparo todas dores que sentia
Sem tino sem querer nem descansar.
Avança a noite em dança, na promessa
Confessa que sem paz não posso mais
Se mais do que demais não sou capaz
Aurora traz cantigas mais antigas
Periga meu amor não te encontrar...
Mas vejo teu retrato na parede
E sigo sem ter tempo nem vontade.
Amar é sempre ter tranqüilidade?
Não sei se vou matar a minha sede,
Dos seios e do sexo mais gostoso
Que tanto prometemos mas não há-de
Nem todas seduções, nem nas estrelas
Que belas se repetem tantas velas.
Ao vê-las se espalhando pelo céu.
Cobertas deste véu incandescente
Tirando nossas roupas, tal nudez
Repete nossos sonhos mais vorazes...
Mas amo teus desejos incontidos
Em meio aos nossos sonhos de prazer...
Publicado em: 21/01/2007 22:56:18
Última alteração:30/10/2008 16:59:23



Quando na contraluz, em transparência
Te vi chegar ao quarto, me perdi...
Uma Afrodite em festa estava em ti,

Tive que me conter, impaciência...
E quando me chamaste para amar,
Às portas do divino paraíso

Não pude me conter, e sem juízo
Eu mergulhei no azul deste mar.
Rolamos pelo Olimpo, na loucura

Que trouxe-me ambrosias e manás,
Depois de tanto amor, dormir em paz,
Sentindo em tua pele, brônzea cura...

Publicado em: 27/02/2007 16:49:18
Última alteração:30/10/2008 16:50:24


Meus beijos como seta te penetram
Adentram teus espaços, tuas metas
Testando os teus limites não se cansam,
Mordiscam seios, coxas, peras, nádegas.
Libertos vão audazes e te entranham
Aguardam teu jorrar em umidade.
Na luta pelo corpo, são guerreiros,
Limites só conhecem no infinito.

Meus beijos bandeirantes explorando
A tua geografia acidentada,
Os morros, vales, montes depressões
Encharcam-se no pântano sal/sol.

Fornalhas reconhecem pelo toque
As lavas engolidas, derrocadas.
Ourives de tesouro inesgotável
Meus beijos, nossos beijos, fogo fátuo...
Publicado em: 17/09/2007 20:27:00
Última alteração:30/10/2008 15:44:14





Sentindo-me qual fauno que te entranha
Com lanças fumegantes dos desejos.
Querendo ter a sílfide perfeita
Rolando em minha cama, lambuzada
Em gozos e salivas misturados
Arfantes devaneios, seios, bocas.
Nas avalanches gêiseres vulcões,
Na fúria de dois corpos que se querem
Libidos vão expostas insensatas
Porém bem mais exatas línguas, dedos...
Famintas erupções em méis diversos,
Acendem labaredas, fogaréu
E levam sem pecados, para o Céu...
Publicado em: 18/09/2007 06:33:06
Última alteração:30/10/2008 14:35:12



De tantas coisas que eu vi, falo em verdade
Que poucas me trouxeram alegria.
Felicidade foi quase que um sonho,
Mas sinto que não foi só fantasia

O amor que despertaste no meu peito,
Usando o teu poder de sedução,
Sorrisos em malícia, transparências,
Ardências de vontades, tentação...

E mesmo já sabendo que partiste
Em busca de outros braços, eu te juro
Que sou feliz por ter te conhecido,
Um relampejo intenso em mundo escuro...

Publicado em: 22/09/2007 10:53:59
Última alteração:30/10/2008 13:38:48



A vida que renasce os sentimentos
Felizes de quem sonha liberdade,
Porta aberta permite mansos ventos,
Amores que escancaro na cidade...

Receba suavemente meu recado,
Permita que consiga te dizer,
Do coração que sangra apaixonado,
Rasgando todo medo de morrer!

Nas páginas do livro desta vida,
Marcadas por perfume e chocolate,
Nossa história refaz-se repetida,
No sonho que de noite vem, abate...

E respingam divinas esperanças,
Produzem todo senso de vitória,
Me recordo quando éramos crianças,
Teus olhos não me saem da memória.

Brincávamos libertos, nossa rua;
O mundo que esperávamos imenso,
O pensamento voa, vai, flutua.
A paz vem me invadindo traz incenso...

Olhávamos distantes amanhãs,
Sorvíamos da vida pura essência.
Tu eras minha linda cunhatã,
A vida sempre fora essa inocência.

Sorriamos de tudo sem ter medo,
Dançávamos, nos sonhos pueris,
Guardávamos embalde tais segredos,
Mas o céu se ofuscou nas cores gris...

Nascemos de vitelos tão selvagens,
Vertíamos desejos mal contidos,
Durante nossas lúdicas viagens,
As bocas se perderam nos olvidos...

Nos ouvidos perdiam-se as línguas
Mas nada se podia comparar,
Nossos comas tetânicos às minguas,
As mãos se deliciam, passear...

Mas nada disso foi realidade,
Delírios desse jovem tresloucado.
Mudaste teu reinado de cidade,
Restou-me então ficar, descompassado...

Eu conheci diversas companheiras,
Neste jogo cruel da sedução.
As loucuras tornaram verdadeiras
Embrenhei tantas matas no sertão.

Sutilmente, não tive mais sossego,
Me casei, descasei, casei de novo...
Pela vida fingi perder apego.
Mentiras não me causam mais estorvo...

A ponta desta lança que deixaste,
Partida não permite mais a guerra,
Escuridão que sempre iluminaste,
Agora vem percorrendo toda a terra.

E vives és eterna no meu peito.
A foto que guardei sempre revejo...
O mundo vai rodando do seu jeito,
A memória não trai o doce beijo...

És o amor que recorro, sempre amigo,
Nos momentos ferozes, solidão...
Teu retrato carrego bem comigo,
Amuleto que salva o coração...

És paixão que jamais irá morrer,
Nunca quero nem posso te deixar.
Esqueci tentação de te esquecer.
Para sempre, decerto, eu vou te amar...

A beleza feliz que sempre trazes,
Emoldura o passado que foi meu...
Nos meus sonhos delírios mais audazes,
Um poema divino, santo ateu...

Não me deixes, jamais teria forças,
Se seguisses caminhos tão diversos.
Nos teus lépidos passos, fossem corças,
Resumem minhas musas e meus versos...

Agora, cedo soube da chegada,
Vieste retornaste para cá.
Minha alma pede força redobrada,
O que fazer, o tempo me dirá!

Mas, pensando, te imploro que não venhas,
Meu amor louco irá desmoronar,
A chama do meu peito pede lenhas,
O carvão que jamais vai retornar...

Não quero nem procuro te rever,
Decerto nunca mais serás tão minha
O sonho que vivi pode morrer,
És retrato por sobre escrivaninha...

És o que foste e nunca mais serás.
Simplesmente passado que ficou...
Não és o hoje, decerto não virás,
És a felicidade que restou....
Publicado em: 27/09/2007 21:03:56
Última alteração:30/10/2008 13:45:09



Te amo
Meu verso,
É preciso
E não mente,
Repete
Repente
Vagando
Teus mares.
Amares
Marés
Moréias
E montes
Sereias
E fontes.
Azeites
E anis.
Teu corpo
Meu gole
Recebo
Este vinho
Bebendo
Mansinho
Carinhos
E fé
Cafunés
E desejos
Cabelos,
Novelos
De pernas
E coxas.
Realces
Remansos
Recatos
Além
Regatos
Percorro
Socorro
Não vem...
Sou teu
Tô à toa
À tona
A vontade.
Vertendo
Meu gozo,
Teu riso,
Em nós...
Publicado em: 29/09/2007 21:49:16



TE AMO!

Eu sei que tu jamais retornarás,
O medo se aproxima, traz seu cheiro...
Na porta dos palácios me permito,
Viver esta esperança sem juízo...
Eu sei que terminou o nosso caso,
Não pude receber o teu recado.
O jeito foi fingir que não te quero,
Meu pranto percorrendo todo o rosto...
Vasculho cada ponto de partida,
Encontro solução mas não vigoro,
Enluto um coração tão sem coragem,
A mão que acaricia também bate...
Nos bailes que freqüentas, nada danço
Os olhos espremidos de tristeza.
Me deste solidão que não mereço.
Tropeço cada passo, sem perdão...
Avanço teus castelos, fantasia,
Amores que não pude constatar,
Balanças tuas mãos num até breve,
Capítulos refeitos desta história...
Digeres cada beijo que te dei,
Espremes sem piedade, meus sorrisos,
Farpas esparramadas pelo chão.
Guardaste minhas dores num recanto,
Hoje descobri quanto me negavas,
Idolatrei teus passos, infeliz...
Joguei as esperanças neste lixo.
Lograste tantas falas mais hipócritas,
Mentiste sobre cada novo fato,
Na mão direita levas meu amor
Ostentas teu sorriso de vingança...
Percebo que não queres o meu braço
Quebraste meus encantos sem perdão,
Resgato meu amor no teu regato,
Saudade foi herança que sobrou.
Tarântula devora o pobre macho,
Urdindo tantos planos que nem sei,
Vinganças que te movem, cada passo...
Xingaste que te amou e não quiseste...
Zeraste tanta vida sem piedade...
Amor, então perdoa, vivo pálido,
Basta desse querer assim, esquálido,
Na barca da saudade, sou inválido,
Teus olhos se mostraram, belos, cálidos...
Não pude constatar porque sou plácido
Vestidos que queimaste, jogas ácido,
Esvaindo nas quimeras, somos gélidos,
Nos versos que te faço, caço métrica,
A noite dos amores, vem mais tétrica.
Vontade de te ter, machuca pétrea,
As mãos a percorrer, fustigam límbicas,
Querem-te devorar, mas são tão tímidas,
No escárnio que te move, finges úmida,
Mas sei que não me queres és tetânica
Espero que perdoes cada cântico,
Não sei fazer meu verso mais romântico,
Amor que dediquei, enorme, atlântico,
Tentava ser mais manso, e mais pacífico,
Não pude nem fingir que fosse bélico,
Os ventos que me movem, força eólica,
As dores que sentimos, forte cólica,
Por fim nos dividimos, bola e búlica...
Nos vestiu, tanto tempo, a mesma túnica;
Sorrindo me demonstras como és cínica,
Beijando me mordeste qual famélica.
Quem vê o teu sorriso mais angélico,
Não sabe distinguir como és atômica,
Deixaste tanta gente assim, atônita,
No fundo te fizeste catatônica,
Mentiste com verdade cruel cômica,
Minha garganta cala, mais afônica,
Viver sem ser feliz é minha tônica...
Agora que mataste não se ria,
O mundo que navego perde ria,
Na porta da saudade que seria,
Não posso me esquecer do que se via...
Amor, agora chega aqui do lado,
Te quero, vem fazer um cafuné,
Não deixe tanta coisa assim de lado,
Não posso me encantar, perder a fé,
Amada, vem sacode essa roseira,
A noite que me trazes, companheira,
Te quero, na verdade assim como és...
Publicado em: 01/10/2007 08:17:08



Tua boca tocando minha boca
Momento de raríssimo prazer,
Roçando minha pele em tua pele,
Navego por teu mar a me perder
Até chegar ao cais mais desejado,
Ancoradouro belo de saber
Aberto às tempestades e naufrágios
Dos gozos em ardente profusão.
Apascentando o fogo do desejo
Depois do amor que é feito em perfeição.
Nas locas em que guardas teu tesouro,
Nas minas onde encontro os diamantes
Que sonho, raridades feitas jóias,
Delírios de dois loucos navegantes...
Publicado em: 10/10/2007 19:03:28
Última alteração:30/10/2008 11:43:32



Te vejo como o porto de partida
Da vida que procuro sem dar tréguas
Por léguas tão distantes, muitas vezes,
Há meses te busquei, meu grande amor.
No andor, em praças, paços e caminhos,
Por ninhos e por sonhos, minha glória.
Na merencória lua que não veio
No seio da esperança companheira.
Inteira e desejada em cada cais,
Jamais hei de deixar de te querer...
Publicado em: 30/10/2007 13:59:01
Última alteração:24/10/2008 14:49:28




Teu amor vou procurando
Não me canso e nem desisto,
Os meus versos te chamando
Vão mostrando que eu existo,
O sol brilha no horizonte
Aquecendo a bela fonte

Dos desejos que me tomam,
Da vontade de te ter.
Nossos corpos quando somam
Multiplicam meu prazer.
Não me esqueço um só segundo
Deste amor, maior do mundo...
Publicado em: 03/11/2007 10:13:50
Última alteração:24/10/2008 14:48:55




Nas bênçãos deste amor
Amor que tanto quero
Espero a cada dia
Um dia que virá.
Virá nos lábios teus
Teus olhos, salvação
Ação de benção rara.
Amar sem ser amaro
Amar sem ter amarras
Nas asas da alegria.
Do dia que sei claro
Do amor em quem me amparo
Amarro minha sorte.
Sem corte ou cicatriz
Todo o bem que já se quis
No qual sou mais feliz..
Publicado em: 13/11/2007 22:28:01
Última alteração:26/10/2008 19:26:32



Falar de tanto amor, meu paraíso,
Da divindade imensa que é Cupido,
Sabendo que a vontade é te rever
Em cada novo sonho que tiver,
Pois saibas da delícia, ser feliz,
Roubar cada matiz do amanhecer.
Nesta viagem louca que fazemos
Beijando tua boca, elos fortes.
As setas nos apontam novo dia,
Cometas que despontam, nosso céu.
No mel de uma alegria sem limites
Em mim, toda a certeza de ficar
Publicado em: 16/11/2007 06:14:40
Última alteração:24/10/2008 15:13:38



Amada que imortal resistirá
Às pedras, duros cardos do caminho,
A luz que eternamente brilhará
Permite que imagine bem mansinho
O dia que decerto nascerá
Proliferando amor em cada ninho.
Desejo a rosa bela e sensual
Da amada que hoje sei ser imortal!
Publicado em: 22/11/2007 15:24:54
Última alteração:24/10/2008 15:15:21


no bosque da esperança
bebi os teus segredos
agora sei que és minha
inapelavelmente...
nas fantasias todas
palavras soltas
vontades dispersas
unidas num só sentimento
do amor sem fim...
Publicado em: 08/12/2007 16:32:39
Última alteração:24/10/2008 15:19:4



Lembra-te, minha amada, aquela tarde
Quando estávamos sós, desejo intenso.
Um refúgio tranqüilo nos teus braços
Vontade de te ter, amor imenso.

Cada lágrima nossa, de alegria,
Cada nova emoção, a descoberta.
Flor que procura amor no jardineiro
Uma nova esperança que desperta.

A tarde passando, a noite veio.
Em teus seios promessas mais sutis.
E toda a poesia nos trazia
Um mundo novo, livre dos receios...

Lembra-te aquela tarde, meu amor,
Jamais esquecerei cada segundo...
Numa infalível cura, nossa vida.
Amor nos redimiu. Tocou bem fundo...
Publicado em: 21/12/2007 08:49:41
Última alteração:23/10/2008 07:24:37



TE AMO!


Tempo passa depressa demais...
A temperatura baixa...
Faz com que fique aqui sentada...
Ao pé da lareira...
Entre mantas macias...
Olhos fechados...
A pensar em ti...
Nessas mãos que, segredos
desvendam, provocam arrepios..
Gemidos arrancam...
Em mim....
Entre desejos e paixões..
Intensamente vividos............





Vencido pela saudade
Deixado na solidão,
Vai batendo o coração
Sem saber felicidade.
Procuro uma novidade
Que me traga teu perdão
Pelas ruas da cidade,
Mas só escuto teu não.

Tanta dor e tanto engano
Que já tive nesta vida
Meu amor logo decida
Qualquer que seja teu plano
Amor sempre soberano
Minha noite está perdida
Minha sorte decidida
Não quero viver insano.

Não me fale que esqueceste
Desse amor que tanto quis
Por eles vou infeliz
Em nada te convenceste.
Pois logo te aborreceste
Com os versos que te fiz,
Da saudade sou matiz
Desde que, amor, perdeste.

Nada faço sem perder,
Minha vida é incompleta
Nem consigo ser poeta
Quanto mais te convencer.
Tudo que quero saber
Qual teu rumo, tua meta.
Minha vida se completa
Nesse amor que quero ter,

Tua boca carmesim,
Tua pele de alabastro,
Meu amor perdeu o lastro,
Tenho que viver assim?
Mas eu tento até o fim.
“No meu céu, tu és meu astro,
Por isso sigo teu rastro,
És princípio e és meu fim...”

MARTA TEIXEIRA
ML
Publicado em: 29/12/2007 08:53:41
Última alteração:22/10/2008 21:23:19


Quando percebo; o fim da noite vem,
Trazendo essa alvorada com o sol,
Manhãs tão radiantes, são promessas,
Da vida renascendo sem tempestas...
Meus medos são desejos não cumpridos.
A sorte nada faz senão mentir...
Me cabe nessa história ser poeta.
À parte do que sinto, nada falo...
Queria transformar os meus caprichos,
Mas omitindo, vou seguindo mudo...
Repito meus dilemas, num soneto;
A morte s’aproxima, mas me calo...
Revendo por rever os meus problemas,
Quem dera nada fosse tão difícil.
Em versos brancos, fiz sentidos vários...
Canários vão cantando, nessa mata.
Me mata essa saudade de você.
Você que me permite então sonhar.
Sonhar que é outra forma de viver...
Viver sem ter segredos, traz verdade;
Verdades são momentos de prazer;
Prazer dos beijos loucos que me deste,
Deste mundo jamais vou me evadir;
Evadir por quê? Sinto essa presença...
Presença mais vital, felicidade...
Felicidade brilha no horizonte.
Horizonte trazendo novo dia...
Dia mais feliz, quero, de fato...
Fatos novos são luzes sobre trevas...
Trevas que na minh’alma são tristezas;
Tristezas por saber que nada sei,
Sei somente do canto que ensinaste,
Ensinaste, depressa, a não morrer...
Morrer dessa saudade, dor cruel,
Cruel como a distância que guardaste,
Guardaste, sem saber a minha luz,
Luz dos teus olhos vão brilhando, cegam...
Cegam um coração vadio, louco...
Louco dessa vontade de saber.
Saber em que caminhos, te perdi...
Perdi na minha luta contra a morte.
Morte que se traduz, em não te ter...
Publicado em: 03/01/2008 12:44:04
Última alteração:22/10/2008 19:28:06



O sonho que, em amor, se emoldurava,
Na glória de poder tê-lo vivido,
Fulgura em nossa vida, intensa lava,
Permite conceber desconhecido,
Amor não reconhece qualquer trava,
Domina em mansidão todo sentido.
Nas tramas deste amor eu concebi,
O sonho que encontrei, somente em ti..
Publicado em: 05/01/2008 13:35:50
Última alteração:22/10/2008 19:58:37




Bebendo cada pote do teu mel,
Adorno minha boca com a tua.
Vagando no teu corpo, teu corcel
Domando tua pele, clara e nua..
Vencido por vontades sem limites.
O amor que a gente faz não quer palpites.
Publicado em: 08/01/2008 12:51:39
Última alteração:22/10/2008 19:36:51



Vem logo que a noite
Prepara um pernoite
Distante do açoite
Que tanto maltrata
Te ter novamente
Amor que é da gente
Fazendo contente
Na paz que retrata

Beijando teu seio
Sentindo este anseio
Sequer um receio
Pode-nos calar.
Eu sinto o teu cheiro
Calor verdadeiro,
Do mar timoneiro
Que vai me guiar...

Saber da alegria
De toda euforia
Na nossa folia
Tanto por fazer.
Vencendo o meu medo,
Amor sem brinquedo
Se mostra bem cedo
Em todo prazer....
Publicado em: 01/04/2008 06:39:25
Última alteração:21/10/2008 20:15:54



Amor, nosso canteiro
Aonde um verdadeiro
Sonhar mais altaneiro
Encontra floração.
Vibrando dentro em mim,
Amor que não tem fim,
Aguando o meu jardim,
Que é feito em coração.

Eu quero me embalar
Nos raios de um luar,
No amor em preamar,
Deitando nesta areia
Sentindo o calmo vento
Tocando o pensamento
Vivendo este momento
Em noite/lua cheia.

Sentindo o teu perfume,
Vagando lume a lume
Deixando que um queixume
Já morra, quase à míngua.
Beijando a tua boca,
Em noite sempre louca,
No amor que assim se enfoca
Roçando a tua língua.
Publicado em: 10/04/2008 07:00:17
Última alteração:21/10/2008 18:20:55

TE AMO!
Sem ter nada por dizer
Desse tanto que já disse
Por ter medo de viver
Sem ter nada que afligisse
Pelo canto mais sensato
Desse rio, do regato.
Por não temer o cansaço
Por nem ter o teu regaço
Quis fazer essa manhã
Com teu gosto minha amada
Ter no meu peito a terçã
Ter nos olhos madrugada
Sem saber por onde andar
Nem ter medo da saudade
Nem vontade de voar
Quero ter somente a lua
Mudando a forma, mas nua.
Percorrendo cada rua
Como se fosse ela, a tua.
Como poder ser teu colo
Como transformar teu solo
Como navegar ao pólo
Como resistir ao canto
Envolvendo-me no teu manto
Encantando-me teu encanto
Navegando no teu mar
Procurando teu cantar
Sabendo bem mais te amar
Que poderia essa vida
Ser estrada tão comprida
Que nunca pode estancar
O que sangra sem segredo
Esse amor me dando medo
No meu último degredo
No final dessa cantiga
Que de tanto ou mais antiga
Vai queimando feito urtiga
Fazendo a vida serena
Dando dor a quem tem pena
Dando essa asa a quem não voa
Vou levando a vida à toa
Navegando essa canoa,
Vivendo essa vida boa.
Com o gosto da saudade
No peito essa liberdade
Carregando a vaidade
De ser livre, sem ter medo.
De saber qual o segredo
Para poder suportar
As dores mais poderosas
Vou tentando perfumar
Com os olores das rosas
A quem queira me amar.
Quero saber dessa sina
Que me traz a ti, menina.
Que me faz sentir, calor,
Nos braços do meu amor
Na rede toda preguiça
Que vem, prende me atiça.
Me dando essa sensação
De chegar nesse meu chão
Carregado de perdão;
Lavando toda certeza
Na chuva da madrugada
Tornando desesperada
Cada ausência sem você
Querendo, só por querer.
Querendo sem nem poder
Amar quem nunca esqueci
Na vida que já perdi,
Na curva dessa esperança
Ser de novo tão criança
Trazendo em minha lembrança
O gesto mais delicado
Onde amor tornou-se fado
A vida dando o recado
O medo andando de banda
Pesando o peito sofrido
Que por muito já vivido
Leva seu tempo perdido
Vai em busca da certeza
De encontrar essa beleza
Que todos chamam verdade,
Mas pra mim, sinceridade.
Conhecendo a liberdade
Chamo de FELICIDADE!
Publicado em: 02/10/2008 07:44:53
Última alteração:02/10/2008 13:43:20


Buscando em nosso amor, doce remanso,
Um sonho que se mostra em alegria,
A cada novo passo, mais alcanço
O mundo que eu sonhara e que pedia
A Deus em um momento bem mais manso,
Envolto totalmente em poesia
Olhares serenados, tanta paz,
Sossego e calmaria; amor me traz...

Publicado em: 30/10/2008 13:12:04
Última alteração:02/11/2008 20:26:41


Quem dera se Razão ouvisse o canto
Que trago no meu peito sonhador,
Talvez não sofreria mal de amor
Que em noites me maltrata, sempre e tanto.
Na vida não teria desencanto.

Quem dera se Razão fosse presente
Em toda essa paixão que me devora
O sofrimento logo iria embora
A paz, em minha vida, de repente,
Matando a solidão, essa serpente.

Amor que não consigo mais calar
Em voltas e revoltas sem ter paz.
Vivendo num deserto mais tenaz
O mundo em sofrimento, sem parar.

Espero que a razão esteja aqui,
E deixe que eu prossiga meu caminho,
Em busca de viver tranqüilo ninho
Nos braços deste amor que já perdi...
Publicado em: 04/11/2008 11:32:05



Morena do sul
Ventania
Minuano
Minueto
Que dueto
Não vai só,
Põe a lua na janela,
Refletindo a luz revela
Quando sela o meu futuro
Este céu jamais escuro
Este solo outrora duro
Salta o muro e chega aqui.

Sou cativo
Vivo assim,
Teu amor
Dentro de mim.
Primavera diz jardim
Jardineiro sempre espera
A florada que virá...
Publicado em: 25/11/2008 20:00:51
Última alteração:06/03/2009 16:40:39

Bebendo cada pote do teu mel,
Adorno minha boca com a tua.
Vagando no teu corpo, teu corcel
Domando tua pele, clara e nua..
Vencido por vontades sem limites.
O amor que a gente faz não quer palpites.
Publicado em: 09/01/2009 13:06:40
Última alteração:06/03/2009 11:39:56


Amada que imortal resistirá
Às pedras, duros cardos do caminho,
A luz que eternamente brilhará
Permite que imagine bem mansinho
O dia que decerto nascerá
Proliferando amor em cada ninho.
Desejo a rosa bela e sensual
Da amada que hoje sei ser imortal!
Publicado em: 11/02/2009 06:30:2



Te Amo
A vida que renasce os sentimentos
Felizes de quem sonha liberdade,
Porta aberta permite mansos ventos,
Amores que escancaro na cidade...

Receba suavemente meu recado,
Permita que consiga te dizer,
Do coração que sangra apaixonado,
Rasgando todo medo de morrer!

Nas páginas do livro desta vida,
Marcadas por perfume e chocolate,
Nossa história refaz-se repetida,
No sonho que de noite vem, abate...

E respingam divinas esperanças,
Produzem todo senso de vitória,
Me recordo quando éramos crianças,
Teus olhos não me saem da memória.

Brincávamos libertos, nossa rua;
O mundo que esperávamos imenso,
O pensamento voa, vai, flutua.
A paz vem me invadindo traz incenso...

Olhávamos distantes amanhãs,
Sorvíamos da vida pura essência.
Tu eras minha linda cunhatã,
A vida sempre fora essa inocência.

Sorriamos de tudo sem ter medo,
Dançávamos, nos sonhos pueris,
Guardávamos embalde tais segredos,
Mas o céu se ofuscou nas cores gris...

Nascemos de vitelos tão selvagens,
Vertíamos desejos mal contidos,
Durante nossas lúdicas viagens,
As bocas se perderam nos olvidos...

Nos ouvidos perdiam-se as línguas
Mas nada se podia comparar,
Nossos comas tetânicos às minguas,
As mãos se deliciam, passear...

Mas nada disso foi realidade,
Delírios desse jovem tresloucado.
Mudaste teu reinado de cidade,
Restou-me então ficar, descompassado...

Eu conheci diversas companheiras,
Neste jogo cruel da sedução.
As loucuras tornaram verdadeiras
Embrenhei tantas matas no sertão.

Sutilmente, não tive mais sossego,
Me casei, descasei, casei de novo...
Pela vida fingi perder apego.
Mentiras não me causam mais estorvo...

A ponta desta lança que deixaste,
Partida não permite mais a guerra,
Escuridão que sempre iluminaste,
Agora vem percorrendo toda a terra.

E vives és eterna no meu peito.
A foto que guardei sempre revejo...
O mundo vai rodando do seu jeito,
A memória não trai o doce beijo...

És o amor que recorro, sempre amigo,
Nos momentos ferozes, solidão...
Teu retrato carrego bem comigo,
Amuleto que salva o coração...

És paixão que jamais irá morrer,
Nunca quero nem posso te deixar.
Esqueci tentação de te esquecer.
Para sempre, decerto, eu vou te amar...

A beleza feliz que sempre trazes,
Emoldura o passado que foi meu...
Nos meus sonhos delírios mais audazes,
Um poema divino, santo ateu...

Não me deixes, jamais teria forças,
Se seguisses caminhos tão diversos.
Nos teus lépidos passos, fossem corças,
Resumem minhas musas e meus versos...

Agora, cedo soube da chegada,
Vieste retornaste para cá.
Minha alma pede força redobrada,
O que fazer, o tempo me dirá!

Mas, pensando, te imploro que não venhas,
Meu amor louco irá desmoronar,
A chama do meu peito pede lenhas,
O carvão que jamais vai retornar...

Não quero nem procuro te rever,
Decerto nunca mais serás tão minha
O sonho que vivi pode morrer,
És retrato por sobre escrivaninha...

És o que foste e nunca mais serás.
Simplesmente passado que ficou...
Não és o hoje, decerto não virás,
És a felicidade que restou....
Publicado em: 03/10/2006 23:53:20
Última alteração:31/10/2008 01:49:30



Meu bem, te vi cantando
Com toda uma alegria
Debaixo da janela
Em doce melodia...

Entrando na janela
A lua como um sol,
Num canto mavioso
Eterno rouxinol...

Eu sei quanto é gostoso
Amor que tenho em ti,
Guiando qual farol,
Nos olhos me perdi.

Nem sei mais se consigo
Achar meu rumo, estrada,
Minha alma nos teus braços
Pra sempre enfeitiçada...




Quero prosseguir
Sem nada a perder
Tentando viver
Eu venho pedir

Um cheiro gostoso
Um beijo bem dado
No amor revelado
Assim tão formoso.

Sentindo o perfume
Da rosa tão rara,
Que sempre me ampara
Acende este lume.

E vamos sem medo
Que a noite virá
Trazendo pra cá
Um fino segredo

Do tempo encantado
Do príncipe exato
Que fez deste trato
Destino, seu fado.

Princesa, eu te quero
Deitando esta sorte
No amor que é tão forte
E sempre sincero.

Agora este tempo
Mostrando o caminho,
Salvando este ninho
De atroz contratempo.

Eu quero esta sina
De ser manso assim,
Do sonho sem fim
Que cedo alucina.

Vem logo menina
Me nina, te peço,
Amor que confesso,
Pra sempre domina.

E faz deste mundo
Um mundo melhor,
Amar sei de cor,
Não perco um segundo.

Mergulho profundo
No mar dos desejos,
Tomando teus beijos
Contigo eu me inundo.

E vamos seguindo
O raio da lua,
Que assim continua
Mais forte e mais lindo...
-------------------------------------------------------

TE AMO

No milagre do sorriso
Traduzo tanta alegria,
Tanto amor, meu bem, preciso,
Forrado de fantasia.

Fiz a casa com carinho
Pra você, amor morar.
Passarinho viu o ninho,
Foi embora, revoar.

Na janela não tem tranca
Nem na porta trinco tem,
Toda noite a lua branca,
Forra a cama do meu bem...

Eu te quero mesmo assim,
Mesmo assim, te quero bem,
Meu amor volta pra mim,
Tô sozinho, sem ninguém...
Publicado em: 12/08/2007 06:23:31
Última alteração:30/10/2008 15:09:50


Todo o canto que eu já fiz,
Todo canto que eu fizer,
Meu amor sou tão feliz,
Venha ser minha mulher...

Bem querer é bom demais,
Querer bem melhor ainda
Eu te quero sempre mais,
Uma alegria bem vinda.

Agradeço a Deus do céu,
Que me trouxe até você
Tua boca escorre mel,
Teu amor me dá prazer.

Vou correndo pros teus braços,
Esse é todo o meu desejo,
Vou seguindo passo a passo,
Procurando por teu beijo...
Publicado em: 16/09/2007 20:31:29
Última alteração:30/10/2008 14:35:17



Entregue aos teus desejos sinto o vento
Batendo no meu rosto. Um sentimento
De paz vem me tomando, devagar...

A lua me beijando meiga e pura
Com gestos de calor e de ternura
Envolve-me em braços de luar...

Eu saboreio o gosto da alvorada
Teus seios com delícia de almofada
A fada que sonhei chegou aqui

Caminho de mãos dadas pela vida
Sem ter sequer um gesto de partida,
Felicidade está perto de ti...

O que resta então? Uma alegria
De te poder sentir em harmonia
Andando passo a passo pro futuro.

Tais raios que iluminam nossos dias,
Teus olhos mais solares são meus guias
Neste caminho triste e tão escuro...
Publicado em: 19/08/2007 06:26:37
Última alteração:30/10/2008 15:54:01



Nas noites mais ferinas e vadias,
Rondando pelos postos da verdade,
Ardendo em emoções; as bocas frias
Ao gozos das totais insanidades.
Roubando as emoções em agonias,
Lavrando com totais fragilidades.
Roçando em nossos corpos, ardentias
A marca das dentadas sem alardes.
Publicado em: 19/11/2007 22:16:54
Última alteração:24/10/2008 15:14:34



Estrela perdida nas noites e bares
Vulgares promessas, espessas mentiras
Me atiras nas ruas, sarjetas, calçadas,
Caladas das noites morenas de lua.
E nua se mostra a tantos passantes
Farsantes desejos que vendes e dás.
A paz esperada jamais encontrei
O rei que é vassalo assola meus pés
Que faço se caço e traço pegadas
Por entre mil bares, boites, puteiros.
Mas amo esta luz que se vaga em mil lumes
E deita nas camas motéis e amantes
Instantes depois, voltando da noite
Das boites, açoites nos lábios promete
E repete a dose, faz festa e sacia.
Vadia se entrega sem nexo ou limite.
Publicado em: 02/01/2008 06:38:15
Última alteração:22/10/2008 19:25:02



Querida me desculpe
Se um dia a magoei
Talvez não percebeste,
Porém sempre te amei.

A vida mostra senda
Diversa em cada passo,
Eu sei quanto eu te quero
Comigo em meu abraço.

Espero que repenses
E volte para mim,
Por certo eu estarei
Contigo até o fim...

Meu sonho te buscando
Não vê sequer distância,
Beleza tal, sem par,
Traduz-se em elegância

Meus versos são tão simples
Mas feitos com amor.
Desta roseira nossa
Amor, principal flor...
Publicado em: 03/02/2008 20:27:59
Última alteração:22/10/2008 16:45:59




Nos teus braços sigo
Passarinho voa,
Pela noite afora,
Coração à toa

Bate sem juízo
Não quer mais parar,
Encontrei a paz,
Que fora buscar

Nos braços serenos
Da moça morena
Na boca gostosa
A vida se acena

Feliz e mais pura,
Audaz sensação
De viver em glória
Inverno e verão

Sabendo que um dia
Talvez seja logo,
Nos braços queridos,
Meu amor afogo

E guardo o sorriso
Perfeito e formoso
De um beijo trocado,
Cabelo sedoso

Da moça morena
Menina bonita
Coração dispara
E louco se agita.




TE AMO
Em fogo
Gostoso
Um gozo
No jogo
Denota
Festança
Remota
Esperança
Que trago
No peito,
Afago,
Com jeito
Carinho
Teu ninho...
Publicado em: 05/02/2008 10:14:18
Última alteração:22/10/2008 17:41:19


Em teu corpo
Porto seguro
Seguro teus braços
Abraços e tramas
Tramas desejo
Desejo nos chama,
Chama que deixas
Em deixas e sanhas.
Assanhas vontades
Manhas, meandros,
Senhas e sonhos
Semeias
Certezas
Sementes
e sondas...

Publicado em: 09/03/2008 22:14:47
Última alteração:22/10/2008 15:35:10


Não posso te negar
Quanto que te desejo.
Roçando tua pele,
Roubando cada beijo.

Morena como eu quero
A voz audaciosa
Mostrando quanto a vida
Já pode ser gostosa,

Fazendo em cada verso
Um êxtase sem par,
Sonhando toda noite
Vontade de tocar

Roçar a tua tez,
Lamber a tua boca,
A noite vai passando
Nesta ternura louca

Sorriso de menina
Mulher se dando inteira
Encontro na morena
A deusa e feiticeira

Que tanto desejei
Trazendo a juventude
Perdida há tanto tempo
Em fome em atitude...

Por isso amada, eu sei
Do quanto vale a pena
Roubar-te do cenário
Trazer-te em minha cena...
Publicado em: 03/04/2008 06:15:37
Última alteração:21/10/2008 16:55:57



Qual fora um barco imenso em calmo mar,
Vagando sob os ventos mansamente.
Amor que se faz guia e timoneiro
Invade pela proa, de repente.

E trama em mil procelas novos rumos.
Paixões no ancoradouro coração,
Fomentos das gigantes tempestades
Causando em quem se entrega, convulsão.

Nas ânsias e desejos, mar soçobra
E os lábios se procuram num naufrágio.
Os corpos vão imersos, abissais,
Nesta procela intensa, mesmo frágil...
Publicado em: 07/04/2008 12:40:41
Última alteração:21/10/2008 20:00:28



TE AMO
Meu amor, muito carinho

Só traz carinho pra mim,

Não quero viver sozinho,

Por isso te trato assim,



Quem semeia tanto vento

Colhe muita tempestade,

Tanto amor no pensamento,

Só traz amor de verdade...



Eu te beijo todo dia,

Toda hora se quiser,

Não há melhor melodia,

Pra se cantar pra mulher...



Meu amor, eu te amo tanto,

Nunca canso de te amar,

Tanto amor trazendo encanto

Tanto amor vou te cantar...



Toda manhã bem cedinho,

Antes de eu ir trabalhar

Não me esqueço do carinho,

Para sempre eu vou te amar!
Publicado em: 21/04/2008 07:58:18
Última alteração:21/10/2008 13:18:24



Quando percebo; o fim da noite vem,
Trazendo essa alvorada com o sol,
Manhãs tão radiantes, são promessas,
Da vida renascendo sem tempestas...
Meus medos são desejos não cumpridos.
A sorte nada faz senão mentir...
Me cabe nessa história ser poeta.
À parte do que sinto, nada falo...
Queria transformar os meus caprichos,
Mas omitindo, vou seguindo mudo...
Repito meus dilemas, num soneto;
A morte s’aproxima, mas me calo...
Revendo por rever os meus problemas,
Quem dera nada fosse tão difícil.
Em versos brancos, fiz sentidos vários...
Canários vão cantando, nessa mata.
Me mata essa saudade de você.
Você que me permite então sonhar.
Sonhar que é outra forma de viver...
Viver sem ter segredos, traz verdade;
Verdades são momentos de prazer;
Prazer dos beijos loucos que me deste,
Deste mundo jamais vou me evadir;
Evadir por quê? Sinto essa presença...
Presença mais vital, felicidade...
Felicidade brilha no horizonte.
Horizonte trazendo novo dia...
Dia mais feliz, quero, de fato...
Fatos novos são luzes sobre trevas...
Trevas que na minh’alma são tristezas;
Tristezas por saber que nada sei,
Sei somente do canto que ensinaste,
Ensinaste, depressa, a não morrer...
Morrer dessa saudade, dor cruel,
Cruel como a distância que guardaste,
Guardaste, sem saber a minha luz,
Luz dos teus olhos vão brilhando, cegam...
Cegam um coração vadio, louco...
Louco dessa vontade de saber.
Saber em que caminhos, te perdi...
Perdi na minha luta contra a morte.
Morte que se traduz, em não te ter...
Publicado em: 26/04/2008 10:58:54
Última alteração:21/10/2008 13:32:17



TE AMO


Danças
Lanças
Enredos
Salsas
Tangos
Sambas
Cangas
Praias
Sóis.
Areia
Centelha
De brilho
Inesgotável.
Mover quadris
E ser feliz...
Serenidade
Sem medo
Segredo
Da vida...
Acordes
Açudes
Acodes
Ajudes
E venha comigo.
Que o dia amanhece
E o sol permanece
Aquece
Atrela
Estrela
Que brilha
Etérea
Eterna.
Éteres
Quereres
Prazeres
Sem fim.
Florada
E jardim
Lavanda
E jasmim
Que faço
De mim?
Amor em pedaços
Percalços esqueço
E quanto ofereço
Desfrutas comigo,
Do amor sem castigo
Do encontro em abrigo
Do verso em que digo
O quanto te quero.
E espero
O veredicto:
Te amo!
Publicado em: 31/07/2008 19:15:28
Última alteração:19/10/2008 22:06:56



Diluído sonho
Exponho em verso
Único verso
Versão do nada
Alada espera
À vera Cruz
Cruzando mares,
Altares nus.
Eu tenho a luz
Dos olhos teus
Vencendo espaços
Singrando risos
Matizes várias
Esperas vãs
Aonde vás
Irei contigo,
Amor em paz,
Meu desabrigo
Ser capataz
Capaz de ter
O amor que traz
Real prazer.
Abelha e mel,
Melancolia
Vivendo a noite
Raiando o dia.
Meu recomeço
Teu endereço,
Nosso adereço
Eu te mereço?
Me pões do avesso...
Publicado em: 04/08/2008 18:26:38
Última alteração:19/10/2008 22:22:18



Ao senti-la chegar tão mansamente

A noite vai passando lentamente

Vontade de te ter aqui do lado...



O vento balançando teus cabelos,

Eu sinto esta delícia só de vê-los,

Amada, como estou apaixonado!



O céu desfolha as cores mais diversas,

Na aurora que se chega, nas conversas,

Te tenho aqui do lado, estou feliz...



Dormindo como fosse uma princesa,

No rosto, no sorriso, uma certeza

Aurora te roubou tanto matiz...
Publicado em: 04/09/2008 13:48:38
Última alteração:17/10/2008 14:31:09


Ondas entre
Rondas
Medos
E mortalhas.
Amores
Praias
Distantes...
Disto de teus braços
Listo os meus desejos
E morro antes do cais...

Publicado em: 21/08/2008 15:03:15
Última alteração:19/10/2008 20:31:10

Te amo tanto querida, não se espante
A cada dia amando-te bem mais
O mundo se renova em tanta paz
E se demonstra sempre delirante...

Ao ver-te na janela, uma criança,
Outra criança sonha com um dia
Onde possa viver a fantasia
Trazendo, a cada noite, essa esperança...

O tempo passa, vejo-me distante,
Os olhos que sonhara estão lá longe...
Na solidão doída, qual um monge,
A vida me matando a cada instante;

Pois decerto encontrara um companheiro
Tão bela madrugada espera o sol
E juntos formarão o girassol.
Iluminarão este mundo inteiro...

Também a vida trouxe-me essa lua
Com a qual fui feliz, isso não nego.
Porém essa saudade que carrego
De tudo que passamos, continua...

A tarde chega, e mostra meu verão.
A lua que me acalma sempre fria
O sol queimando tua fantasia
A vida serpenteia pelo chão...

Depois deste verão, o manso outono.
Trazendo a calmaria que me amorna,
A lua já se foi, a vida entorna
A dor que me promete duro sono...

As lágrimas enchendo um triste rio
Em dilúvios, transcorre para o mar.
São tantas que não deixam de salgar
Inda mais, aumentando o meu vazio...

Bem sei que meu inverno se desponta
Ao largo deste mar no meu crepúsculo...
E neste fim, tormento mor, maiúsculo
A vida cobrará por certo a conta.

Não pude ser feliz completamente.
Faltou-me tanta coisa, eu asseguro,
O mundo que vivi, por certo duro,
Não deixa bela marca em minha mente.

Um dia, a solidão queimando fundo,
Ardendo e me matando pouco a pouco
Cortando e me deixando quase louco,
Agozinantemente e moribundo

A porta que deixara sempre aberta,
Num átimo demonstra uma saída.
Quem já pensara estar de despedida
Da treva uma surpresa me desperta!

Ao ver teus olhos mansos tão gentis
Em frente a minha porta escancarada
Ressurge, em minha vida essa alvorada
Embora quase morto, eu sou feliz!!!!
Publicado em: 14/09/2008 21:15:10
Última alteração:17/10/2008 13:31:51


Quero ter meu amor, humanamente
Embora em seus divinos braços, sonho
Meu barco nos seus mares me proponho
A viver o manso amor intensamente.

Se mente minha sorte e porto nega
Procuro e me aventuro noutro cais.
Não posso naufragar do amor jamais,
Pois minha alma em amor já se carrega.

Vencido pela dor não vejo o trilho
Que traça essa minha alma sem amor.
Por onde for preciso e sem temor
Amor já me embalando como ao filho.

Embora seja humano meu destino,
Embora seja humana a tua boca,
Assim como é humana a voz mais rouca
Que pede, em desespero, amor divino!
Publicado em: 15/09/2008 17:24:25
Última alteração:17/10/2008 13:33:17


Amor tanto que não tive
Amor tanto
Que nem nas luas sonhara
Com este tamanho encanto.

Nas minhas noites vazias
Amor tanto
Vivendo deste meu mar
Nas ondas vai o meu canto...

No tempo que se sonhara
Amor tanto
O meu tempo de viver
Sem dor, sem quimera ou pranto.

De tanto amor que te tenho
Amor tanto.
Deitado neste teu colo
De tanto amor, de amor tanto...
Publicado em: 19/09/2008 11:18:07
Última alteração:03/10/2008 13:04:32

Amor que desejei, pra sempre, eterno,
Tomando da emoção, a bela estrada,
Nos passos deste amor eu me governo
E vejo uma manhã iluminada,
Primavera que surge após inverno
Na face da alegria, demarcada.
As rosas que brotaram no canteiro,
Perfumam nosso amor, tão verdadeiro...
Publicado em: 25/09/2008 07:22:07
Última alteração:02/10/2008 14:15:11



Quero teu cheiro,
desejo e chama,
no beijo que chama
e clama e aclama,
teima e me traduz.
Na luz serena da morena,
que acena com a vida,
ávida e vadia,
audaz e perene.

Quero teu sentido,
ameno e amoral,
amargo delírio,
nos lírios do campo,
nas sendas e searas.

Quero o amares
nos mares e marés,
na trilha do sol,
no arrebol e na terra,
treino e acento,
aceito e assento,
assertiva que mente
e remete à mente
que traz o audaz que seduz,
em tua luz e amplidão.

No chão que pisas
concisa e complexa;
nos plexos e praças,
nos arredores dos lugares
por onde flutuas,
delicias e deliras
os olhos perdidos,
os medos perdoados,
denodados dos nós dados
de nós atados em nós,
urdidos e ungidos
num ágil e frágil
pendão.

Quero o acero de teus lábios,
sábios e cruéis,
de viés, ao revés
ao invés.
Desviados das vias onde voas,
onde havia a harpia que devora.
Voraz e virtuosa,
com as mãos mais audazes,
velozes, audaciosas,
cônscias e cientes, do que,
de repente, no repente,
repetidos atos
atam em nós.

Minha amada
nada mais quero
e espero senão
o teu perdão,
pendão e acórdão,
cordão que ate e que arremate,
maltrate e acaricie.
Vicie e delicie
quem quer que se veja,
na mesma peleja,
na mesma cantiga,
antiga e perene.

Amo teu amor,
amo e escravo,
me lavam e me levo
me deixo ao teu rumo,
no aprumo que decidires,
nos dizeres que conjugares,
nos ares que voares
nos mares que nadares,
onde quiseres
por onde vieres
e para onde fores.

Nas flores e odores,
nas dores que escolheres,
nos mesmos motivos
que sirvam de tema.
Que sejam teu lema
e tua gema.
No mesmo leme,
no mesmo cerne,
que concerne a quem ama.

Na vida que queima
na curva do rio,
na trilha da estrela,
ao vê-la me perco.

Na vela que consome
que some e bruxuleia,
no brilho dos olhos,
na filho que teremos,
no amor que produz e reproduz,
na noite das estrelas,
desse hotel onde estamos
nos amores que tragamos
e estragamos
pela vida afora.

Mas, agora ,
nada importa,
tranque a porta
e abra o peito.

Teu confete,
teu confeito somos
ambos nesse tempo.
Nosso tempo nesse templo
em que contemplo e perpetuo
nosso duo, nosso dia,
na poesia que derramas,
nessa cama, nossa chama,
nos chama e declina.
No declínio da noite,
o arremate, o combate,
nada abate nosso trato,
no contato, no contrato,
contralto e contrabaixo,
nosso facho,
acho que a lua,
a rua e a cachaça,
nosso pia batismal.

Nosso doce carnaval,
canavial dos desejos,
nos beijos e afetos,
nos perpétuos ósculos e ócios,
vícios e delícias.

Nos teus seios
que sei-os tão meus,
nesse momento são regaço,
meu cansaço, onde lasso,
teus laços e meus traços
são um só.

Amo-te,
desse amor tão mais urgente
que necessito ardor,
que transmite a dor,
e consola minha perda,
minha perca e minha musa,
minha medusa.

Abra a blusa e, confusa,
com fusão,
entre lábios e delírios,
somos todos um só corpo,
absorto e absurdo,
surdos e semimortos,
filhos dos mesmos tratos,
entre Hermes e Afrodite,
acredite minha amada,
aceite essa madrugada,
como estrada e madrigal.
Nesse doce precipício,
o fim de tudo é o início,
o meu renascimento,
o momento mais sublime,
o suplício,
a súplica,
o início,
a última esperança!
Publicado em: 25/09/2008 17:53:22
Última alteração:27/11/2008 12:06:20



Amor que canto que irei cantar
Sem ter desculpa é bom saber
Que amor me encanta, é bom sonhar
De tanto que amo, quero viver...
Eu vou ao céu; eu beijo a lua,
Eu vou ao mar, amor desejo...
Quero buscar; o teu amor,
Então te beijo..

Amor que quero e vou achar,
Uma maneira de te encontrar.
Amor divino que sempre traz
O meu destino, viver em paz.
Eu quero amor, que traga sonho.
Eu quero dar-te tanto prazer...
Eu quero estar, e te proponho,
Escuta amor, eu vou dizer.
Quero te ter...
Publicado em: 29/09/2008 05:41:31
Última alteração:02/10/2008 14:46:44



Quem sabe um cavaleiro enluarado
Adentra em teu castelo nesta noite.
O vento que tu sentes, amainado,
Permite que este sonho já se acoite

Deixando o medo imenso assim de lado,
Jamais a tempestade em louco açoite
Virá ao teu castelo que, encantado,
Permite ao cavaleiro um bom pernoite.

Sinceras as palavras que te digo,
Amar demais é ter decerto abrigo
Nos braços de quem sabe o que tu queres.

Carinhos tão macios quanto audazes,
Nos quais felicidades, satisfazes,
Bendita entre milhares de mulheres...
Publicado em: 21/10/2008 16:30:25
Última alteração:29/10/2008 16:57:00



Olhos os olhos de quem olha
Coração tamanho trem,
Tanto amor que em paz assola
Toda noite em luzes vem,
Tenho a teima de um mineiro
Que já sabe o que bem quer
Coração mergulha inteiro
Venha ser minha mulher...
Publicado em: 30/09/2008 12:45:30
Última alteração:02/10/2008 14:49:4



Quem me dera esquecer a dor suprema
Que me traz violentos sofrimentos,
As noites solitárias, meus tormentos...
Quem sabe ser feliz fosse meu lema...

Por vezes no abandono de um amor,
Não tenho nem descanso nem alento.
A morte não me sai do pensamento
Trazendo, no meu peito tanto horror!

A Desditosa pena que padeço
Não permite sequer um calmo sono
Sentimento feroz de um abandono
Será meu santo Deus, que eu a mereço?

Na minha solidão, tanta verdade,
O gosto de saber que não vivi.
O tempo que passei contigo, aqui,
Matando mal nascia, a mocidade!

Mas, Mesmo assim, queria estar consigo
Amor devorador e sem sentido
E tendo esse caminho conhecido,
Talvez eu reconheça cada perigo

E possa em recomeço, caminhar.
Sem medo do tropeço que maltrata,
Sabendo que conheço a densa mata,
Quem sabe poderei, enfim, amar?
Publicado em: 23/10/2008 10:38:02
Última alteração:02/11/2008 21:46:36


Nas praias as pernas morenas
As coxas morenas
As cativas coxas morenas
E as cenas longínquas
Das gaivotas
Alçando vôo
Mergulhos e peixes.
As ondas, as coxas, as pernas
A saudade cativa
Espera virar gaivota
E buscar os peixinhos...
Não falo nada,
Apenas observo...
E, sozinho, jogo pedra nas gaivotas.
Quem sabe, afaste a saudade...
Publicado em: 26/10/2008 19:45:01
Última alteração:02/11/2008 20:34:34

Meu amor
Que procurei
Nas luas e no mar
Na constelação
Fui perceber
Trama tanta dor
Eu fui saber
Mas vi que amor
Difícil de encontrar
Existe em algum lugar.
Sem amor
Onde irei saber
Ninguém verá passar
Andando só
Nada posso ver
Que viver é melhor...
Não veja em mim
Sou simples fim
Tão longe do luar
Onde nada mais há
Nas ondas deste mar,
O mundo em mim
Onde nada natural
Possa existir.
Nem sei.
Se pode resistir
Se pode existir o meu luar.
Sem senão,
Não posso mais lutar
Não vejo em mim.
Um coração que especular
Desarma e não sangra
Sabendo enfim
Batendo sem parar;
Não sei
Como voltar
Mas não virei
Se não mais luar
Omito, mas se assim,
Se eu quiser
Sempre sem depois
O que teve um fim
Nem sei dizer...
Publicado em: 20/11/2008 08:02:24
Última alteração:06/03/2009 18:50:29



Querida me desculpe
Se um dia a magoei
Talvez não percebeste,
Porém sempre te amei.

A vida mostra senda
Diversa em cada passo,
Eu sei quanto eu te quero
Comigo em meu abraço.

Espero que repenses
E volte para mim,
Por certo eu estarei
Contigo até o fim...

Meu sonho te buscando
Não vê sequer distância,
Beleza tal, sem par,
Traduz-se em elegância

Meus versos são tão simples
Mas feitos com amor.
Desta roseira nossa
Amor, principal flor...
Publicado em: 24/11/2008 22:19:07
Última alteração:06/03/2009 16:47:21



Abandonas as ondas e me mordes.
Me mordes nas ondas que abandonas.
Somos ondas e mares,
Moréias e marés.
Somos abandono...
Fino sono.
Soníferos.
Sonhos feros,
Feras vozes,
Vorazes!
Publicado em: 06/12/2008 19:55:35
Última alteração:06/03/2009 15:27:52
Um minuto a mais
Somente isso.
Depois disso, esquece;
A vida tem pressa e não despreza
Compensa.

Na porta deste bar uma frase que não esqueço
O tempo não tem dono e nem tem tempo.
Apenas existe.
Assim como nosso amor
No começo festa e fantasia
Agora ...
Tudo bem que nos amamos muito
Aliás excedemos na dose, aí o porre é certo.
O duro é a ressaca amanhã;

Agora vou indo,
A esquina fica logo ali
Qualquer coisa, dobre-a
E quem sabe?
Publicado em: 09/12/2008 10:26:13
Última alteração:06/03/2009 15:59:01


Amo tanto
Que sou capaz
Até de chegar do não vim
E beber o não sei
Apenas para ter o seio
Da morena em minhas mãos...
Publicado em: 05/01/2009 09:27:55
Última alteração:06/03/2009 12:36:22


TE AMO
Em fogo
Gostoso
Um gozo
No jogo
Denota
Festança
Remota
Esperança
Que trago
No peito,
Afago,
Com jeito
Carinho
Teu ninho...
Publicado em: 08/01/2009 07:56:28
Última alteração:06/03/2009 11:50:38

Te amo meu Senhor, és minha força!
A rocha, fortaleza e liberdade;
Onde está meu refúgio e meu escudo.
Meu Pai, tu és a força e salvação!
Invoco o Senhor digno de louvor
E isso me salvará dos inimigos.

Cordas duras da morte me cercaram
Perdição em torrentes já temi.
As cordas do Seol já me cingiram
Tantos laços da morte, de surpresa...
Angustiado, invoco meu Senhor
Do seu templo divino, ouviu a voz
O meu clamor chegou aos seus ouvidos...
A terra se abalou e se tremeu,
As bases desses montes se moveram
Porquanto meu Senhor se indignou.
Fogo devorador em sua boca
Fumaça das narinas, brasas ardentes!
Os céus, Ele abaixou e veio á Terra,
Sob os seus pés, as trevas mais espessas;
Num querubim montou e voou sim,
Sobre as asas do vento, ele voou!
Seu retiro secreto, fez das trevas,
Escuridão das águas, pavilhão,
Assim como as espessas nuvens, céu...
Do resplendor desta presença santa
Saíram saraivadas chamas, brasas.
Então o meu Senhor trovejou voz,
Por entre tantas brasas, chamas, fogo.
Despediu suas setas e as espalhou
Raios multiplicou e os perturbou
Já vejo os leitos d'águas. Fundamentos
Deste mundo se mostram, descobertos;
À tua repreensão sopro do vento
Das narinas do Senhor, meu Grande Pai...
Estendendo seus braços me tomou,
Me tirando das águas que são muitas!
Do inimigo mais forte me livrou,
E dos que me odiavam e eram fortes!
Quando em calamidade, me flagraram,
Mas o Senhor, meu Pai, foi meu amparo!
Num lugar espaçoso me levou,
Por que tinha prazer também em mim.
E me recompensou o meu Senhor,
As minhas mãos tão puras, a justiça,
As conhecem meu Pai, o Meu Senhor!
Eu guardo seus caminhos, não me afasto,
Por isso sou, do Pai, recompensado.

Eu nunca me afastei dos estatutos,
E todas ordenanças eu conheço!
Fui irrepreensível diante dele,
De toda iniqüidade, me guardei!
Por ser mais justo, puro diante dele,
Eu fui recompensado pelo Pai!
Com o benigno sempre és mais benigno;
Para o homem perfeito és mais perfeito!
Para aquele que é puro sempre és puro;
Para com os perversos, o contrário!
Pois que tu livras o povo tão aflito,
Mas os olhos altivos, os abates!
Acendes a candeia meu Senhor,
As trevas que são minhas, alumias!
Eu salto uma muralha com meu Deus
Também com seu auxílio vejo a tropa.
Seu caminho é perfeito, meu escudo!
São todas as promessas já provadas.
O Meu Senhor é Deus, o meu rochedo
Deus me cinge de força em meu caminho.
Faz dos meus pés como os das corças rápidas,
Nos lugares mais altos, me protege...
As minhas mãos prepara pra batalha,
Meus braços vergarão um brônzeo arco...
Da tua salvação me deste o escudo.
A tua mão direita me sustém;
Toda a tua clemência me engrandece!
Alargas os caminhos que já vejo,
Impedindo que os pés meus resvalem.
Persigo os inimigos, os alcanço.
Só retorno depois de consumi-los!
Os transpasso de forma que não se ergam,
Os deixo, então, caídos sob meus pés!
Na peleja, cingiste-me de força,
E prostras sob mim, os inimigos!
Que me dêem as costas, também fazes,
Aos que me odeiam, os destruo, Pai!
Clamam, porém não há libertador,
Clamam ao meu Senhor, não os responde!
Como o pó frente ao vento, os esmiúço.
Como a lama das ruas, lanço fora!
Me livres das contendas deste povo
Me fazes, das nações, sua cabeça.
Quem não me conhecia, se sujeite!


E que eles me obedeçam ao me ouvir
Com lisonja, estrangeiros se submetam!
Estrangeiros, tremendo, desfalecem
Dos seus esconderijos, sim, já saem!
Te exalto, meu Senhor de salvação!
Meu Deus me dá vingança e meu poder,
Livra-me de inimigos e me exalta
Livra-me de ser homem violento.
Por isso, meu Senhor, te louvarei
Entre todas nações te louvarei!
Dá grande livramento pro seu rei
Dá benignidade a quem ungiu.
E para com Davi, seus descendentes,
(Para sempre!

baseado no salmo 18
Publicado em: 07/01/2009 18:36:28
Última alteração:06/03/2009 12:02:30

Viajo nos meus sonhos, vou a ti,
Percorro teus caminhos, sigo os passos,
Morena; eu teus prazeres percebi
O gosto da alegria em teus espaços.
Sabendo quanto amor encontro aqui
Desenho em pensamento belos traços
E sigo cada rastro, t’as pegadas
Que espalhas sob a lua, nas calçadas...
Publicado em: 13/02/2009 12:30:32
Última alteração:06/03/2009 0

Nas noites mais ferinas e vadias,
Rondando pelos postos da verdade,
Ardendo em emoções; as bocas frias
Ao gozos das totais insanidades.
Roubando as emoções em agonias,
Lavrando com totais fragilidades.
Roçando em nossos corpos, ardentias
A marca das dentadas sem alardes.
Publicado em: 20/02/2009 11:10:30
Última alteração:06/03/2009 01:59:27


Estrela que conduz
Luzes faiscantes
Fascinas e derramas
Lavas e ternura.
Ecos que encontro
Nas ânsias e delírios.
Profusas maravilhas.
Trilho teus caminhos
Por mais que recônditos,
Mares em ti
Reconheço
E bêbado de luz
Entrego-me aos teus desejos...
Publicado em: 12/05/2009 21:15:10
Última alteração:17/03/2010 19:32:46



Teu corpo contornado
Com lábios, olhos, dedos
Desvendo os teus segredos
E deito lado a lado
Olhar manso e safado,
Momentos duros? Ledos,
Assim nossos enredos
Num tempo decifrado,
O quanto que te quero
E sendo mais sincero
Não canso de querer,
Buscando junto a ti
O todo que escolhi
Raríssimo prazer...
Publicado em: 17/06/2010 12:31:48




Amar em tantas formas, plenamente
Vencer as latitudes, longitudes
Enquanto com ternura me transmudes
Gerando em mim o gozo onde contente
Uma alma se mostra transparente
Viceja dentro em nós as juventudes
Vencemos as cruéis vicissitudes
Nesta ânsia que decerto amor invente.
Extasiados corpos nus sedentos
Entregue aos mais completos sentimentos,
Fazendo do dossel sobejo altar,
Sacio meu anseio em teus caminhos
E após os dias turvos e mesquinhos
Encontro um porto em paz onde ancorar.

Publicado em: 06/07/2010 14:33:20

De tanto querer em vão
Pelo menos um segundo
Onde tanto me aprofundo
Nos ermos do coração,
Vago em noite imensa e o chão
Como fosse vagabundo
Cabe além de todo o mundo,
Nesta imensa dimensão,
Esgotando em verso e luz
O que tanto reproduz
Em vontade mais sublime,
No passado este vazio,
Hoje imenso e claro rio
Neste amor que me redime.
Publicado em: 23/07/2010 11:49:17


A rosa que invadiu esta janela
Aberta com olhar de primavera
Se fez bem mais bonita do que, sei,
Beleza numa rosa, a gente espera...

Morena com a rosa no cabelo
Deitada em minha cama. Como é bela!
Trouxeste meu amor em primavera,
Entraste no meu peito e na janela...

O canto que te fiz em doce espera,
É mais do que imagino e que pensei.
Das flores, com certeza; é a mais bela,
Com teu aroma, amada; perfumei...

Cabelo da morena, no meu colo...
Amor quando é demais, já fica belo,
Invade o coração, janela aberta,
No verso que te faço, me revelo...

Publicado em: 05/03/2007 16:54:27
Última alteração:30/10/2008 16:53:09



Se eu fora arisco
Agora arrisco
E risco teu corpo
Com unhas e dentes...
Tremulas
Freneticamente
A gente em gulas
Engole
Paradisíacos
Afrodisíacos
Ritos.
Publicado em: 24/04/2008 20:08:10
Última alteração:21/10/2008 13:29:25



Se o tempo caduca
A vida é maluca
Machuca e sorri.
Partiste em cometa
Que agora
Retorna
Entornando luzes
E cruzes também
Somando o que temos
Os rios e os remos
Veremos o sol.
Publicado em: 13/05/2008 19:50:30
Última alteração:21/10/2008 14:37:01




Menina amada vou te dar meu colo,
Te quero deitadinha junto a mim.
Num acalanto manso noite afora,
Ninando nosso amor que não tem fim.

Deitar tua cabeça e um cafuné
Fazer até que durmas, calmamente.
Beijando tua boca devagar,
Até que a manhã trague novamente

Teu riso, uma alegria que desejo
Ser tua companheira inseparável.
Que uma alvorada trague em tua vida
Felicidade plena, insuperável...
Publicado em: 20/09/2007 22:11:05
Última alteração:30/10/2008 14:34:47


Cigarro e café,
O dia se promete com o mesmo refrão de sempre...
Abre-se a porteira
E as palavras aos borbotões
Confusas...

O quintal que não tenho
O varal que não tive
A esperança secando
E o tempo morrendo
No canto...
Na sala
E nada mais...

Toda a minha incoerência
Perdeu o cavalo negro
Que dizia outro mineiro
Na foto na parede...

Quando Minas goteja
Transfundida em minhas veias
Revigoro.
Meus olhos esquecidos
Na curva.
Na chuva
E no cheiro de terra molhada...

Mas nada... Manada de ilusões
Do quem fora quem dera
E não é senão o risco
Jogado fora...

Menina...
Minha luaz
Se apagando
no mais que se foi,
no menos que está.

Recendo ao que emanas
Mas nada...
Apenas o vago sentimento
Da culpa que não veio,
Do medo que chegou.
Do sei-o abandonado...

Perdão pelo não sei
Desculpe-me o talvez
Mas quem sabe?
Publicado em: 20/03/2007 19:15:52
Última alteração:30/10/2008 16:46:54



Menina amada vou te dar meu colo,
Te quero deitadinha junto a mim.
Num acalanto manso noite afora,
Ninando nosso amor que não tem fim.

Deitar tua cabeça e um cafuné
Fazer até que durmas, calmamente.
Beijando tua boca devagar,
Até que a manhã trague novamente

Teu riso, uma alegria que desejo
Ser tua companheira inseparável.
Que uma alvorada trague em tua vida
Felicidade plena, insuperável...
Publicado em: 06/01/2009 17:48:36
Última alteração:06/03/2009 12:13:31


O teu caso, não tem cura,
Eu preciso te dizer
Quanto mais a gente acura,
Mais encontra onde perder.
Não quero sequer a jura
Nem semente pra colher,
Gosto de fruta madura,
No teu corpo a perceber,
Sorte que essa vida apura,
Misturando com prazer,
Vem comigo em noite escura,
Em minha cama a benzer.
Teu formato, tanajura,
Faz da vida um bem querer.
Na promessa de ternura,
Bom caminho a percorrer,
Se paixão traz amargura,
Morena eu vou te dizer
Decorando a belezura,
Tanta carne pra comer,
Esta sina não perjura,
Vou te ensinar a beber
Com certeza, esta mistura
Vai fazer nascer bebê!



TE AMO, MENINA

Menina, quero o ninho
Que emprestas com carinho
Chegando de mansinho
Do amor um bom vizinho

Meu canto, um passarinho
Que outrora pobrezinho
Perdeu o seu caminho.
Bebendo de teu vinho

Eu sei que meu cantinho
Que fora tão sozinho
Ao ver o teu jeitinho,
Já sabe onde me aninho...
Publicado em: 10/07/2007 21:20:06
Última alteração:30/10/2008 15:15:58

TE AMO, MENINA

Menina moça bonita
Como é bom meu bem querer,
O meu coração se agita
Quando vem te perceber

Uma flor tão delicada
Que encantou o peito meu,
Na tua boca molhada,
O meu beijo se perdeu...

A flor que é tão desejada
Me encharcando de perfume,
Essa é flor é tão amada,
Não precisa ter ciúme...

Nestes versinhos que faço
Eu preciso declarar,
Tu és o céu, meu compasso,
Como é bom poder te amar!

Venha comigo, menina,
E me nina todo dia
Tu és lua que ilumina,
E me traz tanta alegria...

Deus me deu um pensamento
E também muita saudade,
Eu não te esqueço um momento,
Nosso amor: felicidade!!
Publicado em: 27/08/2007 22:25:51
Última alteração:30/10/2008 14:52:00




Vale por ser tão raro e bem gostoso,
Amor que se propaga todo dia,
Um canto desejado e tão formoso
Tramando toda a paz que se imagina,
Nos olhos e na boca da menina...

Menina que sonhei por tanto tempo,
Ninando, me acalanta em poesia,
Protege contra todo contratempo,
Traz força pra vencer qualquer batalha,
Qual fogo que no vento já se espalha...
Publicado em: 06/09/2007 21:32:12
Última alteração:30/10/2008 14:39:59


Nada mais seria tanto
Se não fosse nem portanto
Mas agora em desencanto
Acabo me misturando
Com o medo de viver
E, quem sabe, não morrer.
Amas e reclamo
Temes e te amo.
Vou entender isso?
Nada mais desatinado
Que andar apaixonado
Sem ter nada
Nem amada...
Mesmo assim eu não desisto
Existo e
Resisto
Assisto...
Pego a caneta
E o rabo do cometa
Que, pintado de poeta,
Vaga sem ter sentimento
Ou pelo menos, tantas vezes
Finge que tem
Ou que não tem.
Mas te amo mesmo assim,
Do tropeço até o fim...
Publicado em: 10/12/2006 12:52:40
Última alteração:31/10/2008 01:38:30






Dos amores que tive, e foram tantos,
Das mulheres que em sonhos concebi,
Meus dedos, nas carícias, nunca santos,
Tantos planos, enganos, que vivi...
Foram peças cruéis do meu destino,
Matando aos poucos, sonhos de menino...

Nas mais diversas camas, chama ardeu...
Nas mais divinas bocas, naufraguei,
Embora tanta glória se perdeu,
Julgava, tolamente, fosse rei...
Percebo, na tardinha dessa vida,
Que em cada encontro, havia despedida...

Silenciar feroz dessa existência,
A noite s’aproxima, vem inteira,
Procuro noutros braços por clemência,
Encontro a solidão por companheira,
Não quero mais sentir esse bafio,
Nem quero mais lutar, nem desafio.

De todas essas fêmeas tão ingratas,
As almas gêmeas foram simples mito,
A voz cansada, tantas serenatas,
Nem pretendo sonhar, digo e repito.
As tive todas, ‘té de santo véu,
Somente a poesia foi fiel!




O vento da esperança se propaga
Alcança em tempestade o coração,
A mão que te acarinha e te afaga
Envolta nas entranhas da paixão,
Decerto em emoção imensa traga
Os sonhos que criei de sedução.
No bronze desta pele imaculada,
A sorte – ser feliz – está lançada...
Publicado em: 10/11/2007 17:30:54
Última alteração:24/10/2008 15:04:57


Tua carne eu desejo
Na maciez do beijo,
Pois sempre que te vejo
Alegria sem par.
Todos meus sentimentos
Trazem nos pensamentos
Os nossos bons momentos
Não canso de lembrar..

Tua boca alucina,
Teu cheiro me domina
Teu perfume menina,
Gostoso de cheirar
Nos desejos carnais
Alegrias? Vendavais...
Te quero assim, demais,
Jamais vou te deixar...

Quando teu corpo chama
Eu me ardo nesta chama
A paixão já me infama,
Contigo, namorar.
No teu amor querida,
Por toda a minha vida,
Sem ter sequer saída,
Todo dia ficar..
Publicado em: 06/04/2007 11:38:43
Última alteração:30/10/2008 16:24:12


Estás aqui no peito bem guardada,
Aninho meu amor sempre a teu lado,
As mãos que sempre acenam são de fada,
Meu coração por ti, apaixonado...
Estrela languescente cravejada
De puro diamante, és o meu fado.
Te canto na manhã ensolarada,
Teu brilho que é por Deus direcionado
Atinge o coração desse mineiro,
Entranhado na dor da solidão.
Com olhos e perícia, garimpeiro
Que encontra esta pepita bela e rara.
Meu verso transbordando em emoção,
Catar teu nome, amada nunca pára...


Amor que em sofrimento fez-se pedra,
Espinho lacerante do caminho,
Em dor tão gigantesca que já medra
Naquele que julgara ser sozinho...

Na aridez desértica dos sonhos,
Inútil tentativa: ser feliz.
Os dias se passaram mais medonhos
Escarnecido peito em cicatriz...

Ao ver-te, enfim, comigo bem amada,
Percebo que valeu toda esta luta.
Surgiste salvadora deste nada;
É voz alentadora que se escuta...

As marcas te enaltecem, cantam bardos:
Plantas dos pés feridas pelos cardos.


Beijo-te os pés cansados e feridos,
Pelas urzes e pedras e os espinhos;
Nos meus olhos, tristonhos e perdidos,
Trago-te flores, sonhos e carinhos...

Eu te encontro nos sonhos mais queridos,
No espírito das flores e dos vinhos!
E suplantando as dores e os gemidos,
Da vida, iremos sós, pelos caminhos!

E quanto mais for árida a subida,
Mais estaremos juntos , pela prece
De um amor que, tão grande, nos merece...

E como é curta demais a nossa vida,
Este amor que sentimos, tão bonito,
Que ele sendo imortal , seja infinito!...

Marcos Loures
ANTONIO VIÇOSO MAGALHÃES in memoriam
MARCOS COUTINHO LOURES

Publicado em: 10/04/2007 17:43:49
Última alteração:06/11/2008 09:58:32

Não penso que se pense
Na plena recompensa
Que nunca se compense
A vida que se pensa...
Quem sabe se convença
Quem sabe me convence?

Canteiros e florais
Nas flores que plantara
Nas horas mais banais
Vencendo a dor tão rara
Te quero por demais
Se nada mais sonhara...

A planta que permite
O rito que te tramo
Te peço nunca evite
O verso em que te chamo
Amar sem ter limite
Sem ter limite, eu te amo...
Publicado em: 26/01/2007 14:56:44
Última alteração:30/10/2008 16:58:45



Olhos guiam
Mares, tendas
Sendas, ritos
Gozos rumos...
Vibrações.
Virações
Do mesmo tempo
Que há tempos
Dizia calmaria
Agora tempestade!
Se há de saber quanto arde
Que mesmo tarde
Ainda vem.

Danças
Ancas
Mansas
Lanças
Potranca e garanhão
Festa que se expressa
Nas cores da paixão...
Publicado em: 24/04/2008 19:59:31

TE AMO, SIMPLESMENTE

Percebo
Meus erros,
Desterros, caminhos,
Vinhas e pomares
Ares e luares
Altares do prazer.
Zéfiro, éter, eternidade...
No âmago
Magos sentidos
Sortidas promessas
Remessas de luz.
Lúdicas fantasias
Lúbricas noites
Límbicos dias.
Aros e arcos
Barcos e cais.
Estrondos e rondas
Meandros, margens
Paisagens
Miragens além...
Signos, magmas,
Magno desejo...
Quem fora agnóstico
Agora nas hóstias
Do corpo se embebe...
Pórticos, montes e vales
Revelas infinitos.
Eu, um velho caminheiro
Andarilho dos sonhos,
Posso enfim
Dizer felicidade...
Publicado em: 26/04/2008 17:16:59
Última alteração:21/10/2008 13:35:59



Delírio em devaneios, mil prazeres
Rondando nossa cama de manhã
Vertendo o teu perfume, sempre quero
O gosto delicado da maçã;

A cada novo dia, insensatez
Entornam-se delícias, gozo e mel.
Ternuras e carinhos costumeiros,
Um passageiro alado chega ao céu.
t
Publicado em: 15/05/2008 19:06:06
Última alteração:21/10/2008 18:32:09


Noturnas
Rondas
Soturnos
Medos
Anéis
Saturnos,
Tristes
Noturnos
Além dos turnos
Onde rodando
Cometa, estrela
Beleza em tê-la
Rainha bela,
Velas abertas,
Mares distantes
Luas constantes
Tão delirantes
Amanheceres.
Seres exatos,
Em finos pratos,
Rumos e tratos.
Nas cercanias.
Quintal e fruto
Pomar e sorte,
Desfruto a vida,
Afasto a morte.
E quero o colo
Consolo e beijo.
Fonte desejos
Belos horizontes.
Montes claros,
Raros brilhos,
Doces trilhos,
Mel e boca.
Toca, acolho,
Soma e rumo.
Romãs e seios
Rios, veios
Amor, simplesmente.
Amor...
Publicado em: 17/05/2008 13:10:59
Última alteração:21/10/2008 15:06:00



As flores que plantei no meu jardim.
Jasmins e rosas, flores olorosas;
Mostrando tanto amor que tenho em mim
Enfim brotaram todas.

São flores do desejo de te ter,
Viver o nosso amor em cada olor,
Mostrando tanto amor que trago em mim.
Por ti brotaram todas...

São mansas, delicadas, perfumosas...
Nas rosas, os espinhos, retirei.
Mostrando quanto amor tenho por ti.
Assim brotaram rosas...

Vermelhas, amarelas, brancas, pétalas...
Trazendo delicados ornamentos.
Mostrando quanto amor é bom assim,
Perfume de jasmim...

Crisântemos, gerânios, lírios, palmas...
Nas dálias a beleza que me encanta.
Margaridas, tulipas e petúnias...
É belo meu jardim...

Quem dera um colibri pudesse ser,
Quem sabe poderia te encantar?
Abelha em cada flor, roubando o mel.
E te roubar pra mim...

Quem dera nestes versos minha amada
Das flores que me inspiram, a mais bela.
Tornando os lírios roxos, mais alegres...
Certeza de te amar.
Certeza de te ter
Certeza de encontrar
O meu maior prazer.
E ser feliz, enfim...
Publicado em: 11/08/2007 20:52:16
Última alteração:30/10/2008 15:09:58


Colibri beijando o lábio
Da menina melindrosa,
Beija-flor é bicho sábio
Reconhece a bela rosa.

Moça traz no seu perfume
Alegrias e calor.
Meu amor seguindo o lume,
Vagalume e beija a flor.

Sabe o gosto desta moça,
Reconhece seus encantos,
Numa casa, uma palhoça,
Vai rondando pelos cantos

Até chegar ao jardim
Mais bonito em arrebol,
Coração dentro de mim,
Te procura, um girassol.
Publicado em: 23/09/2008 14:59:12
Última alteração:02/10/2008 19:19:40


Tanto bem que já te quero,
Neste canto em que te espero,
Companheira amada amante,
Vou vibrando de alegria,
Coração a cada instante
Desfilando a fantasia

De este dia que virá
E de novo raiará
O sol mais belo que existe
Nesta praia tropical
Meu coração que foi triste
Já fazendo um carnaval

Quando sente que tu vens
E trazendo tantos bens
De emoção e de querer,
Pois durante a minha vida,
Tantas vezes quis dizer:
Tão somente: amor, querida!
Publicado em: 04/12/2008 20:09:52
Última alteração:06/03/2009 16:02:40




Meu verso te buscando sem descanso
Estrela que raiou em noite imensa.
Se às vezes mais distante não te canso,
Minha alma sempre em ti, querida; pensa.
Vivendo neste amor um bom remanso
Esqueço qualquer dor, tristeza, ofensa
E faço deste sonho um bom motivo
Que mostre quem eu amo e por quem vivo...
Publicado em: 08/12/2007 21:43:49
Última alteração:23/10/2008 09:25:57


Nos meus desejos, torpes e imorais,
As noites invernosas são mais frias.
Por quanto tempo posso querer mais
Se não consigo conceber nem querias...

Espero pelas duras noites, ânsias,
Procuro por qualquer forma de vê-las,
As horas que confundo são ganâncias
As noites que prometo sem estrelas!

Não sei se posso, medos sem desejo...
Nas horas mais tristonhas, vou seguindo,
As formas que corrompem antevejo
Os brilhos mais incríveis. E é tão lindo!

O tempo que passei, eu te esperando,
Dos olhos que sonhei, me lembro azuis...
Montanhas gigantescas vou galgando,
No final desta estrada sei da cruz...

Embalde tentei lúdicos meus cânticos
Candura não prospera meus jardins...
Os medos indefesos pois românticos,
Impedem florescer nestes jasmins!

Nos céus permitem lúbricos arranjos?
Me explique então como consegues tanto!
Nas entrelinhas tão audaz quais anjos
Conseguinte enganar com tal ar santo?

Nas minhas tentativas sou silvestre,
Amador nunca tive competência!
Inquebrantável finjo-me, campestre,
No fundo sou o fim da paciência.

Não teço meus caminhos elegância,
Nem peço mil perdões por coerência
Coleciono teus pares, discrepância
Espreito minha vez tua indecência!

Formato meus cabelos com teus verbos,
Nas contas que te tive, tão cruel.
Olhavas-me com ares mais soberbos,
Negava-me tentar chegar meu céu

Ancorei meus destinos nos teus lastros,
Infelizes os momentos que passei,
Teus braços como fossem alabastros,
Espelham meus reinados sem ter rei!

Vasculho cada metro deste mar...
Espero em cada concha teu retorno.
Nos verbos que esqueci de conjugar
O calor que perdi, retorna morno...

Entranhei tal soberba, canalículos,
Concebi novos versos, fui carrasco!
E na verdade conheci versículos,
Tuas mãos enojadas vertem asco.

Respirei teus suspiros na ante-sala,
Formamos um capítulo final.
Teus arroios vivi apoios tala...
Capitulo meus sonhos sou banal!

Quiseste meus sorrisos, tomas pranto.
Quiseste ser precisa, fraciono...
Ensinas nossas sinas, velho pranto,
Nas dores, com mestrado, leciono!

As rupturas que marcam meu respaldo,
Nas espátulas quebro meus conselhos,
Sentimentos mais simples já desfraldo,
Quebraste desamor, os meus artelhos...

Enraízo cadáveres da sorte.
Peraltices transformam velho em jovem
Não há mais dor que sempre se suporte.
Nem caminhos desfeitos que renovem...

Acalento essa velha precisão.
Acalantos fizeram meus princípios.
Desbravei meus temores incisão.
Te procurei por tantos municípios!

Nada treme nem teme quem te adora,
Mas réptil escancaras teu veneno.
Amar-te foi perder a fauna, a flora.
Aflora-me decerto fui ameno...

Nas capturas perdi meus apetrechos,
Minhas rédeas trocaram-se de mãos
Amarguras, as trilho em tantos trechos,
As batalhas, meus erros foram vãos!

Pétalas que sonhei nem mais as creio,
Num vago sentimento sou restolho.
Esculpindo desculpas, meu anseio.
A farpa penetrando no meu olho.

As vísporas, metáforas e metas,
Salgadas as manhãs que já se formam...
Em monjas assassinas, mas corretas.
Os cárceres que levo me deformam...

Infância, meu resquício e poesia;
Marcada por venais solicitudes.
A bordo do veleiro que fugia,
Me castram repelindo as atitudes...

Destrambelhei perdi a consciência
Não sopro nem verdades nem mentiras.
A vida se transforma em coincidência
Não troco meus poemas por tais liras.

Se vasculho,mergulho nas entranhas.
Espreito na tocaia quem me beija.
Falácias tais mentiras e patranhas
Por certo quem me forja, vem, aleija!

Nas páginas que caem, sobre a mesa,
As letras se embaralham sem ter senso...
Quebrei meu duro prato, sobremesa
Não quero nem permito contra-senso.

Um dia, após, um ano sem notícias.
Delego meus pecados sem ter pressa...
Refugo tantas novas, más carícias.
Amar-te foi fugir dessa conversa!

Vestido de total insensatez
Claudico procurando por teu colo.
Espéculos, lunetas, nada vês,
Te busco sou patusco, quero solo.

Farpas, aspas, nas hostes de glutões;
Esparso meus cadarços amarrados.
Metralho, se já tive, as ilusões.
Procuro meus resíduos agarrados

Nos ossos desses membros que perdi.
Amputados caminhos busco mar.
Desespero me leva haraquiri
Catapultas me lançam, vou chegar?

Kamikaze pressinto esta derrota.
O meu terno jogado no sofá.
Meu passado, feroz, já me amarrota.
No que resta, tristeza, jogo pá...

Me faculto o desejo de saber
Onde estás com quem vais, por onde segues...
Na partilha de tudo quero crer
Sempre que me vês cedo me persegues...

Não obstante instantes seguem sendo.
Martirizo capangas que me cacem.
Embrenhado nas matas que pretendo,
Esparramo esse mal que não disfarcem...

Minhas vastas certezas são piadas,
Azadas essas vezes que refazes.
Obesas sensações já desfiadas,
Feridas descobertas pedem gazes...

Osculas essas mãos que te apedrejam,
Remorsos remontando ao meu perdão.
Onde quer que mortiças, mais não sejam
Vestidas de petúnias, supetão!

Nas pregas dessas trevas não clareia.
Meus átimos são átomos sem par.
Nas águas que já turvas és lampreia
Meus medos arremedos sem lugar...

Mas basta, não mereces nem um til.
Não quero profanar o que fui eu.
Te beijo de maneira mais sutil,
Perdoe quem te amou, e te perdeu
Publicado em: 03/01/2008 20:41:24
Última alteração:22/10/2008 19:31:00



Ao amor
Que tu me deste
Luz de meus olhos
Suaves sons
Que adentram a noite
Emoldurando os sonhos
Na tela rara da esperança.
Estalagem das fantasias
Paisagem inesquecível
Na ronda pela infindável
Senda em flóreas tramas.
Primavera...

Ao amor que tu me deste
Vencendo tantos temporais
De este ser outrora agreste
Transparência de cristais...

De meus passos vacilantes
Hoje a firme caminhada
Novas luas fascinantes
Invadindo a madrugada...

Ao amor que tu me deste
Entre as urzes do caminho
Luzes, brilhos
Tílias
Pétalas
Rotas
Rosas
E canteiros...


Publicado em: 31/07/2008 12:21:25
Última alteração:19/10/2008 22:03:12


Sentindo-me qual fauno que te entranha
Com lanças fumegantes dos desejos.
Querendo ter a sílfide perfeita
Rolando em minha cama, lambuzada
Em gozos e salivas misturados
Arfantes devaneios, seios, bocas.
Nas avalanches gêiseres vulcões,
Na fúria de dois corpos que se querem
Libidos vão expostas insensatas
Porém bem mais exatas línguas, dedos...
Famintas erupções em méis diversos,
Acendem labaredas, fogaréu
E levam sem pecados, para o Céu...
Publicado em: 06/01/2009 19:55:36
Última alteração:06/03/2009 12:11:30


Ah! Nunca, nunca, amor hei de esquecer
As horas que vivemos de loucura
Tão sedenta escutando a tua jura
P’ra mim água mais pura de beber...

Nos versos que eu, agora, já te faço,
Eu louvo nosso amor em cada canto
E deixo minha voz, doce quebranto,
Se elevar tomando todo espaço.

Amor que uma alegria a mim, me traz,
Eu te amo, a cada dia sempre mais.
E sei quanto isto me faz bem mais feliz.

Jamais hei de deixar, um só momento,
Que afastes este amor do pensamento.
Pois ele é o que sonhei e sempre quis!

HLuna
Marcos Loures

Publicado em: 28/03/2007 15:46:04


Vida toca a banda
Faz barulho
Logo assanha
Minha sanha
Noutra sanha
Das montanhas
Mergulhei.

Amor vendo
Disparates
Veio grátis
Maltratou.
Hoje vendo apólices
Hélices
Métricas
Míticas
Mentiras.
Em tiras
Ou retiras
Que é ao gosto
Do freguês...

Publicado em: 25/03/2008 19:09:44


TE AMO, TE AMO //

A noite cobre o céu com o seu manto -
Seu manto cravejado de estrelas ,
Cansado do serviço, entretanto,
As fantasias, sim, hei de querê-las.

Ao revelar os sonhos, posso vê-las
Cobrindo minha noite em raro encanto
No brilho em que se tecem, são mais belas,
Tomando toda a Terra em cada canto.

Por que, amor, a nossa juventude
Ah passa logo. - Breve é só saudade
A noite é nossa cúmplice faceira...

Querida, se eu pudesse ser eterno
A vida não traria um frio inverno
Ao teu lado estaria, companheira...


GONÇALVES REIS
Marcos Valério Mannarino Loures
Publicado em: 06/08/2007 21:41:35
Última alteração:05/11/2008 16:56:49

Vasculhar cada ponto
E pronto descobrir
No porto deste corpo
Gostoso de seguir
O rastro de teu cheiro
O gosto desta boca
Aloco meu desejo
E vejo que me perco.
Sem rumo, caço os seios
Os veios mais audazes
Nas mãos trago em meus dedos
Vontades de sentir,
Molhados por teu cais,
Querendo sempre mais
Amar e ser amado.

Vem logo em tal loucura
Que nada nos segura
Nem mesmo a noite escura
Impede este caminho
Que é feito de aguardente
No corpo mais urgente
Queimando em fogo ardente
Melando nossas línguas
Acende esta fogueira
Ascendo devagar
Teu rio em corredeira
A ponto de estourar
Vazando esta barragem
Insana tentação
Que mostra quanto é bom
Amor que a gente faz...
-------------------------------------------


Sinto falta deste amor
Que alvoroça e faz estrago,
Quem paga é o computador
Nestas teclas meu afago,

Escolhendo versos quentes
Em que eu possa te dizer
Dos desejos mais ardentes,
Da vontade e do prazer.

Imagino em transparência,
Morenice em lingerie,
Meu amor, tenha clemência
Vou te procurando aqui

Nada encontro, mas que faço
Se eu desejo te buscar,
Te deitar no meu regaço
Toda noite namorar,

Te deixando bem molinha,
Na fartura de carinhos,
A tua vontade é minha,
Como são nossos caminhos.

Passarinho na janela
Traz recado pra você
Minha sorte se revela,
No prazer que eu quero ter...




TE AMO, TE AMO /

Apresso-me...
Sei que estás à minha espera...
No local favorito, secreto...
A vista sobre a praia...
A comida saborosa...
A música tranquila....
Alheios aos outros...
Sorrimos um ao outro...
Com vontades discretas...


Nos bares da cidade,
Nas praias, no sertão,
Com toda a qualidade
Da vida em sedução
Da lua que em verdade
Aflora ao coração,
Já traz felicidade,
Desejos da paixão.
Sorrimos de alegria,
A música embalando
O sonho, a fantasia
Amor vai borbulhando
Do jeito que eu queria,
Tu vais me conquistando..

MARTA TEIXEIRA
MVML
Publicado em: 10/10/2007 19:43:51


Não posso conceber a minha vida
Sem ter tua presença do meu lado,
Minha alma te deseja assim querida,
Vivendo com prazer, o nosso fado.
Sabendo no teu corpo uma saída
Pras dores que encontrei em meu passado.
Não posso e não consigo te esquecer,
Sem ti, não saberia mais viver...


TODO O NOSSO AMOR

Depois de te buscar a noite inteira
Por becos, ruas, vilas, vou sem eira
Tentando te encontrar a qualquer preço.

Que faço se não tenho nem indício,
Amor que se prepara em precipício
Por certo não deixou nem endereço

Que faço meu amor se não te vejo
É tudo o que mais quero e que desejo
Poder tocar teu corpo mansamente.
A boca delicada, carmesim,
O mundo que guardei dentro de mim,
Rodando nada pára em minha mente...

Busquei pelos teus rastros nas estrelas,
Cansado não bastou-me só revê-las,
Te imaginava entregue à deusa lua...

Não encontrei nem sombra dos teus passos,
Depois de vasculhar todos espaços
Minha alma sem te ter morrendo nua...

Agora que adormeço nesta cama,
Que sinto o teu calor em forte chama
Pressinto que encontrei-te, meu farol...

Ardendo o velho peito em claridade,
Te encontro a me trazer felicidade
Bem dentro do meu peito, deusa-sol!
Publicado em: 09/01/2009 20:59:06

A dança generosa - amor - repito
Os beijos novamente esquentando
O movimento rápido e brando
Agitação! Prazer! Delírio! Grito!

Descanso... logo após começa o agito
É saliva suor se misturando
Gemidos e sussurros - vez em quando
Um êxtase que invade o infinito.

Há tempos que em delírios, nossos jogos
São feitos de total insanidade
Hedônicos momentos. Solto fogos

Decoro tua bela geografia
Montanhas, vales, rios... saciedade...
E encontro um Eldorado que vicia

GONÇALVES REIS
Marcos Valério Mannarino Loures
Publicado em: 03/08/2007 18:22:56
Última alteração:05/11/2008 17:34:33


Mares, marés, rios e fontes
Barcos e becos, beijos ardentes.
Horizontes à frente
Olhos abertos
Rumos incertos
Encontram paragem.
Aragem suave,
Naves e vôos.
Eu te amo.




Saber de teus caminhos; necessito,
Num rito em que se faz amor perfeito
No leito em que adormeço os pensamentos
Momentos de loucuras e desejos.
Sobejos os meus dias vão na busca
Da branda liberdade que imagino
Nas tramas deste amor que me incendeia
Na teia tão gostosa de teus braços...


Já sinto o vento manso
Que traz em doce incenso
Amor tão generoso.
De um tempo tão brumoso
O sol renascerá.
Face a face
Boca e dentes
Lábios corpos
Suores em conjunto.
Sabores delicados
Eu amo você
Seu sabor e paladar
Seu tempero sal e sol,
Al dente.
Num quadro que se pinta
A cena mais bonita
Pepita que se acena
Garimpo de emoções.
Nas somas do que somos,
As multiplicações...



Enganos esquecidos, nossos portos
Se encontram em total felicidade,
Nas danças que tramamos noite inteira,
Vivendo sem saber da ansiedade
Que fora costumeira em nossas vidas,
Agora já morreu sem dar saudade.

Tu és a minha amada, de corpo, alma,
A luz de uma esperança benfazeja,
Vibrando num segundo todo o tempo
Que a gente mais feliz sempre deseja,
Eu quero te sorver em cada noite,
Por isso minha amada, vem, me beija...
Publicado em: 24/11/2007 20:03:42
Última alteração:24/10/2008 15:17:23


Amar-te simplesmente e nada mais
Viver a cada sonho mais feliz,
Querendo nosso amor, perfeito cais
Embora eternamente um aprendiz.
Não quero te perder, amor, jamais.
Felicidade plena é o que me diz
Um coração que sabe o que bem quer
Alerta contra tudo o que vier...
Publicado em: 06/02/2008 10:23:32
Última alteração:22/10/2008 18:21:01


Amar-te simplesmente e nada mais
Viver a cada sonho mais feliz,
Querendo nosso amor, perfeito cais
Embora eternamente um aprendiz.
Não quero te perder, amor, jamais.
Felicidade plena é o que me diz
Um coração que sabe o que bem quer
Alerta contra tudo o que vier...
Publicado em: 25/11/2008 12:57:39
Última alteração:06/03/2009 16:56

Teu colo,
Navego
Teus mares,
Luares
Que sei.
Remoço,
Refaço
Regaços
Encontro
Um porto
Teu corpo
Um cais
Na boca
Que beijo
Nos olhos
Que miro,
A sorte
Da vida
Mostrada
Num átimo.
Meu par
Na dança
Que à noite
Avança,
Em sonho
Risonho
Eu ponho
Meu barco.
Num arco
Descrevo
Trajetos
Felizes.
Audazes
Cantares
Marés,
Os mares
Feitiços
E viços
Resquícios
Não levo,
Me atrevo
Te pego
Carrego
Comigo.



Vento que me leva
Traga meu amor,
Se minha alma neva
Pobre sofredor...

Lembranças, saudades...
Como é bom te ter.
Tantas felicidades
Guardas no teu ser.

Ser o que queria,
Ser o que se quer,
Toda a fantasia,
Deste amor, mulher...

Não consigo mais
Jamais te esquecer...
Coisas boas, más,
Que se há de fazer?
Publicado em: 12/08/2007 22:52:41
Última alteração:30/10/2008 15:09:16



Toda a noite te procuro
Meu amor, minha querida,
O meu mundo é tão escuro,
Sem você na minha vida.

Você é a minha flor,
A razão do meu jardim,
Cada dia sem amor,
O que será, Deus; de mim?

Quantas vezes que sonhei
Com teu carinho, afinal,
Logo cedo me entreguei,
A este sonho fatal.

Eu pensei que poderia
Te encontrar meu bem querer,
A minha alma anda vazia
Esperando por você!

Eu te amo e nunca renego
Este sentimento atroz,
Sem tua luz fico cego,
Sem amor, eu perco a voz.

Já não canto mais, sozinho,
Nem a lua me consola,
Pareço esse passarinho
Trancado nessa gaiola.

Vem depressa minha amada,
Vem curar o meu sofrer,
Sem você, a vida é nada,
Sem te ter, melhor morrer!
Publicado em: 22/08/2007 06:00:59


Dançando novamente nossos passos
Nas praças, cercanias ou nos paços,
Nas vilas, nas vielas, nos quintais.

São tais os nossos versos engajados
Dos beijos que eu bem sei, tão desejados
Com gosto de te quero e quero mais...

Morena minha sina é sua sina,
Cada tocar de sino me alucina
E deixa teu perfume me enlevar.

No corte da navalha da saudade
Amor permita crer nesta verdade
Que faz do nosso sonho, manso mar...

Receba deste sol o manso leve toque
Que vem trazendo o brilho como enfoque
Centralizando a força em nosso caso.

Não deixe que esta noite já nos leve,
Saudade é dolorida, mas se breve,
Por certo não teremos um ocaso.

Eu sinto a maciez do terno beijo
No eterno desejar, como desejo
Que a vida seja sempre uma aliada

Na luta contra a fera solidão,
No palpitar do nosso coração,
Nos versos que te canto; minha amada...
Publicado em: 24/08/2007 03:05:24
Última alteração:30/10/2008 14:52:12


Quero o mel do teu prazer
Quero amor que não tem fim,
Minha abelha; vou viver
Nosso amor que é sempre assim

Um gosto que a vida trouxe
Do jeito que sempre quis
Calmo, manso, quieto e doce
Pronto pra fazer feliz...

Morena que bom que veio,
Fica deitada comigo,
Não precisa ter receio
Te juro, não tem perigo,

Tanto amor tenho por ti,
Moreninha, minha vida,
Nesse amor já me perdi,
Vamos viver nossa vida.

Eu te preparei a cama
Perfumada de alecrim,
Meu amor sempre te chama,
Vem moreninha... Pra mim...
Publicado em: 30/08/2007 15:39:04

Não quero saber de ti
Nem quero mais solidão
De tudo que já vivi
Nem me resta mais perdão

Só me traz o pensamento
Longe de tantas promessas
Vou morrendo esse momento
Vou amando-te às avessas...
Publicado em: 14/09/2007 16:41:03
Última alteração:30/10/2008 14:35

TE AMO, TE AMO
Te quero
Na festa
Na fresta
Do peito
Sem jeito
Sem medo
Carinho
Segredo
Que conto
Na noite
que tonto
gozamos.
Encanto
Que temos
Que somos
Amamos
Sem ser
Tormento
Sentir
O vento
Gostoso
Do gozo
Que dei.
Nem sei
Se queres
As feras
Que trago
Esferas
De afago
Perigo
De amar.
Não deixe
Ciúme
Nem queixe.
Perfume
Da vida
Beijar
Na boca
A rosa
Tão louca
Que louva
E salva
Que acalma
E trama
Na chama
Do amor...
Publicado em: 19/04/2008 14:04:05

Na ponta do cravinote,
Nas abas do meu chapéu,
Nos dentes deste serrote,
Na beiradinha do céu
Minha vida é meu mote,
Não posso zombar da sorte,
Se estou vivo é que sou forte,
Experimentei seu corte
Arrebento pedra e pote,
Não há conta que se anote,
Nem destino que me note,
Nem cavalo que se esgote,
Não vou fugir neste trote,
A cobra já me deu bote,
Mergulhei no teu decote,
Se naveguei peço bote,
Me enterrar pede culote,
Agarrei no seu cangote,
Da vida nunca se embote,
Na caça virei coiote,
Sou um príncipe consorte,
De tristeza vendi lote,
Não há coisa que me dote
Nem amor que me conforte,
Nem certeza que comporte,
Praticando tanto esporte,
Não sei lidar com bedel,
Nem vasculhando o farnel,
Nem rasgando esse papel,
Nem se for Papai Noel,
Nada mais triste ser réu,
A dor que mata, cruel,
Menina me dê anel,
Vou andar assim ao léu,
Vou fazer o meu cordel,
Caldo de cana e pastel,
Da noiva roubei o véu,
A levei até bordel,
Pensava que era Bornéu,
Mergulhei que nem ilhéu,
Amargando vida e fel,
Fui parar lá no Borel...
Menina namoradeira,
Se bobear dá bandeira,
Vai deitar na minha esteira,
Não vai ficar de bobeira,
Quem da minha rosa cheira,
Vem correndo, de primeira,
Não pode pensar besteira,
Fica sem eira nem beira,
Vai virar xepa de feira,
Nem me vem bancar a freira,
Pode vir, moça faceira,
Vou bancar a faxineira,
Eu vou te lavar inteira,
Pensa que sou lavadeira,
Arrombei tanta porteira,
E deitei na cumeeira,
Eu bati na caneleira,
Já te fiz chá e chaleira,
Eu te dei chá de cadeira,
Em plena segunda feira,
Amor batendo pedreira,
Não deixa na geladeira,
Penetrar, fazer carreira,
Vou trepar na trepadeira,
Nem adianta a romeira,
Minha mulher verdadeira,
Vem dançar o Zé pereira,
Se pingar vira goteira,
Pode vir qualquer maneira,
Vamos dançar esse xote,
Nosso amor é fogaréu...
Publicado em: 26/04/2008 14:21:52


Em múltiplas cores
Matizes diversos
Amores.
Versos
Primavera
Em minha
Alma
Outonal.

Vieste
Cevaste
O que farei
No inverno?
Publicado em: 23/05/2008 12:10:17
te amo, te amo
A fantasia plena e mais formosa
Trazendo para o jogo toda a gente,
Embora tantas vezes belicosa,
O cheiro se transforma de repente
Roubando do jardim divina rosa,
O canto se demonstra mais contente,
Meu rumo nos teus braços se perdeu
Teu corpo se mistura com o meu...
Publicado em: 04/09/2008 08:49:30
Última alteração:17/10/2008 14:28:52


Vieste deste sol abrasador
Que teima em me queimar tão docemente,
Envolve meus carinhos num repente
Transbordando em delícias, meu amor.
Na cama em quer rolamos, sem pudor.

Estrela delicada de meus sonhos,
Amada mais gentil e tão formosa.
A lua que se esconde, de orgulhosa,
Ao ver esses teus olhos mais risonhos
Apaga seus luares, são tristonhos...

No rio que transborda, numa enchente,
As águas que escorrendo, tudo alagam.
As bocas que se beijam e se afagam
Transmitem nosso amor, mais envolvente.

Os céus iluminados por mil cores
De belas tempestades de prazer,
Por certo não se cansam de nos ver,
Refletem nessas cores, meus amores...
Publicado em: 19/09/2008 11:48:14
Última alteração:03/10/2008 13:04:21


Ó meu amor delicado
Meu fado
Contigo sou tão feliz.
Quero te beber inteira;
Centelha
Desse amor que sempre quis...

Por tantas vezes sonhei
Errei
Te buscando no horizonte.
Estavas aqui bem perto
Decerto.
Estavas aqui defronte...

Vamos nessa madrugada
Sem nada.
Sem medo de qualquer dor.
Passeando uma esperança
Na dança
Divinal do santo amor...

Eu não vejo mais tristeza,
Beleza,
Que me inunda de alegria.
Quero esse amor delirante,
Amante;
Todo sonho e fantasia...

Eu quero estar no teu colo,
Consolo.
Vagando por todo o sonho,
O meu barco no teu mar
Amar,
Ser feliz, eu te proponho...

Ó meu amor tão formoso,
Teu gozo.
No gozo que sempre quis.
Toda a beleza da rosa,
Cheirosa.
Promessa de ser feliz.

O nosso amor pede um canto,
Encanto.
De tanto que prometi.
Na doçura deste céu,
Teu mel
Encontro por certo aqui.

E saiba que tanto quero
Venero
Este amor maior do mundo...
Este amor que me alucina
Domina.
Vou viver cada segundo!
Publicado em: 11/09/2008 15:43:00



Minha amada, como é bom
Escutar a tua voz,
O nosso amor tem o dom
De ser tudo para nós.

Se garantes teu amor,
Eu já perco meus temores,
Se me der o teu calor
Eu irei por onde fores.

A cigana me enganava
Eu bem sei, hoje por que
O que por certo guardava
Era ciúme d’ocê.

Vou buscando o teu caminho,
No meu caminho,querida,
Eu nunca mais vou sozinho,
Tenho em ti, toda essa vida

Meu amor já trouxe um canto
De alegria para mim,
Agora quebrou-se encanto
Eu serei feliz enfim.

Com a minha companheira
Aquela que Deus me deu,
Vou passar a vida inteira,
Nesse amor que é seu e meu.

Vou fazendo esses meus versos
Me lembrando do teu beijo,
Viajando os universos
Com prazer e com desejo.

Quero ser o teu marido,
Venha ser minha mulher,
Nosso destino cumprido,
Seja lá o que Deus quiser!
Publicado em: 03/12/2008 19:53:29
Cobertor
Lençóis.
Travesseiros
Fronhas.
Cobertas
Calça
Vestido
Lingeries.

Confusão
De pernas
Coxas,
Dedos,
Mãos
Línguas,

Convulsão,
Gozos,
Enchentes
Murmúrios
Burburinhos...

Eros.
Aros
Elos,
Bocas
Tocas
Risos.
Fartos...

Sonho
Sono
Amanhecer...

Cobertor
Lençóis.
Travesseiros
Fronhas.
Cobertas
Calça
Vestido
Lingeries.

Confusão
De pernas
Coxas,
Dedos,
Mãos
Línguas,

Convulsão,
Gozos,
Enchentes
Murmúrios
Burburinhos...

Eros.
Aros
Elos,
Bocas
Tocas
Risos.
Fartos...

Sonho
Sono
Amanhecer...


Moto contínuo...
Publicado em: 25/09/2008 16:45:44


Os meus versos andam contentes
Continentes e conteúdo
Sempre e tanto,
Através das paredes dos sonhos.
Vindo da cálida manhã,
Roça a juventude esquecida
Em algum canto da vida.
Vivendo nada mais que isso,
Tentando nó corrediço
Algemas é que me deram
Os sonhos envelhecidos.
Se sou o que não pretendo
E pretendo ser quem sou
Vagando em meus versos vou
A partir do quase nada
Que em tudo se fez muito.
Embriagado do ar que respiro
Tonteio e tateio pela vida
Quase tropeço;
( queda na minha idade é fogo )
Mas não nego mais o jogo
E afogo nessa verdade
Uma última rebeldia.
Venha logo poesia
Que toda minha alegria
Está numa fantasia
Que nasceu sem se contar.
Vivendo o novo canto
Que de pranto deu sorriso.
Se navegar é preciso,
Amar é muito mais...
Publicado em: 17/11/2008 05:55:11
Ninado pelo amor desta menina
Um acalanto breve em sonho farto,
O verso que chegando me ilumina,
Entrando pela sala e pelo quarto,
Estrela divinal e vespertina
Seguindo cada raio, ao amor parto
E sigo pelos céus morrendo em astros,
Não deixo nem sequer pegadas, rastros...
Publicado em: 05/01/2009 15:27:01
Última alteração:06/03/2009 12:33:43



Falo sobre o nada que contenho
O nada ser
Nada sonhar
Nada viver
Nada amar
Nada mar
E pura areia...
Vi teu nome mesmo assim
Jogado nesta praia
Nas mais distantes certezas
Nas incertezas absolutas
E no meu medo do mar.
Menina que me incendeia
Tantas pegadas na areia
Desembocam no meu peito.
O cheiro desta manhã
O gosto dessa maçã
A vida toda vã
E meu não
Que não sonhara.
Pouco a pouco diluo
Meus sonhos nas tuas mãos...
Que não sabem o que fazem
Com meus restos e ritos
Meus medos e promessas
As horas que não viriam
No sonho que nunca veio

Falo sobre nós dois
O depois e o não sei quando.
Apenas sei.
Seios.
Serei, serei-os
E sereias
Nas areias onde passo
E procuro conchas
Conchas que trazem o mar.

Trazem as pegadas, a areia
E a certeza absoluta
De que eu sempre vou te amar.
Publicado em: 07/01/2009 08:14:31


Morena, vem depressa pr’essa rede
Eu tenho tanta pressa em te querer,
Tu é o copo d’água em minha sede,
Sem te beber, morena eu vou morrer...

Tua saliva cura qualquer mal,
Na boca mais gostosa, o bom remédio,
Prá solidão, saudade e baixo astral,
Desesperança dor, tristeza e tédio...

Morena meu amor que coisa boa,
Poder saber que tenho o teu amor,
Na tempestade forte ou na garoa,
Eu quero ir pro teu braço, protetor...

Não deixe de querer este mineiro
Que tanto te deseja e te quer bem,
Te dei meu coração, mais verdadeiro,
Te quero; moreninha... Agora... Vem!
Publicado em: 29/12/2007 19:59:17
Última alteração:22/10/2008 21:20:42

Quando eu conheci Serena,
Num galope a beira mar,
Aquela bela morena,
Tinha tudo pra encantar,
Coração bate, dá pena,
Dá vontade de chorar,
Nunca mais poder cantar
Num galope a beira mar...

Serena foi minha vida,
A razão do meu viver,
Tanta dor já tão sentida,
Sem vontade de sofrer,
Eta vida mais sofrida,
Não cansa mais de doer,
Viola canta, luar...
Num galope a beira mar...

Minha voz anda cansada,
Cansada de tanto pedir,
Minha moda vai cantada,
Cantada móde sentir,
A viola enluarada,
Que canta quase a carpir,
Tanta coisa, sem parar,
Num galope a beira mar...

Levei Serena pra casa,
Como manda o coração,
Tanto casa, quanto embrasa,
O luar do meu sertão,
Meu amor quando se atrasa,
É problema e solução.
Como era belo sonhar
Num galope a beira mar...

Com Serena tive filho,
Dois ou três se não me engano,
Do amor seguindo o trilho,
Passa dia, mês e ano,
Mas o tempo tem gatilho,
Detonando tanto plano.
Nunca mais vou esperar
Num galope a beira mar...

O amor, de maravilha,
Transformado na tristeza,
Na promessa dessa ilha,
No meio dessa beleza,
Toda dor vem de matilha,
Acabando a realeza.
Tanta coisa pra contar
Num galope a beira mar...

Serena foi assassina,
Do que belo, tinha em mim,
Maltratando minha sina,
Fazendo tão trist’assim
Tanta dor que desatina,
Do amor, foi meu Caim.
Me matando, devagar,
Num galope a beira mar...

São tristezas, duras penas,
Têm o gosto da mortalha,
Só pedia a Deus, apenas,
Outro tipo de cangalha,
Noites mansas, mais amenas,
Na minha casa de palha.
Poder sonhar com meu lar,
Num galope a beira mar...

Já cantei minha verdade,
Fiz meus versos sem vergonha,
Procurei felicidade,
Que é coisa que se sonha,
Pelo campo ou na cidade,
Não é coisa medonha.
É meu direito tentar,
Num galope a beira mar...

O veneno em minha veia,
Corre solto, vai matando,
Essa aranha fez a teia,
Minha vida foi sugando,
Minha carne foi a ceia,
Ela foi me envenenando.
Até conseguir sangrar,
Num galope a beira mar...

Quando vi nos seus olhinhos,
Verdes olhos cor de mata;
Percebi que seus carinhos,
Me diziam, ser ingrata,
Aquela por quem meus ninhos
Sonhavam amor em cascata,
Nunca mais eu vou cantar,
Num galope a beira mar...
Publicado em: 02/01/2008 20:08:51
Última alteração:22/10/2008 19:27:15

Viver amor que se encanta
Com o canto da promessa
Nossa vida já se empresta
À felicidade tanta
Que se faz decerto santa
Imantando nossos corpos
Que procuram mesmos portos
E se encontram neste cais.
Vasculhamos densas matas
Trovejamos em cascatas
Cachoeiras; sei de cor,
Mas o gosto do pecado
Que trazemos, bem marcado
Te garanto, é bem melhor...
--------------------------------------------



O vento que passeia no telhado
Me envolve de esperança e já me anima,
De volta, retornando ao meu passado,
Aos tempos tão felizes de menina...

E sinto nosso amor desmesurado
Que sempre me entontece e me alucina.
Quero ser tua escrava, meu amado,
Jamais vou maldizer a minha sina...

Escravo sou de teu amor também,
Bendigo a liberdade que perdi,
Não quero, nesta vida, um outro bem,

De amor eu vou morrendo e nisso vivo,
Contradição imensa vejo aqui,
Enquanto te domino, sou cativo...

HLuna
Marcos Loures

Qual pássaro liberto
O pensamento
Chegando de mansinho
Abre a janela
Adentrando o teu quarto...
Deixando-se aprisionar,
Na trama dos braços
Engaiolando-se
Paradoxalmente feliz...
Publicado em: 15/06/2008 20:24:38
Última alteração:20/10/2008 21:50


Bebendo gole a gole desta sanha,
Deitando meus carinhos sobre ti.
Vontade de te ter tão cedo assanha
E pousa o meu desejo colibri.
Na cordilheira em seios, na montanha
Deliciosa; o amor eu descobri
Nos gêmeos pomos, gozos em romã,
Bendito quem criou esta maçã!
Publicado em: 20/06/2008 17:22:10
Última alteração:19/10/2008 21:22:54


Por esse tempo todo que passei,
Ao te rever, parece que foi ontem...
A mesma boca triste que fez lei,
Impede que as saudades se recontem...

A mão que tenebrosa, foi açoite,
O tempo que passamos, antes, juntos,
Refletem no espetáculo da noite...
Estávamos distantes, sem assuntos...

As minhas mãos, teimavam serem dela
Os olhos que mirei no camarote,
Ao fundo decorando triste tela,
Amor secando a fonte até que esgote...

O tempo irresponsável, fez cisão,
Uma parede atroz enfim se erguia...
O medo precipita a decisão,
No lago não concebe mais enguia...

Não posso desculpar-me, pois apenas
Uma saudade enorme, na porta entre...
Não vejo tempestades nem acenas,
Nos barcos que permitam que se adentre...

Desatam-se tão céleres os nós,
Não resta nem metade que fui eu.
Resume-se tristeza volta aos pós,
No fundo amor que mata, mereceu...

Nos medos que me deste e eu vivia,
O tempo amargurando nosso doce,
Não posso perceber maior valia,
Derrotas, acumulo... A noite trouxe...

Rever-te foi somente triste alento,
A noite da partida se confessa,
Saudades vão e voltam com o vento,
Os erros cometidos não dão pressa...

Amar demais passou a dar vertigem,
Um coração se agita nesta cela...
O medo conspurcando a falsa virgem,
O rosto transtornado da donzela...

Quem fora só metade quer o tanto,
Quem sabe da saudade, diz amor,
A noite espreitando nosso canto,
No resto desta história, desamor...

Não quero conceber que seja jogo,
O medo no teu rosto se revela...
Ardendo me derreto no seu fogo,
A noite se ilumina tua vela...

Nos olhos negros, luzes irradias,
Nos medos pardos, sangue que destilas,
Nos cantos alvos, cruzes que me guias,
Nos prados verdes, brilham-te, pupilas...

Tua partida deixa seus recados,
Destróis a vida, partes, tantos nacos..
Agora está valendo, rolam dados,
O que restará, junte aos meus cacos!
Publicado em: 22/10/2008 13:54:44


Bailando em teu corpo
Meu corpo procura
O porto seguro,
A mão da ternura,
Do chão antes duro,
Semente se apura
E amor salta o muro,
Reparte em brandura
Além do futuro,
Esquece a tortura,
Amor eu te juro,
Eu quero esta cura
Que traz tanto apuro
Que entranha a loucura
Dos corpos unidos,
Vencidos os medos,
Distâncias, temores,
Amores sutis,
São qual vendavais
Dilúvios divinos
Eu quero teu cais,
Prazeres tão finos,
De novo, bem mais,
Causar desatinos,
Unido nós vamos,
Os mesmos destinos.
Publicado em: 04/11/2008 13:05:46
Última alteração:06/11/2008 12:11:04

Dedilho as esperanças, vou aos céus
E volto num momento sem ter asas
Um Ícaro perdido em ilusões.
Mas ouço ao fim da tarde um acalanto
Trazido pelo vento em campo aberto
Acolho teus carinhos e liberto
Permito-me sonhar com verso e canto.
Palavras que me ofertas, benfazejas
São asas que encontrei e que permitem
Chegar ao Sol sem medo de que a cera
Das minhas esperanças se derretam...
Publicado em: 15/05/2008 19:48:56
Última alteração:21/10/2008 12:45:54



Amor que em amizade se converte
Por certo sempre cresce mais um pouco
Decerto acalentando um sonho novo,
Renovam velhas marcas que ficaram.
Amaram quem pensava se perderem.
Quem dera não se percam nunca mais.
A paz que se demonstra companheira,
Inteira na amizade satisfaz,
Versejo meu desejo de saber
Por onde minha amiga inda se encontra
Afrontas que vencemos, no passado,
Agora vão em versos devoradas
Se decoro minha alma em teu matiz
Feliz por poder ter uma amizade
Que tarde nunca surge em nossa vida
Ávida de saber que inda rebrilha
Na trilha dos amores vãos, perdidos
Os idos tempos nos trouxeram amor.
Criança que acalento com carinho,
Do ninho se tornou maturidade
Saudade fez viver o sofrimento
Lamento tão sincero nos deu luto
Na luta pela mansa liberdade
Amor se transformou em amizade!
Publicado em: 14/09/2008 21:46:52
Última alteração:17/10/2008 13:32:22


Deleite das belezas mais sutis
Em meio ao paraíso que prometes
Aos olhos das estrelas me remetes
E fazes o meu dia mais feliz.

Os rubis e esmeraldas não se sabem
Tão belos nem tão raros como são.
Assim também vivendo tal paixão
Amores e tristezas não te cabem.

Somente as alegrias que propagas
São fontes de ilusão que tanto quero,
Em ti, querida, amor, eu sempre espero
Nas delicadas mãos com que me afagas.

Rendido pelas rendas de teus braços
Nas teias deste amor não quero fuga.
E mesmo quando o rosto todo em ruga
Eu quero o meu repouso em teus abraços
Publicado em: 16/09/2008 21:40:38
Última alteração:17/10/2008 13:51:15

Vi teu nome rabiscado
Marcado pela paixão.
Foi nesse tempo passado,
Onde tinha o coração
Um bater desesperado
Descompassado afinal
Tanto tempo já marcado,
Na árvore desse quintal...

Do quintal de minha história
Do tempo que fui feliz,
Se emoldura na memória
De um coração aprendiz
Que busca felicidade
Que é tudo o que sempre quis
Dar cabo desta saudade
Trazendo um novo matiz.

Mas ao ver teu nome ali,
Escrito num arvoredo
Foi então que eu entendi
A vida não faz segredo
Felicidade vivi,
Rabiscado na lembrança
Por tanto tempo esqueci
Esse amor de minha infância!
Publicado em: 17/09/2008 14:34:15


Pela vida passei, plantando flores
Que são, de Deus, as grandes maravilhas!
Dos corações fui retirando as dores
E desarmei; das estradas, as armadilhas...

Trouxe alegrias aos olhos sofredores
E, ao caminheiro, enumerei as trilhas;
Pintei os muros, das mais vivas cores
E coqueirais plantei, em muitas ilhas.

Ingratidões sofri mas não lamento
Pois é do humano ser a provação
E, do Bem recebido, o esquecimento...

Mas, se a tristeza, acaso, o peito invade,
Olho o jardim e vê meu coração,
Germinar a semente da saudade....

Saudades que granaram esperanças.
Nos dias outonais de minha vida,
Revejo quantos risos, quantas danças
Deixadas em minha alma em despedida...

Mas vejo, neste brilho que me trazes,
Sorriso encantador, menina linda.
Percebo que tal lua trama fases,
Talvez a lua nova volte ainda...

E traga ao velho peito novo lume,
Esparramando um sonho no jardim.
Nas flores que virão; doce perfume,
O mundo nascerá dentro de mim...

Tua doce presença em tanta espera,
Reluz nesta explosão da primavera!

Marcos Coutinho Loures
Marcos Loures
Publicado em: 20/09/2008 21:35:09


Desilusão em vida toma cabo
Entorna uma agonia merencória,
Aos poucos, sem destino, já desabo,
A dor se aprofundando, assim notória.
A quem a vida fez quase um nababo
Agora vai sozinho; pobre escória
Nem mesmo uma ilusão, a mão estende,
À podridão em vida, já recende...

O mundo parecendo mais horrendo,
Apenas o restolho de um passado,
Que segue pelas ruas, vai morrendo,
Distante dum futuro tão sonhado,
O olhar sem ter destino, se perdendo,
Não resta nem sequer um triste brado,
A vida se mostrando mais amara,
Desilusão imensa se declara...

Os sonhos escapando pelas mãos,
Apenas me tocando a desventura.
Os dias se aproximam, todos vãos,
Restando tão somente uma amargura.
Não tendo mais amigos nem irmãos,
Viver passando a ser cruel tortura.
Tentando escapar desta prisão,
Só resta ao coração: desilusão...


Sentimentos divinos, belos, caros
Em dias mais felizes percebidos.
Nas mãos de ásperos males, tão avaros,
Agora em dor intensa vão vestidos.
Restando tão somente os desamparos,
Em sonhos que morreram já despidos
De toda uma emoção que, longamente,
Tentara um mundo pleno e mais contente...

O coração tomado em fria chama,
Perdendo o seu caminho, vai irado,
Errônea e sem destino, a dura trama,
Deixando o que sonhei, desenganado,
Mortalha que se fez invés de cama,
Um novo amanhecer sempre negado,
Os erros cometidos, excessivos,
Os dias se arrastando sem motivos...

Quem teve esta esperança por ventura,
Encontra-se distante destes Céus,
Percebe que encontrou na sepultura
As últimas vitórias, seus troféus.
A vida se mostrando sem ternura,
Estende uma mortalha feito véus
Desilusão cumprindo uma ameaça
Felicidade mata e logo embaça...


depois de tanto tempo em desengano,
A sorte preparando uma vingança,
Causando a quem amara um duro dano,
Traindo toda a nossa confiança.
O medo já transborda soberano,
E a dor ao peito vago enfim se lança.
Quem teve uma ilusão de ser mais forte,
Agora vai buscando a própria morte!

Por vezes deparando com miragem
Pensamos resolvermos nossas vidas.
Mudando num momento em nova aragem,
As luzes se tornando desmedidas,
Depois de certo tempo de viagem
As horas de ilusão se vão, perdidas,
E a dor nos invadindo qual castigo,
Encontra em nosso peito, triste abrigo...

Segredos que guardamos, escondidos,
Transformam em loucuras num momento,
Sorrisos desfraldados, distraídos,
Morrendo em duras penas, num lamento.
Os ventos da tristeza percebidos,
Desilusão nos toma o pensamento,
E pondo uma alegria já por terra,
Reféns de uma emoção, perdendo a guerra...

As horas mais tristonhas já são tantas,
Nos erros cometidos, desencantos,
Cobertos pelo frio em duras mantas,
Derramo em noite e treva duros prantos.
Aos poucos nas verdades, desencantas
E o sonho se transforma num quebranto.
O fogo nos queimando, forte e lento,
Desilusão se torna sofrimento...


Tentando descobrir terrível poço
Aonde mergulhei terror profundo.
Meus erros corrigir, eu já não posso,
Transforma-se em tristeza, num segundo,
Sonho que se mostrara qual colosso,
Transtorna num momento o nosso mundo.
Não posso e nem mais quero concebê-lo,
Não sei mais decifrá-lo nem contê-lo...

O rosto da alegria em má figura
Não tendo uma emoção que seja válida
Retrata tão somente esta amargura,
E a face se mostrando quase esquálida
Felicidade morre em vã tortura,
A fantasia anêmica, mais pálida,
Meus olhos se perdendo no infinito,
Amor desiludido, segue aflito...

Minha alma pelas dores carregada,
Deixando um rastro feito em puro medo,
A solidão voraz, mais forte brada,
Conhece dos amores o segredo,
Rompendo assim feroz, a madrugada,
Trazendo o sofrimento desde cedo,
Desilusão vem logo e se apresenta,
Nem mesmo uma esperança me apascenta...

Depois de tantos dias vãos, passados
Diante deste vento que cortando,
Não deixa mais sobrar campos sagrados,
Fornalha que em momentos vem queimando
Tornando nossos passos descuidados,
E sempre mais cruel nos maltratando,
O dia em tempestades escurece,
Desilusão não deixa sequer prece...

Meus dias em tristezas já passaram
Momentos tão cruéis dos quais eu falo,
E cicatrizes fundas demonstraram,
Num sonho mais difícil de sonhá-lo.
Os medos em momentos me emboscaram,
Numa desilusão imensa, enfim me calo.
E vejo meu futuro mais escuro,
Distante deste porto, um cais seguro...

Quem teve uma ilusão por companheira
E um dia imaginou poder sorrir,
A dor traz solidão por mensageira
Trazendo uma mortalha a nos cobrir,
Não vendo mais estrada alvissareira,
Desiludido passa a refletir
Penando, maltratando o seu jardim,
Matando uma emoção dentro de mim...


Nos sonhos procurando o salvamento,
Encontra uma esperança desarmada,
Não tendo uma ilusão, não me contento
E busco novamente uma alvorada,
Porém sinto a tristeza em frio vento,
Na foz da solidão vai desbotada
Estrela que pensei fosse mais bela,
Distante deste mar, perdendo a vela...


Embora tantas vezes disfarçadas
As ilusões se mostram desmedidas,
Em noites mais felizes, deleitadas,
Nas duras solidões seguem feridas,
As horas se passando destroçadas
As vestes pelo amor, cedo tecidas,
Desilusão atinge e traz desfeita
A vida que se deu por satisfeita...

O coração batendo mais depressa,
Mostrando uma alegria por disfarce,
Na dor de uma ilusão já se confessa
E mostra num segundo a real face,
Felicidade urgindo pede pressa,
Não vê a dor chegando e num enlace
Perdendo o seu caminho, vai deserto,
O peito em duras penas, descoberto...

O dia que se foi, duro passado,
Marcando nosso sonho em véu escuro.
Deixando o mundo vago e maltratado,
Tornando nosso passo cruel, duro,
O peito se mostrando descuidado,
Não tem sequer um porto mais seguro
E assim em noite fria já caminha,
Uma alma que se faz triste e sozinha...

Depois de ter os sonhos por parceiros,
A noite se emoldura em negra treva,
Deixando em meus caminhos, derradeiros
Momentos de tristeza em dura ceva.
Os medos se tornando corriqueiros
A correnteza à dor, sempre me leva.
Uma agonia adentra um triste quarto,
Desilusão num peito amargo e farto.

Quem teve uma ilusão: dias amenos,
Num sonho que se fora transparente,
Da sorte não conhece mais acenos,
Jamais encontrará mundo contente,
Seguindo a correnteza, medos plenos,
Vivendo em tristezas, já pressente
O fim que determina a sua sorte,
Debruça-se, deveras, sobre a morte.


Um sonho mais feliz já se repele,
A dor se demonstrando mais suprema,
O fogo da discórdia invade a pele,
Desilusão se torna então seu lema,
Cavalo da ilusão já não se sele,
Deixando este amargor, único emblema,
A noite transtornada em agonia,
Nem mesmo uma ilusão, a paz trazia...

De tudo que sonhara, no passado,
A vida vai perdendo a sua meta,
O coração então resta gelado,
Não tendo uma ilusão, a dor decreta
Um canto em tristezas deformado,
Lateja a solidão que em fina seta
Dardeja tão profunda em dor tamanha,
Tortura que se faz a cada sanha.

Quem teve uma ilusão esperançosa,
Percebe quanto a vida o maltratou,
A sorte que pensara caprichosa,
Apenas em tristezas vislumbrou
Planície que mostrara desejosa,
Na seca da esperança, derramou,
Desilusão em forma de amargura,
E o fel feito agonia, já tortura...

Os passos vacilantes, já tropeçam,
Deixando bem distantes velhos planos,
Os gritos de agonia recomeçam,
Pintando em noite imensa, desenganos.
Os erros em momentos se confessam,
Os medos se tornando soberanos.
Cerrando nossos sonhos, emoções,
No peito adormecendo as ilusões..

O sonho de alegria, derradeiro,
Morrendo em nascedouro nega a estrada,
Nas farpas, nos espinhos, verdadeiro
Sentido em que se nega uma alvorada,
O corte tão profundo, por inteiro,
Demonstra a sorte morta e desgraçada.
Desilusão entranha e, descontente
A morte num momento se pressente...


Momentos de esperança desandaram,
Deixando tão somente tristes velas,
Os dias em velório já passaram,
As horas se pintando em frias telas,
Nem mesmo uma ilusão, cega, deixaram,
Distante deste céu, morrem estrelas,
As dores se mostrando uma verdade,
Negando a luz em plena claridade...


Quem tantas vezes, cego se fartou,
Agora em ilusão já não recolhe
Sequer as emoções nas quais pensou.
Desilusão depressa logo tolhe
Os passos de quem, sempre, desfrutou,
Mas dores, tão somente é o que se colhe
Tornando a noite amarga e mais escura,
E a vida em desespero, triste e dura...

Uma ilusão de um tempo em que teria
Vontade de saber e estar contente,
Depois da noite enorme, tensa e fria,
O fogo da paixão queimando ardente,
Apenas ilusão, que a mente cria,
Que morre no final, naturalmente.
A dor a cada dia só aumenta,
O sonho- ser feliz – não se sustenta...


O canto em agonia, traz tristeza
Desilusão se mostra a cada esquina,
Negando em minha vida, uma beleza,
O medo de viver chega e domina,
Ao encontrar uma alma sem defesa,
Toda esperança ataca e logo mina,
Secando da alegria uma nascente,
Deixando uma esperança, longe, ausente...

A vida que eu sonhara, não presumo,
Vivendo tão somente este disfarce,
Secando a fantasia, bebe o sumo,
Não deixa mais um sonho levantar-se.
Uma esperança esvai-se em triste fumo,
De dores se permite rodear-se.
Vibrando no meu peito esta agonia,
Matando em nascedouro, um belo dia...

Nas trevas em que triste, agora eu vivo,
Depois de ter sonhando com encantos,
Tentando, muitas vezes não me esquivo
E a noite vem trazendo negros mantos,
Um canto que se fora mais altivo,
Agora dissemina tantos prantos.
Vazio, sem ninguém em desengano,
Um canto mais cruel e desumano...

Meus sonhos se perderam, timoneiros
Do barco que se foi, dura inclemência,
Morrendo sem ter flores, jardineiros,
Mudando mais depressa de aparência
A vida nos transforma e derradeiros
Momentos transbordam inclemência.
Medonhos, estes braços estendidos,
Deixando as esperanças nos olvidos...
Publicado em: 01/10/2008 18:08:07


Nasci pra sonhar
E ter alegria
Porém não sabia
Da sorte que tinha
Na boca molhada
Na noite serena
Viola encantada
Acorde envenena
E faz desta vida
Um laço apertado
Depois descortina
Futuro encantado
Nos braços da deusa
Mulher mais gentil,
Que a vida me trouxe
E amor descobriu...
Publicado em: 05/01/2009 20:22:29
Última alteração:06/03/2009 12:31:38



Sobejo sentimento que me invade
Trazendo num sorriso, a mansidão.
Amor que ao enfrentar a tempestade
Espalha a mais divina sensação
Do canto que se mostra em liberdade
Livrando da tristeza, este alçapão.
Um coração buscando um breve ninho
Minha alma libertária, passarinho...
Publicado em: 11/02/2009 21:39:15
Última alteração:06/03/2009 06:46:37


Dançando nas esferas e nas ruas
As nuas melodias e os sonhos,
Que fazem de meus olhos mais risonhos
E em plenas alegrias continuas

As Ruas e destinos são festejos
Realejos dos meus tempos de criança
Quem me dera se todos os desejos
Realizassem por certo uma esperança

Mas, nada , estou assim muito feliz,
Sabendo que virás ao fim do dia.
O brilho dessa vida, sempre quis.
Revivendo invadindo a poesia
Trazendo, ao fim da vida, uma alegria!
Publicado em: 31/05/2008 16:07:23
Última alteração:20/10/2008 20:08:28



Minha amada, como é bom
Escutar a tua voz,
O nosso amor tem o dom
De ser tudo para nós.

Se garantes teu amor,
Eu já perco meus temores,
Se me der o teu calor
Eu irei por onde fores.

A cigana me enganava
Eu bem sei, hoje por que
O que por certo guardava
Era ciúme d’ocê.

Vou buscando o teu caminho,
No meu caminho,querida,
Eu nunca mais vou sozinho,
Tenho em ti, toda essa vida

Meu amor já trouxe um canto
De alegria para mim,
Agora quebrou-se encanto
Eu serei feliz enfim.

Com a minha companheira
Aquela que Deus me deu,
Vou passar a vida inteira,
Nesse amor que é seu e meu.

Vou fazendo esses meus versos
Me lembrando do teu beijo,
Viajando os universos
Com prazer e com desejo.

Quero ser o teu marido,
Venha ser minha mulher,
Nosso destino cumprido,
Seja lá o que Deus quiser!
Publicado em: 05/01/2008 15:56:04


No canto
Que me encanta
Aposto
Que eu me enrosco
No teu pescoço
E danço
A noite inteira
Meu rosto
Com teu rosto,
Na valsa,
No bolero,
Sincero sentimento.
No gim ou no Martini,
Rondando
Roda a noite
E gira
Sem parar...
Os sinos
Badalando
Os pássaros
Cantando
E o mundo
Vai girando
Cabeça em carrossel.
A rosa dos ventos
Perdida nos teus braços
E a vida
Determina
O sonho
Não termina,
E sempre
Recomeça...




Saudades
De ti
Amor
Vivi,
Encontro
Aqui
Enfim
Audaz,
Jardim
Em paz.
Do tempo
Algoz
Na foz
Do rio
No cio
Exposto
Teu rosto
E gosto,
Amor
Que queima,
Num ato
Um átimo,
Um ótimo
Num único
Sorriso
Que trago,
Afago
Um lago
Tão quente
Amor
Urgente
Pressente
O fogo,
O jogo
E logo
Se expõe
Inteiro
Propõe
Teu cheiro,
Perfume
E brilho.
Vencendo
O medo,
Rangendo
Os dentes.
Sementes
Estios,
Nos cios
Os óstios
Os meios
Os mantras,
Nos cantos
Nos cânticos
Altares
E preces.

Te quero
Não nego
Navego
Teu mar.
Vem logo
Que o tempo
Se escoa
Não posso
Parar...

Beber
Teu mel
Rondar
Teu céu
Teu véu
Desnudo.
Acode
Quem ama,
Te chama
E trama
Amor
Mor do mundo...



Minha cabeça girando
Tal qual fosse um carrossel
Girassol vai procurando
Pelo sol em claro céu,
Cata-vento te buscando,
Sonho esparso vou ao léu,
Procurando o teu perfume,
Vago em busca do lume.

Na beleza desta flor
Tanto amor encontro aqui
Coração qual beija-flor
Vai ouvindo o bem te vi,
Na procura do calor,
Quero ser teu colibri
E viver assim contente,
Nesse amor todo da gente...



Nos meus desejos, torpes e imorais,
As noites invernosas são mais frias.
Por quanto tempo posso querer mais
Se não consigo conceber nem querias...

Espero pelas duras noites, ânsias,
Procuro por qualquer forma de vê-las,
As horas que confundo são ganâncias
As noites que prometo sem estrelas!

Não sei se posso, medos sem desejo...
Nas horas mais tristonhas, vou seguindo,
As formas que corrompem antevejo
Os brilhos mais incríveis. E é tão lindo!

O tempo que passei, eu te esperando,
Dos olhos que sonhei, me lembro azuis...
Montanhas gigantescas vou galgando,
No final desta estrada sei da cruz...

Embalde tentei lúdicos meus cânticos
Candura não prospera meus jardins...
Os medos indefesos pois românticos,
Impedem florescer nestes jasmins!

Nos céus permitem lúbricos arranjos?
Me explique então como consegues tanto!
Nas entrelinhas tão audaz quais anjos
Conseguinte enganar com tal ar santo?

Nas minhas tentativas sou silvestre,
Amador nunca tive competência!
Inquebrantável finjo-me, campestre,
No fundo sou o fim da paciência.

Não teço meus caminhos elegância,
Nem peço mil perdões por coerência
Coleciono teus pares, discrepância
Espreito minha vez tua indecência!

Formato meus cabelos com teus verbos,
Nas contas que te tive, tão cruel.
Olhavas-me com ares mais soberbos,
Negava-me tentar chegar meu céu

Ancorei meus destinos nos teus lastros,
Infelizes os momentos que passei,
Teus braços como fossem alabastros,
Espelham meus reinados sem ter rei!

Vasculho cada metro deste mar...
Espero em cada concha teu retorno.
Nos verbos que esqueci de conjugar
O calor que perdi, retorna morno...

Entranhei tal soberba, canalículos,
Concebi novos versos, fui carrasco!
E na verdade conheci versículos,
Tuas mãos enojadas vertem asco.

Respirei teus suspiros na ante-sala,
Formamos um capítulo final.
Teus arroios vivi apoios tala...
Capitulo meus sonhos sou banal!

Quiseste meus sorrisos, tomas pranto.
Quiseste ser precisa, fraciono...
Ensinas nossas sinas, velho pranto,
Nas dores, com mestrado, leciono!

As rupturas que marcam meu respaldo,
Nas espátulas quebro meus conselhos,
Sentimentos mais simples já desfraldo,
Quebraste desamor, os meus artelhos...

Enraízo cadáveres da sorte.
Peraltices transformam velho em jovem
Não há mais dor que sempre se suporte.
Nem caminhos desfeitos que renovem...

Acalento essa velha precisão.
Acalantos fizeram meus princípios.
Desbravei meus temores incisão.
Te procurei por tantos municípios!

Nada treme nem teme quem te adora,
Mas réptil escancaras teu veneno.
Amar-te foi perder a fauna, a flora.
Aflora-me decerto fui ameno...

Nas capturas perdi meus apetrechos,
Minhas rédeas trocaram-se de mãos
Amarguras, as trilho em tantos trechos,
As batalhas, meus erros foram vãos!

Pétalas que sonhei nem mais as creio,
Num vago sentimento sou restolho.
Esculpindo desculpas, meu anseio.
A farpa penetrando no meu olho.

As vísporas, metáforas e metas,
Salgadas as manhãs que já se formam...
Em monjas assassinas, mas corretas.
Os cárceres que levo me deformam...

Infância, meu resquício e poesia;
Marcada por venais solicitudes.
A bordo do veleiro que fugia,
Me castram repelindo as atitudes...

Destrambelhei perdi a consciência
Não sopro nem verdades nem mentiras.
A vida se transforma em coincidência
Não troco meus poemas por tais liras.

Se vasculho,mergulho nas entranhas.
Espreito na tocaia quem me beija.
Falácias tais mentiras e patranhas
Por certo quem me forja, vem, aleija!

Nas páginas que caem, sobre a mesa,
As letras se embaralham sem ter senso...
Quebrei meu duro prato, sobremesa
Não quero nem permito contra-senso.

Um dia, após, um ano sem notícias.
Delego meus pecados sem ter pressa...
Refugo tantas novas, más carícias.
Amar-te foi fugir dessa conversa!

Vestido de total insensatez
Claudico procurando por teu colo.
Espéculos, lunetas, nada vês,
Te busco sou patusco, quero solo.

Farpas, aspas, nas hostes de glutões;
Esparso meus cadarços amarrados.
Metralho, se já tive, as ilusões.
Procuro meus resíduos agarrados

Nos ossos desses membros que perdi.
Amputados caminhos busco mar.
Desespero me leva haraquiri
Catapultas me lançam, vou chegar?

Kamikaze pressinto esta derrota.
O meu terno jogado no sofá.
Meu passado, feroz, já me amarrota.
No que resta, tristeza, jogo pá...

Me faculto o desejo de saber
Onde estás com quem vais, por onde segues...
Na partilha de tudo quero crer
Sempre que me vês cedo me persegues...

Não obstante instantes seguem sendo.
Martirizo capangas que me cacem.
Embrenhado nas matas que pretendo,
Esparramo esse mal que não disfarcem...

Minhas vastas certezas são piadas,
Azadas essas vezes que refazes.
Obesas sensações já desfiadas,
Feridas descobertas pedem gazes...

Osculas essas mãos que te apedrejam,
Remorsos remontando ao meu perdão.
Onde quer que mortiças, mais não sejam
Vestidas de petúnias, supetão!

Nas pregas dessas trevas não clareia.
Meus átimos são átomos sem par.
Nas águas que já turvas és lampreia
Meus medos arremedos sem lugar...

Mas basta, não mereces nem um til.
Não quero profanar o que fui eu.
Te beijo de maneira mais sutil,
Perdoe quem te amou, e te perdeu!
Publicado em: 27/09/2007 20:31:57



Nos ritos
Risos
Gozos
Beijos
Seixos,
Cascatas
Matas
E sexos.
Nexos além
Almas
Álamos
Alamedas
Percorridas.
Rondas
Rimas
Primas
E luares.
Vago
Teu corpo,
Porto e prazer.
Vencendo segredos
Ledos medos
Distantes
Fontes,
Botes
Horizontes
E montes.
Sou teu
Ateu
Coração
Ao teu
Borbotão.
Rumos
E prumos
Aprumo
E viajo.
Prazos
Não temos
Aprazem-me
Lemes
Remos
Somos
Fome
E prazer.
Embarco
E me abraso,
Acasos sem caos,
Cais procurados
Invadidos.
Saques,
Amor...




Montada em seu corcel, cabelo ao vento,
Passeia pelo reino, uma princesa,
Uma esperança surge e toma assento
Refeita nesta tela, uma beleza
Inesquecível sonho de quem ama,
Acende da paixão, pavio e chama.
Publicado em: 28/12/2007 13:28:41
Última alteração:01/01/2008 12:19:07


No tempo do meu sonhar,
Tempo que vai tão distante,
Procurando a todo instante,
Por tempo, espaço e lugar,
Acreditando passar,
A temporada da vida,
Numa luta divertida
No meio da tempestade,
Trazendo amor de verdade,
Sem ter lágrima sentida...

Tempo me traz essa brisa,
Onde o coqueiro balança.
Traz um guerreiro com lança;
A mão nesse mar que alisa,
O riso da Mona Lisa,
O medo de não prosseguir,
Meu tempo de tempo vir,
Nos contratempos sem medo,
A vida faz arremedo,
Do tempo que já perdi...

Não sei dessas temporadas,
Que a criança guardou,
No tempo que era d’amor,
Agora são massacradas,
Bandas da vida, guinadas,
Nas grinaldas me lancei,
Tanto tempo eu já passei,
Mas não me deixaste em paz,
Tanto tempo fui capaz,
De tentar o que não sei...

Versos trago sem tempo ter,
Tempo tenho pra sonhar,
Temporais para chegar,
Onde teimo me entreter,
Saberia sem saber.
Não vivo sem temporais,
Quero muito e tento mais,
Não sossego com tão pouco,
Tampouco gritando rouco,
Tempo, preciso demais...

Na curva da temporada,
Que passei lá nas Gerais,
Tempo templo até me traz,
O que julguei emperrada,
A sorte já vai danada,
A morte é mote sem fim,
Quero tempo para, enfim,
Firmar o meu pensamento,
Que transforma todo vento,
Tempo que pedi pra mim...

Meus cadernos tão antigos,
Me perco nas espirais,
Num jazigo, aonde jaz,
Os meus sonhos são castigos,
Tempo me aponta os perigos,
Curvando nesse meu lago,
Onde meu tempo eu afago,
Onde não tenho porque,
Quero já ver e vencer,
O meu tempo anda tão vago...

Teimoso sei não caço,
Rãs perdidas no brejo,
Amores lá d’Além Tejo,
Nas vilas perdi meu laço,
Vencendo enfim, meu cansaço,
Quero fazer o meu canto,
Trazendo com tempo encanto,
Nos vales quero profundos,
O melhor de tantos mundos,
Teve tempo pro meu pranto...

Um desejo trem gigante,
Que na vida tem tempero,
Fazer amor com esmero,
Pela vida radiante,
Estando só por instante,
Nos braços da minha amada,
Passando essa temporada,
Deixando o tempo prá trás,
Meu tempo de não ter paz,
Procurando nova estrada...

Tempo de ser mais feliz,
Tempo de ter esperança.
Tempo de ser tão criança.
Tempo que o tempo não diz,
Tempo de ser aprendiz...
Tempo de não ter mais medo,
Tempo de guardar segredo,
Tempo de se ter saudades,
Tempo de dizer verdades.
Tempo que faz meu enredo...
Publicado em: 29/12/2007 13:04:51



Atrás da sombra
Que deixas
Pegadas...
Alma desnuda
Desejos e febre
Aceso o pavio
Meu rio
Mergulha
Num plácido lago.
Afago
E refúgio...
Infinitos
Engendro
E vendo
Teus olhos
Descubro o meu sol...
Publicado em: 02/12/2008 10:18:12
Última alteração:06/03/2009 16:26:38


De tudo o que passei em desatino,
De todas estas dores, meu engano,
O mundo que pretendo, cristalino,
No amanhecer raiado, soberano.
Um ar mais benfazejo e, assim, divino,
Do qual possa dizer que, enfim, me ufano.
Um lume me toque, rutilante
De pérola fantástica, brilhante.

Assentos divinais e marchetados
Aonde descansar meus duros dias,
De flores que embelezem tantos prados
Nas mãos das sacrossantas poesias,
Em honras e nas glórias assentados
Os cantos que me inundem de alegria.
Assim é que prevejo e a luz alcança
A rara rutilância da esperança.
Publicado em: 07/01/2009 18:50:58
Última alteração:06/03/2009 12:02:22




Montada em seu corcel, cabelo ao vento,
Passeia pelo reino, uma princesa,
Uma esperança surge e toma assento
Refeita nesta tela, uma beleza
Inesquecível sonho de quem ama,
Acende da paixão, pavio e chama.
Publicado em: 23/01/2009 12:41:14
Última alteração:06/03/2009 07:05:03

Exploro os teus relevos, maga deusa,
Adentro por teus vales e montanhas.
Bebendo do teu néctar me inebrio,
E estendo o meu prazer em tuas sanhas.

Lambuzas-me dos méis mais desejados,
Riscando minha pele, unhas garras,
Na noite feita orgia, com furor
Meu corpo no teu corpo imerso, agarras.

E amansas as loucuras, desvarios,
Aplacas minha sede, aporto o cais,
As pernas me prendendo e assim conténs
Qual fossem uma espécie de tenaz

E preso, não desejo a liberdade,
Cativo de teu fogo, me escravizo.
Levado neste jogo, vou feliz,
Ao verdadeiro céu, ao Paraíso...
Publicado em: 20/03/2009 09:10:02
Última alteração:17/03/2010 21:07:28


Somente quando encontro
Caminho aonde pude
Vestir a juventude
Sem ter o desencontro,
Amor quando demais
Transcende à própria vida
Ausente despedida
Não sabe qualquer cais,
Resulto deste fato
E sinto a rara messe
Do quanto já se tece
E nisto me retrato
Vencendo o destemor
Vivendo o raro amor.
Publicado em: 06/07/2010 17:20:35
Nos jogos do desejo e do prazer
Eu quero esta cartela assim completa,
Na fonte inesgotável vou beber
Minha água cristalina e predileta.
Teu corpo com meus lábios percorrer,
Seguindo da querência rumo e seta.
Fazendo nesta noite inesquecível,
Um novo amanhecer belo, imbatível...



mágoa que carregas pesa tanto
Que faz o teu caminho doloroso.
Matar uma esperança, desencanto;
É destruir jardim mais oloroso,
Decerto me terias ao teu canto
Um mundo mais feliz, maravilhoso,
Se enfim vieste, amada, sem ter medo,
Coragem e vontade, um bom segredo.

As vezes que chamei e não vieste,
Os dias que passamos tão distantes,
Se servem como base e como teste,
O amor que me disseste, foi bem antes.
Meu peito se tornando seco, agreste,
Morrendo sem meus sonhos, delirantes.
Queria tua fonte doce mel,
Voarmos no horizonte, livre céu...




Eu não te amo cegamente.
Aliás isso não é amor,
É burrice mesmo.

Quero os teus erros,
Necessito deles.
Parceiros insubstituíveis.

Consistes e constantes.
Teus erros...

Não, não, não tente corrigi-los
Fazem parte de ti.
Assim como espinho e rosa,
Perfume e espinho.
Rosa e rosa
Ou rosa e perfume?
Mentiras absurdas...

Quero as nossas noites
Brancas ou não.
Roncos ou não.
Até o peido tem outro perfume
Quando vem da mulher amada.
Recende a rosa...
Ou pelo menos
Passou pelo portal do paraíso...
Publicado em: 16/08/2007 10:23:06

Amor que se perde
Sem rumo sem nada,
Coração vazio
Procura uma estrada
Que afaste este frio
E traga alvorada.

Não quero a saudade
Batendo na porta
Amor que perdi
É frio que corta
Vivendo sem ti,
A minha alma morta.

Mas vejo talvez
A nova esperança
Que traz alegria
Que cedo se alcança
Na voz que pedia
Renovada dança.

Vem logo morena
Que o tempo não pára,
Eu tenho o desejo
Da flor que mais rara,
No gosto do beijo,
Perfuma e me ampara...
Publicado em: 10/01/2008 20:58:34
Última alteração:22/10/2008 19:42:30



Eu não te amo cegamente.
Aliás isso não é amor,
É burrice mesmo.

Quero os teus erros,
Necessito deles.
Parceiros insubstituíveis.

Consistes e constantes.
Teus erros...

Não, não, não tente corrigi-los
Fazem parte de ti.
Assim como espinho e rosa,
Perfume e espinho.
Rosa e rosa
Ou rosa e perfume?
Mentiras absurdas...

Quero as nossas noites
Brancas ou não.
Roncos ou não.
Até o peido tem outro perfume
Quando vem da mulher amada.
Recende a rosa...
Ou pelo menos
Passou pelo portal do paraíso...
Publicado em: 02/12/2008 18:14:16




Ainda busco o gosto do seu fruto
Mas não consigo achar tudo está podre
Não adianta o seio impoluto
E nem o vinho bom da nova odre

Tudo é difícil - tudo obscuro
E aqueles toques como são fingidos
Em cada olhar o teu é que procuro
Mas todos estão presos em sonhos idos

Porém, quem sabe um dia, mais cansada
Da vida que tu levas, doidivanas,
E ao mesmo tempo sangras, desenganas

Tu chegues no final da madrugada
O corpo enlameado, alma carente,
Então serás só minha; novamente...

GONÇALVES REIS
MVML
Publicado em: 16/10/2007 14:50:29
Última alteração:03/11/2008 21:14:55



Vagando sem destino em noite imensa,
Recebo o teu carinho e teu afago,
Amor que traz amor por recompensa
É placidez divina em calmo lago.
Que a sorte em nossa vida nos convença
Bebamos deste amor divino trago.
E neste embalo vamos sem demora,
Quem sabe faz melhor, pois faz agora!




Não deixe que a tristeza te torture,
Eu te amo e com certeza serei teu.
Amor que se procura a cada dia,
Nos versos mais bonitos percebeu
O quanto é necessária esta alegria
Que doure, num sorriso o novo dia
Trazendo a paz que tantas vezes procuramos
Matando num momento esta agonia...



Voo nesse teu desejo..
Parte ao encontro do meu..
Sensações infiltram-se no meu corpo...
Prazer desconhecido invade-me...
Percorre-me, sacia-me...
Na alma não há qualquer dúvida..................
Afago-te lentamente o cabelo...
Sinto-te em mim...........



Afago teus desejos mais gostosos
E torno meus anseios mais ousados.
Fartura nos teus olhos fabulosos,
Momentos tão sublimes, delicados,
Urgências esquecidas nestes gozos,
Recendes aos prazeres e pecados.
Sacias as vontades mais vorazes
Meus lábios te percorrem. Vão audazes...

MARTA TEIXEIRA
ML
Publicado em: 17/11/2007 15:54:12

Nosso amor que é fantasia
De intenso sonho e prazer,
Borbulhando em alegria,
Nos teus braços, vai ferver.
Minha alma te procurando,
Vai, aos poucos, se entregando.

Na conjunção destes astros,
Neste encontro sensual,
Vou seguindo estes teus rastros,
Dos sentidos, festival,
No teu mar, meu barco avista,
Um novo amor, hedonista.

Que te quer aqui do lado,
Sem temores ou vergonhas,
No cantar mais encantado,
Com as noites mais risonhas,
Feitas de desejo e mel,
Traz estrelas, nosso céu.

Vestindo nossa nudez
Do tecido mais bonito,
Decorando nossa tez
Refestelar-se no rito
Desse amor sem ter juízo,
Porta aberta ao paraíso....


Desnuda nos teus braços, tudo esqueço,
Esqueço-me da dor e da amargura...
O teu amor eu tenho e agradeço
A quem já me ofertou essa ventura...

Caminho com um passo bem seguro
Se sempre tenho o apoio do teu braço.
Espio de relance atrás do muro,
Sem medo e sem temor de algum fracasso,

Atenta ao teu desejo e ao meu desejo
Eu me entrego à delícia do teu beijo
E sinto o teu perfume junto a mim,

Teu corpo em minhas mãos, delícia plena,
A sorte benfazeja vem e acena
Ao mundo que queríamos, enfim...

HLuna
Marcos Loures
Publicado em: 11/04/2007 15:04:58
Última alteração:06/11/2008 09:40:



Sonhei com teus desejos, meus desejos...
Andávamos felizes pelos campos.
Vertíamos milhares, loucos beijos,
Nosso caminho, estrelas, pirilampos...
Sonhei que te levava pelas mãos.
Castelos e princesas aguardavam.
Os medos estancados, eram vãos,
A poesia e o canto me inundavam...

Sonhei com fantasias de grinalda.
O tempo não passava, flutuava
Palavras e perfumes, ar desfralda.
Amar profundamente a quem amava
Em todos os momentos e lugares.
Vastos e profundos, nossos mares
Que sempre que podia navegava
Na noite salpicada por luares.

Sonhei com tua boca em minha boca
No beijo delicado e tão sutil
O gosto de invadir, mais varonil,
A profundeza cálida da toca
Que sempre me recebe com carinho,
Delícias de não mais sonhar sozinho...
Publicado em: 27/05/2007 06:18:28
Última alteração:30/10/2008 16:23:53


Deitar ao teu lado
É ser como o mar
Que lambe as areias
Da praia. Languidamente expostas à espuma das águas.
Olhos, água e mar se misturando
Num claro contraste com a brancura de minha pele
E a alvura das espumas e da areia.
O vento balançando teus cabelos
Sussurrava sensualidades...
Estendias pomares em tua nudez.
Romãs, maçãs...
E a fome insaciável de um menino
Se esbaldando...
Frutas colhidas no pé são mais gostosas...
Ah! Se são!
Publicado em: 02/06/2007 10:00:07
Última alteração:30/10/2008 16:23:38



Viuvinha vai tecendo
Noite e dia sem parar,
Meu amor saiu correndo,
Já não quer enviuvar.

Eu garanto que voltando,
Tu terás o meu carinho,
Meu amor, pois, desde quando
O meu peito é passarinho?

Beija flor beijando a boca
Bem te vi naquele mato,
Sabiá ficando louca,
Cegonha foi pro regato,

Saracura está no brejo,
O sanhaço no quintal
Venha cá que eu te desejo,
Quero ser teu, afinal...
Publicado em: 02/10/2007 18:11:39


Fornalhas entreabertas, coxas pernas,
Tocando com meus lábios as virilhas,
Paixões que nos devoram, são eternas,
Promessas de loucuras, maravilhas.
Carícias fulgurosas e tão ternas,
Entrando em cada loca, tuas ilhas.
Sentindo o meu prazer já latejando
Enquanto o teu em mim, se derramando.
Publicado em: 20/10/2007 10:19:32
Última alteração:26/10/2008 19:37:11


Nesse raio de sol peguei carona
Buscando a bela estrela sedutora.
Nessa lua vermelha de meus sonhos,
Criei o meu rosal maravilhoso.
No gozo da alegria sem limites.
Nas plumas da esperança mil centelhas.
No brilho caloroso de teus braços,
Meu gozo em festa plena, raro lume.
Sertanejo verão de brilho farto.
Eu quero esse querer sempre comigo.
E o dia nascerá em novo sol...
Publicado em: 21/10/2007 21:34:14
Última alteração:26/10/2008 19:33:53


Meu coração queimando, ardente lava,
O corpo em mil desejos, aquecido,
No porto que desnudo se mostrava,
Caminho adivinhado e já sabido,
Fornalha abrasadora que se dava,
Meu rumo nesta senda vai, perdido.
E encontra o teu prazer que, de repente,
Inunda em gozo forte a lava quente...
Publicado em: 27/10/2007 13:20:16
Última alteração:24/10/2008 14:50:07


Encontro nos teus braços a canoa
Que ajuda atravessar a correnteza
Da vida que em tristezas já destoa
E necessita sempre de destreza
Mudando o meu destino, alma revoa
E vendo nos teus olhos tal beleza
Embebe de paixão um sonhador
Que busca em desespero pelo amor...
Publicado em: 09/11/2007 22:40:21
Última alteração:26/10/2008 19:27:53


Amo teus pés.
Pés delicados e metatatarsicamente perfeitos.
Pés que passearam por terras distantes
E testemunharam teus amores
Escondidos algumas vezes
Ou expostos em sacrificantes saltos.
Na ponta dos teus dedos equilibristas
Teus dias que se foram
E as promessas dos que virão.
Obviamente amo-te inteira,
Seios, boca, pernas, coxas
E bunda magnífica.
Mas os teus pés...
Não que eu seja podólatra.
Não, não sou.
Aliás nunca reparei
Em unha bem feita
Em desfeita à dona dos pés.
Não amo os teus pés pelo formato
E nem pelo perfume mantido
Suave à duras penas.
Nem pelos esmaltes
Ou cutículas.
Isso não.
Mas tão somente pelos castelos
De areia e terremotos
Dos quais eles participaram
Silenciosamente.

Publicado em: 30/11/2007 20:40:33

Muitas vezes, sozinho, eu me apavoro,
Ao ver que as ilusões de minha vida,
Como planta num vaso, ressequida,
Morreram devagar! Então eu choro...

Nem mesmo ao sofrimento dou guarida
Neste meu verso autêntico que adoro,
Pois se este pranto é meu, eu já deploro,
Que vejam minha dor desconcebida...

A vida assim, eu vejo que se arrasta,
Numa tristeza muda e permanente,
E ao consolar-me, um pensamento basta:

O de saber que a dor que a gente sente,
Que nos maltrata e em sonhos nos devasta,
Existe em todo o ser, ocultamente...

Se toda essa tristeza é inerente,
Eu sinto que jamais verei a cura.
Porém como te amar é tão urgente,
Meu coração, sem medo, te procura.

Assim, talvez, quem saiba, minha amada,
A dor que me devora peça paz.
Então, ao manso vento, a caminhada,
Não trará tais tristezas, nunca mais.

Eu sinto que é possível ser feliz,
Ao lado de quem sonho, todo dia.
Na vida, nosso céu, belo matiz,
Transmuda na tranqüila sintonia

Que une, nossos diversos corações,
No uníssono bater das emoções.

Marcos Coutinho Loures
Marcos Loures

Publicado em: 30/12/2007 07:46:31

Querida, tanto amor que nos uniu
Viceja dentro da alma em esperança
Volvendo meu olhar para infinito
O Céu em alegria já se alcança.

Eu tenho o coração em euforia
Depois de ter comigo o teu cantar,
Vencendo esta distância que se erguia
Mostrando nosso amor num patamar

Maior do que podias ter pensado,
Além de uma utopia simplesmente,
Eu quero estar contigo o tempo inteiro,
Vivendo o nosso amor, tão plenamente...
Publicado em: 04/02/2008 20:42:30
Última alteração:22/10/2008 17:38:43

Tocando o corpo nu, lábios e dedos,
Fazendo deste corpo o meu altar,
Desvendo com volúpia teus segredos.
E as tocas tão famintas, adentrar.
Deixando para trás, angústias medos,
Sentindo o meu desejo se entesar,
E tendo, em doce gruta, esta umidade,
Promessa de total saciedade.
Publicado em: 02/01/2008 16:51:50
Última alteração:22/10/2008 19:26:4


Em versos sertanejos
Desejos mais audazes
Vorazes os prazeres
De seres que se querem
Gerando um novo canto
Do tanto que se fez
Feliz quem quer o bem
Bendigo nosso amor
Que é feito em romaria
Marés em altas ondas
Sondando cada passo
Aço dos olhos sabe
Abelha que em seu mel
Amealha uma esperança
De dança e de bailado
Amor nosso aliado,
Em cada verso exposto
Expondo sempre o rosto
Composto de emoção...
Publicado em: 02/04/2008 14:49:33


Chegaste com os olhos tão trementes
Mal percebia seres a rainha
Que à noite, no meu quarto sempre vinha
Tornar os meus momentos mais contentes.

Vontade de tocar-te se avizinha
E mostra num segundo o quão ardentes
Desejos deslumbrantes, fortes quentes
De unir a tua pele junto à minha.

O fogo do desejo me incendeia
Profusa sensação de gozo e morte,
Vislumbro na mulher uma sereia

Na boca que me morde um bom veneno,
No lábio que devora em fundo corte
Prazer feito em volúpia faz aceno...
Publicado em: 03/04/2008 19:43:11
Última alteração:21/10/2008 16:58:42
TE AMO, TE AMO...
Num mar de amor imenso
Imensa claridade
Imersos nos delírios
Nos sonhos, realidade.
Vencendo mil galáxias,
Adentro nebulosas,
As noites plenilúnios,
Nas chamas mais fogosas.
Um alazão liberto
Ganhando um infinito
Concerto das estrelas,
Nos céus em belo rito
Aplaudem nosso amor
Viceja em lume e brilho.
Seguindo pelos céus
Nos rastros, claro trilho...
Publicado em: 06/04/2008 21:17:42
Última alteração:21/10/2008 19:56:26

Jamais te deixaria
O vento que me leva
É o mesmo que me traz,
Amor sempre se ceva
Carinho que nos faz
Em rara pedraria
Divinas esperanças,
Tramando novas danças
A cada novo dia.
Não deixo de querer
Estar sempre contigo,
Embora muitas vezes,
Eu tento e não consigo,
Prossigo te querendo
E nunca negarei,
A trilha deste amor,
Pra sempre eu seguirei...
Publicado em: 07/04/2008 10:03:56
Última alteração:21/10/2008 19:58:48


As mais belas visões do Paraíso,
Neste teu corpo divinal achei;
Se foi apenas sonho que sonhei
Viver sonhando sinto que é preciso.

Quando te conheci, há longos anos
Senti que eras, de todas, diferente;
Mais pura, delicada e inteligente,
Trazias na alma amargos desenganos.

Hoje posso dizer quanto te quero,
Sem ter o teu carinho, sem teu beijo,
És todo o meu anseio, meu desejo.

O grande amor que nesta vida espero.
- Fonte de luz, de sonhos e de paz
És a canção do amor, que a brisa traz!


MARCOS COUTINHO LOURES
Publicado em: 10/04/2008 16:21:44
Última alteração:21/10/2008 18:22:34

O Farol da Verdade, em tuas rotas
Ilumina também os sete mares,
Depositam assim, Almas devotas
Teus exemplos, em todos os altares.

És querida, porém, muito invejada
Pela elegância e gestos de nobreza
Por mim, além de tudo desejada,
Pois ninguém a suplanta na beleza!

Por isso é que te vejo iluminada
Pelos raios do sol e do luar,
Estrela de meu céu sempre a brilhar;

Musa inspiradora, minha Fada
Se um dia te chamei, Fada Madrinha,
Eu agora te chamo de Rainha.

MARCOS COUTINHO LOURES
Publicado em: 17/04/2008 14:03:41
Última alteração:21/10/2008 18:26:5

Ao sentir o teu perfume,
Noite clara em sonhos bons,
Coração acende o lume
Em divinos, raros tons...
Publicado em: 29/08/2008 14:04:24
Última alteração:17/10/2008 14:27:21



Quando sonho com olhos e carinhos
Da amada que talvez não mais me queira
Amada que pensei, a vida inteira
Não mais deixaria tantos ninhos
Vazios esperando a companheira
De todos os amores a primeira
Meus olhos não seriam mais sozinhos...

Eu sonho com teus lábios benfazejos
As mãos maravilhosas, a ternura.
A noite sem sonhar de tão escura
Esquece que tivemos os desejos
E em todo nosso caso essa brandura
Que faz de toda vida, formosura...
Delícias que encontrei, teus mansos beijos...

Sonhando com amor que não me quer
Eu quero nesse sonho, tanto amor.
Espero, francamente, pela flor
Que brilha no jardim , meu bem-me-quer,
Desejo tantos sonhos sem temor
Pois bem sei que da vida, o meu calor,
Encontra-se em teus braços de mulher.

E cada vez mais, sempre risonho,
O mundo florirá a cada dia,
Vivendo deste caso, uma alegria,
Matando todo resto, se tristonho,
Vivendo tanto amor e poesia
Dançando rumo à vida, em fantasia...
Cultivo, com amor, a flor do sonho!
Publicado em: 10/09/2008 15:53:24



TE AMO, TE AMO...
Querida, tanto amor que nos uniu
Viceja dentro da alma em esperança
Volvendo meu olhar para infinito
O Céu em alegria já se alcança.

Eu tenho o coração em euforia
Depois de ter comigo o teu cantar,
Vencendo esta distância que se erguia
Mostrando nosso amor num patamar

Maior do que podias ter pensado,
Além de uma utopia simplesmente,
Eu quero estar contigo o tempo inteiro,
Vivendo o nosso amor, tão plenamente...
Publicado em: 24/11/2008 21:14:12
Última alteração:06/03/2009 16:48:01


Morena, quando eu morrer,
me enterre no mesmo dia;
Eu quero ser enterrado
no coração de Maria.
Meu amor, minha morena
Como eu gosto de você,
Mas por favor tenha pena
Eu já cansei de sofrer...

De tanto amor que te tenho,
Moreninha minha flor,
Toda noite amor, eu venho,
Procurar o teu calor.

Eu te dou minha varanda
Eu te dou minha emoção
Vem logo meu amor, anda;
Pois é teu meu coração...

Meu coração não se cansa
De querer o teu carinho,
Eu te dou uma aliança
Já não vamos ser sozinho...

Sei que um dia vou morrer
Mas te peço por favor,
Não precisa nem sofrer,
Eu não quero sua dor.

Mas me enterre bem ligeiro
Nem espere o sol raiar,
Sem teu amor verdadeiro,
Como é que eu vou ficar?

A primeira trova é da região Nordeste de Minas Gerais
Publicado em: 12/09/2008 12:37:25



No vai e vem das ondas
Modos e maneiras,
Açudes desvendados
Sangrando pelos poros
Ouro qual oráculo dizia.
Momento exato,
Ato contínuo.
Ida e vinda
Voltarei...
Publicado em: 27/11/2008 10:13:20
Última alteração:06/03/2009 16:34:44



Corro a teus braços, pobre marinheiro
Que enfrenta num saveiro a tempestade
De uma paixão imensa que se explode
Causando uma incerteza, na verdade.

Bebendo a ventania, vago solto,
As velas vão abertas, rasgo o peito,
Meu coração buscando uma ancoragem,
Distante do que fora seu direito

No porto dos abraços e carinhos.
Soturnos temporais e vendavais
Soçobro, baqueando e não desisto,
Te quero! Cada vez te quero mais!
Publicado em: 23/01/2009 15:54:27
Última alteração:06/03/2009 07:05:50


Não deixe que a sorte
Mudando seu norte
Já não te conforte
Tampouco que a morte
Depressa comporte
E te desnorteia,
A lua se cheia
Amor incendeia
Adentrando a veia
Irriga de luz
O quanto seduz
O canto reluz
E a tantos induz
Falando da cruz
Ofício que levo
No verso que atrevo
Falar da paixão
Não sinto se devo
Dizer da emoção
Que agora se aflora
E tanto decora
Olhar mais sutil
Amor quando viu
Um sonho tão vil
Se fez mais gentil
E a luz descobriu
Nos olhos de quem
Amor tanto tem
E quando revejo
Além do desejo
Momento de glória
Mudando esta história
Trazendo a vitória
Que sinto em teu beijo.
Publicado em: 07/02/2010 10:22:08



Nas pétalas brilhantes desta rosa
Tocada pelas ânsias do rocio
O encanto quanto muito em desafio
Tornando a nossa vida majestosa
O quanto deste amor em vaporosa
Manhã se torna em louco sonho e cio,
O todo se transforma e assim desfio
A sorte muitas vezes caprichosa
Toando dentro em mim velha cantiga
Aonde toda a glória em paz prossiga
Falando deste amor que tanto eu quero
Sabendo ser assim eterno e raro,
E em cada novo verso eu te declaro
Um sentimento audaz, louco e sincero...
Publicado em: 23/05/2010 13:17:16



Há tanto tempo tento
Falar de nosso amor,
O vento vem batendo
E traz farto calor
Tocando a minha face
Alçando o pensamento,
Momentos mais felizes
Deslizes esquecidos
Vividos nos teus braços,
Roçando os meus sentidos.





Os sinos rebimbando, campanário,
Uma saudade imensa me tomando,
O vento se transforma em adversário
Passei a tarde inteira te chamando.
Amor que é tão sublime e necessário
Distante, na saudade me queimando.
Mas sei que tu virás mais reluzente
Tornando o meu viver bem mais contente...




Todo o bem que a gente faz
Nesse mundo sem olhar
Para frente ou para trás
Faz a vida melhorar.

Minha amada, pense assim,
Se quiseres ser feliz
Felicidade pra mim
É um bem que sempre quis.

Quando plantares carinho
Receberás meu amor,
Passarinho que quer ninho
Esquece espinho da flor.

Mas se plantares veneno
Envenenada serás,
Todo amor quando pequeno
Só dissabores nos traz.

Toda noite em nossa cama
É prazer que se desfruta
Não deixe que apague a chama,
Por isso é que a gente luta.

Tenha sempre confiança
Em quem confia em ti,
Senão depois esperança
Sensação que já perdi.

Eu te quero minha amada
Como aquele jardineiro,
Essa planta se regada,
Dá prazer o ano inteiro...

Publicado em: 20/03/2007 13:59:08


Se reflexo, for
do escrito muito belo,
que retrata tanto amor
que este brilho seja eterno ...
(ivana)

Eterno trino
Do amor tão terno,
Na cena tenra
Aguardo o fato
E me entregando
Cedo desato
Segredos ato
E chego a ti...
Publicado em: 05/03/2008 19:57:32
Última alteração:22/10/2008 15:21:22


Não posso me esquecer
Do quanto mais anseio
Tocando cada seio
Imenso bem querer,
Até que num prazer
A vida sem receio
Ao todo quanto veio
No encanto a se perder,
Vivendo em harmonia
Gerando a cada dia
Um novo e intenso sonho
Aonde mergulhando
Sabendo desde quando
Ao tanto me proponho.
Publicado em: 10/06/2010 13:56:08


Não posso resistir ao teu chamado
E quero muito mais que um só momento
E quando junto a ti eu me alimento
Do amor há tanto tempo imaginado,
Não vendo neste fato algum pecado
O todo se mostrando em sortimento
O risco se ausentando adentro o vento
E bebo este delírio desejado,
O cândido caminho feito em luz
E nele todo o sonho que ora pus
Gerando outro delírio aonde a voz
De um sonhador espelha a realidade
Mais alto com certeza já se brade
O canto vivo e inteiro dentro em nós.
Publicado em: 03/07/2010 13:53:47

Sou vésper
Aspergido nas ilusões da vida
Me perdi
Em versos, emoções...
Dispersas as minhas ânsias
Quase não se sabem
Se vão, se ficam, o que seriam...
Somente o reverso do que fui
Na busca incontrolável
Por mim mesmo...

Sou véspera
Do que espera-se, inconcluído.
Incompleto, inerte, insosso,
Não faço do fosso meu poço
Nem posso.
Apenas ócios e ossos expostos
Pelas fraturas da vida...

Ah! Salgada saudade quem há de dizer?
Se ser o que sou, melhor nem se ser...
Melhor me perder no vento...
Invento o meu cais,
Se vou ou se vais,
Será?
Não ser rei, não seria, serei?

Mas sei que te amo,
Deste amor quase quieto,
Inseto em busca da flor.
For ou não forte,
Sorvo essa sorte
E me inverto num vértice
Vertendo meus cálices.
As hélices se partem.

Pteros quer dizer asa...
Lépida, coleópteros, helicópteros,
Lepidópteros...

Como se dizer anjos?

Só sei que em tuas asas parti,
Amada, ao nada, ao nunca, mas leve...
Me leve, me enleve, amor que me serve?=
Qualquer...
Mesmo que breve, mesmo que em trevas
Entrevas meus sonhos...
E levas em levas enlevas, em relvas, salvas das selvas
Das servas solidões...

Te amo!
Publicado em: 03/09/2008 09:16:45



O que um homem deseja, ele também imagina ser verdade. Demóstenes

Desesperadamente creio em ti,
No teu amor, em tudo o que me dizes!
Desejo que sejamos mais felizes
Depois de tanta dor que já sofri!

Eu creio nas palavras que disseste
Na noite em que juramos nosso amor.
Vento da solidão, pleno pavor,
Desvia seu caminho para leste

E me deste carinho e liberdade
No gozo do prazer que desfrutamos.
Eu mal posso entender, mas nos amamos;
Prefiro acreditar nessa verdade!

Quando estamos tão pertos, tudo some,
A vida se transcorre como um rio
Que, indo para o mar, trama nosso cio
E mata nossa sede e nossa fome...

Acredito nas luzes que iluminam
As beiras das estradas que fizemos
Com sangue e com suor que já bebemos
Nas noites que devoram e alucinam!

Eu creio em nosso caso de loucura
Que traz a faca exposta quando beija
Que traz a lua ingrata se deseja
E mata ao mesmo instante que me cura!

Eu creio em nossa vida entreaberta
Não posso duvidar deste teu seio
Exposto nessa noite sem receio
No gozo que me fere e que me alerta.

Eu creio em tuas mãos tão delicadas
Percorrendo os caminhos sem paragem,
Eu creio que no fim desta viagem
As mãos que se procuram, mãos de fadas

Depois de tantas grutas e mergulhos,
Rolando pelos seixos e cascatas
Entrando pelos bosques, pelas matas,
Subindo e derrubando pedregulhos,

Não possam se dizer mais inconstantes
Não deixam de viverem nossos sonhos,
Momentos de prazer bem mais risonhos,
Vértices abissais de dois amantes!
Publicado em: 05/11/2008 16:26:38



A expensas do que fui
Procuro novamente ser
Nos janeiros que virão...
Realmente envelhecido
Mas não envilecido,
Sendo o que teria sido
Se não fosse esse senão.

Sou o verso que reverto
Em palavras mais diretas:

Amo, chamo, clamo,
Mas blasfemo.

De mim mesmo nem notícias...
Embarquei noutro eu
E se fui não volto mais.
O cadáver esquecido
Adormeceu no desengano
Da última caminhada
Rumo ao amor.

A brisa está solta
E revolta o cabelo
Menina bonita
Me trouxe o novelo
Me enlevo no sonho
E sonho que sou
O que não seria
Se não fosse amor...
Publicado em: 30/03/2007 17:43:14


Amor me transformando por inteiro
Fazendo de minha alma uma criança.
Neste momento, puro e verdadeiro,
Concebo novamente uma esperança!

Publicado em: 01/04/2007 11:27:27
Última alteração:27/10/2008 19:01:44


Minha alma, de tua alma se embriaga
No gosto puro mel de tua boca,
Toda ternura imensa é muito pouca
Por tanto que tua alma já me afaga...

Eu quero me perder em tanto sol,
Salgando-me na praia destes sonhos,
Deixando os pesadelos mais medonhos,
Vagando atrás da deusa, girassol.

O meu viver precisa de teu canto,
Pura alegria intensa em manso cais,
Sem ter o teu carinho, nunca mais
Eu poderei sentir prazer, encanto...
Publicado em: 20/08/2007 09:12:52
Última alteração:30/10/2008 15:47:03


Qual bailarina; danças sobre mim,
Silêncios já se esgotam; noite clara.
Do amor que entontecendo nos domina
Prazer delicioso se declara.

Atordoado, busco novamente
As rédeas do destino, mas são tuas,
Imagens se repetem incansáveis,
No corpo da mulher, estrelas nuas.

Nos cálices dos corpos cristalinos,
Bebendo cada gota me vicio,
A gente não sossega e já repete
Desejo em fogo acende este pavio...
Publicado em: 24/04/2008 16:50:36
Última alteração:21/10/2008 13:26:28


TE AMO.
Sem comparsas, esparsos meus versos
Se soltam e, soltos vão aos ventos
Ventos e versões dos veros verões
Que viram mas não virão
Até por que se viesse não seriam meus versos.
Seriam inversos, diversos e reversos da medalha
Que não falha, se atalha e se embola.
Liberdade e ansiedade
Voam pela cidade
Pelo que não viria
E nem seria
Seriamente a mente que trama
As formas e as reformas
Que bastam ou não
Que seguem sertão ou cercania.
Meus versos são indomáveis
E são indômitos
Não admitem vozes nem trâmites
Se omito ou exagero
Se minto ou se fero
Tempero a meu gosto
Ao velho agosto
Que tem o meu rosto
Neste espelho
Que, multifacetário é o meu.
Mel e melaço, aço ou ação.
São as palavras das lavras que crio.
Meus filhos são tortos ou até natimortos.
São meus.
E que se dane se vierem da maneira que vierem
Não quero o prazer nem o medo que espane.
Quero o meu próprio rastro, meu lastro e a fé.
Se manso ou remanso.
Se traço ou se tranco
Barranco ou buraco.
Eu mesmo me ataco
E sei se sou fraco ou fiasco.
Não guardo nos frascos os versos que sangro.
Orgásticos ou quiméricos
São febres que tenho.
São vermes que expilo.
Palpito ou explícitos
Sem ou com tétricas
Métricas ou matizes.
Palavras atrizes escorrem na pena
Se a cena ou não.
A vistoria da alma
Se faz pela palma
Se nada me acalma
Não calo essa voz.
Amiga ou atroz
Mansa ou rebelde
De vida ou de morte
Azar ou de sorte.
Azar o meu!
Publicado em: 05/12/2008 08:44:20


Afogo-me entre os braços de quem tanto
Durante a minha vida desejei.
E embora já cansado, ainda canto
O amor ao qual a vida eu dediquei.
Vieste; redentora poesia,
Trazendo já no ocaso, esta alegria...
Publicado em: 17/01/2010 09:07:47
Última alteração:14/03/2010 20:46:14


Eu quero e não me canso
De tanto desejar
Em ti belo luar
A vida em tal remanso
E quanto mais avanço
Caminho a desvendar
Vontade de entranhar
À fúria em que me lanço
Ariscas madrugadas
Manhãs ensolaradas
Razões para viver,
Sabendo deste tanto
E quanto mais encanto
Maior nosso prazer.
Publicado em: 10/06/2010 14:02:45


Refaz a nossa vida
A sorte passageira
E quanto mais se queira
Ou menos se duvida
Estando de partida
Bebendo a derradeira
Vontade costumeira
E nela não se acida
O quanto pude crer
Nas fontes do prazer
Em ti já descobertas
Veiculando ao fato
De ter onde reato
Estradas sempre abertas;
Publicado em: 11/06/2010 18:12:34


Eu me lembro das noites que passamos
E que nos conhecemos quando amamos
Meu corpo no teu corpo, um passageiro...

Rolávamos desejos e carinhos,
Aos poucos invadindo os nossos ninhos
Assim nos desnudamos por inteiro...

Nós dois, exploradores de nós dois
Num ato de carinho antes, depois,
Nossa alma parecia por completo

Mostrada sem disfarces em nudez,
Desfeita toda a nossa timidez
Na cama fomos nós num só, repleto...

É bom saber que estás sempre comigo,
Sem medo e sem disfarce e sem perigo,
Há tanto que eu preciso te contar

Das luas que roubei, do sol que trago
Em cada novo toque e novo afago,
Na prenda e recompensa, que é te amar!
Publicado em: 28/05/2008 09:38:50
Última alteração:21/10/2008 15:25:29


Estrela guia
Meus passos leva
Espaços, ganha,
Em fantasia
Amor me enleva
A poesia
De ser assim,
Guardar em mim,
Amor imenso
Aonde penso
Me redimir.
Quero teu colo,
Estrela guia
Voar liberto
Sem agonia
Numa utopia
Que não tem fim..




Querida, eu tanto quero o teu querer
Que sabes muito bem onde encontrar
Minha presença intensa, mora em ti,
Em cada verso feito, no luar.

No riso de alegria que transborda,
Numa saudade imensa que nos toma,
No som da melodia que te toca,
Na doce fantasia que se assoma.

No dia que amanhece, no sol pôr
Deitando sobre a praia mil matizes.
Numa certeza, amada, que garanto
Permite que sejamos mais felizes...



Um vulto de mulher sempre aparece,
Quando os sonhos se tornam pesadelo;
A sorrir levemente, avulta e cresce
E, sem detalhes, o sinto e ainda posso vê-lo!

No jeito de me olhar, emanações de prece
E há cheiro de pecado, em seu cabelo;
Tem as cores do dia que amanhece
E a simetria dos cristais de gelo...

Esta visão que bate à minha porta,
Sem me dizer o que deseja e quer,
Faz reviver uma esperança morta...

Ilusão, fantasia ou realidade,
Existe sempre um vulto de mulher,
Em cada coração onde há saudade!

Imerso nas saudades que pressinto
Dos dias que se foram mais felizes.
Falar do que julgara assim extinto
Pensando que só fossem cicatrizes.

Na beleza do amor que sonho e pinto
Com cores tão suaves, mil matizes.
Meu coração te espera. É teu recinto;
Amor nos faz eternos aprendizes...

Mas ouço, te procuro e nada vejo...
Apenas o silêncio que atordoa.
Tu vives tão somente em meu desejo?

Marcando meu caminho, tal saudade,
Qual pássaro que embalde sempre voa.
Assim como se foi felicidade...


Marcos Coutinho Loures
Marcos Loures
Publicado em: 16/01/2007 19:44:20


O mundo me tomando em desengano,
De todas as loucuras que fizemos,
Depressa vai mudando cada plano,
Será que algum futuro inda teremos?
O dia sem te ter um caos insano,
Um barco que não tem mais os seus remos.
Minha alma, quando chegas, sempre canta
E o dia num momento, já se encanta...
Publicado em: 25/10/2007 20:05:09
Última alteração:24/10/2008 14:50:38


Noturnas
Rondas
Soturnos
Medos
Anéis
Saturnos,
Tristes
Noturnos
Além dos turnos
Onde rodando
Cometa, estrela
Beleza em tê-la
Rainha bela,
Velas abertas,
Mares distantes
Luas constantes
Tão delirantes
Amanheceres.
Seres exatos,
Em finos pratos,
Rumos e tratos.
Nas cercanias.
Quintal e fruto
Pomar e sorte,
Desfruto a vida,
Afasto a morte.
E quero o colo
Consolo e beijo.
Fonte desejos
Belos horizontes.
Montes claros,
Raros brilhos,
Doces trilhos,
Mel e boca.
Toca, acolho,
Soma e rumo.
Romãs e seios
Rios, veios
Amor, simplesmente.
Amor...




O princípio de tudo,
Príncipe morto
Aborto exposto
Em versos tantos.
Depois o vento
Bonança pura,
Sem armadura
O peito entrou.
Porém a sorte
Mudando o norte
Despetalou...
Façanhas tantas
Projetos, metas
Retas as curvas
Paralelos dias.
Diáfanos sonhos,
Ousei cobrir
De esperanças
A carne crua.
Que agora nua
Exposta ao vento
Lembra o tormento
Que a criou.
Último pio
Rodopio
Que gira, gira
Bumerangue...
Mas te gosto, te quero
Não nego o amor.
Apenas vou exposto
Rosto ao vento,
Peito aberto
Rumo certo,
Morte breve.
Da flor bela de meus dias,
Perfumes exalados
Lumes opacificados
Pelos olhos presbíopes
Do inverno de minha alma...
Mas te amo de um amor
Sólido e salgado.
Sórdido? Não creio.
Apenas solidificado
Depois da solidão...



Tocado pela luz, em pensamento
Meu sonho nos teus braços se encontrou
Tomando no teu peito o seu assento,
Amor/ felicidade demonstrou
O quanto e necessário estar atento.
Paisagem maviosa deslumbrou
E tudo o que bem quis, e imaginei,
Agora em nosso amor eu encontrei...
Publicado em: 27/10/2007 11:56:25
Última alteração:24/10/2008 14:51:10

Chamas
Ocultas
Cultos
E preces.
Tramas
E camas
Chamas
Não vens.
Vagas
Alagas
Os dedos
Saciam?
Queres
Preferes
Penetras
Infernos
Aceros
Tão ternos
Mas sonhas
Himeneu.
Sou teu
Sortilégio
Colégio
Régio
Comando.
Desando
E tu foges.
Não podes
Nem mordes
Apenas
Encenas
Na cama
Lençóis
As luas
Os sóis
Entrando
Sob
As cobertas...
Publicado em: 01/10/2007 10:31:08


A mulher dos meus sonhos, num relance;
Apareceu no bar, tão sensual,
Eu tento parecer mais natural

Promessas, no meu peito, de um romance.
Sentada noutra mesa, me sorri,
Meus olhos vão sorrindo sem disfarce;

Rubores nos meus lábios e na face,
Para dançar comigo, te pedi...
Um drinque, outro poema, um bom motel,

A noite não termina nunca mais,
Meu barco se aportando no teu cais,
Estrelas desfilando neste céu...

Publicado em: 28/02/2007 06:50:26


Amarelo – desespero
encarnado – linda cor;
seja falso quem quiser
serei firme ao meu amor.
Toda cor tem seu segredo
Toda mulher também tem,
Da cor eu não tenho medo,
Da mulher tem medo alguém?

Quando Maria chegou
Com cara de quem comeu
E, parece, não gostou,
Não sobrou ninguém, nem eu...

Vermelho de uma paixão,
O roxo duma tristeza,
E também desilusão
Mas a cor é uma beleza.

Os teus lábios são carmim,
Amarelo é desespero,
Teu amor quero pra mim,
O teu beijo é meu tempero.

O verde diz esperança
O dourado uma riqueza,
Quando anjinho, uma criança
Veste branco de princesa.

O preto quer dizer luto,
A menininha é lilás,
Azul é menino bruto,
Qualquer cor me satisfaz...

Meu amor é verdadeiro
Diamante, meu cristal.
Vou cantando o tempo inteiro
Esse amor fenomenal.

Não importa qualquer cor
Nem importa esse matiz,
O que importa é que no amor,
Sempre sou muito feliz!

Observação: A primeira trova é da região de Santa Maria de Suaçuí, Minas Gerais.

Publicado em: 10/03/2007 15:12:53

Vontade de sonhar e te encontrar
Nas ondas e nos braços do luar.
Confesso que ter adoro e não me esqueço
Do dia em que te vi. Sonhei-te nua
Levitas e a beleza assim flutua
É mais do que pensei e sei, mereço.

Ao ver-te neste espelho refletida,
De repente, percebo que esta vida
Vale bem mais do que sonhara.
No cheiro inebriante deste amor,
Não deixo um só instante de compor
Imagem da mulher que é jóia rara.

O cheiro desta rosa que plantei
Neste jardim dos sonhos, cultivei,
E vi brotar na força de um botão.
A Deus eu agradeço este presente,
Do amor que tanto tenho e sei que sente
Posseira que invadiu meu coração...
Publicado em: 10/04/2007 06:55:36
Última alteração:30/10/2008 15:08:44


As noites tão serenas de luar,
Crisálidas do dia a emoldurar
Beleza que se mostra rara e plena,
As noites que passamos, todas calmas,
Na placidez que encanta enquanto acena,
Dourando em sol imenso nossas almas.

As rosas dos jardins de nossos sonhos,
Espinhos decepados, pois medonhos,
Prazeres estampados no perfume
Que toma este rosal em plenitude,
Deixando a dor amarga de um ciúme,
Guardada eternamente em ataúde.
Publicado em: 03/09/2007 21:38:58
Última alteração:30/10/2008 15:45:06


Depois da tempestade se prepara
A vida em novo tempo de bonança
A jóia de um amor divina e rara
Trazendo à vida em gesto de aliança
Um braço que decerto nos ampara
E trama nova sorte em que se alcança
A plenitude feita em puro amor,
Tramando um novo dia alentador...
Publicado em: 08/12/2007 21:26:40
Última alteração:23/10/2008 09:25:52


Que culpa poderias ter, ó flor?
Se sempre me inebrio com teus versos.
Procuro todo o mel e bom do amor,
Mergulhos que traçamos mais diversos.
Que o canto que me embala, sedutor
Jamais tenha seus sons assim dispersos.
És pura sedução, minha querida
O bálsamo que cura uma ferida.
Publicado em: 07/12/2007 18:31:52
Última alteração:24/10/2008 15:19:33



Mas por que me beijaste, te pergunto,
De tudo que sofri, bem sabes quanto,
O beijo que foi dado, suave encanto
Entretanto machuca e não me cura.
Pois sei da maciez duma ternura
Que nunca demonstraste, minha amiga.
A noite em sofrimento, não prossiga,
Não sou quem tu desejas, estou certo,
Meu coração tristonho, meu deserto,
Merece por acaso um sofrimento?
Teu beijo ressuscita o meu tormento.
Tormento da saudade de quem fui,
A manta da esperança já se pui
Desnudando a minha alma sofredora,
Que mesmo que não saibas já te adora!
Publicado em: 18/12/2007 14:25:35
Última alteração:23/10/2008 08:57:25


Vencendo tantos medos chego a ti,
Para dizer do quanto que procuro,
Na vida ser feliz. Do que senti
Tão logo vi teus olhos sobre o muro.
Nesse momento mágico vivi,
A claridade vívida n’escuro.
Sentidos fervilhando sem cansaço,
Meus braços mendigando teu abraço...

És maciez sonora , belo canto,
Embora nos acordes dissonantes,
Traduzem meus ouvidos, teu encanto,
Quisera concederes, cedo e antes,
Cristalina pureza, me agiganto
Quando mostras; canora voz, sublime...
Tua bela voz, lúdica, suprime...

Emanas um perfume delicado,
Qual rosas, num jardim celestial,
Bem quisera viver deliciado,
Minha dama da noite, vendaval
Fustigando a janela, vou; ceifado
De malícias, verter em bem, o mal.
Somente do suave olor que emanas,
Nos céus, vou construir nossas cabanas...

Tens o sabor dos lábios divinais,
Humana criatura não conhece,
Sentindo o paladar dos imortais,
Em ti, qual fosses deusa, numa prece,
Persigo tua boca, quero mais.
Devora-me e decifro, magistrais
Enigmas; soberana fantasia,
Poder sentir teu beijo, uma ambrosia...

Na pele delicada que te veste,
Sentindo a maciez dos teus cabelos,
Apalpo tantos rumos, leste e oeste,
Na maciez da cútis, são novelos
Feitos da pura seda, que reveste
Entre tantas, sublime em envolvê-los,
Teus seios recobertos de camurça,
Ao senti-los, meu tato tanto aguça...

Meus olhos, quando vejo tal beleza,
Insanos não conseguem enxergar,
Mais nada do que tenha a natureza,
Nem céu, nem as estrelas, nem o mar.
Escravos; são servis a ti, princesa,
Consegues a beleza embelezar.
Te vejo como náufrago sedento,
Sereia, tanto canto exposto ao vento...





Meu bem, te vi cantando
Com toda uma alegria
Debaixo da janela
Em doce melodia...

Entrando na janela
A lua como um sol,
Num canto mavioso
Eterno rouxinol...

Eu sei quanto é gostoso
Amor que tenho em ti,
Guiando qual farol,
Nos olhos me perdi.

Nem sei mais se consigo
Achar meu rumo, estrada,
Minha alma nos teus braços
Pra sempre enfeitiçada...
Publicado em: 02/02/2008 20:09:27
Última alteração:22/10/2008 16:46:43


Acendo o meu cigarro e tomo um trago
Afago meu cachorro e dou um osso,
Colosso de morena que chegou!
É gol, folga não dou, mas tô banguela
Um velho matusquela que se assanha
Apanha do moreno da morena.
A cena se repete novamente,
A gente vai tomando só porrada,
E nada do que toco virando ouro
Na Viradouro fiz meu carnaval.
Aval de quem já sabe e reconhece
Que a prece que inventei não faz sentido.
Perdido nesta noite sem ninguém
Apenas solidão, teimosa, vem...

Publicado em: 14/05/2008 07:38:30
Última alteração:21/10/2008 14:38:22


NA DANÇA DO AMOR
QUE A NOITE PROMETE
SENTIR TEU CALOR
A DOSE REPETE
FAZENDO DO ARDOR
O QUE NOS COMPETE
BEIJO SEDUTOR
AO GOZO ARREMETE.
NO SOL DESTA PELE
DIVINA FORNALHA
AMOR NOS COMPELE
CAMPO DE BATALHA
PRAZER QUE SE ATRELE
SERENA NAVALHA...



- Por que me feres tanto, se me dizes
Que me queres também? Se é por prazer,
Posso afirmar-te que não sei viver
Tendo, no peito, tantas cicatrizes!

O amor que se alimenta só de crises
Traz, em seu bojo, a idéia de perder...
Mas se queres assim, eu passo a crer
Que temes nosso amor criar raízes.

- O que existe, afinal? O que mais queres,
As tuas mãos eu beijo, suplicante
Como jamais eu fiz, co’outras mulheres?!

E vendo o meu amor tão desprezado,
Descubro que não foi ele bastante,
E ao te perder, me sinto um fracassado!

MARCOS COUTINHO LOURES
Publicado em: 27/08/2008 13:12:32
Última alteração:17/10/2008 17:13:48

Eu quero a flor inerente
Que existe dentro de ti.
Flora miscigena em gente
Vivo perfume per si.

Seja a flor deste acalanto
Que canto e tento ser teu.
Na pureza tem encanto
O tanto quanto se deu.

Jardineiro que se esmera
Espinhos sabe conter.
Toda a garra da pantera
Serve para defender.

Mas não tema o jardineiro
Que cuida deste jardim.
Nele cabe o mundo inteiro
Nesse esmero sem ter fim...




Eu agora te chamo de Rainha.
Pois tudo em ti merece reverência;
És do pomar, a preciosa vinha
A que chamar eu devo, de excelência.

Não há como negar este carisma
Que sentimos, de forma natural,
Ao te focar, qualquer que seja o prisma,
Nós vemos quanto és mesmo especial.

Por isso, nada em ti se salienta,
Pois tudo em ti nasceu mais que perfeito,
Sem máculas sem vícios sem defeito!

Tudo quero de ti, tal se apresenta,
Por tudo em ti, ser prova de bom-gosto,
Não amo em ti, somente este teu rosto...


MARCOS COUTINHO LOURES
Publicado em: 17/04/2008 14:10:18
Última alteração:21/10/2008 18:27:00

Sonhei com teus desejos, meus desejos...
Andávamos felizes pelos campos.
Vertíamos milhares, loucos beijos,
Nosso caminho, estrelas, pirilampos...
Sonhei que te levava pelas mãos.
Castelos e princesas aguardavam.
Os medos estancados, eram vãos,
A poesia e o canto me inundavam...

Sonhei com fantasias de grinalda.
O tempo não passava, flutuava
Palavras e perfumes, ar desfralda.
Amar profundamente a quem amava
Em todos os momentos e lugares.
Vastos e profundos, nossos mares
Que sempre que podia navegava
Na noite salpicada por luares.

Sonhei com tua boca em minha boca
No beijo delicado e tão sutil
O gosto de invadir, mais varonil,
A profundeza cálida da toca
Que sempre me recebe com carinho,
Delícias de não mais sonhar sozinho...
Publicado em: 20/02/2009 19:38:50
Última alteração:06/03/2009 01:56:04


TE AMOOOOOOOO/


No compasso
Deste passo
Nesse vento
Delirante
Sou amante
Que procura
O aconchego
Dos teus braços...

Sei me perco
Nas tempestas
Que gestadas
Num momento
Pensamento
Me engana...

Mas a flama
Desta chama
Sei me guia
Qual farol...

Belo sol
Do teu olhar
Nesta estrada
Faz me achar
Doce acolhida
U´a guarida
No teu peito
Sonhador...

E amor
Se faz cantiga
Melodia
Mais querida
Que endossa
Essa poesia...

Avesso
Do verso
Reverso
Do sonho
Risonho
Caminho
Ao ninho
Perdido.
Vencendo
O medo
Segredos
Além
Vivendo
Este enredo
Do bem
Que estendo,
Na sala
Na cama
No quarto
Cigarros
E cinzas
Amoras
E rimas
Brisas
E vento.
Tempestas
E riso.
O beijo
Na boca
A sorte
Lançada
A louca
Viagem
Miragens
Desertos.
Despertos
Desejos
Os seixos
Os rios
Cascatas
Os clivos
Da sorte.

Vem logo
Morena
Que o jogo
Te acena
A vida
Se encena
Em trama
Que amena
Avisa
Que a mesa
Tá posta
E a cama
Também...

ANA MARIA GAZZANEO
MVML


Teus versos são mananciais de prazeres
Teus pensamentos maná que alimentam
Teus beijos antídoto contra a saudade
Teus abraços desejos que fomentam

E assim a tarde vai passando lentamente
Sem suster-me ligo o computador
Sinto tua presença entrando lentamente
No meu peito carregadinho de amor

Mais uma vez volto a sentir prazer
Mais uma vez alimento meu ego
Mais uma vez descarto a saudade
E mais uma vez aos teus abraços me entrego

Teu corpo para mim manancial
De todos os prazeres que sonhara
Bebendo de teu rito sensual

Decifro o quanto a vida sempre ampara
A quem em doce sonho, sem igual,
Seguiu estrada bela em luz tão rara;

Decifro nos teus olhos luz tão farta
Incêndio de esperanças e luxúria.
Do corpo que desejo nada aparta
Tomado pelo amor em louca fúria.

Vibrando meu desejo em teu querer,
Abraços e carícias mais audazes
Vivendo esta alegria posso crer
Em dias mais felizes que tu trazes..

GELIS
MVML
Publicado em: 14/11/2007 16:49:39



Rolando a noite inteira
Em fogo, em mil vontades,
A sorte timoneira
Permite as claridades
A pele tão trigueira
Vagando liberdades,
Palavra costumeira
Tesão, felicidades,
Eu quero ter teu porto
Aporto em teu prazer,
Querendo sempre mais
Ancoradouro e cais
Hedônico passeio
Em lumes magistrais,
Viagem sem limites
Em beijos e sussurros,
Saltando sobre os muros
Sem ter falsos pudores,
Deparo com as flores
Que deixas no caminho...





Amar
Amarra
Amaro
E doce.
Num agridoce sonho
Ponho o barco.
Ao largo de teu porto
Invado tuas praias.
Naufrago nos teus braços
O vento em tuas saias,
Vencendo as resistências
Clemências não mais ouço
E bebo desta fonte,
Adentro este teu poço
E posso te dizer
Da sanha que promete
Ser feita no prazer
Que vem e se repete.



.. Eu quero este acero,
Ser o teu posseiro,
Tomar tua boca
Em goles profanos.
A sorte me entrega
A pele que esfrega
E nesta refrega
Não paro um segundo.
Meu mundo varia
Varando se expõe
Ao sonho que põe
Compõe meu futuro.
Sou duro, recuo,
Mas sigo depois,
Nos olhos que espelham,
Acendo nós dois.
Ascendo ao desejo
Do beijo roçando
A nuca, o pescoço,
Colossos que guiam,
Assim fantasio
O dia que vem,
A noite em meu bem,
O bem de ser teu.
Sertões e luares,
Antares e Sírio,
Círios, delírios,
Em festas e trilhos,
Os trios, axés,
Na fé, cafuné,
Na broa e café,
Manhãs e quintais.
Varais, roupas soltas,
Sapés e taperas,
Nossas primaveras
Eternas maçãs...





Vencido o meu medo
Meu medo de amar
Dançando este enredo
Eu vou te buscar
Estrela que guia
Que acalma meu passo,
De tanta alegria
Meu rumo refaço
No braço de quem
Amor já se deu
Pra quem tanto bem
Amor mereceu.






Amor, no coração faz a morada,
Cevando em meu jardim, divinas rosas,
Tomando deste céu a luz dourada
Envolta em luas claras radiosas.

A vida, nos teus braços, renovada,
Reflete fantasias maviosas.
Sabendo transformar em liberdade
O sonho de viver, eternidade.

O tempo que transcorre, calmo e lento,
Em tramas que se querem, se desejam.
Trazendo para amantes, tanto alento,

Que os dias tão pacíficos, pois, sejam.
Rondando nossos sonhos, num momento,
Permite que as saídas se prevejam.

No riso deste canto transformado
Em teu abraço, amada; apaixonado...
--------------------------------------------------

Nos braços de quem amo, o meu império,
Da forma e da maneira que criaste,
Envolto na magia e no mistério,
Semente que em meu peito tu plantaste,
Amor não tem juízo e nem critério,
É feito em plenitude. Assim locaste
O mundo num prenúncio mais perfeito,
Gritando satisfeito no meu peito...



Rodando num carrossel
Nosso amor ganhando o céu,
Num audaz redemoinho
No teu vestido de estrelas
O meu canto passarinho
Em prazeres mil revelas..



Sentindo o teu perfume, minha amada
O dia se refaz em alegria.
A noite na saudade demarcada
Sem ter tua presença foi tão fria,
Minha alma se sentindo abandonada,
Constrita, solitária em agonia
Ouvindo a tua voz, eu te garanto
O dia renasceu em raro encanto...





Na dança dos desejos, noite afora
Festança que se faz em harmonia.
Eu quero desfrutar de tudo agora,
Rompendo a madrugada em alegria.
Vencendo o temporal que cai lá fora
O fogo devorando qual queria
Encontro nos teus braços, o meu leme,
Minha alma do teu lado, nada teme...



Cobertos pelo manto das estrelas
A bela lua, eterna testemunha
Noturnos pirilampos comemoram
Amor que nós fazemos noite afora.
Corujas, bacuraus, sapos e rãs,
Deste romance, o fundo musical.
Cometas e planetas, fundo claro
Na tela que imagino; rara cena.
E dentre estas fantásticas imagens
Tu reinas absoluta. Sou feliz...




Meus olhos encontrando um manso cais
No corpo desta sílfide perfeita,
Ardendo de vontades de te ter,
Querência divinal em que se deita
O gozo feito em festa, plenitude
Bebendo da delícia do licor
Um bálsamo sublime que derramas
Nas horas mais gostosas – nosso amor.
A vida que insalubre eu conhecera,
Nestas andanças loucas, sem ninguém,
Amansas o meu peito, em primavera
Na glória do amor pleno, sempre vem.




Teus olhos dardejando
Trazendo uma alegria
O tempo vai passando
Raiando em novo dia
Amor nos temperando
Permite tal magia...


A cada novo dia, mais contente,
Canteiro em profusão, perfeitas rosas,
Um sonho mais feliz, vida consente,
Distante das outrora temerosas
Tempestas em vazios inclementes
Agora em emoções tão fabulosas

Estradas do prazer são fabulosas
Deixando o meu viver bem mais contente
Depois de dias duros, inclementes,
Espalha o coração perfume e rosas
Não tendo mais as sendas temerosas
Felicidade enfim, já se consente.

O amor que em profusão, sorte consente
Permite as ilusões que fabulosas
Escondem as manhãs mais temerosas
Deixando o coração bem mais contente
Ao cultivar as belas, raras rosas
E enfrenta as tempestades inclementes.

As mãos que se fizeram inclementes
Ao ver tão claro amor, a paz consente
Que sejam carinhosas quais as rosas
Brotadas das paixões mais fabulosas
Tornando um ser amante enfim contente
Sem frases ou palavras temerosas.

Por vezes nas estrelas temerosas
Resquícios de momentos inclementes,
Porém ao ter carinho que contente
A sorte – ser feliz já se consente
Promessas maviosas, fabulosas,
Recendem ao perfume de mil rosas.

Um jardineiro sabe destas rosas
E enfrenta noites frias, temerosas,
Sonhando com palavras fabulosas
Depois dos temporais mais inclementes
Um novo amanhecer já se consente
No amor que nos inflama e faz contente.

Vivendo tão contente em meio a rosas
Amor que se consente em temerosas
Tempestas inclementes, fabulosas.
Publicado em: 16/01/2008 14:52:04



Sei que não sou perfeito e não serei.
Eu trago um triste fardo e nunca nego
Dos ancestrais humanos e carrego
Com toda mansidão que sempre usei.

Quem sabe seus pecados dá um passo
Importante na busca do perdão
E mata, pouco a pouco, a solidão.
A mão que me desenha esquece o traço

Mostrado num espelho que destrói.
Não fale dos meus erros como sendo
Aqueles que condenam, mesmo crendo
Que conhecer-se sempre só constrói...

Mas sei por que sempre ages desta forma,
Te dá prazer saber: não sou perfeito.
Com isso também se achas no direito
De romper sem temor a regra e norma.

Teu regozijo, sinto, em minhas falhas.
Escute eu nunca quero o teu fracasso.
Mas serás mais feliz se romper laço
Atado nos meus atos que embaralhas

Com os teus. Pressentindo vou dizer;
Querida tu procuras teu disfarce
Tentando te encontrar na minha face;
E nisso desfrutar do teu prazer!





Ronda em noite imensa
Tensa sem te ter
Tenho uma esperança
Na dança que virá
Rolando noite afora
Agora venha já
Que tudo o pretendo
Tecendo nos teus laços
Decerto amor trará...

Publicado em: 05/03/2008 16:54:45
Última alteração:22/10/2008 15:19:29



Plantando nos trigais do coração
Granando em cada toque vejo o fruto
Que toca a minha boca e me sacia.
Lambuzado do gosto e do prazer
Recebo em tal carinho o meu sustento.
E roubo deste fruto uma semente
Que espalho nos trigais de uma emoção...
Publicado em: 03/04/2008 15:15:30
Última alteração:21/10/2008 16:57:01


Aguardo o teu sorriso como quem
Espera uma alegria derradeira.
No vento que te traz, santo amor tem
Promessa de uma vida alvissareira.
No pássaro pousado na janela,
Amor em liberdade se revela.
Publicado em: 05/01/2009 14:22:51
Última alteração:06/03/2009 12:34:10


As asas entrelaçam nossos aços
Das massas nas manhãs, manhas, maçãs.
Nós somos nós atados, não disfarce
Que as faces que te mostro, cortesãs.

São constelares ritos, hirtos vôos
Nas plagas mais distantes, nossas almas
Quem dera onipresentes, mas ciosas,
Conhecem nossos sonhos, nossas palmas.

Esteios alimentam cada sonho
Aonde te proponho ser feliz.
Não tema se a distância nos perturba.
Meu canto no teu braço, o que eu mais quis...



Falar da noite e do dia,
do açoite e de Maria
do acoitado sonho perdido, despedaçado
falar de nada mais que tudo,
nada inundo
vaga imundo,
cora coração vadio,
vai meu fio
vagabundo rolando entre astros,
entre tantos
entretantos e espreitando
por trás das portas.
Falar do sonho e da fantasia,
do medo e da poesia
do meu último regalo,
meu regato, meu prato e ato
insensatamente, a mente remete-me a ti,
tímida
lânguida e cruel poesia.
Nos nossos concertos e conselhos,
consertavas os velhos
resquícios do início
precipício e me lançavas a esmo

nesse penhasco íngreme
e inerente
Prometeu, escuridão.
Vi meus olhos nos olhos de outros olhos,
infinito espelho
num prisma de oculta chama,
de verbo e Bramas, de lamas
de llamas e de teus sentidos mais confusos,
embriaguez.
A lucidez devora,
a hora de ir embora
nunca se aproxima
e, por cima de tudo,
com ciúmes me observas, me cevas ,
e conservas tuas mãos postas em mim.
Tua boca sussurra meu nome,
urra meu erro, trama
meus males e minhas angústias.
Mina de tantas riquezas falsas,
farsas e falhas.
Minha mina mais cara,
rara e companheira
te quero poesia amada,
necessito-te tanto
esquivo e altivo, mas vivo,
mais vivo em ti,
sobrevivente.
Publicado em: 16/11/2008 21:30:18
Última alteração:06/03/2009 18:53:56

Um coração deveras triste e frio,
Em cinzas e ilusões foi cultivado.
Num amargor encontra senhorio
Deixado só num canto, abandonado.
Restando em solidão, segue vazio;
O céu em negras nuvens, vislumbrado.
Batendo em desacordo com a sorte,
Encontra a solução na fria morte.

Porém ao perceber tua chegada
Qual fora num deserto, um rico oásis,
A noite vem chegando iluminada
Luar que se promete em novas fases,
Ressurge uma esperança deste nada
Meus pés vão encontrando firmes bases.
No canto que me inunda de alegria,
Futuro que jamais se predizia...


Resistir aos teus olhos, não consigo...
Sou como um helianto apaixonado!
O grito deste amor, desesperado,
É tudo que desejo e que persigo!

Não sabes que caí em desespero,
Mas juro que não tive outra saída...
És tudo o que sonhei, és minha vida.
Por isso meu completo destempero...

Andavas pelas ruas sem sentir
Que dois olhos seguiam cada passo.
Sonhavam com teu beijo ou teu abraço
E quase que sem jeito, fui pedir

Um pouco de atenção e de carinho...
Por sorte percebi que tu querias
Trazer também teu brilho para os dias
Que em meio a tantas trevas fui sozinho...

Nesta hora, te confesso, tive medo;
A vida não permite nova chance,
Agora que vivemos um romance
Divino e estamos longe do degredo,

Entendo, meu amor, falo sem queixa;
Quem quer felicidade não esqueça,
Mesmo que a negação já te aborreça
Uma oportunidade não se deixa...



No gozo destas noites em luxúria
Na fúria de ser teu e seres minha,
Nas locas e nas tocas derramadas,
No corpo em meu gozo já se aninha.

Delírios e vontades que se buscam,
Não bastam, são ferozes, indecentes.
Porém nos contaminam e nos marcam,
Cravando em nossas costas, unhas, dentes.

Eróticos desejos são humanos
Embora sob a seta deste deus.
Prazeres que te entornam, na verdade,
São nossos, são tão teus quanto são meus...
Publicado em: 10/04/2008 20:07:41
Última alteração:21/10/2008 18:23:11


Eu te quero, desejo de vida,
Meu amor, minha paz, minha fé.
Vou buscar o meu sonho, querida,
Vou voando, de barco ou a pé.

Eu te sinto na noite, no vento,
Eu preciso fazer-te feliz
Já não quero saber sofrimento
Num momento delícias te quis.

No teu rosto pintado a pincel
Pelo deus que te fez meu amor,
Sou teu homem, teu sonho, um corcel,
Nosso campo repleto de flor...

Eu te peço de novo esperança
De viver sem saber da saudade.
Se tramamos eterna aliança
Precisamos amar de verdade.

Vou buscando as estrelas mais belas
Pra fazer o cenário perfeito,
Nas delícias, prazeres; revelas
Nosso amor nesse amor satisfeito...
Publicado em: 10/12/2008 11:22:22
Última alteração:06/03/2009 15:41:02


Desejos inconfessos
Em sussurros trocados,
Depois por lábios meigos,
Prazeres desfiados.
As línguas se penetram
Transtornam-se em viagens,
Depois ficar sorrindo,
Falar tantas bobagens.
Surfando por teu corpo
Em ondas, sedução,
Deste intumescimento
Aflora uma explosão.
Eu quero este pecado
Que leva ao paraíso
Bendita esta serpente,
Que enfim nos deu juízo...
Publicado em: 09/04/2008 13:18:24


TE AMOOOOOOOOOO
As ilhas redondas
Atóis e corais
Amor peço paz
A paz que não vinha
Mas vinha meu sonho
No sonho que tinha
Amor tão risonho
Risonho me dei
Dei tranco na sorte
Na sorte que temo
E tremo sem cais
Amor quero mais
Mais sempre negaste
Negaste esta porta
Que aporta fechada
Fechado meu peito
Sem ter teu amor.
Amor que não quero
Se quero não vejo
Mas vejo o desejo
Desejo de paz
Da paz que sabia
Tão sábia escondia
O dia que canto
No canto que trago
No trago cachaça
Amor é fumaça
Fumaça cigarro
Se agarro não solto
Se solto revolto
Nessa ilha redonda
É redonda essa ilha
E traz ventania
Venta poesia
De noite e de dia
Do dia nessa ilha
Nessa redonda ilha
Minha redondilha...
Publicado em: 19/09/2008 13:06:24


Partícipe da festa
Na gestação do amor
Abrindo a porta, a fresta
Entregue ao teu calor
Sem siso e sem limites
Mergulho no teu corpo.
Nascentes, fontes minas,
Destinos irmanados
Reflexos de nós mesmos
Nos olhos espelhados...
Assim, alas abertas
Palavras vão libertas
Bem sei, não são tardias...




Quando quis viver contigo,
Bem sei que não me querias,
Meu amor, de tão antigo,
Traz em suas cercanias,
A certeza do perigo,
Desse medo que vivias.
No segredo dessa vida
Minha alma já vai perdida...

Quis viver com muito luxo,
Quis meu tempo de reinar,
Carregando meu cartucho,
Bala de todo lugar,
Sou deveras, meio bruxo,
Nessa arte de magiar.
No segredo dessa vida
Minha alma já vai perdida...

Da morte sei a sentença
E também sei o perfume,
Não há quem me convença,
Nem que meu revólver fume,
Não vai morrer de doença,
Carne irá virando estrume...
No segredo dessa vida
Minha alma já vai perdida...

Sei de tanta malvadeza ,
E também sei da saudade,
Tanta vida essa incerteza
Sua melhor qualidade,
Vivendo minha tristeza,
Amores; sei de verdade.
No segredo dessa vida
Minha alma já vai perdida...

Bebi medo de serpente,
Comi carne de ururbu,
Minha sina, sei caliente,
Na pena preta d’anu.
Todo ser sobrevivente,
Fugindo qual inhambu.
No segredo dessa vida
Minha alma já vai perdida...

Matei muitos, de emboscada,
Não sei mais quantos matei,
Dessa vida levo nada,
Nada da vida levei,
A não ser essa esporada,
Desse reinado sem rei.
No segredo dessa vida
Minha alma já vai perdida...

Pois perdão; peço de fato,
Sei o quanto errei também,
Fiz de sangue, um regato,
Nunca respeitei ninguém,
Tanta morte por contrato,
Por real ou por vintém,
No segredo dessa vida
Minha alma já vai perdida...

Eu sei, confesso o pecado,
Pequei, já não tenho cisma,
Bem sei quanto estou errado,
Não precisa cataclisma,
Nem me chamar de safado.
No segredo dessa vida
Minha alma já vai perdida...

No segredo dessa vida,
Nem precisa repetir,
Minha alma já vai perdida,
Foi tudo o que eu consegui,
Sei que a vida vai sofrida,
Perdão, não custa pedir...
No segredo dessa vida
Minha alma já vai perdida...




Meu amor tem segredos divinos
Que nem sempre consigo entender;
Tem os olhos azuis cristalinos,
Tanta luz; como podem conter?

São reflexos do céu nesse mar
São espelhos de raro matiz.
Traduzindo em teus olhos amar,
Com certeza serei mais feliz.

Eu não temo sequer a tristeza
Muito menos a tal solidão,
Em teus olhos de deusa a beleza,
Refletida no meu coração...
Publicado em: 11/09/2008 13:51:30
Última alteração:17/10/2008 14:54:00


Amor, a cantilena que domina.
Perfeita ladainha que repetes.
Nos ombros dolorosos, os confetes,
Em festas nunca deixam serpentina.

Nas horas que ignoraste meu tormento,
Isento das verdades e dos tinos,
Nas mãos que me carinham, desatinos,
Quem dera se viver fosse um alento.

Veria que falseias sem cuidados,
As mentiras, imbróglios, falsidade.
Depois de tanto sonho ter saudade,
De novo meus desejos sepultados.

Mas nada me impediu de te querer,
Nos mares que me deste em penitência.
Plantando no jardim quem quis hortênsia,
Deixou a solidão, triste prazer!
Publicado em: 17/09/2008 13:27:14
Última alteração:17/10/2008 13:50:15


Rodando pensamento nunca pára
E sente que se tanto quase nada
Espera numa espreita atocaiada
A tarde sem segredos que prepara
Pensamento rodando e não dispara
Vencido pelas horas, na calada,
Enviesado rouba toda a cena.
Venenos que destila, sem proveito,
De vastas solidões, longínquo acena.
Morrendo assim deveras, satisfeito.
Se roda o pensamento nunca falha
Dispara e não compara cada manso
Revejo nas alturas que descanso
O gosto deste bote, da navalha.
Meu mote que preparo nada diz
Senão da fome implícita do desejo.
Mentiras soam vivas como o beijo
Que sempre não me deste e nunca quis.
Pensamento restando sobre a mesa
Jamais posta por não caber receita.
A vida não seria mais desfeita
Em volta da redoma da princesa.
À parte sem saber se nada sei
Sementes dos segredos são expostas.
As horas que perdemos, decompostas,
Vivendo do passado que criei.
Nas tolas fantasias de moleque
O tom que dedicaste de desgaste,
Na mata dos meus sonhos, o desbaste
Levou a um deserto em pleno leque.
Vivendo sem saber mais do pileque
Em todo o sentimento, dou um breque.
Minha alma fantasia-se de fraque
Amor que não vivi, se foi, de araque...
Publicado em: 18/09/2008 12:06:44


Nos meus olhos cansados de viver,
A morte se demonstra solução.
Não posso nem consigo te esquecer...
Quem sabe me darias o perdão!

Mas nada que passei demonstra tanto,
Pranteio com saudades meu passado,
Há quanto não consigo ouvir teu canto.
O pranto que rolei, desesperado...

Nas pontas do lençol onde me agarro,
Rastejo pela sala e te procuro.
Na fumaça que sobe, do cigarro,
Nas espirais encontro meu futuro...

O câncer que cultivo me amedronta,
Mas atrai penetrante sentimento...
A vida que julguei tanto me apronta,
Palavras se perdendo com o vento...

Nos campos que plantei sequer espinhos,
As urzes proliferam e me espantam...
Nas árvores maus tratos, pobres ninhos,
Cadáveres sedentos se levantam...

O manto não me cobre nem aquece,
Resumo minha dor neste poema...
Esperança não resta, e já fenece,
Viver sem poder ser virou meu lema...

Mentiste teus propósitos escusos,
Na sombra de teus passos me eclipsei,
Meus versos se tornaram mais obtusos,
Nas lendas esquecidas não fui rei...

Recebo teus recados sem sentido,
Concebo meus pecados, fantasias...
No livro que jamais houvera lido ,
As vozes nos corais, nas melodias...

Vestido de cruel maledicência,
Desnudo o meu âmago sem cortes...
Não pude conhecer as tais clemências,
Disponho tão somente dessas mortes...

A sorte me lancei nestas batalhas,
Não pude conhecer senão reveses,
Na ponta do punhal, corte e navalhas.
Me deste tão somente urina e fezes...

Crocitas palavrões que não conheço,
Vestida de vestal tanto me enganas...
Da vida conheci queda e tropeço,
Me mordes e depois mansa, me abanas...

Fingiste maciez, doce recato,
Não pude te entender, me deste bote...
Cuspiste tão risonha no meu prato,
Abriste venalmente o teu decote...

Os seios antevistos me enfeitiçam,
A boca mais carnuda já me engole.
Meus olhos catatônicos cobiçam,
Me embriagando assim de gole em gole...

Braseiro que incendeia corpo e alma,
Não deixas de tentar me seduzir,
A noite que me embota pede calma,
A lua de teus olhos a luzir...

Mergulho cegamente em teu delírio,
Não deixo de viver belo delito,
As marcas que me mordes, meu martírio,
Me enlouqueço demente, em tal conflito...

Se me queres, me dês mais atenção,
Mas foges tão somente surge o dia...
Espalhas e semeias tanto grão,
No fundo me transformas fantasia...

No mundo que me guias, um abismo...
No resto que percebo sem ter rumo.
Um dia, tarde ou cedo, me acostumo,
Por hora vou morrendo, fanatismo...

Não deixo de viver e não me farto,
A mão direita mostra uma roseira,
No peito a sensação dura do infarto,

Amar-te é ser assim a vida inteira.
Na mão esquerda trazes um punhal,
Que não respeita nunca uma armadura,
Espalha teu olhar no milharal,

Não me permite lume, a noite escura...
Que faço deste mar que não habito,
Que faço desta lua que me queima...
Os versos que te endeuso não repito,

Viver sem poder ter é simples teima...
Nos olhos verdadeira e louca chama,
Na boca uma ironia mais fantástica
Prometes diamante e me dás lama,

Me mobiliza inteiro e estás estática...
No ramo deste fruto traz espinho,
Na barca que navego, meu naufrágio,
Venenos espalhaste pelo ninho.

Meus versos que inventei, tu viste plágio...
Agora que te tenho nunca tive,
Agora que te foste és toda minha...
A morte que me deste é donde vive

A boca que me salva e é daninha...
Perfumes que me espalhas, afugenta,
Metade do que tenho não és nada...
A corda que prendeste me arrebenta,

Degraus que nunca subo desta escada...
Versículos componho em tua glória,
Canais que construímos nada servem,
Princípio e final de toda história,

Enigma que meus olhos não se atrevem...
Desculpa se te fiz este poema,
A noite não me impede de sonhar,
És clara enquanto vivo desta gema,
(És ria que me impede um grande mar...)

Não sei se te persigo pelos bosques,
Nem sei se te encontrei nas cordilheiras,
Vencidas as quermesses nos quiosques,
Mergulho por alturas altaneiras...

Bastardos os meus dias sem te ter,
Disparo meus canhões, atiro a esmo...
Nas páginas dos medos não sei ler,
Nas dores meus amores, sou o mesmo...

Não posso e concretizo um velho tema,
Metade do que sou tanto te quer,
Metade do que resta vive extrema
Vontade de esganar essa mulher...
Publicado em: 19/11/2008 13:39:04


Laços tantos
Fartos gozos
Peito aberto
Enfrento o mar.
Atento aos ventos
Vejo o cais
Ondas, riscos,
E procelas
Sim e não
Solução
Porto aberto,
Maresias.
Praia e areia,
A sereia
Adentra o quarto
Traz consigo
Um oceano.
Publicado em: 02/12/2008 09:27:11


Eu sei que tu jamais retornarás,
O medo se aproxima, traz seu cheiro...
Na porta dos palácios me permito,
Viver esta esperança sem juízo...
Eu sei que terminou o nosso caso,
Não pude receber o teu recado.
O jeito foi fingir que não te quero,
Meu pranto percorrendo todo o rosto...
Vasculho cada ponto de partida,
Encontro solução mas não vigoro,
Enluto um coração tão sem coragem,
A mão que acaricia também bate...
Nos bailes que freqüentas, nada danço
Os olhos espremidos de tristeza.
Me deste solidão que não mereço.
Tropeço cada passo, sem perdão...
Avanço teus castelos, fantasia,
Amores que não pude constatar,
Balanças tuas mãos num até breve,
Capítulos refeitos desta história...
Digeres cada beijo que te dei,
Espremes sem piedade, meus sorrisos,
Farpas esparramadas pelo chão.
Guardaste minhas dores num recanto,
Hoje descobri quanto me negavas,
Idolatrei teus passos, infeliz...
Joguei as esperanças neste lixo.
Lograste tantas falas mais hipócritas,
Mentiste sobre cada novo fato,
Na mão direita levas meu amor
Ostentas teu sorriso de vingança...
Percebo que não queres o meu braço
Quebraste meus encantos sem perdão,
Resgato meu amor no teu regato,
Saudade foi herança que sobrou.
Tarântula devora o pobre macho,
Urdindo tantos planos que nem sei,
Vinganças que te movem, cada passo...
Xingaste que te amou e não quiseste...
Zeraste tanta vida sem piedade...
Amor, então perdoa, vivo pálido,
Basta desse querer assim, esquálido,
Na barca da saudade, sou inválido,
Teus olhos se mostraram, belos, cálidos...
Não pude constatar porque sou plácido
Vestidos que queimaste, jogas ácido,
Esvaindo nas quimeras, somos gélidos,
Nos versos que te faço, caço métrica,
A noite dos amores, vem mais tétrica.
Vontade de te ter, machuca pétrea,
As mãos a percorrer, fustigam límbicas,
Querem-te devorar, mas são tão tímidas,
No escárnio que te move, finges úmida,
Mas sei que não me queres és tetânica
Espero que perdoes cada cântico,
Não sei fazer meu verso mais romântico,
Amor que dediquei, enorme, atlântico,
Tentava ser mais manso, e mais pacífico,
Não pude nem fingir que fosse bélico,
Os ventos que me movem, força eólica,
As dores que sentimos, forte cólica,
Por fim nos dividimos, bola e búlica...
Nos vestiu, tanto tempo, a mesma túnica;
Sorrindo me demonstras como és cínica,
Beijando me mordeste qual famélica.
Quem vê o teu sorriso mais angélico,
Não sabe distinguir como és atômica,
Deixaste tanta gente assim, atônita,
No fundo te fizeste catatônica,
Mentiste com verdade cruel cômica,
Minha garganta cala, mais afônica,
Viver sem ser feliz é minha tônica...
Agora que mataste não se ria,
O mundo que navego perde ria,
Na porta da saudade que seria,
Não posso me esquecer do que se via...
Amor, agora chega aqui do lado,
Te quero, vem fazer um cafuné,
Não deixe tanta coisa assim de lado,
Não posso me encantar, perder a fé,
Amada, vem sacode essa roseira,
A noite que me trazes, companheira,
Te quero, na verdade assim como és...
Publicado em: 09/01/2009 20:14:01



A noite nos convida
A vida nunca pára
E deixe que prossiga
Sem medos
Pudores
Rancores
As cores se deslindam
Depois?
Anticoncepcional...
Publicado em: 16/01/2010 11:46:25
Última alteração:14/03/2010 21:07:0


Distante dos meus medos
Em noites mais audazes,
Entrego os meus enredos.
E neles satisfazes
A vida traz segredos
E muda em tantas fazes,
Não quero mais degredos,
Tampouco duras frases.
Apenas te encontrar
Tão lânguida sereia,
Vibrando no luar,
A noite que incendeia,
Adentra devagar,
Meu sangue e minha veia.

Assim em noite clara,
Na senda mais florida,
Amor já se declara,
Razão da minha vida...



Amor fazendo a festa. Coração!
Arroubos de emoção tomando conta,
Vibrando no teu colo, esta paixão
Domina o sentimento. Amor me conta
De tudo o que sonhei, e a sensação
Do teu olhar divino. Em cada conta
O brilho bem mais forte. Tentação.
Roubando um manso beijo em tua boca,
Sonhando nossa vida, insana e louca...




Vontade de tocar teu corpo, amada,
Singrando por teus mares, ser teu sol,
Manhã de nosso amor, cedo raiada,
Guiando cada sonho, um girassol.
A lua se entornara na calçada,
Buscando o teu olhar, raro farol
Assim percebo o quanto eu te desejo,
Nosso sonho infinito- amor- almejo...


Desvendo os teus segredos, minha amada,
E vejo em teu olhar, farta alegria.
A vida sem te ter, um simples nada,
Tu és toda emoção que eu bem queria.
Singrando no teu corpo; extasiada,
Minha alma se derrama em poesia.
Desvendo nos teus olhos, meus segredos,
E juntos comporemos bons enredos...



Nas sendas luminosas
Caminhos mais floridos
Encontro as belas rosas
Que um dia já sonhara
Ternura que sei rara
Encerras no teu peito,
Do jeito que vieres
Irei sempre contigo,
Beber de tua boca,
Deitar em teu abrigo
Paixão que invade louca,
Já todos os sentidos.
O teu perfume invade
A casa, a cama, o quarto,
Te ver desnuda aqui,
Na transparência, os seios,
A tez amorenada,
Teus lábios, tua pele,
Provar cada sabor
Do doce feito em sal
Suor e mel trocados.
Ouvir a tua voz
Sereia que domina,
Tocar a maciez
Da fera que alucina.
Em todos os sentidos
Tocar, provar e ver
Ouvir, cheirar beber,
Prazeres garantidos...




O vento em tempestade, meu amor,
Talvez possa trazer mal entendidos,
Embora tantas vezes, sonhador,
Afloram novamente os meus sentidos
E sinto num carinho a se compor
Os sonhos e prazeres repartidos.
Sou teu e nenhum vento mais me alcança
Senão tua presença na lembrança...



Nos braços de quem amo, tantos sóis,
Pois sois o que eu buscara há tantos anos.
Em belas melodias, nos bemóis
Encontro os mais sublimes dons humanos
À noite em nossa cama estes lençóis
Testemunhando amor que sem enganos
Permite que sejamos mais felizes,
Mudando em nossas noites, seus matizes...



Presença que é tão tenra em minha vida
Meu peito num compasso mais veloz
Dispara ao ver imagem preferida,
Eu perco num momento prumo e voz
De todas as que eu sei; a mais querida
O mundo que sonhara para nós
É feito em frenesi e calmaria
Em pura sedução, calor e guia...




Na rima que procuro para amar
Encontro teus olhares sobre mim,
Galgando uma esperança, ganho o mar,
Que guardo no peito e sei sem fim.
Vontade de beber e de sonhar
A boca degustando o gozo enfim
Carícias mais audazes, plenitude
Amar rima também com atitude...
---------------------------------------------------

Meus lábios te procuram, doce mel,
E bebem do prazer de um beijo teu.
Desejos vão rodando em carrossel,
Olhar em teu olhar já se perdeu
Chegando num momento, eterno céu.
Amor que imaginando todo meu
É feito da alegria de saber
O quanto a vida mostra-se em prazer...
----------------------------------------------------------------------


O gozo eterno
Amor sincero
Que eu tanto quero
E que me enleva
Na mesma leva
A vida ceva
O que era treva
Já se matiza
A leve brisa
Que assim avisa
Que pereniza
Amor eterno
Gozo sincero
Matando o fero
Deixando o quero
No novo gero
O que venero
E tanto espero
Amor sincero!



Amor que se faz sempre em perfeição
Não deixa um só momento de querer
Que a vida tenha sempre a solução
E deixe bem distante algum sofrer.
Entregando-me assim à emoção
Amando-te eu começo a me perder
Entre tuas pernas e os lençóis,
Descubro a maravilha de mil sóis...

-------------------------------

--Amor redemoinho move o mundo
E faz de cada sonho, realidade,
Um sentimento assim, belo e profundo,
É portador divino da verdade,
Das águas deste amor, logo me inundo
E encontro finalmente a liberdade.
Mesmo que em cativeiro, o coração
Rebenta com furor qualquer grilhão...
---------------------------------------------------


Na valsa dos meus sonhos preferidos,
Olhares, devaneios, seios, risos...
Encantos pelos cantos esquecidos
São fórmulas reais de paraísos.
O quanto é necessário que os Cupidos
Nos alvos sejam firmes e precisos.
Amor que se imagina eternidade
Em júbilo me traz felicidade...

-------------------------------------------------------

Amor em tenro verso ronda o mundo
E muda a direção de qualquer vento,
Amar é ser liberto em um segundo
Vivendo com tesão cada momento.
Nas águas deste sonho eu me aprofundo
E sinto a tempestade em movimento.
Amar é ser feliz e nisso crer
Tramando em nossa vida, o bem querer


Meu canto em teus encantos, satisfeito,
Transborda em alegria, calmamente,
Felicidade muda em seu conceito
Do amor vira sinônimo e pressente
Que o mundo em nova face, dê direito
A quem necessitar ser mais contente
Deixando o sofrimento já perdido,
Distante, sempre ausente, e sem sentido...
-------------------------------------------------------------

Amor desesperado que me doma,
Vontade de saber divino gosto
Da boca que faminta já me chama,
Beleza que conheço no teu rosto,
O teu perfume doce de jasmim,
O toque de teu corpo me inebria,
O beijo mais gostoso, prometido,
No amor que me domina e me vicia,
Expondo em cada verso uma loucura,
Trazendo para mim felicidade,
Eu quero te encontrar, e te dizer
Do amor que nos assola, de verdade..





. Leve o sonho
Aonde ponho
Uma esperança
Toque o cais
Beba mais
Noite avança
Gins, vermutes
Não escutes
Promessas vãs.
Cada trago
Noutro afago
Alagados...
Beijos, quartos,
Seios fartos,
Carrosséis
Nos motéis
Cadê siso?
Cata-ventos
Vaga-lumes
Girassóis.
E nós dois
Doces nós...
Publicado em: 24/04/2008 15:44:42
Última alteração:21/10/2008 13:25:28


TE AMOOOOOOOOOOOO

Namoro sem decoro
Sei de cor
Décor
A poesia
Faz folia
E nos decora
Recorro ao alfarrábios
Lábios busco
Bruscos sentimentos
Mentas e tormentas
Mentiras descartadas
Cartadas decisivas
Incisivas palavras
Lascivas artimanhas
Metáforas
E cânforas
Ânforas.
Aquários
Vários mares
Ares tantos
Santos cortes
Portos nossos
Ancorar farto desejo
No ensejo predileto
Amor assim completo
É pleito que meu peito
De um jeito mais sacana
Expressa em poesia
Quem sabe a gente cria
Até na fantasia
A luz do novo dia
Que urgia, mesmo orgia
Regia cada passo...


Publicado em: 14/08/2008 11:27:31


Não quero te dar
Cadáver ambulante,
Figura distante
Do quanto sonhei.

Já vejo o cajado
Da amiga mortalha
Que enfia a navalha
Em dores, lateja.

Minha alma deseja
A sorte bendita,
Mas verdade já grita
E mostra em nudez
Entranhas estranhas
Estragos e fendas.
Doente, percebo
Que o fim bate à porta,
Ronda a janela
E os ferrolhos são frágeis...

Te amo.
Se isto te importa,
Minha alma vai morta
Mas o corpo deseja
O beijo da moça
Que sabe alvoroça
E faz temporal...

Ar, quero o ar
Do arpejo
Do airoso sonho.
Do ardente gozo
Da arcana festa
Da ardósia,
Da harmonia.

Sou parte
Inerente
Do quanto
Que senti
Em brisa e em fartura
Da cura prometida
Nas asas da alegria
No frio desta noite,
Do canto das gaivotas
Das portas esquecidas
Sereias e sonatas.

Arrasto estas correntes
Dos dentes já perdidos
Contentes e cordatas
Regatas, madrigais.
A paz sendo bendita
Escrita nos teus olhos,
Abrolhos semeados
Morreram depois disto.

Existo
Insisto
Persisto
E sobreviverei.
Verei o fim da festa
Nem que seja pela fresta
Aberta atrás da porta...
Publicado em: 28/08/2008 08:48:56


Sublime sensação de água mais pura
Amor se faz sensato e mais suave.
A mão que me acarinha, em tal ternura
Transporta em liberdade tal qual uma ave.
Se temos nossas asas mais abertas
Distâncias que cobrimos mais completas.

Publicado em: 03/09/2008 14:27:53
Última alteração:08/09/2008 04:47:02



A porca de tão pesada
Já não anda, meu senhor
A vida desconsolada,
Nada serve sem amor.
Não se esqueça, minha amada,
Meu coração sofredor...
Quero o pó dessa estrada
Alimenta o sonhador
Na noite, na madrugada
E por onde quer que eu for...
Publicado em: 07/12/2008 20:38:37
Última alteração:06/03/2009 15:26:03


Gira mundo
Mundo gira
Gira amor
Meu girassol
Vou bebendo
Da saudade
Que invadiu
Este arrebol...
Publicado em: 02/01/2009 16:35:29
Última alteração:06/03/2009 13:28:2



Amor que ao se entregar permite o sonho
Aonde se matiza um infinito.
Meus olhos nos teus olhos quando ponho
Encontro um céu imenso e tão bonito
Amar e ser feliz, eu te proponho,
Fazendo da esperança um belo rito.
Teu corpo junto ao meu, gozo profundo,
Que inunda de alegria todo o mundo..




Minha alma te seguindo, uma andarilha
Encontra a cada rastro uma esperança
De ter depois de tudo, em nova trilha
Certeza da beleza desta andança.
Canteiro feito em rosa, dália e tília
Perfume deste sonho já me alcança
E traz tanta alegria para mim,
Um sol iluminando o meu jardim...
Publicado em: 07/04/2008 09:30:50
Última alteração:21/10/2008 20:22:08


Rolando a noite inteira
Em fogo, em mil vontades,
A sorte timoneira
Permite as claridades
A pele tão trigueira
Vagando liberdades,
Palavra costumeira
Tesão, felicidades,
Eu quero ter teu porto
Aporto em teu prazer,
Querendo sempre mais
Ancoradouro e cais
Hedônico passeio
Em lumes magistrais,
Viagem sem limites
Em beijos e sussurros,
Saltando sobre os muros
Sem ter falsos pudores,
Deparo com as flores
Que deixas no caminho...
Publicado em: 25/06/2008 16:31:55
Última alteração:19/10/2008 21:30:32


O nada ser

Só,
Sem pós
À sós.
Sem SOS,
Sem serventia
Nem servidão.
Ser tão
E ser bem pouco,
Tampouco
Querer mais
Que a vida
Pôde fornecer.
O olhar amigo
Daquela que seguirá contigo,
Mesmo a contragosto
Até o capítulo final...
Ser mais um,
Ser só um,
E tentar ser cem,
Mesmo sendo sem,
Semear
Assemelhar-se
Semelhante.
Ramalhete...
Nada além
Do impossível,
Do improvável,
E persistir.
Eis, sem ex,
A explicação
Do amor que tanto
É pouco e, muito
É nada.
Apenas.
Nem mais nem menos.
Somente...
Publicado em: 26/11/2008 19:29:08



Sua boca tão gostosa
Tem a delícia da rosa,
Traz em si o meu desejo...

Essa boca mais cheirosa,
Me deixando todo prosa,
Quando consigo seu beijo...

Moça bonita me dê
Seu amor pr'eu viver,
Sem ele não tem mais jeito..

Não consigo lhe esquecer,
Por onde anda você,
Saber isso é meu direito...

Nos caminhos lhe procuro,
Terra batida, é tão duro,
Passar a vida sozinho...

O fruto que está maduro,
É meu coração tão puro,
Procuro pelo caminho...

Estradas que já passei,
Nesse mundo triste lei,
Onde você se escondeu?

Nas estrelas procurei,
Neste reinado sem rei,
Meu amor já se perdeu...

Na manhã do nosso amor,
Não houve tarde, só dor...
A vida é meu desafio...

Como posso sem calor,
Perfume procura a flor,
Eu mergulho negro rio...

Nada encontro, seu segredo,
Tanta noite, tanto medo...
Onde posso procurar?

Na terra do meu degredo,
Meu mundo não tem enredo,
Persigo o belo luar...

A vida sem alegria,
Passando sem fantasia,
Traz a tristeza sem fim...

Não vejo raiar o dia,
Minha vida sem Maria,
O que será Deus, de mim?

Quando vejo esse vestido,
No varal tão esquecido...
Me lembro dessa mulher...

Todo amor que houvera tido,
Tudo que fui vai perdido,
Só a saudade me quer!

Volta pra mim, eu lhe imploro,
Se não voltar não demoro,
Logo, logo vou partir...

O meu céu já não decoro,
Tanta lágrima que choro,
Como posso resistir?

Minha viola plangente,
Pergunto pra toda gente,
Por onde anda meu amor...

Assim acabo doente,
Ou então fico demente,
Não suporto tanta dor...

Quero você nessa vida,
Não suporto despedida...
Vai me sobrar só a morte...

Volta minha querida,
Minha tristeza incontida,
Implora por melhor sorte...

Quem souber da minha amada,
Não precisa falar nada,
Só lhe mando esse recado...

A cama de madrugada,
Inda está toda arrumada,
Só falta você do lado...
Publicado em: 03/12/2008 11:09:10


Amada, se tu quisesses,
No coração pleno em preces,
Falar da nossa paixão.
Dizer do nosso desejo,
Que se mostra em tanto beijo,
Invade meu coração!

Se pensar em nosso abrigo,
Desafiando o perigo;
No nosso tempo e amar,
Sabendo do forte vento
Que nos traz o sentimento,
Que transtorna todo o mar.

Nas horas todas perdidas,
Das dores já convertidas
No sorriso que te trago,
Sem penar por ter saudade,
Amando com liberdade,
Te pedindo um doce afago.

Morena como é tão belo
Um amor que sempre velo
E que espero nunca acabe.
Amor que tanto me dói,
Ao mesmo tempo constrói.
No meu destino já cabe...

Amor de noites dolentes
Dos desejos mais ardentes
Que me traz a fantasia,
Vivendo em pleno prazer,
Tão bom que chega a doer
Se explodindo em alegria!
Publicado em: 08/12/2008 21:02:14


Na magia deste amor,
Força nobre e soberana
Eu sou um navegador
Que em teu corpo já se ufana
Das conquistas destes mares
Delicados ,divinais
Minha deusa, em teus altares,
Nossos ritos sensuais
Por te amar demais, assim,
Ser teu par, minha querida,
Vou cantando até o fim,
Grande amor da minha vida!


TE AMOOOOOOOOOOOOOO
Amor ardente. Quanto nos ensina!
Na pele bronzeada da menina
Desejo de poder ser o seu sol.

Na nossa ilha deserta, nessa areia,
Nos braços dessa bela lua cheia
Quietinhos na delícia deste atol.

Na flor do meu desejo, estar do lado,
Na praia, em nosso sonho e no cerrado,
Vivendo nosso amor, enfim, em paz.

Depois dos nossos beijos tão melados,
E todos os desejos saciados,
O vento tão gostoso, a noite traz..

Por mais que nossa vida seja breve
Que o canto deste amor sempre nos leve
À ilha desejada neste sonho...

Morena esta delícia já se acena
Por isso, nosso amor que vale a pena
Com todo o meu carinho, te proponho...
Publicado em: 28/05/2008 11:01:13
Última alteração:21/10/2008 15:25:45


Singrar por mares
Altares à Vênus
Nus corpos
Nos portos
Seguros
Curas
Agruras?
Jamais...
Atados
Alados
Alçando infinitos...
Deitando o meu olhar no mago templo
Divina maravilha que contemplo
Contempla a minha vida em glória plena.
Atento, o coração à bela cena.
Eu vejo
Desejo
Prevejo
E singro teus mares...

Publicado em: 31/07/2008 19:43:50
Última alteração:19/10/2008 22:07:40


Preso na garganta
Grito que não solto
Tanto me revolto
A vida dói, tanta.
No canto que tento
Invento meu cais
O meu grito, atento
Não solto jamais.
Recebo em tempesta
A festa que fazes
Nas frases mais feitas
Não peço mais pazes
As horas perfeitas
Desfeitas em dor,
O grito que penso
Mas não me convenço
O grito do amor!
Publicado em: 09/09/2008 19:25:21
Última alteração:17/10/2008 14:36:10


Seja o meu amor por ti um bálsamo
Doce acalanto, nas horas mais sombrias
Um bom perfume, água cristalina
Que à tua sede, seja o que procuras...

Te mate a fome, seja pão e vinho
Que partilhado mude a sua história
Um riso, o mel, terno carinho
A alegria, gosto de vitória...

Que nada seja, mais que um belo sonho
Mote talvez, pra sua poesia
Já sou feliz, te amar, verdade ou fantasia
Tão só amor, amor, eu te proponho!
Publicado em: 30/09/2008 16:27:48
Última alteração:02/10/2008 14:53:


Um sorriso sempre agrada
Traz pra vida uma alegria,
Eu te quero minha amada,
Vou cantar-te todo dia.

O meu verso já se encanta
Quando vê tua chegada,
O meu peito se agiganta,
Minha doce namorada.

Eu te fiz uma modinha
Prá mostrar meu bem querer,
Eu te quero toda minha,
Em você tenho o prazer.

O amor que você tem
É mais quente que este sol,
Venha logo ser meu bem,
Debaixo deste lençol...
Publicado em: 11/02/2009 18:06:13
Última alteração:06/03/2009 06:47:53



Se não sentes o meu cheiro
Quando adentro na janela
Deste amor que é feiticeiro,
Tanto brilho se revela.

Vou beijando de mansinho,
O teu corpo tão gostoso,
Devagar, eu já me aninho
No teu sonho caprichoso.

Tu és minha companhia
Toda noite, meu amor,
Meu motivo de alegria,
Tanto bem a te propor.

Passageiros na viagem,
Desta estrada, nossa vida,
Meu amor não é miragem
Nem tampouco o teu, querida...
Publicado em: 08/04/2008 21:13:31
Última alteração:21/10/2008 18:14:27


Quando vejo teu corpo divinal,
As tardes passam sempre mais felizes...
As dores esquecidas num bornal,
Escondem-se fugindo, más atrizes...
No teu rosto, manchetes de jornal,
As cores do universos, seus matizes...
Pergunto ao vento: Posso te encontrar?
Me respondendo, aponta pro luar!

Quando te percebi, voavas livre...
Meus olhos reflexivos, te buscaram.
De todas essas coisas que já tive,
As horas te esperando não passaram...
O amor que de teimoso, sobrevive,
Nasceu quando meus olhos te encontraram...
Voavas pelos céus qual fosse um anjo;
Na vida sempre quis o teu arranjo!

Fortuitas madrugadas, passo cego.
Na busca violenta e sem demora...
Os mares que não sei, nem os navego,
A vida me parece, vai embora...
Procuro e satisfaço, um atroz ego;
Minha alma, num suplício, vem e chora...
Os dedos que desfiam esse canto,
Acariciam t’a boca e teu manto!

Melindras meus amores com teu riso...
As forças da natura sempre invejam...
Pois quando ris, tão bela e sem aviso,
As tempestades loucas já trovejam.
Comemoram teus lábios tão precisos,
Amores mais divinos, pois, farejam...
Quem dera não tivesse mais tristezas.
Te traduzir beleza em fortalezas...

Foste íris, pupila, até retina...
Sem te ter, para que saber do mundo?
A luz que me irradias, cristalina,
O céu que te concebe é mais profundo...
Azulejas meus dias sem rotina,
De ternuras sem fim, então me inundo...
És maciez de pêssego querida.
As tuas mãos acalmam minha vida!!

As vagas estendendo os seus abraços,
Encontraram –te linda como a lua...
E rasgaram, ferozes, os espaços.
Sem saber que essa vida continua.
Então vens, apertando os velhos laços,
Uma deusa caminha pela rua...
Sempre serás, revives Afrodite,
Nova estrela brilhando no Zenite!
Publicado em: 26/04/2008 11:35:01


Os cabelos caídos sobre o colo,
Negritude divina em alvo viço.
Contraste mavioso, céu e solo
Serpenteando... Quanto te cobiço!

Na trança distraída, o esplendor.
Meu desejo transborda e narcotiza...
Por vezes se imiscui tolo pavor,
Nas minhas catedrais, sacerdotisa!

Delírios sensuais na bela tela,
Uma obra prima feita do prazer.
Cabelos negros, crinas, sela...
Vontade de ficar, voar, viver...

Galopo meus desejos infinitos...
No corpo dessa deusa divinal
Que traz para o meu sonho todo o astral...
Obrigado meu Deus... Sonhos benditos!

Embora não percebas tal mistura
Alvor de tua pele tão amena
E o ébano sem par desta melena
Transbordam de magia essa pintura!
Publicado em: 29/04/2008 12:37:59
Última alteração:21/10/2008 14:26:32


Que eu consiga sentir o teu carinho
Em todos os momentos que puder
Sabendo discernir felicidade
Nos braços tão amados da mulher
Que sempre foi meu rumo e meu destino
Desejo de te ter ao lado meu.
Nas noites mais divinas desatino
Nas tramas de quem, louco, se perdeu...

Quero teu carinho em meu desejo
Desejo meu amor em teu carinho
Quem fora nessa vida tão sozinho
Espera pelo afago do teu beijo.
E sinto que esta noite não termina
E sinto que este amor já não se cabe
De tanta fantasia se alucina
De tanto que te quero e nada sabe.

Nos medos que vivemos, nos receios
Nas bocas que procuram seus recantos
Na maciez divina dos teus seios
Deitado no teu colo, teus encantos.
Eu quero desfrutar do teu perfume
Sem medo de sentir a tempestade
Vivendo nosso amor, sem ter ciúme
Sabendo que encontrei felicidade!
Publicado em: 14/05/2008 19:08:08
Última alteração:21/10/2008 14:41:14



O princípio de tudo,
Príncipe morto
Aborto exposto
Em versos tantos.
Depois o vento
Bonança pura,
Sem armadura
O peito entrou.
Porém a sorte
Mudando o norte
Despetalou...
Façanhas tantas
Projetos, metas
Retas as curvas
Paralelos dias.
Diáfanos sonhos,
Ousei cobrir
De esperanças
A carne crua.
Que agora nua
Exposta ao vento
Lembra o tormento
Que a criou.
Último pio
Rodopio
Que gira, gira
Bumerangue...
Mas te gosto, te quero
Não nego o amor.
Apenas vou exposto
Rosto ao vento,
Peito aberto
Rumo certo,
Morte breve.
Da flor bela de meus dias,
Perfumes exalados
Lumes opacificados
Pelos olhos presbíopes
Do inverno de minha alma...
Mas te amo de um amor
Sólido e salgado.
Sórdido? Não creio.
Apenas solidificado
Depois da solidão...
Publicado em: 17/08/2008 21:46:28
Última alteração:19/10/2008 20:18:32


Lembranças do meu bem, espinho e flor,
Remendos de saudades neste amor
Formaram uma capa impenetrável.

Agora meu amor bem mais maduro
Consegue derrubar o triste muro
Promete novo canto mais amável...

Temores de insucessos do passado
Não podem mais trazer sonho frustrado
Para a esperança nova que renasce;

Deixemos amarguras noutro cais,
O tempo que se perde vem jamais
Mostremos ao amor a nova face...

Na glória de poder deixar de ser
Caminho tão difícil, reconhecer
Os erros cometidos; sigo em frente...

Talvez não seja fácil recomeço,
Perdoe-me se houver algum tropeço,
Mas saiba que contigo vou contente...
Publicado em: 12/09/2008 14:11:41
Última alteração:17/10/2008 13:24:44


Meu angélico amor tão sem cuidado
Desnudo dorme em praças, ao relento...
O beijo que me trazes, é do vento
Que teima em me lembrar: abandonado!

Vestido de ilusões que se frustraram
A cada novo dia, mais distante.
Os olhos desta minha aurora amante
Em meio aos desatinos se levaram...

Misturas mais difíceis de entender
Amor e abandono não se rimam
Porém não posso crer como se estimam
E teimam, toda noite, em me esquecer.

Contrastes que se tornam sofrimento
Desprezos e desejos se entrecruzam
De dores e dos beijos tanto abusam
Que quase não percebo o triste vento...

Deixando o coração em tal tormenta
Que embora sou feliz, infeliz sou,
Concebo deste quase que restou,
A luz que me maltrata e alimenta!
Publicado em: 14/09/2008 21:35:01
Última alteração:17/10/2008 13:32:00



Quero roçar meu corpo no teu beijo,
Acariciar, manso, cada ponto...
Transbordar em carícias meu desejo,
Vagando lentamente, ficar tonto...

Quero sentir fugaz, o que delira...
Nas mãos maliciosas, ter-te inteira;
Penetrar mais profundo, até que fira
Suavemente. Rolar nessa esteira...

Quero teu gosto, gozo em meu delírio,
Fazer desse repasto, minha orgia...
Gozar tão mansamente, esse martírio.
Poder ver no teu rosto, doce magia...

Quero sentir as ondas de prazer,
Contraindo teus músculos, e dentes...
Saber melhor plantar depois colher,
Conhecer os teus rios e nascentes.

Minhas mãos, sentinelas e recrutas,
Procurando saber onde se encontra;
Dessa mata, vertentes, poros, grutas...
Navegar teus macios lagos, lontra...

Teu respiro, aspirando me sufoca,
Decorar esses mapas tua pele...
Invadir, caçador, pois, cada toca.
Fazendo não querer, mente e repele.

Nas curvas dessa estrada , capotar...
Conhecer artimanhas mais sutis,
Levantar tua saia devagar,
Nos teus braços saber que sou feliz...

Teus seios, mordiscar, bem lentamente,
Teu pescoço, libido se explodindo...
Nessas danças, bailar feito demente,
Sentir o cheiro, olor do gozo vindo...

Quero insensatez, quero tuas pernas,
Num balé misterioso, entrelaçando
As minhas, nas carícias mais eternas;
No teu corpo, suave, naufragando...

Eclodir as centelhas desse incêndio,
Conhecer nossos mares e marés.
Aprender bem mais desse compêndio
Escrito vorazmente, mãos e pés...

Quero a ternura, fera e mais voraz...
Nos olhos revirando sem ter nexo...
Conceber sonhos lúbricos, audaz...
Desenhar as mil formas do teu sexo.

Minha língua feroz e delicada,
Vagando pelos vales e montanhas...
Sentir a tua boca, minha amada,
Hastear tais bandeiras nessas fronhas...

E depois, descansar o meu cansaço,
De guerreiro feroz qu’apascentaste...
Dormir tão calmamente no teu braço,
Depois de tal batalha num contraste...
Publicado em: 19/09/2008 15:55:11


Amor que me inebria, assim profano,
Bebendo de teu vinho, uma aguardente,
Reféns deste desejo, sem engano,
Vontade de te amar se faz urgente.
Amar um bem divino, mas insano,
Fulgura em tempestades, vem ardente,
Liberta enquanto pune. Acorrentando,
Em laços sempre firmes, libertando.

Bendito este pecado que professo
Contigo toda a noite sem descanso.
Um réu que se demonstra assim, confesso,
Encontra na tempesta o mar mais manso.
Eu quero, te desejo, amor, eu peço
A punição de um beijo. E já me lanço
Aos braços da serpente que me encanta,
A deusa sem pudor audaz e santa...
Publicado em: 23/09/2008 12:04:39
Última alteração:02/10/2008 19:24:57


Sonantes sentimentos
Somando sentidos
Searas, semeio,
Seduzes, sou teu.
A dança que avança
Em passos uniformes
Informa e transforma
Em formas sublimes.
Solfejas desejos
Em mágicas notas
Tonantes sentires.
Ecoam refrões.
Na valsa que danças
A noite é criança
E sabe brindar
Com brilhos nos olhos
Recolho estas pétalas
Que espalhas no ar...
Publicado em: 01/10/2008 12:28:19
Última alteração:02/10/2008 13:55


Meu bem, te vi cantando
Com toda uma alegria
Debaixo da janela
Em doce melodia...

Entrando na janela
A lua como um sol,
Num canto mavioso
Eterno rouxinol...

Eu sei quanto é gostoso
Amor que tenho em ti,
Guiando qual farol,
Nos olhos me perdi.

Nem sei mais se consigo
Achar meu rumo, estrada,
Minha alma nos teus braços
Pra sempre enfeitiçada...
Publicado em: 02/10/2008 13:01:01
Última alteração:02/10/2008 13:36:47


Meu amor nos caminhos que tu fores,
Não esqueças jamais de nossas luas.
Das catedrais que fomos, velhas cores;
Das madrugadas bêbadas, nas ruas...

Os castiçais que sempre se acenderam
Nas velas que iluminam nossas noites
Penumbras que jamais nos esqueceram,
As cordas que latejam, vis açoites!

Da sorte que nos nega a fantasia,
Dos cortes que teimamos produzir,
Do parto que fingira essa alegria,
Dos olhos que mentiste sem luzir.

Os pútridos carinhos que me deste.
Nas pétalas murchadas desencanto.
O beijo tão satânico e agreste,
As lágrimas fingidas de teu pranto!

Não deixe que medonhas tempestades
Te levem o que resta deste cais.
Os parvos cantos lúbricas saudades,
As farpas que me deste, Satanás!

Não quero mais profanas juventudes.
Nem bacantes vorazes que me esfreguem.
Negar as tuas podres atitudes
Fugir de tuas mãos antes que peguem...

Não saio deste mar nem que me rogues,
Pretendo tais marés que sempre matam...
Nas ondas que produzem que te afogues,
De teus ciúmes loucos já se fartam!

Pélagos abissais e calabares
Jamais iriam ter tal paciência
Nem santos que profanas nos altares
Nem deuses pediriam por clemência!

Expulsas venenosa companheira,
A sorte que jamais, karma, deixaste.
A dor que me legaste, verdadeira.
Os meus destinos, víbora, mataste...

Não me restam sequer palavras mansas.
A mansidão sugaste num tormento.
Fugir para bem longe de tais lanças
Que rogas contra mim, cada momento!

A vida me negou a doce espera,
O tempo foi cruel, nem pestaneja.
Carpindo minhas dores morro fera,
Nos cânticos de paz, minha peleja!

Rugidos dos felinos assassinos,
Nos uivos de tais lobos na floresta,
Ouvindo na distância, dobram sinos,
A parte purulenta é que me resta!

Das pústulas que herdei, postulo paz,
Nas crápulas manhãs que me restaram.
Um canto certamente se desfaz,
As páginas felizes se acabaram!

Não posso prosseguir a tal viagem...
Não tenho forças perco leme e rumo.
A praga que rogaste minha imagem.
Não tenho nem sequer, eu me acostumo...

Vencido pelas mágoas, vou cansado.
Nem sei se tenho vida ou me desfaço.
As urzes me deixaram seu recado,
A morte vencerá pelo cansaço!

Rapéis nessas montanhas, sofrimento...
Eu mergulho em total insensatez.
A cada passo novo ferimento,
Jamais posso lembrar nem terei vez...

Plutão já me esperando, me traz sorte.
A boca que entreabro já não canta.
O ponto de partida, rumo norte,
Boneca embalsamada não me encanta!

Vestal fingiste, lúbrica te vi...
Nas transparências, tuas belas formas...
O que não conseguiste trago aqui,
Em porcelanas falsas, já transformas!

Tantas moscas bicheiras na tua alma,
Os bernes que me deixas, vil herança!
Nem o diazepínico me acalma.
Nem mesmo a mansidão da contra dança...

Se tento os barbitúricos, me canso.
Dilapidado fico sem caminho...
O que seria sonho nem alcanço
Mergulho enfim num pântano marinho...

Nas profundezas deste pesadelo,
Encontro com serpentes abismais...
Sorrindo, já me mostram como um selo,
A tua garatuja: Satanás!
Publicado em: 22/10/2008 16:50:47
Última alteração:02/11/2008 21:49:05


Beleza traduzida nesse amor
Que salva e que me torna qual gigante
Promessas dum viver mais delirante
Em meio a maciez, manso vigor...

Vivendo deste amor em harmonia,
Preparo minha entrada ao paraíso,
De tudo, neste mundo, que preciso,
Encontro nesse encontro de alegria.

Amor que nos transporta em vivo sonho,
Por mares e cascatas e delírios
Na pureza, esperança lembra os lírios
Citados por Jesus; amor risonho...

Transforma-se em sinônimo: beleza
Renasce da beleza em que se fez,
Transmuda-se em beleza tanta vez
Perpetua a beleza na beleza...
Publicado em: 28/10/2008 11:15:08
Última alteração:02/11/2008 20:36:01

Eu não quero sentir mais solidão,
Cansado de bater na tua porta
Bem sei que raramente isso te importa
Mas, quem sabe, talvez hoje, isso não.

Não gosto de pensar que te perdi,
Decerto não seria muito bom,
Os ecos se repetindo perdem som
Talvez o bom da vida esteja aqui.

Lembrando do que fomos, dá tristeza
Saber que destruí nosso castelo.
Por isso tantas vezes me revelo
Na foto que deixaste sobre a mesa.

Passado nunca move nem moinho,
Se fomos o que somos tenho chance
E quero renovar nosso romance,
Por isso, não me deixe mais sozinho...

Vais ter uma surpresa, te garanto!
Não sou aquele mesmo que deixara
A jóia preciosa, cara e rara
Abandonada e só, em qualquer canto.

A gente tantas vezes se perdeu
Em coisas tão sutis. Por que sofrer
Se tudo que carrego no meu ser
No brilho dos teus olhos renasceu?
Publicado em: 31/10/2008 16:32:37


Quando vejo teu corpo divinal,
As tardes passam sempre mais felizes...
As dores esquecidas num bornal,
Escondem-se fugindo, más atrizes...
No teu rosto, manchetes de jornal,
As cores do universos, seus matizes...
Pergunto ao vento: Posso te encontrar?
Me respondendo, aponta pro luar!

Quando te percebi, voavas livre...
Meus olhos reflexivos, te buscaram.
De todas essas coisas que já tive,
As horas te esperando não passaram...
O amor que de teimoso, sobrevive,
Nasceu quando meus olhos te encontraram...
Voavas pelos céus qual fosse um anjo;
Na vida sempre quis o teu arranjo!

Fortuitas madrugadas, passo cego.
Na busca violenta e sem demora...
Os mares que não sei, nem os navego,
A vida me parece, vai embora...
Procuro e satisfaço, um atroz ego;
Minha alma, num suplício, vem e chora...
Os dedos que desfiam esse canto,
Acariciam t'a boca e teu manto!

Melindras meus amores com teu riso...
As forças da natura sempre invejam...
Pois quando ris, tão bela e sem aviso,
As tempestades loucas já trovejam.
Comemoram teus lábios tão precisos,
Amores mais divinos, pois, farejam...
Quem dera não tivesse mais tristezas.
Te traduzir beleza em fortalezas...

Foste íris, pupila, até retina...
Sem te ter, para que saber do mundo?
A luz que me irradias, cristalina,
O céu que te concebe é mais profundo...
Azulejas meus dias sem rotina,
De ternuras sem fim, então me inundo...
És maciez de pêssego querida.
As tuas mãos acalmam minha vida!!

As vagas estendendo os seus abraços,
Encontraram-te linda como a lua...
E rasgaram, ferozes, os espaços.
Sem saber que essa vida continua.
Então vens, apertando os velhos laços,
Uma deusa caminha pela rua...
Sempre serás, revives Afrodite,
Nova estrela brilhando no Zenite!
Publicado em: 07/01/2009 12:25:52



Gosto doce da maçã
Na boca de quem amei,
Trazendo meu amanhã
Dos tempos que já passei.
Vem morena me dizer,
Conhecer a mansidão
Nos teus braços vou morrer
Maltratando o coração...

Coração não se maltrata
Dessa maneira que fazes
Maltratando, aos poucos mata
Tanta saudade que trazes
Preciso saber teu nome
E também o gosto teu
Tanta dor que me consome
Depois que outro amor morreu.

A noite que se passou
Graças a Deus não volta
Todo o mal que afetou
Não deixou senão revolta,
Mas agora vejo a luz,
Clareando a noite escura.
Só amor, amor produz,
Novo amor, desamor cura...
Publicado em: 28/11/2008 12:23:56
Última alteração:06/03/2009 16:30:35