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Wednesday, August 3, 2011

MITOLOGIA ASTECA

MITOLOGIA ASTECA

1

Acolmiztli asteca deus, forte felino
Simbolizado em puma, com rugido
Que tanto ao assustar traz impedido
Caminho para um ser noutro destino,
E assim quando decerto não domino
O tempo noutro tempo percebido,
A morte se apresenta e sem olvido
A porta ora se abrindo em tom divino,
Porém tal deidade a quem tentara
Entrar, sendo vivente em tal seara
Assustadoramente retornava,
Do quanto se fez rude o sentinela
A sorte noutro passo desatrela
Esta alma que presume a fúria em lava.

2

A deusa Acuecucyoticihuati
Das águas que se movem soberana,
Imagem dando a luz enquanto ufana
O todo desenhado desde aqui,

Desta diversa face descobri
O quanto a própria vida nos engana
Nas águas quando a sorte além se dana
Marcando o que sonhara e já perdi,

De Chalchitlicue representando
Diversa esta expressão e desde quando
Mutáveis direções das águas plenas,

Por vezes tão pacíficas e amenas,
Ou noutras num momento mais nefando
Sem que decerto ainda em paz, serenas.

3

Amimitl, este deus dos pescadores
Apascentando as águas, suavemente
E nisto se permite plenamente
Viver além do quanto ainda fores,
E neste caminhar sem os rigores
A sorte se desenha e já se sente
Marcante delirar em absorvente
Cenário mais tranquilo e sem opores,
Porém quando decerto noutro tom,
O que se fez outrora calmo e bom
Investe em pestilência quando a vida
Contrariando o quanto poderia
Cerzir em novo tempo a voz sombria
Da imagem na esperança, desprovida.

4

Atlacamani dita em tal tormenta
O quanto a própria vida nos engana
E o tanto quanto possa em voz profana
Deveras no vazio se alimenta,
A sorte noutra face se arrebenta
E marca com temor o quanto dana
A luta se mostrando desumana
O corte se aprofunda enquanto venta,
Dos temporais diversos, sorte escassa
A vida se anuncia e assim devassa
O quanto poderia acreditar
Num novo e mais tranquilo rumo em paz
E assim enquanto o todo se desfaz
Atlacamani invade o imenso mar.

5


Atlacoya traduz esta aridez
E dela nada surge, a seca atroz
Negando da esperança alguma voz,
E nisto toda a sorte se desfez,
A deusa asteca mostra insensatez
Gerando sem caminho a rude foz,
E sei do quanto possa assim algoz
Marcar com heresia o que não fez,
Assisto à derrocada em solo agreste
E o tanto quanto pude ou já me deste
Ateste este desejo sem proveito,
E neste estio imenso, nada resta
Senão este cadáver de floresta
Na vida aonde a morta dita o pleito.

6

Atlatonin domina então as costas
E nesta face expõe a divindade
Asteca onde traz diversidade
E nisto outros momentos onde apostas,

Regendo outro caminho, se desgostas
A luta não produz a sanidade,
A mãe que se desenha enquanto brade,
Nas sortes tantas vezes decompostas,

Reinando em litorais, praias e areias
E quando noutro rumo devaneias
Atlatonin expressa o quanto rege

Ainda que se veja de tal sorte
O mundo aonde o nada nos conforte,
Cenário que se possa ser herege.

7

Atlaua esse deus que protegendo
Os pescadores e também arqueiros
E nestes seus caminhos verdadeiros
O tanto que se possa mais que adendo,
Senhor das águas vejo e assim entendo
Momentos mais diversos, corriqueiros
Os passos entre os sonhos são ligeiros
Cerzindo o quanto possa e me contendo,
As águas mais tranqüilas permitindo
O dia mais suave e mesmo lindo
Na pescaria feita em mansidão,
Além do que pudesse sol e lua
A sorte se aproxima em Atlaua
E nele novos dias se verão.

8

Ayauhteotl divindade rege a bruma
E assim aparecendo na neblina
No amanhecer soberbo já fascina
No anoitecer tramando o quanto ruma,
Trazendo a vaidade em cada olhar,
A deusa se permite em bela fama
E nisto desenhando o bem que trama
Tentando novo instante a divagar,
A soberana face em tons diversos
No céu avermelhado em róseos tons,
Grisalhos transformando velhos dons,
E nisto se traduzem tantos versos,
Imerso em tal divina magnitude
O sonho em tom brumoso, tudo mude...

9

Aztlan, onde viviam ancestrais
Dos Nauas gerando o povo nobre
Asteca que deveras se recobre
Em sonhos com certeza magistrais,
E neste desenhar ou mesmo mais
O quanto em alegria se recobre,
A sorte mais audaz tanto desdobre
Gestando em sonhos claros rituais,
Local indefinido aonde o passo
Trouxera tão somente o mesmo escasso
Disperso entre diverso sortimento,
Apenas da esperança de revê-lo
O mundo se anuncia em raro zelo,
E neste delirar eu me alimento.

10

Camaxtli deus da caça, da esperança
Um dos quatro criadores do planeta,
Aonde na verdade se arremeta
Enquanto noutro rumo sempre avança,
O mundo na inconstância onde se lança
Qual fosse na verdade algum cometa
E nisto todo o sonho se prometa
Tramando muito além desta mudança
Este inventor do fogo, em divindade
Traduz além de toda a claridade
Asteca maravilha sobre a Terra
E nesta soberana face eu vejo
O quanto se transforma num desejo
O todo que este pleito ora descerra.


11


Centeotl se afigura como um deus
Regendo em soberana imagem, milho
E deste caminhar eu compartilho
Restando do passado, sem adeus,
E quando a vida traça em turvos breus
O quanto poderia noutro trilho
Vencer o que deveras mais palmilho
Gestando dos caminhos, apogeus,
Um deus hermafrodita ou; mais, dual
Descendo sobre a Terra onde criou
Diverso sortimento que alimentou
Em ato tantas vezes ritual,
Do quanto poderia e segue além
O mundo se desenha e assim provém.

12


Centzon Totochtin, deuses das orgias
Bebedeiras diversas e dispersas sobre o mundo
E quando em tal cenário eu me aprofundo
Bacantes as astecas euforias,
E nesta sorte vária poderias
Gestar outro momento onde me inundo
Vestindo este cenário um vagabundo
Caminho entre tristezas e alegrias,
Da diversão reinando as divindades
E nisto descaminhos quando invades
Presumem o que possa ser sublime,
E quando recrimine o que se faz,
Num ato mais feliz ou mesmo audaz,
O todo noutra face se redime.

13


Centzonuitznaua reina sobre estrelas
Que trazem desde o sul a claridade
E nesta mais sublime realidade,
Deveras com prazer eu posso vê-las
Sublime este cenário e quando vejo
O tanto deste sonho asteca trago
O pensamento enquanto além divago
E bebo este momento mais sobejo,
Vislumbro de tal sorte o meu caminho
E vejo quanto possa acreditar
No sonho mais intenso feito em mar
E neste caminhar em paz me aninho,
Centzonuitznaua em sonhos dita
A sorte desejada e mais bonita.

14


Chalchiuhtlatonal traz em mansas águas
Reinado aonde o tanto se pudera
Vencer o quanto rege a sorte fera
E neste desenhar não vejo mágoas
E quando em esperanças tu deságuas
Marcando a mais suave primavera,
Inundações esqueço e a vida gera
Trazendo às esperanças calmas fráguas,
Incendiando o sonho em tal ternura
Gestando muito além já se procura
A paz que possa enfim trazer ao sonho
O tanto mais sensato ou mesmo enquanto
A vida com vigor quero e garanto
Tramando o que pudera e em luz proponho.


15

Chalchiutlicu ditando os nascimentos
E disto este batismo entre os diversos
Caminhos pelos quais os universos
Expressam seus momentos em fomentos,
Deusa dos lagos traz em tom divino,
O asteca caminhar onde desenha
A sorte que deveras sempre venha
Num ato tão sobejo onde o domino,
Não tendo qualquer dúvida caminhas
E nesta maravilha já se vê
A vida com brandura em seu por que
Deixando para trás tantas daninhas,
Versando sobre o quanto me asseguro
Do tempo mais suave no futuro.

16

Chalchiutotolin traz a pestilência
E gera a mortandade, deus cruel
E neste mundo amargo feito em fel
A luta se mostrando em tal ciência
A sorte não seria coincidência?
Não creio prosseguindo sempre ao Léo
Enquanto a morte cumpre o seu papel
A cada novo engodo, a virulência.
Mistérios em doenças, pragas, pestes
E nisto quando muito te revestes
Tentando outro caminho, mas não há
E o fim se anunciando sem defesas,
Os sonhos são deveras fáceis presas
E o mundo se acabando aqui ou lá.

17

Chalmecacihuilt traz seu ofício
Em dor e medo, gera das imundas
Paisagens onde em dores tu te afundas
Marcando com temor o precipício
Gestando a cada engodo o sacrifício
Em almas de outras sendas oriundas,
As sortes mais atrozes moribundas,
A morte se anuncia desde o início,
Assim ao penetrar estas quimeras
Somente o desespero tanto esperas
E as marcas do passado denunciam,
O quanto se sofrera ou sofrerá
Vagando sem destino aqui ou lá
Momentos tão temidos propiciam.

18

Chalmecatl; subterrâneo deus traduz
A imagem mais nefasta de outra sorte,
E gera o que decerto desconforte
Negando qualquer tom de frágil luz,
Assim ao quanto possa e não conduz
Marcando com temor, vigor e morte,
Sonega a quem sonhara algum aporte,
E o peso se transforma em contraluz,
Ainda que pudesse em melhor rumo,
Aos poucos no vazio eu me resumo,
Morrendo enquanto esfumo sem destino,
A senda mais atroz se revelando
No tempo sem descanso tanto infando
E nele nada além tento ou domino.

19

Chantico a divindade em fogo toma
Os corações e os sonhos, os vulcões
Reinando em mais diversas dimensões
Traçando este cenário feito em soma,
E nada com certeza ainda a doma,
O marco se transforma quando expões
A luta sem sentido em direções
Diversas das que possa em leve coma,
Porém traz dentro em si feitiçaria
E nisto noutro rumo perderia
O quanto com certeza; em paz, pudesse
E vendo este caminho em trevas feito,
O tanto quanto possa em rude leito
Negando para tanto qualquer messe.

20

Chicomecóatl diz fertilidade
E gera com certeza um raro bem
Tramando a cada instante o que contém
Enquanto a própria sorte em paz se brade,
O vento mais audaz que desagrade
Não deixa que se veja mais alguém
E quando a noite amarga volta ou vem,
Caminho destoando da verdade,
Mas tendo em solo fértil a esperança
O passo noutro rumo sempre avança
E gera o que trouxesse esta alegria,
A deusa asteca dita este futuro
Negando um passo atroz em mundo escuro
E nisto outro momento bordaria.


21

Chicomexochtli deita sobre as artes
O seu poder de deus e traz além
Do sonho quando o sonho já contém
Bem mais do que deveras tu compartes,
Marcando este momento aonde partes
E deixas para traz qualquer desdém
O mundo na verdade sempre vem,
Ultrapassando o quanto enfim descartes,
E tendo esta magia sempre vista,
O deus que soberano a cada artista
Protege e mesmo traz a inspiração,
Pudesse imaginar cenário nobre
Aonde toda a sorte se recobre
Moldando a mais diversa dimensão.

22

Chiconahui a deusa protetora
Das famílias e lares, traz a sorte
Moldando com firmeza cada norte
E nisto se mostrasse redentora,
A luta noutra face promissora
O quanto deste sonho nos comporte
Gerando com firmeza este suporte
No encanto onde se quer que a vida fora,
Vislumbro em paz sobeja o quanto quero
E sei deste caminho mesmo fero,
Marcante como fosse um tom suave,
E nada mais deveras poderia
Reger além da vida em sincronia,
Nem mesmo que outro infausto o rumo agrave.

23

Chiconahuiehacatl deus asteca
Partícipe desta nobre criação
Mostrando quanto em rumo e direção
A vida noutro tempo não disseca
A sorte que pudesse ser diversa
Ou mesmo atravessando em ledo fim,
Mas quanto da emoção trazendo em mim
O vento noutro passo além já versa
E brindo com meu sonho mais feliz
Ao quanto se anuncia em luz exata
Assim cada momento se constata
Tramando muito além do que ora fiz,
Cenário mais sublime em poesia
É tudo o que decerto eu mais queria.


24


Cihuacoatl, deveras a guerreira
Entre os astecas mostra o seu poder,
Traçando muito além de algum querer
A sorte mais diversa e verdadeira,
Ainda quando o rumo além se queira
O prazo não pudesse perceber
Reinando sobre tudo, eu posso ver
A luta desejada em tal bandeira,
Assim ao mergulhar neste cenário,
O tanto quanto fora temerário
Já não comportaria outro tormento,
Da deusa feita em fúria, a plenitude
Enquanto a vida atroz já desilude
Do sonho vigoroso eu me alimento.

25

Cipactli representa a astrologia
E gera também ela o calendário
Marcando noutro passo itinerário
Enquanto se transforma noutro dia,
A sorte em tal cenário se faria
E nisto o quanto rege imaginário
Cerzindo o passo sempre solidário
Ou mesmo noutro rumo, em utopia.
Vasculho meus caminhos e percebes
A vida se anuncia em novas sebes
E tanto que recebes podes dar,
No encanto desta deusa, outro momento,
Primordial mulher, em raro alento,
A vida nela eu vejo começar.


26

Civatateo são almas que assombrando
Quem tanto quis a sorte mais audaz,
E nisto outro caminho ora se faz
Gestando este momento mais infando
No parto nobres damas que morreram
Trazendo a vampiresca serventia,
E nessa realidade o que veria
Tramando outros cenários, desalentos
Restando quase nada do passado,
Nem mesmo uma nobreza em atitude
A sorte desairosa desilude
E rege o temporal, terrível Fado,
E neste delirar sem qualquer brilho,
A morte disparando o vão gatilho.

27

Coatlicue domina a vida e a morte
Trazendo em suas mãos todo o futuro
E nisto dita a lua em pleno escuro
Na claridade intensa que conforte,
Estrelas reluzindo em raro aporte
O tempo noutro passo mais maduro,
Porém assassinada onde asseguro
A vida perderia enfim o norte,
Nas mãos da própria filha esta atitude
E quando por vingança em plenitude
A morte da assassina se veria,
A deusa se traçando em tal mudança
E nisto ao quanto pôde e não alcança
A luta se desenha em ledo dia.

28

Cochimetl do comércio divindade
Protege os mais diversos mercadores
E quando noutro rumo além tu fores
Verás a cada instante a claridade
E o deus que tanto possa quando brade
Gestando em primaveras tantas cores
Deixando no passado dissabores
E nisto se aproxima em liberdade,
Ousando em calmaria a vida assim,
No quanto inda resiste dentro em mim
Já nada mais sacia este momento,
E nesta garantia em paz eu sinto
Meu mundo noutro passo em raro instinto
Enquanto em privilégio a luz fomento.

29

Quando Coualt; a serpe gigantesca
Alada e multiforme, poliglota
Sabendo distinguir diversa rota
Em forma mais audaz e romanesca
A sorte se adivinha pitoresca
E mostra o quanto possa e se denota
Na invisibilidade além já brota
Em senda quase mesmo quixotesca,
Figura que em fantástico momento
Trazida pelo encanto onde alimento
Meu verso em tal sentido, sem temor,
E quando se anuncia em luz superna
A dita neste ponto ora se externa
Grassando outro momento; em tal vigor.

30

Vendo Coyolxauhqui em noite clara
Trazendo a benfazeja sensação
Diversa da que possa em solução
E nisto todo o sonho se escancara,
A sorte a cada instante se declara
Marcante com ternura esta expressão
E desta mais tranquila gestação
O prazo noutro instante se prepara,
A lua desenhada neste céu
Desnuda esta beleza em raro véu
E molda a sensação da divindade,
E nesta maravilha em lua cheia
O quanto da beleza nos rodeia
E todo este delírio nos invade.

31

Enquanto o deus do vento, Ehecatl vem
Trazendo em doce alento o que inda possa
Gerindo esta emoção imensa e nossa
Deixando para traz dor e desdém,
O criador do amor traduz tão bem
O passo onde a verdade sempre endossa
E neste caminhar tanto contém
Marcando em consonância o que se tem
Regendo a mesma sorte além da troça,
E o sol sob o domínio deste deus
Atinge com sublimes raios seus
A imensidade feita em plena Terra,
Destarte todo o bem ali se encerra
Soando sem saber de algum adeus
A sorte mais audaz, que em paz descerra.


32

Huehueteotl o deus do fogo,
Trazendo em suas mãos novo cenário
Mudando todo o rude itinerário
Aonde a sorte fora mero jogo,
Permite que se veja muito além
E trace com delícia o que alimento
Tramando noutro instante este momento
Enquanto a fantasia em paz já vem,
Cerzindo em forte imagem o futuro
Renega este passado em pleno caos,
E traz ao caminhante outros degraus
Deixando para trás o tempo escuro,
E assim nesta bendita luz se vê
A vida noutro encanto, em outro quê.

33

Quando Huitzlopochtli, o deus da guerra
Trazendo em suas mãos o sangue a dor,
E neste caminhar o ditador
Cenário aonde a sorte já se cerra,
Vagando noutro instante o quanto se erra
Matando o que pudera sonhador,
O poderoso deus seja onde for
Tramando quando a luz ali se enterra.
Tirânica vontade dita o rumo
De quem procura a guerra em solução,
Porém o padroeiro da nação
Transcende ao quanto possa e me resumo
Na quieta sensação do nada ser,
Curvando-me deveras ao poder.

34

Tendo Huixtocihuatl poderes tais
Das águas deste mar, deusa e rainha
E quando se imagina o que inda vinha
Expressa nos momentos, sonhos, sais,
E tanto quanto possa quando esvais
Vencendo a solidão erma e daninha
A sorte noutro passo se avizinha
Dos mares da esperança imenso cais,
O mundo se anuncia imensamente
E quanto mais o tempo além se tente
O rumo desejado não traria,
Sequer o que pudesse noutra face,
Tramando o quanto quer e se mostrasse
Gerando apenas paz e fantasia.

35

Sendo Ilmatecuhtli deusa tão bela
Reinando sobre toda a maravilha
Criando estrelas que polvilha
E nisto a redenção em si revela,
Marcando o quanto possa e além se atrela
Gerando a luz bendita em rara trilha,
Porquanto a vida trama em armadilha,
Ou mesmo se anuncia em vã procela,
Mas quando a deusa traça com beleza
O todo se permite em fortaleza
E deixa este cenário em claros tons,
Quem possa desenhar com tal formato
O sonho mais sutil que ora retrato,
Traçando com firmeza os raros dons.

36

Itzlacoliuhque se castiga
Tramando esta vingança em raro ardil
Deveras muito mais do que se viu
Criando a sorte amarga e mais antiga,
No quanto a cada infausto desabriga
O tempo se anuncia bem mais vil
E quando poderia ser sutil,
A mão pesada nega apoio e viga.
Do duro enquanto frio caminhar,
Já nada mais permite até sonhar
Marcando com terror outro momento,
E neste delirar sem mais proveito,
Apenas no vazio ora me deito,
E bebo o sortilégio em desalento.

37

Temida Itzpapalotl traz má sorte
E marca com terror o dia a dia,
E nesta face espúria e mais sombria
Desenha sem defesa a dor e a morte,
Imunda sensação que desconforte
Quem tenta outro cenário e não veria
Somente esta mortalha teceria
Trazendo invés do sonho, medo e corte,
A bruxa desenhada em mariposa
Enquanto esta anciã de Mixcoatl esposa
Expressa o quanto veja de pior,
Tramando em ardilosa tempestade
O quanto a cada passo já degrade,
Deixando sem valia algum suor.


38

Ixtlilton este deus que à medicina
Regia com total sabedoria,
E neste ponto a sorte nos traria
O quanto a cada cura já fascina,
Marcante sensação tão cristalina
Saúde se transforma e se anuncia
Tramando aonde outrora não se via
Sequer a mesma dor que desatina,
Esculpo da esperança a sorte quando
O tempo noutro rumo se mostrando
Expressa este momento em claridade,
Assim ao se beber de alguma fonte
Enquanto para a sorte em paz se aponte,
Seara mais audaz em paz invade.

39

De Malinalxochi vejo o desenho
De insetos, serpes vagas no deserto
Escorpiões diversos, neste aberto
Caminho num terror em vago empenho
Aproximando então enquanto venho
E nesta insanidade me desperto,
Ousando muito além do quanto é perto,
O rumo noutra face ora desdenho,
E sinto a mais nefasta realidade,
Na fúria natural, o que degrade
Aspectos tão terríveis assumindo,
E quando se percebe o desafeto
O tempo noutro instante não completo
Sem ter sequer o sonho, como o blindo?

40

A deusa da tequila e deste agave
Mayahuel traduz a embriaguês
E nisto muito além do que ora vês
O tempo noutro tempo tudo agrave,
Liberta sem destino como uma ave,
O tanto onde não possa e mesmo crês
Criando o que decerto se desfez
Usando o pensamento como nave,
Assim ao se entranhar noutro cenário
Além do que inda seja imaginário,
O tanto que se quer ora desfila,
Destila a sorte imersa em cada gole
E neste caminhar a vida engole,
Trazendo ao fim de tudo, esta tequila.

41

Reinando sobre os campos Metztli traça
Fazendas, produção em agros rumos
Tramando deste encanto seus resumos
E quando a vida mostra a cena escassa
O tanto que pudesse se devassa
E marca com temores velhos sumos,
Mas logo se anunciam pós os fumos
A sorte noutro passo, além já grassa,
E o fato de sonhar e querer mais
Viceja em atos certos, magistrais
Rendendo a quem cultiva este proveito,
Granando além do todo desenhado,
O mundo se anuncia em nobre Fado,
Em tanta variável, vário pleito.

42

O deus das tempestades; Mextli traz
Em militares passos uniformes
E nisto se desenham tão disformes
Cenários onde morta vejo a paz,
E neste caminhar tanto mordaz
Os dias se apresentam tão enormes,
Sem nada que inda possas; não conformes
E deixes qualquer sonho para trás,
Assim ao se mostrar a realidade
Das guerras e cruéis brutalidades
O nada se avizinha e gera o medo,
E quando alguma luz se vendo após,
Somente o que pudesse em novos nós,
Do todo se desenha este arremedo.

43

A morte se anuncia em Mictlan vã
E nada do que possa ainda ver
Trouxera em tal cenário o que querer
Negando a quem adentra um amanhã
Deveras sendo sempre assim, malsã
Diverso caminhar, mesmo perder,
Somando no final em desprazer
A vida sonegando algum afã,
O rústico momento doloroso,
Num rumo tão somente desairoso,
Lugar comum aonde tudo encerra
Ausente sobrevida, nada traz,
Somente o delirar em tom mordaz,
Traçando esta endemia sobre a Terra.

44

Deus Mictlantecuhtli rege a morte
E dele ninguém foge ou mesmo escapa,
A luta se desenha neste mapa
Sem ter sequer o quanto nos conforte,
O prazo delimita o ledo rumo
Sem cais ou mesmo até sem direção,
E o tempo se anuncia desde então,
Apenas onde aos poucos já me esfumo,
E sei desta diversa fantasia
Aonde noutro encanto eu quis bem mais,
A vida se tramando em rituais
Mostrando o que jamais alguém queria,
Mas quando se anuncia o mesmo fim,
Retorno com certeza de onde eu vim.

45

Mixcóatl reinando sobre a caça
Trazendo com firmeza a dimensão
Dos dias que deveras mudarão
A sorte quando a vejo mais escassa,
E o tempo noutro instante tanto traça
Expressa o que pudesse em precisão,
Na seta que se aponta em direção
Ou mesmo no cenário que se faça,
Assim ao se mostrar a competência
Marcando com vigor esta ciência
Transita o sentimento aonde vem
O vértice do sonho ou com certeza
A luta contra a fera natureza,
Por vezes da verdade muito aquém.


46

Nanauatzin se atira em fogo intenso
E disto se apresenta o imenso sol,
Domina em claridade este arrebol
E neste caminhar me recompenso,
E quando se mostrara o bem imenso
Eu sendo um helianto, um girassol,
Procuro neste deus o meu farol
Enquanto em liberdade além eu penso,
Assisto ao quanto a vida se transforma
E gesta dentro da alma a rara forma
Alada fantasia segue além
Do quanto poderia e não tivera
Marcando este verão e a primavera
Na rara claridade que contêm.

47

Quando Ometecuhtli o deus supremo,
De todo este universo o criador,
Toando muito além de um refletor
O quanto a cada passo não mais temo,
E sinto que deveras já me algemo
No sonho sem saber qualquer temor,
Do fogo, da ventura, além senhor
Vagando sobre o todo extremo a extremo.
Das tantas e diversas fases vejo
O passo mais audaz, mesmo sobejo
Aonde andeja fora esta ilusão,
Supremacia dita o quanto possa
A sorte superando a imensa fossa
Trazendo os dias claros que virão.

48

Ometecuhtli o deus senhor de tudo
Omecihuatl, a deusa e companheira
No quanto se anuncia a verdadeira
Noção deste cenário onde transmudo
O passo quando muito desiludo
Marcante caminhar já não se queira
Pousando muito além da vida inteira
Deixando este passado agora mudo,
Apenas apresenta o privilégio
Vencendo o que pudesse em sortilégio
Essência masculina e feminina
O todo neste instante determina
A criação superna e majestosa
O quanto do prazer nos alucina
E molda esta certeza em clara sina
Futuro prazeroso se antegoza.

49

Opochtli este inventor desta armadilha
Usada como rede em pescaria,
Transporta dentro da alma o que teria
A sorte quando muito além já brilha,
Cenário onde esperança agora trilha
E marca com vigor o dia a dia
Tecendo o quanto possa ou fantasia
Uma alma sem temor, mesmo andarilha.
E tendo esta certeza me alimento
No quanto poderia o provimento
Piscosa cena vejo e assim me encanto,
Expressa a luz intensa em liberdade,
E desta tão sublime divindade
O meu sustento em paz quero e garanto.

50


Quetzalcóatl. O deus em expressão
Maior que na verdade se veria,
Trazendo em suas mãos a serventia
Gerada pela nobre sensação,
Do xocóatl, usado em rituais
Quando do cacau fora forjado,
Grassando sobre todo este reinado,
Marcando dias claros noutros mais,
E assim representando a força plena
Telúricos caminhos, redenção,
Somando estes momentos que verão,
Aonde a realidade tanto acena.
O deus supremo, dita em voz possante
O quanto a cada dia se adiante.

51

Tamoanchan, o paraíso aonde a sorte
Desenha-se divina e maviosa,
Enquanto na verdade o que se goza
É toda a maravilha que conforte,
Traçando com ternura o doce norte
Em vida mais feliz e majestosa
Num panteão sublime a caprichosa
Esperança tão bem ali comporte,
E vejo em tal superno e manso rumo,
O quanto do viver em supra-sumo
Pudesse me trazer algum alento,
E sigo em plena paz à eternidade
E neste dom sobejo que ora brade,
O todo que decerto eu busco e tento.

52

Mictlan que é com certeza este submundo
Aonde penaliza-se quem tanto
Na vida se fizera qual quebranto
E neste caminhar, atroz e imundo,
Cenário tão nefasto e me aprofundo
Nos ermos deste infausto e não garanto
Sequer o que inda possa ou mesmo um canto
Um coração deveras vagabundo.
Vacantes esperanças, no dantesco
Momento onde se molda este arabesco
E nada se tecendo, senão dor,
Das luzes? Nem sinal, a solidão,
Expressa esta temida dimensão,
Gerada tão somente por pavor.

53

A divindade além e soberana
Metafísica entidade que, suprema
Sem culto, adoração, tanto se extrema
Marcando com vigor e não se ufana,

Do tanto que pudesse sobre-humana
Imagem que deveras nada tema,
Dos sonhos e dos medos, velho tema,
Teotl esta potência asteca emana.

E tendo em suas mãos pleno poder,
Traçando noutro senso a maestria,
E quando se demonstra o que teria,

Expressa o quanto possa parecer
Num átimo desenha além da sorte
O quanto pôde, pode e já comporte.

54

Tezcatlipoca, o deus tão majestoso
Domina o céu noturno, lua e estrelas,
Senhor do fogo e mortes, que aos tecê-las
Provê todo o caminho caprichoso,
Assim se desvendando o quanto a vida
Presume a noite envolta em seus clarões,
Depois o que virá decerto expões
Na sorte no final em despedida,
A luta se aproxima e nada faço,
Somente espero o fim, é o que me cabe
E tendo este momento onde desabe
Não restará sequer o menor traço,
E o tanto que se quis e não viera,
Estio transformando noutra esfera.

55

Tlahuixcalpantecuhtli na alvorada
Trazendo o manso brilho sobre a Terra
Estrela d’alva além no céu descerra
Beleza tão sublime desenhada,
Assim a cada instante o quanto invada
Na bela fantasia que se encerra
Por sobre a mais audaz, gigante serra,
E nesta divindade o sonho brada,
Sublime imagem vejo e sei constante,
E nesta maravilha se garante
O novo amanhecer em azulejo,
Destarte o sol invade e a vida trama
O renascer diurno em clara chama,
Traçando o sonho bom que ora prevejo.

56

Tlaloc, o deus da chuva e tempestades
Senhor do Inferno vem e amaldiçoa
E a vida que pensara ser tão boa
Em outras faces sempre além degrades,
E quantas vezes mesmo quando brades
A vida do teu sonho se destoa,
E nada garantindo esta canoa,
Naufrágio entre temores, rudes grades,
Assim ao se entregar já sem alento
Bebendo os raios tantos, forte vento,
Relâmpagos cruzando o céu grisalho,
Inferno em vida, luta onde brumosa
A senda que querias majestosa,
Tramando o que não quero, mas detalho.

57

Em Tlillan-Tlapallan, este cenário
Em paraíso feito e dominado
E nele Quetzalcoatl traz demarcado
De tantos, um suave itinerário,

O deus dos ventos, da sabedoria
Traçando este destino após a morte
E nele o quanto possa e nos conforte,
Tramando o quanto dita em fantasia,

Um raro sonho feito em liberdade,
Mergulha em paraíso e dita o quanto
A vida se permite e se me encanto
Presumo este momento aonde invade

A força sem igual de quem procura,
Ao fim de tanta luta, uma brandura.

58

Teteo Innan, a lua quando cheia
A avó dos deuses reina sobre o imundo
Caminho onde o pecado invade o mundo
Embora a lua imensa; além, rodeia.

E quanto o pensamento devaneia
E nas ânsias maiores me aprofundo
Querendo e desenhando um vagabundo
Momento onde a vontade não receia,

A deusa feita em gozos mais profanos
De todos os pecados, soberanos
Traçando dos anseios gozo pleno,

E quando se anuncia em claro céu
Desnuda último pano e sem o véu
Ao sonho mais feliz e audaz me aceno.

59

Ao sentir Tzitzimime em bela estrela
Dominando este céu tão majestoso
Caminho que se faz mais fabuloso,
Na vida com vontade de contê-la,
Assim o que pudera nos trazer
Beleza constelar e posso em paz
Nos pirilampos claros o que se faz
Tramando o quanto viva em meu prazer,
Negar o desespero e ter a sorte
Do quanto me arrebata, em diademas
De luzes onde o sonho quando o extremas
Produzes o que tanto me conforte,
Marcantes emoções, caminhos tais,
E neles os espaços siderais.

60

Ouvindo Ueuecoyotl em festa sigo
O quanto poderia ser diverso,
Marcando com ternura cada verso
E sinto o quanto quero e neste abrigo
As danças e festejos que prossigo
Vivendo este caminho onde disperso
Singrando o quanto possa e sigo imerso
No quanto poderia e assim persigo,
Na dança, na alegria e melodia
Reinando a divindade em plena festa
O tanto quanto quero e se faria
Num ritual fantástico e sublime
Assim a sensação que a vida gesta
Expressa o que deveras mais estime.



61

Um colibri voando em primavera
Traçando esta beleza tão sublime
E o quanto na verdade nos redime
E nisto outro caminho se tempera
Parindo o quanto a vida por si gera
E nisto todo o bem que ora se estime,
E segue seu caminho e nos suprime
Do sonho em mais diversa e rara esfera,
Vitzliputzli, a deusa que é suprema
Reinando sobre a guerra, um colibri
Marcando em tal batalha o que senti
E nisto a própria vida nos extrema,
Da primavera ou mesmo deste inverno,
O mundo se anuncia céu e inferno.

62


Xipe Totec primaveril deidade
Reinando sobre as flores e a beleza
Gerando noutro tom esta certeza
Que nos trará enfim, fertilidade,
Ao quanto se pudesse na verdade
O tempo sem temor e sem surpresa
A luta se anuncia em correnteza
Marcando o que teimara e nos invade,
Em holocausto ao deus, o sacrifício
Ao esfolar um vivo ser humano
E nisto outro caminho onde profano
Cenário se transforma em precipício
Simbolizado assim todo o vergel
Variado num momento em luz, cruel.

63

Da serpente de fogo, esta arma atroz,
Xiuhcoatl dominando em guerra e luta,
A sorte desenhada não reluta
E traça na esperança a sua foz,
Assim neste momento ou mesmo após
A vida se mostrando audaz e bruta
E quando se transforma mais astuta
Rompendo num instante velhos nós.
Huitzilopochtli domina esta serpente
E usando-a nas batalhas mais ferozes
Moldando os passos rudes, vis e algozes
E nisto se transforma imprevidente
Matando quem deveras o atrapalhe,
A dita; num momento: um vão detalhe.

64


Xiuhtecuhtli a divindade em fogo
Mostrando este poder da fúria insana,
E marca quantas vezes desengana
Negando qualquer sonho ou mesmo rogo,

A luta se anuncia temerária
O verso não traduz tanto fulgor
E nisto se traçando com ardor,
A sorte muito aquém da imaginária,

Entranho este caminho e vejo o deus
Trazendo em fogaréu esta ardentia
E tento nesta vaga poesia
Prever qualquer momento, mesmo adeus,

Querências tão diversas, bem e mal
Domínios deste em ar tão desigual...


65

Xochipilli ao dominar o amor
E toda a mocidade em festa e dança
O quanto traz deveras e se lança
Moldando um mundo em bom, claro calor,
Gestando com beleza a rara flor,
O tempo noutro instante além avança
E causa, no final leda mudança
E marca outono e inverno com vigor,
Porém enquanto o deus da juventude
Domina o coração tanto se ilude,
E bebe da magia que não há,
Assim mesmo que seja temporário,
O reino se transforma em relicário
Guardado dentro em nós como um maná.

66

Xochiquetzal que do dilúvio escapa
Junto com Coxocox, seu marido,
Expressa o tempo aonde este sentido
Traduz noutro caminho o velho mapa,

E vejo ali Noé americano,
Trazendo o mesmo fato noutra face,
O quanto deste sonho sempre grasse
Marcando o que pudesse noutro plano,

Assim em concordância tanta vez
O que se visse ali, aqui ou lá
Expressa o que em verdade se verá
Depende tão somente do que crês.

Caminhos convergentes luz tão vária
A vida traça enfim, a luminária.

67

Xocotl reinando sobre a constelar
Diversidade feita no infinito,
Trazendo a cada passo um novo mito
Ou mesmo outro caminho a se buscar,
Neste momento vejo e num vagar
Sem prazo de chegar, intenso rito
Transforma o que pudera e mais bonito
Presumo este cenário a se moldar,
A divindade feita em diadema,
A sorte que em verdade nada tema,
O canto determina a liberdade
E o verso se anuncia em paz e trama
O mundo desenhando em sonho e flama
No céu se perfilando a claridade.

68

Qual salamandra eu vejo e configura
A divindade asteca, Xolotl traz
O fato de poder ser mais capaz
E nisto outro cenário se assegura,
A sorte que vencera e traz na cura
O quanto me sacia e satisfaz;
Mas vejo sonegada enfim a paz
E nesta sorte a vida em amargura,
Guiando as almas rumo ao turvo mundo
E neste desenhar em dor me inundo,
Mas tento a paciência que não há,
E vendo este final já sem remédio,
O tanto desenhado em medo e tédio
Expressa o que ninguém desejará.

69

Yacatecuhtli; deus dos mercadores
Protegendo o comércio dita em regras
As sortes tão diversas quando entregas
Em sacrifícios tais tantos louvores,
E sendo que deveras onde fores
O todo num instante mesmo integras
Ou solitário sei que desintegras
Morrendo onde pudera em multicores,
Assim ao se traçar cada futuro,
A vida traz um porto que inseguro
Expressa o quanto quero e possa ser,
Depois da treva em noite mais deserta
A porta que tentara e enfim se alerta
Presume o que inda possa amanhecer.

HOMENAGEM A DANTE. versos do primeiro canto da Divina Comédia

HOMENAGEM A DANTE. versos do primeiro canto da Divina Comédia
1

“DA nossa vida, em meio da jornada,”
Depois de tantas dores e alegrias,
Enquanto com terror tanto porfias
Depois de prosseguir em dura estrada,
Vivendo por viver, sem querer nada
Tampouco desenhando noites frias
Deveras nas estrelas vejo as guias
E adentro; destemido, a madrugada.
Mergulho neste anseio e posso crer
Nas lutas mais inglórias e vencer
Os medos tão comuns de quem batalha
Sabendo desde sempre quão dorida
Deveras, sem proveito a nossa vida
Porquanto feita em fio de navalha...


2

“Achei-me numa selva tenebrosa,”
Depois de caminhar por tantos anos,
Em meio aos mais terríveis desenganos,
A sorte se mostrando caprichosa
Por mais que a lua surja majestosa,
Momentos mais doridos e profanos,
Torturas envolvendo em vários planos
A vida que pensara prazerosa.
Seguindo em plena noite, tempestade,
Somente a solidão que agora invade
Domando o coração aventureiro.
E assim ao me sentir abandonado,
Revendo as velhas dores do passado,
Regando com terror o meu canteiro...


3


“Tendo perdido a verdadeira estrada”
Já não podia ao menos caminhar
Guiado pelos raios de um luar
Na noite sem estrelas e nublada,
O passo se transforma me derrocada,
Jamais imaginei poder chegar
Aonde talvez possa me encontrar,
Sabendo desde sempre que sou nada.
Mesquinhas noites frias, solitárias,
As horas transcorrendo, temerárias
Somente o frio toca o velho peito,
E quando me percebo já no fim,
Aonde se pensara num jardim,
Uma aridez invade em turvo pleito...



4

“Dizer qual era é cousa tão penosa,”
Se a sorte num completo desvario
Ou mesmo um coração que em desafio
Entranha-se em espinhos, mata a rosa.
A senda mais audaz, rara e formosa,
Agora desaguando em turvo rio,
Deveras quando um novo tempo crio,
A sorte se mostrando desairosa
Impede a caminhada e nada tendo,
Somente a dor se faz cruel adendo
E o peso do passado me envergando.
Pudesse caminhar em plena paz,
Mas quando a solidão se mostra audaz
O tempo não será decerto, brando...


5


“Desta brava espessura a asperidade,”
Já não permite o manso caminhar,
Aonde poderia me encontrar
Se não conheço mais felicidade.
E quando percebendo a realidade,
Deveras já cansado de lutar,
Pensando a cada instante num luar
Distante que jamais, eu sei, me invade.
Mesquinhas emoções, dias venais,
Abandonando ao largo o que era cais
Jamais perceberei o ancoradouro,
Morrendo dia a dia nada vejo,
E quando mais ausente o meu desejo,
Voraz tenho a certeza, o nascedouro...

6

“Que a memória a relembra inda cuidosa”
A sorte tão terrível do passado,
O dia amanhecendo mais nublado,
A noite que pensara maviosa
Perdendo qualquer brilho, o rumo glosa
Negando alguma luz ao manso prado,
Há tanto com certeza desejado,
E feito em flores tantas, bela rosa.
Mas sinto que jamais serei feliz
O quanto mais quisera se desdiz
Negando desde sempre a primavera,
E agora vendo a peça em seu final,
A dor num mais temível ritual
Expressa-se voraz, temível fera...


7

“Na morte há pouco mais de acerbidade;”
Mas sinto redentora esta presença
Sem ter do que deveras me convença
Talvez ela traduza liberdade,
Cansado desta dor que me degrade
Jamais encontro a paz em recompensa,
E tendo a vida amarga, dura e tensa,
Já não suportarei temível grade.
E quero respirar tranquilamente
O quanto em dor e medo se pressente
Agora mostra um rumo mais suave,
E a morte calmamente se aproxima
E nela com certeza rara estima,
Deixando no passado algum entrave.


8


“Mas para o bem narrar lá deparado”
Esboço algum momento de atenção,
A vida se passando agora em vão
Da dor se escuta o forte, imenso brado.

Pudera acreditar no meu passado
Nas horas mais benditas que virão
E tendo ausente Norte e direção
O barco se percebe naufragado.

Medonhas tempestades enfrentei,
E quando imaginara calma a grei
Desaba sobre mim tal vendaval,

E a noite se nublando totalmente
O olhar extasiado de um demente,
Já não conhece paz, somente o mal.


9


“De outras cousas que vi, direi verdade”
E sempre que puder terei no olhar
Lembrança tão diversa a demonstrar
O quão ausente em mim felicidade.

Por mais que o coração ainda brade
Não posso contra o vento navegar,
E sei quanto é terrível naufragar
Bebendo desta imensa tempestade.

Ardentes emoções? Pura ilusão.
Inverno ao invadir o meu verão
Trazendo esta nevasca dentro da alma,

Nem mesmo acreditar num novo dia,
Na luz que o temporal já desafia,
O pensamento atroz, feroz, acalma...

10

“Contar não posso como tinha entrado;”
Durante as noites tensas, vida em dor,
O velho coração de um sonhador,
Já sabe o seu futuro, duro enfado.

E quando mergulhara no passado,
Imagem do que outrora se fez flor,
Agora percebendo decompor,
O sonho em tantas sombras, destroçado.

Viesse em redenção novo momento,
Mas quando isto percebo me atormento
E tento reagir, um ledo engano.

A sorte maltrapilha me desfaz,
E aonde se pensara em plena paz,
O mundo desmentindo cada plano.


11


“Tanto o sono os sentidos me tomara,”
Entorpecido eu pude perceber
Somente sob o olhar o desprazer
Aonde imaginara noite clara.

O peso do passado desampara
E causa ao sonhador, o fenecer
De todos os desejos, e perder
O rumo torna a vida mais amara.

Sentindo no meu rosto o forte vento,
Rajada após rajada me atormento
E sei que não terei um bom final,

A morte se mostrando em face nua,
Ausente dos meus olhos, sol e lua,
Sentindo tão somente o vendaval...


12


“Quando hei o bom caminho abandonado”
Deixando para trás uma alegria,
Somente esta tristeza ora me guia
E o medo sempre aqui, trago ao meu lado.

Vencido pela insânia, desvendado
Caminho pelo qual já não porfia
Uma alma feita em dor, vaga agonia,
Mergulha no vazio, amargo Fado.

Sentir esta terrível ilusão
Tomando dos meus olhos a visão
Jamais se percebendo um horizonte,

Não tendo à minha frente outra esperança
Somente num abismo a alma se lança
E impede que outro sol, claro desponte...

13


“Depois que a uma colina me cercara,”
Das tantas ilusões já percorridas
Deveras entre estrelas esquecidas
A sorte se tornando bem mais rara,
Assim a minha história ora se aclara
E vejo quão diversas tantas vidas
Num tempo tão exíguo; já vividas
Por mais que uma esperança surja clara,
Audazes os caminhos de quem tanto
Buscara pelo menos um encanto
Em meio aos temporais mais corriqueiros
Assim também se vê o quão audaz
O passo quando a sorte se desfaz
Matando em aridez nossos canteiros.


14


“Onde ia o vale escuro terminando,”
A vida se perdendo em tantas trevas
Enquanto este terror agora cevas
O todo que eu sonhara se espalhando
E sinto cada parte em frialdade
Deixando-me levar pelo vazio,
Ainda alguma paz teimo e desfio
Ao mesmo tempo o medo já me invade
Recebo em desalento o meu futuro
A morte se prepara atocaiada,
Do quanto imaginara o mesmo nada
Tornando o dia a dia mais escuro,
Pudesse respirar, ao menos isso,
O mundo não seria movediço...



15

“Que pavor tão profundo me causara”
Saber o quanto em nada se transforma
A vida sonegando qualquer norma
Vagando sem destino e não declara
Senão este vazio que me toma,
Aonde imaginara outrora em paz,
Agora tão somente mais mordaz
Impede na verdade qualquer soma.
Vencido e sem saber se poderia
Viver uma alegria que não trago,
A morte me deforma e sem afago
Nem tenho mais sequer a fantasia
E corro contra o tempo, sigo alheio
Ao mundo que deveras mais receio.

16


“Ao alto olhei, e já, de luz banhando,”
Pensara em ter a paz que não consigo,
Vivendo tão somente em desabrigo
O teto dos meus sonhos desabando
Aonde se pensara num instante
Mais límpido, em trevas vejo a rota
O barco se perdendo desta frota
A sorte se transforma, e é tão mutante.
Perdendo a direção não tenho mais
Senão este vazio dentro em mim
Percebo quão dorido o mundo e assim
Exposto aos mais terríveis vendavais
Jamais imaginei poder saber
De alguma forma ao menos de prazer.

17


“Vi-lhe estar às espaldas o planeta,”
Vagando pelo espaço sideral
Alheio ao que se fez em bem ou mal,
A sorte se mostrando qual cometa
E nela sem ter paz prossigo em vão
Sabendo desta ausência, nada levo,
E quando sigo ausente ainda cevo
Somente uma daninha e perco o grão
Do quanto imaginara poder ter
Sentido qualquer voz que me alentasse,
A vida se mostrando em tal impasse
Derrota desta forma o amanhecer
E morto, sigo em luzes discrepantes
Enquanto em dores várias te adiantes.

18


“Que, certo, em toda parte vai guiando”
Inertes dissabores, sorte e azar,
O quanto não se pode cultivar
Tampouco se sabendo tanto e quando,
Ao menos qualquer dia inda pudesse
Vencer os meus terríveis desenganos,
Momentos que ainda fossem soberanos,
Tornando mais possível qualquer messe.
Mas tudo não passando do vazio
Que agora nestes versos eu declaro,
O mundo se mostrara em desamparo,
E o tempo, mesmo só, eu desafio.
Mortalhas concebidas pela sorte
Traçando em vagas cores, rumo e Norte.


19



“Então o assombro um tanto se aquieta,”
Depois de tantos ventos mais ferozes,
Ouvindo do passado antigas vozes
A sorte modifica rumo e meta.
Aonde imaginara ter talvez
Um dia mais tranqüilo, nada vejo,
Somente a sombra amarga de um desejo
Que a cada novo tempo se desfez.
Quem dera se pudesse ter nas mãos
Momentos mais felizes, quem me dera,
A vida desnudando a mesma fera
Tornando os meus caminhos tristes, vãos,
Não deixa mais sobrar nem esperança
Enquanto o tempo atroz, bem sei, se avança...

20


“Que do peito no lago perdurava,”
As águas poluídas da saudade,
O tempo pouco a pouco já degrade
Tornando uma alma livre, agora escrava.
Medonhos caminhares, noites frias,
Vestígios de um passado mais feliz,
Procuro e quando tudo já desdiz
Deveras noutras sendas tu me guias.
Mortalhas espalhadas, tanto luto,
E o corte se aprofunda e se profana,
Quem tanto imaginara em voz insana
Agora ainda tento, mas reluto.
E vendo assim meu fim se aproximando,
O quanto imaginara, desabando...


21


“Naquela noite atribulada, inquieta”
A sorte se mostrara mais venal,
No olhar a discrepância bem e mal
Deveras se perdendo em fria seta,
O quanto se deseja e nada tenho
E mostro no vazio a minha face,
Por mais que o tempo ainda, duro, passe
Mostrando a sorte em tênue desempenho,
Vagando por caminhos mais atrozes,
Espinhos costumeiros sob os pés,
Atando aos meus sonhares tais galés,
Deveras emoções traçam algozes,
E o peso do que fora sem ter tido,
Legando à fantasia amargo olvido.


22


“E como quem o anélito esgotava”
Numa ânsia incontestável, terminal,
A sorte se mostrando feita em nau
Distante deste porto, uma alma escrava.
Eviscerados sonhos, mortos dias,
E neles os demônios entre risos,
Fulguram dominando Paraísos
Enquanto às infernais sendas me guias.
Eu vejo retratado no não ser
A face de um poeta, um mero louco,
O quanto desejara, muito pouco,
Agora se mostrando em desprazer.
O corte se aprofunda, fria chaga
Somente a solidão, cruel, me afaga...

23


“Sobre as ondas, já salvo, inda medroso”
Percebera meu canto em vagos tons,
Momentos que pensara serem bons,
Aonde imaginara farto gozo,
Desvendam face escura do vazio
E traçam meu perfil, tolo idiota,
A pele se desfaz, e já se nota
O quanto em luz profana desafio.
E o vasto caminhar se torna nada,
Envergando-me enquanto ainda luto
Pudesse pelo menos ser astuto,
A sorte já veria transmudada.
Porém quando se mostra em vil desgaste
O sonho que deveras, sonegaste...


24


“Olha o mar perigoso em que lutava,”
O bravo comandante, um vil corsário,
E assim o amor se mostra um adversário
Em meio à tempestade neve e lava.
O quanto ser feliz ainda tento,
E sei que não consigo, mas persisto,
O tanto quanto outrora foi benquisto
O encanto permitindo algum alento,
Mas nada do que fui já se apresenta,
A vida se transforma e quando a vejo,
Distante dos meus olhos o desejo,
A sorte se tornando violenta.
A morte talvez seja a solução
De quem somente ouviu, da vida, o não.

25


“O meu ânimo assim, que treme ansioso,”
Tentando descobrir algum destino
Por onde sem pensar, eu me alucino,
Num dia sem sentido, torporoso.
A glória feita em sonhos se transforma
E tudo o que pensara não existe,
O coração deveras segue triste
E perde do que fora, toda a forma,
Mortalhas no futuro e no presente,
Enlutando meus dias, noites vãs,
Aonde se pensara nas manhãs,
Percorro ruas tantas, qual demente
E sei que na verdade sem o sol,
Jamais amanhecendo no arrebol.

26

“Volveu-se a remirar vencido o espaço”
Quem tanto quis um dia mais feliz,
E quando a realidade contradiz
Ao léu, sem ter destino, alheio, eu passo.
Vencida cada etapa no final
Apenas o vazio é recompensa,
A vida se mostrando tanto tensa,
O riso jamais fora triunfal,
Sarcástico caminho percebido
Em meio aos mais diversos temporais,
A vida me repete que jamais
O quanto se queria, decidido,
Verei e não podendo me encontrar,
Apenas vejo ao largo, céu e mar...

27


“Que homem vivo jamais passou ditoso”
Pelas sendas cruéis de uma ilusão
E nelas tantas dores moldarão
Um dia em dores tantas, assombroso.
Pudesse ser feliz ou mesmo até
Vivesse uma alegria mais sutil,
Diverso do que outrora se previu,
Não perco neste instante, minha fé.
Apenas poderei viver segundo
O quanto desejara e não consigo,
Aonde imaginara algum abrigo
Somente dos terrores eu me inundo.
E sigo contra a força, relutando
Querendo um dia manso, claro e brando...


28


“Tendo já repousado o corpo lasso,”
Depois de tanta luta vida afora,
A sorte que desejo se demora
Enquanto cada sonho já desfaço.
Caminho em espinheiros, duro cardo,
E o tempo se mostrando mais venal,
Aonde poderia; desigual
Destino se tornando imenso fardo.
Alvissareiras noites? Não as vejo,
Somente o peso amargo do não ser,
E quando se percebe amanhecer
Diverso deste sol que ora desejo,
Nublada em cinza feita esta manhã
Mostrando quanto a vida é mesmo vã.

Tuesday, August 2, 2011

SEXTINAS DE 0501 ATÉ 1000

501

Não quero acreditar no que viria
Se nada fosse além do mero sonho
E quando neste espaço penetrasse
Meu verso sem sentido e sem razão
O canto se anuncia mais atroz
Calando uma esperança já sem voz,

E tento na distância ouvir a voz
Que sei quando decerto inda viria
Trazendo este caminho mais atroz
E nele todo o encanto que ora sonho,
E sigo sem saber sequer razão
Na qual o meu anseio penetrasse,

O verso dita o quanto penetrasse
Dos tantos descaminhos, leda voz,
E o passo se mostrara sem razão
Num tempo que decerto não viria
E nisto o que em verdade tanto sonho
Gerasse este momento mais atroz,

O rústico cenário aonde atroz
O manto se recobre e penetrasse
O verso mais feliz e neste sonho
E nisto se escutasse ao longe a voz
O medo com certeza enfim viria
Tornando sem sentido esta razão,

E o tempo se moldando na razão
Enfrentaria o quanto fosse atroz
E o passo que deveras já viria,
Marcando com o quanto penetrasse
Negando da esperança a mansa voz
E o todo mostraria um raro sonho,

O quanto poderia e mesmo sonho,
Nas tramas mais diversas da razão,
Meu tempo sem caminho em rude voz
E o tanto que se mostre agora atroz
Aos poucos no vazio penetrasse
E nada após o nada, enfim viria,

Somente então viria o velho sonho,
Que tanto penetrasse esta razão,
Grassando e sendo atroz, calando a voz.

502

Brindando com o vinho da existência
Os tantos e diversos caminhares
Ao menos se deveras resumisse
Meu canto no que possa traduzir
A vida segue em paz e nada trama
Senão a velha farsa que se segue,

O tempo noutro instante busca e segue
Gerando o quanto possa esta existência
Vagando sobre o quanto fosse em trama
E nisso cada vez que caminhares
Verás o que pudera traduzir
No tanto que este verso resumisse,

A via noutra face resumisse
Estrada que me leve e que assim segue
Trazendo o que pudera traduzir
E nisto se concebe uma existência
Que trame quando além tu caminhares
Um novo sentimento em clara trama,

O mundo se anuncia enquanto trama
Ao menos o que agora resumisse
Nos tantos e diversos caminhares
Gerando o que decerto ora se segue,
Nas ânsias quando em luz uma existência
Presuma o que inda possa traduzir,

O mundo noutro fato a traduzir
O canto se gerando em rara trama
E nisto o que pudesse em existência
Tramasse o quanto a vida resumisse
No verso que produza o que se segue
E em maio às tantas pedras caminhares,

Percebo que decerto ao caminhares
O mundo não pudesse traduzir
Sequer este cenário onde se segue
O quanto poderia numa trama
Trazer o quanto possa e resumisse
No fato mais comum desta existência,

E sei desta existência ao caminhares
No medo resumisse o traduzir
Ousando nesta trama que se segue...




503

O mundo que tentei e não soubera
Sequer ainda mesmo me rondar
Vencido pelas ânsias costumeiras
De quem tentasse um canto, algum descanso,
Espreita atocaiado a queda e o medo
Marcando com as garras cada passo,

O todo se perdera noutro passo
E sei que na verdade mal soubera
Do quanto poderia com tal medo
Apenas o caminho em vão rondar
E nisto se pudesse algum descanso
As dores não seriam costumeiras,

E quando se anunciam costumeiras
As tantas ilusões que a cada passo
Exprimem o que vejo sem descanso,
Ainda quando o pouco enfim pudera
Trazendo o quanto tente em vão rondar
Mergulho nos espaços; rude medo,

O tanto que se faça gere o medo
E nada das palavras costumeiras
Que possam na verdade ao nos rondar
Traçar esta esperança que ora passo
E vejo noutro espaço e não soubera
Seguindo o meu caminho sem descanso,

Apenas na verdade se descanso,
O todo que se faça além do medo,
Encontra o quanto em vida se soubera
Marcando as dores rudes, costumeiras,
E nisto o que deveras tento e passo,
Tramasse esta verdade a nos rondar,

O tanto que pudera enfim rondar
O verso mais suave e meu descanso,
Matando devagar o quanto passo
Vestindo a hipocrisia, o rude medo,
Além das minhas dores costumeiras
Que tanto quanto a vida mal soubera,

E sei que já soubera a nos rondar
As lutas costumeiras sem descanso,
Supero todo o medo a cada passo...

504

Distante dos meus sonhos, dos meus dias,
Os olhos no horizonte já perdidos.
Encontro os meus anseios desvalidos
E tento desvendar tais fantasias
Sabendo no final as dores tantas
Que trazes quando enfim me desencantas.

E quando a paz pudera, desencantas,
E geras outros erros novos dias,
E sinto quanto cortam luzes tantas
Em dias sem limites, pois perdidos,
E neles as diversas fantasias
Gerando dias rudes, desvalidos,

Os passos no caminho, desvalidos,
E sinto quanto possa e desencantas
Marcando com ternura as fantasias
E disto se resumem nossos dias
E os olhos sem destino, ora perdidos,
E as ilusões que trago e sei são tantas...

As horas que pudessem nestas tantas
E delas descaminhos desvalidos
No quanto poderiam já perdidos
Cenários que deveras desencantas
Trazendo o quanto rudes são teus dias
Matando com furor as fantasias

E possa além de tudo em fantasias
Traçar o que se mostre em cores tantas
E nelas a beleza de tais dias
Grassando sobre enganos desvalidos,
E sinto que pudera em noites tantas
Marcar momentos rudes e perdidos,

Os dias entre enganos vão perdidos,
E sei que na verdade fantasias
E geras ilusões e desencantas
E nisto as emoções que fossem tantas
Traduzem o caminho desvalido
Que ronda cada instante dos meus dias,

E sei que destes dias vãos, perdidos,
Meus olhos desvalidos, fantasias,
Nas dores que são tantas, desencantas...




505

Um dia a mais ou tanto quanto possa
Viver as mesmas dores do passado
E nisto o que se faça anunciado
Expresse a solidão que me acompanha
O verso não traria melhor sorte
Tampouco alguma luz enfim veria,

O todo noutro rumo se veria
E nada serviria enquanto possa
A vida sem saber da menor sorte,
Tragando sem limites o passado,
E o quanto na verdade me acompanha
Transcende ao quanto fora anunciado,

Encanto no vazio anunciado,
O tanto que se reste não veria
O mundo se traduz e me acompanha
Gerando na verdade o quanto possa
E sei do dia a dia do passado,
E nele o que se faça em rude sorte,

O mundo se anuncia e sei que a sorte
Embora não demonstre o anunciado
Momento que decerto diz passado
E nisto o quanto busque e mais veria
Encontre o que pudera e mesmo possa
Viver o quanto em vão já me acompanha,

A vida noutra face se acompanha
E gera o que teimasse em nova sorte,
O prazo derramando enquanto possa
Traçar o que já fora anunciado
No todo que decerto eu não veria
Ousando penetrar no meu passado,

O vento traz lembranças de um passado
Que fora o que restara e me acompanha
Ainda quando o novo inda veria,
O olhar se mostra em rude e vaga sorte,
Negando o que já fora anunciado
E nisto o quanto é novo não mais possa,

O tanto que se possa do passado
Viver o anunciado que acompanha
Traçando o quanto a sorte mais queria.

506

A tempestade invade o mar e ronda
Deixando em sobreaviso o quanto tenho,
Meu mundo desabando num instante
E sei que na verdade esta procela
Aos poucos com certeza me revela
O todo que perdera vida afora,

E sei do quanto possa mar afora,
E sinto o que deveras tanto ronda
E o tanto quanto a sorte me revela
Bem mais do que em verdade agora eu tenho
O coração exposto em vã procela
Pudesse renovar em claro instante

E o mundo se traduz em novo instante
E sei do quanto possa vida afora
Gerando o que se faça além-procela
E tanto esta esperança que me ronda,
Ousasse acreditar e sempre tenho
O amor que esta emoção rara revela,

O nada noutro caos tenta e revela
As velas e os anseios, ledo instante,
E sei do quanto possa e mesmo tenho,
No passo que resume a vida afora
E tanto quanto o tempo também ronda
Gerasse a cada dia outra procela,

O barco se entranhando em tal procela
No verso mais audaz, tudo revela,
Expressa a solidão que ora me ronda
E vaga sem sentido num instante
E possa navegar o sonho afora,
E traça o que em verdade agora tenho.

O tanto quanto trame e sei que tenho,
Marcando com temor esta procela
Que o vento transformasse vida afora
E sei que na verdade se revela
Ousando pelo menos num instante
Enquanto o meu passado toma e ronda,

A vida quando ronda o que ora tenho
Expressa num instante outra procela
Enquanto se revela vida afora...






506

Ainda na verdade o quanto eu pude
Atravessar em sonhos o infinito
O passo que pudera sideral
A luta sem sentido e sem descanso
Enquanto na verdade o que ora alcanço
Deixara no passado a juventude,

O mundo que traduza em juventude
O tanto que quisera e mais não pude
E sei quando em verdade nada alcanço
Buscara inutilmente este infinito
Que possa me trazer algum descanso,
Vagando em sonho imenso, sideral,

O espaço que penetro, sideral,
No tempo que se trame em juventude
Tocasse sem saber qualquer descanso
O todo que tentasse enquanto pude
Grassar por sendas raras no infinito,
Toando esta expressão que em paz alcanço,

O tempo que deveras hoje alcanço,
O mundo noutro sonho, sideral,
Ousasse penetrar neste infinito
E tanto quanto valha a juventude
O peso do que trago e mesmo pude
Ainda se moldara e não descanso,

Tentando acreditar no que descanso,
Ousando na palavra quando alcanço
Meu mundo na incerteza quando o pude
Viver esta beleza sideral,
E nisto se moldasse a juventude
Que possa penetrar neste infinito,

O tempo que presumo, ora infinito,
O verso que anuncia sem descanso,
Enquanto na verdade nada alcanço,
Ausente dos meus olhos, juventude,
A trama que eu buscara, sideral,
Expressa a solidão que tanto pude,

E quando agora pude no infinito
Traçar o sideral rumo, descanso,
E sei, jamais alcanço a juventude...

507

Meu mundo quando vejo noutro tom
Esboça a vida apenas num segundo
E sei do que vivera e me aprofundo
Tentando acreditar noutro momento,
E sinto o quanto possa ser assim,
O quanto se inundara dentro em mim,

E sei do todo quando vivo em mim,
E nisto se aproxima o velho tom,
Que possa na verdade num momento
Trazer o quanto caiba num segundo
E beba desta sorte num momento
Enquanto dentro da alma me aprofundo,

O pântano decerto ora aprofundo
E vejo a solidão trazendo a mim
O todo desenhado num momento
E nisso se adivinha o velho tom
Que possa refazer noutro segundo
O quanto se transcende e me aprofundo,
Vivendo o que pudera ser assim,

E sinto quanto viva e tramo assim,
O sonho quando em vão eu me aprofundo,
Vagando pelo menos um segundo
E tanto quanto possa sei de mim,
E trago desta vida o velho tom
Enquanto me assentasse num momento,

O tanto que se mostre em tal momento,
No fundo não faria tanto assim,
O rústico momento em ledo tom,
O verso se transforma e me aprofundo,
Gerando o que pudera quando em mim
A vida se fizera num segundo,

O mundo se aproxima e no segundo
Delírio convulsivo num momento,
O templo que matara e sei de mim,
Levando no caminho o que ora assim,
No tanto que pudera e me aprofundo,
Vivendo o quanto gere em rude tom,

O tempo neste tom dita um segundo
E quando me aprofundo num momento
Tramasse a farsa, assim, dentro de mim...


508

Meu mundo não teria nova luz
Enquanto se mostrasse o que passamos,
Vivendo tantos erros, desacertos,
As tramas mais doridas que se vejam,
Os olhos procurando pela paz
Que tanto se deseja e nada traz,

O verso na verdade o que me traz
E quando o meu anseio dita a luz
O tanto noutro rumo em leda paz,
Gerar o que pudesse e assim passamos
Nos olhos que pudessem e nada vejam
Os dias entre enganos desacertos,

Apenas recolhendo desacertos
Enquanto na verdade o que se traz
Eclode nos caminhos quando vejam
O tanto que se molde nesta luz
E sei do quanto tenho e já passamos
Vivendo o quanto possa em plena paz.

O mundo que eu quisera feito em paz,
Supere com firmeza os desacertos
E deixe quanto possa e além passamos
Ao menos o cenário onde se traz
A vida em claridade, em rara luz,
E nisto outros anseios já se vejam,

Os dias que entre dias tanto vejam
O rumo quando busque a plena paz
E nisto emoldurando a clara luz
E trace muito além dos desacertos,
O tanto que em verdade agora traz
Deixando para trás o que passamos,

O sonho que decerto ora passamos,
Os mundos mais diversos quando vejam,
E nisto o quanto a vida agora traz
Expresse pelo menos qualquer paz
E veja ao superar os desacertos
O todo feito em glória, força e luz,

O quanto desta luz dita e passamos
Embora desacertos inda vejam
O sonho desta paz, o vento traz...

509

Reparo os descaminhos e percebo
O mundo como fosse tão diverso
Daquele que desenho em pensamento
E tento num anseio libertário,
O sonho quando é feito solitário
No peso de uma vida se presume,

O todo na verdade que presume
Expressa muito além do que percebo,
E sinto o meu caminho solitário
E nele se deseje o mais diverso
Cenário que pudera libertário
Tomando já de assalto o pensamento.

O quanto deveria o pensamento
Após as derrocadas, já presume,
Uma alma sem temor num libertário
Caminho que se mostre e mal percebo
Vagando sobre o tempo mais diverso
Aonde fora apenas solitário,

O tanto que se molde solitário
Num tempo mais agudo, em pensamento,
O verso sem sentido e tão diverso
Expressa o que em verdade se presume
Marcando o quanto tenha e assim percebo
Deixando este cenário libertário,

O pranto tantas vezes libertário,
O sonho mesmo quando solitário
Ainda dentro da alma mal percebo,
E vejo o quanto possa o pensamento,
E tanto na verdade se presume
Teimando num caminho mais diverso,

E sei deste viver rude e diverso
E nele me entranhara libertário
E quando outro momento se presume
Persisto mesmo estando solitário
E sei do meu anseio em pensamento
E um novo amanhecer enfim percebo,

O quanto ora percebo tão diverso
Do ledo pensamento libertário,
Um passo solitário se presume...

510

Jamais imaginasse noutra face
A vida que desnuda esta ilusão
E molde no caminho a dimensão
Que possa na verdade e não se cale
O vento que assobia no telhado,
E o preço a ser cobrado pela vida,

O tempo traduzisse a minha vida
E nisto o quanto vejo em rude face
Expressaria a chuva no telhado
E trame tão somente uma ilusão
No quanto nada valha o que se cale
Traçando no vazio a dimensão,

E sei do quanto possa em dimensão
Diversa da que trace a minha vida
No tanto que pudera e não se cale
Mostrando com certeza a rude face
De quem ao se tocar numa ilusão
Pudera renovar, velho telhado,

O mundo se mostrara e no telhado
Dos sonhos o que trace em dimensão
O mundo mais complexo em ilusão
E molde na incerteza desta vida
O quanto se anuncia e mude a face
Ou mesmo sem sentido algum se cale,

O tanto que pudera e agora cale
Nos ermos de quem veja do telhado
O mundo que moldara em rude face
E nesta mais diversa dimensão
O todo que anuncie nova vida
E mostre ser além de uma ilusão,

O passo traduzindo esta ilusão
E nada do que possa ou mesmo cale
Expresse a sensação que nesta vida
Ao menos desenhasse em tal telhado
O quanto moldaria a dimensão
Diversa do que mostre a velha face,

O quanto desta face em ilusão
Gerasse a dimensão e enfim se cale
Trazendo ao meu telhado a própria vida.

511

Não tenho e nem teria qualquer sonho
Esse momento dita o nada a mais
E quando na verdade o que ora vejo
Traduza a solidão e nada reste
Somente o que deveras não ateste
O mundo mais atroz, mesmo medonho,

E o vento se mostrara mais medonho
E nele o que pudesse ser meu sonho
Decerto outro caminho agora ateste
E nada do que possa ou mesmo mais
Expresse o que em verdade ainda reste
E dentre as tempestades sempre vejo,

O manto da esperança quando o vejo
Vagando sobre um mundo tão medonho
Pousasse mansamente e quando reste
O todo que deveras dita o sonho
Pudesse no caminho muito mais
Que a própria sensação em paz ateste,

O quanto da esperança agora ateste
O mundo sem temor que possa e vejo
Vivendo sem sentido o quanto a mais
Reinando sobre um tempo tão medonho,
E nisto o que em verdade tanto sonho
Expressa o que deveras inda reste,

O todo quanto possa e mesmo reste,
O passo noutro rumo agora ateste
O muito que inda veja enquanto sonho,
E sei do que pudera e mesmo vejo
O passo aonde um dia foi medonho,
E agora se traduz num canto a mais,

E sei do meu caminho e muito mais,
Marcando o quanto possa e mesmo reste
Vestindo o que tentara ser medonho,
Na velha sensação que enfim ateste
O mundo quando possa e mesmo vejo
No tempo mais audaz, no imenso sonho,

E quando agora sonho e sei a mais,
O tanto que ora vejo e enfim me reste,
Ainda que se ateste o ser medonho.

512

Promessa aterradora de vingança,
A vida se perdeu sem harmonia
As flores que não têm caramanchão,
Demonstram seu perfil: desesperança!
Recendem velhos cravos na lembrança,
São formas de total abnegação,

Aos poucos com terror a abnegação
Tomasse a rude forma de vingança
E nisto simplesmente na lembrança
A fúria noutro tom leda harmonia
Deixando ora se ver desesperança
Matando o quanto foi caramanchão,

Ausente deste olhar, caramanchão,
O que se vê traduz a abnegação
De quem amara e traz desesperança
E a rude sensação, mera vingança,
Negando qualquer forma de harmonia
Deixando uma alegria na lembrança

E o tempo se mostrara onde a lembrança
Qual fosse o mais feliz caramanchão
Embelezando a vida em harmonia
Ao superar a rude abnegação
Gerasse algum sorriso por vingança
Negando a mais sutil desesperança,

Num mundo quando vil, desesperança,
Transforma o que se viu, leda lembrança,
E trama no vazio tal vingança
Deixando para lá, caramanchão,
E nisto se produza abnegação.
Legando ao desencontro esta harmonia,

A vida que se faça em harmonia
Já não gera a fatal desesperança
Tampouco o quanto possa abnegação
Marcando cada fato em má lembrança
E a seca no que foi caramanchão
Traçando a rude forma de vingança,

Trazendo esta vingança onde harmonia
Fez do caramanchão desesperança,
Só deixa na lembrança: abnegação...

513

Não penso no momento em que se faça
Da luta tão somente algum anseio
E nada mais do quanto a vida escassa
Expressa noutro tom, ledo receio,
E bebo da esperança que disfarça
Ousando na verdade o quanto tenha,

E sei que com certeza nada tenha
Quem tanto desejara e nada faça
O tempo se mostrara e não disfarça
O quanto poderia em raro anseio
E vejo a solidão que enfim receio
Na vida sem sentido, mesmo escassa,

O tanto que pudera em sorte escassa,
A via que nos leve ao que se tenha
Permite qualquer forma de receio,
Ainda que outro tempo atroz se faça
Gerando no final o quanto anseio
E nisto outro momento se disfarça

A luta que somente ora disfarça
Penetra na esperança mesmo escassa
Trazendo o quanto possa e mesmo anseio,
Ainda que deveras busque e tenha
O todo que decerto a vida faça
Deixando para trás qualquer receio,

E o tempo que pudesse e não receio
Marcando com o verso não disfarça
E trama o que se tenta e já se faça
Deixando no passado a sorte escassa,
E o mundo quando nada mesmo tenha
Ainda se traduza em pleno anseio,

O sonho que decerto agora anseio,
O mundo desenhando este receio,
O prazo com certeza não mais tenha
E tanto se mostrara e não disfarça
Sequer o quanto valha a luta escassa
E o preço que se pague, nada faça.

O tanto que se faça não anseio,
A vida tão escassa em tal receio,
Apenas mal disfarça o que inda tenha...




514

Meu canto se anuncia em rude encanto
E sei dos vários erros cometidos
Meus sonhos noutros tantos esquecidos
E o tempo se mostrara em vão quebranto
Buscasse melhor sorte, mas não há,
A vida se reflete no vazio,

O tanto que traduz este vazio
Moldasse no que possa em rude encanto
Trazendo o que eu quisera e sei quando há
Deixando os descaminhos cometidos
Nas tramas mais audazes, no quebranto,
E os ermos tantas vezes esquecidos,

Os olhos procurando entre esquecidos
Momentos traduzidos no vazio
E nisto quanto possa eu me quebranto
Negando deste sonho algum encanto
Em dias tão doridos, cometidos,
No tanto que se tente e sei não há,

O verso traduzisse o não mais há
Sequer qualquer momento entre esquecidos
Anseios que pudessem cometidos,
E nisso simplesmente este vazio
Traduz o quanto possa em tal encanto
Marcando com furor cada quebranto,

Meu mundo se desenha em vão quebranto
E gera o que se possa e jamais há
No todo que tentara em claro encanto
Os sonhos noutro canto ora esquecidos,
E o mundo que busquei segue vazio
Em meio aos desenganos cometidos,

Os prazos tantas vezes cometidos
E os cantos que traduzem tal quebranto
Apenas redundando no vazio
Ultrizes dias dizem que não há
Entre os caminhos rudes e esquecidos
Sequer algum sinal de velho encanto,

O quanto em tal encanto, cometidos
Enganos esquecidos, num quebranto,
Jamais traz o quanto há num ser vazio...

515

Jamais acreditei na falsa imagem
Do amor que conquistando nos devasta,
Apenas a verdade ora me basta
E sei do quanto é bela tal paisagem,.
Ousando acreditar não ser miragem
Uma emoção suprema, rara e vasta,

E quando se percebe ser tão vasta
A sorte que reflete a doce imagem
Do amor que nos traduza além-miragem
O sentimento em paz que não devasta,
E gera no perdão a paisagem
Que tanto me seduz quanto me basta,

A vida por si só persiste e basta
Marcando com ternura a senda vasta
E nisto dominasse tal paisagem
O sonho que desvende cada imagem
Aonde a sensação tanto devasta
E gera o que pudesse, uma miragem...

Pousando meu olhar sobre a miragem
Que possa traduzir o quanto basta
Traçando a sensação que ora devasta
E gera a minha vida imensa e vasta
Na bel a maravilha desta imagem
Que possa traduzir a paisagem,

O verso dominando a paisagem,
O canto que se trama uma miragem
O sonho desenhando a rara imagem
Do mundo que pudera e em si se basta
Enquanto uma esperança eu sei que é vasta,
E a solidão deveras não devasta,

O tanto que este mundo ora devasta
O sentimento toma a paisagem
E mostra a sensação sutil e vasta
Moldando em meu olhar esta miragem
Que tantas vezes dita o quanto basta
Traçando a cada olhar a rara imagem.

E quanto tal imagem nos devasta,
Tramando o quanto basta em tal paisagem,
A senda qual miragem; se faz vasta...

516

Na fúria que destroça cada sonho
Na angústia que domina nossos passos
Os medos estampados no meu rosto
Exposto aos mais diversos vendavais
E os dias entranhados pela rude
E torpe sensação do nada ser,

O quanto poderia ao menos ser
O todo que deveras busco e sonho
No tempo mais arguto, um passo rude,
Que possa com certeza em velhos passos
Traçar o quanto inúteis vendavais
Tocando com furor marcando o rosto,

E tanto que busque a cada rosto
Marcadas cicatrizes, possa ser
Além do que tentara em vendavais
Ousar nessa esperança que ora sonho,
E vivo no vagar de velhos passos
Ainda que se mostre mesmo rude,

Meu verso se moldara amargo e rude
E o tempo noutro engodo traz o rosto
E mostra a sensação de ledos passos
Aonde se tentasse manso ser,
Gerando pesadelos, torpe sonho,
E neles os mais terríveis vendavais,

E quando me expusera aos vendavais
No tanto que este mundo fosse rude,
O quanto se perdera quando sonho,
Rasgando com as garras o meu rosto,
E desta cicatriz, o quanto ser
Expressa no vazio duros passos,

E tramas no futuro novos passos
Enquanto na verdade os vendavais
Espalham cada parte do meu ser
E nisto se transforma apenas rude,
O quanto trago firme no meu rosto
Matando em nascedouro cada sonho,

E quantas vezes sonho ouvindo os passos
De quem não vendo o rosto, em vendavais
Eclode e sendo rude; esconde o ser.

517

Não tento acreditar no que viria
E sei que na verdade é falsa a farsa
Que tenta noutro tom trazer a vida
Medonhamente exposta aos dias frios,
E neste caminhar ermos, sombrios
A luta sem descanso, não disfarça,

Ainda quando a vida mal disfarça
Matando o que decerto inda viria
E nisto meus momentos mais sombrios
Tramassem tão somente a velha farsa
Que trame entre temores, tantos frios,
E neles o que possa a minha vida,

O tempo traduzindo o quanto a vida
Expõe numa expressão que não disfarça
E sei dos meus receios, mesmo frios,
E nada do que possa inda viria
Mantendo sempre acesa a velha farsa
Exposta aos dias rudes e sombrios,

Nos olhos tantas vezes mais sombrios,
O quanto se negara em luz e vida,
Marcando com terror a velha farsa
Que mesmo quando queira não disfarça
E gera a mais atroz e leda vida
Ousando entre momentos bem mais frios,

Os olhos entremeiam dias frios
E quando vejo os passos tão sombrios
Tentando perceber o que viria,
Meu mundo não traria à minha vida
Sequer o que a verdade ora disfarça
Tocando sem sentido a velha farsa,

E sei da minha angústia a cada farsa
Que possa desvendar em passos frios,
E nisto o meu anseio não disfarça
Expressa os descaminhos tão sombrios,
E vejo quanto possa a minha vida,
Dizer o quanto quer e não viria,

O tanto que viria além da farsa
Trazendo em minha vida versos frios
Em plenos tons sombrios, luz disfarça...




518

A vida não permite que se guarde
O sonho entre paredes e se esconda
O quanto se tentasse e se mostrasse
No navegar diverso, qual nova onda
E além do que se tenta e não faz,
Um ato refletisse a liberdade,

O verso não supera a liberdade,
Nem mesmo quando aquém da vida guarde
O tanto que pudera já se faz
Bem mais do que a vontade em vão esconda,
O mundo vai e vem e como uma onda
Só vale se deveras se mostrasse,

E o todo que de fato ora mostrasse
O tanto quanto trame a liberdade
Do ser e muito além que uma mera onda
No todo que de fato a vida guarde,
E sendo de tal forma o que se esconda,
A vida já repele e nada faz,

Mas quando se deseja e mais se faz
O mundo de tal forma se mostrasse
E nisto cada vez que não se esconda
Alçasse a mais suprema liberdade,
Portanto, quanto à vida, não se guarde
E siga o coração, esplêndida onda,

E o tanto se moldasse como esta onda
Que nada mais impeça o quanto faz
Audaciosamente jamais guarde
O quanto na verdade se mostrasse
Traçando com firmeza a liberdade
E nisto nenhum sonho, em vão, esconda,

A sorte que se dando a vida esconda
Presume no final em frágil onda
Negando ao marinheiro a liberdade
E de tal forma o tempo não se faz
Que tanta calmaria se mostrasse,
E o barco, sem ter vento ora se guarde,

Assim o que ora guarde e já se esconda
Não deixa que mostrasse esta bela onda
Que o mundo além já faz: a liberdade!

519
Já nada mais coubera além do sonho
E o verso se moldando de tal forma
Que nada mais pudera ser assim
Senão esta esperança que carrego,
O vento sopra manso em cada rosto
E trama o quanto eu queira ser feliz,

E sei que na verdade o ser feliz
Transcende ao que pudera e quando sonho
Encontro na verdade um velho rosto
Marcado com o tempo de tal forma
Que nele com certeza o que carrego
Expressa o quanto eu sei, ou tanto assim,

O mundo se mostrara sempre assim,
E tanto quanto eu possa ser feliz
Diria deste tempo que carrego
No tanto que inda luto e mesmo sonho,
Grassando este momento que ora forma
As linhas mais profundas do meu rosto,

E vendo da esperança o rude rosto,
Que possa na verdade ser assim,
O tanto que vivesse e sinto a forma
Da fonte quanto possa ser feliz
Ditando o que mais queira neste sonho
Tramando o verso manso que carrego,

Meu mundo traz o passo onde carrego
A sombra que tocasse no meu rosto
E vendo o quanto possa e mesmo sonho,
Gerando outro momento quando assim,
A vida me permite ser feliz
E nisto uma alegria enfim se forma,

O tempo tem diversa e rara forma
E nisto uma vontade que carrego
Entoa o que pudera ser feliz
E marca com certeza no meu rosto
A sombra do que tanto quis assim,
Ousando no caminho feito em sonho,

E quando neste sonho nova forma,
Expressa o quanto assim tento e carrego
Estampa-se no rosto o ser feliz.

520

A sorte tantas vezes nos traindo
E o verso que pudera ser de paz
Marcando com terror o quanto reste
Gerando a hipocrisia e nada mais
Meu tempo se anuncia após a queda
E o todo não se deixa mais levar,

Ainda quando tente enfim levar
A vida de tal forma me traindo
Expressa tão somente a mesma queda
E nada do que possa ou creia em paz
O verso que puder ser a mais
Agora simplesmente nada reste.

O mundo que deveras tente e reste
Errático cenário a me levar
Ao nada que se tente e sempre mais
Enquanto noutro passo se traindo
Expresse o quanto reste desta paz
Na farsa que se entranha em cada queda,

No tempo se desenha a rude queda
E o medo não permite que inda reste
O verso com certeza nega a paz
E o tanto que permita me levar
Expressa o que se fez e me traindo
Não deixa o quanto busco, nunca mais,

E o tanto que pudesse sempre mais
No fundo desenhando a mera queda
No tanto que se veja ora traindo
Expressa tão somente o que inda reste
E deixo este caminho me levar
Aonde se imagina a rara paz,

Meu tempo se adentrando pela paz
Na luta que buscasse sempre mais
E tanto quanto possa me levar
Ainda se vislumbra a velha queda
E nisto tão somente o que me reste
Embora muitas vezes já traindo,

O tanto se traindo quando a paz
Ao longe só me reste o nunca mais
E sinto a velha queda a me levar.

521

A vida traz suportes bem diversos
E quando me entranhasse de tal forma
Enquanto na verdade o que me importa
Expressaria o todo que não tive,
Vivendo a liberdade que se tente,
Nos ermos do meu sonho, mais atroz,

A vida tantas vezes mais atroz
Ousando nos caminhos mais diversos
Presume o que deveras mesmo tente
Sabendo no final da rude forma
Que possa com certeza o quanto tive
E mesmo o que jamais agora importa,

No todo quando muito o tempo importa
Eclode ainda em tom que seja atroz
Traçando o quanto possa e mesmo tive
Nas tramas onde os passos são diversos
E nisto a solução tomando forma
Explode quando além eu busque e tente,

O todo se desenha quando tente
Vencido caminheiro, não me importa,
Deixando no passado a velha forma
Que possa desenhar o ser atroz
Envolto nos caminhos mais diversos
E nisto percebendo o que não tive,

Ainda que em verdade o sonho eu tive
E sei do que pudera e mesmo tente,
Os dias são complexos e diversos,
Porém o que em verdade nos importa,
Vencendo este caminho mais atroz
Gerasse uma esperança em nova forma,

O quanto se traduza de tal forma
Ousando muito além do quanto tive
Marcando com a fúria, o ser atroz,
E nisto nova sorte ainda tente
Deixando no passado o que ora importa
Em rumos e caminhos tão diversos,

Momentos tão diversos a alma forma
E o quanto agora importa eu nunca tive,
O passo que se tente, é sempre atroz...

522
Jornadas entre tantas que pudesse
Tramar outro caminho aonde um dia
Vestígios do que fora fantasia
Ainda são visíveis e tocáveis
Meus olhos no cenário onde se tente
Vibrar em consonância com meu canto,

E quando enamorado busco e canto
Tentando qualquer passo onde pudesse
Gerar o que deveras sempre tente
Marcando com ternura o dia a dia,
Anseio entre caminhos que tocáveis
Expressem muito além da fantasia,

Embora saiba quanto a fantasia
Tramasse muito mais do que este canto
Que a vida noutro tom faça em tocáveis
Desejos que em verdade até pudesse
Ainda que talvez por mais um dia
Marcando o quanto busque e sempre tente,

O verso que diverso teime e tente
Impertinente mundo fantasia,
Trazendo esta expressão que alenta o dia
E marca com sorriso o manso canto
E nisto tão somente o que pudesse
Tramasse rumos claros e tocáveis,

Os sonhos mais diversos e tocáveis
Os passos entre enganos que se tente
O verso na verdade mal pudesse
Ouvindo da alegria o manso canto
Vencer o quanto reste em fantasia
Gerando a cada instante um raro dia,

E sei do quanto possa neste dia
Tramar entre momentos vis, tocáveis
O tempo de singrar o ledo canto
Que a vida sem temores inda tente
E quando uma esperança fantasia
O todo noutro fato em paz pudesse,

E sei do que pudesse neste dia
Da velha fantasia os mais tocáveis
Anseios que se tente em raro canto.

523

Não quero que se veja tal espectro
Vagando pelos ermos desta senda
E nada do que a vida agora atenda
O manto consagrado, o verso em vão,
A luta se desenha a cada fato
E o tempo não traria algum sossego,

E quando se procura por sossego,
Meu mundo se desenha neste espectro
E trama com certeza um novo fato
Ainda que pudesse noutra senda
E sei do que deveras seja vão
O tanto que se queira e mesmo atenda,

O prazo determina e a vida atenda
O todo que não cabe e sem sossego
Meu mundo se escoando neste vão
Encontra especular o rude espectro
E tanto que buscasse mansa senda
Apenas o vazio trama o fato,

E sigo sem saber o que de fato
Pudesse traduzir o quanto atenda
Dos erros mais comuns tomando a senda
E nisto procurasse algum sossego
E sendo de tal forma assim o espectro
O tempo se desnuda sempre em vão,

E sigo cada passo mesmo vão
E vendo o quanto possa em ledo fato
Ousando acreditar no rude espectro
Que tanto quanto a vida ora me atenda
Trazendo algum momento onde há sossego
E perfazendo alheia e rude senda.

O tanto que se mostre nesta senda,
O mundo na verdade segue em vão,
E o sonho que produza algum sossego
Expressa na verdade o rude fato
Que tanto quanto possa agora atenda
E gere do passado o velho espectro,

Apenas um espectro nesta senda,
O quanto ora se atenda dita o não
E sei que neste fato não sossego...









524

Marcantes emoções que a vida trouxe
A quem se fez além de mero passo,
E sei do que pudera e mesmo venço
A tempestade rude da esperança
Conquanto cada dia o vento avance
Levando embarcação a um vão destino,

E o quanto se deseja e me destino
Ao todo que deveras também trouxe
Meu mundo num momento quando avance
Gerando noutro instante o que ora passo,
E seu da discordância em esperança
No tanto que perdendo agora venço,

O medo traduzindo o quanto venço
Dos ermos de minha alma eu me destino
Ao tanto que pudera em esperança
Vagando sobre o todo quanto trouxe
O verso sem sentido noutro passo,
Enquanto a solidão mordaz avance,

O tanto que pudera sempre avance
E marque o meu temor enquanto o venço
E sei do quanto espero neste passo
Ou todo este passado diz destino
Matando o quanto resta e nada trouxe
Sequer alguma gota de esperança

A vida se reduz e da esperança
Não tendo a menor chance enquanto avance
O mar adentra a praia e assim se trouxe
No instante mais feroz enquanto venço
Sargaços onde tive o meu destino
Marcado tão somente em rude passo,

E sei do que deveras tento e passo,
Num átimo mergulho na esperança
E quando na verdade eu me destino
Ao nada que anuncias quando avance
O tempo de viver e se eu me venço
Encontro o que passado já não trouxe,

O quanto a vida trouxe noutro passo,
Apenas sempre venço esta esperança
Que sempre em dor avance, vão destino...

525

Não quero e nem pudera ter no olhar
Sequer alguma luz que não existe,
O tempo se anuncia em vaga sorte
E o todo se transforma em tempestade
Marcando o que deveras trace em medo
E nisto outro caminho se perceba,

O tanto quanto viva e já perceba
Deste horizonte alheio a cada olhar
Deixando como rastro o velho medo
Que possa traduzir o quanto existe
E o todo que se dita em tempestade
Traçando o que pudera em melhor sorte,

A vida noutro rumo, nega a sorte
E bebe do vazio e já perceba
Vencendo a mais diversa tempestade
Que toda a mansidão num torpe olhar
Pudesse persistir e não existe
Ou mesmo se anuncie em tolo medo,

Vencendo no final o rude medo
Que tanto modifica a melhor sorte,
Ainda quando o passo alheio existe
E o fim de cada história se perceba
O mundo refletindo em meu olhar
A imensa e mais temida tempestade,

O quanto se refaz em tempestade
O mundo não pudera em tanto medo
Ditar o quanto trago em meu olhar
E nisto desejasse melhor sorte
Ainda que o final mesmo perceba
O tanto que eu quisera não existe,

E sei do quanto possa e mesmo existe
No verso feito em torpe tempestade
Marcando o que talvez não se perceba
E mesmo quando dita o velho medo
Ainda se procure ter a sorte
Que possa amenizar o duro olhar,

E quando neste olhar o nada existe
O tempo dita a sorte em tempestade
E o todo traz o medo que eu perceba...

526
O tanto que se perde a cada instante
Nas tramas onde é sórdida esta expressão
Vulcânica loucura em eclosão,
Marcando todo o sonho rum rompante,
E vendo que jamais serei feliz
Espalho num momento o quanto fiz,

E das promessas tolas que já fiz
Apenas se vislumbre num instante
O tanto que se tente ser feliz
E busque da esperança uma expressão
Que possa ser além de algum rompante
Perenizando na alma esta eclosão,

O quanto deveria em eclosão
Marcar o quanto tento e mesmo fiz,
Alçando o meu momento num rompante,
E tendo a maravilha neste instante
Que possa me mostrar esta expressão
Tramando o quanto sinta mais feliz,

O mundo quando quero ou sou feliz,
Num mesmo passo impede esta eclosão
E deixa tão somente esta expressão
Do quanto na verdade não mais fiz,
E vivo noutra face um duro instante
Na farsa que se mostre qual rompante,

Um dia se desenha e num rompante,
O tanto se fizera onde feliz
O passo procurasse noutro instante
Além de meramente uma eclosão
O quanto sem sentido algum eu fiz,
Ousando na incerteza da expressão,

E tendo na verdade esta expressão
Que possa ultrapassar algum rompante,
O verso sem promessas que ora fiz,
Renega na com certeza o ser feliz
E mata em nascedouro esta eclosão,
Matando uma esperança a cada instante,

A vida num instante, esta expressão;
Que tente em eclosão, além rompante,
E quando quer feliz, mais nada fiz...

527
Jamais quando se tenta alguma sorte
Diversa da que a vida nos prepara
O tempo noutra face se escancara
Gerando qualquer passo que conforte,
Apenas espreitando enfim a morte
Que mostra pouco a pouco a sua cara,

E quando desta agora vejo a cara
No tanto quanto reina a rude sorte,
O tempo sem sentido dita a morte
E nada para tanto nos prepara,
Somente o que deveras me conforte
É a luta quando o engano se escancara,

Enquanto esta verdade ora escancara
Olhando devagar a tosca cara
Sem nada que suporte ou me conforte
Vagando sem saber qual seja a sorte
Que a vida a cada esquina me prepara
Espero mansamente a minha morte,

E sei que na verdade venha a morte
E nisto todo o tempo se escancara
Enquanto um ledo bote já prepara
E mostra com terror a torpe cara
Que superando enfim, a melhor sorte,
Não sabe e nem encontra o que conforte,

O mundo sem ter nada que o conforte,
O prazo terminando com a morte
E o tempo se entregando em dura sorte
Ao que deveras vejo e se escancara
Marcando com terror a noite cara,
Enquanto nada além já nos prepara,

Meu mundo na verdade não prepara
Sequer o que pudesse e não conforte
Mostrasse o dia a da cara a cara
Tocando firmemente enfim a morte
Que reina sem defesa e se escancara
Trazendo tão somente a velha sorte,

E sei que desta sorte se prepara
O quanto se escancara e não conforte
Moldado a dura morte e sua cara.





528
Já não me caberia acreditar
Nas tramas que pudera ter além
Das curvas que esta vida me prepara
Sabendo quanto reste no final,
E o fato de sonhar ainda conta,
Embora na verdade seja em vão,

O tanto que se mostre em ledo vão
O tempo se tentando acreditar
Enquanto caminhasse sem ter conta
Do quanto se percebe mesmo além
O mundo na verdade no final
Somente para a queda enfim prepara,

O tanto se deseja e se prepara
E o canto se mostrara em rumo vão
E nisto o quanto vejo no final
Apenas me permita acreditar
Nos tantos quanto a sorte se prepara
Sem ter sequer o quanto conta

E o mundo verdadeiro faz-de-conta
Expressa o que em verdade não prepara
E gera o que se mostre mesmo além
Do tanto que pudesse ser em vão,
Marcando o quanto tente acreditar
Nos ermos mais diversos do final,

E a vida escancarando outro final,
Que na verdade eu sei, já nem se conta,
E o tempo noutro engodo, acreditar,
Ainda quando o bote se prepara,
E a luta desenhada sempre em vão,
Não deixa que se veja nada além,

E o tanto que pudesse mesmo além
Do farto caminhar ledo final,
E sei que meu anseio fora vão,
Somente a solidão agora conta,
E o prazo sem limites não prepara
Nem deixa no futuro acreditar,

O quanto poderia acreditar
Nos dias que se vendo no final,
Ainda mostrariam neste vão
O tempo noutro intendo quando conta
A velha solidão que nos prepara
Marcando o quanto tente acreditar,

E sei que acreditar nos diz além
E o passo já prepara e no final,
O tanto que se conta fora em vão.

529

De todos os caminhos percorridos
Na vida que quem fosse sonhador,
O vento se espraiando sem destino,
Marcando o dia a dia de tal forma
Que nada poderia destruir
O sonho mais audaz de quem se entrega,

A vida no final traduz a entrega
Em fatos e momentos percorridos
E nestes caminhares, destruir,
O quanto se pudesse um sonhador,
Ousando acreditar em rude forma
Traçada a cada instante em seu destino,

E quando no final eu me destino
Ao todo que viera em leda entrega
E a vida quando em tudo trama a forma
Que possa traduzir os percorridos
Caminhos de quem fora sonhador,
E nisto outro cenário a destruir

O tanto quanto possa destruir
Marcando com as garras o destino
De um sólido caminho sonhador
Deixando velhos ermos nesta entrega
Sabendo dos instantes percorridos
No quanto uma ilusão a vida forma,

E sei que num repente, a velha forma,
O tanto que pudera destruir
Gerando entre momentos percorridos
O todo que se faça no destino,
Vagando tão somente em clara entrega
De quem se fez um louco sonhador,

O verso aonde possa sonhador
Vestir esta ilusão que toma a forma
Do todo que deveras já se entrega
Marcando o quanto possa destruir
E nisto outro cenário enfim destino,
Em dias entre tantos percorridos,

Meus mundos percorridos, sonhador,
Que sabe do destino que se forma
Não deixa destruir o amor que entrega.

530
Não mais se imaginasse qualquer dia
Além do quanto vejo num instante
O corte se aprofunda e me garante
O quanto na verdade não havia,
E no verso se traduz em fantasia
Que teimo ora em levar sempre adiante,

E quanto mais o tempo me adiante
Vislumbro no final um novo dia
E sei do que deveras fantasia
Uma alma que pudesse noutro instante
Viver esta emoção que sempre avida
Porém o meu caminho não garante,

E sei que a solidão tanto garante
E mesmo que decerto eu adiante
Meu passo sem sinal algum havia
E o tempo se transforma e em novo dia
O todo se revolta neste instante
Matando em nascedouro a fantasia,

O verso não somente fantasia,
Assim como também nada garante
E sinto a solidão a cada instante,
Porém nada me impede, sigo adiante,
E tanto quanto possa a qualquer dia
Expresse muito além do que ora havia,

E sei que na verdade não havia
Sequer uma expressão em fantasia
Nem mesmo o renascer d e um belo dia,
Que possa traduzir e me garante,
Marcando o quanto tenha e se adiante
O tempo muito além de um mero instante,

E vivo o quanto possa neste instante
Tocando com certeza o quanto havia
E quando na verdade se adiante
O todo que resuma a fantasia
Meu passo sem certeza não garante
Sequer o que pudesse noutro dia,

Vivendo neste dia um raro instante
O quanto se garante não havia
E toda a fantasia se adiante.

531
Bastasse algum segredo e por ventura
O medo não traria a rude face
Que tanto se produz em novo impasse
Num desenlace em vão que ora perdura,
O todo na verdade não tramasse
Sequer o que desenhe esta loucura

E sinto a sordidez feita em loucura
Matando o quanto reste da ventura
E nisto outro caminho se tramasse
Gerando o quanto expondo a velha face
Às cãs enquanto a dor tanto perdura
E deixa o sentimento em rude impasse,

O mundo se apresenta neste impasse
E grassa tão somente esta loucura
Mostrando no final o que perdura
E tudo o que pudesse diz ventura
Ainda quando escondo a minha face
E sei que todo o fim já se tramasse,

O mundo que se tente e não tramasse
A sorte que desejo além do impasse
E nisto se desenha a tosca face
E gera o que produza em tal loucura
O verso mais atroz que sem ventura
Encontra a solidão que ora perdura,

Meu mundo no vazio não perdura
E nada do que tente se tramasse
Gerando outro caminho onde a ventura
Não mais trouxesse além do vago impasse
E sei do quanto a vida diz loucura
E fere com firmeza o que foi face,

Não tendo na verdade a mesma face
Que um dia tão distante não perdura,
O vento ora espalhasse tal loucura
E quando outro cenário em vão tramasse,
O mundo superando algum impasse
Tocasse o que renegue tal ventura,

A vida sem ventura, torpe face,
O quanto deste impasse enfim perdura,
Ainda que tramasse a vã loucura.


532
Não mais se tentaria acreditar
Nos ermos mais diversos do que há tanto
Tomando mansamente este lugar
Gerasse pelo menos desencanto,
E quando me permita navegar
Encontro a solidão, rude quebranto,

E tento quanto muito me quebranto
E sei que não consigo acreditar
Enquanto o meu caminho navegar
Distante do que fora e não sei tanto,
Ainda se propaga o desencanto
Sem rumo, sem descanso, sem lugar,

A vida procurasse algum lugar
E nisto desenhando este quebranto
Marcando com terror e desencanto
O quanto poderia acreditar
E a vida se percebe noutro tanto
Em vão procuro ao menos, navegar,

Nas tramas do oceano, navegar,
Vencendo o quanto a vida sem lugar
Espelha o que desejo e sei do tanto
E audaciosamente este quebranto
No qual tanta desdita acreditar,
Mostrasse a rude face em desencanto,

O verso se traduz e o desencanto
Eclode sem saber nem navegar
Vencido pelo rude acreditar
E tente ter ao menos um lugar
Aonde se mostrara tal quebranto
E nele o que buscasse e não sei tanto,

O verso se traduz e noutro tanto,
O passo referido em desencanto
Mostrasse realmente este quebranto
Que quando desejasse navegar
Apenas sem destino e sem lugar,
Não mais se permitisse acreditar,

E quando acreditar no que foi tanto
E o tempo sem lugar, em desencanto,
Pudesse ao navegar o que eu quebranto.

533

Um dia após a queda, nada veio,
Minha Bastilha, inútil, sem proveito,
E somo a cada passo o devaneio
É quando solitário enfim me deito,
O tanto que se faça e não rodeio,
Somente no final me iludo e aceito,

A vida sendo assim enquanto aceito,
O risco se mostrasse noutro veio,
Enquanto a solidão vejo e rodeio,
E o passo sem sentido diz proveito
E quando no vazio ora me deito,
Somente sem sentidos, devaneio,

O mundo se resume em devaneio?
Não quero acreditar e quando aceito
A força inusitada quando deito
Meus olhos no vazio e sei que veio
Somente o que se trama e sem proveito
O mundo que desejo não rodeio.

O tempo sem sentido algum rodeio
E vago pelos ermos; devaneio,
Tateio e na verdade o vão proveito
Expressa o quanto possa e não aceito,
Enquanto se percebe o quanto veio,
Meu mundo me desdenha enquanto deito,

E sei do quanto pude e assim me deito,
Nas tramas onde possa e já rodeio,
Vagando sem sentido o que inda veio
Moldando o descaminho em devaneio,
Ainda quando o fim percebo e aceito,
Nas tramas do infinito atroz proveito,

E o tempo sem saber de algum proveito,
O prazo transcorrendo quando deito
E o mundo que deveras mal aceito,
Encontraria o fim que ora rodeio,
Vagando sem saber e devaneio,
Tentando da esperança, ter o veio,

E quando agora veio sem proveito,
O quanto devaneio em vão me deito,
E sei do que rodeio e não aceito,





534

Jamais imaginasse esta tocaia
E o tempo não remoça o coração
Nem mesmo quando a vida enfim se perde
Nas tramas mais diversas, solidão,
O quanto se anuncia noutro instante
Expressa o quanto a vida é negação,

E sei do quanto possa em negação
Ao prepara enfim esta tocaia
Mudando este caminho a cada instante
E nisto resumindo o coração
Atravessando apenas solidão
Encontro o que esperança além já perde,

E sei do quanto a vida mesmo perde
O rumo que pudesse e a negação
Eclode num momento em solidão
E nisto o que se possa em vã tocaia
Marcasse com terror o coração
De quem se fez além por um instante.

O tempo na verdade, um só instante,
Não deixa que se veja o quanto perde
Quem ama e no caminho, o coração,
Ao ver somente dor e negação,
Enfrenta com terror cada tocaia
E nisto bebe a sorte em solidão,

Não quero, com certeza, a solidão,
Nem mesmo o que pudera neste instante
Vagando no caminho em tal tocaia
Sentido de esperança já se perde,
E o mundo na verdade em negação
Atravessando em dor, o coração,

E sei do quanto possa um coração
Que tente ora vencer a solidão
E quando se mostrara em negação
E todo se tramasse noutro instante
E sei da imensidão quando se perde
A vida num assalto em vã tocaia,

A sorte na tocaia, o coração,
O medo que se perde, a solidão,
E o todo noutro instante: negação...


535

Jogado sobre as pedras do caminho
Meu sonho se emudece e nada trama
Somente o que deveras dita o drama
De quem se fez agora tão sozinho,
E quando no final somente espinho
Traduz o coração de quem tanto ama,

E sei que verdade o quanto se ama
Expressa a derrocada do caminho,
E nisto o que pudera a todo espinho
Gerasse o quanto a sorte ilude e trama
Marcando com terror o ser sozinho
E disto se desenha o ledo drama,

A vida quando traça apenas drama
E tenta outro momento, além, quem ama,
Encontra o que se vendo ora sozinho
Expressaria o tanto do caminho
Que possa na verdade em clara trama
Tirar da senda a pedra e cada espinho,

Porém ao perceber o frio espinho
E nisto renovando o velho drama
Meu mundo se perdendo agora trama
O quanto se deseja e jamais ama,
Quem sabe o sortilégio de um caminho
E viva o tempo todo mais sozinho,

O quanto se mostrara ser sozinho
E nada se moldasse além do espinho
Trazendo cada curva do caminho,
E nisto se anuncia o rude drama
Que possa transformar mesmo quem ama
E deixa no final a leda trama,

Meu verso na verdade o que ora trama
Expressaria o sonho, mas sozinho,
Jamais encontraria com quem ama
E nisto se cultiva o mero espinho
Grassando sobre o quanto fosse drama
Tornando sem sentido este caminho,

O verso sem caminho, leda trama,
O mundo dita o drama e vou sozinho,
Colhendo cada espinho, e nada se ama...




536

Ainda quando a vida se apresenta
Nas tramas mais diversas e fugazes
O tempo se anuncia e se pretende
Vencer as tempestades corriqueiras,
O tempo traz no olhar uma esperança
E o mundo trama a sorte que se queira,

E tanto deste sonho a vida queira
No todo que se tente e se apresenta
O sonho entre palavras de esperança
Ainda que traduza as mais fugazes
Vontades no final são corriqueiras,
Porém o amor demais já se pretende.

E vivo cada instante e amor pretende
Vencer os desafetos e não queira
Ousar nas mais diversas, corriqueiras,
Loucuras que esta vida ora apresenta,
E sei do quanto rudes e fugazes
Os olhos que perderam a esperança,

O tanto se transforma em esperança
E gera o que pudesse e se pretende
E nestas ilusões mesmo fugazes
O verso em tal ternura a vida queira
Tocando cada passo que apresenta
Além das emoções tão corriqueiras,

E sei das minhas idas corriqueiras
Ao quanto se fizera da esperança
Negando o quanto possa e se apresenta
Embora outro caminho enfim, pretende,
Quem sabe no final o quanto queira
Embora as emoções morram fugazes,

Palavras que disseste, tão fugazes,
Os dias entre as tramas corriqueiras
E os olhos quando a vida também queira
Tramar num simples passo essa esperança
Que tanto se deseja e se pretende
Enquanto noutro rumo se apresenta.

A vida se apresenta em tons fugazes,
E quanto se pretende. Corriqueiras
As marcas da esperança que se queira...

537

537

Já não me caberia alguma luz
Aonde na verdade me perdi,
E sei o quanto possa desde aqui
Viver o que decerto me conduz
E o mundo desenhado percebi
No tanto quanto possa e em paz seduz,

O tempo noutro tanto não seduz
E versa sobre a força em rara luz
E sei do que em verdade percebi,
Ousando acreditar no que perdi,
E tanto se anuncia e me conduz
Ao todo que não vejo nem aqui,

O sonho se expressasse e sei que aqui
O mundo se anuncia e me seduz,
Mas tanto quanto possa não conduz
Sequer se imaginasse a imensa luz
Que possa traduzir o que perdi
E mesmo sem ter nada eu percebi,

O verso neste enfado percebi
Tentando acreditar e sei que aqui
O todo na verdade se o perdi
Não possa e nem sequer mais me seduz,
Grassando aonde o nada nega a luz
E o prazo no vazio me conduz,

O quanto neste encanto ora conduz
O visionário sonho eu percebi,
Depois do quanto pude em farta luz
Traçar outro caminho desde aqui,
No verso que tampouco me seduz,
Coleto os desenganos, me perdi,

E sei que na verdade o que perdi
Encontraria apenas e conduz
Ao nada quando vendo o que seduz
Enfrenta o quanto um dia percebi,
Gerando outro momento e quando aqui,
Apenas recebesse frágil luz,

O amor que em tanta luz eu já perdi
Sabendo desde aqui o que conduz
Ao tanto eu percebi já não seduz,

538

Meu passo sem sentido dita o rumo
Dos erros que cometo e não percebo,
O sonho aonde o nada enfim concebo
O canto que pudera e mal resumo,
E quando noutro rastro enfim me esfumo,
A solidão espúria, em vão eu bebo,

E quando no final já nada bebo
Perdendo enfim de vez a rota e o rumo,
O mundo sem sentido quando esfumo
Já não traria o sonho que percebo
E o verso procurando algum resumo
Traduz a solidão que enfim concebo,

O pranto que anuncio e mal concebo,
Esta aguardente amarga que ora bebo,
O todo que em vazios eu resumo,
Meu canto se mostrara e quando eu rumo
Vagando sobre pedras não percebo
Sequer o quanto possa e já me esfumo,

Ousando perceber o quanto esfumo
Nos ermos de meu sonho e assim concebo
O mundo que deveras não percebo,
E nem sequer um gole dele eu bebo,
Trazendo o quanto eu possa neste rumo
E desta sensação mero resumo,

Meu passo noutro instante já resumo
E o mundo quando aquém do sonho esfumo,
Teria na verdade o ledo rumo,
Marcando o dia a dia que concebo
Aonde o meu caminho quando bebo
Nem mesmo com certeza ora percebo,

E sei quando deveras eu percebo,
O tanto que se queira num resumo
O prazo se traduz enquanto bebo
O mais que desejasse e se me esfumo
Procuro os meus sinais e o fim concebo
No tempo anunciado em ledo rumo,

Assim agora rumo e não percebo,
O todo que concebo num resumo,
E em vão se já me esfumo, a morte eu bebo.





539

Um dia mais audaz em meio aos tantos
Que a vida nos prepara sem descanso,
E o quanto sem sentido algum alcanço
Permite tão somente velhos prantos
E sei dos desenganos, desencantos,
Enquanto nesta luta ora me canso,

E sinto o que pudera quando canso
De ver esta expressão em erros tantos
Gerados pelos velhos desencantos
E noutro caminhar não mais descanso
Em meio ao que pudesse, tantos prantos,
O fim que imaginava; enfim alcanço,

Pousando no vazio aonde alcanço
E tanto quanto possa já me canso
Da luta que se mostra em rudes prantos
E os erros cometidos, sei que tantos,
Sem ter sequer direito ao meu descanso
Encontro finalmente desencantos,

Os dias entre rudes desencantos
Ao fim deste caminho nada alcanço
Somente o que pudera e sem descanso
Ainda quando em vão lutando, canso,
Os dias entre os erros fossem tantos
E neles os meus olhos, velhos prantos,

E sei dos meus anseios nestes prantos
Que possam traduzir em desencantos
Os tempos que doridos sejam tantos,
No quanto sem sentido algum alcanço
Marcando o que pudera se me canso
E vejo a solidão e não descanso,

O tanto que pudera e se descanso,
Marcasse com ternura além dos prantos,
Os dias onde em rudes passos canso,
E vejo tão somente os desencantos
E neles , o final, jamais alcanço,
Pois erros na verdade foram tantos.

Os dias entre tantos sem descanso,
A vida que eu alcanço traça em prantos
Os claros desencantos; e assim me canso.

540

Não mais que meramente se desenha
A vida noutro tom e sei da luta
Que tanto possa ser diversa e bruta
Enquanto a solidão sinto ferrenha,
O mundo que deveras me convenha
Ao largo tão somente ora reluta,

O quanto se tentasse e já reluta
Na farsa que distante ora desenha
Ainda quando o tempo me convenha
O sonho traduzisse inútil luta
E nela a farsa surja mais ferrenha,
Marcando o que pudera em força bruta,

A senda mais complexa, imensa e bruta,
O caos que na verdade em vão reluta
Palavra que expressasse a mais ferrenha
Vontade que deveras se desenha
Mostrando com furor a rude luta
Que tanto nos maltrate e não convenha,

O todo noutro tom já me convenha
E sei da solidão que imensa e bruta
Expressa esta emoção enquanto luta
E mesmo noutro passo ora reluta
E novo amanhecer já se desenha
Mudando a sorte atroz, leda e ferrenha,

A sorte tantas vezes mais ferrenha
E nisto nada mais possa e convenha
A quem esta esperança enfim desenha
Nas tramas onde vença a força bruta
E mesmo sem apoio não reluta
E vence a cada passo a velha luta,

E quando na verdade o tempo luta
E gera esta emoção tanto ferrenha
Enquanto o dia a dia ora reluta
O nada no final jamais convenha
A quem se deu e mesmo em força bruta
Uma esperança após teima e desenha,

A vida se desenha em tanta luta
E mesmo sendo bruta e tão ferrenha,
A paz que nos convenha, não reluta...





541

Não mais se imaginasse novo sonho
Envolto nas diversas ilusões
E quando se anunciam emoções
O tanto que desejo em paz componho
E o verso traz o tanto que proponho
E nisto venço rudes sensações,

Ousando ter nas mãos as sensações
Dos dias onde tanto agora sonho
E crer no quanto busco e mais proponho
Ainda quando sejam ilusões
Vagando sobre o todo que componho,
Tentando ter enfim tais emoções,

E o tempo se desenha em emoções
Que possam traduzir as sensações
Do tanto que desejo e mais componho,
E nada do momento enquanto o sonho
Moldasse na verdade as ilusões
Além deste azulejo que eu proponho,

Meu tempo se anuncia onde proponho
O quanto se desenha em emoções
Vestindo as mais diversas ilusões
E tanto quanto trague as sensações
Do manto recobrindo cada sonho,
E nisto mais um verso ora componho,

O mundo que deveras eu componho,
Expresse na verdade o que proponho,
Gerando neste instante o quanto sonho,
E veja as mais diversas emoções
No todo que pudesse em sensações
Traçar além das meras ilusões,

Meu mundo desenhando em ilusões
O vento que no encanto onde o componho
Tramasse as mais diversas sensações
Enquanto outro caminho ora proponho
E nele as mais diversas emoções
Que possam traduzir meu manso sonho,

E quando enfim, eu sonho; as ilusões,
Envoltas emoções tanto componho
E em paz ora proponho sensações...

542

Ainda guardo em mim nosso passado,
Sabendo que em verdade tanto tramas
Os olhos procurando em raras chamas
O sonho que deveras tanto invado,
Mergulho nos momentos onde clama
E sigo cada dia enamorado,

O tanto que se fez enamorado
O coração que vive do passado
E agora na verdade quando clama
Expressa em ousadia as várias tramas
E nisto mansamente agora invado
Enquanto com carinho tu me chamas,

E sinto que de fato quando chamas
Trazendo o peito claro e enamorado,
Vagando sobre os ermos que ora invado
Marcando cada dia do passado
Envolto tão somente por tais tramas
Portais desta esperança que ora me clama

E sinto que em verdade a luz já clama
E nisto com certeza raras chamas
Traçando no caminho além das tramas
O verso que se molde enamorado
Deixando o sofrimento no passado
Enquanto este caminho; em paz, invado,

O tanto que pudera e agora invado,
Marcando em primavera o quanto clama
E gero do que houvera no passado,
E disto se revivem tantas chamas,
As emoções de um sonho enamorado,
Vencendo com ternura tantas tramas,

E sei quando em verdade agora tramas
O tempo que deveras quando invado
Prenunciando o quanto enamorado
O coração expressa o que ora clama
E acende da emoção diversas chamas
Matando o quanto fora um vão passado,

E o tempo já passado em outras tramas
Agora que me chamas, eu invado
Futuro quando clama, enamorado,




543

Procuro algum descanso e na batalha
A vida se desnuda plenamente
E quanto mais se molda e tanto mente
O corte noutro tom além se espalha,
E a poesia trama enquanto atalha
Ousando ver o mundo que não sente

E sei do quanto possa e não mais sente
Quem tanto desejasse e assim batalha
Vencido pelo sonho aonde atalha
A luta sem sentido e plenamente
O verso que pudera agora espalha
Tomando já de assalto enquanto mente,

Meu mundo em decadência sempre mente
E traça o que pudera, mas não sente,
E segue seu caminho onde se espalha
E corta como fúria na batalha
Gerando este vazio plenamente
Aonde uma esperança em vão atalha,

E quando noutro passo a vida atalha
Tentando alguma sorte e já mente
O todo desejado plenamente
Expressa o quanto quer, porém não sente,
E o verso traduzindo o que batalha
Somente no vazio ora se espalha,

E quando a solidão tanto se espalha
Marcando com terror o quanto atalha
A fúria mais atroz, nesta batalha,
Entoa o que deveras sempre mente
E dita o dia a dia que não sente
Sabendo do vazio, plenamente,

E sinto que se molde plenamente
E nada do que possa agora espalha
Vagando sobre o quanto ora se sente
E mesmo quando o tempo em vão atalha
O passo que tentara sempre mente
E nega o que pudesse em tal batalha,

A vida já batalha plenamente
E gera o quanto mente e assim espalha
O passo quando atalha não se sente...

544

Não posso e nem tentara ser além
Do mundo mais atroz e nada pude
E quando esta saudade volta, vem,
O tempo tanto marca quanto ilude
E sei que na verdade sou ninguém
Apenas trovador amargo e rude,

E quando na verdade o tempo rude
Determinando a vida ou muito além
O prazo se transita e ora ninguém
Ainda se permite ao que já pude,
E sei do quanto amor agora ilude,
E o medo tão somente o que inda vem,

Meu tempo se perdendo e nada vem,
Embora tantas vezes seja rude
O canto de minha alma quando ilude
Expressa o que pudera e sigo além
Desejo acreditar no quanto eu pude
Embora no final seja ninguém,

O tanto desenhasse este ninguém
Que a vida preparara e quando vem
Traduz o meu anseio e nele pude
Viver este caminho tosco e rude
Ainda que tentasse ir mais além,
A vida nos maltrata enquanto ilude,

O verso que deveras nos ilude
O pranto derramado e mais ninguém
O canto desejado segue além
E o mundo sem sentido ainda vem
Enquanto prosseguindo amargo e rude
O tempo de sonhar; jamais eu pude,

E sei do que em verdade tanto pude
E nisto o caminhar que agora ilude
Marcasse o dia a dia bem mais rude,
E nele o que se veja diz ninguém
Trazendo o que deveras quando vem
Expressa outro caminho, bem além,

E sei que mesmo além, jamais eu pude,
Traçar o quanto vem e tanto ilude
Tornando ser ninguém muito mais rude...





545

Meu passo ao invadir o teu quintal
Ainda sendo noite ou mesmo dia,
A luta se transforma bem ou mal.
E o mundo redundasse em fantasia
O quanto se quarasse no varal
Ao menos esperança me traria,

E vendo o que em verdade me traria
Pulando qualquer cerca em teu quintal
Ousando ver as roupas no varal
Do sonho que se mostre a cada dia
No todo quanto possa e fantasia
Um dia que já fora menos mal,

O manto se traduz e deste mal,
O peso de uma vida não traria
Sequer o quanto possa em fantasia
Grassando sobre a relva no quintal
E vendo o quanto tente dia a dia
O vento balançasse este varal,

Estendo uma alegria no varal
E vejo o quanto possa e sigo mal
Tentando compreender um novo dia,
A vida no final já não traria
Sequer a menor sombra no quintal
Matando em nascedouro a fantasia,

Meu mundo quando pode fantasia
E gera o que se faça no varal
Dos sonhos espalhando no quintal
Sementes da ilusão e sei do mal
Que possa traduzir o que traria
O tempo sem remédio em rude dia,

E tanto quanto possa neste dia,
O sonho feito em luz e fantasia
No fundo uma saudade me traria,
E sinto pendurada no varal,
A sorte desejada e bem ou mal,
Regasse com as lágrimas, quintal,

O quanto do quintal a cada dia,
Enquanto tanto mal se fantasia
O sol que no varal a paz traria,

546

O mundo aonde o quis e se fizera
Além de meramente um tempo audaz,
O quanto da esperança a vida traz
E deixa para trás a rude fera
E nisto uma palavra, se é sincera,
Uma alma mais amiga; satisfaz,

O quanto deste sonho satisfaz
Quem possa traduzir o que fizera
Gerando a sorte rara e mais sincera
Num passo veramente mais audaz,
E o quanto se desenha além da fera
Expressa o quanto o amor cedo nos traz,

E sei deste caminho aonde traz
A sorte que deveras satisfaz
Quem tanto se moldara além da fera,
Ousando em cada sonho que fizera
Da vida este momento tão audaz
Usando da esperança além, sincera,

E o quanto se mostrasse na sincera
Verdade quando a vida em paz nos traz
O canto que pudera ser audaz
E nisto tão somente satisfaz,
Gerando o que se pensa e se fizera
Matando desde início a rude fera,

A luta muitas vezes bem mais fera
Que tudo que imaginas, mas sincera,
Expressa toda a sorte que fizera
O vento tão atroz que a luta traz
Marcando o que deveras satisfaz
Num ato tão suave quanto audaz,

E sei do que pudera sendo audaz,
E mesmo que encontrasse a sorte fera,
O tempo noutro instante satisfaz
E torna a minha vida mais sincera
E o quanto se deseja sempre traz
Além do que este sonho antes fizera,

O quanto já fizera em passo audaz,
O tanto agora traz a rude fera,
Que só por ser sincera, satisfaz...

547
O tempo não traria outra verdade
Tampouco o quanto possa imaginar
O vento quando chega e vem e invade
O tempo desenhando este luar
E a vida bebe toda a claridade
E sei que sou feliz por tanto amar.

O mundo que ensinara o bem amar
Marcando com ternura esta verdade
Encontra na sobeja claridade
O todo que pudera imaginar
Vagando sob os raios do luar
Enquanto o grande sonho em paz invade,

O verso que decerto ora me invade
Traduz a maravilha em bem amar
E o quanto se desenha em tal luar
A vida trama em si tanta verdade
Que possa me mostrar e imaginar
O quanto resplandeça em claridade

E tanto se tentasse a claridade
Que nada mais ousasse enquanto invade
Tocando o que pudesse imaginar
E o sonho desvendando o tanto amar
Que possa no trazer rara verdade
Nas tramas que se embrenham no luar,

E bebo cada raio de um luar
Que pude noutro tanto em claridade
Vagar e traduzir toda a verdade
E nela cada passo agora invade
O muito que desejo em paz amar
E possa muito além imaginar

O todo se permite imaginar
Enveredando sob este luar
A rara maravilha de te amar
E nisto se deseja a claridade
Que aos poucos sem limites já me invade
E trama o quanto traz esta verdade,

E sei que na verdade imaginar
Enquanto nos invade este luar
Permita em claridade enfim te amar...

548

Ouvisse da esperança algum lamento
E tendo no final o nada enfim,
O quanto se desenha num motim
Eclode quantas vezes busco e tento,
Ousando muito além do sentimento,
O mundo desenhado chega ao fim,

E quando se aproxima deste fim,
O tanto que pudera e até lamento,
Marcasse com ternura o sentimento
E todo o quanto busco dita enfim
O verso que tramasse e sei que tento
Atento navegar já sem motim,

A vida preparasse outro motim,
O mundo de tal forma neste fim,
Encontra na verdade o que mais tento,
E sei do meu anseio em tal lamento
E quando outro caminho eu vejo enfim,
Envolvo nos meus olhos, sentimento,

O tanto que trouxera em sentimento
O verso quando a vida traz motim,
Expressa na verdade o quanto enfim
Tramasse sem temores, desde o fim,
E vendo o que restara num lamento,
Ao menos redenção eu busco, tento,

Procuro a solidão e nisto eu tento
Vencer o quanto pude em sentimento
Arcando com a dor deste lamento
E mesmo que inda veja algum motim,
O tempo se anuncia e chega ao fim
Deixando para trás o medo, enfim,

E tanto que se fez e sendo enfim
A vida o que deveras sempre tento,
O passo se resume neste fim,
E nele vejo pleno sentimento,
Marcando o que pudesse ser motim,
Negando o quanto trame este lamento

E sei que ora lamento e trago enfim,
O amor que num motim, decerto eu tento,
No imenso sentimento, início e fim.




549
Navego pelas tramas do infinito
E busco tão somente alguma estrela
Que possa com certeza ter no olhar
O brilho que remeta à fantasia
Ousando na verdade além do rito
Viver o quanto possa a cada passo,

E sei que na verdade o quanto passo
Expressaria o sonho no infinito,
E o mundo que desenha o raro rito
Mostrasse no caminho cada estrela
E sinto o quanto veja em fantasia
A sorte desenhada em teu olhar.

E no horizonte brilha o belo olhar
E dita as raras teias onde passo
Vivendo tão somente a fantasia
Que possa me levar ao infinito,
E nesta maravilha rara estrela
Expressa da emoção mais claro rito,

O todo se desenha em manso rito
E o peso de uma vida a cada olhar
Expressaria o quanto nesta estrela
Marcasse em esplendores o meu passo,
E toda esta expressão gera infinito
Anseio que pudesse em fantasia

Uma alma enamorada fantasia
O quanto se aproxima em belo rito
E vendo o que se creia no infinito
Agora se desenha em teu olhar
O todo que ultrapasse cada passo
E gere no final a bela estrela

A vida trama em sonhos esta estrela
Que possa num instante, fantasia,
Vagar e ter nas mãos ou noutro passo,
Viver em emoção supremo rito
E nisto repousando em meu olhar,
O sonho que se espalha no infinito,

O quanto do infinito dita a estrela
Que possa num olhar, a fantasia,
Do amor quando num rito dita o passo,

550

Jamais se perderia um só segundo
Vagando entre os tormentos que talvez
Por mera insensatez agora vês
Vagando sem destino em rude mundo,
O peso se mostrara em altivez,
Porém meu coração é vagabundo,

O sonho sem limites, vagabundo,
Tentara na verdade este segundo
E o passo sonegado em altivez
Ditando tão somente o que talvez
Jamais se imaginasse neste mundo
E dita o quanto possa e não mais vês,

O risco se aproxima e quando vês
Encontras o destino vagabundo
De quem se imaginasse noutro mundo
E sabe que não vale um só segundo
O tanto que se dita num talvez
Ou mesmo renegasse esta altivez,

O vento se espalhando em altivez
O encanto que deveras sei que vês
E o nada se desenha no talvez,
A luta de quem sabe, vagabundo,
Tentando no que possa num segundo
Trazer em suas mãos inteiro o mundo,

E quando se moldasse novo mundo,
O canto se presume em altivez
E o verso se perdera num segundo
Enquanto na verdade nada vês
Senão a solidão de um vagabundo
Quem sabe uma alegria, ou dor, talvez...

O todo noutro instante, diz talvez,
E o passo se aproxima neste mundo
Do canto mais audaz de um vagabundo
Que possa desenhar em altivez
O que deveras sabes quando vês
E nisto não se perde um só segundo,

A vida num segundo, sem talvez,
Expressa o quanto vês, e sei do mundo,
Que marca em altivez, tão vagabundo...


551
O marco de uma vida sem sentido
O tempo desenhando a solidão
E o verso se tramasse e quando ouvido
Meu canto se perdesse em multidão
A vida traz o tanto que duvido,
Causando a mais diversa divisão

E sinto o que se trame em divisão
No quanto este momento foi sentido
E vivo sem saber quando duvido
Do encanto mais cruel da solidão
E nada do que possa a multidão
Tocasse mansamente cada ouvido,

O quanto desejara ser ouvido
E o tanto que se traz em divisão
Expressa além da imensa multidão
O mundo sem saber sequer sentido,
Meu passo noutro engano, a solidão,
Encontra o quanto quero, mas duvido,

Sabendo que em verdade ora duvido
Do tanto que pudesse ter ouvido
E sendo tão diversa a solidão,
Meu tempo se mostra em divisão
E nisto o quanto possa sem sentido
Explode em plenitude, em multidão,

Ainda quando veja a multidão,
Marcando com o passo que duvido,
O vento noutro sonho em vão sentido
Encontra o que pudera ser ouvido
Nas tramas desta rude divisão
Que molde no final a solidão,

E sei que penetrando a solidão,
O passo se produz na multidão
Marcando com terror tal divisão,
E nisso o que pudesse e até duvido
Expressa o quanto fora outrora ouvido
E sei que pelo menos faz sentido,

O todo se sentido em solidão,
Tocando em cada ouvido a multidão,
Expressa o que duvido: divisão...

552

Um dia a mais na vida de quem sabe
Vencer os descaminhos mais vorazes
E nisto a vida mostra suas fases
E as garras onde o todo já desabe
E quanto mais precoce o mundo acabe
Maiores os tormentos tão mordazes

E sei dos meus anseios que mordazes
Ditando o que deveras nada sabe
E nisto todo o tempo agora acabe
E marque com angústias vãos vorazes
E toda esta ilusão ora desabe
Matando sem temor as tantas fases,

O corte na raiz impede as fases
E sinto os teus anseios que mordazes
Ditassem o que agora já desabe
E nisto muito pouco ora se sabe
Dos sonhos que pudessem tão vorazes,
Ainda que meu mundo enfim se acabe,

O tanto que pudera e cedo acabe
No canto mais atroz em ledas fases,
Marcando com terror dias vorazes
E neles passos rudes e mordazes,
Gerando o que deveras não se sabe
E deixa quando o todo em nós desabe,

Tentando prosseguir quando desabe
Ou mesmo esta expressão agora acabe
E enfim matando o sonho que se sabe
Vencesse no caminho tantas fases
E nelas entre dias mais mordazes
Vivesse este momentos tão vorazes,

Os olhos na verdade são vorazes
E bebem do que possa e já desabe
No encanto que decerto entre mordazes
Momentos ditam tudo que se acabe
E nisto a vida negue suas fases
Enquanto a solidão de nada sabe.

E o quanto ora se sabe em tais vorazes
Momentos- ledas fases- luz desabe;
Bem quando amor acabe em tons mordazes.


553

Deitando os raios belos, argentinos,
Imensa em plenilúnio, a deusa nua,
Espalha sobre a Terra esta beleza
E sobre o imenso palco, um espetáculo,
Seguindo cada rastro que ela deixa,
Enamorado eu sonho, um trovador,

E quando o coração do trovador
No olhar bebendo os lumes argentinos,
E nisto uma esperança traz a deixa
E a dama se mostrando, intensa e nua,
Expressa a maravilha no espetáculo
Derrama sobre nós farta beleza,

O quanto se anuncia em tal beleza,
Encanta o seresteiro, o trovador,
Rendido ao que se mostra em espetáculo
Envolto pelos sonhos argentinos,
Percorre a madrugada imensa e nua
E a imagem desta sílfide não deixa,

Ao pontear viola, esta alma deixa,
Embora tanto frio, uma beleza,
Envolta neste julho, a lua nua,
Envolve com abraços, trovador,
E toca com seus dedos argentinos
Grassando sobre a vida este espetáculo,

Rendido ao mais feliz, raro espetáculo,
O coração enleva e o sonho deixa
Que a vida se permita aos argentinos
Anseios que enlevando o trovador
Tocado pelas mãos desta beleza.
Espalha esta nobreza audaz e nua,

A deusa enamora bela e nua,
Expressa em raro brilho este espetáculo,
E o coração de um pobre trovador
Envolto pelos sonhos já não deixa
Tocado tão somente em tal beleza
De sonho e louvores argentinos...

Clamando em argentinos brilhos, nua,
Reinando tal beleza em espetáculo,
Deidade não mais deixa, o trovador...

554

Jamais o que se possa ter em mente
Produza o resultado quando queira
Vencer o dia a dia de tal forma
E nisto uma emoção além se veja
Gerando o que pudera sem defesas
Traçando o quanto queira sem certezas,

A vida traz em si poucas certezas
E o quanto se deseja toma a mente
Deixando o dia a dia e das defesas
O todo na verdade não se queira,
E sei quando pudesse quando veja
O tempo se moldando desta forma,

O mar que nos meus ermos, já se forma,
Em lágrimas banhando estas certezas
E delas tão somente o que se veja
Tomando toda a paz de nossa mente
Expressa muito além do que ora queira
Quem sabe dos meus sonhos, as defesas,

Ousasse penetrar tantas defesas
E crer no quanto a vida além não forma
Bebendo cada sonho quando o queira,
E nisto se vencendo tais certezas
Encontro o descaminho em cada mente
E nada do que busque ainda veja,

Tentando acreditar enquanto veja
O mundo que se mostre sem defesas
Ainda quando vivo em minha mente.
Transforma o coração em leda forma
E nisto se anunciam as certezas
Que tanto uma alma livre também queira,

A sorte dita o quanto tanto queira
E mostra o que a incerteza agora veja
E sei quando tramasse outras certezas
A farsa que moldasse nas defesas
Do todo que deveras já se forma,
Rondando e penetrando nossa mente,

O quanto em cada mente já se queira
No sonho que se forma também veja
Usando por defesas, tais certezas...






555




O quanto deste encanto se aproxima
E toma mansamente a minha casa,
Rondando cada sonho e se trazendo
Um passo para além das cercanias
E vejo em teu olhar o quanto quis
Da vida se trazendo em harmonia

E sinto a todo instante esta harmonia
Que tanto quanto possa me aproxima
Gerando na verdade o que mais quis
E vivo tão somente a imensa casa
Dos sonhos onde possa em cercanias
A eternidade em luzes já trazendo,

O verso se anuncia me trazendo
O todo desejado em harmonia
E vejo assim rondando em cercanias
O sonho que de fato se aproxima
Marcando com ternura a minha casa
E nisto molda além do quanto quis.

O sonho que em verdade tanto quis
O mundo se moldando e me trazendo
O todo que se possa em cada casa
Gerando o meu caminho em harmonia
E nesta imensidão que se aproxima
Ousasse muito além das cercanias,

E quando se presumem cercanias
Dos passos onde o sonho também quis
O verso pouco a pouco se aproxima
E gera o quanto tento me trazendo
O mundo mais sublime em harmonia
Qual fora da esperança, a sua casa,

E quantas vezes entro nesta casa
Ou mesmo nos caminhos, cercanias,
O todo se desenha em harmonia
E vejo com certeza o quanto eu quis
Envolto na esperança e me trazendo
O tanto que de fato se aproxima,

O quanto se aproxima desta casa,
O sonho me trazendo em cercanias
O quanto mais eu quis, em harmonia.

556


Não quero simplesmente o que se faça
Depois de cada engodo vida afora,
O tempo na verdade quando trama
Eclode no que pude perceber
Vagando sem sentido em luta atroz
Ousando noutro instante ser diverso,

E quando mergulhasse em mar diverso
Do todo que deveras tanto faça
A vida se perdendo mesmo atroz
E o vento me levando mar afora,
O corte na verdade a perceber
Eclode no que possa em rude trama,

Acendo na emoção a alma que trama
E bebe da esperança em tom diverso,
E quando se anuncia o perceber
Ousando acreditar no quanto faça
Cenário que se vendo vida afora
O todo não permite tão atroz,

E o passo quando muito mais atroz
Vergando sobre as costas dita a trama
E marca o quanto eu pude vida afora
No tanto que sem nexo e tão diverso
Expressa muito além do que se faça
E dita o quanto pude perceber

A vida que se dera a perceber
O mundo que pudesse ser atroz
E nada do que vejo agora faça
A luta sem sentido que ora trama
Encontra este caminho mais diverso
E segue sem sentido vida afora,

O tanto quanto possa mundo afora
Expressaria o fim e ao perceber
O tanto que se mostre mais diverso
Num tempo tão suave quanto atroz
Marcando o que em verdade sei que trama
Ousando quando a sorte em vão se faça.

O tempo que se faça mundo afora,
O verso que inda trama ao perceber
O mundo sendo atroz é tão diverso.





557

Já nada mais tentasse quando um dia
Vencido pelas tramas do que fosse
A vida sem sentido ou sem razão
Marcada e tatuada pelo fogo
Dos olhos de quem tanto desejei
E agora noutro instante já perdi

O mundo que decerto ora perdi,
O todo se anuncia em novo dia
E o sonho quando muito o desejei
Ainda que em verdade sempre fosse
Tomado pelas ânsias deste fogo
Grassando sem limites a razão,

A via se expressando na razão
De quem por vezes traça o que perdi
Encontra o quanto possa em fúria e fogo
E nisso renovando a cada dia
O tempo mesmo quando além já fosse
Tramando o que tanto desejei,

E o verso que decerto desejei
Nos ermos mais audazes da razão
Enfrentam o caminho aonde fosse
O passo mais suave que perdi,
E nisto o que pudera noutro dia,
Encontro destruído pelo fogo,

Teus olhos num instante feito em fogo
O prazo determina e desejei
O tanto que pudesse noutro dia
E sei que sem motivo e sem razão,
Apenas o caminho ora perdi,
E nele nada mais soubesse ou fosse.

Meu mundo quantas vezes sei que fosse
Apenas o que trama neste fogo
O verso que deveras já perdi,
Tão longe do que outrora desejei
Marcando minha história sem razão
Deixando em sofrimento o novo dia,

E sei que a cada dia o quanto fosse
Mostrasse sem razão imenso fogo,
E o quanto desejei eu já perdi...

558


Não quero ser apenas o que sonha,
Vagando pelas noites invernais,
E nem sentindo o sonho me roçando
Vivendo da esperança que se tenta
Vencendo os descaminhos sem jamais
Ousar noutra vertente em medo e paz.

O quanto do caminho negue a paz
O verso que deveras dita e sonha,
Marcando o quanto sente sem jamais
Traçar momentos rudes e invernais
No quanto se presume e ora se tenta
Sentir esta esperança me roçando,

O tanto que se molde ora roçando
O sonho de uma luta ou mesmo a paz,
E nisto o que pudesse e agora tenta
A vida sem sentido e sei que sonha
Vencendo os erros tantos, invernais,
Tocando o quanto fora, sem jamais.

Meu tempo traduzido no jamais
E a morte mansamente me roçando,
Pousando nos anseios invernais
Marcando em sortilégio a minha paz
O tanto que se queira também sonha
E nada da emoção a vida tenta,

E sei do que pudesse e já se tenta
No canto desenhado no jamais
O rumo que se perde e além já sonha
Uma alma tantas vezes me roçando
Numa expressão que roube a minha paz
Enfrenta desafetos invernais

E sei dos meus momentos invernais
No quanto se pudesse e sei que tenta
Esta alma no caminho sem ter paz
Vagando sem saber sequer jamais
O quanto poderia já roçando
O todo que deseja e mesmo sonha,

E quando já se sonha em invernais
Anseios, vou roçando o que se tenta,
Gerindo sem jamais saber a paz.





559

Não mais que meramente a vida trouxe
Um dia quando vejo sem temores,
E sei da solidão em tais anseios
Marcados pela sorte tão ingrata
E quando esta emoção regendo o passo
Não tento caminhar, apenas resto.

O vento se desenha neste resto
Que um dia sem sentido o tempo trouxe
E sei do quanto possa noutro passo
Viver e crer na sorte e seus temores,
Ainda quando a luta fosse ingrata
Teria com certeza meus anseios,

A senda resumindo tais anseios
No todo que pudera e nisto o resto
Traçando esta vereda mais ingrata
E nela o que pudera e já se trouxe
Fazendo do infinito, seus temores,
Contendo com firmeza o velho passo,

E quando no final, somente passo,
Encontro a solidão e seus anseios
Ousando muito além dos meus temores
Vagando sem cansaço sou o resto
E nada mais pudera enquanto trouxe
A solidão em forma atroz e ingrata,

A luta se moldara mais ingrata
E o verso se traçasse quando passo
Marcando com ternura o que se trouxe
Tentando superar velhos anseios
E crer que na verdade além do resto
Pudesse ter a sorte sem temores,

Porém ao perceber quantos temores
A vida nos traria sendo ingrata,
Meu canto se anuncia como um resto
E nisto rodeando ledos passos,
Encontro tão somente meus anseios
E neles o que o sonho jamais trouxe,

A sorte quando trouxe seus temores
Marcando com anseios, tão ingrata,
Deixara cada passo sendo o resto.

560

Não quero acreditar nesta verdade
Que dizes e procuras macular
O sonho de quem busca noutro instante
A sorte mais diversa a se moldar,
Não perco minha luta, sigo em frente,
E o prazo noutro tom possa viver,

O quanto desejara ora viver,
E sinto já soprar esta verdade
Que possa traduzir o quanto à frente
O mundo se permite macular
Gerando o quanto tento ora moldar,
Grassando pouco a pouco, num instante,

E sei do quanto possa neste instante
Sentir a maravilha de viver
E quando tu vieste macular
Meu sonho sem temor a se moldar
Traria o sentimento da verdade
Que possa prosseguir e sempre em frente,

O tanto que deveras veja à frente
Do passo mais audaz em novo instante
E nada possa mesmo macular
Quem sabe a maravilha de viver
E nisto se desenha esta verdade
Que tente a cada passo ora moldar,

A vida se permite então moldar
O verso que desenhe e siga em frente
Marcando o que pudera na verdade
Deixando para trás o rude instante
E nada do que tente ora viver
Expresse o que pudera macular,

Meu tempo noutro tempo a macular
As tramas do que tento ora moldar
Tocando cada forma do viver
E nisto o que pudera sempre em frente
Grassasse este infinito num instante
E trame cada passo em tal verdade,

A vida na verdade, ao macular,
Meu sonho num instante; vem moldar,
E tentando ir em frente, ora viver...





561

Não mais se aproximasse de meus passos
Os dias que busquei e não soubera
Da velha sensação que nos tomando
Bebesse cada gota deste sangue,
Expondo o dia a dia noutra farsa,
O medo na verdade sempre esgarça.

O quanto deste todo a vida esgarça
Marcando com terror os tantos passos,
E nisto o que pudera além da farsa
O mundo com certeza não soubera
E sei do quanto perco em sonho e sangue
Na rude sensação tudo tomando,

O canto se anuncia e já tomando
O todo sem saber o quanto esgarça
Gerando o meu anseio em fel e sangue
E tanto que pudera noutros passos
Vencido caminheiro não soubera
Sequer do que pudera cada farsa,

O sonho não seria mera farsa?
Respostas que esperança vai tomando
E traça aonde o todo não soubera
Vagando quando a sorte enfim esgarça
E marca com rudeza mansos passos
E trama uma existência em fogo e sangue,

A luta se desenha e perco o sangue
Jorrado sobre o solo feito em farsa
E o tempo sonegando velhos passos,
Ainda cada instante me tomando,
A sorte sem sentido o tempo esgarça
Deixando para trás o que soubera.

O todo que deveras não soubera
O mundo se esvaindo em pus e sangue
O corte que decerto agora esgarça
Ainda que se molde a velha farsa
Aos poucos toda a cena vai tomando
E traça no vazio velhos passos,

E quanto nos meus passos eu soubera
Do todo me tomando, sonho e sangue
A luta em rude farsa, tudo esgarça...

562

Não quero acreditar no que de fato
A vida trama e molda sem sentido
O verso noutro passo, resumido,
O canto se mostrando em desacato,
E o peso deste sonho que constato
Expressa o quanto quero e mais duvido,

Ousando imaginar quanto duvido
Do todo noutro engodo, ledo fato,
O prazo se transforma e assim constato,
O tempo que pudera ter sentido,
O sonho quando muito em desacato
É como este universo, resumido.

Meu tempo no vazio resumido
E o canto que se mostre e não duvido,
Produzem na expressão de um desacato
O todo que resume cada fato
E nisto se presume algum sentido,
Enquanto o meu vazio em ti constato,

O canto que deveras não constato,
O sonho que pudesse resumido,
O verso sem juízo e sem sentido,
O quanto deste amor ora duvido,
E o tanto anunciado noutro fato
Expressa o que ora em vão eu desacato,

Meu mundo se tornando em desacato
O todo que tentara e não constato
Marcando com as garras cada fato
E nisto o que pudera resumido
Num tempo quando agora já duvido
Do mundo que não faça algum sentido,

O quanto poderia ser sentido
E tanto desenhasse o desacato,
Grassando sobre o tanto que duvido,
E quando no final vejo e constato
O tanto que tentasse resumido,
O sonho se perdera em rude fato,

O tempo que de fato faz sentido,
O mundo resumido, desacato,
E vejo onde constato, o que duvido...

563
Meu tempo sem ter tempo se anuncia
E vaga em contratempos tão comuns,
Os erros que acumulo a cada instante
E sei do quanto possa navegar
Tramando o dia a dia enquanto possa
Gerar o meu momento mais feliz

Sabendo quanto possa ser feliz
Quem sonha e seu caminho ora anuncia
Vagando no que tanto tente e possa
Vencer os erros todos, tão comuns
E nisto o que pudesse navegar
Resume num momento a cada instante,

O verso se traduz e num instante
O mundo em minhas mãos me faz feliz
E sei do quanto pude navegar
Tentando cada passo que anuncia
A sorte mais audaz em mais comuns
Anseios onde o todo queira e possa,

A luta que deveras tanto possa
Expressa esta vontade noutro instante
Deixando tais momentos tão comuns
Nas marcas do que dita o ser feliz
E gera o quanto possa e se anuncia
No tanto que desejo navegar

Meu mundo neste instante navegar
E ter o quanto pude e sei que possa
Tramando o que decerto se anuncia
E gera o quanto tente noutro instante
Vagando aonde queira ser feliz
E nisto dias rudes são comuns,

Vencer os erros fartos e comuns,
Tentando no infinito navegar,
E quando se deseja ser feliz,
O mundo que teimara e mesmo possa
Vencer a solidão a cada instante
Gerando o que pudera e se anuncia,

A sorte se anuncia em tons comuns,
Mas muda a cada instante, o navegar,
Grassando aonde possa ser feliz.

564
Não vejo solução tampouco a quero,
Apenas se desenha o meu caminho
Nas sortes de quem busque adivinhar
A direção dos ventos, das correntes.
E sinto este naufrágio bem mais perto,
E no horizonte o mar vira um deserto,

E quando esta esperança ora deserto,
E tanto quanto tento busco e quero,
Vagando sem sentido o quanto é perto,
Tramando com ternura outro caminho,
Ousando no romper destas correntes
Tentando novo rumo adivinhar,

E sei do quanto pude adivinhar,
E sigo sem sentir o que deserto
Atando nossos sonhos, tais correntes,
Ainda demonstrando o quanto quero
E sei que na verdade o meu caminho
Agora se percebe bem mais perto,

O mundo que tentara e se faz perto,
O verso quando o possa adivinhar
E nada mais se mostre no caminho
Trazendo o quanto busco num deserto
E marque o que eu anseio, teimo e quero,
Rompendo do passado tais correntes,

E sei que na verdade estas correntes
Encontram o que siga e veja perto
Tocando na verdade o que mais quero
E sei do que pudera adivinhar
E tanto se deseja e no deserto
Meu sonho se perdera em vão caminho,

E quando em noite imensa ora caminho
Enfrentando tempestas e correntes
Os olhos procurando no deserto
O mundo que perceba bem mais perto,
E nisto o quanto tente adivinhar
Expressa o que em verdade tanto quero,

O sonho aonde eu quero o meu caminho,
Pudesse adivinhar entre as correntes
O quanto tenho perto, o vão deserto...





565

Ainda quando vejo tatuada
Nesta alma sonhadora esta esperança
Que sei não cicatriza nunca mais
A chaga exposta em luta insaciável
No canto mais audaz que me atormenta
Vivendo a cada dia novo engano,

E sei que na verdade se me engano
A sorte tantas vezes tatuada
Gerando o que pudesse e me atormenta
Negando qualquer forma de esperança
Tragasse este caminho insaciável
Ditando tão somente mais e mais,

O verso que desejo traz a mais
Um sortilégio feito em rude engano,
E sei deste momento insaciável
E nele esta saudade tatuada
Revela este vazio na esperança
Que tanto no final já me atormenta,

A vida por si só tanto atormenta
E molda o que pudera e muito mais
Marcando a ferro e fogo uma esperança
E tento superar o duro engano
Quisera ter nesta alma tatuada
A sorte sem limite, insaciável,

A vida em avidez e insaciável
Ao perceber enfim esta tormenta
Eclode num instante e sei do engano
A força traz a luta tatuada
Nas tramas do que possa e sei bem mais
Vagando no caminho da esperança,

Meu mundo renovando uma esperança
Expressa esta vontade insaciável
Do tempo que se mostre e se me engano
Vivendo o que deveras me atormenta
Não quero nem pudera nunca mais,
Sentir esta vontade, tatuada,

A sorte tatuada em esperança
O mundo sendo a mais, insaciável,
Somente me atormenta em tosco engano.

566

Meu canto se negando à própria sorte
O vento resumindo este vazio
Enquanto mesmo tento e desafio
O barco naufragando vai sem leme,
Meu mundo se anuncia no final
E o canto se mostrara mais agudo,

O tanto quanto possa em tom agudo
Gerando com certeza a minha sorte
E nisto o que pudera no final
Traduza o dia a dia em tal vazio,
Deixando minha vida ora sem leme
E nisto o quanto veja e desafio,

O mundo se anuncia em desafio,
Vagando aonde o todo fora agudo
E sei do quanto veja e perco o leme
Meu mundo se deixasse à própria sorte
E nada do que possa diz vazio
Deixando qualquer sonho no final,

O canto se transcende e meu final
Expressa o que pudera e desafio,
E nisto o quanto trame este vazio
Moldando outro caminho mais agudo
E quando se anuncia em rara sorte
Meu barco sem timão, ausente leme,

E o tanto quanto possa dita o leme
E sei deste momento num final
Diverso do que possa em rude sorte
E traça o que buscara em desafio,
E sinto o quanto vejo mais agudo
O todo noutro instante, ora vazio.

O mundo se mostrara mais vazio,
E o mundo que não sabe mais seu leme
Naufraga enquanto o corte fosse agudo,
E tanto se anuncia no final
O canto que se faz em desafio,
Gerindo com angústia esta má sorte,

A vida à própria sorte em tal vazio
Expressa o desafio e busca um leme,
Tocando no final um traço agudo.







567

O tanto que se faça após a queda
O tempo se anuncia num instante
E vejo o quanto tente noutra face
Marcando com furor a fantasia,
Meu verso no final já não me trouxe
A paz que desejava e não tivera

O todo que deveras eu tivera
Desenha simplesmente a mesma queda
E o tanto na verdade não se trouxe
Gerando o meu anseio noutro instante
E sei do que pudesse a fantasia
Oferecendo à vida esta outra face,

O tanto se desenha em rude face
E nela se presume e não tivera
Sequer o quanto quero e a fantasia
Sonega e preparando nova queda
Espalha todo o sonho num instante
E gera o que se busque e ninguém trouxe

O tanto que a verdade enfim nos trouxe
O passo sem sentido, a velha face,
As cãs tomam meu mundo num instante
E sei do quanto possa e não tivera
E nisto se desenha a rude queda
Marcada pela rude fantasia,

O verso que deveras fantasia
Uma alma sem saber do quanto trouxe
E nisto outro cenário dita a queda
E nada mais moldasse além da face
Atroz que quando em sonhos mal tivera
O todo se transforma neste instante

Meu passo no que possa num instante
Adentra o que buscasse em fantasia,
E vendo o quanto a vida não tivera
Espera simplesmente o que se trouxe,
E vejo na verdade a velha face
Exposta sem sentido à torpe queda,

E mesmo após a queda noutro instante
O verso dita a face em fantasia
O sonho que se trouxe, não tivera...

568

Um dia se anuncia após a farta
Loucura feita em guerra, e busco a paz,
O medo se desenha sem sentido
O corte aprofundado noutro espaço
E o verso se deseja mesmo lasso,
Enlaço o teu caminho em claridade,

E sei do quanto possa em claridade
Vagar onde a verdade fosse farta,
E nisto o que pudesse tanto lasso,
Deixara simplesmente ausente paz,
O prazo declinando e sem espaço
Agora já perdera o seu sentido,

O mundo que pudesse ser sentido
Nas ânsias de quem quer a claridade
Sabendo o caminheiro sem espaço
A solidão imensa, angústia farta,
Negando o que pudera ter em paz
Num mundo que se fez deveras lasso,

O tempo sem saber do quanto é lasso
A trama que angustia e sem sentido
Ousando penetrar em plena paz
E tendo o que se mostre em claridade
Presume o que pudera em noite farta
E nisto se procura algum espaço,

Meu mundo se anuncia e sem espaço
O verso se traduz em sonho lasso,
Do quanto se deseja em sorte farta
E o tempo que não faça mais sentido,
Encontra no final vã claridade,
Que negue em realidade a vida em paz,

Quisera ter nos olhos tanta paz,
E sei que na verdade sem espaço
Meu mundo se renega em claridade
E morre noutro tempo amargo e lasso,
Vivendo o que pudera ter sentido,
Encontro a solidão que sei tão farta,

A lavra fosse farta e nesta paz
O quanto num sentido sem espaço
Traduz no olhar mais lasso, a claridade...





569

Ausente do que possa me trazer
Um sonho mais audaz em noite imensa,
A vida sem sentido não percebe
O quanto ora precede a solidão,
E o verso se desenha noutro engodo,
Vagando sem sentido neste engano,

O mundo se mostrara e se me engano
O mundo poderia me trazer
O tanto que se mostre em raro engodo
E a sorte quando a busco, assim, imensa,
O tempo noutro rumo em solidão
A sombra do que fomos mal percebe,

O canto que deveras se percebe
Na essência de uma vida em turvo engano
Desnuda sem sentido a solidão,
E marco com os passos o trazer
De um sonho aonde seja a sorte imensa
O quanto gere enfim o rude engodo

Meu passo se desdenha num engodo
E o tanto que procuro não percebe
A vida que deveras fora imensa
E sei quando em verdade dita engano
Marcando o que pudera te trazer
Nas tramas desta rude solidão,

O todo se anuncia em solidão
E o verso muitas vezes num engodo,
Tentasse outro caminho me trazer
Diverso do que agora se percebe
E gera o sentimento onde me engano
E vivo esta ilusão em dor imensa,

A luta não descansa, sendo imensa,
E o tempo resumindo em solidão
O farto que deveras tanto engano
Marcando com furores meu engodo
E nisto este caminho se percebe
E tento em plena paz, o amor trazer,

O quanto a me trazer em luta imensa
A vida não percebe; solidão,
E forjo novo engodo, velho engano,

570

Nas tantas ilusões que a vida traz
O prazo determina o fim do sonho,
E sei da solidão e nada vejo
Senão a mesma fúria do passado
Rondando a minha senda, em fortaleza,
Matando qualquer sonho, frágil presa,

Enquanto se fizera desta presa
O todo que em certeza a sorte traz
O mundo ultrapassando a fortaleza
Ditando o quanto possa e já não sonho,
Marcara cada fase do passado
Enquanto sem futuro algum me vejo.

O mundo que desejo e não mais vejo,
O corte na raiz traçando a presa
Que exposta nestas tramas do passado,
Moldasse o que em verdade já se traz
No engano onde apenas busco e sonho,
Tentando acreditar na fortaleza,

O mar ao invadir a fortaleza
Não deixa que se sinta o quanto vejo
E bebo desta sorte quando sonho,
E tento no final não ser a presa
Que tanto quanto a sorte a morte traz
Deixando uma esperança no passado,

O verso que pudesse em meu passado
Traçar noutro momento a fortaleza
Que possa superar e já se traz
Nas ânsias quando apenas busco e vejo
O todo superando a velha presa
Reinando sem descanso sobre o sonho,

E quando não pudera mais e sonho,
Tentando reviver o meu passado,
O quanto se fizera outrora presa
Já não suporta mais a fortaleza
E bebe cada gole quando eu vejo
Da morte que esperança agora traz,

A vida já não traz o quanto sonho,
E sinto e também vejo o que o passado
Traçado em fortaleza me fez presa...





571

Jamais se imaginasse qualquer tom
Diverso deste sonho que alimento
E sei que na verdade este tormento
Encontra na esperança um lenitivo
E sinto que mantenho sempre vivo
O tempo de sonhar, um manso alento,

E quando no final já não me alento
E vivo outro caminho em rude tom,
Sensível delirar mantenha vivo
O todo que deveras alimento
E quando se imagina um lenitivo
Apenas adentrasse este tormento,

O mundo se desenha em tal tormento,
E o verso se mostrara em vago alento
Qual fosse no final meu lenitivo,
E sei quanto buscasse neste tom
O mundo aonde o sonho eu alimento
E mesmo sem motivos inda vivo,

O todo que pudera estar bem vivo
No velho coração em tal tormento
Marcando com terror o que alimento
E sinto o quanto possa ter alento
No tempo se mostrando em novo tom
Gerando o quanto quero, um lenitivo,

Buscasse pelo menos lenitivo
No vago caminhar enquanto vivo
A sorte desejada em torpe tom,
O mundo se desenha e no tormento
Bebesse o quanto quero em novo alento
E o sonho fora em paz meu alimento,

Assim quando em verdade me alimento
Do passo que se mostre em lenitivo
O tanto anunciando um raro alento,
Moldando o quanto resta e quero vivo,
Traçando este cenário em vão tormento,
E nisto se perdendo o rumo e o tom,

O quanto noutro tom, vago alimento,
Encontro num tormento, o lenitivo,
Trouxesse sempre vivo um manso alento...


572

A sombra do passado me acompanha
E tento sem sucesso outro caminho
Sabendo quanto possa ser mesquinho
O mundo se desdenha e nada ganha
Assim se desenhando a dura sanha
Avinagrando sempre o raro vinho,

E quando me inebrio no teu vinho
A sorte que tentara e que acompanha
Gerasse na verdade a rude sanha
Singrando sem saber rude caminho,
E a lida que pensara outrora ganha
Agora gera um passo mais mesquinho,

E tanto quanto eu possa ser mesquinho,
Envolto pelas tramas deste vinho,
Tentando sem sucesso o que se ganha
E sinto na verdade me acompanha
Trazendo sem sentido este caminho
Moldando no terror a rude sanha,

A luta se anuncia e nesta sanha
O quanto perderia, tão mesquinho,
Bebesse noutro tom este caminho,
Vertendo em tuas mãos o raro vinho,
E a luta que deveras me acompanha
Expressa a solidão, e nada ganha,

Ainda quando a sorte se fez ganha,
O todo na verdade dita a sanha
Que possa traduzir e me acompanha
Gerando o quanto o tempo quis mesquinho
Sorvendo cada gota deste vinho,
Negando o quanto possa no caminho,

E sei do que se faça num caminho
Grassando quando a luta se fez ganha
E nisto o que se tenta em raro vinho,
Jamais imaginasse a velha sanha,
E o todo se anuncia tão mesquinho
Enquanto a solidão já me acompanha,

O que ora me acompanha no caminho,
Um ser rude e mesquinho nada ganha,
A dura e torpe sanha estraga o vinho,

573
O amor que na verdade se tramasse
Além da falsa imagem que se venda
Da espúria negação do ser sublime
Que possa traduzir a liberdade
E vejo neste olhar belo horizonte
Aonde na verdade a luz desponte,

O tanto que a certeza ora desponte
E nisto esta beleza que tramasse
Vagando sobre o sonho no horizonte
E nele o meu anseio rasga a venda
E vejo com clareza a liberdade
Regendo o amor que possa ser sublime,

E tanto se anuncia o mais sublime
Anseio que por certo ora desponte
Gerando o quanto quero em liberdade
E nisto novo sonho se tramasse
Enquanto a solidão deveras venda
O sonho que negasse um horizonte,

O tempo se traduz neste horizonte
E gera o que se faça mais sublime
Marcando com ternura e rasgue a venda
E quando outro cenário enfim desponte
A sorte sem igual já se tramasse
E nisto traduzisse liberdade,

O passo resumido em liberdade
O prazo que desfaz neste horizonte
A bruma que este medo ora tramasse
Num ato tão sutil quanto sublime
E quando outro caminho ora desponte
A luta noutro rumo não se venda,

E quando se imagina compra e venda
Dos sonhos que tentasse em liberdade
Ainda que outro sol longe desponte
A vida sem sentido no horizonte
Matasse o que se fez tanto sublime
E nada na verdade enfim tramasse,

Assim já se tramasse a rude venda
E sei quanto é sublime a liberdade
E nela este horizonte em paz desponte.

574

Meu verso ao se trazer em claros tons
Invade este diverso caminhar
E envolto pelas noites mais suaves
Bebendo cada gole de esperança
Marcasse com o sonho a plenitude
Que possa noutro instante imaginar,

O tanto que tentasse imaginar
Na vida feita em raros, belos tons,
O mundo se tocando em plenitude
O verso se desenha ao caminhar
E trama na verdade esta esperança
Em dias mais tranquilos e suaves,

Os passos que pudesse, tão suaves,
O mundo que desejo imaginar
E toda esta vontade em esperança
Permite além da luz em leves tons
O todo que pudera caminhar
E nisto se desenha a plenitude

A vida traz em si tal plenitude
Que tanto nos seduz, ritos suaves,
E sei das emoções no caminhar
Envolto no que possa imaginar
E saiba com certeza mansos tons
E neles tenho viva esta esperança.

E quando se imagina uma esperança
Deixando no caminho a plenitude
E o tempo desenhado em claros tons
E neles outros dias mais suaves
Enquanto se procura imaginar
O mundo se permite caminhar,

E tento na verdade caminhar
Vencendo os desacertos da esperança
E tanto que pudesse imaginar
O verso que se faça em plenitude,
Marcando com momentos mais suaves
O sonho desenhado em raros tons,

E sei dos tantos tons ao caminhar,
E nisto são suave. Na esperança,
Encontro em plenitude o imaginar...




575

Não mais que meramente quis a sorte
De quem se fez um dia o sonhador
Vagando noutras teias, novo amor,
Que possa e na verdade nos conforte,
Gerando a solidão em rara cor
Marcando com ternura o nosso norte,

E sendo de tal forma sigo ao norte
Grassando o que pudera em melhor sorte
Tentando perceber a bela cor
Do quanto pude um dia sonhador,
Vagar onde decerto me conforte
Certeza de sublime e raro amor,

As tramas mais audazes de um amor,
O vento noutro tom em claro norte
O prazo se transforma e me conforte
Gerando na verdade a bela cor
Mostrando o quanto possa o sonhador,
E sinto esta expressão em clara cor,

O tanto que pudesse noutra cor
Ditar o quanto tenho e deste amor
Moldasse na verdade o sonhador
Que busca inutilmente qualquer norte
Ainda quando tente nova sorte
Ou mesmo algum momento que o conforte,

No canto que deveras me conforte
O verso se mostrando em nova cor,
O tempo num ditame ronda a sorte
E gera o caminho em raro amor,
E nisto se traduza qualquer norte
Que expresse o ser além, um sonhador,

O mundo se anuncia ao sonhador
E gera o que pudesse e me conforte
E tanto quanto veja neste norte
O todo transformando a velha cor
Que traz nas suas tramas raro amor
E nisto outro cenário, em mansa sorte.

O quanto desta sorte, um sonhador,
Pudesse sem amor que inda o conforte
Viver na rude cor de um turvo norte.

576

A vida não renega qualquer passo
E trama na verdade o quanto a quero
Sentindo este momento mais audaz
E o tanto quanto possa ser feliz,
O mundo noutro instante já se faz
Grassando a eternidade que buscara,

O gesto mais suave onde eu buscara
A sorte que deveras tanto passo
Trazendo o quanto a vida agora faz
E nisto o todo além que sempre quero,
Marcando com o quanto ser feliz
Num tempo mais suave e mais audaz,

Meu mundo se mostrasse tão audaz
E o quanto se anuncia onde buscara
O todo que me deixe mais feliz
Vagando sobre a sorte quando passo
Vivendo tudo o quanto agora quero
E sei que esta esperança em glória faz,

O verso que alegria quer e faz
Um canto noutro rumo seja audaz,
E mostre a sensação do que mais quero
E nisto todo o tempo se buscara
Grassando esta emoção a cada passo
E tendo uma expressão bem mais feliz,

Aonde se deseja ser feliz
O mundo na verdade agora faz
O todo que pudesse e quando passo
Trazendo este momento mais audaz
E nele o que se quer e se buscara
Traduz o tanto quanto em paz eu quero,

O verso se desenha o mundo e quero
No fundo tão somente ser feliz
Sabendo do que possa e além buscara
A sorte que se mostra e quando faz
O tempo desnudasse um verso audaz
E nisto se traçasse novo passo,

O quanto agora passo e mesmo quero,
Traduz o ser audaz e ser feliz,
No quanto a vida faz e em paz buscara.




577
Meu tempo não traduz qualquer alento
E sigo o quanto possa ter nas mãos,
Vencendo os dias rudes e vazios
Nos quais o meu caminho fora amargo,
O sonho se desenha e sigo aquém
Do todo que se mostre e se deseja.

Pousando quando a sorte enfim deseja
O tanto que se faça em raro alento,
E nisto o caminheiro segue aquém
Do quanto poderia ter nas mãos
E um tempo onde se mostra o quão amargo
Momento traz os sonhos mais vazios,

E sei dos meus anseios em vazios
Momentos onde possa e se deseja
Tramar além do todo mais amargo
O quanto se fizera em tal alento,
Trazendo esta esperança em minhas mãos
Ao prosseguir decerto muito aquém,

O tanto se desenha enquanto aquém
Do todo que tentara entre os vazios
Mostrara numa angústia as vagas mãos
E nelas o que tanto se deseja
Tentando tatear algum alento
Expondo o coração ao mundo amargo,

Execro com terror o ser amargo,
E busco acreditar, mas vivo aquém,
Do todo que em verdade dite alento
Cansado de correr entre os vazios,
Sem nada que trouxesse em minhas mãos,

Ousando ter nos sonhos, rudes mãos,
E nelas o meu mundo tão amargo,
Enquanto o caminhar já se deseja
E tanto deste sonho sigo aquém
Nos ermos de meus olhos mais vazios
Sem ter sequer saber de algum alento,

O tanto que ora alento em rudes mãos,
Trazendo nos vazios tanto amargo,
Ficando bem aquém de quem deseja...

578

Ao menos poderia num momento
Vencer os meus anseios corriqueiros
E sinto esta verdade me tomando
Tocando o coração deste mineiro
Que tenta com seus versos ser feliz,
Ousando ser deveras, verdadeiro,

O canto mais audaz e verdadeiro
Traçando todo o passo num momento
Aonde se deseja ser feliz
Enfrenta estes perigos corriqueiros
E sabe dos anseios de um mineiro
Num rumo tão diverso ora tomando,

E quando uma esperança me tomando
Espreita o quanto pode em verdadeiro
Anseio, o sentimento bem mineiro,
Açoda e me traduz em tal momento
Vivendo estes caminhos corriqueiros
E nisto procurasse ser feliz,

Meu tempo de sonhar; busco um feliz,
Caminho que deveras já tomando
Transcende aos mais comuns e corriqueiros
Vagando pelo encanto verdadeiro
Que trace este universo num momento
Moldando esta emoção deste mineiro,

O canto que se mostre num mineiro
Cenário procurando ser feliz
Espalha a vida além por um momento
E gera este delírio me tomando
Vagando entre o que possa verdadeiro,
Traçar sonhos diversos, corriqueiros,

E quando se desejam corriqueiros
Sentires onde entranha este mineiro,
O todo que se mostre verdadeiro,
O canto quando tenta ser feliz,
Deveras todo o mundo ora tomando,
E nisto vivo além deste momento,

O quanto num momento, os corriqueiros
Caminhos já tomando este mineiro,
Num sonho – o ser feliz- mais verdadeiro.

579


Não quero e nem tivesse noutro instante
O tempo em minhas mãos ou mesmo enquanto
O vento no meu rosto acaricia
E bebe a sensação do quanto possa
Viver entre diversas ilusões
E nisto a minha sorte se desenha,

O tanto que alegria ora desenha
Gerando noutro tempo, um vago instante,
Presume o que pudera e já buscasse
Sabendo da verdade por enquanto
E nisto o quanto tento e nada possa,
Apenas me roçando acaricia,

O sonho que decerto acaricia,
O mundo quando a sorte se desenha
E nisto com certeza sempre possa
Tramar o que se viva noutro instante
E o todo quando vejo por enquanto
Presume muito além das ilusões,

E vendo o meu caminho em ilusões
E sei que esta vontade acaricia
Levando a minha vida agora, enquanto,
O tempo noutro rumo se desenha
Traçando novo sonho a cada instante
E nisto vivo além do que mais possa,

E sei que na incerteza do que possa
Marcar com mais anseio as ilusões,
Vivendo a cada passo um novo instante
E vendo o quanto a sorte acaricia,
Gerando muito além do que desenha
A sorte que se mostra por enquanto,

E a vida sem saber nem mesmo enquanto
Ferisse quem decerto não mais possa
Lutar contra o que tanto se desenha
Perdido entre as diversas ilusões
Enquanto a própria sorte acaricia
Tateia no infinito num instante,

Meu mundo num instante e por enquanto
Somente acaricia o quanto possa
Grassando as ilusões que ora desenha...





580

Não quero a solução que não viera
Nem mesmo o medo exposto a cada olhar,
A vida não suporta qualquer erro,
Desterros do que um dia quis sentir
E vago sem saber onde encontrar
O verso mais agudo, em alegria,

E sendo tão distante esta alegria,
Apenas o vazio que viera
Ditando o que restasse me encontrar
Traduz este não ser em meu olhar
E quanto mais procure a paz sentir
Percebo que cometo um mordaz erro,

E sinto o quanto tento, mas meu erro,
Jamais se imaginasse na alegria
De quem vencendo possa em vão sentir
O todo que decerto ora viera
E sigo sem saber o quanto olhar
Nas tramas que jamais hei de encontrar,

O tanto que buscara e no encontrar
Dos ermos de minha alma traçando erro
Desenha este vazio num olhar
E tendo esta expressão; falsa alegria,
O medo simplesmente não viera
Tampouco o quanto pude ora sentir,

E vejo na verdade o meu sentir
Diverso do que tanto ao encontrar
Pudesse noutro instante e não viera
Sabendo do caminho aonde este erro
Expresse muito aquém de uma alegria
O quanto se mostrasse em rude olhar,

Depois de tantas vezes mal olhar
E ver que na verdade o que sentir
Expressaria o quanto em alegria
Meu mundo não pudera ora encontrar
E sei do quanto exposto dita este erro,
Que tanto quanto o sonho mal viera,

E nada que viera traz no olhar
Além do quanto este erro enfim sentir
Teimando em encontrar uma alegria...

581

Não mais que meramente a sorte trama
As farsas tão comuns e em vão procuro
Vencer os meus anseios e temores
Sabendo que em verdade nada resta
Sequer o quanto brilha no horizonte
Marcando em amargura agonizante sonho,

E quando na verdade eu tento e sonho,
O mundo se anuncia em rude trama
Presumo o quanto possa no horizonte
E vejo este cenário onde procuro
Tramar alguma luz e nada resta
Vivendo com angústia meus temores.

Procuro nos anseios e temores
Vencer os meus momentos quando sonho
Com toda esta expressão enquanto resta
O tempo mais audaz em rude trama
E sei da sensação que ora procuro
Tomando cada linha do horizonte,

E nisto que se veja no horizonte
O tanto que se creia em vãos temores
Além do que em verdade mais procuro,
Pudesse enveredar enquanto eu sonho,
Buscando no final o que se trama
E sei quanto decerto já não resta,

A vida noutro canto agora resta
E marca com angústia este horizonte
Vagando como aranha sobre a trama
Uma armadilha feita em vãos temores
E quando se aproxima o rude sonho
Somente algum alento, em vão, procuro,

E sei do quanto possa e além procuro
O verso que tentasse e não me resta
Sentindo este abandono quando sonho
E tanto se desenha no horizonte
O brilho destilando tais temores
E a solidão que traça a vaga trama,

O quando que se trama e já procuro
Vivendo tais temores, o que resta,
Expressa no horizonte, o vago sonho...




582

Tentáculos da vida me tocando,
Rasgando e com ventosas sugam sonhos,
Diversos calabares e eu sozinho
Imerso nos temíveis pesadelos,
Os passos se perdendo no vazio,
E a noite se moldando mais sombria

A vida se desenha tão sombria
E sinto o meu passado ora tocando
Com garras afiadas o vazio
Que imerge nos meus dias, vagos sonhos,
E sei do quanto viva em pesadelos
Morrendo dia a dia, mais sozinho.

O tempo se anuncia onde sozinho,
Encontro a farsa tétrica e sombria
Imersa nos temíveis pesadelos
E quando me aproximo mal tocando
Os tantos delirares dos meus sonhos
Encontro o meu caminho ora vazio,

Sentindo este bafejo, eu vou vazio,
E tanto quanto possa mais sozinho,
Ainda me rondando velhos sonhos
E neles a verdade tão sombria
Do quanto poderia me tocando
Os ermos destes tantos pesadelos,

E quando percebendo pesadelos
Aonde quis a paz, sinto o vazio,
E nele a solidão que me tocando
Expressa o caminhar rude e sozinho
Enquanto a noite desce tão sombria,
O mundo noutra farsa em duros sonhos,

E quando se percebem tantos sonhos
Morrendo a cada instante e os pesadelos
Tornando a minha vida mais sombria,
Olhando sem ter nada num vazio,
O quanto se anuncia tão sozinho
É como a solidão já me tocando,
E sinto me tocando velhos sonhos,
E neles vou sozinho em pesadelos,
A noite no vazio é mais sombria...

583
Não sei se poderia acreditar
Jazendo noutro canto onde qualquer
Vontade se expressasse de tal forma
Que a vida noutro engodo se faria,
E sei do quanto possa a fantasia
E nela o tempo encontro a navegar,

O mundo quando tente navegar
Ou mesmo com desejo acreditar
Enquanto uma alma pura fantasia,
Traçando o quanto queira e ser qualquer
Vivendo o que deveras mais faria
E nisto outra impressão a vida forma,

A sorte na verdade em tosca forma
Não deixa nem sequer o navegar
Enquanto cada verso se faria
E nisto tão somente acreditar
Enquanto a vida segue sem qualquer
Cenário que expressasse a fantasia,

Minha alma na verdade fantasia
E tenta de algum modo nova forma,
E sinto o quanto possa sem qualquer
Momento mais audaz a navegar
E mesmo quanto eu possa acreditar
Meu mundo deste jeito eu não faria.

O quanto se traduz e não faria
O verso que rondando a fantasia
Gerasse no momento o acreditar
E toda a sensação tomando a forma
Do quanto se desenha a navegar
Num ato muito além do ser qualquer,

O tanto que se mostre sem qualquer
Temor na solidão já me faria
Além do que desejo navegar,
E tanto quanto a sorte fantasia,
Ousando perceber a velha forma
Que trace o quanto pude acreditar,

Somente acreditar e ser qualquer
Aonde toda forma se faria
Marcante fantasia a navegar...





584

Não tentaria a sorte aonde um dia
O vento em tempestade trouxe o caos
Olhando para trás já nada vejo,
Somente algum desejo e nada mais,
O tempo se transforma, mas prossigo,
Ainda que se tente novo cais,

E a vida se anuncia aonde o cais
Gerasse muito além de um novo dia,
E nesta solidão enfim prossigo,
Tentando adivinhar o quanto o caos
Trafega dentro da alma e mostra mais
Que possa desejar e agora vejo,

Meu verso que traduza o quanto vejo,
Ou mesmo na verdade trame o cais
E nele cada passo diz bem mais
Enquanto o meu anseio toma o dia,
Sentindo este bafejo atroz do caos,
Envolto nestas brumas, eu prossigo,

E sei que quando tento e assim prossigo,
Grassando sobre o nada que ora vejo,
Ainda se desenha ao longe o caos
Deixando no passado o velho cais
Que possa traduzir num novo dia
Ou mesmo me trazer o nunca mais,

E sei do quanto possa e tento mais
E sinto tanto quanto onde prossigo
A sórdida presença deste dia
Que tanto se fizera quando o vejo
Grassando no infinito um novo cais
Deixando no passado o velho caos,

E quando me afastando deste caos
Expresse o que desejo muito mais
Encontro a mansidão no raro cais
E bebo cada sonho onde eu prossigo
Vencendo o que deveras não mais vejo,
E bebo desde sonho a cada dia,

O verso dita o dia além do caos,
E quando tudo vejo e muito mais,
O mundo onde eu prossigo trama o cais.

585

O passo mais audaz pudesse firme
Traçar o que deveras tanto anseio,
E sei do dia a dia e quando alheio
O todo noutro engano se desenha,
A luta não transcende ao quanto possa
E sei do caminhar entre cascalhos,

A vida se traduz nestes cascalhos,
E o solo que tentasse bem mais firme
Agora na verdade nada possa,
Somente o que talvez gerasse anseio,
O mundo quando o sonho ora desenha,
Persiste noutro rumo e segue alheio,

O todo se aproxima e vejo alheio
O mundo que tentara sem cascalhos,
E o quanto do desejo se desenha
Marcando com furor a voz mais firme
De quem tanto procura em leve anseio
Viver e ter nas mãos o quanto possa,

A vida que deveras sei que possa
Trazer a cada passo, o mais alheio,
Encontra na verdade o quanto anseio
E superando assim rudes cascalhos
No tanto que se faça bem mais firme
O solo se aproxima e se desenha

E quando a solidão tanto desenha
O verso que deveras tanto possa
Tocar esta ilusão, prossigo firme,
E mesmo quando possa e já me alheio
Ainda se presumem nos cascalhos
O quanto sem defesas eu anseio,

O prazo terminando e tanto anseio
O mundo na verdade ora desenha
O sentimento exposto em vãos cascalhos,
E nisto o quanto reste e mesmo eu possa
Vencer o caminhar atroz e alheio
Num passo que jamais seria firme,

O tanto sendo firme mais anseio
E vejo em tom alheio o que desenha
Uma alma que enfim possa além-cascalhos.





586

Trazendo do sertão as velhas marcas
Dos cortes entre tantos espinheiros,
Nesta aridez de um sonho sem sentido
No caminhar exposto ao longo estio,
O vento da esperança mal bafeja
E a fera atocaiada numa espreita

Minha alma tantas vezes nesta espreita
Traduz em arranhões diversas marcas
E traz enquanto o tempo em bafeja
A dura sensação dos espinheiros
E nisto o quanto gere cada estio
Adentra e dilacera algum sentido,

O tanto que presuma e sei sentido
No canto quando pude além da espreita
Marcado pela fome neste estio
Que deixa tão profundas, duras marcas,
E sigo contra tantos espinheiros
Enquanto a solidão ruge e bafeja,

A sórdida expressão que ora bafeja
Deixando cada passo ser sentido
Aonde o meu caminho em espinheiros
Tramando noutro passo a velha espreita
Deixasse as mais diversas tantas marcas
Grassando feito peste neste estio,

Verão que não sossega em ledo estio,
A fúria se desenha e assim bafeja
Traçando no meu corpo suas marcas
E nestas ilusões, perco o sentido,
E vejo o quanto a morte numa espreita
Presume além dos tantos espinheiros,

Adentro sem temor tais espinheiros
E vejo o quanto reste neste estio
A luta sem sentido agora espreita
E trama a solidão que enfim bafeja
Moldando em minha vida um vão sentido,
E nesta angústia sinto velhas marcas,

E quando tu me marcas, espinheiros,
O mundo em dor sentido, traz no estio
A morte que bafeja numa espreita...

587

Calando a minha voz aonde um dia
O sentimento trace o nada após
Ousando acreditar no que jamais
Pudesse ser além de fantasia
A vida se desenha e nada mais
Expresse o que seria a minha voz,

Calando num instante a antiga voz
Que possa traduzir num novo dia
O quanto desejasse e muito mais
Marcando o que viria logo após
E nisto o quanto uma alma fantasia
Expressa o quanto a vida diz jamais,

E mesmo se tentasse onde jamais
O verso se traduz em leda voz
O canto que pudesse em fantasia
Tramasse com certeza um novo dia
Aonde o que vivera logo após
Apenas não viesse nunca mais,

E sei do quanto eu possa mais e mais
Lutando contra o ser e crer jamais
No todo que se perde logo após
E sinto a sutileza desta voz
E nela o decorrer de um claro dia
Exposto ao quanto reste em fantasia,

Meu mundo na verdade fantasia
O tanto que se busque e sei que é mais
Marcando com furor o novo dia
E nisto se anuncia o ser jamais
Enquanto se calasse a minha voz
O nada não veria nem após,

O tanto que se queira mesmo após
A luta que gerasse a fantasia,
Entoa da esperança a sua voz
E nisto o quanto queira sempre mais
Deixasse na verdade o ser jamais
Numa expressão que trace novo dia,

O mundo neste dia e logo após
Traçando o que jamais se fantasia
Quisesse muito mais que mera voz.

588

O vento sobre as folhas no quintal
Relâmpagos ditando o que virá
E o verso se anuncia num momento
Aonde se tentara pele menos
Viver o quanto reste em mansa paz,
Diverso do que a vida ora me traz.

E sei que na verdade o que se traz
Expresse a solidão neste quintal
Silenciando o sonho, morta a paz,
O todo que decerto não virá
Marcando o quanto fora agora menos,
Gerando noutro instante um bom momento,

E quando se anuncia num momento
O tanto que se mostre e já se traz
Deixando para trás o que foi menos
E agora se espalhando no quintal
Sentindo o quanto possa e até virá
Gerando no final a imensa paz,

O verso que trouxesse a vida em paz,
O quanto se anuncia num momento
Tramando o que se possa e sei virá
Tocando esta esperança que se traz
E ronda as cercas frágeis do quintal
E nisto o que tanto agora é menos,

O sonho se mostrando ora bem menos
E o canto se anuncia em leda paz,
Meu mundo na verdade este quintal
Enquanto na procura de um momento
Encontra o que quisera e não se traz,
Tampouco qualquer dia além virá,

Sabendo do que tanto em dor virá
Meu tempo se transforma e muito menos
Do quanto em esperança a vida traz
Deixasse se antever a mansa paz
E nisto se vivesse este momento,
Quarando este vazio no quintal,

E vejo em meu quintal o que virá
Tramando num momento, pelo menos,
O quanto desta paz, jamais se traz...

589

Não tento acreditar em fantasias
Diversas tempestades me acossando
E o verso noutro tempo se espalhando
Enquanto uma ilusão tanto querias,
Meu mundo que pudera ser mais brando,
Agora se perdendo em rudes dias,

E sei das tempestades, tantos dias,
E neles outras ermas fantasias,
Ainda quando veja um sonho brando
Meu mundo noutro tom ora acossando
E nisto com certeza tu querias
O sonho noutros sonhos espalhando,

O canto pelas ruas se espalhando
E o tanto que moldasse em novos dias
Os ermos quando muito tu querias
Gerando dentro da alma fantasias
E nisso este cenário me acossando
E o mundo não se fez decerto brando,

Meu passo num terreno bem mais brando,
O quanto poderia se espalhando
E nisto uma saudade me acossando
Expressa esta ilusão em rudes dias
E nisto tantas vezes fantasias
Vivendo o quanto em paz sei que querias,

O tanto que deveras mais querias
Um tempo mais suave e mesmo brando
O quanto se anuncia em fantasias
E tento acreditar já se espalhando
E vejo o quanto reste dos meus dias
No todo que pressinto me acossando,

O quanto poderia ora acossando
Quem sabe e no final tu bem querias
Envolta pelas tramas destes dias,
Vagando num cenário que eu quis brando
E nele com certeza se espalhando,
As mais diversas lutas, fantasias,

E quando fantasias acossando
O todo se espalhando qual querias,
O tempo bem mais brando, fantasias.





590

Além de algum momento a vida pode
Saber dos meus temores mais concretos
E quando vejo turvos desafetos.
O senso se perdendo noutro passo,
E assim quando expressão em dor eu traço
O medo noutro tanto vem e acode,

O quanto da esperança ora me acode
E o senso noutro instante nada pode
Vestindo o que deveras sei e traço
Tentando fatos novos e concretos
O todo se transforma enquanto passo
Vivendo ou superando desafetos.

Os dias entre enganos, desafetos,
O todo que maltrata e nunca acode
O vento se espalhando a cada passo
E nisto o que tentara não se pode,
O verso se moldando em tais concretos
E deles o que tento a cada traço,

O mundo sem sentido que ora traço
Expressaria além dos desafetos
Traçando entre momentos tão concretos
Em dias mais doridos o que acode
Expressa muito além do se pode
Vivendo a imensidão de cada passo,

No tanto que pudera e já não passo,
O sonho se mostrasse além do traço
E o tanto que viera sei que pode
Deixar pelo caminho os desafetos
E quando a poesia nos acode
Cetins superam logo tais concretos,

E sei dos argumentos tão concretos
Enquanto na expressão dito o que passo
E vejo o que pudera quando acode
E sigo cada linha deste traço
Ousando nos diversos desafetos
E tendo muito mais do que se pode,

A vida tanto pode em tais concretos
Anseios, desafetos onde passo,
Marcando o quanto traço e enfim me acode.

591

Enquanto tanto sonhos tu derramas
Ousando pelas ruas, madrugada
A sorte noutro instante imaginada,
Procura na incerteza velhas chamas
E sei que sendo a vida quase nada
A senda mais dorida tanto tramas,

E quando se imaginam nestas tramas
A vida que deveras já derramas
Marcando com angústia o mesmo nada
A sorte ao adentrar a madrugada
Expressa esta verdade quando chamas
Matando uma expressão imaginada,

A luta que pudera imaginada
O verso feito em rudes, meras tramas,
E nisto com certeza quando chamas
O todo de tua alma ora derramas
E bebes cada luz da madrugada
Deixando para trás o não ser nada,

O vento dita o quanto pude e, nada,
A sorte que pudesse imaginada
Agora se adentrando em madrugada
Expressa o que deveras tanto tramas
E quando em plena fúria tu derramas
O tanto que pudesse em tuas chamas,

A vida que deveras tanto chamas,
Os dias entre enganos, neste nada,
Apenas o que tente e já derramas
Na turva imensidão imaginada
Ousando penetrar em rudes tramas
Açoda-me o saber da madrugada,

E quando se traduz em madrugada
A luta que deveras tanto chamas
E vagas entre rudes, tantas tramas,
Deixando como rastro o mesmo nada
A lenda que pudesse imaginada
Expressa a solidão que ora derramas.

E quando tu derramas madrugada
Na sorte imaginada que tu chamas,
Ousando neste nada, matas tramas...





592

Enquanto se procura algum apoio
A vida se perdendo sem motivos
Os olhos no horizonte sem sentido
E o canto não ecoa no vazio,
Meu tempo não traduz o quanto eu quis
Tampouco me traria melhor sorte,

A luta se tramando em rude sorte
O tanto que pudera ser apoio
Agora noutro instante não mais quis
E sei do quanto tenha em tais motivos
O todo desenhado no vazio
E o corte noutro tom se faz sentido,

Meu mundo sem caminho ora é sentido
Nas tantas expressões da dura sorte
E sinto tão somente este vazio
Sem ter sequer a sombra de um apoio,
E nisto não se vendo mais motivos
O tanto na verdade não mais quis.

O mundo que por certo eu tanto quis
Encontra na expressão raro sentido
E bebo cada gole em tais motivos
E nisto se deseja a melhor sorte
Que possa traduzir algum apoio
E deixe no passado este vazio,

O tanto que se quer e vou vazio,
Nos ermos da expressão que nunca quis
O corte se propaga sem apoio
E o tempo noutro engodo sem sentido,
Percebe na verdade a rude sorte
Que possa me trazer velhos motivos.

O quanto se desdenha sem motivos
E o mundo que vivera mais vazio,
Enquanto se anuncia em turva sorte
Expressa na verdade o que eu não quis
E sei do quanto possa sem sentido,
Viver a vida aquém sem ter apoio,

E quando neste apoio, os meus motivos,
Que possam num sentido mais vazio,
Ditando o quanto eu quis em melhor sorte...

593

Já não comportaria novo tempo
Aonde o que se perde não se veja
E sinto a solidão rondando a casa
No tempo mais atroz onde se encerra
A vida na verdade traz apenas
O quanto poderia ter sem medo,

E quando se derrama a vida em medo
Trazendo a cada espaço um rude tempo
E nisto outro cenário sei apenas
Vagando contra tudo que inda veja
Marcando o que se tente e já se encerra
Tomando com furor inteira a casa,

Ainda quando vejo a velha casa
E nela estas paredes, caos e medo,
Enquanto a solidão além se encerra
O verso dita a fúria deste tempo
E nada após a queda ora se veja
Ou siga noutro passo, sendo apenas.

O tanto que pudera quando apenas
A luta se mostrara em toda a casa
E quando a solidão agora veja
Encontro no final o tosco medo
De quem se desenhara noutro tempo
E agora no vazio enfim se encerra.

O passo num cansaço onde se encerra
A luta sem sentido dita apenas
O tanto se esvaindo em vago tempo
E nisto o que pudera nesta casa
Expressa com razão diverso medo,
Enquanto na verdade o fim se veja,

O todo sem sentido algum não veja
Sequer a fantasia que ora encerra
E vago sem saber se existe medo
E quando imaginasse o fim apenas
O vento ao adentrar a nossa casa
Expressa a imprecisão do velho tempo

E quando já sem tempo nada veja
Ousando nesta casa o quanto encerra
A sorte segue apenas em dor e medo.





594

Não vejo mais sinais do que se tenta
Deixar noutro caminho simplesmente.
A vida se moldara num repente
Vencendo a solidão mais turbulenta,
A sorte se desenha e quando viva
Expressa o quanto a vida em paz alente

E sei da imensidão do que ora alente
O canto mais audaz que tanto tenta
Vencer enquanto pode manter viva
Uma esperança clara e simplesmente
Ainda que se veja turbulenta
Mudando a direção, neste repente,

O tanto se anuncia e de repente
O quanto se apresenta e nos alente
Tramando uma expressão que é turbulenta
E quando novo dia já se tenta
O todo se anuncia simplesmente
E mostra esta verdade bem mais viva,

E quanto se permite e sei que viva
Uma alma sem temores num repente
Marcando o quanto possa simplesmente
E nisto tendo o sonho aonde alente
A sorte com certeza já se tenta
Embora a vida siga turbulenta,

A senda mais atroz e turbulenta
O canto que se mostre e sempre viva
Numa alma que pudera quando tenta
Saber doutro momento e de repente
O tanto quanto eu queira já me alente
E marque tudo apenas, simplesmente,

E quando se vencesse simplesmente
Ainda em luta atroz e turbulenta
O quanto da esperança agora alente
Mantendo a velha chama sempre viva
E nisto o que se trame em um repente
Expressa o quanto o sonho busca e tenta,

A luta que se tenta simplesmente
Invade e de repente é turbulenta,
Porém a chama viva em paz alente...

595

O manto se traçando num anseio
Que possa permitir novo cenário
E o canto se moldara necessário
E trago o caminhar, nada receio,
E sigo sem sentir o mundo além
Do quanto poderia e nada vem,

O todo que se tente quando vem
Expressa a solidão enquanto anseio
Vagando sem sentido este cenário
Que possa traduzir ou mesmo além
Viver o quanto agora enfim receio,
Sabendo deste sonho, necessário.

O amor que se fizera necessário,
O tempo não vagasse quando vem
Moldando o dia a dia sem receio
E o todo que pudesse quando anseio
Tramasse no final rude cenário
E nele todo o tempo dita além,

O mundo se desenha e sigo além
Do fato mais comum, e necessário,
O prazo que se finda traz cenário
Diverso do que um dia quando vem
Trouxesse no final o que ora anseio
E mesmo noutro instante enfim receio,

A sorte que deveras já receio,
O mundo sem sentido segue além
E o tempo noutro tanto dita anseio
E marca o quanto fora necessário
Mostrando que em verdade o sonho vem
E toma já de assalto este cenário,

O mundo como fosse algum cenário
Que possa traduzir sem ter receio,
O verso mais audaz que quando vem
Presume na verdade muito além
Do todo que se faça necessário
E gere o quanto possa e mesmo anseio,

O tanto que ora anseio, num cenário,
Deveras necessário, não receio,
E sei do quanto além, meu tempo vem...




596

Já não comportaria uma saída
Diversa da que tanto me acostumo
A vida se traçando num resumo
A luta noutra face presumida
E quando se imagina e não duvida,
O tempo perde logo o velho prumo,

E sei que na verdade sem o prumo
A morte talvez seja esta saída
Que tanto se anuncia e não duvida
Marcando sem sentido o que acostumo
Viver e ter nas mãos a presumida
Verdade que deveras eu resumo,

No tanto que pudesse em vão resumo
A luta se define e sem o prumo
O quanto se derrama em presumida
Vontade noutra farsa sem saída
Embora no final se eu me acostumo,
O que mais deveria não duvida,

A sorte que tentara e já duvida
Do engano noutro fato onde resumo
Meu canto sem saber se ora acostumo
E nisto com certeza sem o prumo,
A sorte procurando uma saída
Encontra nova história presumida,

A luta se anuncia e presumida,
O tanto que se queira não duvida
E o mundo se prepara sem saída
Enquanto no final mero resumo,
Do todo que pudera em ledo prumo,
Ao menos com a dor eu me acostumo,

E sei que quanto mais tento e acostumo
O passo nesta farsa presumida
Gerando o quanto possa em cada prumo
Tramar o que se queira e não duvida
Traçando da esperança este resumo,
E nele não se veja uma saída,

À sorte sem saída eu me acostumo,
E sei quanto resumo em presumida
Vontade e não duvida quem traz prumo...

597

Num átimo mergulho no passado
E colho dentre tantas ilusões
As tramas que deveras tu repões
No tempo dentre enganos derramado,
O prazo dita o velho enunciado
E sigo sem saber quais as opções

E tento acreditar que das opções
Eu possa perceber quanto é passado
E tento neste novo enunciado
Vagar entre dispersas ilusões
Deixando o sonho apenas derramado
Enquanto cada passo tu repões,

E sei do quanto agora já repões
Vestígios de outras luzes em opções
Que possa num instante derramado
Marcando com a sombra do passado
Gerar o que se faça em ilusões
Tramando assim o velho enunciado,

Procuro neste instante o enunciado
Que molde o quanto possa e me repões
E destas mais diversas ilusões
Vivendo sem saber quais as opções
Que possam nos anseios do passado
Trazer o sonho em fogo derramado,

O verso que pudera derramado
Nas tramas do que vejo; enunciado,
Ditame que retorne ao meu passado,
Gerando o que se faça e não repões
E nisto se permitam as opções,
Matando desde cedo as ilusões

A vida traz em si tais ilusões
E vivo o tempo amargo e derramado
E tento acreditar em tais opções
Moldando o quanto dite o enunciado
Que inutilmente tanto em vão repões
Trazendo a velha sombra do passado

E quando do passado as ilusões
Apenas já repões o derramado
Negas o enunciado em vãs opções.


598

O tanto que se perde num instante
E vago sem saber por onde ou quando
Meu mundo noutra face se mostrasse
E sei deste cenário que adiante
E marque o que pudesse sonegando
E mostre mais suave desenlace,

A vida se permite em desenlace
Trazer o quanto quero num instante
E quando o tempo segue sonegando
O todo se mostrara desde quando
Meu mundo no que possa e se adiante
Deveras outro rumo já mostrasse.

O sonho que esperança em vão mostrasse
O canto num lamento em desenlace
O verso que procure e se adiante
No tanto que se pensa noutro instante
Marcasse este caminho desde quando
A vida noutro tom se sonegando,

E quando o verso trama sonegando
O todo que pudera e enfim mostrasse
A farsa que moldasse desde quando
A luta num provável desenlace
Tramasse muito além de algum instante
O quanto quero e busco e se adiante,

O pendular anseio que adiante
O mundo na verdade sonegando
O corte mais profundo noutro instante
Apenas o sentido que mostrasse
Resume no final um desenlace
Diverso do que busco como e quando,

O tanto se desenha e mesmo quando
A vida traz o que ora se adiante
Permite no final um desenlace
Disperso do caminho sonegando
Meu mundo que vazio se mostrasse
Mudando a direção a cada instante,

E sei que neste instante encontro quando
A vida se mostrasse e me adiante
A sorte sonegando o desenlace,

599

Meu tempo de viver já se esgotando
E o canto noutro enredo permitisse
O todo que jamais não poderia
Tramar outro cenário ou mesmo a luta
Que possa traduzir um novo anseio
E disto se presume o que rodeio,

A luta se moldara sem rodeio
E o sonho no vazio ora esgotando
O quanto dita o todo que ora anseio
Gerando o que deveras permitisse
A vida num momento em que se luta
E molda o que de fato poderia,

E nada do passado poderia
Vencer esta ilusão que ora rodeio,
E sigo sem saber da velha luta
E nela o que produza se esgotando
E o todo quanto tente e permitisse
Apenas no final ditando anseio,

O tempo que deveras mais anseio,
O canto aonde o mundo poderia
Deixar o quanto ilude e permitisse
Vagar enquanto além tanto rodeio
O verso se mostrara ora esgotando
Somente se resume nesta luta,

O tanto que se quer e sempre luta
Vestígios do passado num anseio,
E o canto que pudera me esgotando
No encanto quando muito poderia,
Gerando o que decerto inda rodeio
E vejo o que esta vida permitisse,

Meu mundo na verdade permitisse
O todo que tentara além da luta,
E sei do que deveras mais rodeio,
Na sorte quando calha sem anseio
E o todo noutra face eu poderia
Tramar o que pressinto se esgotando,

O mundo se esgotando permitisse
O quanto poderia em erma luta
E o quanto mais anseio ora rodeio.






600

Jamais se veja a vida de tal forma
Que nada me impedisse qualquer sonho,
E vendo este retrato mais bisonho
Que possa traduzir o ser informe
Gerando no final a insensatez
Que tanto sem futuro se moldasse

A vida noutro instante ora moldasse
O quanto quer e busca e mesmo forma
Trazendo a mais completa insensatez
Roubando esta alegria quando sonho
Ainda que esperança não me informe,
Prossigo dia a dia em vão, bisonho;

E sei do quanto possa ser bisonho
E nisto o meu caminho se moldasse
Marcando com terror o quanto informe
Audaciosamente em rude forma
O prazo em derrocada nega o sonho
E traz ao fim de tudo, insensatez,

Apenas o que seja insensatez
Eclode no que possa mais bisonho,
E vejo este delírio quando sonho
Nas farsas onde o todo se moldasse
E tanto se anuncia o quanto forma
A vida que deveras nada informe,

O mundo na verdade ora me informe
Dos erros que cometo, insensatez,
E quando a solidão expressa a forma
De um tempo tantas vezes mais bisonho
A sorte que deveras eu moldasse
Renega o quanto possa cada sonho

E quando no vazio faço o sonho
E vivo o que pudera não informe
A luta noutro tom já se moldasse
Marcando o quanto dita insensatez
E o fato mais audaz, atroz, bisonho,
Tomando do futuro qualquer forma,

O quanto não se forma enquanto sonho,
O passo mais bisonho, rude e informe,
Em plena insensatez já se moldasse.


601

Meu verso , companheiro da saudade
Que tanto tenta um tempo que se foi,
A vida na verdade perde o rumo,
E o prumo aonde um dia fui feliz,
Agora quando voltas – pensamento,
Escrevo mais um verso e assim te abraço,

No sonho quando enfim o amor abraço
Enlaço com ternura esta saudade
E sei do quanto possa o pensamento
Falando do que um dia outrora foi,
E sei quando buscara ser feliz,
E nisto o coração segue este rumo,

O tanto que eu pudera dita em rumo
O todo desenhando em firme abraço
E sou por um momento mais feliz
Envolto pelas tramas da saudade
Lembrando do que há tanto e como foi,
Marcando a cada dia o pensamento,

E sinto no mais vivo pensamento
O mundo que pudera ter no rumo
O tanto quanto possa e sei se foi,
E quantas vezes quis algum abraço
Vagando pelas rotas da saudade
E nisto eu procurasse ser feliz,

O quanto desejara ter feliz
O olhar que domaria o pensamento,
Matando o quanto resta da saudade
Que tanto me maltrata e toma o rumo
E quando, em noite imensa, enfim te abraço,
É como renascer o que já foi,

E tudo quanto outrora sei e foi,
Marcando com furor o pensamento,
Trazendo a cada instante o velho abraço,
Que dita o quanto possa o pensamento
E nisto dominando passo e rumo
Expressa a fúria imensa da saudade,

Meu canto de saudade, diz que foi
A vida noutro rumo e ser feliz
É mero pensamento, um tolo abraço...

602

Num tempo aonde o passo poderia
Tramar o que se queira muito além
Vagando quando o todo agora vem
Pousando mansamente dentro da alma,
Crisalidada sorte ganha o espaço
E vaga além dos sonhos; qual falena.

Em volta da esperança uma falena
Que há tanto noutro instante poderia
Traçar o pensamento em livre espaço
E segue sem saber aonde além
Pudesse ter o brilho que de uma alma
Ao todo neste instante, agora, vem,

O pensamento livre quando vem
Expressa a fantasia da falena
E nisto prosseguindo como esta alma
Que livre noutro rumo poderia
Vagar e prosseguir decerto além
Tomando num segundo o imenso espaço,

E o quanto o coração vaga no espaço
E gera o que decerto sei que vem,
Marcando o quanto possa e mesmo além
Do todo se desenha uma falena
Que quantas vezes sei e poderia
Traçar o quanto expressa uma pura alma,

O meu caminho dita o quanto esta alma
Anseia libertária, novo espaço
E o mundo simplesmente poderia
Viver o que de fato sempre vem
E nisto ronda os brilhos, qual falena,
E tenta prosseguir o sonho e além,

Meu canto se desenha e sabe além
O quanto se anuncia dentro da alma
E no fototropismo da falena
Encontra qual cativa o seu espaço,
E sei que quanto mais o amor já vem,
O sonho nos teus braços; poderia,

O quanto poderia mesmo além
E o tempo quando vem expressa na alma
Vagando imenso espaço, uma falena...






603

Meu tempo se esvaindo mansamente,
E o quanto se acredita noutro dia,
Expressa o que me resta e nada vejo
Somente o fim de tudo e nada mais,
Pousando mansamente aonde o todo
Tramasse algum momento mais feliz,

E sei do quanto eu possa ser feliz
Sabendo desta história e mansamente
Vagando sobre o mundo, sobre o todo,
E nisto se imagina novo dia
E quanto o sonho dita sempre a mais
Deveras o que espero em ti eu vejo,

O tanto navegando agora vejo
E sinto o quanto é belo o ser feliz,
Olhando para frente eu busco mais
Que tanto poderia, mansamente,
Vagar numa expressão ditando o dia
Que trace o quanto quero neste todo,

A parte traduzindo enfim o todo,
O passo noutro rumo quando vejo
Marcando com ternura o novo dia
E nisto o quanto possa ser feliz
Ditasse esta esperança mansamente
E nisto o quanto queira e sempre e mais,

Seguindo o que pudesse e tendo mais
Que meras expressões tomando o todo,
Vagando pelo espaço mansamente
E quando outro momento em glória eu vejo,
Ainda que se busque o ser feliz,
O tempo se anuncia em novo dia,

E tanto se deseja noutro dia,
O encanto onde se expressa agora e mais,
Tramasse o meu anseio onde feliz
Encontro na verdade o mundo todo,
E sendo tão intenso o que ora vejo,
A sorte se anuncia mansamente

Andando mansamente a cada dia,
O tanto quanto vejo trama o mais,
E sinto que no todo eu sou feliz.

604

Jamais imaginei poder seguir
Por tramas tão diversas e distintas
E quanto se anuncia o novo tempo
Navego contra a fúria do que possa
Traçar neste momento o vento rude
E mesmo o temporal que tanto fere,

A vida na verdade ronda e fere
Negando cada passo que ao seguir
Expresse este momento bem mais rude
E nele com certeza mais distintas
As sortes do que eu queira e mesmo possa
Tramar o que permita o claro tempo,

O mundo quanto vejo em belo tempo
Entoa esta emoção e mesmo fere,
E nisto traduzindo e sei que possa
Gerando o quanto busco e ao te seguir
Percebo em horas tantas e distintas
O todo desenhado audaz ou rude

O mundo que frequento mesmo rude
Supera a imprevisão de qualquer tempo
E nisto as horas seguem e distintas
Eclodem no que tanto cura ou fere
E gera o quanto deva em paz seguir,
Embora muitas vezes já nem possa,

O tanto que tentara e quando possa
Marcar esta emoção deveras rude,
O sonho de tentar e de seguir
O passo que moldasse num só tempo
O tanto que se tenta e sempre fere
Nas tramas tão diversas e distintas,

E sigo as emoções que sei distintas
E nelas o que tento sempre possa,
Vagando sem destino aonde fere
Num ato tão venal portanto rude,
E marque com ternura o velho tempo
Que dita o quanto deva em paz seguir,

E nisto ao te seguir, horas distintas,
O quanto deste tempo ainda possa
Traçar o que de rude já nos fere.







605

Um copo de cerveja um bar e o sonho
Rodando em minha mente este passado,
Nas tramas entre dramas e sorrisos
Anseios e delírios misturados,
E agora o que me resta nalgum canto,
Expressa um violão abandonado,

O tempo que se mostre abandonado,
O tanto onde se veja cada sonho
Expressa o que pudera neste canto
E traz as ledas marcas do passado,
E quando vejo encantos misturados
Ainda tento dar alguns sorrisos,

A noite entre tormentos e sorrisos
O vento dita o sonho abandonado
E sigo com os passos misturados
Fazendo da verdade um duro sonho
E nisto o que inda vive do passado
Encontro ainda imerso neste canto,

E penetrando a vida em cada canto,
O sonho se perdera em vãos sorrisos
E quando adentro as sendas do passado,
O verso pelo tempo abandonado,
Espalha pela vida o quanto sonho
Em ritos tão diversos, misturados,

Os olhos entre espaços misturados
Cadenciando a vida nalgum canto
E sei desta expressão em vivo sonho
Vagando entre temores e sorrisos,
E quando vejo o tempo abandonado,
Entranho as várias sendas do passado,

O canto noutro tanto, meu passado,
E os dias prosseguindo misturados
Nas farsas onde fora abandonado
O todo se presume noutro canto
E o nada que expressasse tais sorrisos
Encontra o quanto resta deste sonho,

E quando agora sonho o meu passado
Revela nos sorrisos misturados
Às lágrimas num canto, abandonado.

606

Não tento acreditar no que se faça
Da vida sem temor e sem angústia
O medo dominando cada passo
Do tanto que me resta e não se quer,
O verso sem proveito dita o rumo
Do amor que tantas vezes nos enlaça

E quando a própria vida agora enlaça
O todo se buscando aonde faça
O medo se aproxima e toma o rumo,
E tendo neste olhar a rude angústia
Que possa muito mais do quanto quer
Vagar onde deveras tento e passo,

Mantendo o dia a dia, noutro passo,
O sonho que deveras nos enlaça
E traça com certeza o que se quer
E mais que na verdade a vida faça
Em tanta solidão, a mesma angústia
Que possa nos trazer um novo rumo,

E quando para além do sonho eu rumo,
E tento mansamente um claro passo
Buscando aonde o todo traz a angústia
E quando esta verdade agora enlaça
Meu mundo com certeza sempre faça
O tanto que se busque e como o quer,

O todo quando a vida tanto quer
Tramasse o que ora busco em novo rumo,
E sei da solidão quando se faça
A sorte que se tente a cada passo,
No tanto que deveras nos enlaça
E gera além da mera e triste angústia,

Meu mundo quando adentra em vaga angústia
O tanto que se possa e mais se quer
Vagando na verdade sem um rumo,
Trazendo o que pudera noutro passo,
Ainda quando em sonhos tudo faça

A sorte que se faça em tanta angústia,
O todo trama o passo e não se quer
Enquanto o tosco rumo nos enlaça.






607



Semear

Pela manhã joguei útil semente

de amor que germinou como devia:

e em árvore tornou-se e deu silente

belos frutos de amor. Ao meio dia

joguei outra semente alegremente:

de paz. Ah!, isto eu fiz com alegria

porque depois teria certamente

lindos frutos de paz e eu poderia

colher da paz os frutos sãos bonitos

e os partilhar no mundo e no meu lar

Frutos de amor e paz frutos benditos

que à noite agrada a todos consumir

com reconciliação a vivenciar

auspicioso sentido de existir

Diógenes Pereira de Araújo

A vida semeasse uma esperança
Gerando o partilhar que possa até
Trazer no sonho tanto brilho e assim
Da imensa claridade sem temores.
Envolto nos fulgores da alegria
Ousar numa colheita em abundância

A vida quando traz em abundância
As marcas mais sutis de uma esperança
Tocando o coração com alegria
E nisto se desenha e sigo até
O quanto poderia sem temores
Viver e ter o mundo sempre assim,

O tanto que desejo e sei assim,
Marcando com carinho em abundância
O verso superando os meus temores,
Trazendo a tal vergel esta esperança
Que possa nos mostrar e mesmo até
Tramar um mundo em paz, farta alegria,

O tanto que se queira em alegria
O passo se resume e sendo assim,
Meu mundo noutro anseio sabe até
O quanto poderia em abundância
Viver nas doces tramas da esperança
Sem medo, sem angústia e sem temores,

O tanto que se molde nos temores,
A luta deve ter numa alegria
O quanto se traduza em esperança
E nisto se moldando sempre assim,
Os frutos que se colhem na abundância
De um mundo quando vejo a sorte até,

Por tudo o que passamos, sei até,
O sonho enaltecendo sem temores
O mundo com ternura em abundância
E nisto se presume esta alegria
Que possa sempre vir e sendo assim,
Semeio pela vida uma esperança,

O tanto em esperança dita até
O quanto segue assim já sem temores
A vida em alegria, em abundância...

608

Não mais se imaginasse a mesma queda
Após tantos tropeços pela vida
A luta noutra fase se apresenta
E quando no final apenas vejo
A sombra do que fora meu desejo
Encontro na verdade o que não vira,

E sei do caminhar enquanto vira
O luta sem sentido em tosca queda
E nisto se anuncia o que desejo
Bem mais do que pudera nesta vida,
E sei do quanto tente e mesmo vejo
A farsa que este tempo ora apresenta,

A luta no vazio se apresenta
E gera o que em verdade não mais vira
E tanto quanto possa ainda vejo
O sonho desenhado em rude queda
E nada do que deva em plena vida
Marcasse o que proponho e até desejo,

O passo desenhando este desejo
E nisto o quanto tente e se apresenta
Tomando já de assalto a minha vida
E quando se anuncia o meu desejo
A luta transformada em rude queda
Encontra o que em verdade também vejo,

O mundo aonde o fim agora eu vejo,
Expressa a solidão deste desejo
E nada do que possa evita a queda
De quem se fez atroz e se apresenta
No tanto que pudera e já não vira
Marcado eternamente pela vida,

A sorte rudemente dita a vida
E traz no temporal que enfim eu vejo
A marca mais atroz e nesta eu vira
O rústico tormento de um desejo
Que aos poucos no vazio se apresenta
E traça neste instante a minha queda,

O tanto que na queda molde a vida
E nisto se apresenta e mesmo vejo,
O quanto o meu desejo nunca vira...

609

Jamais imaginasse outro momento
Sequer eu poderia acreditar
Nas tramas onde o mundo se perdera
E a sorte no final não me valesse
Sequer o que talvez mesmo pudesse
Sentir noutro segundo em rude passo,

E pude na verdade quando passo
Trazer a imensidão deste momento
E quando na verdade mais pudesse
Ainda que deseje acreditar
Nas tramas do que nada inda valesse
E o rumo noutro tom já se perdera,

O quanto desta sorte ora perdera
Sentido no que tento ou mesmo passo,
E toda a sensação do que valesse
Tramasse cada instante num momento
Diverso do que possa acreditar
E tanto quanto queira ou mais pudesse,

A vida noutra face já pudesse
Viver o quanto segue ou se perdera
Marcando o quanto tento acreditar
E quando na verdade sinto o passo
Reparo com certeza num momento
E sei do quanto possa e me valesse.

O mundo noutra face ora valesse
E nisto este cenário onde eu pudesse
Trazer o meu sorriso num momento,
E ver o que deveras já perdera
Em rústico caminho, um ledo passo,
E nada do que eu possa acreditar,

O tanto que se tente acreditar
Nos ermos do que agora me valesse
E nisto o que talvez num novo passo
Tramasse muito além do que eu pudesse
Grassando sobre o quanto se perdera
A cada novo instante, em vão momento,

Pudesse num momento acreditar,
E tudo o que eu perdera mal valesse
E mesmo se pudesse, nega o passo.






610

O canto mais audaz que se escutasse
Na noite em serenatas, tão distante,
Pousando nos meus olhos o horizonte
Lunar diversidade se perdendo,
A sorte se moldando em multicor
E o verso se esvazia lentamente,

O tanto que percorro lentamente
O mundo e na verdade inda escutasse
Olhando este cenário multicor
Um eco que se mostre mais distante
E mesmo que inda sinta ora perdendo,
Abrindo alguma luz neste horizonte,

E vendo o quanto possa no horizonte
Traçar este caminho lentamente
O todo que tentara se perdendo,
O mundo quando enfim inda escutasse
O som de uma esperança mais distante
E nisto trame um sonho multicor,

O passo neste campo multicor
O rumo se traduz noutro horizonte
E vago o caminhante tão distante
Ainda que buscasse lentamente
O sonho que deveras escutasse
Ao largo desta estrada se perdendo,

O tanto que pudera já perdendo,
O quanto a vida fosse multicor
E nisto o que em verdade ora escutasse
Tomasse por completo este horizonte
E tanto quanto possa lentamente
O tempo se moldara mais distante,

O quanto se anuncia ora distante
Dos tantos e diversos, se perdendo,
O prazo transcorrendo lentamente
E o céu se anunciando multicor
Enquanto vejo a sombra no horizonte
Um canto mais audaz inda escutasse,

E sei que se escutasse mais distante
Olhando este horizonte se perdendo,
Transcendo em multicor, tão lentamente...


611


611

Meu tempo se mostrasse a cada engodo
Gerando novos ermos dentro da alma
E a luta na verdade se estendendo
Ao todo que pudera e não se visse
A sorte desdenhosa e mais fugaz
Expressaria enfim o que há em ti,

O todo que procuro e vejo em ti
Ainda que se mostre qual engodo
Traduz uma expressão tanto fugaz
E nela se tocando o fundo da alma
O vago caminhar já nada visse
E nem sequer o rumo se estendendo,

O prazo noutro tanto ora estendendo,
O mundo desenhando o que há de ti
No tanto que tentara e não mais visse
Marcando minha sorte em tal engodo
Jamais se percebendo o que nesta alma
Ousasse ser deveras mais fugaz,

O canto se anuncia onde é fugaz
E o tanto me aproxima e se estendendo
No que ora representa uma atroz alma
E nisto se eu me lembro, ora de ti,
O tanto desenhado em rude engodo
Expressa o que jamais na vida eu visse,

O tanto quanto tente e mesmo visse
Mergulha nos anseios e fugaz
Tramando no final o mesmo engodo
Que possa a cada passo se estendendo
Gerar o que se tenta e sei em ti
E penetrasse enfim inteira esta alma,

O mundo se desenha e desta alma
O quanto na verdade ora se visse
Trouxesse todo o sonho que há em ti,
Uma verdade audaz, porém fugaz
E nisto novamente se estendendo
O tempo reproduz o velho engodo,

E quando neste engodo adentrando alma
O mundo se estendendo nada visse
O sonho mais fugaz encontro em ti.



612


O quanto deste encanto se fez tétrico
Nos ermos de quem busca nova luz
A vida se anuncia onde é sombria
A fúria em tempestades que ora sinto,
E sigo sem sentido o quanto pude
Viver sem mais sequer outro caminho,

E quando se presume no caminho
Um dia mesmo rude e quase tétrico
O todo na verdade não mais pude
E sei que se perdera em frágil luz
O quanto de saudade ainda sinto
Expressa a realidade mais sombria,

E vendo a farsa atroz, mordaz sombria,
Ousando penetrar noutro caminho
Ainda quando em fúria, o tempo eu sinto,
Tentasse alguma sorte e mesmo tétrico
Meu mundo no final renega a luz
E gera este temor mais do que eu pude.

E tanto se deseja o quanto pude
E nada do tente em voz sombria
Marcasse com temor a torpe luz
Que toma com certeza este caminho
E molda no que fora bem mais tétrico
O medo que deveras sempre sinto.

E sei que na verdade o que ora sinto
Expressaria apenas quanto pude
Viver em rude estrada o rumo tétrico
E nele a solidão sempre é sombria
E tanto quanto possa ora caminho
E vejo noutro instante a rara luz,

O verso dita sempre a bela luz
E nela o que se possa também sinto
Ainda quando tente o que não pude
E vejo esta emoção quando caminho
Ainda quando a sorte é mais sombria
O mundo se desnuda em tom mais tétrico,

O quanto sendo tétrico e sem luz
A sorte mais sombria agora sinto,
E nisto já não pude e nem caminho...








613

Ao menos acredito ser possível
Viver o que esta vida me traria
E sendo o meu caminho tão atroz
Na sórdida expressão jamais o tive
A luta sobrevive em barricadas
Guerrilhas entre enganos e tormentas.

A vida programada em tais tormentas
Ainda que se mostre mais possível
Enfrenta as tão diversas barricadas
E ao fim desta batalha não traria
O quanto desejei e sei que tive,
Num passo rudemente mais atroz,

O tanto que se faça em tom atroz,
O verso na verdade em mais tormentas
Expressaria o tanto que eu já tive
E sei que se tentara o mais possível
Embora na verdade o que traria
Encontra no caminho as barricadas,

As sortes ultrapassam barricadas
E vejo em tantos erros este atroz
Cenário onde o todo que traria
Marcasse tão somente tais tormentas
E nelas outra sorte mais possível
Expressa o que jamais na vida eu tive,

O canto que pudera e mesmo tive,
A luta sem sentido em barricadas
E as tramas onde o todo é mais possível
O quanto se moldara tanto atroz
E sei das velhas tramas em tormentas
Que o próprio desejar já me traria,

O mundo de tal forma se traria
Ditando o que em verdade não mais tive
E sei das violentas vãs tormentas
E o tempo que decerto em barricadas
Expressa o quanto possa ser atroz
E torna qualquer sonho, mais possível,

O quanto se é possível e me traria
O vento tanto atroz que nunca tive
Tramando barricadas e tormentas.


614


O tempo na verdade não traria
A solução que busco e mesmo quando
Desenho noutro espaço o dia rude
Intensamente atroz e que em verdade
E gera o que em momentos mais diversos
Pudesse me trazer alguma paz,

O tanto que se mostre em plena paz,
Encontra o quanto possa e me traria
Vencendo os meus anseios tão diversos
E nisto se tramasse o como e quando
Ousando acreditar nesta verdade
Que molde uma expressão deveras rude,

E sinto o caminhar em mundo rude,
E nada do que possa dita a paz
Marcando o quanto gera na verdade
O todo que decerto se traria
Mergulho neste encanto desde quando
Tentasse dias rudes e diversos,

Enfrento os vendavais e sei diversos
Anseios que pudessem neste rude
Cenário traduzir o passo quando
Tramasse a sensação que tente a paz
E nisto o meu anseio me traria
Além de meramente uma verdade,

O quanto se deseja da verdade
O passo noutro instante em tons diversos
E o tempo com certeza me traria
O tanto que se mostre atroz e rude
E segue este caminho em plena paz
E nisto o mundo mostra o ser e quando,

O todo desenhando o passo quando
No mundo se somasse na verdade
E gera o que pudesse ter em paz
Trazendo os meus momentos mais diversos
E tanto quanto a vida se fez rude
Expressa o quanto possa ou se traria,

A vida não traria desde quando
Meu tempo sendo rude, na verdade
Trouxesse em tons diversos tanta paz.






615

Procuro qualquer sorte aonde eu possa
Viver em fantasias o que trago
A vida se moldando em rudimentos
O tempo na verdade nada expressa
Somente se confessa a solidão
Que tanto se desenha no horizonte

E o quanto desejara em horizonte
Diverso do que tento e mesmo possa
Vagando sem sentido em solidão
Tramando o que deveras eu te trago
O verso de tal forma enfim se expressa
E nisto sonhos são só rudimentos,

Os olhos emboscando rudimentos
Do quanto se fizer no horizonte
E tendo a sensação que a vida expressa
E tanto quanto tente e mesmo possa
Tentando cada instante que te trago
E nele superando a solidão,

A luta se desenha em solidão
E o mundo desenhando os rudimentos
Dos sonhos que deveras sei que trago
Ousando acreditar neste horizonte,
Diverso do que tanto em vida possa
E sei quando a verdade em vão se expressa.

A senda que deveras tanto expressa
A farsa desenhada em solidão,
O todo que garante o quanto eu possa
Viver além dos meros rudimentos
E nisto se moldando no horizonte
O tanto que decerto a ti eu trago,

O mundo se transcende enquanto o trago
E resta o quanto teimo e a vida expressa
Nos ermos mais audazes do horizonte
E nisto se anuncia a solidão
Que tente progredir e os rudimentos
Gerando muito mais do quanto possa,

A vida que se possa enquanto a trago,
Os ledos rudimentos, sorte expressa,
E vejo a solidão neste horizonte,

616

O quanto é necessário descobrir
Embora na rudeza dos caminhos
Ergamos neste brinde à liberdade
A sorte desejada em novos passos
E vejo tão somente no porvir
O quanto se quisera em nossa paz,

O tempo desenhado em rara paz
Meu mundo se permite descobrir
Tentando adivinhar algum porvir
E vejo o sortilégio dos caminhos
Tramando com firmeza novos passos
Que possam me trazer a liberdade,

E sei do quanto é bela liberdade
E o mundo se apresenta em plena paz
E nisto se presumem novos passos
Enquanto se procura descobrir
O todo amortecendo os meus caminhos
E nisto o quanto reste no porvir,

O mundo sem sentido e sem porvir
O prazo determina a liberdade
Envolta com certeza nos caminhos
Do sonho mais audaz e nesta paz
O quanto se tentara descobrir
Gerando com certeza novos passos,

E sei da solidez dos tantos passos
E neles o que busque diz porvir
Marcando o que pudera descobrir
A bela sensação da imensa paz
No tempo feito em rara liberdade
Vagando pelas tramas e caminhos,

E sei que poderia nos caminhos
Ousar acreditar em tantos passos
Bebendo gota a gota a imensa paz
E nisto se não vejo algum porvir
O todo se transporta e a liberdade
Já não consigo ao menos descobri,

O quanto descobrir de tais caminhos
Mostrando a liberdade destes passos
Tentando no porvir, prover a paz..







617

Meu tempo de sonhar não se esgotara
Tampouco o quanto faça mundo afora
Ao menos poderia acreditar
Nas tramas que deveras são assim,
O peso de uma vida me envergando
E o fato se traduz em vera farsa.

Meu canto na verdade se fez farsa
Enquanto esta expressão já me esgotara
E sigo a solidão quando envergando
O tempo noutro instante vida afora
E tanto se desenha sempre assim
O quanto eu poderia acreditar

Nos dias onde eu custe a acreditar
Sabendo ser amor apenas farsa,
Que trame novo rumo e mesmo assim
A luta sem sentido me esgotara
E o prazo desenhado tempo afora
Pesando e no final tudo envergando

O quanto se pudesse ora envergando
O tempo sem sentido a acreditar
Nos dias mais audazes senda afora
E quando desenhasse a velha farsa
O mundo que deveras se esgotara
Esboça o quanto resta e sabe assim,

A luta se desenha e quando assim,
O tanto noutro tom já me envergando
O marco mais audaz quando esgotara
O tempo de sonhar e acreditar
No tanto que se faça em rude farsa
E gere outro tormento estrada afora,

Sabendo o quanto resta tempo afora
O mundo na verdade é sempre assim,
E digo já sabendo de tal farsa
E nada do que possa me envergando
Traduza o quanto pude acreditar
E tudo sem sentido se esgotara.

O tempo se esgotara e mundo afora
Pudesse acreditar que sendo assim
Minha alma se envergando em dura farsa


618


Um medo se espalhando pelas rotas
Sem nada que acalante ou amenize
Meu tempo se perdera sem sentido
E o quanto se moldara noutro espaço
Expressa a solidão e nada além
Dos medos e das tramas do passado,

O canto que pudera e diz passado,
As sombras entre tantas frágeis rotas
Enquanto pressentindo sigo além
Do quanto na verdade me amenize
O tempo se mostrara sem espaço
E o mundo não traria algum sentido,

O verso que pudera ser sentido,
O canto que se tente sem passado
E o marco desenhado neste espaço
Vagando sem destino, tantas rotas,
E nelas outras várias. Amenize
O mundo sem buscar nem mesmo além,

Pretendo desviar e tendo além
Meu passo que se mostre ora sentido
Enquanto esta tormenta se amenize
Traçando cada verso de um passado
Entrando sem perguntas velhas rotas
E nisto se prevendo algum espaço,

O quanto se anuncia em ledo espaço
E dita o que buscara sempre além
Dos ermos que traduzem velhas rotas
E nelas o que possa ser sentido,
Ditando com certeza o meu passado,
Enfrente cada luta e se amenize,

Ainda quando o todo me amenize
O cântico se mostra neste espaço
Vagando sem saber do meu passado
E siga com certeza muito além
E nisto o que pudera ser sentido
Adentra sem perguntas velhas rotas,

O quanto destas rotas amenize
O mundo que sentido nega espaço,
E o todo segue além do meu passado.










619


Jogando sem sentido ao próprio vento
Palavras que no fim serão libertas
E tanto que se tente noutro encanto
Resumos mais diversos e sensatos
Os olhos procurando velhos ermos
E os tempos anunciam cada fato.

O canto noutro engodo dita o fato
E sei desta expressão envolta em vento,
E o tempo se desenha nestes ermos
E quando as fantasias tu libertas
Os dias poderiam ser sensatos
E neles encontrasse algum encanto,

O todo ora anuncia e se me encanto
Apenas resumindo o ledo fato
Marcasse o que pudesse em tão sensatos
Momentos onde o tempo segue o vento
E nisto as fantasias mais libertas
Expressam os caminhos mesmo os ermos,

E singro revoltosos mares ermos
E toda esta expressão em raro encanto
Tocasse o quanto em paz ora libertas
Grassando a sensação de um rude fato
E nele o que pudera trame o vento
E sigo os dias rudes e sensatos,

Nas sortes entre enganos mais sensatos,
Os passos que deveras sigam ermos
No tanto que enfrentasse o próprio vento
E nisto se sentisse algum encanto
O verso desbravando cada fato,
Nas sortes que deveras tu libertas,

As horas entre tantas mais libertas
Os dias que buscassem ser sensatos
E o mundo sonegando um torpe fato
Enquanto se aproxima de tais ermos
No fundo sem saber de algum encanto
Espalha o pensamento ao livre vento,

E quando deste vento te libertas
E geras com encanto os mais sensatos
Momentos entre os ermos ditas fato.


620

Confesso quanto eu quero e não consigo
Tentar me libertar da fantasia
Que quando me acompanha já destrói
O tempo onde eu pudera descansar,
E sei que na verdade qual escravo
Eu volto e no teclado, assim mergulho,

E quando no vazio ora mergulho
Buscando não sei quê, jamais consigo,
Trazer o tempo em sorte, mas escravo,
Apenas me tomando a fantasia
O quanto se deseja descansar
O verso vem de novo e isto destrói,

Nem mesmo o que buscasse e assim destrói
Tramando sem sentido este mergulho
Aonde deveria descansar
O tanto que persigo e não consigo
A paz se torna mera fantasia
E dela sou somente um tolo escravo,

A vida de quem é do sonho escravo
Resume o que em verdade ora destrói
Sorvendo gota a gota a fantasia
E nisso inutilmente este mergulho
Traduz o que decerto traz consigo
Não deixa o pensamento descansar,

E tanto necessito descansar
Acreditar no quanto ser escravo
Impede o ser feliz, jamais consigo,
E o mundo desenhado se destrói
Nas pedras onde salto em vão mergulho,
A sórdida expressão da fantasia,

O verso se transforma em fantasia,
E rege o quanto tento descansar
Na tétrica ilusão quando mergulho,
Sabendo que no fim por ser escravo
Uma esperança apenas se destrói
E o tanto que buscara, não consigo,

Se nada ora consigo, a fantasia
Somente me destrói, sem descansar,
De novo um tolo escravo em vão, mergulho.


621

As vagas em procelas tomam a alma
Do velho marinheiro sem descanso,
O quanto se tentasse navegar
Embora sem saber a direção
Há tanto que perdera o meu timão,
Há tanto que não sei se existe cais.

O amor quando pudera ser meu cais
O caos tomando em fúria inteira esta alma
E quando se percebe sem timão
O olhar sem horizontes não descanso,
Aonde poderia a direção
Jamais se deixaria navegar.

O mundo como fosse navegar
Entranho num instante e busco o cais,
Porém por onde está, sem direção,
Tomando inteiramente o quanto há na alma
E quando mais distante, ouso o descanso.
A vida leva o leme e o meu timão,

Um timoneiro busca algum timão
E sabe que não pode navegar
E tanto se pensara no descanso,
Mas como se não vejo sequer cais
E tento acreditar no fundo da alma
Ousando noutra rota, direção,

E quando se percebe a direção
Diversa da que possa, sem timão,
Assim descarrilasse também a alma
Que tanto se tentara navegar,
Agora num ausente e vago cais
Não sabe nem sequer o que é descanso,

O olhar noutro caminho e não descanso,
O mundo sem sentido e direção
Flutua uma esperança de algum cais
E sei que sem sequer leme ou timão
Não tenho nem mais como navegar
E sinto que à deriva segue esta alma.

O quanto resta na alma sem descanso,
O velho navegar sem direção,
Sem ter algum timão, não tenho o cais...


622

O mundo se anuncia de tal forma
Que tanto poderia ser diverso
Do tempo quando a sorte se moldasse
Nas tramas mais felizes ou tentasse,
O canto noutro passo se perdendo
E a fúria se espalhando dentro em nós,

O quanto que pudesse ter em nós
O tanto se mostrara desta forma
E quando o meu caminho ora perdendo,
O passo se presume tão diverso
E gera o quanto possa e se tentasse,
No mundo que esperança enfim moldasse,

O tanto que se tente e se moldasse
Arcando com a fúria sobre nós
E o verso mesmo quando não tentasse
Tomasse da ilusão a mesma forma
E nisto se mostrara o mais diverso
Enquanto de si próprio se perdendo,

O todo se anuncia onde perdendo
O quanto na verdade se moldasse
E nisto noutro rumo, tão diverso
Aos poucos sem sentido dentro em nós
O tanto que pudera e de tal forma
Que nada mais tivesse e nem tentasse,

E quando esta incerteza se tentasse
Traria o meu olhar que ora perdendo
Este horizonte atroz quando se forma
E nisto este cenário se moldasse
Ousando perpetrar a dor em nós
Tramando o sentimento mais diverso,

E quando se percebe estar diverso
Do tanto que se possa e já tentasse
O resto da esperança viva em nós
O tanto que se queira se perdendo,
E o nada quando a sorte enfim moldasse
Traria do vazio a tosca forma,

E quando ora se forma em tom diverso
O tempo se moldasse e já tentasse
O rumo, ora perdendo o senso em nós.






623

A noite sem estrelas nem luar
O peso de uma vida sem sentido
O quanto se mostrasse e nada resta
Do sonho feito em rude pesadelo,
Meu canto se desfaz em um minuto
E o medo se apodera da existência,

A vida na temível existência
Do quanto se desenha em tal luar
Ainda que persista algum minuto
Encontra no vazio o seu sentido
E tanto quanto possa o pesadelo
Destroça uma esperança que ali resta,

O medo sendo tudo o quanto resta,
O canto mais atroz dita existência
E passo a vida inteira em pesadelo
No quanto procurasse algum luar
E tendo meu caminho sem sentido
Não sobra nem sequer algum minuto

Quisera ter apenas um minuto
E ver este cenário que ora resta
Gerando com certeza este sentido,
E toda a magnitude da existência
Tramasse com carinho este luar
Deixando para trás um pesadelo,

O tanto que se molde em pesadelo
E a farsa se descobre num minuto,
E quando procurasse algum luar
Apenas tanta treva é o que inda resta
E sigo sem saber desta existência
Que possa traduzir algum sentido,

O quanto se mostrara já sentido
E nada além do mero pesadelo
Que tanto dominasse esta existência
E o prazo se esgotando num minuto,
Enquanto uma alegria em sonhos resta,
Ainda se acredita no luar,

O tempo de um luar se faz sentido
Somando o quanto resta, um pesadelo,
Não vale um só minuto da existência.


624

Ainda se procura qualquer sorte
Diversa que tanto conheci
Galgando este temor que sei aqui
Sem nada que deveras me conforte,
Ousando acreditar no que pudera
A vida se anuncia feita em fera,

O tempo demonstrando a rude fera
E nela toda a fúria eclode em sorte
E nisto todo o sonho que eu pudera
E mesmo o quanto tive ou conheci
Jamais ao caminhante ora conforte
Marcando o que pudesse ter aqui,

O tanto quanto tenha mesmo aqui
E nisto a sensação se mostra fera
Ainda quando o sonho me conforte
E trace na verdade nova sorte
O todo que decerto eu conheci,
Talvez noutro momento; enfim pudera,

O senso que domina e não pudera
Viver a sensação que trago aqui
E nisto todo encanto eu conheci
E vejo a cada instante a mesma fera
Tomando em suas mãos a minha sorte
Sem nada que inda possa e me conforte,

A vida não permita que conforte
O velho sentimento onde pudera
Traçar noutro caminho a minha sorte
E vendo o quando tenho mesmo aqui
A velha solidão, temida fera,
Destrói o que devera conheci,

E o tanto que sonhasse e conheci,
O canto quando o tempo me conforte
E nisto se apresenta a velha fera
Que tantas vezes dita o que pudera
Matando pouco a pouco e desde aqui
O mundo sem sentido em rude sorte,

O quanto desta sorte eu conheci,
E sei quando daqui não me conforte,
O tanto que pudera expondo a fera...






625

A vida não depende de algum fato
Que possa noutro instante demarcar
O velho caminheiro que resgato
Nesta alma que tentasse navegar
Nas várias ilusões que aqui constato
Fazendo da esperança o imenso mar,

E sei que na verdade o quanto em mar
Pudesse traduzir o mesmo fato
Enquanto noutra face ora constato
O que pudera outrora demarcar
E quando mesmo tente navegar
O mero sentimento ora resgato.

E quando no final tento e resgato
Somente o que pudesse neste mar
Ainda quando eu tente navegar
O manto se mostrasse como um fato
Que a vida não pudesse demarcar
E sei quando em verdade mal constato,

O tempo que se mostre e ali constato,
O quanto poderia e não resgato
Tentando neste instante demarcar
Ao menos nesta brisa, belo mar,
O mundo se resume neste fato
Enquanto busco apenas navegar,

E sei quanto é preciso navegar
E quando esta certeza enfim constato
O todo se moldando neste fato
Enquanto a solidão enfim resgato,
Ousando ter no olhar o céu e o mar
Não tento outro momento demarcar,

A vida que pudesse demarcar
O quanto se permita navegar
E tanto se deseja ter o mar,
E sei que na verdade o que constato
E mesmo do passado inda resgato,
Explicitasse a dor em rude fato,

E quando neste fato, a demarcar,
O todo que resgato a navegar
O sonho onde o constato enfrente o mar.

626

Não mais imaginasse qualquer trama
Aonde o que se veja não traduza
A senda mais suave ou tão confusa
Que traga tão somente a dor e o drama,
No tanto que se possa e se reclama
A luta sem temor jamais se escusa,

E quando procurasse alguma escusa
Tentando adivinhar o que se trama
O passo na verdade ora reclama
E mostre o quanto sente e mal traduza
Na vida que se faz em rude drama
E sei ser tão complexa quão confusa,

A sorte de tal forma mais confusa
Jamais admitiria alguma escusa
De quem sabe diverso o rude drama
E quando na incerteza gera a trama
Enquanto o dia a dia não traduza
Apenas sem sentido algum reclama,

O tanto que esta sorte já reclama
E torna a minha vida mais confusa
Explode no momento onde traduza
A vida sem saber qualquer escusa
E quando na verdade vejo a trama
Encontro no caminho o medo e o drama,

O tanto desenhado em rude drama
A leda sensação que ora reclama
Gerando no vazio o que não trama
A vida sem sentido e tão confusa,
E quando se imagina assim escusa
Não há sequer palavra que a traduza,

O tanto que se queira e já traduza
O mundo desenhado em fúria e drama
Encontra a mesma face e não se escusa
Tampouco e com certeza não reclama
Marcando esta noção torpe e confusa
Que a própria persistência dita e trama,

O quanto que se trama não traduza
A sorte mais confusa e o velho drama
Vivendo o que reclama em forma escusa.






627

Ainda que se possa presumir
Os versos não trariam esta paz
Que tanto necessito e no sentir
O mundo a cada instante já desfaz
O quanto poderia e do porvir
O gesto trama o quanto deixa atrás,

O tanto que pudera e sigo atrás
Tentando sem sucesso presumir,
E disto se desenha algum porvir
Que trame com ternura alguma paz
O verso se mostrara onde desfaz
O quanto se deseja ora sentir,

E vendo o que me resta ao te sentir
Extremamente bela, deixo atrás,
O todo que passei já se desfaz,
Ainda que não possa presumir
E encontro finalmente a vida em paz
Buscando algum espaço no porvir

E sei que tanto possa em tal porvir
Viver o que pudesse ao te sentir
Presente transformando amor em paz
E sigo sem sequer olhar p’ra trás
E tanto quanto pude presumir
Agora e pouco a pouco se desfaz,

A vida neste instante ora desfaz
O tanto que se possa no porvir
E marca o quanto tente presumir
Deixando na verdade de sentir
O todo que ficara bem atrás
E morto quando vejo enfim a paz

O amor se transformando em plena paz
O corte do passado, enfim desfaz,
O mundo se anuncia e segue atrás
Do quanto se imagina de um porvir
Que possa a cada instante além sentir
Ou mesmo noutra sorte presumir,

E sei que ao presumir inteira a paz,
O todo ao se sentir a dor desfaz
A ausência de porvir, restando atrás..

628

Um anjo que pensara noutro instante
Vagando sobre espaços infinitos
E neste sonho audaz e delirante
Encontro com ternura velhos ritos
E sigo o que pudera doravante
Em dias tão suaves quão bonitos,

E sei dos meus anseios e bonitos
Momentos se desenham num instante,
E quando se imagina doravante
Delírios em desejos infinitos
Eclodem na emoção de belos ritos
Num ato tão sublime e delirante,

Um mundo que se veja delirante
E trace com candura os mais bonitos
Anseios entre antigos, magos ritos,
E possa nos trazer em um instante
Em passos procurando os infinitos
E sigo o quanto possa doravante,

E sei do meu anseio e doravante
Encontro alguma luz mais delirante
E sinto a previsão em infinitos
Cenários onde possam tão bonitos
Os dias que se mostrem num instante
Trazendo para a vida tantos ritos,

E quando percebesse que em tais ritos
O todo se mostrasse doravante
Tocando com ternura a cada instante
O quanto poderia em delirante
Caminho traduzir os mais bonitos
Anseios entre sonhos infinitos,

E vago nos momentos infinitos
Ousando acreditar em tantos ritos
Que tracem caminhares mais bonitos,
E tento disfarçar e doravante
O quanto se anuncia delirante
Expressa o grande amor em um instante,

Meu tempo neste instante em infinitos
Caminhos; delirante trama os ritos,
Que moldem doravante os tons bonitos...






629


Ainda se procura uma saída
Que possa permitir o ser tranquilo
E quando em solidão tanto vacilo
A sorte se presume em despedida,
O tempo noutro engodo noutro estilo
Expressa a sensação da amarga vida.

Ainda que se mostre em nossa vida
O tanto sem destino e sem saída
O quanto poderia em manso estilo
Num dia tão suave quão tranquilo
Gerar além da mera despedida
O tanto que sem nexo ora vacilo,

E quando se percebe num vacilo
O passo sem sentido em rude vida
Apenas se tocasse a despedida
E nela não se vendo uma saída
Somente se mostrando mais tranquilo
E nisso não se vendo um tolo estilo.

O passo se mostrando num estilo
Diverso do que mostre e não vacilo,
Gerando o quando possa ser tranquilo,
Encontro na verdade a minha vida
Sem ter sequer noção de uma saída
Exposta no que possa à despedida

O mundo se permite em despedida
E vendo o quanto tente neste estilo,
Encontro finalmente uma saída
E sei do que pudesse sem vacilo,
Gerando com certeza a própria vida
Gerindo o meu caminho mais tranquilo

O tanto se moldara onde é tranquilo,
E sei que na verdade a despedida
Expressa o quanto possa nesta vida
Marcando com firmeza o velho estilo
De quem se permitisse sem vacilo
Ao menos procurar uma saída,

E tendo uma saída estou tranquilo,
E sei que não vacilo e a despedida
Expressa qual estilo a nova vida.



630


Levando a vida assim e de tal forma
Que nada mais impeça a caminhada
De quem se percebera e deste nada
Apenas outro passo se transforma
E quando percebesse a madrugada
A luta noutro tom já se deforma,

Marcando o que deveras me deforma
O todo se mostrando em torpe forma
Enquanto adentra a própria madrugada
Expressaria além da caminhada
E nisto o dia a dia se transforma
Deixando como marca o quase nada,

Aonde se imagina o quanto em nada
Houvesse cada instante e se deforma
A luta pouco a pouco nos transforma
E gera o que pudesse de tal forma
Que quando se anuncia a caminhada
Encontraria o vão da madrugada

A lua se entregando em madrugada
O tempo traduzido neste nada
A luta que pudesse em caminhada
Gerar o que se quer e nos deforma
Enquanto uma expressão moldasse a forma
O mundo noutro tom já se transforma,

O tanto que pudera ora transforma
E toma já de assalto a madrugada
Deixando no passado a justa forma
Que tanto quanto possa dita o nada
E gera o que tentasse e assim deforma
Marcando com terror a caminhada,

E quando se previsse caminhada
Por entre tantos ermos, já transforma,
A vida noutro tom tanto deforma
E marca o que pudesse em madrugada
Moldando da esperança o mesmo nada
Que toma do passado a turva forma

E quando já se forma em caminhada,
O tanto deste nada se transforma
E mesmo a madrugada nos deforma...

631

Meu mundo num instante poderia
Tentar alguma luz e mesmo um passo
Que possa traduzir o quanto faço
Tateio mansamente a fantasia
E quando se presume sem espaço
O todo se transforma em utopia,

O verso se regendo e na utopia
O tanto sem limites poderia
Tramar o que desejo noutro passo,
E quando na verdade em ledo espaço
O todo que pudera em fantasia
Negasse o que se tente e mesmo faço,

O prazo determina o quanto faço
E sei do meu anseio e da utopia
Que rege o pensamento e a fantasia
Ousando muito além e poderia
Traçar o quanto vejo e mesmo passo
Num mundo sem sentido e sem espaço,

Meu canto se perdendo em rude espaço
E o sonho se expressando enquanto faço
Meu pranto derramado num só passo
E nisto se apodera esta utopia
Marcando o quanto tente e poderia
Enquanto uma alma segue em fantasia,

O todo que deveras fantasia,
O senso sem saber sequer espaço
O mundo que decerto eu poderia
Tocar em harmonia o que ora faço
Gerasse no final esta utopia
Enquanto se tentasse mais um passo,

Meu mundo noutro tanto agora eu passo,
E vejo sem sentido a fantasia
Marcando o quanto possa e na utopia
Tentando redimir o ledo espaço
O todo que buscara quando o faço
Expressa o que deveras poderia,

E sei que poderia noutro passo
Enquanto tento e faço a fantasia
Gerar em novo espaço esta utopia.


632

Não mais que meramente a vida traça
O caos quando em verdade quis bem mais
E nisto se moldando na fumaça
Os ermos e diversos vendavais
Vagando sobre o tempo em luz escassa
A sorte não veria, enfim, jamais,

E quando se presume este jamais
Na luta que deveras também traça
A sórdida expressão que eu sei escassa
E nisto poderia muito mais
Que tanto se anuncia em vendavais
Levando para longe esta fumaça

O mundo na verdade qual fumaça
Encontra em desvario o que jamais
Pensasse ser além dos vendavais
E nisto o quanto resta agora traça
E molda o que desejo mais e mais
Embora a sorte seja tão escassa,

Na farsa que desenha a luta escassa,
O preço a se pagar vira fumaça
E o todo não se vendo nunca mais
Expressa tão somente o que jamais
Marcasse com terror enquanto traça
A sórdida expressão em vendavais

E nestes mais atrozes vendavais
O mundo traz a luta mesmo escassa
E quando na verdade o passo traça
A tétrica expressão que qual fumaça
Adentra sem sentido o que jamais
Pudesse traduzir em algo mais,

E quando se mostrasse neste mais
Apenas e somente os vendavais
O brilho não viria, pois jamais,
A sorte mesmo sendo tão escassa
Ao se fazer diversa na fumaça
Outro cenário busca ou mesmo traça,

E quando ora se traça muito mais
O quanto em tal fumaça, os vendavais,
Expressam luta escassa e paz? Jamais...





633

Ainda que se faça de tal sorte
O todo mais atroz em passo rude
O mundo na verdade desilude
E gera no final somente a morte
E nada que pudesse e me comporte
Traduza o caminho em plenitude,

A vida se moldara e a plenitude
Do sonho num ditame em torpe sorte
Traduza o que deveras já comporte
Embora saiba ser o mundo, rude,
E nisto se presume enfim a morte
E a luta noutra face desilude,

O quanto se pudera e desilude
Além do que em verdade a plenitude
Gerasse muito além da própria morte
E nisto o quanto vejo dita a sorte
E tanto poderia sendo rude
Vagar onde o meu passo se comporte,

E tanto quanto a vida em paz comporte
O verso se anuncia e desilude
Quem tanto noutro tom quer plenitude
Embora no final a torpe sorte
Expresse este caminho audaz, mas rude,
Marcasse sem limites minha morte

E sinto que se veja após a morte
O tanto quanto possa e se comporte
Marcando o quanto a vida nega a sorte
E sei do quanto possa em plenitude
Vivendo o que deveras desilude,
Tornando o pensamento tosco e rude

E quando se anuncia em tom mais rude
O passo que levasse enfim à morte,
O mundo noutro tom em plenitude
Gerasse o que deveras não comporte
E nem sequer enquanto desilude
Deixasse mais tranquila a nossa sorte,

E quando desta sorte atroz e rude
O tanto desilude e dita a morte,
Jamais em mim comporte a plenitude.


634

Não mais que alguma luz que ainda veja
Depois do tanto medo aonde um dia
Cerzira sem sentido a fantasia
E nisto se moldara tal peleja
Ainda que a verdade sempre seja
O que pudera crer nada viria,

O tanto que se tente e até viria
No tempo quando o rumo ainda veja
Expressa de tal forma o quanto seja
Marcando o que pudera noutro dia
Gerando muito além de tal peleja
O quanto esta esperança fantasia,

Meu verso se resume em fantasia
E bebo do que tanto inda viria
Ousando muito além desta peleja
E nisto o que pudera quando veja
Tocar numa expressão suave o dia
E ser quem na verdade sempre seja,

A sorte de tal forma venha e seja
O quanto se anuncia em fantasia
E gera a solidão enquanto veja
O todo que traçasse novo dia
E nisto tão somente ora viria
Traçar num passo a passo esta peleja

O tanto que se busca e se peleja
O quanto se moldara enquanto seja
A velha sensação que agora veja
O corte mais sutil da fantasia
Matando o quanto sei que inda viria
E nisto desnudando um novo dia

A sorte se desenha neste dia
E quando se traduza em tal peleja
O sonho na verdade não viria
E o verso que diverso sempre seja
Moldasse o que esperança fantasia
Ainda quando tente e nada veja,

O tanto que se veja a cada dia
Expressa a fantasia onde peleja
A sorte que assim seja e não viria...





635


Não me cabe sequer imaginar
As tramas que eu tentasse desvendar
Enquanto a noite caia devagar
Rondando em tom brumoso este horizonte
E tanto quanto possa ora se aponte
O mundo que tentara em clara fonte.

E assim ao perceber a bela fonte
Ainda que pudesse imaginar
O encanto noutro tom enquanto aponte
Tentasse num momento desvendar
E quando se presume este horizonte
Caminho com certeza, devagar,

E tanto se mostrasse devagar
O passo que resume além da fonte
O todo desenhado no horizonte
E o mundo que tentasse imaginar
E quando me percebo a desvendar
Não tenho mais sequer quem paz aponte,

O tanto se deseja e nada aponte
Sequer o quanto tente, devagar,
O mundo se pudesse desvendar
Tramasse com certeza a rara fonte
E nisto o quanto tente imaginar
Expressa muito além deste horizonte,

E quando na incerteza do horizonte
O prazo que traduz o que se aponte
Além do que pudesse imaginar
E nisto cada passo devagar
Tentasse na verdade a rara fonte
Que teime na incerteza desvendar,

O mundo que eu pudera desvendar
O todo se anuncia no horizonte
E quando se percebe em bela fonte
Ousasse num instante onde se aponte
Um passo mais tranquilo, devagar,
E nisto outro cenário, imaginar,

Assim no imaginar o desvendar,
Andando devagar, busco horizonte,
Aonde em paz se aponte a clara fonte.


636

Meu mundo se anuncia em temporais
E vejo quanto pude e não tivera
Senão a mesma face tão austera
Que tanto neste instante demonstrais
E vejo as roupas soltas nos varais
E o olhar da solidão, soberba fera,

Assim ao perceber a vida, a fera,
Que molde a cada farsa os temporais
E nisto pendurando nos varais
Esta esperança tola que eu tivera.
Enquanto em tais vazios demonstrais
A vida se mostrara tão austera

O quanto desejara e fora austera
A sorte se transforma e desta fera
Somente o que se espera demonstrais,
Rugindo em plena noite temporais,
E o todo que deveras não tivera
Jogando sobre o solo os meus varais,

E tanto que pudera os vãos varais
Expressam solidão bem mais austera
E nisto cada engodo que eu tivera
Desenha no final a mesma fera
Enquanto ao enfrentar os temporais
Somente este vazio, demonstrais,

E tanto quanto possa e demonstrais
Nos erros costumeiros, meus varais
Já rotos pelos tantos temporais
Na face mais audaz e mesmo austera
Daquela que se fez em rude fera
E trama o que jamais em paz tivera,

O todo que se veja e até tivera
Num ermo caminhar não demonstrais
E vejo que se traça a velha fera
Rondando enfim quintais, casa e varais,
Medonha e caricata enquanto austera
Expondo meu caminho aos temporais

Em meio aos temporais jamais tivera
A sorte quando austera demonstrais
E rompes meus varais, temível fera...






637

Ainda quando a vida trouxe a rota
Diversa que busquei desde o passado
Negando o quanto fosse anunciado
E mesmo o dia a dia ora denota
Deixando o meu caminho assim de lado
Encontro no final esta derrota,

A senda dita o rumo da derrota
E quando se percebe em torpe rota
O mundo se moldara e deste lado
Que possa se traçar todo o passado
A velha solidão enfim denota
O quanto se percebe anunciado,

O tempo que pudera anunciado
Nas tramas de quem tenta e se derrota
Enquanto a fantasia em paz denota
Marcando com ternura a velha rota
E gera do que fora meu passado,
O tempo noutro rumo e sigo ao lado,

O todo se presume e traz do lado
O velho coração que anunciado
Tocasse com firmeza o meu passado,
E nisto ao saber cada derrota
Tramasse sutilmente nova rota
Que esta esperança agora em paz denota,

O todo se presume e se denota
O quanto poderia ter ao lado,
Tentando resumir a velha rota
No tempo noutro instante anunciado
E o corte impediria uma derrota
E disto vejo a sombra do passado,

A luta se desfaz e meu passado
Agora noutro tom já se denota
Marcando o que pudera em vã derrota
Deixando o sentimento assim de lado
E nisto o meu anseio anunciado
Expressa o que seria vaga rota,

O tanto desta rota diz passado,
O tempo anunciado ora denota
E deixa enfim de lado, esta derrota...

638


Meu tempo se anuncia sem que eu possa
Tramar uma saída ou mesmo a paz
E sei do quanto seja mais capaz
Além do que em verdade nada endossa
A vida que tentara sendo nossa
E o verso que deveras satisfaz,

O tempo na verdade satisfaz
E gera muito além do que inda possa
Trazendo no final o quanto é nossa
Embora se procure além a paz,
A luta que se trame e assim endossa
O sonho onde pudera ser capaz,

E quando se percebe o que é capaz
Meu mundo que ora nunca satisfaz
E o sonho na verdade busca e endossa
Ainda quando tente e mesmo possa
Gerar o que restara em plena paz
E nisto a solidão se faz tão nossa,

A vida noutro tempo fosse nossa
E sei do quanto o mundo foi capaz
E nisto se perdendo inteira a paz
O quanto cada engodo satisfaz
O sonho se traduz no quanto possa
E gere o que em verdade a vida endossa,

O tempo não suporta e nem endossa
O quanto se deseja seja nossa
Ou mesmo traduzisse o quanto possa
Vagando num momento mais capaz
E nisto o que resume e satisfaz
Tramasse tão somente a mesma paz.

E quando se anuncia em nós a paz
O todo se transforma e assim endossa
O mundo que deveras satisfaz
O tanto que pudesse em sorte nossa
Ou mesmo desejasse ser capaz,
Vagar entre o que devo, mas não possa,

E sinto que se possa ter na paz
O quanto se é capaz e a vida endossa
Ainda que só nossa. Satisfaz...









639


Aprendo com a vida, mas também,
Procuro alguma sorte mais diversa
E sei que tão somente desconversa
Uma alma que buscando o quanto tem
Encontra no final, o quanto vem,
Trazendo esta noção tanto dispersa,

E quando meu caminho se dispersa
Gerando o que em verdade sei também
A luta se mostrara e sempre vem
Tramando o quanto trace em luz diversa
E quanto a solidão devera tem
O mundo sem sentido a desconversa,

E nada do que eu possa desconversa
A sórdida noção que ora dispersa
Vagando sem saber o quanto tem
Sabendo do que possa e sei também
E o passo na noção clara e diversa
Do todo que deveras nunca vem,

O mundo se presume e quando vem
Encontra a solidão e desconversa
Além do quanto reste na diversa
Noção que tanto possa e já dispersa
Meu passo no sentido que também
Traduza o que sei no fundo tem,

O tanto que deveras sempre tem
E o mundo não soubera enquanto vem
Marcando com terror o ser também
E nisto tão somente desconversa
Usando da verdade mais dispersa
Na luta que se mostre ser diversa

E tanto quanto a vida foi diversa
Do que ora imaginara e nada tem
Somente o que se teima e já dispersa
Vestígios de outro tempo sempre vem
E toda esta noção se desconversa
Traçando o que de fato sei também.

O quanto sei também da dor diversa,
O sonho desconversa enquanto tem
Meu sonho que se vem tudo dispersa...


640

Meu tempo de viver e de sonhar
Aos poucos determina o fim do jogo
E quando mergulhasse em tanto fogo
Numa alma tão diversa ou procurar
Apenas o que possa neste rogo
A vida noutra cena demonstrar,

E quando se pudesse demonstrar
O quanto se presume no sonhar
Encontro no final o mesmo rogo
Vagando sem sentido e deste jogo
Mergulho no que possa procurar
E sei que no final exposto ao fogo,

E sendo tão comum o farto fogo
E o verso que se possa demonstrar
Ousando sem sentir ou procurar
Ainda o quanto tente ora sonhar
Marcando desde já o velho jogo
E nele se tentasse um mesmo rogo,

O mundo sem sentido em ledo rogo
Expondo o coração ao próprio fogo
E mesmo quando veja o velho jogo
Traduz o quanto queira demonstrar
Diverso do que possa enfim sonhar
É quando me cansei de procurar,

E quantas vezes tento procurar
A luta que se mostre feita em rogo
E o passo se transforma no sonhar
Que possa noutro instante em pleno fogo
Aos poucos novamente demonstrar
O quanto se deseja deste jogo,

A vida, na verdade lembra um jogo
E sei do quanto valha procurar
E sinto o que pudera demonstrar
Envolto nos anseios deste rogo
Trazendo para a vida em pleno fogo
O todo quanto pude mais sonhar,

O quanto do sonhar traduza o jogo
E nisto imenso fogo a procurar
E quando me ledo rogo, demonstrar.

641

Ainda se pudera ter nas mãos
O tempo que se escorre tão fugaz
Traçar algum instante feito em paz
Ousar além dos tantos vários vãos
E quando a vida dita os fartos nãos
De renovar o sonho, ser capaz,

E ter esta certeza e além, capaz,
Não deixar escapar de minhas mãos,
O superar final de tantos nãos
Embora saiba ser isto fugaz,
Ao superar diversos torpes vãos
Encontre finalmente o amor em paz.

Daria tudo mesmo pela paz,
E sei do quanto possa ser capaz
Que sabe superar da sorte os vãos
E tendo esta esperança em minhas mãos
O sonho não seria tão fugaz
E superasse assim enfim os nãos.

O tempo se anuncia entre estes nãos
Roubando e destroçando em guerra, a paz.
E quando eu a percebo é tão fugaz,
Ainda que imagine ser capaz
De ter sob o controle destas mãos,
Os dias entre engodos, todos vãos,

Porém ao perceber os tantos vãos
Que a vida traz em marcando os vários nãos
Negando a melhor sorte; minhas mãos
Procuram o caminho feito em paz
E creio ingenuamente ser capaz
Embora seja um sonho tão fugaz,

O mundo se desenha ora fugaz
E os passos enfrentando tantos vãos
No quanto poderia ser capaz
E ter além de todos rudes nãos,
O sonho de viver em plena paz,
Mantendo esta vontade em minhas mãos,

As rédeas nestas mãos, tempo fugaz
Invés da plena paz, os dias vãos
E dentre tantos nãos ser mais capaz...


642


Meu passo adentra a noite e numa esquina
Encontra uma saída inesperada
A sorte que deveras me domina
Há tanto não me trouxe quase nada,
As tramas tão diversas e a menina
Seguindo com certe noutra estrada,

E sei que poderia numa estrada
Ousar além do quanto nesta esquina
O quanto me traduza esta menina
Na luta que se perde inesperada
Traçar deste caminho em tudo ou nada
A bênção que deveras me domina,

O passo se deseja e já domina
Quem segue em desvario pela estrada
Depois de tanto tempo, resta nada,
Somente o desencontro em leda esquina
E a vida se mostrando inesperada
Trazendo nos meus sonhos, a menina.

O verso onde eu pudera; esta menina,
Que tanto me maltrata e me domina,
Enquanto se perdesse inesperada
A luta desfiando numa estrada
Que a cada encruzilhada, numa esquina,
Traduza simplesmente o mesmo nada,

E quanto se anuncia deste nada
O todo que pudesse esta menina
A vida se desenha em cada esquina
E deixa simplesmente o que domina
Marcando com vigor a leda estrada
Que sinto sem sentido, inesperada.

Eu sei da luta rude e inesperada
E nela se anuncia o mesmo nada
Que tanto dominasse cada estrada,
Ousando ter além desta menina
Que tanto me destrói quanto domina,
Na sórdida ilusão de toda esquina,

E quando noutra esquina, inesperada,
Enquanto me domina traz o nada
Dos sonhos da menina, a rude estrada.






643


Jamais imaginasse que esta luta
Há tanto desenhada nos meus passos
Deixasse na verdade tantos traços
Marcando esta emoção deveras bruta,
A sorte na verdade não reluta
E sigo os meus caminhos, ermos, lassos,

Os dias se apresentem tanto lassos
Depois de quanto possa ver quem luta
Na sorte que decerto se reluta
Enfrenta a tempestade feita em passos
E sei do quanto possa em força bruta
Vencer esta ilusão em rudes traços

Sentindo da expressão diversos traços,
Marcados pelos vagos sonhos lassos
E neles a verdade se faz bruta
Enquanto uma vontade tanto luta
Nas marcas mais profundas dos meus passos
O tanto que se quer e não reluta,

Minha alma quando agora em vão reluta
O tempo se deseja em mansos traços
E sei da precisão de tantos passos
E os dias se mostrassem mesmo lassos
Enquanto na esperança feita em luta
A sorte não seria jamais bruta,

E tanto sendo a vida deveras bruta
O quanto se procura e se reluta
A vida se anuncia enquanto luta
Marcando com angústia tantos traços
E nisto se percebem dias lassos
E neles vou seguindo em mansos passos,

Os olhos procurando por teus passos
O corte se anuncia e a força bruta
Expressaria além dos tantos lassos
Momentos onde a força não reluta
E marca com certeza em fundos traços
O todo que transforme sonho em luta

E quando a gente luta nestes passos
Seguindo velhos traços, senda bruta,
O dia não reluta, em ermos lassos...


644


Por vezes esta vida em artimanha
Prepara a cada instante uma armadilha
E sigo sem sentido a velha trilha
Embora reconheça cada sanha,
E sei do que pudera e tanto brilha
Enquanto esta desdita me acompanha,

A luta se deveras se acompanha
De cada novo passo em artimanha
Encontro o que deveras tenta e brilha
Deixando no caminho esta armadilha
Que possa desenhar em rude sanha
O todo que se mostre e o sonho trilha,

A vida na verdade segue a trilha
De todos os meus sonhos e acompanha
Ainda que se veja a mesma sanha
Gerada pela sorte em artimanha
E nisto se prepara uma armadilha
Que ao mesmo tempo fere e tanto brilha,

A sorte de quem tanto quer ou brilha
O rumo se desenha e nesta trilha
Apenas no tornar desta armadilha
O verso se mostrara e me acompanha
Gerando na verdade esta artimanha
Que possa traduzir a velha sanha,

Meu passo se adentrando sabe a sanha
E tenta caminhar por onde brilha
A luta feita ardil, em artimanha,
E sei do quanto possa em cada trilha
Ainda quando a dor vem e acompanha
Marcando atocaiada esta armadilha,

A vida por si só, uma armadilha,
E quando se prepara nova sanha
O tanto que pudesse me acompanha
E gera o que se tenta enquanto brilha
Vencendo a mais diversa e vaga trilha
Traçada com loucura em artimanha,

A vida em artimanha, uma armadilha
Fazendo desta trilha, nova sanha,
Ainda quando brilha, me acompanha...






645


Ainda quando vejo alguma sombra
Do meu passado em rondas pela noite
O todo se perdera num momento
E o quanto poderia ter agora,
Expressa a solidão e num segundo
Eu bebo esta ilusão e sigo aquém,

Do quanto deveria vejo aquém
E sou deste passado mera sombra,
Uma alegria morre num segundo
E a tempestade invade cada noite
E neste caminhar eu sei agora
A vida não valia um só momento,

E quando se anuncia este momento
E dele o quanto vejo segue aquém
Encontro o descaminho e desde agora
Apenas sou decerto a mera sombra
Que tanto penetrando pela noite
Encontra o quanto valha num segundo,

O mundo se desenha em tal segundo
E o verso se prepara num momento
Gerando o quanto reste em plena noite
E nisto sigo mesmo sempre aquém
Do quanto poderia e em mera sombra
Expressa o que se veja desde agora,

O tempo noutro instante sabe agora
O quanto se deseja em um segundo,
E vejo do passado a mesma sombra
Que há tanto se fizera num momento
E nisto se anuncia o quanto aquém
Do sonho minha vida dita a noite

A sorte se traçando em tosca noite
E o verso se anuncia desde agora
Enquanto do meu mundo sigo aquém,
O tanto que pudesse num segundo
Ainda se mostrara no momento
Enquanto me rondasse a mesma sombra,

A vida traz a sombra e dita a noite
E sei que num momento, mesmo agora,
Eu vivo este segundo, sempre aquém...


646


Meu canto se perdera em tal anseio
E sei do quanto a vida nada diz
E sinto ser apenas aprendiz
Do todo que deveras traz seu veio
E tanto se perdendo em devaneio
Vagando pelo céu que vejo gris,

O mundo se mostrara também gris
E o canto se traçasse neste anseio
E nisto o quanto possa em devaneio
Tramar toda esta sorte e sei que diz
Do quanto poderia e não mais veio
Vivendo a sensação, mero aprendiz,

Dos sonhos sou apenas aprendiz
E sei do quanto a vida segue gris
E tanto que pudera e nada veio
Ou mesmo anunciasse o quanto anseio
Do tempo que em fastio quando diz
Expressa simplesmente um devaneio,

E noutro caminhar se devaneio
Apenas sendo ainda este aprendiz
Que quando se percebe tenta e diz
Tentando superar o sonho gris
E nisto se moldara enquanto anseio
Seguir o meu caminho em manso veio,

E tanto que pudera quando veio
Marcando com angústia e devaneio
O mundo sem saber do quanto anseio
Ousando ser além de um aprendiz
Que tanto quanto possa em tempo gris
Dos sonhos que acumula, teima e diz.

O tempo quando possa e nada diz
O tempo se anuncia neste veio
E bebe da esperança, mesmo gris,
E quando além do todo devaneio,
Ainda que pudesse, um aprendiz,
Ao menos um futuro em paz anseio,

O quanto agora anseio e já me diz
O sonho do aprendiz em cada veio
Traçasse em devaneio um mundo gris,






647


Não mais que mera fonte do passado
Queimando sobre mim qual fosse um sol,
O tempo se transforma no arrebol
E o canto se presume abandonado,
Seguindo o que pudera um girassol
Encontra o velho sonho desolado,

O tempo se desenha e desolado
Entranho cada fase do passado
E bebo do vazio, um girassol
O mundo se moldara em pleno sol
Tocando num instante abandonado
O canto se perdendo no arrebol,


O todo se traçando no arrebol
Persegue cada brilho desolado
Que outrora se fizera abandonado
E agora se desenha do passado
Tentando na verdade ser um sol,
Meu sonho noutro encanto, um girassol

O tempo desafia o girassol
E traça cada linha em arrebol
E nisto sigo tendo além o sol
Olhando cada fase desolado
Há tanto sem sentido , o meu passado,
Meu verso se desenha abandonado


E o tanto que pudera abandonado
Expressa no que possa um girassol
Tramar outro momento de um passado
E sigo mesmo estando em arrebol
Ainda que perceba desolado
O sonho desenhado em brilho e sol,

A vida procurando qualquer sol
Que possa num caminho abandonado
Deixando para trás o desolado
Cenário se moldando em girassol,
Traçando na verdade em arrebol
E o tempo dita os ermos do passado,

O quanto do passado fosse um sol,
Estando em arrebol abandonado,
Tramasse um girassol, mas desolado...


648

Não tento qualquer passo que não leve
A vida num anseio mais suave
E quando se percebe algum entrave
Ainda quando sinta ser tão breve
O sonho noutro encanto ora se atreve
E superando o engodo nada agrave,

O tanto se mostrara enquanto agrave
O caminhar que um dia fora leve
Enquanto dia a dia já se atreve
E o tempo se mostrara até suave,
Porém uma esperança mesmo breve
Eclode neste engodo que me entrave,

E sei do quanto a vida agora entrave
O passo de quem foge enquanto agrave
O mundo e se propondo a ser mais breve
Ainda que pudesse mesmo leve
O sonho num cenário mais suave
E nisto noutro encanto ora se atreve

O tanto que se possa e sei que atreve
Meu mundo noutro corte gera entrave
E possa um dia a dia mais suave
Gerando o que pudesse e tanto agrave
O tempo desenhado manso e leve
E nisto se deseja sempre breve,

O quanto da esperança fora breve
O verso no vazio ora se atreve
E gera o que pudera e já nos leve
Além do que em verdade tanto entrave
Marcando o quanto a vida sempre agrave
E nisto se anuncia em tom suave,

O verso que pudera mais suave,
O mundo se tornara tanto breve
O fardo que carrego agora agrave
O sonho quando muito além se atreve
E superando enfim qualquer entrave
Ao todo que desejo ora me leve,

O quanto fosse leve e mais suave
O mundo sem entrave, manso e breve,
O passo já se atreve e nada agrave...







649


Ao menos esperasse algum alento
Enquanto noutro passo nada vejo
Senão a mesma farsa e o sofrimento
Que expondo o sentimento ao pleno vento
Traduza a cada instante, noutro ensejo,
A dura tempestade em vão desejo,

E quanto mais pudera e assim desejo
Maior se desenhasse o meu alento
E quando se anuncia novo ensejo
O canto noutro tom agora vejo
E prenuncio então suave vento
Que traz um lenitivo ao sofrimento,

A vida tantas vezes; sofrimento,
Procuro o que de fato mais desejo
E sei do que pudera além do vento
Marcando com ternura ou mesmo alento
O todo quanto possa e quando o vejo
Expresse esta verdade noutro ensejo,

E sei que a cada passo, num ensejo
Diverso do que outrora em sofrimento
Trouxera o quanto resta e agora vejo
Marcando com brandura algum desejo
E tanto se prepara em novo alento
O quanto poderia exposto ao vento,

Meu passo na verdade em pleno vento
Açoda o que se faça em cada ensejo,
E tanto se permita e se me alento
Deixando no passado o sofrimento
E nisto se anuncia o meu desejo
Enquanto outro momento em paz eu vejo,

O mundo que deveras tanto vejo
O canto se espalhando pelo vento
O tempo dita as ordens do desejo
E sei quanto pudera neste ensejo
Depois do que colhera em sofrimento
Trazendo em claridade o raro alento

E sei que deste alento ainda vejo,
Sombras de um sofrimento, mas o vento,
Espalha noutro ensejo o atroz desejo...


650

Não mais se imaginasse qualquer fato
Que possa me trazer a simples queda
A vida no caminho mais tranquilo
Pudesse desenhar raro momento
E nisto se traduza o quanto quero
Vagando sem temor sequer algum,

E tento imaginar que sendo algum
Tormento o que pudera noutro fato
Grassar esse tormento que inda quero
E tanto se anuncia a mesma queda
Que possa me trazer neste momento
A dor aonde outrora; fui tranquilo,

O tempo que se faça ora tranquilo,
O mundo se desenha e desde algum
Anseio que pudesse no momento
Tramar o quanto reste em cada fato
Gerando no final a mesma queda
Que possa sonegar o quanto quero,

O verso traduzisse o que ora quero
E nada mais seria tão tranquilo,
Enquanto prenuncia a própria queda
A vida se moldando em algum
Cenário mais atroz prepara o fato
Que tome este cenário num momento,

E quando desejasse outro momento
E nele todo o sonho quando o quero
Marcando com terror o rude fato
E quando se pensara mais tranquilo,
O nada se fazendo e nem algum
Desejo impediria a minha queda,

E sigo mesmo após a tosca queda
Nas tramas onde vejo este momento,
Tomando este cenário aonde algum
Anseio se presume e sei que quero
Trazer o dia a dia mais tranquilo
No tanto que pudera ser um fato,

A vida, simples fato, traz a queda
E nisto vou tranquilo em um momento,
Já tendo o que mais quero e mais algum...


651

Apenas o que possa em amplitude
Diversa do cenário aonde eu pude
Viver cada momento em leda luz
A sombra que deveras se produz
O verso na verdade não conduz
E apenas noutro engodo desilude,

O quanto se anuncia e desilude
O tempo se desenha em amplitude
Diversa da que tanto ora conduz
Levando com certeza o quanto pude
Errático cenário que produz
Um ledo caminhar em frágil luz,

Meu verso se mostrara em rara luz
Ou mesmo poderia e desilude
Marcar com mais ardor o que produz
No fim do pensamento uma amplitude
Além do quanto veja e sei que pude
Na trama que de fato me conduz,

O passo noutro rumo ora conduz
A vida que se perde em frágil luz
E sinto quanto possa e mesmo pude
Ainda quando a vida desilude
Marcar a farsa em toda esta amplitude
E nisto nova senda se produz,

O tanto que tentara e não produz
Sequer o quanto busque e me conduz
O verso dita aquém desta amplitude
O tanto que pudera em nova luz
Deixando esta impressão que desilude,
Moldando na verdade o quanto eu pude,

O mundo noutra face mesmo pude
E quando se mostrara e se produz
O tempo no final me desilude
Deixando para trás o que conduz
E nisto se adivinha a plena luz
Que dita o quanto resta em amplitude,

O todo em amplitude, mais que pude,
Expressa quanto a luz ora produz
E mesmo se conduz, já desilude...


652

Não quero ser apenas sonhador,
Um passo sem destino, sem proveito,
E quando se mostrara de tal forma
A vida desenhada em raro engodo,
Marcasse com terror e desafeto
O todo que em verdade já perdi.

O rumo quando vejo e enfim perdi
Talvez por ser somente um sonhador
A cada novo instante um desafeto
E sei que pudera em bom proveito,
Porém a vida segue como engodo
E tudo toma a rude e tosca forma,

Assim cada momento em vão se forma
E gera o quanto possa ou já perdi
E nisto o meu caminho traz no engodo
Apenas o cantar de um sonhador,
Que siga sem destino e sem proveito
Sabendo ser no fim, tal desafeto,

O mundo se moldara em desafeto,
O canto sem sentido toma a forma
Do mundo aonde a sorte em vão proveito
Tramasse o que fato ora perdi,
E sei que sendo apenas sonhador
Adentro sem defesas este engodo,

O tempo se anuncia feito engodo
E o canto se mostrara um desafeto
E tanto fora um dia sonhador,
E agora com certeza noutra forma
Ousasse computar o que perdi,
Seguindo sem sequer qualquer proveito,

A luta traz no fim mero proveito
E o passo resumindo neste engodo
Marcando o quanto possa, ora perdi,
E sigo sem saber do desafeto
E nisto a solidão que já se forma
Expressa o rude passo, um sonhador.

Apenas sonhador busco um proveito
Que tanto noutra forma negue engodo,
Só resta um desafeto. Amor? Perdi...






653

Não quero e não viesse mais sentir
Os erros de quem sonha e nada tem
O mundo se desenha e sigo aquém
Do quanto poderia presumir,
Vagando sem destino estou aqui
E sinto que no fim não sou ninguém,

O pranto se desenha onde ninguém
Expressaria o quanto ao se sentir
Tramasse na verdade desde aqui
O pouco que deveras sempre tem
No todo que pudesse presumir
Caminho da esperança muito aquém,

O verso se anuncia quando aquém
Do quanto poderia sou ninguém
E sigo sem sentido a presumir
O passo noutro rumo a se sentir
E nisto esta verdade que inda tem
Momentos dolorosos desde aqui,

O tanto que eu queria e sei aqui
Dos erros cometidos, vou aquém,
E sinto os meus anseios quando tem
A vida outro momento e sem ninguém
O tanto que pudera se sentir
Eu se que não se possa presumir.

O mundo que tentasse presumir
O fato que se mostre sempre aqui
Redunda no que vejo e no sentir
Dos tantos sofrimentos, mesmo aquém,
O mundo se desenha onde ninguém
Expresse o que esperança nunca tem,

O passo noutro rumo quando tem
A marca do que possa presumir,
Ditando no final o ser ninguém
Encontra o quanto vejo desde aqui
E sigo com certeza muito aquém
Do quanto poderia ora sentir,

E quando irei sentir o que se tem
Expressa sempre aquém do presumir
E sigo sempre aqui, vou sem ninguém.


654

Um tempo após o tempo de sonhar
Gerando a primavera temporã
Traçando cada luz de uma manhã
Mostrando florescência no pomar,
E tanto que pudesse neste afã
Saber da maravilha de te amar,

A vida se anuncia enquanto o amar
Expressa toda a sorte de um sonhar
E nisto mesmo em duro e rude afã
Encontro esta verdade temporã
Que gere na expressão deste pomar
Sublime sensação, clara manhã,

E tudo se renova na manhã,
E quando se deseja tanto amar
É como se tivesse em meu pomar
O tanto que se possa hoje sonhar
E nisto a fruta doce e temporã
Eclode num delírio em raro afã.

A sorte se desenha neste afã
E sei quando viria na manhã
Em pleno outono a luz tão temporã
Que possa permitir o bem de amar
E nisto com certeza ora sonhar
Em toda maravilha do pomar,

E tendo no momento este pomar
E nele se traçando em manso afã
O tanto quanto pude enfim sonhar
Gerando dentro da alma esta manhã
E nela com certeza o tanto amar
Que possa me trazer paz temporã

A vida que buscara em temporã
Vontade dominando o meu pomar
Expressa a maravilha em bem amar
E sei do quanto possa neste afã
Marcar com mais ternura uma manhã
E nela se mostrasse o meu sonhar,

O quanto irei sonhar, na temporã
Vontade da manhã que em meu pomar
Eclode neste afã, de tanto amar...






655

O meu barco procura um velho cais
E tenta sem descanso após o tanto
Sentir ao menos quando em raro encanto
Pudesse ora transpor os vendavais
E sei que na verdade deste canto,
O mundo se anuncia em dias tais.

O todo se mostrara quando em tais
Anseios expressassem rude cais
E nisto o que pudera noutro canto
Gerar o que deveras quero tanto
E mesmo tendo na alma vendavais
Expresso o quanto possa e em ti me encanto,

A vida se desenha neste encanto
Que possa traduzir momentos tais
E verso sobre o sonho em vendavais
Deixando mais distante o velho cais
Marcando meu caminho noutro tanto,
Querendo o que deveras busco e canto,

O mundo se anuncia em cada canto
E tento imaginar qual fora encanto
Quando a verdade soma e deste tanto
Apenas se resume o velho cais
Jogado entre momentos rudes, tais,
E sendo tão comuns os vendavais,

Os ermos se anunciam, vendavais,
E os passos procurando em cada canto
O todo que se faça como um cais
E quando na verdade resta encanto
E vejo o desafeto em dias tais
Marcando o que viera noutro tanto,

O passo se desenha neste tanto
E o mundo se presume em vendavais
E sei dos meus anseios todos tais
A própria solidão do amargo canto,
E nisto ora provando o teu encanto
Encontro o que se tente em manso cais,

A vida traz o cais e neste tanto
O que ora diz encanto ou vendavais
Traduza em mero canto, os sonhos tais...


656

O passo se perdendo em mero ocaso
E o peso de uma vida me envergando
O canto que pudesse desde quando
A vida se mostrasse além do acaso,
E quando este desejo tanto aprazo
O mundo noutro instante se moldando,

Meu canto se transforma ora moldando
E deixa no passado o velho ocaso,
E sigo desde quando enfim me aprazo,
No corte ou contra o vento ora envergando,
E sei do quanto possa por acaso
E mesmo como a vida dita o quando,

E nada do que possa desde quando
O tempo no vazio se moldando,
E sei do meu caminho em mero acaso
E sinto finalmente neste ocaso
O tempo que já pesa ora envergando
O quanto poderia e mais aprazo,

O tanto se desenha e nada aprazo
Sequer o que anuncias neste quando
O mundo se mostrara me envergando
E o todo noutra face se moldando
Ainda que prepare o torpe ocaso
Deixando a minha vida neste acaso,

O tanto que pudera por acaso,
O sonho que se mostre e lá me aprazo
Vencido caminheiro num ocaso,
O peso de uma vida desde quando,
Marcasse o dia a dia e me moldando
No quanto é mais temível envergando.

O passo se resume onde envergando
O todo se anuncia neste acaso,
E sei do descaminho ora moldando
O que deveras busco e mesmo aprazo
E sei do descaminho desde quando
O mundo desenhasse o ledo ocaso,

E quando neste ocaso me envergando,
O mundo desde quando por acaso
Negasse o que eu aprazo em dor moldando,






657

Há dias tão diversos e doridos
E neles esperança é mero sonho,
Os cantos pelos ermos esquecidos
O verso se anuncia ora tristonho
Encontro o meu passado numa leda
E sórdida expressão, que amor conceda,

E quanto esta ilusão tanto conceda
Momentos mais atrozes e doridos
Enquanto uma esperança se faz leda
E vejo tão somente o rude sonho
Andando pelos ermos, mais tristonho,
Destinos com certeza ora esquecidos,

Os tantos dias sinto que esquecidos
Preparam o que a sorte nos conceda
E sei do meu anseio onde tristonho
Encontre dias rudes e doridos
Vivendo o que pudera quando sonho,
Marcando o dia a dia em forma leda,

A luta se presume e sendo leda
A sorte que vivesse em esquecidos
Momentos noutros tantos quando em sonho
Expresso o quanto a sorte me conceda
E nisto outros dias torpes e doridos
Eclodem num anseio mais tristonho,

E sendo de tal forma ora tristonho,
O todo traduzido em rota leda
Atravessando passos tão doridos
E neles entre fatos esquecidos
O quanto se deseja e se conceda
Expressa a negação do quanto eu sonho,

Meu mundo se perdera como em sonho
E o fato se mostrara mais tristonho
Gerando o que deveras nos conceda
E molde esta verdade mesmo leda
Em dias tão atrozes e esquecidos
Grassando por enganos tão doridos,

Os ermos mais doridos deste sonho,
Meus dias esquecidos, vou tristonho
Na farsa que tão leda se conceda...

658

Ainda quando veja a rara lavra
Que possa traduzir uma colheita
O coração deveras camponês
Mergulha no que possa em tal momento
E ceva com cuidado e dia a dia
O todo que buscara a cada instante,

O mundo desenhado neste instante
Enquanto a solidão deveras lavra
Marcando com terror o novo dia
E nisto se adiando esta colheita
Gerando no caminho este momento,
Poeta também é um camponês,

E seja de tal forma camponês
Ousando no cultivo a cada instante
E desta sorte vejo este momento
E quando a fantasia tudo lavra
Preparo para após toda a colheita
Saber a quanto rege o nosso dia,

Vencer esta ilusão e ter num dia
O sonho que permita ao camponês
Além do quanto tenha na colheita
E todo se moldara num instante
Expressa a maravilha quando lavra
E gera esta emoção nalgum momento,

O tempo se desenha num momento
E sei do meu anseio noutro dia
Ainda quando vejo o quanto a lavra
Ditasse o desejar de um camponês
E nisto se moldasse num instante
A sorte desejada em tal colheita,

E quando uma expressão dita a colheita
O verso mais audaz noutro momento
Grassando sobre o sonho a cada instante
E renovando o passo em todo dia
Gestasse o pensamento e um camponês
Ousasse acreditar na sua lavra,

O tanto que se lavra diz colheita
E sei do camponês neste momento
Encontro novo dia num instante...







659

Marcando o meu anseio num momento
Encontro do passado o quanto resta
E bebo a solidão quando se veja
A luta desdenhosa em tom sombrio.
Vestígios do que possa a cada instante
Tramando no final a ausente festa,

O passo se desenha em rude festa
E traço com terror cada momento
Aonde o que pudera num instante
Produza o que deveras tanto resta
Marcando este cenário mais sombrio
Com toda a solidão que enfim se veja.

O quanto se anuncia e nada veja
Uma alma sem proveito e sem tal festa
Que possa na verdade em ar sombrio
Tramar o que se tente num momento
Vestindo esta ilusão que apenas resta
E gera o que pudera noutro instante

O mundo se desnuda e num instante
O fato se transforma enquanto o veja
Distante do que possa e sei que resta
E sei quando o vazio dita a festa
E nada se anuncia num momento
Em ar tão mais atroz quanto sombrio,

O passo se desenha onde é sombrio
O tempo de viver e noutro instante
O quanto se pudesse em tal momento
Vagar entre o que sonhe e sempre veja
Tornando o dia a dia em rude festa
E nisto o que se tenta jamais resta,

Vivendo do que apenas hoje resta
Encontro este cenário tão sombrio,
E nada que possa dita a festa
E gera o quanto espera num instante
E sinto que em verdade sempre veja
O todo que se mostre num momento,

E sei que este momento enquanto resta
A vida ora se veja em tom sombrio,
Marcando num instante a ausente festa.


660

Ainda se prepara após a queda
O verso sem sentido ou incentivo
E sendo na verdade mais altivo
O prazo se resume no vazio
Erguendo o quanto possa num segundo
Adentra o coração em manso tom,

O quanto poderia neste tom
Viver após o tempo em rude queda
E vendo o quanto tente num segundo
O passo logo após eu incentivo,
E vejo simplesmente do vazio
O olhar que se mostrara mais altivo,

O canto que se fez agora altivo
Marcando o dia a dia em rude tom
Expressa no final este vazio
E dele se presume então a queda
E busco na verdade um incentivo
Moldando novo mundo num segundo

O tanto que se perca no segundo
Aonde o sonho fora mais altivo
E nisto o quanto possa eu incentivo
Bebendo do passado em novo tom,
Vestindo esta emoção que gere a queda
Ou mesmo noutro enredo este vazio,

O tempo enveredando este vazio
E nada do que possa outro segundo
Marcando com certeza a rude queda
E nisto este delírio mais altivo,
E vejo o meu caminho em rude tom,
Traçando no final mero incentivo,

Ainda quando veja este incentivo
De toda a mesma sorte no vazio
Expresse o quanto reste em mero tom,
E vivo o que se mostre num segundo
E nisto este desenho mais altivo
Presume no final a minha queda,

Ousando após a queda no incentivo
Que possa mais altivo, do vazio
Gerar outro segundo em firme tom.


661

Ao ver a tua imagem bela e nua
Exposta sob a luz de um plenilúnio,
O quanto se imagina em maravilha
Expressa esta vontade que não cessa
E como se beijasse a própria lua
Entrego-me aos desejos sem limites,

E nada do que possa em tais limites
Enquanto desejasse a bela e nua
Sobeja fantasia, imensa lua,
No amor que se moldara em plenilúnio
E sei que esta vontade já não cessa
E adentra a madrugada, maravilha...

O tanto que se exponha a maravilha
Do quanto se pudesse e não limites
Vagando sem temor já nada cessa
E a sorte desenhada intensa e nua
Qual fosse a fantasia em plenilúnio,
Transforma a noite inteira em rara lua,

E vaga o pensamento, chega à lua,
Deitando sob a luz que maravilha
Os sonhos de quem busca o plenilúnio
E quando não se veja mais limites
A deusa quando a toco, clara e nua
Trazendo esta vontade que não cessa,

O tempo determina e nada cessa,
Nem mesmo o quanto possa além da lua
Deitando este delírio, a bela nua,
Enquanto se mostrara em maravilha
Encontra no infinito os seus limites
E singra este sobejo plenilúnio

O tanto que se tente em plenilúnio,
O mundo que jamais o tempo cessa,
A sorte sem sentido nem limites
O todo que deseja a própria lua
Encanta com superna maravilha
E traça esta razão suave e nua,

E quando vejo nua em plenilúnio,
A rara maravilha já não cessa,
E além a luta exposta maravilha.

662

Não quero acreditar nas mesmas lendas
Diversas do que pude ter um dia
E o tempo se perdendo no vazio
Enquanto noutro tom nada desvendas
Os olhos buscam luzes, no horizonte,
E o corte se aprofunda plenamente,

E tanto que se dera plenamente
Tentando acreditar nas várias lendas
E nisto se aproxima no horizonte
O tanto que renova cada dia
E vejo enquanto além- o amor- desvendas
Superas de tal forma algum vazio,

O canto se espalhasse no vazio
E o verso se transforma plenamente
Enquanto outros cenários já desvendas
E marcas com as tantas meras lendas
O quanto poderia a cada dia
Traçar outro cenário no horizonte.

Vagando sem limites o horizonte,
E nada se desenha onde é vazio,
E sinto o quanto possa dia a dia
Tentando este caminho plenamente
E quando se percebem tantas lendas
O todo que se veja não desvendas,

Apenas tão somente ora desvendas
O mundo sem sentido no horizonte
E quando se tentasse crer em lendas
Percebo que só reste este vazio
E nele o quanto errôneo e plenamente
O tempo se renova a cada dia,

Pudesse pelo menos noutro dia,
Marcar o que decerto não desvendas
E sei do quanto seja plenamente
O todo que se veja no horizonte
Marcando com angústia este vazio
Grassando sem sentido as velhas lendas,

E sei das tantas lendas onde um dia,
O todo do vazio não desvendas
Tocando este horizonte, plenamente.






663

Jamais imaginasse de tal sorte
O verbo que pudesse traduzir
Presente, meu, passado e sem futuro,
Ao sonho não compete o resistir,
Apenas pude além sentir o quanto
Do todo fora apenas mero acaso.

E sigo o meu caminho por acaso,
Sem ter o quanto pude noutra sorte
E sei da minha vida quando e quanto
O tempo se fizera traduzir
Embora inda tentasse resistir,
Já não concebo mais sequer futuro,

O passo se desenha sem futuro
E nada do que seja além do acaso
Expressa o que pudera resistir
Nas lutas onde a vida em rude sorte
Encontra no vazio o traduzir
E sabe deste fato apenas quanto,

O mundo se transforma e sendo quanto
A luta não pudera sem futuro
Traçar o quanto eu tente traduzir
Na vida que se perde por acaso,
Gerando o desconforto desta sorte
E nisto já não posso resistir,

Apenas o que caiba resistir
Expressaria o mundo como e quanto,
Embora se deseje melhor sorte
Olhando para frente e sem futuro
O todo se deixando neste acaso,
O fim já não permita traduzir,

Meu verso que não pude traduzir
O tempo aonde siga a resistir
E nisto o meu anseio em puro acaso,
Sabendo da esperança o peso quanto
O mundo se tentara sem futuro
Viver o que não cabe em melhor sorte,

E tento nova sorte ao traduzir
O quando do futuro a resistir
Expressa a luz no quanto seja acaso.

664

Não mais que a luta infausta de um poeta
Tentando ser feliz na rude estrada
Marcada pela vida sem sentido
E noutro rumo leda e abandonada,
O sonho se desmancha ou se completa
E ao fim não deixa mesmo quase nada,

A luta se desenha e deste nada
Minha alma sem sentido, o ser poeta,
Na farsa que se mostre ora completa
Retida pelos ermos de uma estrada
Há tanto sem proveito e abandonada
Sem ter a direção e sem sentido,

O todo que pudesse ser sentido
Agora noutra face dita o nada
E vejo a luta sendo abandonada
Enquanto se tentara ser poeta
Marcando cada passo desta estrada
E nisto o meu vazio se completa.

A vida que pudesse ser completa
E o tempo que tivesse algum sentido,
O mundo desairoso em leda estrada
Tocado pelo antigo e velho nada
Tramasse o coração deste poeta
Que sente sua sorte abandonada,

A luta que se forje abandonada
Enquanto a solidão se faz completa
O todo se transcorre onde o poeta
Tentasse vislumbrar algum sentido
E nisto não restando quase nada,
O todo se perdendo em torpe estrada

A vida permitindo nova estrada
E nela a sensação abandonada
Do quanto poderia ser em nada
Ou mesmo no vazio se completa
E sei do quanto viva sem sentido
Tentando ser apenas um poeta,

Portanto o ser poeta dita estrada
Que vejo sem sentido e abandonada
E quando se completa é quase nada.






665


Os olhos de quem tanto procurasse
Ao menos um momento mais tranquilo
Vagando no horizonte sem sentido
E a vida no final já nada colhe.
Somente o quanto o passo enfim se tolhe
E o verso sem sentido se expressasse,

E quando uma verdade se expressasse
No sonho aonde o nada procurasse
E sendo de tal forma o que me tolhe
Marcando um dia rude, mas tranquilo,
Ainda que possa tente e colhe
Da imensa dimensão algum sentido,

Meu passo se presume no sentido
Enquanto outra verdade se expressasse
Tocando este cenário onde se colhe
O todo que deveras procurasse
E nisto o quanto pude ser tranquilo
Ousasse enquanto a vida vem e tolhe,

No passo que esperança agora tolhe
No verso se perdendo em vão sentido,
O mundo que pudera ser tranquilo
Não veja como enfim ora expressasse
O tanto que deveras procurasse
Enquanto a fantasia o todo colhe,

Meu mundo na verdade o que inda colhe
Jamais expressaria e mesmo tolhe
O verso que pudesse e procurasse
Enquanto no final já sem sentido,
O mundo nesta sorte se expressasse
Gerando no quanto pude ser tranquilo,

E sei do caminhar e sou tranquilo
Embora na verdade a vida colhe
O todo que se cale onde expressasse
O tanto que se ronde e mesmo tolhe
O passo sem proveito e sem sentido,
Ainda que a verdade procurasse.

O quanto procurasse ser tranquilo,
O mundo sem sentido nada colhe,
Enquanto o que se tolhe ora expressasse.

646

O quanto eu poderia noutro tempo
Traçar qual fosse meta num minuto
E crer ser mais possível o que há tanto
Vestira esta ilusão e não voltara
A sorte se prepara e a queda vem
Marcando o que tanto nega o sonho,

E quando no final procuro um sonho
O mundo se desenha já sem tempo
E sigo o quanto resta e mesmo vem
Deixando para trás neste minuto,
O encanto que deveras se voltara
Sabia da esperança ou noutro tanto,

O verso se anuncia e deste tanto
Apenas o que possa e mesmo sonho
Eclode num momento que voltara
Gerando na expressão do próprio tempo
O mundo que se perde num minuto
E trama toda a sorte que inda vem.

O sonho na verdade quando vem
Trazendo o que deveras quero tanto
Vagando sem sossego um só minuto
Explode na emoção que trace o sonho
E quando na verdade o velho tempo
Ainda sem sentido não voltara,

A vida que deveras se voltara
E nisto novo enodo sempre vem
Tomando em suas rédeas todo o tempo
Que possa desenhar da vida o tanto
Que veja e deveras mesmo sonho,
Singrando este infinito num minuto,

O passo desenhado no minuto
Enquanto esta ilusão jamais voltara
O mundo que se preza e busco e sonho,
Distante dos meus olhos nunca vem,
E o todo transformando neste tanto
Já não concebe mais sequer o tempo,

A vida dita o tempo e num minuto
Encontra noutro tanto o que voltara
E sei do quanto vem em ledo sonho,






647

Jamais imaginei novos momentos
Nem mesmo quando a sorte se fez minha
O que deveras sinto e poderia
No fim se expressa em vagas, nada mais,
O peso de uma vida maltratando
O corte se desnuda sem cuidado,

E quando poderia ter cuidado
Dos sonhos em diversos vãos momentos
O mundo sem sentido e maltratando
A sorte que eu quisera fosse minha
Depois do que se veja ou muito mais
Tramasse o quanto quero ou poderia,

Ainda sem sentido eu poderia
Viver esta expressão e bem cuidado
Meu mundo se mostrasse sempre mais
E nada superasse tais momentos
Enquanto uma ilusão que fosse minha
O mundo inda a teria maltratando,

O verso que se mostre maltratando
Quem busca o quanto quer ou poderia,
Expressa o que se veja e sendo minha
A luta não desisto e com cuidado,
Ousando acreditar noutros momentos
Não temo na verdade nada mais,

E sei do quanto possa mais e mais
Rodando o quanto vejo maltratando
Os olhos em diversos vãos momentos
E o corte que deveras poderia
Trazer o dia a dia com cuidado,
E nisto esta ilusão seria minha,

A luta que se entranha sendo minha
O passo se aproxima e sei bem mais
Do tanto que se molde sem cuidado,
E quando o meu anseio maltratando,
Enfrento o que se tente e poderia
Grassar em tantos bons e maus momentos,

O dia traz momentos, quando a minha
Vontade poderia ser bem mais,
E segue maltratando sem cuidado


648


Não tento acreditar sequer no fato
Que a vida consumisse por inteiro
E bebo do passado o quanto possa
Vagando sem futuro no presente
E sei do quanto a vida me apresente
Enquanto no vazio me retrato,

Olhando a sordidez deste retrato
Apenas revivendo cada fato,
O tanto que se queira e se apresente
Tomando o meu cenário mesmo inteiro
E nisto o que sinta estar presente
Não trama o quanto a vida ainda possa,

E sei que na verdade não se possa
Tramar o que se tente num retrato
E vendo sem ternura este presente
Sonegas da esperança cada fato,
E tomo este veneno agora inteiro
Sem nada que deveras me apresente,

O sonho quando muito se apresente
E o passo noutro engodo sempre possa
Traçar este caminho por inteiro
E nada do que tente ora retrato
Gerando dia a dia novo fato
E nisto se desnuda o meu presente,

O quanto se perdera no presente
O velho caminhar não se apresente
E gere o que pudesse deste fato,
Ainda quando a vida ronde e possa
Legar o que transcende e já retrato
O mundo não veria por inteiro,

E sendo de tal forma vou inteiro
E ressarcindo a dor ora presente
O mundo se desnuda onde o retrato
E trama o quanto queira e se apresente
E sei do que em verdade sempre possa
Deixar este caminho em novo fato,

O tanto deste fato por inteiro,
É tudo o quanto possa no presente
E sei que se apresente em vão retrato.






669


Houvesse qualquer chance de futuro
Eu lutaria embora saiba bem
Que a vida sem detalhes traz o fim
E vago sem sentido ou sem um norte
E sei do quanto pude noutra etapa
Exposto ao que viesse em temporais.

A luta transformada em temporais
O canto sem saber de algum futuro
Supera e com firmeza cada etapa
Traçando o que se queira muito bem
E nisto o quanto possa em novo norte
Expressa com certeza o rude fim,

E tanto se desenha neste fim,
O sonho entre diversos temporais
E nada se aproxima do meu norte
Enquanto se desdenha algum futuro
E nele o que se tente e sei tão bem
Expressaria o passo em nova etapa,

A vida se desenha noutra etapa
Marcando com errôneo e torpe fim
O quanto se fizera e muito bem
Deixando para além os temporais
E vendo o que se negue no futuro
Enquanto outro cenário mostre o norte,

Buscasse tão somente qualquer norte
E veja ultrapassada nova etapa
E sem sentir as tramas do futuro
O mundo anunciasse já seu fim,
E tanto quanto vejo temporais
Jamais encontraria um novo bem,

O todo desejado neste bem
O mundo que se possa a cada norte
Traçar além dos tantos temporais
O quanto se desenha numa etapa
Marcando sem temores o seu fim,
E nisto vislumbrando algum futuro,

O quanto do futuro sei tão bem
E tendo como fim um novo norte,
Enfrento a cada etapa, temporais.

670

Não penso quanto foste mais atroz
E sei que no final nada valera
A sorte se perdera sem sentido
E o vento noutro rumo me levara,
A morte sendo a minha solução
Ousando nesta imensa escuridão,

O prazo determina escuridão
E o canto se anuncia sempre atroz
Ainda quando busque a solução
O sonho já da nada me valera,
E quando esta noção enfim levara
O todo se perdera sem sentido,

O mundo que se faça ora sentido,
O corte traz no peito a escuridão,
E vejo o que deveras se levara
Num mundo mais diverso e tanto atroz
Ousando no caminho onde valera
A falsa sensação de solução.

Meu mundo procurasse solução
E sendo o caminhar já sem sentido,
O tanto que pudesse e se levara
Agora noutro instante, escuridão,
Expressa o dia a dia mais atroz
E disto cada sonho não levara

Meu passo com certeza ora levara
Apenas para a queda. Solução?
Somente na mortalha mais atroz
E sinto o caminhar que sem sentido
Expressaria a turva escuridão
E nada do que tente inda valera,

Meu mundo com certeza não valera,
O passo no vazio me levara
Ao todo desenhado escuridão,
E nisto o que pudera é solução
E o preço não teria algum sentido
Não fosse nossa vida tão atroz,

O vento mais atroz já não valera
E o todo ora sentido me levara,
Na rude solução: escuridão...


671

O quanto deste encanto se perdera
Nas tramas mais diversas do que um dia
Gerasse muito além da fantasia
Ou mesmo o quanto tente e não viera
Apenas o cenário se repete
E o mundo noutro tom já se emergindo,

Meu sonho nos teus braços emergindo
A vida num instante se perdera
E o quanto mais anseio já repete
O passo que pudera em novo dia
Alçando com certeza o que viera
E nisto se dourasse a fantasia,

O tanto que esperança fantasia,
O prazo se transcende ora emergindo
Nas tramas onde o todo se viera
E mesmo quando o rumo enfim perdera
Trouxera o quanto em vão expressa o dia,
E a velha solidão volta e repete,

O passo noutro tom já se repete
E o canto se transforma e fantasia
Uma alma que pudesse em novo dia
Gerar o quanto resta ora emergindo
Vagando no que tanto antes perdera
E sendo sem defesas, não viera,

Ainda quando em sonhos eu viera
Traçando esta esperança que repete
O engodo de quem tanto se perdera
Envolto pelo sonho em fantasia
E deste vendaval ora emergindo
Tentando imaginar um novo dia,

O quanto se presume em cada dia
O tempo na verdade não viera
E sei do que pudesse ora emergindo
Nos ermos de quem tanto se repete
E vence enquanto esta alma fantasia
Ou mesmo algum sentido em vão perdera,

O todo se perdera desde o dia
Aonde a fantasia não viera
E o tempo que repete, se emergindo,


672


Ainda relembrando cada fato
De um tempo que jamais se poderia
Ousando imaginar o que seria
A vida noutro engano, mas que faço,
Se tudo que presumo não se dera
Além da solidão em louca espera,

A vida traça o tanto quanto espera
E sigo sem temor a cada fato
Gerado pelo instante onde quem dera
O tempo noutra luz não poderia
E quando novo instante além eu faço
O velho caminhar nada seria,

O tanto que pudera e não seria
O verso se marcando em cada espera
E nisto tão somente o que hora faço
Ousando imaginar num novo fato
Deveras com certeza poderia
Gerar o quanto quero e sei se dera.

A luta se desenha onde se dera
O passo mais atroz e não seria
A vida de tal forma poderia
Grassar além da mera e rude espera
E quando se apresenta novo fato,
O mundo se tramasse aonde o faço,

O canto que deveras tento e faço,
O verso que pudesse e jamais dera
A luta desvendada neste fato
Enquanto com certeza não seria
O quanto trafegasse sem espera
Negando o que de fato poderia,

E sei que na verdade poderia
Tentar acreditar no que ora faço,
Porém a vida segue e sem espera
Encontra tão somente o quanto dera
E nisto noutro tom o que seria
Eclode no vazio deste fato,

E sei de cada fato e poderia
Ainda que seria o que ora faço
Traçar o que me dera além da espera.







673


Não vejo a sorte mansa que buscara
Depois de tantas rudes tempestades
E nelas outras tantas quando invades
Marcando o quanto possa em leda escara,
A fonte que decerto enfim secara,
A luta traga falsas claridades,

E sei destas dispersas claridades
Envoltas no vazio onde eu buscara
O tanto que pudesse e já secara
Embora se aproximem tempestades,
O mundo cultivando a funda escara
E o todo se traduz no quanto invades,

E sei dos descaminhos quando invades
E marcas com diversas claridades
O quanto se anuncia em cada escara
Apenas nova luz já se buscara
E tantas são comuns as tempestades
Minha alma neste estio se secara,

A farsa preparada ora secara
As fontes que deveras quando invades
Propagam entre nós tais tempestades
E geram falsas luzes, claridades,
Enquanto a mansidão que se buscara
Eclode nesta chaga, vã escara,

E tanto se prevendo noutra escara
A luta que pudesse e não secara
O mundo sem sentido se buscara
E quando com certeza tudo invades
Negando o quanto reste em claridades
O tempo mais atroz em tempestade

E o verso revivendo tempestades,
O passo se produza enquanto escara
E o prazo negue tantas claridades
E açude da esperança já secara
E quando este vazio agora invades
Encontras o que tanto em vão buscara,

A vida se buscara em tempestades
E nisto o quanto invades, tal escara
Reflete o que se cara em claridades.


674


Jamais imaginasse nova sorte
Depois de tantos erros cometidos
E os dias entre enganos percorrendo
Passando sem saber o que viria,
O mundo se transforma e nada resta
Somente a mesma amarga letargia,

A luta se transforma em letargia
E o todo que deveras dita a sorte
Expressa na verdade o quanto resta
Em meios aos meus anseios cometidos
Em tantos dias rudes. Só viria
O quanto sigo além já percorrendo,

O mundo de tal forma percorrendo
O que se desejasse. A letargia,
Marcando o quanto possa e até viria
No quanto caberia a melhor sorte
Gerando os erros vários cometidos
E nada na verdade ainda resta,

O tanto que pudesse e mesmo resta
O verso noutro tom já percorrendo
O mundo dentre enganos cometidos
E nisto se presume a letargia
Que possa me trazer conforme a sorte
O pouco que restasse e não viria,

O tanto se desenha onde viria
Tocando este cenário que inda resta
E nisto se procure melhor sorte
Ainda noutro tanto percorrendo
O que se desenhara em letargia
E sei dos erros velhos, cometidos.

Os dias entre engodos cometidos,
Os cantos onde o sonho mal viria
O medo dominando em letargia
O pouco que em verdade ainda resta,
E o sonho sem descanso percorrendo
O quanto se anuncia em rude sorte,

Tivera melhor sorte em cometidos
Cenários percorrendo o que viria
E tudo o quanto resta é letargia.






675

Não posso acreditar no que passando
Por tantas tempestades eu colhesse
Nas mãos de quem anseio nova sorte
O mundo se resume no vazio
E bebo cada gole da esperança
Enquanto o passo em vão já nada traz

O quanto se tentasse e sei que traz
A vida noutro instante ora passando
Gerando ou destroçando esta esperança
Que o tempo sem limites não colhesse
O mundo se transforma e do vazio
Apenas se desenha a rude sorte,

Vestígios do que possa nossa sorte
O mundo se transforma e já me traz
O tanto que se molde do vazio
E nada mais trouxesse ora passando
O verso que deveras eu colhesse
Matasse em nascedouro esta esperança

E quando se traduz em esperança
O todo que regesse nossa sorte
Meu mundo na verdade ora colhesse
E nisto o quanto possa e já se traz
Expressaria o verso onde passando
O tempo se mostrasse no vazio

E tento acreditar que além-vazio
Ainda se tentasse esta esperança
Que possa a cada instante ora passando
Vagar e desenhar diversa sorte
E o todo que pudera quando traz
Deveras outro mundo em paz colhesse.

O tempo quando a sorte enfim colhesse
O tanto desenhado no vazio,
E o preço quando a vida enfim se traz
Marcasse com angústia esta esperança
E sem sentido algum, perdendo a sorte,
Meu mundo sem sentido ora passando,

O sonho que passando se colhesse
O tanto desta sorte no vazio
Enquanto uma esperança nada traz.


676

Jamais imaginei que a vida fosse
Assim o que se expressa em solidão
O mundo se desenha desde então
Na tétrica vontade de ser livre,
O passo sem sentido o sonho atroz
Encontra o quanto ilude e nada mais,

O tempo se mostrasse muito mais
E sei do que talvez buscara e fosse
E nisso o dia a dia mais atroz
Tramasse tão somente a solidão
Que possa na verdade deixar livre
O que mais desejasse desde então,

Meu mundo se anuncia e sei que então
O canto noutro passo busca mais
Sabendo quão difícil é ser livre
E nisto quantas vezes sei que fosse
O tempo mais dorido em solidão
Tornando o dia a dia mais atroz,

E sei do quanto possa ser atroz
A sórdida presença desde então
Do quanto se moldara em solidão
E tento caminhar além e mais
Enquanto na verdade sei que fosse
Quem sabe no final um ser mais livre?

O quanto o coração vagasse livre
E nisto se desdenhe o mundo atroz
E quando se tentasse além e fosse
O passo desenhasse desde então
O todo que se queira e muito mais
Marcando com terror a solidão,

E vejo tão somente a solidão
E nela o que pudera ser mais livre
Enquanto o meu caminho pede mais
O todo se deseja sendo atroz
Tocando o dia a dia desde então
E nisso o quanto quero jamais fosse,

Ainda quando fosse solidão,
O tempo desde então se visse livre
E deste passo atroz o nunca mais.






677

O tempo aonde a dor se agudizasse
E o verso já perdesse o seu sentido
O medo a cada passo se mostrando
O vento noutra farsa se aproxima
E vejo o quanto possa dentro da alma
Viver a solidão que nada cessa,

O vendaval nesta alma agora cessa
E o peso deste nada agudizasse
O quanto se deseja limpando alma
E o preço a se pagar não faz sentido,
E vejo quando o fim já se aproxima
E a vida noutro engodo se mostrando,

O tanto que pudera enfim mostrando
O que deveras tento e jamais cessa
Enquanto a farsa venha e se aproxima
Na fúria que o temor agudizasse
E nisto o quanto veja sem sentido
Encontra a solidão que adentra esta alma,

O nada se envolvendo e tomando a alma
De quem sem ter saída, se mostrando,
Expressa a solidão e traz sentido
O mundo que pudera e o tempo cessa
Vagando enquanto a dor agudizasse
E apenas a mortalha se aproxima,

O corte quando agora se aproxima,
A fúria se desnuda e de minha alma
E nisto o que ora veja agudizasse
O quanto se percebe já mostrando
Meu mundo que deveras sempre cessa
Lutando sem saber qualquer sentido,

Enquanto alguma dor fizer sentido
E nada do que possa ora aproxima
O passo do que tanto jamais cessa
E nada do desejo trace na alma
Além desta esperança se mostrando
Aonde o meu temor agudizasse

A vida agudizasse algum sentido
E sei que se mostrando ora aproxima
Do quanto dentro da alma jamais cessa.


678

Não mais que algum momento eu pude ver
Envolto pelas trevas, meu passado,
E o canto noutro instante se transforma
E gera o que pudesse em leda sorte,
A morte numa espreita e tudo bem,
O olhar prossegue vago e nada tem,

O quanto do passado ainda tem
Quem busca na esperança um sonho ver
Sabendo do vazio muito bem
Decerto se pendura no passado,
E sabe com certeza a rude sorte
Que tanto nos maltrata e nos transforma.

Meu mundo no que possa e se transforma
Encontra o que pudera e mesmo tem
E vago sem saber o quanto a sorte
Tramasse o que deveras possa ver
E nisto tão somente o meu passado
Expressa o que pudera ser meu bem,

Ainda que se veja muito bem
O tempo no caminho se transforma
Gerando o quanto reste de um passado
E nada do que possa sei que tem
E quando este cenário eu possa ver
O todo sonegasse qualquer sorte

A vida se presume em torpe sorte
E o sonho se inundando em rude bem
E mesmo que tentasse ao menos ver
O todo noutro tom já se transforma
E sei do que pudesse e nada tem
Senão a mera sombra de um passado,

Colhendo cada fruto do passado
Tentando ter melhor e rara sorte
O quanto na incerteza sei e tem
Expressa este vazio muito bem
E tanto quanto possa se transforma
Gerando o que deveras busco ver,

O mundo que ao se ver dita o passado,
O todo se transforma e mata a sorte
De quem quisesse o bem e nada tem...







679

Nos tantos e diversos dias vejo
O sonho se traçando sem descanso
E o corte na verdade se resume
Nos erros que cometo quando sonho,
Meu passo se traduz neste vazio
Enquanto a solidão em paz consumo,

O todo noutro engodo ora consumo
E sei que na verdade nada vejo
Somente o que pudesse do vazio
Há tanto sem saber algum descanso
E nisto quando tento e mesmo sonho,
A vida no não ser já se resume,

O passo que deveras me resume
O tempo sem saber do que consumo,
O verso aonde tento e jamais sonho,
A luta que decerto também vejo
E nisto se pudesse algum descanso
Imerso nos meus erros, vou vazio,

E sei do quanto possa ser vazio
O canto aonde o nada se resume
E traz no olhar a marca do descanso
Que possa transmudar todo o consumo
Da vida que deveras quando vejo
Expressa a solidão enquanto sonho,

O todo que pudesse neste sonho,
O verso se inundando do vazio
A luta sem sentido onde me vejo
E nada do que possa já resume
O tanto que se tente e se consumo
Expressa a luta rude sem descanso,

Ainda quando possa e até descanso,
O tempo que deveras não mais sonho
Entranha onde o peso ora consumo
E bebo a sensação do ser vazio
Que tanto meu caminho ora resume
E gera a solidão quando me vejo

E sei que agora vejo sem descanso
O quanto se resume em novo sonho,
E todo este vazio ora consumo.


680

O nada desenhando o mesmo vago
Enquanto o que se trace não restaura
A vida de quem busca e tem sua aura
No sonho quando além teimando afago,
Meu passo se prevendo em queda e dor,
Meu verso sem sentido se perdera,

O tanto que se mostre e se perdera
Aonde sem sentido tento e vago
E nisto se imagina a mera dor
E vejo o que pudesse e se restaura
E quando a solidão em luz afago
O tempo se transforma e toma esta aura,

Meu mundo se anuncia e quando da aura
Expressa o que se possa e já perdera
O sonho desenhasse o rude afago
E quando em ilusões diversas vago
O verso se transforma e não restaura
A vida num instante traça a dor,

O quanto se moldara em tanta dor,
O mundo se anuncia e sem ter aura
A luta desdenhosa ora restaura
O quanto poderia e se perdera
Gerando no final enquanto vago
A sorte sem saber de algum afago,

E a morte que deveras eu afago
O vento se moldando além da dor
E o corte se tornando imenso ou vago
O sonho se transforma e tomando a aura
No tanto quanto houvera e se perdera
Apenas o vazio ora restaura,

E quando na verdade o que restaura
Expresse o que pudesse enquanto afago
Deixando que se veja imensa dor
E nisto o que pudera e já perdera
Transforma a solidão e sei que esta aura
Expressa o quanto sigo amargo e vago,

E sei que quando vago o que restaura
Dos sonhos e desta aura não afago,
Traçando em medo o dor o que eu perdera.

681
O quanto se anuncia brevemente
Pudera ser diverso do que há tanto
Tentasse noutra face noutro instante
E vendo o meu final sem mais surpresa
A luta se derrama e sento à mesa
Depois de cada farsa e mesmo engano

Encontro nos teus olhos este engano
E vejo o que pudesse brevemente
Traçar a solidão em rude mesa
E o verso que desejo em outro tanto,
Apenas a verdade sem surpresa
Diria o que inda resta neste instante,

E sei que tanto possa num instante
Marcando com ternura o quanto engano
Vagando sem sentido esta surpresa
E nisto o que se possa brevemente
Eclode no caminho onde sei tanto
Que nada mais se exponha sobre a mesa,

As cartas quando abertas nesta mesa
O verso se anuncia noutro instante
E o passo que perdera não sei tanto
Vagasse sem sentido nem engano
E nisto o que se veja brevemente
Eclode no vazio sem surpresa,

Uma alma desenhada e mais surpresa
Espera o que se mostre nesta mesa
E vive o quanto pode brevemente
E noutro desvario, em rude instante,
Gerando novamente o ledo engano
Traduz o que se quer e sei que é tanto,

Ousando perceber no fim o tanto
Que pude desvendar já sem surpresa
E nisto quando muito ora me engano,
Reparo na incerteza e sobre a mesa
O todo se transforma noutro instante
E gera o que pudera brevemente,

E assim tão brevemente o que foi tanto
Explode num instante e traz surpresa
No todo sobre a mesa sem engano.

682

Meu verso se perdera no vazio
E sei que nada disso te interessa
A sorte sem sentido, o manto roto,
A luta que se tenta a cada dia,
E o velho companheiro emudecido,
O mundo naufragado e sem escolha,

A vida poderia por escolha
Trazer o que deveras foi vazio
E o tanto que se veja emudecido
Decerto a quem viveu não interessa,
O todo se transforma a cada dia
E o verso se desdenha amargo e roto.

O quanto se mostrara sendo roto
O tanto que pudesse noutra escolha
Agora na verdade em rude dia
Encontra cada sombra em tal vazio
E nisto o que tanto me interessa
Expressa o coração emudecido,

O prazo se encerrando e emudecido
O todo se desenha mesmo roto
E nada do possa ora interessa
A quem se fez deveras sem escolha
E tanto que pudera no vazio
Apenas o que trace novo dia,

O quanto se desenha dia a dia
Deixando o pensamento emudecido
Rajando em noite vaga o meu vazio
E nisto o que se tente segue roto
Bebendo o quanto possa e não escolha
Vestígios do que tanto me interessa,

A luta aonde o mundo se interessa
E nisto se resume o fim do dia
Marcando o que pudesse com a escolha
Que tanto se traduza emudecido
O verso que se mostre mesmo roto
E vague pelos ermos de um vazio

E sei deste vazio e me interessa
O tanto quando roto trace o dia
E vejo; emudecido, a torpe escolha.

683

Bebendo cada gole desta sorte
Vagando sem sentido e sem proveito
Uma aguardente a mais noutro momento
E o copo se quebrando em tolo brinde
O verso não teria qualquer chance
Se a vida noutro passo não se lance,

E quando o meu caminho em vão se lance
Traduza o que pudesse ser a sorte
De quem se desejando numa chance
Encontra a solução feito um proveito
E tanto que pudera neste brinde
Viver esta alegria num momento

Apenas se desenha no momento
O quanto se expressasse quando lance
A vida noutro enredo e sempre brinde
O mesmo caminheiro em tanta sorte
Que possa traduzir neste proveito
O mundo desenhado em clara chance,

O passo transformando o risco em chance
O tanto que se busque no momento
E sei quando se molde em tal proveito
O que deveras jogue noutro lance
A vida se desenha nesta sorte
E tenta com certeza um novo brinde,

E sei que quanto mais o sonho brinde
Entranha dentro da alma a rara chance
E nela o que pudera com tal sorte
Traçar outro cenário num momento
E o mundo nos teus braços já se lance
Marcando o quanto tenha em teu proveito

Meu mundo se moldara num proveito
Diverso do que agora já nos brinde
E trace o cenário em rude lance
Marcando com ternura toda a chance
E nisto o que se veja num momento
Eclode com sentido em melhor sorte,

A vida dita a sorte e sem proveito,
O tanto num momento ora nos brinde
E sei que a rara chance ao sonho lance,



684

Não quero e nem pudesse ter nos olhos
A farsa no horizonte desenhada
E a luta que se mostre a cada passo,
Resume o meu vazio e prossigo,
Ao menos poderia ter certeza
Do quanto se presume cada abrigo,

E vendo tão somente o rude abrigo
Uma expressão diversa traz aos olhos
O todo emoldurando esta certeza
Que trama a velha farsa desenhada,
E nisto o quanto possa e já prossigo
Expressa a solidão de cada passo.

O tempo se anuncia enquanto passo
Vagando sem saber o quanto abrigo
Nos sonhos mais diversos e prossigo
Tentando amenizar os rudes olhos
Na face sem sentido desenhada
O canto não traria esta certeza,

A vida se espalhando e com certeza
O tempo se desnuda enquanto passo
A sorte numa folha desenhada
O vento me condena sem abrigo
E o prazo determina nos meus olhos
O quanto se deseja e não prossigo,

Somente contra a fúria ora prossigo
E nisto se desenha outra certeza
E o brilho dominando tristes olhos
Ainda que deveras quando passo
Procuro finalmente algum abrigo
E vejo a sorte em vão já desenhada,

A luta sem sentido desenhada
Nos ermos onde tento e até prossigo
Vagando sem sentido e sem abrigo
Na sórdida expressão desta certeza
E quando no final eu busco e passo
O sol invade imenso enfim meus olhos,

A luz tomando os olhos; desenhada,
Na trama a cada passo onde prossigo
Buscando com certeza algum abrigo.

685

O medo possa mesmo nos tocar
E sei das variantes da esperança
Enquanto a vida trama novo rumo,
O sumo da existência não permite
Que tudo quanto possa em tal limite
Expressa esta vontade de lutar,

Ainda que pudesse em vão lutar
E nisto presumisse o que ao tocar
Gerasse qualquer tom neste limite
O mundo se transforma em esperança
E o todo se desenha e se permite
Marcando com firmeza cada rumo,

E tanto quanto possa também rumo
Galgando uma esperança de lutar
E nisto o que deveras se permite
Gerasse o quanto a vida a nos tocar
Pudesse mesmo além desta esperança
Trazer o grande amor já sem limite,

O tanto que deveras nos limite
O prazo determina o novo rumo
E tudo que desejo em esperança
Ousasse muito além de algum lutar
Tramando o quanto possa nos tocar
E nisto outro cenário se permite.

A vida que deveras já permite
O tanto que se faça sem limite
Trazendo a maravilha de tocar
O quanto na verdade tento e rumo,
E possa sem descanso enfim lutar
Grassando as tramas loucas da esperança

Aonde se resume uma esperança
Meu mundo com certeza ora permite
Moldando esta vontade de lutar
E nela sem saber de algum limite
Encontro finalmente o velho rumo
E sigo para além a te tocar,

O quanto no tocar dite esperança
E mostre o quando rumo e se permite
O mundo não limite o meu lutar...

686

Vencido sem saber do quanto possa
Na leda resistência uma vez mais,
O mundo se presume noutro engano
E tanto quanto possa ora desabo
E vivo o que recebo em desafeto
Negando a solidão que em mim habita

Minha alma na certeza aonde habita
O todo que se tente e mesmo possa
Vagando sem sentido o desafeto
Tramando este caminho ou mesmo mais,
Ainda que se mostre onde desabo
Expressa a cada verso o velho engano,

E tanto quanto a vida trama engano
O verso não traria o que ora habita
O sonho de quem teima e já desabo,
Grassando aonde sabe que não possa
Trazendo no final o quanto mais
Pudesse numa angústia em desafeto,

O tempo dita apenas desafeto
E o vento se transforma enquanto engano
O tanto que se queira e nada mais
Enquanto a luta traça o que ora habita
Uma alma que deveras tente e possa
Marcar cada momento onde desabo

Em meio ao que decerto em dor desabo
Açoda-me completo desafeto
E sei do que tente e mesmo possa
E falo sem saber de algum engano
Viver o quanto resta e na alma habita
O sonho feito além e muito mais,

A vida se deseja e busca mais
Enquanto sem temores eu desabo
E vido o que pudesse quando habita
Uma alma feita em raro desafeto
Marcando o quanto possa cada engano
E nisto nada mais deveras possa,

O tanto que se possa ou muito mais
Expressa o quanto engano ou já desabo
Tocando o desafeto que me habita.

687

Ainda nada mais se veja quando
O fato se repete e se traduz
No engodo costumeiro de quem sonha
Bebendo da esperança mais atroz
E quando se anuncia a rude farsa
O manto se esgarçando nada impede.

O passo que deveras tudo impede
O vento no meu rosto fosse brando
E o verso na verdade trama a farsa
E nisto o que se expressa ora traduz
O tanto quanto vejo agora atroz
Numa alegria vã tal vida sonha,

O canto se desenha e tanto sonha
Uma alma quando o passo ora se impede
E nisto se presume tanto atroz
O que se mostraria como e quando
O prazo no vazio se traduz
E o tempo se anuncia em erro e farsa.

A luta se transcorre como em farsa
Enquanto o coração vagando sonha
E gera o que decerto ora traduz
E nada do caminho a vida impede
E trama o que pudera desde quando
O sonho se fizera mais atroz,

Meu mundo na verdade o vejo atroz
E sigo o quanto sinto como farsa
E nada do que trama a vida quando
No todo quando a luta reina e sonha
Marcantes ilusões ditando o passo impede
E a sorte noutro engodo se traduz

O tanto que pudesse e não traduz
Meu mundo num cenário mais atroz
E nisto o que se faça tanto impede
Ousasse perpetrar a dura farsa
E nela o quanto a vida agora sonha
Tentando outro cenário como e quando,

A luta desde quando não traduz
O tanto quanto sonha mais atroz
Expressa e sei que a farsa nada impede.


688

Jamais se imaginasse novo rumo
Tampouco se perdesse a solução
Do quanto se mostrara noutra face
E nada se anuncia após o vago
Caminho aonde enfrente este temor
Que possa traduzir a rude queda,

O verso se presume e nesta queda
Enquanto para além agora eu rumo
O mundo se desenha em tal temor
E nisto o que pudera solução
E tanto se deseja ser mais vago
O tanto quando veja a rude face.

O tempo se moldara nesta face
E o preço a se pagar expressa a queda
Do todo que pudera quando eu vago
Vivendo sem saber sequer meu rumo
E nisto o quanto fora solução
Explode neste anseio em vão temor,

O mundo precipita em vão temor
O que se moldaria nesta face
E sinto tão distante a solução
E nisto o tempo dita a mera queda
E o prazo determina sorte e rumo,
Enquanto sem descanso tanto vago,

E sei do quanto possa quando vago
Nos ermos de quem sabe em tal temor
O preço a se pagar em novo rumo,
Enquanto se anuncia a velha face
E nela o quanto vejo em plena queda
Tramando o que se faça em solução,

A vida se presume em solução
E o preço mesmo sendo agora vago,
Ditasse tão somente nova queda
E o vento dissemina este temor
E toda esta emoção negando a face
Perdera há muito tempo qualquer rumo,

E sei que deste rumo; a solução,
Traçasse nesta face o sonho vago
E sei que este temor ditara a queda.

689

Nas tantas e diversas ilusões
Os passos se perdendo no vazio
E o corte prenuncia o sortilégio
De quem já poderia noutra sorte
Tramar o que tentasse mansamente
E o mundo então veria a plena paz.

O quanto é necessária a santa paz
E o preço se pagando em ilusões
E nelas o que sinto mansamente
Adentra na verdade este vazio
E sei o quanto possa noutra sorte
Vivendo além do velho sortilégio,

A vida que prediz em sortilégio
Engodos quando nega a nossa paz
Marcando o dia a dia com a sorte
E dita no vazio as ilusões
Tocando o que pudera no vazio
Ousando noutro passo, mansamente,

O quanto se aproxima mansamente
E traz o desvario em sortilégio
Grassando sobre as tramas do vazio
E nisto se procure a plena paz
Que superando velhas ilusões
Transcende ao quanto possa em rara sorte,

A vida não tramasse além da sorte
O quanto se trouxera mansamente
E tantas e diversas ilusões
Além dos vários erros, sortilégio,
Deixando o meu caminho agora em paz
E nisto se desenha este vazio.

O tanto que pudera do vazio
Bebendo o quanto trace nesta sorte
E viva simplesmente em plena paz
O quanto se deseja mansamente
E trace com ternura o sortilégio
Tramando dentro da alma as ilusões,

A vida em ilusões nega o vazio,
E mesmo em sortilégio muda a sorte
Traçando mansamente a clara paz.

690

Negando o meu caminho nada trago
Somente esta semente que ora lanço
Ao solo da esperança e gera o fruto
Trazendo dentro da alma este pomar
Que possa na colheita ser além
Gerando o quanto o sonho tenta e tem,

Meu mundo na verdade sabe e tem
O todo quanto possa e agora trago
Vivendo cada dia mais além
Do encanto aonde tente, onde me lanço,
Vagando entre as entranhas do pomar
Sabendo deste amor, bendito fruto,

O tanto que se possa a cada fruto
E nisto esta certeza onde se tem
O quanto se deseja no pomar
Dos sonhos onde o verso faço e trago
Ousando no que tento e se me lanço
Pudera noutro encanto ser além,

O vento se desenha e sigo além
Cevando com ternura cada fruto
E tanto quanto além do encanto eu lanço
Marcando o que este passo agora tem
E todo o meu anseio sinto e trago
Ao vicejar no sonho o meu pomar,

O quanto se anuncia no pomar
Expressa o que deseja e muito além
E sei do quanto tente e mesmo trago
Gerando dentro da alma o raro fruto
Mostrando o quanto possa e sei que tem,
O verso sem sentido onde me lanço,

O mundo se anuncia enquanto lanço
O todo desejoso no pomar
Traduz o que em verdade digo e tem
E nisto o quanto trace muito além
Ditando uma certeza feita em fruto
Que na alma a cada instante sempre trago,

O sonho que hoje trago, onde me lanço,
Expressa o doce fruto do pomar
Encanto sempre além deveras tem...

691

O quanto se deseja e mesmo posso
Tramar noutro momento em rude espaço
Traduza na verdade o quanto quero
E sigo sem temer o que vier
O medo não se faz bom conselheiro
Tampouco esta ira pode nos guiar,

O sonho que teimasse em me guiar
Embora na verdade já não posso
Ousar num novo dia, conselheiro,
Das tramas que pudesse em tal espaço
Sabendo do caminho e se vier
Tentar o quanto teime e mesmo quero

O amor quando deveras teimo e quero
O verso sem destino; irei guiar,
Levando para o todo que vier
Gerando o quanto trame e mesmo posso
Vivendo e assim moldando cada espaço
Nos ermos deste amor, meu conselheiro,

Ainda que se tente um conselheiro
Nas ânsias deste anseio quanto o quero
Vivendo o que pudera neste espaço
E sei deste caminho a me guiar
Estrela que deveras tanto posso
Trazendo todo o quanto inda vier,

Embora se perceba o que vier
E nisto o coração, meu conselheiro,
Encontra muito além do que mais posso
Vivendo o que desejo e tanto quero
E tendo esta esperança a me guiar
O sonho se traduz em raro espaço,

Ousando desenhar em vago espaço
O verso que pudesse e se vier
Encontro o que tentara me guiar
Nas tramas mais diversas, conselheiro,
E sei deste cenário e o quanto quero
Marcando com ternura o que ora posso,

E quando sempre posso neste espaço
Viver o quanto quero e se vier,
Amor, um conselheiro a me guiar...

692

Jamais imaginasse ainda ter
Os sonhos mais audazes e sinceros
De quem vivesse o tempo necessário
E nada mais se mostre a cada passo
Enquanto na verdade o que viria
Traria o velho encanto que cultivo,

O sonho que deveras eu cultivo,
O tempo desenhando o que irei ter
E nisto o quanto possa e mais viria
Nas sensações diversas, os sinceros,
Momentos onde traço cada passo
E vejo o quanto amor é necessário.

Meu passo se deseja necessário
E trama o que pudesse e assim cultivo
E na certeza clara deste passo
O tanto que se possa mesmo ter
Expressa dias mansos e sinceros
E neles o que enfim eu sei, viria,

O canto que pudera e que viria
Trazendo o sentimento necessário
Encontra dias mansos e sinceros
E quando se expressasse o que cultivo
Colhendo o quanto possa mesmo ter,
O verso se revela em manso passo,

Assim ao perceber enquanto passo
O todo que se mostra e já viria
O tanto desenhando possa ter
E nisto o que se mostre necessário
Nos ermos da esperança que cultivo
Em meio aos dias mansos e sinceros,

Os versos quando os quero mais sinceros
E os olhos que procuram cada passo
De quem sabe do sonho e já cultivo
O tanto que se queira e até viria
Viver o raro encanto necessário
Gerado pelo quanto tente ter,

O mundo que ao se ter em tons sinceros
Expressa o necessário e nisto passo
Marcando o que viria e em ti cultivo...

693

Nas tramas onde em sonhos tu me expões
E arrastas os sentidos para o caos
Ainda que se vejam tempestades
Os dias entre tantos se perdendo
A luta na verdade não traduz,
O medo se depondo no não ser.

E sei que na verdade o que quis ser
Agora noutro fato sei que expões
E o verso com certeza não traduz
Senão a velha farsa feita em caos
E os dias que decerto irei perdendo
Imerso nas temíveis tempestades,

Olhando para os lados, tempestades,
E vejo o quanto tente em cada ser
Vivendo o meu anseio ou me perdendo
Nos passos entre traços quando expões
O mundo se anuncia e neste caos
O todo na verdade não traduz,

Meu canto sem sentido não traduz
O que pudera crer e as tempestades
Marcando o que deveras seja o caos
Gerando o quanto trace neste ser
E viva muito além do quanto expões
Nos ermos do que possa me perdendo,

O rumo de tal forma irei perdendo
E sei que meu caminho não traduz
Sequer o que pudesse e agora expões,
Depois das mais diversas tempestades
E nisto o que pudesse neste ser
Traria tão somente o velho caos,

Os dias entre medos, erros, caos,
A vida sem sentido e eu perdendo
Singrando o quanto resta e possa ser
Aonde se desenha e se traduz
Envolto nas temíveis tempestades
O quanto com certeza e em vão expões,

O que ora tanto expões expresse o caos
E sei das tempestades, me perdendo,
Ousando onde traduz meu ledo ser.

694

Aonde fiz meu sonho não sabia
Das tramas que esta vida nos prepara
E o corte na raiz, a fonte clara,
O verso sem sentido e a fantasia
Enquanto o dia a dia desampara
Meu canto noutro tom entoaria,

Vivendo o quando na alma entoaria
O tanto que pretendo e até sabia
Encontro o que decerto desampara,
Porém a vida aos poucos nos prepara,
E tento desvendar a fantasia
Que mais se desenhasse imensa e clara,

A sorte desnudada intensa e clara
O mundo que esperança entoaria
O todo noutro enredo e a fantasia
Há tanto no final nada sabia
Senão a mesma sorte que prepara
A queda que deveras desampara,

Meu passo sem sentido desampara
E a luta no que possa mesmo clara
Expressa o quanto o tempo me prepara
Vagando aonde o sonho entoaria,
Marcando o que pensara já sabia
E nisto se vislumbra a fantasia,

Meu mundo que pudera e fantasia
Vagando sem destino e desampara
O quanto na verdade não sabia
- A vida não seria então mais clara-
E mesmo se soubesse entoaria
Num tom diverso enquanto nos prepara.

O passo noutro instante se prepara
E gera o que pudesse e fantasia
E quando se deseja e entoaria
O tanto que se mostre e desampara
A luta sem proveito mesmo clara
Traduz o que decerto eu não sabia,

O tanto que sabia e se prepara
Traçando a mesma clara fantasia
O que nos desampara, entoaria...


695

O tempo se anuncia em tom brumoso
E o verso se desanda em velhos rumos
E quando no final meu canto expressa
A solidão deveras quando assumo,
O sonho que pudesse mais suave
Encontra no vazio a redundância,

O tanto se perdera em redundância
Gerando dentro da alma o ser brumoso
E sei do quanto a vida é mais suave
E nisto se traduzam novos rumos
E sinto esta verdade que ora assumo
Vivendo o que esperança em paz expressa,

Meu tempo noutro tom a sorte expressa
E gesta dentro da alma a redundância
E nisto o que pudesse e sei e assumo,
Tomasse todo o céu rude e brumoso,
Tramando no caminho novos rumos
E nisto o mundo possa ser suave,

Ainda que se veja mais suave
O tanto quanto quero e sei se expressa
Na sorte desairosa em tantos rumos
Enquanto se desenha em redundância
O passo decidido num brumoso
Cenário que decerto agora assumo,

Meus erros que em verdade sempre assumo
Tentando traçar dia mais suave
E nisto desenhando em tom brumoso
E neles o que o sonho gera e expressa
Marcando com terror em redundância
O quanto poderia em novos rumos

E vejo na verdade o quanto os rumos
Pudessem me trazer o que ora assumo,
Moldando muito além da redundância
O todo que se mostre ora suave
E nisto o que se faça e já se expressa
Tramasse o meu anseio ora brumoso,

O sonho onde brumoso eu sigo os rumos
Enquanto ali se expressa o quanto assumo,
E o tanto ser suave é redundância...

696
O tanto que desejo e nada venha
Sequer a mesma face que pudera
Riscar do mapa a dor e noutra esfera
Gerar o que se queira e ser feliz
O mundo noutra sorte se desenha
E o medo se espraiando ora presume,

O quanto na verdade se presume
E gera o quanto possa e mesmo venha
A luta na verdade se desenha
E traça muito mais do que pudera
E sei do que tentando ser feliz
Perceba com certeza noutra esfera,

Meu mundo se desenha nesta esfera
Que tanto me maltrate e ora presume
Trazendo o que buscasse ser feliz
E o todo na verdade sempre venha
Gerando esta emoção quanto a pudera
Traçar o quanto resta e se desenha

Na vida este momento se desenha
E traça noutro passo nova esfera
Marcando o que se tente até pudera
Trazendo o que se espera ou se presume
No canto mais sutil que sempre venha
Deixando o sentimento enfim feliz,

E sei que poderia ser feliz
Se tudo o que se tente a luz desenha
E nisto o que deveras agora venha
Encontra o quanto queira e noutra esfera
Grassando sobre o quanto se presume
Traçasse o que deveras mais pudera,

A vida de tal forma não pudera
Viver o que se queira e ser feliz,
Marcando cada passo onde presume
Viver a sensação e se desenha
O tanto anunciado noutra esfera
E o prazo com certeza não mais venha,

A vida já não venha e o que pudera
Há tanto noutra esfera, o ser feliz,
Tramasse e assim desenha e se presume.

697

O mundo se mostrara simplesmente
E nada mais teria o que se possa
Vagando noutro tempo e sem juízo
Expressa o que se perca num instante
E versa sobre o todo que queria
Trazendo dentro da alma um novo dia,

O tempo se expressando a cada dia
E nisto se anuncia simplesmente
O tanto que pudera e se queria
Vagando além do quanto já se possa
Tramando o que vivesse e noutro instante
Mostrara sem sentido algum juízo,

O passo se mostrara e em tal juízo
Viceja dentro da alma um raro dia
E o quanto se presume em novo instante
A vida se mostrara simplesmente
Ditando o que se queira e mesmo possa
E nada mais se veja onde o queria,

A luta se transcorre e não queria
Sequer esta expressão em vão juízo
E tanto que buscara e nada possa
Marcando com terror o dia a dia
E nisso se mostrasse simplesmente
O todo noutra face, em claro instante,

Meu canto se trouxera neste instante
E sei do quanto busque e até queria
Vagando pela vida simplesmente
E nisto o que se tente em tal juízo
Tocasse com ternura o claro dia
Enquanto a solidão invade e possa,

Do todo que desejo nada possa
E vendo cada engodo num instante
O mundo se renova a cada dia
E trama o que se busque e já queria
Vagando pela vida em vão juízo
Tentando o ser feliz tão simplesmente.

Ainda simplesmente o que se possa
Transcorre do juízo num instante
Aonde se queria um claro dia.

698
Jamais se poderia ver além
Do todo sem sentido e sem promessas
E quando no final o que me resta
Encontra este vazio que me dás
O medo se anuncia após a luta
E bebo a mais distante e rude paz,

Meu tempo procurasse alguma paz
E sei que na verdade sigo além
Do todo que deveras tanto luta
Marcando com terrores e promessas
O tanto quanto queres e se dás
Expresse a solidão que assim me resta.

A vida de tal forma trama e resta
Vagando entre o que possa ditar paz
O vento noutro instante já me dás
E bebo o que pudesse ser além
Do todo desejado ora em promessas
E nisto se desenha a rude luta,

E sei quando esperança tenta e luta
Marcando o quanto tente e mesmo resta
No todo quando gesta estas promessas
E negue ao caminheiro enfim a paz
Tomando este cenário muito além
Do quanto com certeza jamais me dás,

Uma esperança a mais quando ora dás
Exprimes o que possa em farsa a luta
E nada do que seja mesmo além
Moldasse no final o que me resta
E sei que na procura de uma paz
O verso se vagando em vãs promessas.

A vida traz em si tantas promessas
E traça o que pudera e não me dás
E quando na verdade busco a paz
O verso sem sentido dita a luta
E o passo que deveras inda resta
Ao longe se percebe muito além.

E sei que muito além destas promessas
O quanto que se resta e não me dás,
Expressa inútil luta e mata a paz.


699
Ainda vejo a sombra de quem tanto
Ousara ser diversa da esperança
Marcando cada passo como sonho
E nisto se traçando em desencanto,
A vida sem sentido ora se lança
E trago uma lembrança e assim me encanto,

O quanto mais pudesse em raro encanto
Toando dentro da alma o mesmo tanto
Que um dia se fizera e nisto lança
A voz sem mais destinos na esperança
Que possa traduzir sem desencanto
O quanto a cada dia mesmo sonho,

O dia se traduz em novo sonho
E bebo da alegria em raro encanto
E sei do mais distante desencanto
Ainda quando o tempo se fez tanto
E nisto desejasse uma esperança
E nela o que pudesse e ao fim se lança.

Meu tempo se traduz enquanto lança
A vida que deveras tanto sonho
E bebo no vazio da esperança
O quanto poderia num encanto
E sei do que se busca noutro tanto
E vence o que restara em desencanto.

O mundo se anuncia e o desencanto,
Marcando com a fúria o que ora lança
Viceja dentro da alma o quanto e tanto
Ainda se desenha em ledo sonho
E vago sem sentido e assim me encanto
Vagando o dia além de uma esperança,

O tempo na verdade em esperança
Gerando a cada passo o desencanto
E nada se processe em raro encanto
E sinto o que pudera e já se lança
E vejo quanto tente e busque um sonho
E nele o que deveras quero tanto.

O mundo neste tanto em esperança
O quanto agora sonho em desencanto
E o verso ora se lança num raro encanto.

700
Não mais que meramente a sorte expressa
O verso tão audaz que eu poderia,
E sigo tantas vezes as correntes
E vejo no arquipélago dos sonhos,
Além dos abissais, momentos mansos,
E bebo da esperança em fartos goles,

A sorte se desenha em tantos goles
Querendo o quanto possa e além se expressa
Moldando dias claros, calmos, mansos,
Enquanto noutro fato eu poderia
Viver a sensação dos raros sonhos
Ao enfrentar sem medo tais correntes,

A vida preparando estas correntes
Encontra no final em tantos goles
O que pudesse ter em vários sonhos,
Ainda quando a vida além se expressa
Marcando o que tentasse e poderia
Com olhos mais suaves, tanto mansos,

Os dias anunciam passos mansos
E vejo o quanto trace em tais correntes
Vestindo esta ilusão que poderia
Gerar o que se mostre em novos goles
E sei do quanto a vida agora expressa
Tomando já de assalto os tantos sonhos,

A vida que moldasse em novos sonhos
O canto sem temores claros, mansos,
E nisto o que deveras já se expressa
Encontra finalmente estas correntes
Atando o que pudera e destes goles
O verso novo passo poderia,

Meu mundo na verdade eu poderia
Tramar o que se tente em claros sonhos
E vivo entre momentos tantos. Goles
Diversos em delírios mesmo mansos
E nisto anunciasse nas correntes
O tanto que esperança em paz expressa.

O mundo agora expressa e poderia
Tramar estas correntes entre sonhos
E vibro dias mansos, doces goles...

701

Meu tempo de sonhar já não coubera
Sequer aonde um dia pude ver
A sorte desenhada e sem saber
O sonho numa espreita dita o rumo
Vivesse pelo menos um momento
Em tantas alegrias dia a dia,

Meu canto se mostrasse neste dia
E toda a solução tanto coubera
Vencendo o quanto tente num momento
Ainda que pudesse mesmo ver
O tanto se anuncia em novo rumo,
Marcando o quanto possa enfim saber.

Não tendo outro cenário e sem saber
Do quanto a vida trace em raro dia,
O passo se desvia de seu rumo
E o tempo noutro engodo não coubera
A sorte se desenha e nega ao ver
O quanto se presume num momento.

A luta se anuncia no momento
Aonde o que se fez e sem saber
Expressa o que deveras possa ver
Moldando a luz de um novo e claro dia
E nisto o que pudesse e mais coubera
Tramasse com vontade novo rumo,

E quando para além dos sonhos rumo
Encontro os meus pedaços num momento
E vago sem sentir o que coubera
Da sorte sem proveito e no saber
Do todo desejado o novo dia
Que possa me traçar e mesmo ver,

A luta desenhada sem se ver
Aonde poderia em torpe rumo
Vestir esta emoção que noutro dia
Encontra o quanto possa e num momento
Vivendo a imensidão de algum saber
Tramasse o que em verdade mal coubera,

A vida já coubera e sem se ver
O quanto do saber ditasse o rumo
E nele este momento, um novo dia.

702
O prazo se anuncia após o todo
E vejo sem sentido o que pudesse
Tramar numa ilusão meu verso frágil
E bebo cada gole em descaminho
Ousando acreditar e ter no olhar
O mundo mais afoito e mesmo rude,

O tempo se desenha em sonho rude
E nisto o meu anseio dita o todo
Que na verdade ronda cada olhar
E mesmo que deveras já pudesse
Traria no final o descaminho,
E sei deste momento bem mais frágil,

O mundo tantas vezes fosse frágil,
O passo noutro instante sendo rude
Gerasse o que pudesse em descaminho
E tendo em minhas mãos o quase e o todo
Ainda que em verdade assim pudesse
O tanto não traria em manso olhar,

E vendo o que pudera num olhar
Buscando o que se faça mesmo frágil
E nisto o mundo ronda e não pudesse
Embora seja o tempo bem mais rude
Vagando simplesmente sobre o todo
Encontre no final o descaminho,

O mundo se prepara em descaminho
E tanto quanto aguarde o teu olhar
Ainda que se busque sempre o todo,
O prazo determina o ser mais frágil
E nisto o quanto mostre agora rude
Devasta todo sonho que pudesse.

A sorte que deveras mais pudesse,
O tempo sem tormenta e descaminho,
O mundo que se visse tanto rude
E nisto o quanto anseio num olhar
Expressa este ditame neste frágil
Momento desenhado como um todo.

O quanto se fez todo e não pudesse
Gerando um tolo e frágil descaminho,
Traçando bem mais rude, o tanto e o todo.

703

Jamais a vida trace novo encanto
Enquanto neste tanto me percebo
Vagando sem sentido em noite escusa
E tento alguma lua que não há
O verso busca o sonho de quem ama
E morro solitário sem teus sonhos,

A vida se pudesse em tantos sonhos
Gerando o quanto quero e se me encanto
Bebesse da alegria quando se ama
E nisto este caminho ora percebo
Vagando pelos ermos e sei que há
Somente no final a face escusa,

A luta nesta noite amarga e escusa,
Brumosa madrugada em vários sonhos
E nesse caminhar o quanto que há
Expressa o meu anseio e meu encanto
Vestindo esta ilusão ora percebo
O todo que se dita quando se ama.

Não quero outro caminho e nem mais ama
A sorte se moldando, sempre escusa,
O tanto que se veja e mal percebo
Encontraria o tanto que em tais sonhos
Ousasse imaginar um novo encanto
E sei que na verdade já nada há,

O todo desejado quando se há
Ao menos ilusão e nisto se ama
O tempo reduzindo e deste encanto
Sequer a menor sombra e sei escusa
A luta sem proveito em vagos sonhos
Marcando o quanto tento e mal percebo.

O mundo sem limites eu percebo
E vejo a imensidão e sei quanto há
Dos ermos desencantos, nestes sonhos,
E vago sem sentir o que ora se ama
Traçando esta verdade mesmo escusa
E o passo que pudera em novo encanto.

Assim do vago encanto ora percebo
Os ermos desta escusa e quanto se há
Nos olhos de quem ama novos sonhos.


704
Não sei se poderia ter nas mãos
Além de meramente o que se fez
Ausente dos meus dias e talvez
Desenhe sem motivo nova farsa
A luta se anuncia a cada engano
E o peso se transforma, insuportável,

A vida não seria insuportável
Tampouco outra tormenta em minhas mãos
Enquanto o que se mostre em ledo engano
Tramasse o que pudesse e já se fez
No sórdido momento desta farsa
Sem mesmo ter sequer algum talvez,

O todo desenhado onde talvez
O passo se aproxime insuportável
E vago sem saber do quanto a farsa
Explode sem sentido em nossas mãos
E disto este vazio que se fez
Transforma qualquer sonho em ledo engano.

O verso se presume num engano
E o quanto poderia ser, talvez,
Agora se mostrando onde se fez
Presume este momento insuportável
E nada mais pudesse ter nas mãos
Senão este cenário feito em farsa,

A vida se anuncia em plena farsa
E desta vez apenas cada engano
Presume o que em verdade traz as mãos,
E Eclode no que possa ser talvez
Marcar o que decerto insuportável
Tramasse o quanto pude e nada fez,

O todo anunciado enquanto fez
Dos ermos de minha alma a velha farsa
E nisto este caminho insuportável
Tramasse o que possa e se me engano
Vagando por acasos sem talvez
Trazer outro sentido às minhas mãos,

A vida em minhas mãos jamais se fez
O tempo onde talvez gerasse a farsa
E o quanto enfim me engano: insuportável.

705
Não quero ser apenas o que um dia
Vencido pelas tramas de um caminho
Explode num anseio e se percebe
Ausente do que fora noutro rumo
O verso mais diverso que ora assumo
Expressa a mais sublime fantasia,

E o verso noutro instante fantasia,
E gera o que pudera neste dia
Vagando sem sentido quando assumo
O término temido do caminho,
E vejo o que pudesse enquanto rumo,
E nada mais deveras se percebe,

O tanto que tentara e já percebe
O vento noutro tom em fantasia,
E sendo de tal forma o quanto rumo,
Expressaria o todo neste dia,
Bebendo do que possa no caminho
E tendo este cenário que ora assumo.

O verso noutro tom agora assumo,
E bebo do que possa e se percebe
O sonho desditoso de um caminho
Que tanto quanto trace a fantasia
Mergulha no que possa mais um dia
Trazendo o quanto quero em novo rumo,

O quanto se tentasse e sei que rumo
Enquanto os meus defeitos sei e assumo,
O tempo se transforma e deste dia
O quanto procurasse e já percebe
Uma alma transparente fantasia
O verso que tente num caminho,

O passo desenhando este caminho
Enquanto cada fato dita o rumo
E nisto o que pudera e fantasia
Uma alma sem sentido quando assumo
O todo que traduza e se percebe
Na imensidão tão clara deste dia.

O tanto que num dia em meu caminho
O quanto se percebe noutro rumo
Expressa o quanto assumo em fantasia.

706
O tempo não traduz o que em verdade
Pudesse ser diverso ou mesmo tente
Vencer o quanto trago num momento
E vejo a minha vida se esvaindo
Nos ermos de quem tente outra emoção
Sabendo tão instável, coração.

Acaso se pudesse o coração
Viver o mundo em sonhos, a verdade,
Traria o que decerto em emoção
Traduza o quanto possa e mesmo tente
Vencer o dia a dia se esvaindo
E nisto se transforme este momento.

A luta se desenha num momento
E quando vejo o quanto em coração
Expresse este momento se esvaindo
Deixando para trás uma verdade
Que possa noutro instante ou mesmo tente
Traçar cada cenário em emoção.

O mundo necessita de emoção.
O verso se produz e num momento
O quanto se deseja e mesmo tente
Marcar o quanto toque o coração
E nessa mansidão, rara verdade,
Eclode no passado, se esvaindo,

O sonho se desenha ora esvaindo
E trago o quanto pude na verdade
Trazendo o sentimento em emoção
E quando se anuncia outro momento
Apenas o que sinta o coração
Demonstra o quanto possa e mesmo tente.

Pousando no cenário aonde eu tente
Vencido pelos erros me esvaindo
E nisto o que pudera coração
Tramasse com certeza uma emoção
Que possa traduzir este momento
Enquanto o que se mostre diz verdade.

O quanto da verdade inda se tente
E trace num momento se esvaindo
Invade em emoção, tal coração.

707
A vida não traria nenhum brilho
Tampouco se fizesse esta esperança
Enquanto na verdade o que anuncias
Eclode nas tormentas e nos erros
Vagando sem sentido em sortilégio
O tempo não transcende ao quanto quis,

E sei que na verdade o que mais quis
Entranha como fosse um raro brilho
E vendo tantas vezes, sortilégio,
O caos domina enfim esta esperança
E sei dos meus anseios, tantos erros,
Enquanto este vazio me anuncias.

O tanto que deveras anuncias
O verso sem sentido já não quis
E sigo nos caminhos tantos erros
Enquanto se procura qualquer brilho
O verso prenuncia esta esperança
E o mundo se prepara em sortilégio,

O todo se desenha em sortilégio
Marcando o quanto resta e me anuncias
Gerando a cada engano esta esperança
Deixando para trás o quanto eu quis
E vago sem sentir sequer o brilho
Acumulando assim diversos erros,

A sorte se anuncia enquanto os erros
Noutro momento dita o sortilégio
De quem se fez além de qualquer brilho
E nisto o que pudesse ora anuncias
Deixando no passado que eu mais quis
Matando em nascedouro esta esperança.

Rondando o pensamento uma esperança
O tanto acumulasse noutros erros
E sei do quanto pude e mesmo quis
No todo desenhado em sortilégio
E sigo esta vontade onde anuncias
As tramas onde perco o raro brilho,

E quando tento e brilho; uma esperança,
Enganos anuncias e dos erros
O velho sortilégio nada quis...

708
O manto que se possa consagrar
O verso sem destino segue em vão
O corpo se perdendo em ilusão
E a luta recomeça a cada instante
Ousando noutro passo o mesmo nada
Enfrento a noite rude e desolada,

A sorte que se mostre desolada
O tempo não pudera consagrar
Sequer o que se veja dita o nada
E o passo molda o tempo agora em vão,
E nisto se presume num instante
O tanto que se forme em ilusão,

O verso se traduz em ilusão
E o canto traz a luta desolada
E vejo já mudando a cada instante
O passo sem sentido a consagrar
A farsa que montaste agora em vão
E trazes para a festa o mesmo nada.

O tempo se resume neste nada
E o velho caminheiro em ilusão
Encontra a velha estrada e o tempo em vão
Marcando quanto possa desolada
A luta noutra face e ao consagrar
Perdido noutro passo e noutro instante,

A vida na verdade um mero instante
E sei do quanto dite ou trague o nada
E sinto a sorte enfim nos consagrar
Moldando a mesma lenda em ilusão
Sabendo da verdade desolada
Que possa nos traçar o mesmo vão,

O quanto se pudera e sei que é vão,
O mundo noutra face em rude instante
E o quanto se mostrasse a desolada
Certeza do caminho feito em nada
Tramasse simplesmente esta ilusão
Que possa no vazio consagrar,

O todo a consagrar o sonho em vão
Apenas ilusão, e neste instante,
A sorte dita o nada. Desolada...

709
Já não me caberia acreditar
Nas velhas e temidas expressões
Que possam traduzir as ilusões
E nelas outras tantas quando as vejo,
Resumo no vazio o verso rude
E sei que meu caminho se desfaz,

O tanto que pudesse e ora desfaz
Grassando aonde pude acreditar
Nos sonhos onde tento sendo rude
Vencer as tão diversas expressões
E nisso sem sentido algum eu vejo
Apenas os tormentos e ilusões,

Ainda que se vejam ilusões
E sinto o que em verdade se desfaz
E tanto quanto possa nada vejo
Somente o que tentasse acreditar
E nisto a sorte dita as expressões
E o tempo se desenha mesmo rude,

O canto se anuncia e sendo rude,
A trama deste passo em ilusões
Explode em diversas expressões
Mostrando quando a vida se desfaz
E tanto que eu pudesse acreditar
Refaz este cenário que ora vejo.

O todo se transforma quando o vejo
E o mundo se anuncia sempre rude
Trazendo no final o acreditar
E mesmo que pareçam ilusões
As horas dizem dia que desfaz
E traça no vazio as expressões,

Ainda que se mostrem expressões
Diversas da que tento e mesmo vejo
O mundo pouco a pouco se desfaz
E tento mesmo sendo amargo e rude
Viver as mais doridas ilusões
Enquanto em nada eu possa acreditar,

E tento acreditar nas expressões
E destas ilusões o quanto eu vejo
Num passo bem mais rude se desfaz...


710
Meu prazo determina o fim do sonho
E o tempo nada traz somente leva
A luta se moldara de tal forma
Que o preço a se pagar ninguém comporta,
O verso sem sentido atrás da porta
E o vento ora espalhando o meu outono,

A vida se traduz em rude outono
E o quanto inda pudesse e mesmo sonho,
Vagando sobre o medo abrindo a porta
Enquanto este vazio dita a leva
O medo na verdade não comporta
O quanto a solidão deveras forma.

O tanto que pudera em torpe forma
Mergulha no vazio deste outono
E o prazo determina o que comporta
Gerando na verdade o quanto sonho
E nisto a solidão sempre me leva
Ao todo que pudesse abrindo a porta.

O vento se anuncia e trás à porta
A luta sem sentido que se forma
E tanto quanto a vida já me leva
Ousando no temor de um ledo outono
E nisto o que pudera trago e sonho,
Enquanto a solidão já se comporta.

Adentro no que possa e alma comporta
O todo se moldando e nesta porta
O verso se traduz em mero sonho,
E quando no final encontro a forma
Que possa traduzir o meu outono
A sorte para além dos ermos leva,

O canto se anuncia e desta leva
Apenas o meu passo se comporta
E gera o que se negue em rude outono
Marcando com terror a velha porta
Que escancarei e nada toma a forma
Do quanto poderia ser um sonho,

E quanto mais eu sonho, mais se leva,
A vida noutra forma se comporta,
Abrindo assim a porta o frio outono...

711

Jamais a vida trace sem sentido
O quanto desejara um navegante
Nos mares entre tantas vis procelas
As celas e os caminhos mais doridos
O todo que pudera e se pressente
Jogado sobre as pedras deste cais.

Aonde se tentasse novo cais
O tempo noutro engodo já sentido,
O tanto que podendo ora pressente
Marcado como o louco navegante
Que tente dias claros e doridos,
Em meio às calmarias e procelas.

Não tento desvendar após procelas
O quanto se desenha além do cais
E nisto se perdendo tão doridos
Os olhos sem saber de algum sentido
E nisto como um tosco navegante
Ao fim somente a morte se pressente,

E tanto quanto possa enfim pressente
O mundo sem sentir além procelas
E nada do que dite um navegante
Buscando a mansidão de qualquer cais
E nele o que pudera ter sentido
Traduz os dias rudes e doridos,

Meus versos são deveras mais doridos
E os sonhos quando o nada se pressente
Buscando no final qualquer sentido
Devastam ilusões, toscas procelas,
E o medo do futuro dita o cais
Trazendo insegurança ao navegante,

O sonho se pudera navegante
Que tanto se recende aos mais doridos
Anseios e sabendo de algum cais
Espera tanto quanto enfim pressente
O medo que tramasse tais procelas
E nisto se perdesse algum sentido,

O todo já sentido, um navegante,
Vagando entre procelas. Doloridos
Dias. E se pressente um rude cais...

712

O tempo se ausentasse da esperança
E o vento noutro tom se extraviando
O verso sem sentido e o canto atroz
Deixando ora em frangalhos liberdade
Enquanto a sorte nega o que pudesse
A vida se transforma em vil tormenta,

Ainda sinto viva esta tormenta
Que tanto sonegara esta esperança
O passo noutro rumo já pudesse
Trazer o que se vira extraviando
Matando em nascedouro a liberdade
Num ato sem limites, mais atroz,

E quanto mais a vida seja atroz,
Deveras meu caminho esta tormenta
Traçando sem sentido a liberdade
E quando se procura uma esperança
O todo noutro rumo extraviando
E o nada se transcende onde pudesse.

A vida de tal forma inda pudesse
Tramar o que se mostre tanto atroz
E quando se permite extraviando
O verso representa esta tormenta
Matando o quanto houvesse em esperança
Deixando no passado a liberdade,

Ainda se desenha a liberdade
E tento o quanto em vida ora pudesse
Trazendo no bafejo da esperança
O canto mesmo rude e até atroz
Gerando no final esta tormenta
O rumo sem saber se extraviando.

E quando se percebe extraviando
O quanto se quisera em liberdade
O tempo sem razões dita a tormenta
E o corte onde o sonho inda pudesse
Tramar o quanto veja mais atroz
E nisto se calasse esta esperança.

Ao ver uma esperança extraviando
O tempo mais atroz, sem liberdade,
Expressa o que pudesse em vã tormenta...

713
O mundo não permite qualquer sonho
Que possa nos trazer mera ilusão
E o verso se desenha quando invade
A sorte desdenhosa ou mesmo rude,
E sei que na verdade o quanto pude
Tramasse no final a rendição.

O tempo se transforma e a rendição
Encontra na verdade o quanto eu sonho
E sinto quantas vezes tento e pude
Depois da mais sofrível ilusão,
Vagar neste caminho torpe e rude,
Que tanto quanto açoda agora invade,

O mundo sem limites vem e invade,
Gerando no final a rendição
E o tempo se mostrara vago e rude
E nada do que possa traz em sonho
O quanto se deseja em ilusão
E nisto se proponha o que ora pude,

O ser feliz ditando e nisto eu pude,
Enquanto a negação decerto invade
Trazendo no final esta ilusão
Que molde com certeza a rendição
Negando no final o raro sonho
Ainda que se mostre sempre rude.

O mundo na verdade se faz rude
E tanto quanto expresse o que ora pude
Encontra no final o velho sonho
E sei do meu momento onde se invade
Uma alma que entranhada em rendição
Bebesse com fartura outra ilusão,

A vida não seria esta ilusão
Que tanto se permite e nos faz rude
Marcando com terror a rendição
E noutro patamar o que mais pude
Expressa o quanto toca e nos invade
Matando em nascedouro cada sonho,

E quando agora sonho, uma ilusão,
E nisto o que me invade sendo rude,
Expressa o quanto pude em rendição...

714
O canto sem sequer algum alento
O tempo não permite nova sorte
E o verso resumindo o fim do jogo
Enquanto nada trame, dita ocaso,
E sei que na verdade o que consome
Expressa esta vontade mais atroz,

Ainda se mostrara tão atroz
O que buscasse em vão conforme alento
E nada do que possa ou mais consome
Configurando assim diversa sorte
Tramasse com certeza algum ocaso
E nisto se aproxima o velho jogo,

As cartas, torpe mesa, ledo jogo,
O canto da esperança é mais atroz
E sei que na verdade o mero ocaso
Mostrasse o que seria algum alento
E nisto sem ter nada que conforte
O tempo sem valia nos consome.

O mundo se percebe e nos consome
Deixando para trás um torpe jogo
E o quanto se deseja dita a sorte
Marcada num momento mais atroz
E nisto procurando algum alento
O mundo se aproxima dum ocaso,

Refaço o meu caminho após o ocaso,
E tento acreditar no que consome
O velho camarada num alento
Expressa o quanto mostre o mesmo jogo
Num tempo sem limites mais atroz
E nisto não teria qualquer sorte,

A luta se adivinha e rege a sorte
De quem se fez além do mero ocaso,
O tempo se traduza neste atroz
Caminho feito enquanto se consome
A força num anseio, e feito o jogo,
Encontro em teu sorriso o meu alento,

E busco novo alento e nova sorte,
Ainda neste jogo, sem o ocaso,
Porém já se consome uma alma atroz.

715
Meu tempo se perdendo noutro cais
E a vida não teria nova sorte,
Ainda que pudesse ter no olhar
A vida não pudera ser assim,
Meu mundo desabando devagar,
O tanto que restasse segue ao fim,

E quanto se percebe o ledo fim
Ausente na verdade qualquer cais,
O todo caminhando devagar
O prazo determina a rude sorte
E vejo mesmo após e sendo assim
O brilho sem sentido num olhar.

Ainda trago vivo neste olhar
O sonho que trouxeste ora no fim,
E o vento se transforma e sendo assim
Procuro inutilmente pelo cais
E sei quanto tentara em rara sorte
Viver o que se trame devagar,

A senda se desenha devagar
E nada do que tente noutro olhar
Expressa a melhoria desta sorte
E sei do meu cenário e vou ao fim,
Tentando presumir se existe cais
E o tempo se transforma todo, assim,

Procuro o quanto houvesse e sempre assim,
Andando mansamente, devagar,
O tanto que se veja neste cais
Expressa o quanto trace num olhar
E veja tão somente o que há no fim
Embora mais distante esteja a sorte,

A vida sem sentido perde a sorte
E veste esta verdade e sendo assim,
O quanto se apresenta já no fim,
Encontraria o mundo devagar,
E sei do que pudera neste olhar
Trazer além do sonho feito em cais,

E quando deste cais em nova sorte,
Vagando num olhar e sempre assim,
Ainda devagar vejo o meu fim...

716

O medo não traduza o dia a dia
Tampouco possa ser o nosso enredo
E quando me concedo algum descanso
No fim já sem denodo nada vem
Somente a fantasia que moldara
A luta na vontade mais vulgar,

O sonho que se mostre tão vulgar
O corte anunciando o velho dia
E o medo quando o todo se moldara
Girando sem sentido em vago enredo
E o tempo que deveras sempre vem
Deixando para trás qualquer descanso,

E sei que tanto luto e não descanso,
Marcando o quanto houvera e sei vulgar
Caminho entre meus ermos quando vem
A morte transformando cada dia
No quanto poderia e neste enredo
Apenas o jamais hoje moldara,

A senda mais diversa se moldara
E dela o que presumo sem descanso
Apresentando ao fim, o tosco enredo,
Marcando com terror o ser vulgar
E nisto esta promessa de outro dia
Em vão se anunciasse, e até já vem,

O medo quantas vezes trama e vem
Negando o que decerto já moldara
A farsa se anuncia a cada dia
E o peso de uma vida sem descanso
Tramasse este caminho tão vulgar
E nele o mais atroz e vago enredo,

Grassando desde sempre o mesmo enredo,
O tempo não seduz e nada vem,
Somente o que decerto é tão vulgar
E nesta sensação do que moldara
A vida se traduz onde descanso
E tento um novo passo a cada dia,

O todo deste dia num enredo
Expressa sem descanso o quanto vem
E assim já se moldara mais vulgar...

717


Ainda vejo a face da saudade
Rondando a minha casa, simplesmente,
E o tanto que se quer e se permite
No fundo dita sempre esta razão
E nada do que eu possa delimite
Ou mesmo resumisse o que não veio,

O sonho quando inútil trama o veio
E gera tão somente esta saudade
E nela o que pudera e delimite
Vivendo do passado simplesmente
Encontra no final tola razão
E deixa o que tentara e se permite,

O verso na verdade não permite
Sequer o desenhar de um tolo veio
Marcando o quanto reste da razão
E dite as artimanhas da saudade
Seguindo sem sentido simplesmente
O quanto poderia e delimite,

O canto que deveras delimite
O medo sem proveito não permite
Sequer o quanto trace simplesmente
E vagamente tento ditar o deveras nunca veio
Vivendo tão somente o pós-saudade
Nas tramas do que rege esta razão,

Ainda que se veja com razão
O mundo quando o passo delimite
E tanto na verdade diz saudade
Ou mesmo noutro rumo se permite
Vicejar no que tanto agora veio
Mostrando este caminho, simplesmente,

A vida se buscara e simplesmente
O que presume o tempo diz razão
E gera o que pudesse neste veio
E quando na verdade delimite
O tanto que se quer e se permite
Ditando no final esta saudade,

Ainda com saudade, simplesmente,
O manso se permite e com razão
O quanto delimite e jamais veio.


718

Não vejo o que se tente ser além
Ou mesmo não convenha ao navegante
O passo se transforma e num repente
O quanto se apresente não ecoa
Numa alma que resume o pensamento
De quem se fez apenas um farsante.

O mundo se presume no farsante
Anseio de quem busque e segue além
Do todo que inda rege o pensamento
Daquele quando outrora navegante
Agora noutro tom enquanto ecoa
Gerasse nova farsa de repente,

O manto consagrado no repente
Vestira a sorte amarga do farsante
E tanto que pudera enquanto ecoa
Vencido pelo quanto fosse além
Grassando sobre mares, navegante,
Tocando em mansidão meu pensamento,

O todo se desenha em pensamento
E marca o que pudera de repente
Vagando sem sentido navegante
Das tramas mais temidas um farsante
Que possa na verdade estar além,
E mesmo sem limites tanto ecoa,

A vida se transforma enquanto ecoa
E gera o que se mostre em pensamento,
Navego contra a sorte e sigo além
Naufraga o sentimento, no repente,
E vejo a mesma face do farsante
Que sabe ser da vida, um navegante,

O mundo se presume e o navegante
Encontra o que pudesse enquanto ecoa
E gera o meu momento e se farsante
E sei do quanto deva o pensamento
Gerando o que buscasse e no repente
E nada no cenário dita o além,

O quanto diz além o navegante,
E sei que de repente o tanto ecoa
E sinto o pensamento, um vão farsante...

719

A vida não teria mais saída
Não fosse o sentimento tão voraz
E o verso que deveras dita a fato
Expressa o caminhar entre tormentos,
O gesto se mostrara no final
E o canto dita o rumo da esperança,

Enquanto se produza esta esperança
O tempo dita além de uma saída
O mundo que se faça no final
E o prazo se mostrara mais voraz,
Gerando tão somente tais tormentos
E nisto se anuncia o rude fato

E o salto que pudesse neste fato
Tramar o quanto viva esta esperança
E tanto se presume nos tormentos
E vejo logo após uma saída
E o mundo que se mostre ora voraz
Encontra no vazio este final,

O passo programado num final
Diverso do que tanto trame o fato
E sabe o sonho rude e mais voraz
E tanto se resume uma esperança
Ainda que prepare uma saída
Encontra tão somente tais tormentos,

A vida se apresenta e dos tormentos
Encontra tão somente no final
E segue sem saber uma saída
E gera o que pudera noutro fato
Trazer um manso toque de esperança
E simplesmente trama um fim voraz.

O todo se contenta em ser voraz
E tenta anunciar tantos tormentos
Enquanto se apresenta uma esperança
E nisto se deixando no final
O quanto poderia cada fato
Trazer ao fim da luta uma saída,

E sei desta saída mais voraz
Que possa neste fato em tais tormentos
Gerar neste final uma esperança.

720

E quando nesta noite veio a chuva
Tomando em furiosa tempestade
O quanto no passado fosse nosso
Gerando o que pudera e não soubesse
Marcando em rudes ermos o cenário
Eu vi que nosso amor já terminara,

O mundo de tal forma terminara
E nada se resume em simples chuva
E sei do mais insano do cenário
Vagando sob a imensa tempestade
E o todo que decerto inda soubesse
Matasse este momento antigo e nosso,

O quanto deste sonho fora nosso,
E vejo o que pudera e terminara
Ainda quando o tanto se soubesse
Ao penetrar sem medo intensa chuva
E sei do medo enquanto em tempestade
Gerando no final este cenário,

E o todo desenhando no cenário
E o canto que se veja sendo nosso
Tramasse num momento a tempestade
E o todo sem sentido terminara
Trazendo na verdade a rude chuva
E sei do quanto possa e mais soubesse,

O canto que deveras se soubesse
Expressa tão somente este cenário
E vago no caminho após a chuva
Marcando o que se trame sendo nosso,
E nada do momento terminara
E adentro a mais diversa tempestade,

Sem nada que impedisse a tempestade
E grassa o quanto ronda e já soubesse
E nisto o meu caminho terminara
E vejo a solidão deste cenário
Enquanto o dia a dia fora nosso
Agora se perdera em meio à chuva,

E sei que nesta chuva, tempestade,
O quanto se fez nosso não soubesse
E tudo no cenário terminara.

721
Andando sem sentido em noite vaga
As brumas escondendo qualquer lua,
Ao longe entre corujas e fantasmas
O medo ora se entranha e nos domina,
Galgando espaços antes conhecidos
O tempo transcorrendo em árduos tons,

Os sonhos imergindo em tantos tons
Enquanto uma esperança além já vaga,
E os tantos que se fossem conhecidos
Agora sem saber sequer a lua,
Apenas o sombrio nos domina,
E quaisquer tramas ditam os fantasmas,

Os passos que nos rondam, os fantasmas,
Eclodem madrugadas, vários tons,
E o tétrico cenário nos domina
Enquanto pela noite uma alma vaga
Buscando inutilmente crer que a lua
Tocasse nestes palcos conhecidos.

Atalhos e caminhos conhecidos
Agora são espectros e fantasmas,
Sem ter alguma luz, na ausente lua,
Os sonhos se perdendo em turvos tons,
E quanto desta vida se faz vaga
Enquanto tal imagem nos domina,

A cena sem detalhes já domina
E os tantos desenganos conhecidos
E a sorte que pensara viva, vaga,
Grassando entre os retalhos, os fantasmas,
A vida se perdera em rudes tons
E busco inutilmente a deusa lua,

Há tanto que me perco sem tal lua
Que possa redimir quando domina
E vejo a sorte amarga nestes tons
E nada dos anseios conhecidos
Marcando além de todos os fantasmas
Enquanto o pensamento; ao léu, já vaga.

A sorte agora vaga e busca a lua,
Somente estes fantasmas... Fim domina
Momentos conhecidos, toscos tons...

722
Um gole a mais de vida se tentara
Após tantos tormentos e temores
Ousando nos anseios e nas tramas
Percebo o fim do jogo e nada mais,
Prenunciando a sorte sem defesas
E os erros costumeiros, meus enganos,

A vida se desenha em tais enganos
Enquanto novo rumo se tentara
E nisto penetrando estas defesas
O mundo se anuncia onde há temores
E sigo sem sentir o quanto a mais
Domine na verdade as velhas tramas.

Enveredando então diversas tramas
Ousando ter somente em meus enganos
O quanto na verdade diga a mais
O tempo de tal forma se tentara
E os erros cometidos, os temores,
E a vida sem saber de tais defesas,

Ainda quando busco por defesas
Que possam me trazer em novas tramas
O quanto se presume nos temores
E teime construir vários enganos
E mesmo outro caminho onde tentara
Deixara o que busque sempre a mais,

O canto se anuncia e quero mais
Ousando conceber tantas defesas
E nisto percebendo onde tentara
Enredo na verdade novas tramas
E tanto são meus erros, meus enganos,
Enquanto a vida rege seus temores.

O mundo desfiando os vãos temores
E neles o que possa sendo mais
Eclode num instante aonde enganos
Invadem sem sentido tais defesas
E mostram simplesmente velhas tramas
No quanto e pelo tanto que tentara.

A vida que eu tentara sem temores,
As horas velhas tramas, buscam mais,
Mas seguem sem defesas, seus enganos.

723
Não quero que esta sorte se resuma
Nos erros costumeiros de quem tenta
Vencer com calmaria esta tormenta
E nada do que rege enfim se apruma,
Pousando no vazio de um deserto,
O peito sem sentido; segue aberto.

Caminho entre caminhos vai aberto
Sem ter sequer quem busque nem resuma
O tanto que pudera e já deserto
Ainda quando a sorte, a vida tenta,
E sendo de tal forma nada apruma
Deixando em descaminhos a tormenta,

Ao passo que se perca na tormenta
Cenário entre diversos, vaga aberto,
E sei do quanto possa e não apruma
Esta alma que de fato se resuma
No quanto poderia e mesmo tenta
Enquanto adentro enfim este deserto,

O mundo se anuncia e do deserto
Ousando imaginar leda tormenta
O risco se apresenta e sempre tenta
Vencer o que pudera em campo aberto,
E sei enquanto a vida se resuma,
Meu mundo no infinito não se apruma,

A sorte que pudera e tanto apruma
O passo quando tento e já deserto,
E tento outro momento que resuma
O quanto desejei além-tormenta,
Mas sei que no final o sonho aberto
Encontra outa emoção e luta e tenta.

Pudesse imaginar enquanto tenta
A vida noutro passo e não se apruma,
E tento o coração agora aberto,
Entrando nos vagares de um deserto
O sonho se transforma na tormenta
E o todo que pudera em vão resuma,

A vida se resuma quando tenta
Ousar desta tormenta o quanto apruma,
E sei que o rumo aberto está deserto...

724
Não mais que qualquer sonho se percebe
Nas vagas ilusões de quem se faz
Enamorado envolto pelas trevas,
A minha primavera já se fora
A flora se esquecera no caminho,
Inverno o coração e vou sozinho.

E o tempo se anuncia e sou sozinho,
Nem mesmo qualquer brilho se percebe.
E quando me concebo em tal caminho
O nada se apresenta e o sonho faz
O passo que se trama e além fora
Os olhos adentrando as tantas trevas,

E sei que na verdade pelas trevas
O mundo que pudera ser sozinho
Vagando sem destino aonde fora
Eclode no que tanto ora percebe
E vive o cenário onde se faz
O todo se perdera sem caminho

Meu passo noutro rumo outro caminho
Tentando superar antigas trevas
Grassasse cada passo onde se faz
O muito se tornar mero e sozinho,
E assim o quanto reste e se percebe
Há muito sem sentido algum se fora,

Na luta que pudesse enquanto fora
Buscar a imensidão deste caminho
Agora noutro passo se percebe
A solidão envolta nestas trevas
E vejo ao persistir tanto sozinho,
O quanto a cada encanto o nada faz.

Meu mundo sem sentido ora se faz
E era o que pudesse quando fora
Vencido pelos erros e sozinho
Jamais imaginasse outro caminho
Senão o que desenha duras trevas
E nada nem ninguém ora percebe.

A vida se percebe e nada faz,
Adentro pelas trevas o que fora,
Outrora este caminho, e vou sozinho...

725

Não mais suportaria o quanto a vida
Tramasse após a queda noutra esquina
E o vento na verdade não se mostra
Senão na tempestade que me assola,
O risco de viver já se formando
E a morte me rondando devagar,

Ainda que se fosse devagar
O tanto que se queira nesta vida
Expressa o dia a dia ora formando
O tanto tão diverso numa esquina
E o tempo se tocando quando assola
E o mundo sem sentido a dor me mostra,

O todo noutro tom quando se mostra
A sorte se tomando devagar,
Enquanto se percebe e a dor assola
Nas tramas renovadas desta vida
E o tempo dobra além a velha esquina
No nada novamente se formando,

O sonho que de fato ora formando
Pudesse traduzir o que se mostra
E nisto novamente vejo a esquina
E tento caminhar mais devagar
Sabendo ser diversa a minha vida
Enquanto a solidão de certo assola,

A luta sem defesas tanto assola
Quem busca no final o que formando
Pudesse noutro instante noutra vida
Traçar o que se queira enquanto mostra
Vencendo cada etapa devagar
Ousando perceber além da esquina,

O tempo sem sentido, a mesma esquina,
O quanto sem limites nos assola,
O verso que pudera devagar,
Meu mundo no vazio se formando
E o quanto da verdade assim se mostra
Tomando plenamente a minha vida,

Assim a dura vida vendo a esquina.
Enquanto já se mostra e tudo assola
A crosta vai formando, devagar.

726

Já nada mais coubera de um passado
Assaz diverso e tanto dolorido,
Meu passo se perdera e resumido
O verso no final nada trouxera
A vida se anuncia e nada vejo
Somente o que se queira após a queda,

O vento dominando a velha queda,
O tempo se presume num passado
E tendo o quanto possa e mesmo vejo
Vagando neste espaço dolorido,
O todo que deveras se trouxera
Agora noutro engodo, resumido.

Propondo o quanto pude, resumido,
Seguindo mesmo quando após a queda
O tanto que se tente e até trouxera
Marasse cada cena do passado
E o verso se mostrando dolorido,
Traçando o que em verdade não mais vejo.

Ainda mais distante agora eu vejo
O quanto poderia resumido
O tempo tantas vezes dolorido
E o sonho adivinhando a nova queda
E o mundo que se creia do passado,
Somente a solidão inda trouxera,

E quando no final nada trouxera
Somente o mesmo engodo agora vejo
O sonho tantas vezes; meu passado,
No passo que se perca resumido
E nisto se adivinha noutra queda
O quanto se perdera dolorido

O todo num instante dolorido
O quanto do vazio ora trouxera
E o medo se marcara com a queda
E nisto o que se tente e mesmo vejo
Eclode no cenário resumido,
Vivendo cada farsa de um passado,

O tanto do passado é dolorido,
E sei que resumido se trouxera
Marcando o quanto vejo em medo e queda...

727

O tanto que pudesse desvendar
As ânsias mais diversas de uma vida
Jogada sobre o tempo tão atroz
Vencida pelo caos de um claro instante
E nada do que reste me apresente
O todo que tentara noutra face.

Seguindo cada passo em sua face
Diversa do que eu pude desvendar,
Marcando com angústia o que apresente
O mundo se resume nesta vida?
Ainda que se pense noutro instante
O corte mostra o tempo mais atroz,

E sendo de tal forma rude e atroz,
Presumo destroçada a velha face
E quando se prepara noutro instante
O rumo que pudera desvendar
Ao menos desenhara nesta vida
O tanto que pudesse e se apresente.

O verso no final nada apresente
Tampouco seja o canto mais atroz,
Deixando na distância de uma vida
O tanto que mostrasse noutra face
E possa tão somente desvendar
O quanto se moldasse noutro instante,

A sorte se transmuda e num instante
Ainda que deveras se apresente
Expressa o quanto pude desvendar
Envolto num anseio tanto atroz
E sei que na verdade mude a face
Mostrando com vigor a tola vida.

Ainda se presume nesta vida
O corte sem sentido num instante
E o passo resumindo a velha face
No que pudera ter e se apresente
Marcando cada passo mais atroz
Aonde o fim pudesse desvendar,

Assim ao desvendar a dura vida,
E nada mais atroz em vago instante
No quanto se apresente a rude face.

728

Jamais imaginasse ter nas mãos
Sequer algum detalhe ou mesmo a dita,
Não tento acreditar em mitos tais
E vivo tão somente o que pudesse
Tramando noutra esquina a rude prece
Em dias na verdade sempre vãos.

Meus olhos percorrendo tantos vãos
Os dias entranhados, rudes mãos,
E o passo sem sentido nega a prece
O quanto se pousasse nesta dita
E vendo muito além do que pudesse
Tentasse no final momentos tais,

Os dias se repetem sempre os tais
E possa caminhar entre tais vãos
Grassando muito além do que pudesse
E sei da estupidez de minhas mãos
Enquanto a sorte doma, toma e dita,
O mundo não valesse a menor prece.

Procuro no final a rude prece
E sei que nos anseios sempre tais
Ousasse transformar a velha dita
E nisto os ermos passos, tantos vãos,
Ainda que os tivesse em minhas mãos
Jamais outro caminho em paz pudesse,

A vida na verdade mal pudesse
Enquanto se anuncia além da prece
O todo desenhando em minhas mãos
A sorte que se possa e traz na dita
Os ermos quando os vejo sempre vãos
E nisto os dias seguem como tais.

E os sonhos neles somos sempre os tais,
Apenas na verdade se pudesse
A trama e a caminhada entre estes vãos
Marcando com angústia cada prece
E nisto se presume a rude dita,
Que sempre se escapara em nossas mãos,

A sorte nestas mãos em dias tais
Aonde nossa dita não pudesse
Trazer senão a prece em dias vãos...

729
Explicitando em verso o sentimento
De quem se fez apenas sonhador
E nisto sem sentir qualquer sabor
Da vida quando busco algum alento,
O tanto que se perca solto ao vento,
Eclode nos anseios de um amor.

Aonde se perdera o raro amor
E nisto se envolvesse em sentimento
O tanto que pudera sonhador
Jogado sem defesas neste vento
Enquanto noutro tempo em raro alento
Encontro da esperança o seu sabor,

E tendo no vazio este sabor
Que toque com ternura e com amor
O tempo mais audaz onde me alento,
Vagando sem saber do sentimento
E quando uma expressão diz sonhador
O sonho se perdera em rude vento,

Ao menos entranhasse em mim o vento,
E as tramas mais suaves num sabor
Diverso do que possa sonhador,
Vagando sem destino em raro amor,
Tocado pelo farto sentimento
Buscando no final algum alento,

E quando me percebo em tal alento,
Depois da imensidão solta num vento
Encontro o quanto possa o sentimento
E nisto se pressente este sabor
Da vida que tramasse o claro amor,
Num passo feito em luz, de um sonhador,

O quanto se pudera sonhador,
O nisto o meu anseio dita alento
E vago sem sentir o quanto amor
Ao menos poderia neste vento
Traçar o quanto vejo, e sei sabor,
Tocando o mais profundo sentimento,

E todo o sentimento, sonhador,
Expressa este sabor e diz do alento
Que espalha contra o vento, o tanto amor...

730

Ainda se percebe o quanto o vento
Entranha nas janelas do passado
E o verso noutro canto abandonado
O medo de seguir me consumindo
E o preço a se pagar com tal terror
Invade o quanto pude e nunca veio.

O sonho ao adentrar diverso veio
Expondo o coração ao pleno vento
Explode num momento de terror
E gera o que pudesse do passado
E nisto no meu caminho consumindo
Tramasse sobre o fato abandonado,

O quanto fora outrora abandonado
E sei que na verdade o que inda veio
Expressa o meu anseio consumindo
O todo quando a vida traça o vento
E nisto o tempo dita o meu passado
E bebo do que possa com terror,

A luta desenhando em tal terror
O canto que se faça abandonado,
O velho caminheiro do passado
Sabendo cada curva, cada veio,
Adentra e quando enfrenta todo o vento
Aos poucos no vazio consumindo,

O mundo sem sentido e consumindo
O que pudesse ter gera o terror
E nesta sensação encontro o vento
E vejo a minha volta abandonado
Exposto ao que tentara e se não veio
Entoa o verso rude do passado,

O quanto se deseja de um passado
Aonde o que pudera consumindo
Explode sem sentido e neste veio,
O verso traz apenas o terror
E quando vejo o mundo abandonado
O coração encontra o ledo vento,

Assim e neste vento o meu passado,
Ainda abandonado, consumindo,
O quanto de terror eu sei que veio.

731
O verso mais atroz e o mais sincero
Vestindo o que pudera e não soubesse
Sequer o quanto custa o ser feliz
E nada do que possa agora vejo
Enquanto noutro tom a noite trama
O vento desenhando em rude espaço.

O quanto poderia num espaço
E o passo que se mostre mais sincero
Ainda que se veja o quanto trama
Marcasse o sentimento que soubesse
E nisto tão somente o que ora vejo,
Encontra finalmente o ser feliz.

O tempo quando expressa mais feliz
Vontade de sentir em novo espaço
O todo que pudera e sei que vejo
Vagando entre meus sonhos, sou sincero,
E nisto novamente não soubesse
O quanto da verdade o tempo trama.

O todo se anuncia após a trama
E vejo o quanto busco ser feliz
Trazendo como apenas não soubesse
Vivendo sem temor em ledo espaço
O tempo que pudesse ser sincero
E agora no final, mais nada vejo.

O verso se traduz enquanto vejo
O vento desejoso de outra trama
E nisto o quanto possa mais sincero
Eclode num anseio e o ser feliz
Gerasse o que inda tente neste espaço
Marcando o quanto teime e não soubesse.

Ainda que a verdade se soubesse
O peso desta vida que ora vejo
Entranha em minha pele e sem espaço
Enquanto se anuncia nova trama
Tentasse ser ao menos mais feliz,
Porém já me bastara o ser sincero,

O quanto mais sincero se soubesse
Do ser que ora feliz em volta eu vejo
Marcante o quanto trama em ledo espaço.

732
Não quero que se tente após a queda
Saber dos desacordos tão comuns
Os erros se acumulam, nada tenho,
Os sonhos se perdendo no vazio,
E vago noutros ermos quanto pude
Viver a minha lida sem descanso,

E quando no final não mais descanso,
E vejo o que pudera como a queda
De quem se imaginara enquanto pude
Vencer os dias rudes, mas comuns,
E nesta sensação, sinto o vazio,
Que sei e imaginasse sempre tenho,

O mundo se anuncia e quando o tenho
Encontro o meu caminho e sem descanso
Adentro a indecisão deste vazio
E nada do que eu possa impede a queda
Embora desenganos são comuns,
O amor que na verdade jamais pude.

E sinto tão somente o quanto pude
E nada do que possa mesmo tenho
Alçando dias claros e comuns
E nisto se aproxima algum descanso
Que possa traduzir a rude queda
Jogado sem sentido no vazio.

O tanto que pudesse mais vazio,
O verso se moldara enquanto pude
Trazer a cada passo nova queda
E nisto o que se tenta ainda tenho
E possa noutro instante sem descanso
Tramar erros diversos e comuns.

Os dias entre tantos mais comuns,
O quanto se anuncia em tom vazio
E sei do que pudera sem descanso
Vencer a solidão e nisto eu pude
Marcar todo momento que inda tenho
Sentindo a imprevisão de cada queda.

O tempo quando a queda em tons comuns
Explode no que tenho e sou vazio,
Explica o quanto pude sem descanso...

733
O tempo não traria melhor sorte
A quem se faça mesmo um sonhador
E vendo no final o quanto resta
Das tramas mais diversas se perdera
E a luta noutro tom já se esquivara
Do canto mais audaz e sem sentido.

O prazo traz o todo num sentido
Diverso do que possa e dite a sorte
Imersa nos anseios e esquivara
Das tramas deste velho sonhador,
Que possa tantas vezes e perdera
O rumo no que tanto agora resta.

O passo se desenha e nisto resta
Somente o que se veja em vão sentido
Enquanto no final já se perdera
O mundo sem saber da melhor sorte
Que tanto quanto possa o sonhador,
Encontra no final quanto esquivara,

O tempo quando em vão já se esquivara
Do corte mais audaz e nada resta
Semente se perdendo e o sonhador
Que segue sem tentar qualquer sentido,
Esboça o quanto tente e nesta sorte
Ao menos o caminho em vão perdera,

A luta que decerto se perdera
O passo aonde o tanto ora esquivara
A farsa que domina a nossa sorte
E o canto que se molde enquanto resta
Jogado sem saber qualquer sentido
E nisto dita o passo, sonhador.

O mundo se anuncia e o sonhador
Vagando sem saber onde perdera
A sorte que deveras traz sentido
O mundo aonde além já se esquivara
Enquanto a solidão agora resta
Expresso o quanto possa a rude sorte.

E quando vejo a sorte e sei que o mundo
Encontra o quanto resta e se perdera
O sonho se esquivara sem sentido.

734

O mundo se tornasse mais tranquilo
E vago noutro instante sem destino
Aonde se deseja o cristalino
Caminho e nele envolvo o pensamento,
O mundo se traduz em nova sorte
E vejo o quanto possa num alento,

O medo se transforma e quando alento
Marcando outro cenário tão tranquilo
E vejo sem saber o quanto em sorte
Moldasse novo dia em meu destino
Nas sanhas mais diversas, pensamento,
Pudesse ser deveras cristalino,

O tanto que se faça cristalino,
Gerando o quanto eu busque e se me alento
Movendo a imensidão do pensamento
E nisto o que pudera ser tranquilo
Expressa o que tentasse no destino
E nisto o quanto quero trame a sorte,

A vida se anuncia enquanto a sorte
Encontra o meu passado cristalino,
E vejo quando possa em meu destino,
Viver a sensação de raro alento
E o passo que se dera mais tranquilo
Não possa poluir o pensamento.

Ainda que se veja em pensamento
O quanto se anuncia em vaga sorte
Traduza o que pudesse ser tranquilo
E nisto este cenário cristalino
Expressa o quanto eu busque num alento
Mudando a cada passo este destino,

E quando noutro rumo ora destino,
Meu passo que pudera em pensamento
Vagar noutro cenário, em rude alento,
E sei do meu anseio, a leda sorte,
E quando se procura cristalino,
O tempo se desenha mais tranquilo.

O verso mais tranquilo, em meu destino,
O quanto é cristalino o pensamento,
Moldando em minha sorte o raro alento...


735

Jamais acreditei no que trouxeste
E nisto a redenção se pode além
Do verso mais atroz e do que venha
Sentindo solidão que agora ronda,
Meu passo sem proveito em tempestade
E o mundo se traduza rumo ao caos.

Os olhos entranhando o rude caos
E nessa sensação quanto trouxeste
Marcando na verdade a tempestade
O cais se poderia ser além
E o medo pressupõe o quanto ronda
E nada do que possa mesmo venha,

A luta se mostrara enquanto venha
Traçando o que pudera além do caos
E quando o dia a dia dita a ronda
O verso que afinal tu me trouxeste
Vivendo na verdade muito além
Do tanto que se eclode em tempestade,

A vida na incerteza, tempestade,
O mundo sem sentido que inda venha
Trazendo no vazio ou mesmo além
O quanto se desenha em torpe caos
Deixando no passado o que trouxeste
Enquanto a solidão deveras ronda,

A luta prenuncia a velha ronda
E sei do que pudera em tempestade
E sinto o quanto verso e me trouxeste
Apenas o que tanto ainda venha
Marcando tão somente o mesmo caos
E dele na verdade estou além,

E sinto mesmo quando busco além
O verso que deveras trame a ronda
E o passo sem descanso neste caos
Enquanto a solidão diz tempestade
O todo no final já sei não venha
E o canto se mostrara onde o trouxeste,

A vida que trouxeste segue além
Do quanto ainda venha em leda ronda
E desta tempestade vejo o caos.

736
Já não me caberia acreditar
Nas tramas onde o tempo dita o quanto
Do sonho se desenha no vazio
E o canto se perdera em rude espaço
O mundo se anuncia e neste tanto
O verso se mostrara bem mais lasso,

O quanto se desenha e sigo lasso
Tentando noutro sonho acreditar
A vida se desenha noutro tanto
E o passo resumindo quando e quanto
Tramasse o que inda toque tal espaço
Vagando num sentido mais vazio,

E o tempo quando possa e vou vazio,
O vento se anuncia e sei que lasso
Resumo cada sonho e neste espaço
Deixando tão somente acreditar,
No quanto poderia desde quanto
E nisto o meu caminho se fez tanto,

O verso desenhando neste tanto
O todo que pudera e no vazio
Encontro tão somente o mesmo quanto
E nisto se vencido deixo lasso
Ousando mesmo enquanto acreditar
Recebo a solidão em parco espaço,

E vejo tão somente o mesmo espaço
E quando se desenha o que foi tanto
A vida noutro rumo a acreditar
E nisto o que pudesse tão vazio
Deixando este momento enquanto lasso
Vagasse sem destino sem sei quanto.

O mundo se permite neste quanto,
E vejo o que pudera noutro espaço
Grassando entre tormentas vivo lasso,
E sei do meu anseio e deste tanto,
O prazo determina este vazio
Enquanto possa mesmo acreditar,

E sinto acreditar no todo e quanto
O mundo mais vazio toca espaço
Marcando o sonho tanto outrora lasso.

737
Ainda se desenha qualquer fato
Nos ermos de quem busca o mais suave
Momento aonde a vida se presume
Vagando na verdade o quanto quero
Sentindo este perfume que inebria
Vivendo a mais sublime fantasia.

O tanto que deveras fantasia
O verso que pudera noutro fato
Traçar esta emoção quando inebria
E o vento num momento mais suave
E sei do quanto possa e mesmo quero
No todo que deveras se presume,

O passo quando em tempo além presume
O todo sem sentido e a fantasia
Moldara o quanto possa e sei que quero
Nas tramas mais suaves de algum fato
E vejo tão somente este suave
Caminho aonde o sonho ora inebria.

O tanto quanto pude e me inebria
Gerando esta expressão quando presume
O canto mais audaz, mesmo suave,
E vejo esta expressão na fantasia
Trazendo com certeza um novo fato
Que tanto ora desdigo quanto quero,

A vida se anuncia como quero
E sigo sem saber o que inebria
O velho cantador e de tal fato
O quanto se expressara e se presume
Encontra na incerteza a fantasia
Que tanto se tentara mais suave,

O verso se pudesse ser suave
O mundo na verdade quando o quero
Expressaria a clara fantasia
E o tempo noutro rumo ora inebria
Vagando sobre o quanto em vão presume
A sorte desditosa em rude fato,

E sei que deste fato, o mais suave,
Refaz o que presume e não mais quero,
E tanto me inebria a fantasia...

738
Não vejo qualquer tom que inda pudesse
Marcar os velhos passos de quem tente
Seguir o mais audaz e sem descanso
Vagando no silêncio de uma noite,
E quando no final o tempo explode
Vulcânica emoção não se veria,

O tanto quanto a vida me veria
E nisto novo prazo em vão pudesse
Ainda que se veja quando explode
Ou mesmo outro cenário ronde e tente
O mundo se resume numa noite
Vivida sem sequer algum descanso,

E tanto que pudera e se descanso
Apenas o vazio se veria,
Deixando sem sentido qualquer noite
E nisto com certeza o que pudesse
Gerasse o que deveras mesmo tente
Enquanto a solidão no fim explode,

O vento no caminho onde se explode
Grassando sobre tudo sem descanso,
E nesta caminhada o quanto eu tente
Trazendo cada passo onde veria
O mundo sempre escasso e não pudesse
Tramar o quanto resta em cada noite,

A vida se avizinha em turva noite
Dos ermos que minha alma agora explode
E vivo o que tentara e não pudesse
Marcando o quanto possa sem descanso
E nada no final inda veria
Por mais que novo sonho busque e tente,

E o quanto na verdade já se tente
Adentra sem defesas cada noite
E vejo tão somente o que veria
Vagando quando a sorte em vão explode
E tanto após a luta ora descanso
Enquanto noutro rumo não pudesse,

A vida se eu pudesse e mesmo tente
Traduza este descanso em clara noite
E o quanto ora se explode eu não veria...

739

O mundo se anuncia de tal forma
Que tanto quanto eu possa desejar
Teria tão somente onde tentar
O quanto noutro tom jamais tivera
A luta sendo atroz eis a quimera
Exposta no que pude ter em mente,

A vida dominando corpo e mente
Enquanto na verdade ronda e forma
O quanto se anuncia da quimera
Que possa noutro instante desejar
E assim cada momento onde tivera
Vontade de seguir e de tentar,

O passo que pudera hoje tentar
Depois do quanto mostre e trague em mente
Rasgando o quanto veja e não tivera
Marcando o meu anseio de tal forma
Que o todo não deixasse desejar
Sequer o quanto trago da quimera,

Ao menos nos olhares da quimera
A rústica incerteza a se tentar
Gerasse novo tempo e o desejar
Ainda que marcasse nossa mente
Explode na verdade em nova forma
E molda o que em sonhos não tivera,

A luta com certeza ora tivera
O todo desejado da quimera
Que tanto se transforma em leda forma
E nisto o quanto possa até tentar
Eclode no vazio de uma mente
E o peso no passado a desejar.

O tanto que pudera desejar
Dos ermos de uma vida onde tivera
A rude sensação que tanto mente
Marcando com temor esta quimera
E nisto outro cenário irei tentar
Sabendo da rudeza desta forma

A vida que se forma a desejar
O todo que tentar não mais tivera
Senão esta quimera em nossa mente...

740

Não mais que sendo a vida esta loucura
Que possa nos tocar e nos trazer
O todo quanto quero noutra face
E sei que na verdade não teria
Nos ermos de quem tenta a claridade
E vaga quando sente a fantasia.

O mundo noutro enredo fantasia
A luta se anuncia e traz loucura
Aonde qualquer rumo se teria
Enquanto a sorte mesmo ao se trazer
Pudesse noutro rumo e assim teria
O quanto inda queria em nova face

A vida desenhando a mesma face
E nela se percebe a fantasia
Que tanto noutro encanto não teria
Sequer o que pudesse em tal loucura
Vagando sem sentido a se trazer
Distante dos meus olhos, claridade,

Meu verso se tomando em claridade
O peso de uma luta molda a face
E sigo sem saber do que trazer
Enquanto esta esperança fantasia
E bebe da incerteza e da loucura
E sorte mais tranquila não teria,

A luta na verdade só teria
O tanto que buscara em claridade
Nas ânsias mais diversas da loucura
Que possa se mostrar e face a face
Grassar envolta mesmo em fantasia
E sei desta inocência a se trazer,

O mundo noutro ponto irá trazer
O todo que se faça e não teria
Sequer no que pudesse e fantasia
O mundo na diversa claridade
E sei do quanto tente em plena face
O sonho se moldando em tal loucura

E quando da loucura irei trazer
A mesma rude face e não teria
O quanto a claridade fantasia...


741
Olhar e na verdade nada ver
E ter noutra expressão a realidade
Enquanto o próprio tempo nos degrade
Vagar sem ter sentido em campo aberto
Encontro os meus resquícios neste fato
E sei que no final nada constato

O verso que deveras eu constato
Refaz o quanto pude outrora ver
E sei do quanto viva e neste fato
O mundo se resume e a realidade
Encontrando o meu peito agora aberto
Encontra no final quem o degrade,

O canto aonde o pouco que o degrade
Expressaria o tanto que constato
Ao ver este momento, sonho aberto,
Aos mesmos desenganos possa ver
O tanto que se fez em realidade
Marcando com vigores cada fato,

A vida renovando o extenso fato
E vaga sobre os ermos e degrade
Aonde se tentara realidade
O mesmo caminhar assim constato
Passando esta esperança no sonho ver,
E sei que penetrasse um mundo aberto.

O quanto deste encanto em paz e aberto
A quem se desejasse em novo fato
Apenas a vontade de se ver
Nas tramas tão diversas já degrade
E nisto se mostrara o que constato
Gerando no final a realidade,

Meu tempo ao perceber realidade
Atravessando enfim o mundo aberto
Aos tantos que pudessem e constato
Gerando o que deveras dite o fato
E o tempo quando muito se degrade
E trace o que pudera e quero ver,

O todo trama o ver a cada tempo
E nisto o degrade em rumo aberto
Expressa o que de fato mal constato.

742
Não mais que mera luz ou mesmo o sonho
Acordo e não procuro e nada vejo
O tempo se anuncia de tal forma
Que o medo se prepara em tal tocaia
E vendo o que se passa sem defesas
Encontro meus anseios desolados,

Os versos que pudessem desolados
Deixando no caminho o quanto sonho
E disto as entranhas e defesas
Expressam o que eu quero e nada vejo
Ousando na verdade em tal tocaia
Que possa dominar momento e forma,

A vida de tal modo já se forma
E traça em dias rudes, desolados,
Os erros cometidos na tocaia
E o vento que pudesse em novo sonho
Traçar o meu tormento e assim o vejo.
Somente ultrapassando tais defesas.

A sorte superando estas defesas
E o parto quando a vida rege e forma
O tanto que pudera e quando o vejo
Encontro rastros frios, desolados,
E quando na verdade sei que sonho,
Supero a cada esquina outra tocaia.

Ainda se prepara uma tocaia
E superando assim velhas defesas
O todo que pudera sendo um sonho,
Encontra o que deveras tanto forma
E sei do meu momento em desolados
Caminhos quando ao léu invado e vejo,

O tempo se traduz no quanto vejo
E o todo se resume na tocaia
E vendo o quanto possa em desolados
Momentos onde tendo tais defesas
O quanto se perdera e toma a forma
Do que deveras busco e tanto sonho,

O verso neste sonho que ora vejo,
Encontra desta forma em tal tocaia
Os passos e defesas, desolados...

743

As horas mais diversas são aquelas
Aonde o meu caminho se perdendo
Encontra novamente o mesmo adendo
E vendo o que restara sigo só,
Voltando a ser deveras feito o pó
Do qual a vida surge lama e argila,

Moldando a velha face nesta argila
Os erros e as vontades mesmo aquelas
Que possam me trazer poeira e pó
Da estrada que se veja ora perdendo,
Ousando caminhar deveras só,
O amor já não seria um vago adendo.

O tanto que pudera neste adendo
O quanto revelando desta argila
Expressa esta vontade de ser só,
E nisto a vida trama mesmo aquelas
Insânias onde o rumo se perdendo
Tramasse o que se faz em ledo pó.

O passo desenhando o velho pó
O canto mais audaz e sei do adendo
Enquanto noutro rumo me perdendo
Tentasse ser além da mera argila
E tanto quanto possa dentre aquelas
Manhãs o que se veja trama o só.

744

O prazo determina o quanto pude
E sei que no final nada restara
Somente o quanto a vida se recende
Aos erros de quem possa imaginar
O tanto que se tente navegar
E veja cada sonho em transparência.

O verso se moldara em transparência
E o passo na verdade aonde pude
Ousar e quem deseja navegar
Encontra o que tivera e não restara
Sequer nas emoções a imaginar
O tanto quanto possa e ao vão recende

O mundo num instante ora recende
E gera o quanto possa em transparência
Lutando contra o quanto imaginar
E saiba desde sempre o que mais pude
Ousando acreditar no que restara
E sei do meu diverso navegar,

O preço da esperança a navegar
Encontra a solidão e já recende
Ao tanto que se fez e não restara
Sequer o quanto possa em transparência
Gerando o descaminho e nisto eu pude
Viver o quanto resta imaginar,

A vida se pudesse imaginar
Envolta no que tente navegar
Explode muito além do quanto pude
E vejo na verdade o que recende
Ao medo tão comum e à transparência
Deixando o meu cenário onde restara.

O tanto que pudesse e ali restara
Nos ermos de quem possa imaginar
O mundo noutro tom em transparência
Vagando sem sentido e navegar
Enquanto ao nada ser tanto recende
E trama aonde tento e nada pude,

O quanto agora pude e não restara
A sorte ora recende e imaginar
Pudesse navegar em transparência.

745
Ainda quando a sorte se fez tanta
Ou mesmo procurasse algum descanso
O rio se transpondo num remanso
E a luta se esvazia pouco a pouco,
O verso não traria mais um tom
Sem medo do que possa inda aflorar.

Ousando acreditar quando aflorar
Na trama que pudesse em sorte tanta,
Ousando perceber num velho tom,
O quanto se deseja e já descanso
Vencido pelo nada ou pelo pouco
O todo dita a sorte num remanso,

O quanto se precisa de um remanso
E tanto se deseja este aflorar
Da paz que poderia muito ou pouco
Apenas noutro enredo força tanta
E quando se procura algum descanso
Encontro esta harmonia em raro tom,

Levando o coração em ritmo e tom
Que possa traduzir este remanso
O tanto que pudera num descanso
Vagando sem temer o que se aflora
E nisto o meu caminho traz a tanta
Loucura que se veja tanto ou pouco,

O quanto poderia neste pouco
Trazer esta vontade em novo tom,
E sei do que se possa em força tanta
Marcando o que deveras sem remanso
Expressa o quanto vejo e ora se aflora
Enquanto na verdade eu não descanso,

Meu mundo se promete e se eu descanso,
Ainda quando seja mesmo pouco
O verso se anuncia e já se aflora
Marcando com ternura um claro tom,
E nada do que possa no remanso
Tramasse esta vontade agora tanta.

E sei da fúria tanta e não descanso,
Vagando no remanso e neste pouco
Encontro neste tom o quanto aflora...

746

Ainda não se veja alguma luz
Tampouco o que pudesse transformar
O manto que reveste o meu anseio
No todo sem destino e sem promessa
A luta que deveras recomeça
Expressa a solidão de quem se dera,

A noite se perdera enquanto dera
Um pouco de esperança em frágil luz
E sei do quanto possa e recomeça
A vida num eterno transformar
Marcando o quanto pude em tal promessa
Viver a realidade desse anseio,

O tanto que pudera e sempre anseio
O mundo na verdade não me dera
Razões para que possa sem promessa
Vagar entre diversa e tosca luz
Vestindo o quanto possa transformar
O quanto noutro tom já recomeça.

A vida sem sentido recomeça
E gera o que tentei e mesmo anseio
E nisto o meu caminho a transformar
Gerasse este expressão que a vida dera
E nela se entranhando alguma luz
Vivesse muito além desta promessa

A vida no final gera a promessa
E o tempo quando volta e recomeça
Eclode num momento em tosca luz
E quando no final de tudo anseio
Meu mundo noutra face já se dera
E o peso de uma vida a transformar,

Pretendo novamente transformar
A vida sem sentido e sem promessa
No quanto se deseja e tanto dera
O sonho quando a luta recomeça
E trama o que possa neste anseio
Deixando para trás a própria luz,

E quando vejo a luz a transformar
O todo que eu anseio me vã promessa
O canto recomeça e o fim se dera.

747
Meu tempo se anuncia quando vejo
A luta desdenhosa de quem ama
Traçando o que pudera em rude face
E gera o navegar em noite insana
Mergulho tão somente enquanto faço
O verso que pudera ser suave

O mundo quando o tento mais suave
Expressa fielmente o quanto vejo
E sei do que pudesse e nada faço
Errático momento de quem ama
Na sorte tão cruel e mesmo insana
Oferecendo à vida a minha face

O tanto se anuncia noutra face
E o corte se apresenta ora suave
E disto esta verdade quase insana
Encontra a realidade quando a vejo
E nada do que possa tanto se ama
Bebendo o quanto tento e mesmo faço,

O olhar se anunciando enquanto eu faço
Do sonho desejado mera face
Ainda quando a sorte não nos ama
Nem mesmo poderia ser suave
O fim deste cenário quando o vejo
Traduz esta verdade quase insana,

E a luta se desenha mesmo insana
Marcando o que pudesse e quando o faço
Mostrando o descaminho que ora vejo
E sei do quanto possa em rude face
Gerando a mesma luta onde suave
O mundo dita sempre quem tanto ama,

A vida na verdade diz quem ama
E gera a farsa rude ou tanto insana
E quando se anuncia o ser suave
Na breve decisão do quanto faço
Expressa o que em verdade dita a face
Trazendo no final o que ora vejo,

E quando sei que vejo e sinto que ama
A sorte nesta face quase insana
Explode quando a faço mais suave.

748

O verso se perdendo quando a sorte
Expressaria além de meramente
Um tempo mais atroz e nada fale
Somente esta verdade que me entranha
O canto noutro instante dita o vago,
E bebo da palavra sem sentido

O doce da aguardente se é sentido
O todo se aproxima em rude sorte
E nada do que possa trama o vago
Caminho aonde o tempo meramente
Pudesse divisar o quanto entranha
E na verdade o sonho tanto fale,

A vida se expressando quando fale
Dos ermos de minha alma, no sentido,
Caminho que entre tantos, a alma entranha,
E tendo decidida nossa sorte
O tanto se fizera meramente
E o caos transforma o tanto em mero e vago,

O peso de uma vida, o passo vago,
O canto que deveras nada fale
E o mundo nesta sorte meramente
Gerando o que pudera sem sentido,
Expressa o quanto resta desta sorte
E vejo esta palavra que ora entranha

A vida de tal forma agora entranha
E nada do que possa mesmo vago
E sei do meu anseio em leda sorte
Grassando enquanto o tempo nada fale
Sequer o que pudesse ser sentido
Encontre outro cenário, meramente,

E a vida se desenha meramente
Nos erros onde tanto a luta entranha
E vejo que pudera no sentido
Traçar o quanto quero, mas sei vago,
E nisto me traduza o quanto fale
Ao velho coração a dura sorte,

Assim a minha sorte meramente
Exposta quando fale e já se entranha
Dos ermos deste vago sem sentido.

749

Percebo o quanto valha este momento
E sei do que não possa mesmo após
O vento se desenha em direção
Ao quanto poderia e não viesse
O mundo se anuncia e sei do fato
Enquanto no final nada resgato,

O medo se presume e se resgato
O verso noutro tom, rude momento,
O quanto poderia neste fato
Trazer o meu anseio logo após
E tanto que esta vida inda viesse
Tramar o que se tente em direção,

Presumo no final a direção
Diversa do que pude e assim resgato
O verso anunciando o que viesse
Tentando com certeza num momento
Olhando para trás ou logo após
Gerar o sentimento a cada fato,

O vento se anuncia e de tal fato
Apenas procurando a direção
Do tanto que pudera e mesmo após
E se agora o caminho em paz resgato
Encontro uma alegria num momento
E sei do quanto possa e até viesse,

O mundo se traduz onde viesse
O prazo sem limite em rude fato
E tanto se mostrara em um momento
Enquanto o que define a direção
Envolve meu caminho e além resgato
O quanto poderia ter após,

E sei do quanto a vida segue após
E nisto o que se veja não viesse
Marcando com ternura o que resgato
E mesmo se presume o rude fato
E nele se mostrara a direção
Que tanto se procura num momento,

A vida num momento ou mesmo após
O quanto em direção inda viesse
Trazer o que de fato ora resgato.

750

Já não me caberia acreditar
Nas tantas ilusões que a vida trama
E sei do que em verdade dita e clama
A sorte sem sentido e sem lugar
O verso que produza uma emoção
Eclode nesta mesma negação,

O tanto que se fez em negação
Ousasse na verdade acreditar
E sei da mais terrível emoção
E quando a solidão deveras trama
O sonho toma enfim o seu lugar
E toda a indecisão deveras clama,

O tempo na verdade dita e clama
Gerando o que pudesse em negação
Deixando sempre as coisas no lugar
E quanto mais pudera acreditar
Nas vagas ilusões em rude trama
E sei do quanto possa em emoção.

O mundo desejando esta emoção
E dela se presume o quanto clama
A vida sem sentido e nesta trama
Ousasse muito além da negação
E quando se presume o acreditar
Encontro o quanto possa em seu lugar,

A sorte que ora ocupa este lugar
Embora possa ser feita emoção
Ainda que eu pudesse acreditar
Encontre na verdade a o quanto clama
E vejo no final a negação
Ditando o que se faça e já se trama,

A luta noutro tempo dita a trama
E vaga sem sentido nem lugar
E sei do quanto possa em negação
Ousando nas entranhas da emoção
Saber do que em verdade tanto clama
E nada se pudesse acreditar.

Pudesse acreditar em leda trama
E sei do quanto clama nalgum lugar
O mundo em emoção e negação...


751

Embora tantas vezes veja a falsa
Noção de alguma espera sem proveito,
O quanto se deseja e sempre aceito
Encontra a solidão e nela traça
As tramas entre ramas e percalços
Vagando em noite imensa sem destino,

Quisera uma esperança, algum destino,
Estrela que me guie, ausente ou falsa,
Enquanto se presume em tais percalços
Refaz o seu caminho em vão proveito,
E o quanto poderia e não se traça
Apenas no final se venha, aceito.

Na sorte que nem nego e nem aceito,
O vento se anuncia em tal destino
E sei do quanto possa quando traça
Esta alma que se mostre mesmo falsa
Vestígios do caminho sem proveito,
E o corte dita apenas os percalços.

Os olhos procurando após percalços
Algum momento quando o tanto aceito
Esbarro nos vazios e do proveito
Pudesse a minha vida em tal destino
Ousar acreditar na pedra falsa
Do amor que se fizera em morte e traça.

Caminhos quando a vida agora traça
E segue sem paragem tais percalços
A luta que pudesse mesmo falsa
Tentando na verdade ser aceito,
Encontra o que se faça em vão destino,
Gerando o quanto reste em meu proveito.

O tanto que pudera e sem proveito,
A luta noutro tanto teima e traça
Ousando no que possa sem destino,
Enquanto enfrente vagos e percalços
O mundo aonde o nada seja aceito,
Encontra o que pudera em senda falsa,

Imagem tanto falsa e sem proveito
Do quanto não aceito e a vida traça,
Marcando com percalços meu destino...

752

Ouvisse a voz do vento na janela
E o mundo anunciando o vendaval
Aonde o que pudera ser diverso
Apenas no final se revelasse
Gerando o quanto trago de um passado
E nele outro caminho se preveja,

Meu mundo quando muito se preveja
Exposto com certeza na janela
Ousando acreditar no meu passado
E nisto este provável vendaval
Que tanto do caminho revelasse
Num passo mais arisco e tão diverso.

E quanto me imagino mais diverso
Do tempo aonde o nada se preveja
Expressa o que decerto revelasse
E tanto quanto vejo na janela
Espalha pela vida o vendaval
E trama meus anseios do passado,

O quanto fui feliz dita o passado
E sei do meu caminho mais diverso
E nada do que eu possa em vendaval
Encontra o quanto eu quis e se preveja
Abrindo o coração, velha janela,
Que o todo num momento revelasse.

A sorte que decerto revelasse
O todo em plenas tramas do passado,
E quando adentra o sonho, esta janela,
Num passo tantas vezes mais diverso
O tanto que desejo se preveja
E trame num momento um vendaval,

A luta se anuncia e o vendaval
Que aos poucos noutro rumo revelasse
O verso mais atroz e se preveja
Vivendo o quanto queira do passado
O tempo quando vejo tão diverso
Ao fim se demonstrasse em tal janela...

Abrindo esta janela, um vendaval,
Que sendo tão diverso revelasse
O quanto no passado eu não preveja.

753

Jamais se poderia ter no olhar
A claridade intensa que desejo
E sei que na verdade o quanto trago
Não mais me deixaria ser feliz,
Vagando pelas noites da promessa
O tempo sem ter tempo recomeça.

E o tanto que pudera recomeça
Vestígios de uma luz a cada olhar
E nisto o que se faça na promessa
Expressa esta vontade, este desejo,
E quando no final, sendo feliz,
Somente algum sorriso inútil trago,

O mundo que se faz enquanto trago
O quanto poderia e recomeça
Tateio esta esperança: o ser feliz,
E sei que no final ao ver no olhar
O todo que pudera e mais desejo,
Não resta nada além de uma promessa,

A vida traz no olhar esta promessa
Que tento quando em sonhos ritos trago
Marcando mansamente o meu desejo
E a história novamente recomeça
Grassando num momento a cada olhar
O todo que seria mais feliz.

O mundo que ora anseio, e se feliz,
Expressa muito além desta promessa
E o tanto quanto vejo em teu olhar
Mostrando na verdade o que ora trago
Encontraria aonde recomeça
A sorte que se busca e até desejo,

O mundo sem saber deste desejo,
O verso se revela e mais feliz
Num tempo que decerto recomeça
Enquanto se procura esta promessa
Que a cada novo dia, eu busco e trago,
Vibrando com firmeza em teu olhar,

O mundo neste olhar tanto desejo,
E vejo o quanto trago e sou feliz
E a fonte da promessa recomeça..

754

O tanto que se fez no tempo além
Dos erros costumeiros de quem busca
Vencendo uma ternura tanto rude
Na sórdida expressão do que não venha,
O medo sem sentido e sem razão
Adentra noutro tom, qual erupção,

E quando se deseja uma erupção
Do sonho que pudera estar além
Marcando a cada dia esta razão
E nela o quanto tento e esta alma busca
E sei do meu cenário quando venha
Tramando o que se tenta mesmo rude

O verso quando tento e sei que rude
Vagando nas tramoias a erupção
Dos sonhos entre tantos quer de venha
E nada do que possa segue além
E vejo o cenário quando busca
Marcado pelo tempo sem razão

O quanto deste encanto diz razão
E o verso se traduz deveras rude
E tanto quanto a sorte já nos busca
Ou mesmo desnudando em erupção
A fúria deste sonho segue além
Do quanto poderia e já não venha,

Ainda quando a sorte tenha e venha
Vagando nos limites da razão
O verso que pudera e vai além
Do quanto se imagina bem mais rude
E tanto se presume em erupção
O corte que deveras já nos busca,

A luta quando o fim somente busca
O todo que deveras sempre venha
E o nada que pudesse na erupção
Dos sonhos me trazer uma razão
Gerando mesmo sobre um solo rude
O quanto se ansiara e mesmo além.

O quanto sigo além do que se busca,
O mundo tolo e rude sempre venha
Causar nesta razão a erupção.

755

O mundo se transforma e de repente
O quanto fora humano se desaba
A luta se transforma dia a dia
E o tempo noutro encanto resta ou falha
E sei do que pudera em nova sorte
Enquanto a morte chega; e se batalha,

No fundo cada dia, uma batalha,
E o verso se anuncia num repente
E quando solidão ditasse a sorte
O todo que se queira já desaba
Marcando com angústia o quanto falha
Restando no final o velho dia,

O tempo na verdade noutro dia
Encontra o quanto quis e não batalha
O verso se mostrando aonde há falha
E o canto no vazio no repente
Espalha o que se tenta e além desaba
Enquanto se procura nova sorte,

O mundo que pudesse em clara sorte
Marcar o quanto resta deste dia,
E nada do que vejo inda desaba
E cedo se presume uma batalha
Gerada noutro passo, de repente,
E o tanto que restara dita a falha,

Meu mundo se anuncia em plena falha
E vejo a solidão que molde a sorte
No quanto se mostrasse em vão repente
O tanto eu se visse a cada dia
Ousando no que possa esta batalha
Trazer a coração quanto desaba,

Meu canto sem proveito ora desaba
E o mundo noutro passo também falha
O vento da ilusão dita a batalha
E nada do que eu tenha traz a sorte
E sei do quanto possa e a cada dia
A voz se mostraria no repente,

O tanto de repente que desaba,
Encontra o que outro dia dita e falha
Gerando a rude sorte da batalha...

756

Não sinto qualquer força além da luta
Que tanto se transcende ao mais temível
E vendo a caminhada sem descanso
O quanto agora alcanço já nem sinto,
Ousando acreditar nesta esperança
O mundo noutra face se mostra,

A vida se desenha enquanto mostra
A face mais cruel da velha luta
E sei do quanto possa esta esperança
Ainda quando vejo o ser temível
Desnudo o quanto trago e mesmo sinto
Vagando sem sentido nem descanso,

O tempo que exigisse algum descanso,
O mundo se moldara e não se mostra
O quanto do passado ainda sinto
E vejo imensidão da leda luta
Que possa na verdade ser temível
E mesmo traduzir vaga esperança

Meu passo se perdendo em esperança
Diversa da que um dia sem descanso
Buscara noutro passo e sei temível
Enquanto no final o que se mostra
Traduz o que pudera e desta luta
O peso mais dorido agora sinto,

Ainda quando o sonho invade e o sinto,
Marcando o que pudesse em esperança
Gerando o que em verdade dita a luta
E nesta sensação não me descanso,
Vagando sem proveito onde se mostra
A farsa mais atroz leda e temível,

A vida se transforma e sei temível
Enquanto na verdade o que ora sinto
Eclode no momento e já se mostra
Vagando pelos ermos da esperança
Enquanto o meu caminho sem descanso
Expressa o que pudera e trama a luta,

A vida numa luta, vã temível
Encontra sem descanso o quanto sinto
E sei quanto esperança não se mostra...

757

Ainda se fizesse desta sorte
Diversa sensação que não viria
Sequer o quanto possa acreditar
Ou mesmo noutro rumo caminhar
Vencendo o que deveras não teria,
O verso se desenha sem sentido.

O prazo noutro tempo ora sentido,
O canto se resume em leda sorte
E o tanto que se possa e não teria
Agora com certeza não viria
Deixando para trás meu caminhar
E nele nada possa acreditar

O tempo se deseja a acreditar
E sei do quanto é rude algum sentido
Vagando sem temer o caminhar
Enquanto no final a leda sorte
Traduza o que pudesse e não viria
Tampouco o quanto reste e até teria,

Meu mundo na verdade não teria
Senão onde tentasse acreditar
Nos ermos do que tanto inda viria
Vagando sem descanso nem sentido
Ousando na palavra morta em sorte
Que eu trago nos meu ermo caminhar.

O tanto quanto deva caminhar
E sei que na verdade não teria
Sequer a menor sombra desta sorte
Que possa num segundo acreditar
Gerando na verdade algum sentido
Diverso do que tanto inda viria,

Meu mundo com certeza não viria
E nesta solidão meu caminhar
Gerasse o que pudesse no sentido
Atroz de quem domina o que teria
E vendo o quanto possa acreditar
O mundo renegasse a própria sorte.

Ainda quando há sorte e não viria,
Tentando acreditar no caminhar
Em meio ao que teria algum sentido.

758

Arcando com meus erros nada impede
Que o tempo se desenhe sempre igual
O vento quando açoda e traz o frio,
O gesto mais suave e mais tranquilo
De quem no sonho tento e se procuro
Encontro tão somente no vazio,

E vejo o coração mesmo vazio
E nisto qualquer luz ora me impede
De ter o que pudesse e em vão procuro
Tentando se diverso, sendo igual,
Ousando ser deveras mais tranquilo,
No fundo sei que sou somente frio,

O tempo se mostrara neste frio
E o canto se presume no vazio
E quando se traduza mais tranquilo
Meu passo na verdade o tempo impede
E sei da cantilena sempre igual
Qual fosse um ritual que não procuro,

Apenas revolvendo e assim procuro
O mundo que se faça além do frio,
E nisto o quanto possa ser igual
Vagando pelos ermos do vazio,
Encontra o que deveras nos impede
E nega qualquer dia mais tranquilo,

O tanto que se veja em ser tranquilo,
O mundo na verdade mal procuro
E sei do que pudesse e nada impede
Que seja tanto atroz, e mesmo frio,
Vestígios do caminho mais vazio
E nele o que se fez é sempre igual.

O passo se desenha quando igual
E nada mais pudesse ser tranquilo,
Enquanto no final sigo vazio
E vejo mais distante o que procuro,
O passo desenhando enfrenta o frio,
E o corte se apresenta onde se impede,

A vida não impede o mundo igual
E nisto tanto frio diz tranquilo
O quanto ora procuro, até vazio...

759

Jamais se pensaria em algo tanto
Diverso do que um dia fora nosso
A vida se resume no que trago
E bebo os meus anseios gole a gole,
Pousando no passado, nave esquece,
O quanto se tentara de um futuro.

Meu mundo se anuncia sem futuro
E sei do que se anseia neste tanto
E vejo o quanto a vida ora se esquece
E nada do que busco seja nosso,
Enquanto procurando novo gole
Apenas o não ser nesta alma trago.

O quanto poderia e sei que trago
Envolto pelas tramas do futuro
Ainda se resume noutro gole
E vejo a solidão que segue o tanto
Do quanto desenhara e sei ser nosso,
O passo que decerto a vida esquece.

Meu tempo noutro tempo já se esquece
E o todo na verdade quando o trago
Encontra a solidão e sei que é nosso
O sonho sem sentido de um futuro
Que seja com certeza um novo tanto
Marcado pela angústia de outro gole,

A luta se mostrara neste gole
E o canto com certeza ora se esquece
E vivo o que pudesse neste tanto
Enquanto o quanto vejo agora trago
No passo que deveras sem futuro
A vida com certeza queira nosso,

O mundo que pensara ser tão nosso
O verso se traduz em raro gole
E o quanto se perceba sem futuro
E tanto se deseja ou já se esquece
E nisto o que se mostre e mesmo trago
Encontra o que pudera noutro tanto,

A vida neste tanto que sei nosso,
O todo que ora trago dita o gole
E o tempo agora esquece algum futuro.

760

Num ermo caminhar a noite nua,
O verso sem desejo, a morte vejo,
E o tempo que pudesse ser feliz
Desenha nova bruma no horizonte,
E sinto esta esperança se esvaindo
A vida se percebe sem destino.

O tanto que pudesse num destino
Deitando sob a lua bela e nua
E sei que meu caminho se esvaindo
Transcende ao que pudesse e mesmo vejo,
Gerando este vazio no horizonte
Quem dera se eu pudesse ser feliz...

O tempo que tentara ver feliz
A sorte sem caminho em meu destino,
Expressa este vazio no horizonte
E quando vejo a deusa clara e nua
Ou mesmo constelar anseio eu vejo,
O mundo se percebe ora esvaindo...

Meu verso sem sentido se esvaindo
O quanto poderia ser feliz
E sinto esta vontade quando a vejo
Marcante sensação deste destino
E desta maravilha inteira e nua
Ao largo dominando este horizonte.

O passo se traduz neste horizonte
E o quanto se pressente ora esvaindo
Mergulha na vontade imensa e nua
Da deusa que se fez bem mais feliz
E nisso dominando o meu destino,
Encontra cada rastro e também vejo,

Meu mundo num momento sei que vejo
E bebo a claridade do horizonte
E sei do quanto possa e me destino
Enquanto pouco a pouco me esvaindo
Pudesse desejar o ser feliz
Numa esperança além imensa e nua,

Ao ter agora nua enquanto a vejo
Reinando mais feliz neste horizonte
A vida se esvaindo traz destino...

761
Um prazo a se cumprir e nada mais
Do que se faça aquém ou mesmo invada
A sorte se transcende e dita o quanto
Pudesse ser apenas num momento
O todo que desejo e sigo e tento.
Vestígio de uma luta sem promessas.

E sei do que se mostre em vãs promessas
E vejo o quanto pude e sei que a mais
O tempo noutro canto quando o tento
Expressa a solidão que enfim me invada,
Marcando esta expressão neste momento
E sei do que tentasse e mesmo quanto.

A tentação diversa diz do quanto
O mundo não traria estas promessas
E nelas o que possa num momento
Vagando sem saber sequer a mais
Do todo que vestisse o que ora invada
E nisto se deseja o que inda tento

A vida noutra face mesmo tento
E sei do amor que pude e não sei quanto
E quando na verdade a vida invada
Espero na certeza que em promessas
A luta se fizera sempre a mais
E nisto vejo apenas um momento.

Restando dentro da alma este momento
E nada mais senão o que ora tento
Espreito alguma sorte e busco mais
O tanto que se mostre neste quanto
Galgando o nada crer de tais promessas
E nisto o que se veja e não me invada.

A via aonde o tempo agora invada
O todo se presume em vão momento
E sei do quanto possa em vis promessas
A fúria desenhada quando a tento,
E sei do descaminho, quanto e quanto,
A sorte se anuncia em algo mais.

O que inda fosse a mais jamais invada
E trace mesmo o quanto em tal momento
Ainda vejo e tento vãs promessas...

762
Ainda sem saber do que viria,
O verso não me dita qualquer luz,
O medo se anuncia após a esquina
Num beco sem saída eu me perdi,
E agora que se veja em tal tormenta
O passo rege o fim desta esperança,

A vida na verdade em esperança
Há quanto noutro rumo então viria,
Vagando ao invadir nova tormenta
Enquanto o que se queira dite a luz
O todo que deveras eu perdi
Encontro novamente nesta esquina,

O passo se anuncia e dobra a esquina
Resumos do vazio da esperança
E nada do que possa ou já perdi,
Ou vaga no caminho e assim viria
Trazendo no final a mera luz
Que tanto se tramasse em tal tormenta,

A vida se desenha na tormenta
E bebe o que pudera nesta esquina
Gerando o descaminho onde perdi
Meu mundo e na verdade outra esperança
Marcasse cada passo que viria
E nele outro momento em rude luz,

Apenas o que possa ser a luz
Sabendo a cada passo da tormenta
Que dita o quanto agora o que viria
Marcando cada sonho numa esquina
Diversa da que possa em esperança
Tramando o quanto vejo e já perdi,

O mundo dita o tempo onde perdi
O vago componente em rara luz
E sei do que pudesse em esperança
Enquanto o dia a dia diz tormenta
E sei do caminhar em nova esquina
E o tempo onde o nada enfim viria,

O canto ora viria e me perdi,
O quanto numa esquina dite a luz
E faça da tormenta uma esperança.

763
Um copo se presume quando vejo
Os olhos do passado me rondando,
A farsa desenhada na parede
O tanto que concede a solidão,
E a luta desenhada toda minha
Enfrenta o que se tente navegar,

Presumo o quanto possa navegar
E sei do mesmo anseio quando o vejo,
A vida na verdade não foi minha
E o tempo no vazio me rondando,
Encontro tão somente a solidão,
Que encosta cada ser nesta parede.

O mundo se moldara na parede
E sinto o que se mostre a navegar
E tanto se procura a solidão,
Nos ermos de quem vence o que ora vejo,
Trazendo a mesma sorte me rondando
E nada da esperança fosse minha,

A vida se anuncia e sei que é minha
E deixa a velha marca na parede
O mundo se desfila ora rondando
E vejo o quanto resta a navegar
Nas tramas do que possa e mesmo vejo
Sentindo o quanto viva em solidão,

O rumo se desenha e a solidão
Expressa tão somente o quanto é minha
A luta que pudera e quando a vejo
Encosto o sentimento na parede
E tramo o quanto vejo a navegar
E o todo que se perca me rondando,

O mundo se anuncia além rondando
O tanto que pudesse em solidão
E vejo o meu caminho e ao navegar
Marcando o quanto a vida fosse minha
E nisto o teu retrato na parede
Expressa tão somente o que inda vejo,

O mundo quando o vejo me rondando,
O tempo na parede em solidão,
Esta alma agora minha a navegar.

764
Jogado sobre as pedras do caminho,
Apenas apresento a velha escara
A chaga que alimento no meu peito,
A tosca solidão, a companheira,
E o verso sem sentido que me invade
Errático cometa em noite vã.

A vida se apresenta e sendo vã
Entrava cada passo em tal caminho
E nisto o desengano que ora invade
Propõe somente a fúria de uma escara
E marca com terror a companheira
Deixando sem sentido o tolo peito,

A luta se entranhasse no meu peito
E o canto se mostrara em sorte vã,
Ainda sem destino, a companheira,
Tramasse no final este caminho
E vendo o quanto possa em rude escara
Marcando o que resume e assim invade.

O tanto quanto o sonho agora invade
E gera o meu cenário em torpe peito
A luta se apresenta em vaga escara
E o todo que pudera dita a vã
Noção de uma esperança sem caminho
Que trace no futuro a companheira,

A vida se deseja companheira
E sei do quanto o sonho tanto invade
E mesmo que se tente em tal caminho
O quanto poderia toca o peito
E gera a imensidão que mesmo vã
Sanasse com certeza alguma escara.

E cicatriza na alma a velha escara
Tornando a minha luta, companheira,
E tanto que se queira a sorte vã
Expressa este cenário que me invade
Deixando sem sentido algum o peito
Tocado pela trama em vil caminho,

E quando ora caminho e sei da escara
A sorte no peito, companheira,
Ainda quando invade se faz vã.

765
O meu caminho dita a forma estranha
Enquanto se viceja a velha queda
O prazo no cenário mais sutil
E o tempo se adentrando no vazio,
Enquanto procurasse algum conforto
O todo se presume num anseio,

O mundo que deveras mais anseio,
A luta que se molda e já me entranha
Produz o que deveras diz conforto
E preparando sempre para a queda
Expressa a solidão deste vazio
Que possa ser bem mais do que sutil

O canto desenhado ora sutil
O vento que se trama quando anseio
Vencer o quanto possa no vazio
E sei que na verdade o que me estranha
Encontra no final a simples queda
E nisto se sonega algum conforto,

Meu mundo sem saber de algum conforto,
O passo mais suave e mais sutil
O tanto que pudesse nesta queda
Tramar o que desejo e mais anseio
Enquanto a própria sorte ora me estranha
O verso se perdendo no vazio,

O tempo se anuncia e sei vazio
O sonho que deveras diz conforto,
E possa traduzir e além me estranha
O tanto quanto busque ser sutil,
Vagando simplesmente neste anseio
E o todo se resume em leda queda,

A vida se traduza pela queda
Do passo sem sentido no vazio,
E o quanto se acenasse em raro anseio
Gerando algum momento em tal conforto,
Deixasse na verdade o mais sutil
Enquanto a minha vida tudo estranha,

A sorte tão estranha em rude queda
O tempo mais sutil, neste vazio,
Tramasse sem conforto o quanto anseio.

766

Acreditar na sorte que viria
Ousando ser feliz ou mesmo tendo
No olhar a luta imensa que não sirva
Sequer como desculpa ou algo mais
Encontro na verdade a farsa e tramo
Este horizonte aquém do que eu queria,

O verso quando muito inda queria
O tempo com certeza não viria
E nada do que tente ou mesmo tramo
Mostrando este cenário aonde tendo
A queda enquanto nada possa a mais
Nem mesmo esta ilusão inda me sirva,

O mundo na verdade jamais sirva
A quem se fez no todo que queria
Vagando no caminho sem ter mais
Ou mesmo acreditar no que viria
Vencido navegante nada tendo
Apenas o que tento e agora tramo,

O vento noutro rumo quando o tramo,
Expressa oque deveras não me sirva
E vendo com temor este algo tendo,
O mundo noutra face não queria
E sei do quanto possa e não viria,
Ainda quando um sonho tenha a mais

O tanto que pudera crer e mais
Do todo já perdido enquanto tramo
A sorte noutra face não viria
E nem o quanto tento e não me sirva
Encontro no final quanto eu queria
E sei do que perdera mesmo o tendo.

Jamais se desenha o que ora tendo
Pudesse desvendar e crer bem mais
No tanto que deveras mais queria
E assim cada momento quando o tramo
Expressa o quanto resta e não me sirva
Enquanto esta ilusão eu sei viria,

O todo que viria nada tendo,
Encontra o quanto sirva e disto ou mais
Vivesse o que ora tramo e não queria...

767

Os erros de quem busca na verdade
Alguma solução que não se vê
Nem mesmo outro caminho, escapatória,
Aonde a luta seja mais amena,
A vida com certeza mais profana
Ao todo sem limites me condena,

E quando a solidão tanto condena
Tocando o que pudera ser verdade
Encontro a face rústica e profana
De quem noutro detalhe nada vê
Senão a mesma farsa aonde amena
A luta sempre forja a escapatória,

O verso se tentasse escapatória
E mesmo quando a luta nos condena
O passo procurasse a sorte amena
E nela o que se trace em tal verdade
Mostrasse muito mais do que se vê
Na vida tão feroz quanto profana,

A vida sem anseios me profana
E gera o que não tenha escapatória,
E mesmo que o vazio ora se vê
Não trame noutro tom quanto condena
Que possa se mostrar rara verdade
E nisto a minha vida volve amena.

A luta sem sentido atroz, amena,
Envolta pela senda mais profana
E quando no final nega a verdade
Marcando com temor a escapatória
Que possa traduzir e me condena
Ao quanto na verdade ninguém vê.

O tanto que pudera e já se vê
Ainda quando a vida fosse amena
No fundo com certeza me condena
E traça o que se mostre em luz profana
Ainda quando vejo escapatória
O mundo sonegasse esta verdade.

E sinto que a verdade não se vê,
Somente escapatória e mesmo amena
A vida me profana e se condena...

768


Já não me caberia acreditar
Nas tantas evidências que me trazes,
Os olhos sem sentido vagam sós
E bebem da esperança único gole,
Ao menos o que vejo me reporta
Ao quanto fui feliz e não soubera.

A vida noutro tom tanto soubera
Retalhos do que possa acreditar
No engodo que deveras já reporta
E sei quando no fim o quanto trazes
Expressa esta ilusão e neste gole
Os dias seguem rumos tolos, sós,

E vendo o quanto pude em dias sós
Ou mesmo o que me reste e não soubera
A luta noutro rumo toma um gole
Do medo mais atroz a acreditar
No tanto que pudera e ora me trazes
Vagando sobre o quanto se reporta,

A sorte que deveras me reporta
Ao tempo quando o pude em ritos sós
Ousando presumir no que me trazes
O sórdido cenário e se soubera
Apenas no que possa acreditar
E vejo a minha vida noutro gole,

E quando da aguardente bebo um gole
Expresso o quanto possa e já reporta
Ao fato do que tanto acreditar
Gerasse simplesmente quando à sós
O mundo se mostrasse e não soubera
O todo que pudesse e não me trazes,

Sabendo do que tanto agora trazes,
O medo se anuncia num só gole
E vivo o que pudera e assim soubera
Enquanto a solidão tanto reporta
Ao que pudesse ser embora sós
Vagando enquanto tente acreditar,

E quando acreditar no que me trazes
O todo quando sós tramassem gole
E nisto o que reporta eu não soubera...

769

O tempo na verdade não teria
Sequer o quanto busco e não mais vejo
Meu sonho se perdendo a cada instante
E o fato se moldara no vazio
E bebo do que possa fascinante
Traçar em tempestades que ora crio,

O canto que deveras teimo e crio,
O risco de viver que não teria
A sorte que pudesse fascinante
Enquanto na verdade o nada vejo
somente o que se veja e sou vazio,
Marcando a própria vida num instante

O quanto se presume num instante
E nada se traduza quando crio
O farto caminhar deste vazio
E nele nada mais busco ou teria
Senão a face escusa e nela vejo
O tempo que pensara fascinante

O mundo tantas vezes fascinante
O todo que pudera num instante
Vagando sobre o quanto tento e vejo
Trazendo o quanto possa e mesmo crio,
No fundo novamente não teria
O tanto quanto quero e vou vazio,

Meu tempo se anuncia e do vazio,
Apenas o que possa em fascinante
Caminho se mostrando onde teria
O tanto que desejo neste instante
Vestindo a sorte enquanto o sonho eu crio,
E tento caminhar e nada vejo,

Somente o que de fato agora vejo,
Encontra na verdade o ser vazio
Que tanto se mostrara e quando o crio,
Enfrento o que seria fascinante
Não fosse o desdenhar de um rude instante
E sei quando ao final já não teria,

A vida que teria o quanto vejo
Expressa neste instante o ser vazio
E um tempo fascinante, em vão eu crio.

770

Não quero e nem permito alguma trama
Diversa da que possa nos dizer
O verso mais audaz ou mesmo rude,
Na farsa que se tente a cada passo
E sigo sem ternura o dia a dia
Vestindo o que deveras mais sonhasse.

O tempo noutro enredo já sonhasse
E nisto desenhasse a velha trama
Que tanto quanto possa noutro dia,
Ainda restaria por dizer
E sendo o que deveras tanto passo
O mundo se desdenha atroz e rude,

Meu canto muitas vezes se faz rude
E o peso de uma sorte não sonhasse
Com todo o caminhar em tosco passo
E quando se anuncia a mesma trama
O tempo se permite em vão dizer
Do quanto mais restasse noutro dia

O todo se anuncia em cada dia
E o mundo não traria o olhar mais rude
E mesmo quando sinto o que dizer
Galgando o quanto outrora inda sonhasse
Apenas se trazendo a velha trama
O tempo sonegasse todo passo,

E sei do quanto viva e mesmo passo,
E sinto o que se molda noutro dia
Sentindo e mesmo quando a vida trama
Ainda se aproxima sendo rude
O todo que deveras mal sonhasse
No tanto que se deixa de dizer,

A sorte no vazio a se dizer
Encontra o quanto tento a cada passo,
Marcando o que de fato ora sonhasse
E nisto o meu caminho noutro dia
Pudesse desenhar além do rude
O mundo que esperança agora trama.

O sonho quando trama o que dizer
Expressa mesmo rude um novo passo
E nisso um claro dia onde sonhasse.

771

A vida não se faz tampouco assim,
Apenas o que pude não traduza
O medo de quem sabe mais confusa
A luta aonde entranho e não tem fim,
O peso de uma sorte que maldiga
A senda mais atroz e mais antiga.

Ainda que esperança seja antiga
O vento se trazendo sempre assim
O quanto na verdade se maldiga
Espera qualquer sorte que traduza
O amor quando se quer e nega o fim,
Deixando a minha estrada mais confusa.

A sorte caprichosa e tão confusa,
O quanto se perdera em luta antiga
Trazendo tão somente o mesmo fim,
E nisto cada verso dita assim
No todo que jamais alguém traduza
A luta quando a vida ora maldiga,

E quando esta ilusão tanto maldiga
O medo de seguir senda confusa
Eclode e com certeza não traduza
O tanto que pudera e sei antiga
A vida desejada e sendo assim,
O todo traduzisse o velho fim.

Meu mundo se aproxima já do fim,
E tanto que pudesse ora maldiga
A luta sem sentido e tanto assim
Podendo acreditar na mais confusa
Versão que se moldando traga a antiga
Noção que nada mais possa e traduza,

O quanto sem sentido não traduza
A face desditosa que no fim
Expressa esta verdade mais antiga
E tanto que pudera e se maldiga
O quanto desta senda mais confusa
Gerasse o quanto vejo e sempre assim,

Meu mundo sendo assim, nada traduza,
Senão a mais confusa e sei no fim,
O quanto se maldiga a sorte antiga.

772

Não vejo qualquer fato que pudesse
Trazer alguma paz ou mesmo alívio
E sei da solidão quando se entranha
Marcando com terror o que tentara
Enquanto a sordidez dita o presente
Futuro se entregando sem defesa.

A vida que teimasse na defesa
Do encanto quanto o todo já pudesse
Traçar este caminho e no presente
O tanto que se fez negando alívio,
Ainda mesmo quando enfim tentara
O todo que decerto em paz me entranha,

A luta se desenha enquanto entranha
E traça qualquer plano de defesa
E nisto o que pudera e se tentara
Ainda quando sei e não pudesse
Trazendo ao coração qualquer alívio
E nisto outro momento está presente.

Queria ter nas mãos este presente
E mais do que viver o quanto entranha
Esta alma solidária em raro alívio
Traçando uma alegria qual defesa
E nisto o que se tente e já pudesse
Tramasse o que por certo ora tentasse.

Meu mundo no caminho onde tentasse
Vagar entre o que possa estar presente
Ainda que se mostre ou mais pudesse
Viver o que deveras nos entranha
Vagando sem destino e sem defesa
Buscando no final somente alívio,

E sei do quanto valha tanto alívio
Na vida de quem possa e já tentasse
Vencer o descaminho em vã defesa
E nisto outro cenário ora presente
Mostrara a realidade onde se entranha
O todo que de fato inda pudesse,

A vida se pudesse em raro alívio,
Trazendo o quanto entranha e ali tentasse
Marcando no presente uma defesa.

773

Nas vagas ilusões de quem se fez
Apenas caminheiro e nada mais,
O corte se anuncia e vejo então
O medo neste olhar tanto cruel
E bebo da aguardente mais amarga
Enquanto a solidão diversa afaga,

O mundo que se mostre nunca afaga
E gera o quanto outrora não se fez
Deixando a sensação bem mais amarga
Do quanto poderia e muito mais
Vagando sem destino o ser cruel
Moldasse meu caminho desde então,

A luta que se visse e sei que então
Pudera resumir o quanto afaga
Gerando no final o tom cruel
Da sórdida expressão que nada fez
Somente o meu anseio e sempre mais
Que possa traduzir a sorte amarga.

A vida tanto fere quanto amarga,
O verso se mostrara e desde então
O tanto que pudera muito mais
Agora noutra face não afaga
E vaga sem sentido onde se fez
Tomando um ar atroz e mais cruel.

O todo que pudera ao ser cruel
Grassando sobre o medo que ora amarga
Vestígios encontrados onde se fez
O quanto deveria desde então
Marcando com terror o quanto afaga
A vida numa força sempre mais,

E sei do que pudera ver a mais
E tanto se aproxima o tom cruel
E nada do que vivo agora afaga
Quem sabe na verdade o quanto amarga
A solidão e nisto e desde então,
Esbarra no vazio que a vida fez,

A luta já se fez e sempre a mais
Ousando desde então em tom cruel
E a sorte, mais amarga, a morte afaga...

774

Não mais me serviria de desculpas
Os tantos desenganos de uma vida
Ousando acreditar noutra saída
E mesmo quando em vão o fim se traz
Pousando nos anseios da emoção
O resto se presume e nada faço,

O tempo quando muito quero e faço
Olhando para trás, ledas desculpas
E nada do que possa em emoção
Gerasse o quanto resta desta vida
E deixo mesmo sempre quando traz
A luta sem sentido e sem saída,

O verso se deseja na saída
Das tramas entre traumas e se faço
Do mundo que pudera o quanto traz
Gerando muito além das vãs desculpas
O todo que de fato dite a vida
Negando qualquer passo em emoção,

A senda mais atroz sem emoção
O canto se presume e sem saída
A morte anunciada nega a vida
E disto se tentasse o quanto faço
Depois do quanto ousasse em vis desculpas
E tendo o que pudera e nada traz.

Meu mundo na verdade o que me traz
Somente se anuncia em emoção
Vestindo a sorte atroz e sem desculpas
Que possa traduzir tosca saída
Gerando no final o que não faço
E bebo como fosse a própria vida,

Apenas presumindo nesta vida
O quanto se pudera e nada traz
A sorte se deseja e o que ora faço
Tramasse pelo menos a emoção
E dela se prevendo uma saída
Enquanto se preparam tais desculpas,

E quando das desculpas de uma vida
Jogada sem saída nada traz
Somente esta emoção e o vão que faço...


775

Num único momento poderia
Saber desta sangria que não cessa
A vida se presume num anseio
E sei de cada farsa preparada
Na luta sem sentido e sem motivo
Vivendo o que pudesse, sempre assim,

O tanto que se mostra e sei que assim
O verso noutro tom não poderia
Traçar o que se tente e traz motivo
Que mesmo quando o todo agora cessa
Espreita a sorte amarga e preparada
Somente no vazio deste anseio.

E quando algum momento em paz anseio
Espero que se faça e viva assim,
Seara tantas vezes preparada
Aonde e com certeza poderia
Tramar outra esperança que não cessa
E molde da vontade este motivo,

O quanto se desenha e me motivo
Lutando pela sorte que ora anseio
Vagando no que tanto agora cessa
Marcando o dia a dia e sendo assim,
Meu mundo no teu mundo poderia
Trazer esta vontade preparada.

E sei da mesma luta preparada
E nela o quanto queira e sei motivo
Gerando o quanto deva e poderia
Tramar esta verdade que eu anseio
E nada do que tente sendo assim,
Expresse o quanto tenho e não mais cessa,

A luta de tal forma jamais cessa
E a marca com certeza preparada
Gerindo uma promessa e mesmo assim,
Marcasse o quanto tente e me motivo
Nos ermos de quem possa num anseio
Viver o que de fato poderia,

E sei que poderia enquanto cessa
A sorte que ora anseio, preparada,
No todo onde o motivo fosse assim...


776
Jamais imaginasse o que se possa
Depois de certo tempo traduzir
Nos sonho entre tantos e sentir
O quanto a solidão se fez mais nossa
O verso noutro tom não mais traria
Sequer o quanto rege a fantasia,

A vida se domina em fantasia
E sei do quanto tente e mesmo possa
Vencido caminheiro não traria
O quanto se recuse a traduzir
E a sorte noutro passo sendo nossa
Deveras não se deixa mais sentir,

O tanto que pudera ora sentir
E mesmo quando vaga em fantasia
Explode no que tanto fora nossa
E gera o que se mostra e mesmo possa
No todo sem sentido traduzir
O quanto na verdade nos traria,

E sei do quanto a vida nos traria
E tento calmamente ora sentir
O que pudesse apenas traduzir
E sei que esta esperança fantasia
Gerando do que tanto sempre possa
Viver esta emoção diversa e nossa,

Ainda quando a vida se fez nossa
E nisto o que deveras se traria
Encontra com certeza o que mais possa
E nisto outro caminho a se sentir
Enquanto ronda a farsa e a fantasia
O todo no final mal traduzir,

Pudesse com certeza traduzir
O quanto fosse a sorte bem mais nossa
E sendo de tal forma, fantasia,
Quem ama noutro passo não traria,
O quanto inda tentasse se sentir
E sei que no final já nem mais possa,

O quanto mesmo possa traduzir
O todo a se sentir sabe ser nossa
A vida que traria a fantasia.

777

Jamais imaginasse o que se fez
O mundo sem sentido e sem cuidado
O verso pelo tempo amarelado,
O canto sem saber da lucidez,
E o medo que se torna tão frequente,
Enquanto este vazio já se sente...

Procuro ao revolver o quanto sente
O todo que deveras nada fez
E sei do meu caminho mais frequente
Enquanto a vida segue sem cuidado,
E nisto poderia a lucidez,
Enquanto este retrato, amarelado.
Procuro um sol imenso e amarelado,
Trazendo no que possa o mais que sente
Uma alma sem sentido e lucidez
Que sabe na verdade o quanto fez
E tanto se imagina sem cuidado,
Vivendo o que decerto inda frequente,

O tanto que se possa e não frequente
O verso pela vida amarelado
Gerando com ternura e sem cuidado
O que deveras segue e já se sente
Meu mundo na verdade nada fez
E nisto busco a mera lucidez,

O quanto se pudesse em lucidez
Fazer desta esperança algo frequente
E sinto o quanto é rude o quanto fez
A vida neste quadro amarelado,
Embora na verdade o que se sente
Não trague nem sentido e nem cuidado,

O tempo que pudera sem cuidado,
O mundo que se perde em lucidez
O verso que deveras nada sente
O tempo quando segue e já frequente
O todo noutro tom amarelado,
E o fim a cada instante o tempo fez.

Ainda quando fez sem mais cuidado
Retrato amarelado em lucidez
O mundo ora frequente e nada sente...

779

Não quero esta vontade que trame
Nem mesmo outro cenário contumaz
A vida se tentara e nada faz
Dos sonhos, pesadelos, mesmo enxame,
O corte na raiz desta esperança
E o passo sem sentido nada alcança.

Assim quem tanto busca e quer e alcança
Ao menos o que possa e mesmo trame
No fim de novo passo em esperança
Ousasse num momento contumaz
Viver esta vontade, bando, enxame,
E ter o que deveras nada faz,

O mundo noutro instante teima e faz
Somente o que decerto ainda alcança
Depois da solidão, o velho enxame
Rondando o pensamento, dores trame
E vague com a fúria contumaz,
Deixando para trás esta esperança.

A vida se refeita na esperança
Apenas no vazio ora se faz,
E gera o descaminho contumaz
Enquanto a solidão decerto alcança
O passo que no fim já nada trame,
Somente a solidão, em rude enxame.

O amor que desejasse feito enxame
E a luta noutro enredo, uma esperança,
O todo que pudesse e nada trame
O muito quanto queira nada faz,
Somente o que deveras já se alcança
Num erro tão frequente e contumaz.

E quando se imagina contumaz
O todo dominando feito enxame
A vida no final já nada alcança
Somente o que buscasse em esperança
E o sonho quando muito nada faz,
E o pensamento dita o quanto trame,

O verso contumaz a vida trame
E sei que deste enxame o que se faz
A farsa em esperança nada alcança...

780

Meu dia se presume noutro engano
E vejo o que pudera ter além
O tempo na verdade nada tem
Senão a solidão em rude plano
E sinto o quanto pude noutra face
Do todo que o vazio em mim gerasse,

Ainda quando a sorte mal gerasse
O ledo e mais diverso rude engano,
Meu canto se mostrando noutra face
Depois do que procure, muito além,
O tanto se mostrara em novo plano,
Porém quem tanto sonha, nada tem,

O quanto deste encanto dita e tem
A sórdida expressão quando gerasse
Nos ermos da ilusão diverso plano
E nisto com certeza ora me engano,
Vivendo o que se possa e mesmo além
Do todo transformando a velha face.

O mundo se anuncia em rota face
E nada do passado ainda tem
Vencido pelo quanto ou muito além
Do todo sem descanso que gerasse
No velho caminhar o quanto engano
A vida sem saber de qualquer plano,

O medo rege o passo e muda o plano
Assim não poderia a mesma face
Gerar o que deveras tanto engano
E sei quanto é possível, mas não tem,
E todo este caminho ora gerasse
O que pudesse em sonhos, até além.

E tanto se deseja sempre além
Do mundo mais diverso em rude plano,
E quando na verdade o fim gerasse
Marcando com vigor em cãs a face
O medo do que possa e sei que tem,
No fundo se moldasse neste engano,

Quando me engano e sigo mesmo além
Procuro o que inda tem e neste plano
A vida mostra a face que a gerasse...


781

Ainda que pudesse em tempestades
Vencer o quanto resta da ilusão
Marcada pelos dias que virão
Na fúria aonde aos poucos me degrades
Esqueço qualquer tom que possa ter
Além do quanto a vida diz prazer,

O tanto do que possa sem prazer
Gerasse no final as tempestades
E nelas o que tente mesmo ter
Encontra tão somente esta ilusão,
Marcando com terror o que degrades
Não vendo os dias tolos que virão

Meus olhos na verdade não virão
Sequer o quanto possa algum prazer
E sei do dia a dia e já degrades
Ousando além nas rudes tempestades
Marcando o que pudera em ilusão
E nisto o meu anseio nega o ter,

O tempo se anuncia e o nada ter
Encontra entre os demônios que virão
Apenas o que possa em ilusão
Gerar o mais temível, vão prazer,
E sei que no final as tempestades
Traduzem o que tanto enfim degrades.

E os sonhos entre todos já degrades
Marcando o que pudesse mesmo ter,
Nas ânsias mais audazes, tempestades,
Que traçam os momentos que virão
Ousando ter nos olhos o prazer
Além do que se fez tola ilusão,

O corte se anuncia e da ilusão,
Anseios do que possas e degrades,
O mundo resumindo este prazer
Ainda mesmo quando possa ter
Nos dias mais tenazes que virão
As sombras de tais rudes tempestades.

Assim em tempestades a ilusão,
Expressa onde virão e já degrades
Os dias que irão ter rude prazer.

782

Não tento acreditar no desengano
Nem mesmo na verdade que me dizes
As sortes entre quedas e deslizes
O dia não seria soberano,
Meu canto sem saber do que pudesse
Apenas no vazio me enlouquece,

O quanto desta vida ora enlouquece
E gera no final o desengano
Marcando com ternura e já pudesse
Trazer este momento onde me dizes
E sei do quanto possa soberano
Vencer os mais diversos vãos deslizes,

E sinto nesta vida que os deslizes
Provocam o que tanto me enlouquece
E sei do que deveras soberano
Traduza o meu rumo em desengano
Mostrando sem sentido o que me dizes
E nisto novo passo em paz pudesse.

O tanto que se quer e até pudesse
Deixando no passado tais deslizes
Enquanto na verdade o que ora dizes
Deveras possa tanto que enlouquece
Quem sabe do caminho em desengano
Embora tenha um sonho soberano,

E sei que na verdade um soberano
Cenário traduzisse e enfim pudesse
Viver o que se mostra em desengano
Tramando na verdade tais deslizes
E sei que este caminho ora enlouquece
E nada no final deveras dizes.

O quanto tu de fato sempre dizes
Raiando sobre um sonho soberano
No todo que decerto me enlouquece
O todo que talvez mesmo pudesse
Vencer com mansidão tantos deslizes
Deixando no passado o desengano,

E sei do desengano quando dizes
E sei que após deslizes; soberano
Caminho me enlouquece e assim pudesse...

783

O meu tempo precisa de descanso
E sei que na verdade luto tanto
Sabendo quando ao fim em ledo espanto
Já nada dos meus passos vejo, alcanço,
O prazo determina o jogo e perco,
E nisto com certeza nada resta,

A vida se pudesse enquanto resta
O sonho e nele ao menos eu descanso,
Vagando sem saber e já me perco
Tentando na verdade o mesmo tanto,
Que possa traduzir o quanto alcanço
E sinto o que de fato agora espanto,

Meu mundo restaurando cada espanto
E nisto a sensação que hoje me resta
Expressa o quanto é tolo o que ora alcanço
Marcando cada dia sem descanso
E quando outro caminho se fez tanto
Sem rumo ou direção logo me perco,

Ainda quando a sorte luto e perco,
O dia resumindo o velho espanto
No medo que se mostre novo tanto
Apenas a verdade inda me resta
E sei do que pudera sem descanso
Enquanto a sordidez agora alcanço.

E o sonho que decerto ainda alcanço
Expressa a solidão e se me perco
No todo que deveras não descanso
O mundo poderia noutro espanto
Trazer o quanto quero e resta
Gerando no final em medo, o tanto.

Meu verso se aproxima e sei do tanto
Que pude transformar enquanto alcanço
O vago caminhar que ainda resta
E sei da sensação quando me perco
No tempo sem saber do velho espanto
No fato que jamais em paz descanso,

E sei que se descanso noutro tanto
O quanto ora me espanto logo alcanço
Da vida que ora perco, nada resta...

784

Não tente aproximar já que em verdade
O fato não trouxera a paz que busco,
E sinto o caminhar em luta e febre
Num vago frenesi que não traria
Sequer o quanto possa acreditar
Nem mesmo uma verdade mais concisa...

Palavra com certeza se concisa
Expressa no final pura verdade
E sei no que pudera acreditar
Ainda quando o rumo eu tento e busco,
Ao fim do meu caminho se traria
A sorte em frenesi, gerando a febre.

E quando me invadisse toda a febre
A luta se fizera mais concisa,
Mostrando o que de fato me traria
E nisto se vislumbre esta verdade
Que possa traduzir o que ora busco
Enquanto se permita acreditar,

No tanto que tentasse acreditar
Vencendo a sensação de plena febre
O mundo sem sentido tento e busco
Na sorte que se faça mais concisa
Singrando mares tantos da verdade
E nisto o meu final já se traria.

O todo que decerto se traria
O mundo quando pude acreditar
Gerando no final esta verdade
Ardendo o coração em rude febre
A luta se moldara e tão concisa
Diria do que tanto agora busco,

O manto que se trace enquanto busco
O verso que esta sorte me traria
A vida mais audaz e mais concisa,
O todo que pudera acreditar
Grassando as rudes sanhas desta febre
Trazendo no final pura verdade

A vida diz verdade que ora busco
E sei da vária febre que traria
O quanto acreditar na voz concisa...

785

Não quero e nem pudesse ser diverso
O mundo se resume no que um dia
Marcasse com terror esta ventura
Da farsa sem limites que domina
Gerando o meu caminho em noite vaga
Ao menos noutro tempo volte a lua,

E sinto esta presença, clara lua,
No tanto que se queira mais diverso
E mesmo quando o mar na intensa vaga
Gerasse outra procela nalgum dia,
O tanto que deveras me domina
Traria sem sentido esta ventura,

O mundo se pudesse em tal ventura
Trazer de novo o sonho em clara lua
E desta sensação o que domina
Explicitando o sonho mais diverso
Marcando com brandura o novo dia
Que possa percorrer a vida vaga,

O todo quando quero e a sorte vaga
O mundo no final leda ventura,
Gerando no que possa o dia a dia
E sendo mais distante a deusa lua
O passo num caminho mais diverso
Encontra a sensação que me domina.

Assim o que de fato já domina
E segue mesmo quando em luta vaga
Tramasse outro caminho mais diverso
E nisto se desenha tal ventura
De quem soubesse ter a própria lua
E dela renascer qual fosse o dia,

O marco se desenha neste dia
E o tempo na verdade me domina
O todo se propõe na rara lua
E sei do quanto a sorte se fez vaga
No todo desenhado em tal ventura
O mundo se mostrara mais diverso.

E sendo tão diverso deste dia
O que dita a ventura não domina
A noite quando vaga sem a lua...

786

Já não me caberia acreditar
Nas ânsias de quem busca tão somente
O tanto que se fez além do mar
E o verso desenhando o que frequente
Marcando o quanto possa enfim amar
E nisto o meu futuro se apresente.

E quando na verdade se apresente
O todo que buscasse acreditar
Nas ânsias do que tanto eu quis amar
Gerando no final o que é somente
O todo quanto possa e se frequente
Depois de se enfronhar no imenso mar.

A vida se refaz e deste mar
Ainda que pudesse e se apresente
O tanto que decerto ora frequente
Permita na verdade acreditar,
E nisto se desenhe ora somente
O quanto é necessário o bem de amar.

O todo que pudesse enfim amar
Vencendo a fúria intensa deste mar
E trace na verdade e tão somente
O muno quando a sorte se apresente
Gerando o que pudera acreditar
No todo que de fato em paz frequente.

O mundo se desenha mais frequente
Enquanto se deseja tanto amar,
Eu possa no final acreditar
No quanto se fizera em alto mar
E a vida desde então já me apresente
Enquanto se procura a paz, somente,

O todo que pudera ser somente
O sonho quando a paz tente e frequente
Agora noutro rumo se apresente
E deixe a maravilha de te amar
Reinando sem temores neste mar
Aonde se permita acreditar.

Pudesse acreditar e tão somente
Vencer o forte mar que é tão frequente
E o sonho de te amar já se apresente...

787

Não quero ser apenas o que um dia
Jogado pelas ruas não soubera
Da sórdida expressão desta quimera
Que tanto noutro instante inda viria
E o fato mais concreto se permite
Ditar do meu anseio este limite,

Ainda que se veja no limite
O todo desenhado dia a dia
O quanto se procura e se permite
Apenas a verdade já soubera
E sei do quanto resta e até viria
Tramar no raro encanto esta quimera,

A vida traça em si leda quimera
E dita o quanto possa e me limite
Vivendo o que ora resta e não viria
Gerando outra expressão em ledo dia
E tanto quanto possa inda soubera
Do todo quando a vida não permite,

O sonho se tentara o que permite
O fato mais sutil, leda quimera,
No ocaso de meus sonhos não soubera
Sequer manter a sorte em tal limite
Vivendo o quanto possa noutro dia
O mundo neste instante em paz viria,

E sei do que em verdade até viria
Gerando o quanto amor tenta e permite
Marcando com ternura cada dia
E nisto se afastando da quimera
Que sabe muito bem o seu limite
Ou pelo menos mostra que soubera,

Ainda que este fato mal soubera
Quem singra muito além e assim viria
Gerando na verdade o seu limite
E tudo o quanto traga me permite
Vencer a mais temida e vã quimera
Que toma minha vida a cada dia,

O tanto deste dia não soubera,
Senão desta quimera que viria
E assim não se permite este limite...

788

Não bebo desta fonte, solidão,
Tampouco desejasse este vazio
E quando o meu caminho desafio
Enfrento as armadilhas de um verão
E sigo sem sentir a melhor sorte
Que tanto me comporte e me conforte,

A vida necessita quem conforte
E gere qualquer luz na solidão
E sei do que pudesse após a sorte
De quem se fez audaz, porém vazio,
E o todo dita os dias que verão
O mundo num sofrível desafio.

Marcando este momento desafio,
O todo que deveras me conforte
E nisto se aproxima outro verão
Tocado pela velha solidão
E sinto que o vazio nega a sorte,
Ou mesmo a sorte traga este vazio

O tanto que pudesse mais vazio
Enquanto tento novo desafio
E sei da solidão que dita a sorte
Marcando cada dia e não conforte
Olhando para etérea solidão
Trazendo sem sentido este verão.

O dia que pudesse num verão
Moldar qualquer momento do vazio
Expressa com ternura a solidão
Que tanto quanto eu possa, desafio,
E o todo que deveras me conforte
Traduza no final a melhor sorte,

A vida sem saber da rude sorte
Expressa as noites frágeis que verão
Apenas o que tanto não conforte
Marcando com terror este vazio
Enquanto o dia a dia desafio,
Enfrento a mais terrível solidão.

A velha solidão, já mata a sorte,
E sinto em desafio este verão,
Marcado por vazio e solidão...

789

Meu mundo se anuncia e sempre trama
O velho desejar de quem se sente
No tanto que pudera e mesmo ausente
Ainda no final enfrenta o drama
A justa companhia do que possa
Trazer ao coração amor e luta,

A sorte que pudera além da luta
O verso que em verdade tanto trama
Ainda quando a vida teima e possa
Traçar o que deveras tanto sente
E nisto se presume o mesmo drama
Deixando uma esperança sempre ausente,

O verso que deveras já se ausente
A vida desejando nova luta
No quanto superasse qualquer drama
Enreda na verdade o quanto trama
E tudo o que de fato assim se sente
Expressa muito além do que inda possa,

O mundo se desnuda e mesmo possa
Traçar o quanto queira e sendo ausente
O fim da solidão a sorte sente
E nisto se anuncia nova luta
E sei do caminhar imerso em trama
Na vida sem sentido, velho drama...

O mundo presencia o mesmo drama
E sei do quanto a sorte tanto possa
Vivendo sem sentido o que se trama
E nisto qualquer luz se faz ausente
E o mundo na verdade trama em luta
O que se mais anseia e não se sente.

O canto que por certo agora sente
O coração exposto ao velho drama,
Ainda quando traça e tanto luta
Cerzindo com certeza o que mais possa
Expressa esta emoção quando se ausente
Da morte que enredasse feita em trama,


O tempo agora trama o que se sente
Estando mais ausente o ledo drama
Marcando o quanto possa a velha luta...


790

Arcar com meus enganos quando sinta
A velha noite envolta em brumas tais
E sei dos meus anseios tão banais
Enquanto a sorte estava quase extinta
Matando o que pudera em tal tormenta
O tempo se desenha e nada tenta,

A via mais diversa que se tenta
O todo noutro enredo já se sinta
Ousando ao enfrentar qualquer tormenta
Em dias que deveras fossem tais
E neles a vontade mostra extinta
Noção dos desenganos mais banais,

Trazendo estes momentos tão banais
A luta se mostrara quando tenta
E sigo a face audaz, feroz e extinta
Da fera que pudera e nada sinta,
E vejo sem motivos dias tais
Traçando a cada passo outra tormenta,

A vida na verdade diz tormenta
E os erros cometidos, se banais,
No fundo se refletem e sei dos tais
Enquanto uma saída ora se tenta
E nada mais de fato agora sinta
A vida se anuncia quase extinta

O passo na verdade, morta e extinta,
O risco desenhado na tormenta
Enquanto a solidão de fato sinta
Trazendo os tempos rudes e banais
Ousando na verdade quando tenta
Sentir os erros mesmo sendo os tais.

Ainda que pudessem e nestes tais
Cenários a verdade quase extinta
Marcando o que decerto já se tenta
Vencendo no final cada tormenta
E nisto os desenganos mais banais
Na velha sensação que assim se sinta,

E quando agora sinta em erros tais,
A farsa entre banais, e quase extinta,
Apenas a tormenta sempre tenta...

791

Meu mundo sem temor e sem guarida
As tramas que se fazem costumeiras
E quando se transformam verdadeiras
Dominam cada fase desta vida
E sei quanto pudesse no final
Viver a fantasia em novo astral,

E tendo sob os olhos todo o astral
A sorte se desenha em tal guarida
E vejo sem sentido algum, final,
As tramas tantas vezes corriqueiras
E sinto as esperanças numa vida
Envolta pelas trevas, verdadeiras,

As sortes por quem luto, as verdadeiras
Noções que poderiam neste astral
Marcando cada etapa desta vida
E nela se procura uma guarida
Vencendo as tramas rudes, corriqueiras,
Vivendo cada sorte no final,

O tanto que se veja no final
Entranha as mais diversas, verdadeiras,
E sei das velhas sendas corriqueiras,
Marcando com ternura o velho astral
Ainda penetrasse na guarida
E tramo com certeza a clara vida,

E tanto se pudesse nesta vida
Vencido o meu anseio no final
Expressa na verdade uma guarida
Nas tramas mais sutis e verdadeiras
Marcando com terror o velho astral
Entranha noites rudes, corriqueiras,

E quando no final as corriqueiras
Soubessem da esperança em minha vida
O tempo se transforma em novo astral
E rege o pensamento no final
Entranho sendas claras, verdadeiras,
Adentra no final esta guarida,

A sorte na guarida em corriqueiras
E quando mais estranhas, verdadeiras
Marcando no final o ledo astral.

792

Ainda sem temer qualquer anseio
O sonho de viver não poderia
Traçar o que se rege na esperança
Marcando o quanto tento e não percebo
A luta se desenha no vazio
E sei do que em verdade nada resta,
O tempo no final se moldaria.

Meu mundo com certeza moldaria
E nisto o todo trama o quanto anseio
E sinto esta verdade onde se resta
O mundo que tentasse e poderia
E sei do quanto sigo este vazio
No sonho que de fato ora percebo,

E sei do quanto possa e mais percebo
Ousando o que deveras moldaria
Singrando esta esperança no vazio
E dito o caminhar e tanto anseio,
No quanto a sorte imensa poderia
Viver o que deveras tanto resta.

O que se traduzindo tanto resta
Marcando a solidão e não percebo
Sequer o quanto tente e poderia
Vagar entre o que agora moldaria
O todo na esperança de um anseio
Que trace muito além deste vazio.

E tanto quanto possa este vazio
Tramando na verdade o que me resta
Depois deste cenário em pleno anseio
Vivendo o que o deveras eu percebo,
O mundo noutro fato moldaria
O quanto na ilusão já poderia,

O tanto sem limites poderia,
Traçar o que se mostre mais vazio,
E a sorte com certeza moldaria
O todo que se pensa e mais já resta
E sei do meu momento onde percebo
A velha solidão que tanto anseio,

O mundo sem anseio poderia
Trazer o que percebo e sou vazio,
Assim o quanto resta moldaria.

793

O preço que se paga pelo sonho
Encontra a mais distante realidade
E vendo o quanto possa na verdade
Meu verso no vazio agora enfronho,
E bebo do momento mais sagaz
Aonde o que se tenta já se faz,

O passo sem destino a vida faz,
E nisto tão somente o que ora sonho
Expresse a turbulência mais sagaz
Rondando o quanto possa a realidade
E nisto quando em vão ainda enfronho
Encontro no final esta verdade,

Meu passo sendo presa da verdade
O mundo se percebe e nada faz,
O quanto se tentara aonde enfronho
Transcende o que deveras tanto sonho
E gera no final a realidade
Que possa ser deveras mais sagaz,

O tanto que se veja ora sagaz,
O mundo no caminho da verdade
Encontra finalmente a realidade
E sei do quanto possa ou mesmo faz.
E o verso traduzindo o velho sonho
Adentra esta ilusão enquanto o enfronho,

Vivesse a sensação do quanto enfronho
Moldando o sentimento mais sagaz
E nisto o que deveras busco e sonho
Expressa no final toda a verdade,
E o verso que decerto a vida faz
Expressa o que se dera em realidade.

Assim do quanto queira a realidade
Ao todo no vazio aonde enfronho
Gerando o quanto o tempo sabe e faz,
Vivendo o dia amargo e mais sagaz
No quanto se deseja tal verdade
E nisto o caminhar ditando o sonho

E sei que além do sonho a realidade
Expressa esta verdade que ora enfronho
E o tempo mais sagaz em luz se faz.

794

Meu passo se anuncia após a queda
Do todo que se tenta desvendar
Gerando o quanto pude noutra face
Marcando com terror o que grassasse
E nisto o que ora vejo a se notar
Apenas no vazio se envereda.

A vida que deveras se envereda
E trama no final a mesma queda
Que possa noutro rumo enfim notar
O quanto se deseja desvendar,
Ou mesmo no silêncio ora grassasse
O todo que moldasse a velha face.

O mundo se anuncia em clara face
E sei do que pudesse e se envereda
No todo quando o tempo inda grassasse
Marcando o que se queira e trama a queda
Que possa na verdade desvendar
O mundo que jamais pude notar.

O tanto que se tente ora notar
Do quanto noutro passo em nova face
Ousasse mesmo quando desvendar
O quanto do meu canto inda envereda
O tanto que pudesse em cada queda
Tramar o que de fato inda grassasse,

O preço que deveras mais grassasse
O medo que pudera enfim notar
O tanto se desenha em rude queda
E o medo não traria nova face
E sei que tanto faz quanto envereda
O quanto eu poderia desvendar.

Ainda quando busque desvendar
O muito que se tente e já grassasse
O verso sem sentido onde envereda
O todo quanto tente ora notar
Marcando com vigor a velha face
De quem se mostra em plena e rude queda,

Assim em nova queda a desvendar
O tanto que na face inda grassasse
Gerando o que ao notar logo envereda...

795

Não mais que mera luz em tempo rude
Meu passo sem sentido não coubera
E sinto a solidão desta quimera
Ousando na mais tétrica atitude,
E vejo o que se faça a cada dia
Matando a mais diversa fantasia,

Procuro no final a fantasia
E sei do meu caminho mesmo rude
E tanto quanto queira em novo dia
O todo noutro rumo não coubera,
E sei da solidão, rara atitude,
Enquanto se deseja esta quimera,

O tempo desenhando esta quimera
Que tanto quanto a sorte fantasia
O mundo se mostrara em atitude
E nisto se desenha mesmo rude
Vencendo o que tentasse e até coubera
Gerando no momento um claro dia,

O tanto que se tente neste dia
Ousando acreditar nesta quimera
Que possa e na verdade não couber
Tramando o quanto o sonho fantasia,
Gerando a tempestade audaz e rude
E nisto se desenha esta atitude.

Ainda que se veja em atitude
O mundo mais audaz e neste dia,
O todo se percebe sendo rude,
E nada além da fúria da quimera
Que nega com certeza a fantasia
E toda esta esperança que couber,

Se o sonho noutro tempo não coubera
A vida sonegasse uma atitude
Que tente o quanto resta em fantasia,
E sei quando em verdade neste dia,
O sonho dominando esta quimera
Pudesse ser deveras bem mais rude,

E sei do quanto é rude e não coubera
Na farsa da quimera em atitude
Que trague noutro dia a fantasia...

796

Ainda sem sentir o que talvez
Pudesse traduzir a mera luz
O verso aonde o tempo agora pus
Encontra no final a insensatez
E bebo em goles fartos a aguardente
E o tempo se anuncia prepotente,

Ainda quando a vida é prepotente
Marcada tão somente por talvez
O canto que pudesse esta aguardente
Deixando no final a rara luz
Que possa me trazer a insensatez
Aonde o meu passado agora eu pus,

A vida quando o tempo aquém eu pus
Gerasse o fato rude e prepotente
De quem no caminhar veja insensatez
E nisto se mostrando ora talvez
O quanto se dourando em plena luz
Amarga como fosse esta aguardente,

E bebo sem temor esta aguardente
Vagando nas entranhas onde pus
O quando se propõe na rara luz
Caminho tantas vezes prepotente
E nisto se anuncia sem talvez
A luta na completa insensatez,

O todo se desenha insensatez
E gera no final o que aguardente
Encontra com ternura o que talvez
Resume cada fato aonde o pus
E o verso sem ser mais que prepotente
Negasse na verdade a própria luz

Assim sem conhecer a franca luz
Grassando sem limite insensatez
O mundo noutra face prepotente
Vivendo nas entranhas da aguardente
Expressa o caminho aonde o pus
Sem ter sequer a sombra de um talvez.

E sendo do talvez a mera luz
O quanto já me pus na insensatez
Trouxera esta aguardente. Prepotente...

797

O mundo sem defesa não cabia
Nas tramas que escolhera há tantos anos
E sei dos meus anseios, meus enganos,
Marcando com terror o dia a dia,
E vejo no final o quanto possa
Da sorte que jamais seria nossa.

O quanto da verdade fosse nossa
E nisto outra impressão já não cabia
O mundo que talvez deveras possa
Viver sem mais temor por longos anos,
Ainda que se tente novo dia,
Ousasse nos meus vários vis enganos,

E possa traduzir nestes enganos
A sólida expressão que fosse nossa
E nisto se revendo cada dia,
O todo na verdade não cabia
E atravessando assim todos os anos,
A vida no final já nada possa.

O quanto se desenha e sei que possa
Vencer os mais diversos vãos enganos
E nisto o tempo expressa tantos anos
E nessa solidão que seja nossa
O todo quanto tente não cabia
Marcando com furor o dia a dia,

A sorte se desdenha em novo dia
E tanto quanto veja também possa
Traçar nas emoções o que cabia
Em tantos erros vagos, meus enganos,
E os dias na expressão somente nossa
Apenas encontrasse velhos anos,

Os ermos adentrando tantos anos
E nada do que possa em claro dia
Ditar esta vontade que foi nossa
E mesmo que deveras tanto possa
Após o caminhar em tais enganos
O mundo dentro da alma já cabia,

O manto que cabia já faz anos
O sonho nos enganos, novo dia,
Trazendo o quanto possa em luz tão nossa.

798

A vida não permite qualquer erro
E sei do meu afeto mais sincero
E tanto quanto busque e mesmo espero
Tramando no final o meu desterro,
O peso de uma sorte sem limites
Expressa o que deveras necessites,

Ousando no que agora necessites
Esbarro na verdade num só erro
E sei do quanto possa em meus limites
Além de ser deveras mais sincero
Viver sem mais temer qualquer desterro,
E sei o quanto possa e mesmo espero,

O todo no final diz o que espero
Enquanto nada mais tu necessites
E vendo o que pudesse num desterro
Marcando com furor o tétrico erro
Que sendo mais diverso e tão sincero
Expressa o quanto resta em tais limites.

Procuro na verdade e não limites
Meus passos pela noite quando espero
Um sonho mais sutil mesmo sincero
Vencendo o que faça e necessites
Deixando no passado qualquer erro
Marcando com furor cada desterro.

A vida se apresenta em tal desterro
E sei do quanto possa nos limites
Do sonho sem sentir que seja um erro
O quanto na verdade mais espero
E sinto o que deveras necessites
Ousando ser além, bem mais sincero,

O tanto que pudesse ao ser sincero
Traduza na verdade este desterro
E sinto quando queres, necessites
Além das velhas tramas e limites,
O todo que de fato sempre espero
Tentando superar enfim teu erro.

E sinto quando este erro é mais sincero
E sei do quanto espero no desterro
E mesmo que limites necessites.

799

A vida não traria o que se quer
Nem mesmo mergulhando no vazio,
E sei do quanto possa e até recrio
Os olhos mais audazes da mulher
E vendo o que se possa traduzir
Nos erros que costumo presumir,

O tanto que pudera presumir
Deixando no passado o quanto quer
E nisto o meu anseio a traduzir
Somente o que pudesse no vazio,
E sei das emoções desta mulher
Que agora noutro fato em paz recrio.

Meu mundo neste anseio que recrio
Pudesse novamente presumir
O quanto prenuncia esta mulher
Gerando muito mais do que se quer
E quando estou nas tramas do vazio
Imensidão procuro traduzir,

O tanto que pudesse traduzir
E nisto cada passo ora recrio,
Vagando sobre as tramas do vazio
E nisto o que se possa presumir
Encontra na verdade o que se quer
Nos braços carinhos da mulher,

O mundo se anuncia e na mulher
A rara divindade a traduzir
O todo que pudesse e já se quer
No tempo mais audaz que ora recrio,
Ainda que pudesse presumir
O todo neste tom ora vazio,

O passo sem sentido no vazio
As tramas mais divinas da mulher
O canto que pudera presumir
E o verso no que possa traduzir
Expressa o quanto queira e até recrio
No tempo mais audaz que a vida quer,

E sei do que se quer e no vazio
O todo que recrio, uma mulher
Pudesse traduzir o presumir...

800

Não mais se anunciasse o fim do jogo
E sei que na verdade o que permita
Trazer a luta rude e mesmo aflita
Jamais escutaria qualquer rogo
E sendo de tal forma o dia a dia
A sórdida presença se faria,

O mundo que pudesse e mal faria
O tempo sem destino em vago jogo
E quando noutro tom o velho dia
Encontra a solidão que já permita
O mundo que se faça em tolo rogo
Apenas traça esta alma mais aflita,

O tanto que se veja tão aflita
Na luta aonde o tempo se faria,
O verso se desenha em mesmo rogo
E traz na angústia viva o velho jogo
Que posa traduzir e me permita
O todo que anuncia novo dia

O canto se presume dia a dia
E a morte se anuncia mesmo aflita
O tanto que deveras se permita
Expressa no final o que faria
O quanto desenhasse o mesmo jogo
Que possa na verdade além do rogo,

O todo se transforma em mero rogo
E o prazo na verdade dita o dia
E quando se percebe neste jogo
A força de quem luta sempre aflita
Marcando o que de fato inda faria
E tanto se quisesse o que permita

A noite na esperança já permita
Além de meramente qualquer rogo
E sei do meu anseio onde faria
O tempo na incerteza deste dia
Que gera uma expressão bem mais aflita
Trazendo com ardor o novo jogo.

A sorte deste jogo nos permita
Além da luta aflita em tolo rogo
O quanto novo dia já faria...

801
Nas tantas heresias e temores
Os dias entre tantos que eu quisera
Ainda se percebe viva a fera
Que traça com horror os desamores,
Vagando sem sentido pelas ruas
Avança enquanto aquém sonhos cultuas,

E sei quanto possas e cultuas
E vivo nos anseios e temores
Ousando caminhar nas mesmas ruas
Sem ter nem percebe o que eu quisera
Envolta pelos vagos desamores
Encontro em teu olhar, a mesma fera.

A vida se desenha amarga e fera,
Enquanto na verdade o que cultuas
Espalha tão somente desamores
E ditas muito mais do que temores
E sei do tanto ou muito que quisera
Vestígios que deixaste pelas ruas.

As noites entranhando tantas ruas
E nelas o que vejo dita a fera
E vejo muito além e não quisera
Sequer os desenganos e cultuas
A fonte feita em rústicos temores
E nela tantas vezes desamores.

Vestindo sem sentir tais desamores
Um pária sem destino enfrenta as ruas
E sabe muito bem dos seus temores
Ousando acreditar na sorte fera
E tanto quanto vejo o que cultuas
No fundo nada mais tento ou quisera.

E mesmo que este sonho inda quisera
Depois de tantas farsas, desamores,
O sonho quando sinto que o cultuas
Vagasse pelas noites, torpes ruas,
E sigo a sensação dorida e fera
Grassando sem sentido os vãos temores,

E quanto dos temores não quisera
Sabendo ser a fera, os desamores,
Que solta pelas ruas, tu cultuas...

802

Não mais se aproximasse qualquer sonho
Encontro o meu anseio envolto em rudes
Anseios e deveras tanto mudes
Enquanto noutro fim nada componho
Senão a mesma farsa costumeira
E nela a minha estrada derradeira.

A luta que pudesse derradeira,
O todo quanto mais ainda eu sonho
Expressa a sorte mesmo costumeira
Envolta nas palavras bem mais rudes
E sinto tanto quanto ora componho
O todo quando espero que tu mudes.

Não vejo e nem desejo o quanto mudes
Jazendo nesta senda derradeira
O quanto se deseja e não componho,
Ainda que se faça em novo sonho,
Traduz os dias torpes tanto rudes
E a luta que se faça costumeira,

Na sorte muitas vezes costumeira,
Ousando na expressão que agora mudes
Os dias com certeza serão rudes
E a luta mesmo quando derradeira
Encontra na verdade o velho sonho
Que possa e com denodo enfim componho,

O mundo que pudera e mal componho,
Nas tramas onde a luz é costumeira,
O vago delirar traduza o sonho
E sei do quanto eu tento e nunca mudes,
A sorte que se fez a derradeira
Expressa estes momentos sempre rudes,

Os ermos de minha alma sendo rudes,
O todo na verdade onde componho
A voz que poderia derradeira
E o tanto que se faça costumeira
Expressa uma ilusão e sei que mudes
O tempo noutro instante enquanto sonho,

E quando agora sonho em dias rudes
Espero que tu mudes e componho
A luta costumeira, e derradeira...

804

Olhando para trás o quanto vejo
Expressaria apenas solidão,
Os dias se perdendo desde então
Na marca mais atroz deste desejo,
Vencido navegante quer um cais
E a vida só repete um nunca mais,

O quanto se pudera ser a mais
O tanto na verdade nunca vejo
E o passo se perdendo aquém do cais
Expressa a mais diversa solidão,
E nisto tão somente o que desejo
Encontra o descaminho desde então,

A luta se acirrando quando então
O tempo se desenha e sei que há mais
Mistérios entre o quanto inda desejo
E o todo que em verdade sempre vejo,
Nos ermos de uma rude solidão
Encontro o desvario deste cais.

Meu barco naufragasse sem o cais
Que molde este caminho desde então
E trace noutros pontos solidão
Sentido sem destino traça o mais
E quando muito apenas nada vejo
Estampo nos meus olhos tal desejo...

O verso que pudera e que desejo
O tempo se perdendo sem um cais
E sei do quanto possa e sinto e vejo
O mundo anunciado desde então
Marcando o quanto pude e sei que mais
Expressaria apenas solidão.

O tanto se moldando em solidão,
Apenas o fremir deste desejo
Que possa e desenhando o quanto há mais
E nisto soerguendo o velho cais
Tramando outro cenário desde então
Enquanto no final mais nada vejo.

Procuro e mesmo vejo a solidão,
E sei que desde então cada desejo
Vivesse neste cais, o muito mais...


805

Não mais que meramente fiz o verso
Que possa traduzir novos momentos
E quando me entregasse em pensamentos
Ao tanto quanto tento e desconverso,
Gerando a solidão que me acompanha,
A vida se anuncia em erma sanha.

O tempo desenhando a velha sanha
E nisto o que pudesse cada verso
Grassando o quanto pude e me acompanha
Marcando com ternura tais momentos,
Olhando para o quando desconverso
Tocando os mais diversos pensamentos.

Ousando perceber que os pensamentos
Tramassem na verdade o quanto a sanha
Aonde este presente desconverso
Gerasse no final o mesmo verso
Trazendo com certeza tais momentos
Enquanto a solidão já me acompanha.

A vida de tal forma ora acompanha
Gerando o quanto pude em pensamentos,
Marcando com ternura tais momentos
E neles a verdade dita a sanha
E quando noutro tom eu busco e verso,
O tempo sem destino eu desconverso,

O todo no vazio desconverso
E sei da solidão que me acompanha
E quando se deseja novo verso
Ousando penetrar nos pensamentos
A vida se anuncia em nova sanha
Marcando com carinho tais momentos

E sei da solidão destes momentos
Enquanto no final eu desconverso
E tanto se pudera crer no que acompanha
E sei que solitário em rude sanha
Marcando com temor os pensamentos
Traçando novos passos, onde eu verso.

E quando agora verso por momentos
Na luta, em pensamentos, desconverso
E a viva e rude sanha me acompanha...

806

Ousasse acreditar no que há tanto
Pousasse nos meus braços como um sonho
E quando na verdade o nada ponho
Adentro o mais completo desencanto,
E vago pelas noites solitárias
Nas lutas tão doridas, temerárias.

E sei das expressões mais temerárias
E nelas o que eu possa já diz tanto
Das tramas entre farsas solitárias
E nisto o que pudera em vão eu sonho
E sinto tão diverso o desencanto
Aonde uma esperança eu nuca ponho.

O tempo se anuncia e quando o ponho
Vencendo as velhas tramas temerárias
Os olhos se mostrando em desencanto
O todo que pudera noutro tanto
O mundo aonde busco e mesmo sonho
Expressa as ilusões, vãs, solitárias,

E sendo minhas noites solitárias
O tanto que se mostre quando ponho
Encontra a solidão e sei que o sonho
Esboça as mesmas vagas temerárias
E nelas o que possa mesmo tanto,
Enfrenta o mais diverso desencanto.

O todo em mais temido desencanto,
As sortes entre tantas solitárias
Os olhos procurando novo tanto
E sei do que resume quando o ponho
Vencendo as ilusões tão temerárias
E nisto o que resume dita o sonho

O mundo se pressente como um sonho
E vejo no final tal desencanto
Envolto nestas sombras temerárias
Em noites tantas vezes solitárias
E quando o coração em frente eu ponho,
O todo se perdera noutro tanto.

O medo neste tanto que ora sonho,
O quanto ainda ponho, desencanto,
E as noites solitárias: temerárias...

807
Ainda que pudesse ser além
Do quanto não consigo e nem presumo
O tempo noutro tom velho resumo
Deveras com certeza já não vem,
E o mundo se perdendo tão somente
Espalha no vazio esta semente.

A vida que tramasse da semente
O quanto se deseja e muito além
O tanto noutro tom dita somente
O que ora com certeza mais presumo
E sei do quanto possa e sempre vem
Enquanto o meu caminho em ti resumo.

O tanto que se faça qual resumo,
O mundo não tramasse esta semente
E sei que com certeza o que inda vem
Deixando para trás ou mesmo além
O quanto no final queira e presumo
Transforma o dia a dia, tão somente.

O quanto se percebe e diz somente
Do tanto que se queira e no resumo
Que tanto se tramasse e assim presumo
Deixasse sobre o solo tal semente
O meu caminho segue e vou além
Do quanto na verdade sei que vem.

Ousando acreditar no que inda vem
E tanto se apresente tão somente
Vagando pelas ânsias de um além
Que possa na verdade ser resumo
Do quanto se traduza em tal semente
Marcando o que de fato enfim presumo,

Meu mundo na verdade se o presumo
Sangrando quando o sonho inútil vem
O todo se reduz e na semente
O tanto transformado e tão somente
Encontra o que decerto inda resumo
Marcado pelo engano e muito além,

Sentindo muito além o que presumo,
O quanto num resumo sei que vem,
Traçasse tão somente a vã semente...

808

Um pouco de café outra manhã
E a lenta caminhada vida afora,
O quanto da esperança não ancora
Tornando a minha vida agora vã.
Cerzindo no vazio este futuro
Que a cada novo engano configuro,

O passo que deveras configuro
Traçando sem sentido esta manhã.
Expressa o quanto busco no futuro
E sei da solidão que vida afora
Espera outra verdade mesmo vã
Enquanto a poesia em mim se ancora,

O tanto que pudera e não ancora
O passo noutro instante o configuro
E sei da vida amarga, e rude e vã,
E sei do que pudera na manhã
Traçar o quanto reste tempo afora
Deixando na ilusão qualquer futuro,

Ousando acreditar neste futuro
Enquanto a negação do ser ancora
Marcando o que se possa tempo afora,
E nisto o quanto apenas configuro
Encontra a sorte feita na manhã
E a velha solidão atroz e vã,

Ainda que se mostre mesmo vã
A noite sem sentido e sem futuro
O quanto demonstrasse na manhã
Do tempo que pudesse e não ancora
O fim somente em dor eu configuro
E o verso se adivinha vida afora,

Meu tempo se resume mundo afora,
E sei desta ilusão deveras vã,
E quando noutro tanto configuro
A sorte sem sentido, o meu futuro,
Expressa a solidão aonde ancora
O que jamais seria outra manhã.

Procuro na manhã o mundo afora,
E bebo quando ancora a sorte vã
E as tramas do futuro eu configuro.

809

Meu verso sem fronteiras nem anseios
Vagasse pelo tanto que se dera
Apresentando a sorte mais sincera
E nisto se percebem tantos veios,
Os olhos mais diversos, calabares,
Avançam sem limite pelos mares.

Tentaculares fúrias ditam mares
E neles outros tantos, meus anseios,
Nas tramas destes tantos calabares
Os sonhos onde o todo já se dera
Marcando com terror os novos veios
E neles a palavra mais sincera.

A sorte se desenha e sei sincera
Vencendo o desafio de tais mares
E sinto da esperança rudes veios
E quando me prepare em tais anseios
O todo que de fato inda se dera
Abraça destroçando, calabares.

O quanto desta vida, calabares,
Encontram a mortalha mais sincera
E nisso toda a força onde se dera
Tomando sem defesa tantos mares,
Vagando sem sentido nos anseios
Trazendo a tempestade em raros veios,

E os passos que procurem novos veios,
Batalhas: cachalotes, calabares.
E nisso se resumem meus anseios,
Tornando esta palavra ora sincera
E sei das ilusões em vagos mares
Na sórdida expressão que além se dera.

O mundo onde a verdade ora se dera
Expressa no vazio destes veios
As tantas emoções em grandes mares
E tento vislumbrar os calabares
E sei da sensação atroz, sincera,
Que possa dominar os meus anseios,

Meu mundo em tais anseios, já se dera,
E sei da mais sincera fúria em veios
Imensos calabares tomam mares.

810

Ousasse perceber qualquer momento
Enquanto na verdade nada veio
Somente a mesma casa. O sonho alheio,
O tempo dominando o pensamento,
Regendo cada passo o mesmo nada
Da sorte noutra face desenhada,

A luta quando possa desenhada
Nas tramas mais sutis deste momento
Deixando ao meu caminho o mesmo nada
Que possa traduzir ao quanto veio
Gerando tão somente em pensamento
Meu tempo sem defesas, quase alheio,

E o verso se mostrara mesmo alheio
Enquanto a luta fosse desenhada
E nada do que rege o pensamento,
Expressaria além deste momento
Marcado pelo quanto em luta veio
Deixando no final o mesmo nada

A fúria se estampasse neste nada
E o passo que se molda sempre alheio,
Vagando quanto mais o tempo veio
Eu sondo cada sorte desenhada
Nas tramas que se trazem num momento
Roubando o sem sentido pensamento,

E quando na verdade o pensamento
Eclode em solidão e trace o nada
O mundo se anuncia e num momento
A luta tantas vezes desenhada
Encontra no final o quanto veio
Deixando o meu caminho agora alheio

E tanto se anuncia em tom alheio,
O quanto me regesse o pensamento
Marcando com certeza o que inda veio
Trazendo o que pudesse ou mesmo nada,
A sorte no vazio desenhada
Não resta no meu peito um só momento,

E quando em tal momento sigo alheio
Restauro o pensamento noutro veio
E a luta neste nada desenhada...


811
Não mais que meramente a sorte dita
O todo quanto reste neste olhar
E busco sem sucesso inteiro o mar
E a luta noutro instante necessita
Apenas do caminho mais tranquilo
Que possa traduzir o ledo estilo,

A vida se transforma em novo estilo
E a solidão deveras tanto dita
O quanto poderia ser tranquilo
E o quanto se anuncia neste olhar
O todo na verdade necessita
Do raro ancoradouro após o mar.

Ainda sem sentir o quanto o mar
Tramasse com certeza um nobre estilo
O verso tão somente necessita
Ao menos do que a sorte possa e dita
Vagando sem sentido ronda o olhar
E nisto permaneço mais tranquilo,

E quando se presume o ser tranquilo
Resulto no que pude em paz meu mar
E sei do quanto perca neste olhar
E nisto se anuncia um vago estilo
Ousando acreditar no que me dita
A vida quando em paz já necessita.

Olhando e sem saber se necessita
A luta de um momento mais tranquilo
A sorte na expressão que agora dita
O barco que enfrentasse um rude mar
Presume na verdade o raro estilo
Que pude noutro instante ter no olhar,

Ainda que se tente neste olhar
O quanto a sorte mesmo necessita
O verso se encaminha em tolo estilo
Embora se desenhe mais tranquilo
O tempo se perdera neste mar
Que a solidão deveras tanto dita.

A luta nesta dita diz do olhar
Que vendo imenso mar já necessita
Do passo mais tranquilo em raro estilo.


812

Não mais que meramente quis a sorte
Que todo o meu caminho fosse assim,
Principiando a vida pelo fim,
Nascendo do cenário em rude morte,
O preço a se pagar não mais comporta
Sequer o que pudesse além da porta,

A vida noutro tom regendo a porta
E o tempo se desenha nesta sorte
Que tanto quanto o nada se comporta
Vagando no começo sei que assim
Encontro com certeza a paz na morte
Que a vida traz sem traumas já no fim.

O mundo se anuncia e sei do fim
Que bate com firmeza em minha porta
E nisto se pressente a leda morte
Que tanto se desfaz em tempo e sorte
Deixando para trás e sempre assim
O quanto na verdade não comporta,

O mundo que pudesse e não comporta
Tramando sem sentido o quanto ao fim
Grassasse dentro da alma e sei que assim
A luta se desenha e arromba a porta
Negando no final a melhor sorte
Trazendo o quanto reste em medo e morte.

O tanto que pudesse nesta morte
O todo noutro engodo ora comporta
Gerando o que se tente nesta sorte
Tramando este cenário em medo fim,
O tanto que pudesse nesta porta
Expresse a realidade dentro em mim.

O mundo que vivera e traz em mim
A sensação dorida desta morte
Batendo com frequência em minha porta
E nada do tento ora comporta
Sabendo do que possa ter no fim,
Somente a sensação da rude sorte,

E vejo desta sorte o que há em mim,
Vivendo neste fim a própria morte
Que nada mais comporta, abrindo a porta...

813

Jamais pudera crer na salvação
Tampouco me imagino entre as redes
Vagando na masmorra em tais paredes
E nisto ver qual fosse uma lição
A glória envolta em medos decadências
Expressa este apogeu ou a falência,

A vida traz em si esta falência
Do quanto pode ser a salvação
E sinto em plena queda e decadências
A vida sem sentido nestas redes
E tanto quanto possa esta lição
Guardando meus segredos, as paredes,

Ousasse penetrar noutras paredes
E ver a dolorida e vã falência
Que possa nos servir como lição
E sem querer pensar em salvação
Apenas estender as minhas redes
Rondando as tão diversas decadências,

A luta se traduza em decadências
E nisto são diversas as paredes
Mortalhas adentrando feitas redes
Dominam cada face da falência
E o tempo sonegando a salvação
Expressa no vazio esta lição,

A sorte nos ensina esta lição
E das diversas formas, decadências,
Encontre no final sem salvação
A sórdida expressão destas paredes
Enquanto se mostrara em vã falência
Meu sonho se entranhando em rudes redes,

O tanto se traduza nestas redes
E nisto se perceba esta lição
Maior do que pudera uma falência
Envolta pelas tantas decadências
Ousando acreditar entre paredes
Na mais diversa e tola salvação.

Enquanto a salvação estenda as redes
E veja nas paredes a lição
Expresse em decadências tal falência...

814

Não vejo mais saída e nem quero
A vida não se faz tão fácil assim
O mundo se apodera e dentro em mim
O tempo poderia ser sincero,
Agora o que resumo dita a luta
Sem nada que pudesse se mais bruta,

A sorte se anuncia sempre bruta
E o vento traduzindo o quanto quero
Esquece o que deveras tanto luta
E mostra este final mais vivo assim
E sei do quanto possa ser sincero
Traçando o que inda reste agora em mim.

O tanto que se veja e sei que em mim
A vida se fizera sempre bruta
E nisto o quanto possa ser sincero
Expressa a solidão que tanto quero
E vivo sem saber o quanto assim
Encontraria o fim enquanto luta,

A marca mais atroz ditando a luta
O peso sobrecarga sobre mim,
E o tanto que pudesse sempre assim
Na angústia tão feroz enquanto bruta
O mundo que tentasse e sei e quero
Talvez fosse deveras mais sincero.

Meu mundo se pudesse ser sincero
Vencesse no final já qualquer luta
Enquanto uma ilusão decerto eu quero
E vivo esta esperança dentro em mim,
O tanto que se mostre sempre bruta
Ditando o quanto viva, sendo assim.

E sinto que pudesse ser assim
O verso mais amigo e mais sincero
Na marca que se faça e sei tão bruta
Vagando sobre os ermos desta luta
Que tanto se anuncia e vive em mim
Trazendo o que de fato nem mais quero.

A sorte que ora quero sendo assim
Expressa o quanto em mim fosse sincero,
Gerando a mesma luta, amarga e bruta...

815

O mundo não teria novo encanto
Porquanto a própria vida se fez rude
O tempo na verdade em atitude
Expressa o que pudesse enquanto canto,
E vago nos outonos quase invernos,
E sinto bem mais perto os meus infernos,

Olhando tão somente estes infernos
Aonde se tentasse algum encanto
O dia gera enfim os meus invernos
Num tempo tantas vezes bem mais rude
E sigo na verdade no meu canto
Sem ter e sem tomar uma atitude,

O mundo se anuncia em atitude
E vejo tão somente estes infernos
Gerando o que pudesse noutro canto
E nisto o que se mostre sem encanto
Encontra no final o mesmo rude
Caminho aonde tente meus invernos,

O todo se desenha em tais invernos
E neles cada passo, uma atitude,
Marcando o que pudera ser mais rude
E neste desejar os meus infernos,
Enquanto se produza algum encanto
Silenciando enfim o antigo canto.


O todo que moldasse novo canto
E os olhos sem sentido nos invernos
E sei do quanto possa e se me encanto
Encontro no final esta atitude,
Deixando no passado os meus infernos
E singro mares sendo atroz e rude,

Ousando se deveras mesmo rude
Entranho cada instante em novo canto,
E vendo os teus anseios, os infernos
Aonde suplantando vãos invernos
Os dias transformando em atitude
O quanto na verdade nega encanto

O passo sem encanto, tanto rude
O verso em atitude agora canto,
Fazendo dos invernos, meus infernos...

816

Não quero acreditar no que não veio
Sementes espalhadas pelo solo
O sol queimando tudo em raro estio
E o vento me levando para além
Do quanto poderia ser feliz
E a vida se traduz neste jamais.

O mundo se expressando no jamais
E o verso que pudera em novo veio
Encontra a sensação de ser feliz
Tocando com ternura o velho solo
E sei do que pudesse ser além
Do todo desenhado num estio,

E quando se apodera o torpe estio,
O sonho na verdade diz jamais
E o quanto se tentara ser além
De fato com certeza nunca veio
E o peso se transforma e toma o solo
Enquanto eu desejara ser feliz.

Meu mundo tantas vezes mais feliz,
Agora o que se vê resulta estio
Nesta aridez desta alma vejo o solo
E nada mais senão mesmo jamais
Que possa traduzir o antigo veio
E sendo de tal forma nada além.

O mundo sem sentido segue além
Do quanto eu desejara ser feliz
E sinto da esperança o manso veio
Tocado pelas ânsias deste estio,
E o verso se anuncia onde jamais
Encontraria a paz em nosso solo,

O tanto que pudera neste solo,
O mundo se anuncia e sei que além
Do que se tanto dita no jamais
Expressaria um dia mais feliz
E o todo que pudesse num estio
Desfaz o quanto em sonhos sei que veio.

A vida traz o veio e toma o solo
E sei do velho estio e nada além
Pudesse ser feliz? Isso, jamais...

817

Jamais se vendo após a queda, o quanto,
O mundo não traria a sorte atroz
Que ao fim se desenhasse dentro em nós
E nisto se vislumbra o raro encanto
Querendo muito além do que consigo
Nas tramas deste sonho estou contigo,

E sei que quanto possa ora contigo
Vivendo o que pudera e sei do quanto
A vida se transforma e não consigo
Vencer este momento quando atroz
A luta se refaça e sem encanto
O mundo desabasse dentro em nós,

Assim ao perceber o quanto em nós
Pudera ser além do que contigo
Percebo e me apodero deste encanto
Que tantas vezes dita e sei do quanto
Pudera ser diverso e mesmo atroz
Ousando no que possa e até consigo.

O tempo na verdade se consigo
Expressaria o mundo dentro em nós
E sei do dia a dia mais atroz
Nas tramas que entranhasse ora contigo
E nisto este desenho diga o quanto
Expresse tão somente o raro encanto,

O mundo se traduz em ledo encanto
E sei do que se mostre e não consigo,
E se talvez o mundo trace o quanto
Encontro na verdade e sei que em nós
O todo se transforma e traz contigo
O fato que pudesse ser atroz,

Apenas sendo assim bem mais atroz
O verso que tentasse num encanto
Expressa o que se faça ora contigo
Embora na verdade eu não consigo
O todo se transforma e sei que em nós
A vida não seria quando e quanto...

O verso dita o quanto fosse atroz
O mundo quando em nós tramasse encanto
E mesmo não consigo estar contigo.

818

Não sinto esta vontade de seguir
Em meio às vãs borrascas e procelas
No quanto com certeza tu revelas
O amor não mais seria o que há de vir,
Apenas solidão e nisto vejo
O mundo que preparo em tal lampejo,

O sonho se mostrara num lampejo
E o quanto se deseja além seguir
Expressa na verdade o que inda vejo
E mesmo se traçando em tais procelas
O todo quanto possa e se há de vir
Encontra a solidão que enfim revelas,

As horas entre tantas já revelas
E sei do meu anseio num lampejo
O tanto que pudera e que há de vir
Expressa a solidão quando a seguir
E nisto se tramassem mil procelas
Enquanto este vazio agora eu vejo.

O tanto que deveras sei que vejo
Encontra na verdade e já revelas
O mundo que se mostre além procelas
E tanto se aproxima num lampejo
O que pudera tanto ora seguir
E nisto o meu cenário sinto vir.

O tanto que pudesse enquanto o vir
E no final dos sonhos o que vejo
Talvez já não consiga mais seguir,
E sei que tanto quanto me revelas
Expressa a sensação feita em lampejo
Tomando sem sentido tais procelas.

A sorte que deveras diz procelas
O verso no cenário que hei de vir
Toando as melodias num lampejo
Traçando o que em verdade tento e vejo
E nisto esta emoção que me revelas
No tempo após o tempo a me seguir,

O sonho que eu seguir dita procelas
E sei no quanto vir o que revelas
Trazendo o que ora vejo num lampejo...

819

A vida se anuncia de tal forma
Que nada mais pudesse ser diverso
E quando noutro rumo agora eu verso
O tanto que tivesse não informa
Somente a solidão bate na porta
E o sonho se tivesse, a vida aborta.

Ainda quando a solidão aborta
Uma esperança feita de tal forma
Que possa traduzir além da porta
A sólida expressão onde diverso
Do quanto poderia e não informa
Encontro a solidão de cada verso,

O passo se transforma e neste verso
O todo sem sentido toma e aborta
Vagando sem poder o quanto informa
Trazer esta emoção em rude forma
O medo que decerto é tão diverso
Traduz o quanto encontre além da porta

A sorte ser transpondo dita a porta
E traz a solidão de cada verso
Enquanto se pudera ser diverso
O gesto de esperança tanto aborta
E sigo sem saber da nova forma
Enquanto este vazio a vida informa,

O tanto que pudesse quando informa
A luta noutra senda em rota porta
O mundo na verdade não tem forma
E o canto renuncia ao velho verso
E sei desta expressão que enfim aborta
O quanto se deseja mais diverso,

O todo se presume tão diverso
Do tanto que tentasse e nada informa
Enquanto o mundo em sonhos traz e aborta
O todo se transforma em rude porta
E o peso já sentido deste verso
Resume o que a palavra agora forma.

E sendo de tal forma o ser diverso
Do quanto agora verso e não se informa
Da tosca e velha porta, o sonho aborta...


820
Um medo tão somente rege o passo
E trago o que pudesse e não mais queira
A sorte quando a visse costumeira
Marcando com terror cada compasso,
Espero no final a leda ajuda
Da sorte tão feroz enquanto aguda,

A face mais atroz e sei aguda
O mundo noutro instante quando passo
Ainda que se tente alguma ajuda
No fundo na verdade nada queira
E sei do que pudera em tal compasso
Gerando a mesma luta costumeira,

Vagando sem saber da costumeira
Noção em desvario, tanto aguda,
O quanto se traduza no compasso
Ou mesmo resumindo cada passo
Aonde o que se possa ou tanto queira
Expressa no final a rude ajuda

A luta se desenha e sem a ajuda
Da mesma senda audaz e costumeira
O todo que em verdade tanto queira
Expressa a solidão de fato aguda
E o marco feito em rude e mero passo
Expressa a solidão deste compasso.

E quando com certeza este compasso
Tramasse a solidão em rude ajuda
O todo se traduza neste passo
Que possa nesta sorte costumeira
Trazer esta emoção de fato aguda
Ainda quando a luta não mais queira

E o todo desenhando o quanto queira
Vagando nos anseios de um compasso
Trazendo a minha sorte mais aguda
E nela o que pudera em rara ajuda
Tramasse a solidão tão costumeira
Gerando no final um novo passo.

O tanto que ora passo e quanto queira
A sorte costumeira num compasso
Ousasse numa ajuda mais aguda...

821

Ainda que se perca qualquer chance
A vida num nuance se apresenta
E sei da solidão que me atormenta
Enquanto a imensidão do não avance,
Versando sobre a luta tanto inglória
A sorte se fizera merencória

A vida tantas vezes merencória
Ao menos resumisse a velha chance
E nisto se desenhe tão inglória
A luta que deveras se apresenta
E sei do quanto a dor enquanto avance
Proponha o que no fim sempre atormenta,

A senda mais sublime me atormenta
E sigo o dia a dia em merencória
Noção do que pudesse e se inda avance
Tomando da alegria qualquer chance
Mostrasse o que de fato se apresenta
Moldando a velha luta tanto inglória,

O passo rumo ao quanto fosse inglória
A vida noutra face que atormenta
Marcando o quanto pode e se apresenta
Na face tão cruel e merencória
A vida se presume em nova chance
Ainda que o vazio agora avance

O tanto que pudesse e não avance
A sórdida expressão que tanto inglória
Marcasse este caminho em rude chance
E nisto outra verdade me atormenta
E sei da solidão tão merencória
Que possa e com certeza ora apresenta.

A vida de tal forma se apresenta
E nisto cada dia mais avance
Marcando a luta rude e merencória
E tanto quanto possa dita a chance
Marcando o que pudera e me atormenta
Negando da esperança qualquer chance,

E sei da velha chance que apresenta
O quanto me atormenta enquanto avance
Trazendo a velha chance, merencória...

822

O mundo se transforma totalmente
Enquanto tento apenas outra sina
Diversa do que possa e se destina
E o todo quando a vida em paz já sente.
Procuro algum instante e nele a luz
Que tanto nos conforma e nos seduz,

E o tempo que de fato já conduz
Ao quanto se moldasse totalmente
Expressa muito além da mera luz
Que dita na verdade a nossa sina
E o todo se desenha enquanto sente
O tanto quanto o sonho nos destina.

O mundo traz a sorte onde destina
O passo que pudera e nos conduz
Ao tanto que se quer e mesmo sente
O mais se transformasse totalmente
E tanto quanto possa e molde a sina
Que possa permitir a imensa luz,

A luta se fazendo e sem a luz
Que tanto quanto tenta e se destina
Grassando o quanto viva em sorte a sina
Que possa transformar e nos conduz
Ao todo que se veja totalmente
E ao quanto em tanto brilho a vida sente.

O tanto se pudesse enquanto sente
Ou mesmo prenuncia a forte luz
Que possa nos tocar e totalmente
Expresse o quanto teima e se destina
Vagando enquanto o lume nos conduz
Gerando na verdade a nossa sina,

A sorte desenhada, em clara sina,
O mundo dita o quanto agora sente
E sabe cada passo e assim conduz
Grassando com ternura a força e a luz
E nisto o sonho além já se destina
Ao quanto poderia totalmente,

O mundo totalmente em rara sina
Expressa o que destina e também sente
O quanto a bela luz além conduz.

823

Ainda quando vejo após o sonho
O dia amanhecendo em tons diversos
Vagando pelos tantos universos
Onde em verdade o tanto ora componho,
Vestindo esta esperança em liberdade
Meu canto sem temor além invade,

O tanto que pudesse enquanto invade
O muito quanto vejo em raro sonho,
Vestindo a imensidão da liberdade,
Caminho entre cenários mais diversos
E tanto quanto possa a paz componho
E sigo pelos vários universos,

A sorte se desenha em universos
Aonde poderia e o tempo invade
Moldando o quanto quero e até componho
Grassando imensidão a cada sonho,
E nisto vejo os tempos mais diversos
Vivendo a mais completa liberdade,

O amor se traduzisse em liberdade
E nisto ao perceber os universos
E neles outros tantos mais diversos
O quanto da esperança agora invade,
Marcando com ternura cada sonho
E nisto o quanto possa e em ti componho.

O passo sem temor onde componho
O mais sublime canto em liberdade,
E disto trago apenas o que sonho
Gerando na verdade os universos
Enquanto a fantasia agora invade
Nos passos tão sublimes quão diversos.

Os dias se fazendo tão diversos
No quanto poderia e até componho
Vagando sobre o tanto que ora invade
Moldando dentro da alma a liberdade
E nisto os meus anseios e universos
Eclodem neste instante quando sonho,

O tanto deste sonho em tons diversos
Decerto em universos já componho
E sei que a liberdade então me invade...

824


Não queira ser apenas o que a vida
Expressa e na verdade não traria
Encontre com firmeza a fantasia
E nela se perceba em paz sentida,
A luta não desdenha quem combate
Tampouco noutro tempo nos resgate,

A sorte se desenha em tal resgate
E nisto se desdenha inteira a vida
E o quanto poderia num combate
Deveras noutro tom nada traria
E sei da sensação tanto sentida
Que possa nos moldar a fantasia.

O quanto se transforma em fantasia
O todo que pudera e nos resgate
Da sorte tantas vezes já sentida
E nisto se tramasse a própria vida
Gerando o que deveras nos traria
A sorte decidida em tal combate,

E quanto mais presuma este combate
O medo noutro tom em fantasia
Expressa o quanto rude nos traria
A senda sem saber qualquer resgate
E tendo em minhas mãos a rude vida,
Promessa inutilmente em vão sentida.

E quando a negação fora sentida
Nos ermos da expressão que ora combate
Traduza a solidão de nossa vida
E nisto o que pudesse em fantasia
Gerando sem sentido este resgate
Enquanto a solidão já se traria,

O passo sem sentido me traria
A luta que se mostre ora sentida
Tentando acreditar neste resgate
Que possa transcender qualquer combate
E sei do quanto possa a fantasia
Tramar a solidão em plena vida...

Assim a minha vida não traria
Sequer a fantasia mais sentida
Enquanto em vão combate amor resgate...

825

Apenas aprendesse o quanto tente
A vida noutro passo ser diversa
E quando na esperança o tempo versa
Expressa o que ora busca mais frequente,
E o vento nos levando para aonde
O tempo com ternura tanto esconde,

O mundo com certeza não esconde
O todo que deveras mesmo tente
Sanando cada passo quando aonde
O todo se pudesse em luz diversa
Ainda que esperança em paz frequente,
Meu mundo para o teu, amada, versa.

E sei do quanto a sorte tanto versa
Grassando enquanto o tempo ora se esconde
E nisto o que pudesse e até frequente
Talvez noutro momento mesmo tente
Gerar o que se expressa na diversa
Vontade que não nem mesmo aonde,

O tanto quanto outrora fora aonde
O mundo sem saber do que inda versa
Gerindo esta expressão rude e diversa
E nela toda a sorte agora esconde,
Vagando sem sentido o quanto tente
Traçando um dia rude e tão frequente,

Erguendo o quanto a vida ora frequente
E trame sem sequer saber aonde
Nem tanto quanto o tempo teime e tente
Ou lute na expressão que agora versa
E quando a solidez em paz se esconde,
A sorte não seria enfim diversa,

A vida noutra face mais diversa
O mundo que se dera e se frequente
Ainda que pudesse e não se esconde
Sabendo desde quando fosse aonde
O todo sem sentido agora versa
Teimando contra a fúria que ora tente.

E sei do quanto tente em tez diversa,
Na luta que ora versa e se frequente
Moldando desde aonde o amor se esconde...








826
Ouvindo o mar bramindo em noite atroz
As brumas invadindo este horizonte
A lua desejada não desponte
Apenas o momento mais feroz,
E o canto se perdera sem sentido,
No tempo tantas vezes esquecido,

Meu canto que pudera ora esquecido,
O sonho num momento mais atroz
E sei do quanto vague sem sentido
E nada se aproxima no horizonte
E tanto se desenhe mais feroz
E nisto nada mais tente e desponte.

O sonho desde quando não desponte
Marcando com ternura este esquecido
Caminho desdenhoso e mais feroz
Grassando sobre o mundo tão atroz
Que possa desenhar neste horizonte
O quanto se tomasse sem sentido,

O tempo que perdera algum sentido
O verso no final nada desponte,
E sei do caminhar neste horizonte
E nisto cada passo ora esquecido
Encontra no que pudesse ser atroz
Gerando o tom mais rude e sei feroz.

O mundo se percebe mais feroz
Enquanto se desfaz qualquer sentido
E nisto sendo a vida sempre atroz
O tempo noutro engodo já desponte
E o canto pelos cantos esquecido
Negando no final este horizonte,

E quanto nebuloso um horizonte
Moldando a farsa rude e mais feroz
E nisto o verso trama este esquecido
Momento sem saber qualquer sentido,
E nisto tão somente o que desponte
Encontra a farsa rude e mais atroz.

O quanto fosse atroz este horizonte
No passo que desponte mais feroz,
Algum nobre sentido ora esquecido...

827

Mergulho nesta clara fantasia
E bebo toda a luz que me trouxeste
No quanto a própria vida fora agreste
Uma esperança nova se recria
E gera o quanto queira ser feliz
Tramando o que deveras tanto eu quis,

E sei quando em verdade o que ora quis
Pudesse transformar a fantasia
E nisto o que se faça mais feliz
Encontra cada sonho que trouxeste
E o mundo de tal forma se recria
Deixando este passado atroz e agreste...

O tanto se tentara quando agreste
O sonho no final já nada quis
E o tempo tão somente se recria
No quanto poderia em fantasia
Grassar cada caminho que trouxeste
E nisto me deixar bem mais feliz,

O mundo que se molde mais feliz
E deixe para trás o tempo agreste
E sei do quanto possa e mesmo quis
Enquanto nova luz tu me trouxeste
E nesta maravilha em fantasia
O verso com ternura se recria,

O tanto que esperança ora recria,
O canto mais audaz, mesmo feliz,
O mundo na esperança fantasia
Embora a sorte seja tão agreste
O quanto em luzes claras me trouxeste
Expressa esta emoção que eu sempre quis,

E tendo o que deveras tanto quis
O vasto caminhar a luz recria
E o tempo que de fato me trouxeste
Gerando o quanto possa ser feliz,
Enfrenta a tempestade mais agreste
E nisto a alma livre fantasia,

A vida fantasia o quanto eu quis
Deixando o mais agreste, luz recria,
Traçando o ser feliz que enfim trouxeste...

828

Não quero ser apenas o que outrora
Vivesse sem sequer uma esperança
A vida noutro passo enquanto avança
A sorte sem sentido desancora
E sigo a imensidão do que pudesse
Trazer outra alegria, mas me esquece.

O tanto que se tente e já se esquece
Marcando o quanto houvera desde outrora
E nisto novo passo inda pudesse
Tingir o céu inteiro em esperança
No verdejar meu sonho desancora
E o tempo em mansidão suprema avança,

No tanto que se perca e não avança
A sorte que decerto enfim se esquece
Marcando o que de fato desancora
Gerando o quanto quis e desde outrora
O todo na vigência da esperança
No canto mais sutil que inda pudesse,

O mundo na verdade não pudesse
Gestar o quanto quer e sei e avança
Tocando com ternura esta esperança
Que possa na verdade enquanto esquece
Trazer esta emoção de desde outrora
Apenas no meu mundo desancora.

A luta sem sentido desancora
E versa sobre o todo que pudesse
Gerando o que se tente desde outrora
E quanto a luta volta e tenta e avança
Mergulho no caminho onde se esquece
As marcas mais sutis de uma esperança.

O mundo que tramasse uma esperança
Aos poucos feito um barco desancora
E gera o que deveras já se esquece
Tramando o quanto queira e não pudesse
Enquanto a vida apenas segue e avança
Marcando cada engano desde outrora,

O quanto fosse outrora uma esperança,
O verso quando avança desancora
O todo que pudesse e nunca esquece...

829

Não mais se poderia ter apenas
Os olhos tão cansados desta estrada
Cumprida sensação levando ao nada
Enquanto na verdade me condenas
E sendo de tal forma o que se tente
O mundo noutro passo não se assente,

A luta se desenha enquanto assente
Vagando sem sentido ao léu apenas
E nisto o quanto possa e mesmo tente
Encontra no final a mesma estrada
E sinto que de fato me condenas
Ao que inda poderia ser o nada.

A luta traduzindo o velho nada
Que tanto no passado ainda assente
O sonho enquanto sei quanto condenas
E nisto caminhante segue apenas
As tramas enredadas nesta estrada
E noutro desenhar já nada tente.

O quanto da esperança agora tente
Versando sobre o mesmo rude nada
O todo se entranhando nesta estrada
Que possa noutro tempo e não assente
Riscando o quanto veja sendo apenas
O que de fato trazes e condenas,

Assim enquanto ao nada me condenas
O verso se anuncia ou mesmo tente
Depois do que pudesse ser apenas
A farsa contumaz o mesmo nada
Deixando que o vazio agora assente
A luta sem sentido desta estrada.

E quando se deseja nova estrada
Ou mesmo pouco importe se condenas
A sorte que deveras tanto assente
E mesmo no vazio sempre tente,
Enquanto traduzisse o mesmo nada
Trouxesse o quanto possa, mesmo apenas...

E sei do quanto apenas nesta estrada
O dia feito em nada e me condenas
No quanto tanto tente o pó que assente...

830

Encaras cada fato como a luta
Infaustos são comuns e disto eu sei,
Não posso e nem de fato esquecerei
Do quanto se deseja e se reluta
A senda mais audaz dita a batalha
Enquanto a voz mais mansa além se espalha.

O passo que deveras tanto espalha
O que se moldaria após a luta
No quanto se resume esta batalha
Expressa esta verdade que ora sei
E quando não se tente nem reluta
O amor jamais em paz, esquecerei.

E sei do que decerto esquecerei
Nas vagas ilusões enquanto espalha
Ao vento a sensação que não reluta
Enquanto a própria sorte tanto luta
Marcando o que decerto agora eu sei
E tanto o coração tenta e batalha,

A vida não seria esta batalha
Não fosse o que de fato esquecerei
Ousando acreditar no quanto eu sei
E sinto que a verdade em vão se espalha
Marcando com ternura o quanto luta
E nada nem ninguém ora reluta.

O mundo noutra face se reluta
Jamais enfrentaria esta batalha
E tanto quanto a sorte também luta
Encontra na verdade esquecerei
E quanto mais a vida além se espalha
Maior o grande amor que agora eu sei.

O tanto se permite enquanto sei
Do verso que deveras não reluta
A sorte pela senda ora se espalha
E o verso superando esta batalha
Entoa o que jamais esquecerei
Marcando com ternura enquanto luta,

A sorte quando luta e disto eu sei
Jamais esquecerei, pois já reluta,
E o vento não espalha a vã batalha...

831

Aponto com meus olhos o horizonte
Querendo pelo menos algum trilho
Que possa traduzir o imenso brilho
Aonde esta esperança agora apronte
E vejo tão somente o quanto a vida
Espera noutra sorte, presumida.

A luta que se faça presumida
Tomando já de assalto este horizonte
E nisto quanto possa a própria vida
Vagando sobre o tanto que ora trilho
De fato no momento em quanto apronte
Expresse o quanto tento em rastro e brilho,

Espero na verdade o quanto brilho
E sigo a mesma senda presumida,
Na sorte que domina o que se apronte
Gerando dentro da alma este horizonte
E quando muito além dos sonhos trilho
Encontro finalmente a minha vida,

Ainda quando veja a sorte em vida,
Ainda quando tente o novo brilho.
A senda mais audaz que agora trilho
Na sorte tantas vezes presumida,
E sei do quanto trace no horizonte
Meu mundo que se faça e em luz se apronte,

O tanto que pudera e já se apronte
Trazendo com certeza o bem da vida,
O mundo se anuncia no horizonte
E vejo esta emoção em raro brilho,
Tateio uma esperança presumida
Enquanto em anseio agora eu trilho,

E vejo na verdade o imenso trilho
Que possa traduzir o quanto apronte
Cenário desta sorte presumida
Na luta mais audaz que dite a vida
E neste caminhar decerto eu brilho
No olhar que toma além todo horizonte.

E sinto no horizonte o raro trilho
E sei do quanto o brilho agora apronte
Na sorte feita em vida e presumida...

832
Ausente do que possa ser assim
Não tendo mais a sombra deste medo
Que tanto quanto invade e ora procedo
Vagando sem sentido até o fim,
Meu mundo se desenha no vazio
E bebo solidão e desvario,

Ao menos se pudesse em desvario
Trazer o quanto vivo e sei que assim
Encontro na verdade este vazio
E nele tantas vezes sigo o medo
Que possa traduzir em ledo fim
O tanto que defina onde procedo,

O caos e neste infausto ora procedo
Marcando com terror o desvario
Expressa o que pudesse neste fim
Gerar o quanto resta e sendo assim,
O todo programando qualquer medo
Encontra no final o ser vazio,

E tanto se mostrara no vazio
O mundo onde decerto eu mal procedo
O verso se mostrando em tédio e medo
Bebendo goles fartos, desvario,
E sei do que pudesse sempre assim
Traçar o quanto levo e sei do fim,

O tanto que tentara amor sem fim,
O canto noutro passo diz vazio
E o verso se desenha sempre assim,
Na forma mais atroz que ora procedo
Gerando tão somente o desvario
Marcado pelo caos do imenso medo.

E nada do que possa em tanto medo
Trazer o que restasse até o fim,
E neste caminhar em desvario
O todo se pressente no vazio
E quando de tal forma ora procedo
Encontro o que restara ou quase assim,

O mundo sendo assim dita este medo
E quando em vão procedo encontro o fim
E sei deste vazio em desvario...

833

Não mais que meramente fiz o verso
Que tanto não pudera te agradar
Sabendo da incerteza de um lugar
Enquanto sigo inútil o universo,
Vagando sem sentido e sem ter nexo,
O mundo se fizera mais perplexo,

E quanto se anuncia assim perplexo
Trazendo o que deveras tanto verso
Expresso sem saber do farto nexo
Que possa na verdade ora agradar
Marcando cada face do universo
Sem ter sequer qualquer mero lugar,

E tendo no vazio o meu lugar
Anseio pelo tempo onde perplexo
Rondando cada parte do universo
Pudesse com certeza nalgum verso
Ousando tantas vezes te agradar
Ainda que não veja qualquer nexo,

O mundo se presume e deste nexo
Que tanto poderia em tal lugar
Gerando o quanto anseio te agradar
Marcando este sentido tão perplexo
E nisto se desenha qualquer verso
Além do que já vira no universo,

Meu mundo se aproxima do universo
E tanto se resume nalgum nexo
O quanto se encontrara neste verso
Que tanto desejasse algum lugar
E embora se presuma mais perplexo
Pudera mansamente te agradar,

O tempo aonde tente ora agradar
A sorte desdenhosa do universo
Que possa mesmo quando ora perplexo
Trazer o que se mostre em rude nexo
E tanto se quisera em tal lugar
Viver esta expressão em manso verso,

Enquanto agora verso a te agradar
A vida sem lugar neste universo
Meu mundo sem ter nexo vai perplexo...

834

Meu canto não trouxera algum alento
Tampouco poderia ser feliz
Quem busca no final o quanto eu quis
E sigo sem sentido exposto ao vento
A vida no final trama o jamais
Enquanto se desenham temporais

E vejo dentre tantos temporais
Meu todo num anseio em raro alento,
E nisto o que pudera ser feliz
Expressa o que se tente no jamais
E sei do quanto possa e nunca quis
Ousando na verdade além do vento,

O mundo se anuncia em rude vento
E tanto quanto possa em temporais
Trazer o que de fato eu tanto quis,
E nisto se anuncia novo alento
E noutro caminhar sigo o jamais
Tentando pelo menos ser feliz.

O quanto se pudera ser feliz
Gerando na expressão do manso vento
O todo que transforme sem jamais
Traçar na minha vida temporais
E o canto que se mostre como alento
De fato na verdade nunca quis,

O marco deste sonho que ora quis
O verso mais audaz e mais feliz
Expressa na certeza o raro alento
Tocando com firmeza o próprio vento
E sem temer sequer os temporais
Tramasse o que inda resta no jamais.

E quando se percebe no jamais
O todo que de fato bem mais quis
Ousando contra tantos temporais
Eu possa me sentir tanto feliz
E nisto o que eclode neste vento
Traria ao sonhador algum alento.

E sei que deste alento sem jamais
Viver os temporais e ser feliz,
Fazendo deste vento o meu alento...

835

Meu mundo se apresenta de tal forma
Que nada valeria mesmo o encanto
Quando deveras tento e até garanto
A sorte quantas vezes seja a norma,
Meu canto sem sentido agora impede
Do todo que deveras se concede,

A luta que transforma e me concede
O tempo que pudesse de tal forma
Tramar o que deveras nos impede
De ter esta beleza em raro encanto
E nisto sigo enfim a rude norma
Que tanto quanto tente ora garanto,

A vida no vazio ora garanto
E sei do quanto a sorte se concede
Marcando o que pudera ser a norma
Gerando no vazio a rude forma
Que tanto se queria em claro encanto,
Porém o dia a dia, adia e impede,

O tempo na verdade nada impede
Sequer o que se tente e não garanto
O mundo se gerasse neste encanto
Que a solidão deveras me concede
E o tempo desenhando a rude forma
Traduz a solidão qual fosse a norma,

A vida segue enfim a rude norma
E toda esta ilusão decerto impede
O canto que pudesse em nova forma
Enquanto na verdade não garanto
Sequer o que alegria me concede
Sequer o que pudesse quando encanto,

Meu tempo desafia o rude encanto
E bebe a solidão, qual fosse norma,
O todo na incerteza se concede
E o vento mais diverso agora impede
O quanto sem certezas eu garanto
E a noite em trevas tantas hoje forma,

A vida de tal forma em rude encanto
Expressa o que garanto em leda norma
E o quanto nos impede em vão concede...

836

Jogado sobre as pedras deste cais
O verso se anuncia em decadência
A vida se procura e sem essência
Encontra tão somente este jamais,
Ousasse acreditar no que não veio
Vivendo tão somente em tom alheio,

O todo que pudera sendo alheio
Ao mundo sem sentido em rude cais
Expressa a solidão enquanto veio
E nisto se desnuda a decadência
Da vida sem saber sequer jamais
O todo que pudera em sua essência,

A luta na verdade em vaga essência
Espalha pelos céus e sigo alheio
Tentando crer apenas que jamais
Encontraria além de novo o cais
E nisto a sorte trama a decadência
Do quanto na verdade nunca veio,

E sigo da esperança o ledo veio
E sinto a solidão em rara essência
No todo se vislumbra a decadência
Do tempo mais fugaz e sei alheio
Aonde imaginasse haver um cais
Encontro tão somente este jamais,

Repouso mansamente sem jamais
Saber o quanto tente e mesmo veio
O mundo sem descanso, porto ou cais,
A luta na verdade em rude essência,
O marco se mostrasse mais alheio
E nisto a mais completa decadência,

O tempo se anuncia em decadência
E vejo sem destino o que jamais
Pudesse caminhar e sendo alheio
Ao quanto poderia e nunca veio
Marcando desde sempre a rude essência
Matando o que pudesse ser um cais.

Ausente deste cais em decadência
Buscando numa essência o que jamais
Deveras também veio, sigo alheio...

837

Não mais que meramente a sorte dita
O quanto se acredita trace a paz
O mundo que deveras nada faz
A luta se tornara mais aflita
Resumo cada verso no vazio
E bebo a solidão, sendo sombrio,

O prazo que se mostre mais sombrio,
A rota dimensão da velha dita
Marcando o que pudera ser vazio
E nisto sonegando a plena paz,
A sorte que se mostre mais aflita
No fundo com certeza nada faz,

O todo que pudera e não se faz
A sorte deste tempo mais sombrio
A luta a cada instante mais aflita
O tempo que pudera e nada dita
E a senda desenhada em rara paz
Agora revolvendo este vazio,

O canto tantas vezes mais vazio,
O medo que decerto tanto faz
E o preço a se pagar negando a paz
E nisto com certeza sou sombrio,
Trançando a sorte atroz e nesta dita
Minha alma sem sentido segue aflita

O quanto poderia mais aflita
A luta sem sentir neste vazio
O tanto que se tente e nada dita
O pouco que esta sorte trama e faz
O mundo que se fez hoje sombrio
Negasse no começo a própria paz.

Procuro tão somente pela paz
E sei da farsa atroz e sempre aflita
O mundo se fizera mais sombrio
Gerando no caminho este vazio
E a luta que deveras tanto faz
Expressa com tormento a nossa dita...

E tanto quanto dita a própria paz,
O mundo que se faz em luta aflita
Redunda num vazio tão sombrio...


838

Eu quero a melhor sorte em teu olhar
Bebendo da alegria que me trazes
Embora na verdade tantas fases
Explicam a inconstância do luar
O tempo tanto possa em guerra ou paz,
Ao sonho sem limites já se faz.

O quanto inda pudera e agora faz
Tramando com ternura o raro olhar
E desta maravilha feita em paz
Encanto com certeza tu me trazes
E vago sem destino no luar
Inebriado sonho em raras fases.

O mundo que traduza as tantas fases
E nisto a sorte imensa ora se faz,
Marcando com ternura este luar
Que possa relembrar o belo olhar
Que tanto num instante tu me trazes
Gerando dentro da alma a imensa paz.

O tanto que se veja em plena paz,
O mundo presencia tantas fases,
E nelas o que possa e sei me trazes
No todo mais suave que se faz
O tempo que desenha neste olhar
A imensidão de um raio de luar

A sorte se desenha no luar
Que possa traduzir em plena paz
O todo que se veja neste olhar
Da deusa ora desnuda em raras fases
E o mundo que decerto em paz se faz
Espelha com certeza o que me trazes.

O sonho mais feliz enfim me trazes
E nele sigo os rastros do luar
Imensa claridade ora se faz
Gerando na verdade além da paz
O todo que pudesse nestas fases
Traçar cada momento em tal olhar,

E quando em teu olhar tu já me trazes
Imensidão das fases do luar,
A vida em plena paz ora se faz...

839

Já não me caberia acreditar
Sequer nas tantas trilhas que deságuam
Nas vagas ilusões e no final
Expressam o vazio que carrego,
Sentida solidão encontra um eco
No vasto deste mundo a se entregar.

E quanto mais pudesse me entregar
E mesmo noutro sonho acreditar,
O tempo se redunda e quando em eco
O todo diz dos sonhos que deságuam
Marcando cada instante onde carrego
O verso que se fez hoje o final,

O canto se transforma e no final
O tanto que pudera me entregar
Expressa a solidão que inda carrego
Embora já não possa acreditar
Nas tantas ilusões que oram deságuam
Gerando no vazio um frágil eco,

O medo se anuncia e fosse um eco
Que tanto permitisse outro final,
As águas da esperança já deságuam
Aonde eu quis somente me entregar
Nas lutas onde eu possa acreditar
No todo que decerto inda carrego,

O passo no caminho onde carrego
O sonho que se fez além deste eco
E nisto o quanto possa acreditar
Expressa o quanto quero no final
E noutro delirar ao me entregar
Os olhos no vazio não deságuam.

Os cantos que pudessem e deságuam
No todo que deveras eu carrego
Vagando sem sentido a se entregar
Ouvindo no infinito a voz em eco,
Marcando cada passo no final.
Sem nada em que pudesse acreditar.

No quanto acreditar sonhos deságuam
E vejo no final o que carrego
E a voz recobra este eco ao se entregar...

840

Não mais se apresentasse a sorte enquanto
Meu mundo não tivesse a pretensão
De ser além de mero ou mesmo vago
Tramar o que pudera em nova sorte,
A luta sem caminho não descansa
E o verso mata logo uma esperança.

Ainda quando vejo esta esperança
Na luta sem saber sequer enquanto
O mundo se moldara e não descansa
Enquanto alimentasse a pretensão
De ter noutro segundo a melhor sorte
Que possa mesmo quando em vão eu vago,

O tempo sem defesas quando vago
Tramasse pelo menos a esperança
E quando na verdade a rude sorte
Encontra noutro passo o tempo enquanto
Mergulho sem temor na pretensão
Do mundo que deveras não descansa,

A sorte se desenha e não descansa
Gerando outro caminho enquanto vago
Tentando com certeza a pretensão
De ter no olhar somente esta esperança
Que traça meu anseio e por enquanto
Domina sem temores minha sorte.

O tanto que pudera de tal sorte
Encontra a mansidão e ali descansa
Vagando sem temores sei que enquanto
Gerasse o que deveras tento e vago
Bramisse no final em esperança
E nisto se mostrasse a pretensão,

O tempo tendo sempre a pretensão
De ser o quanto rege nossa sorte
Desenha desde sempre esta esperança
E nisto este caminho ora descansa
Depois de um tempo enorme e nele vago
Sabendo ou desenhando, por enquanto,

O todo dita enquanto a pretensão
Marcasse o sonho vago em nobre sorte
O amor sempre descansa na esperança...


841
Ainda que se faça desta vida
O quanto não pudera ser além,
Meu mundo com certeza não mais vem
E deixa sem sentido a despedida
Desejos tão diversos que apresento
No engodo mais comum, o sofrimento;

E sei do que pudera em sofrimento
Alçar além do quanto houvesse em vida
E nisto sem sentido ora apresento
O quanto se deseja e mesmo além
Do todo que pudera em despedida
E nada com certeza eu sei e vem.

Pudesse traduzir o quanto vem
E nisto não teria o sofrimento
Que possa preparar a despedida
De quem se fez diverso nesta vida
E sabe que prossegue agora além
Do quanto se tentasse e me apresento,

O mundo aonde agora me apresento
O rústico caminho cedo vem
E sei do quanto possa e mesmo além
Do dia mais sutil em sofrimento,
A sorte desdenhosa de uma vida
Prepara no final a despedida.

O quanto se fizesse em despedida
O vento na verdade eu apresento
Marcando feramente a minha vida
Enquanto uma saudade nunca vem,
E sei do meu anseio e sofrimento
E neste dia a dia sigo além.

Ainda que pudesse estar além
Do quanto se fizera em despedida
O tempo resumindo em sofrimento
O todo que deveras apresento
E sei que na verdade não mais vem
Deixando para trás o que foi vida,

Assim a minha vida segue além
Do quanto ainda vem em despedida
E nisto ora apresento sofrimento...

842

O mundo não traria nem sequer
O todo que pudesse desejar
Nas tramas onde tanto quis amar
E o tempo se moldara onde puder,
O preço a se pagar já não suporta
Uma alma que se esconde atrás da porta,

E quando se vislumbra desta porta
O todo que deseje e até sequer
Momento que pudera e não suporta
Vagando sem saber ou desejar
O todo que deveras mais puder
Encontra todo o bem enquanto amar.

O tanto que pudesse sempre amar
E o verso mais audaz encontra a porta
E nela o que deveras mais puder
E nada do que fora em paz, sequer,
Ao menos poderia desejar
E nisto nem a sorte se suporta.

O muito que esperança ora suporta
Esconde o quanto pude em vão te amar,
E o tanto que tentasse desejar
Agora se trancando atrás da porta
Sem ter uma vontade além, sequer,
Trazendo tudo o quanto inda puder,

O mundo que se tenta e se puder
Vivesse a sensação de quem suporta
Vencer a solidão e sem sequer
Saber da imensidão do tanto amar
Abrindo da ilusão a velha porta
Que possa na verdade desejar.

O mundo se tentasse desejar
O todo que deveras mais puder
Trazendo na esperança a mesma porta
Que a vida noutro tom sempre suporta
E busca a maravilha de te amar
Sem ter um sofrimento além, sequer...

A luta sem sequer o desejar
Quisesse mais amar quanto puder
E nisto além suporta, abrindo a porta.


843

Numa avidez que possa me traçar
Os ermos de um momento tanto inglório
O canto se fizera merencório
Sem nada que buscasse aliviar,
A sorte desenhada no vazio
Enfrenta este cenário ora sombrio,

O quanto se mostrara mais sombrio
Impede qualquer sonho de traçar
O tanto que se faça mais vazio
E gere o caminhar que sendo inglório
Jamais pudesse enfim aliviar
O tempo que se mostre merencório,

O verso mais suave ou merencório
O tempo mais atroz e mais sombrio,
O quanto da esperança a aliviar
Pudesse noutro instante ora traçar
O todo sem sentido ou mesmo inglório
Caminho sem por que ledo e vazio,

E quando se apresente no vazio
O tanto quanto fora merencório
O rumo se mostrara tão inglório
E nisto o que se faça ora sombrio
Trazendo esta verdade a se traçar
Impeça o quanto possa aliviar.

Meu mundo não tentasse aliviar
O quanto se desenha em tom vazio
E sei do que teimara ora em traçar
Vagando sob um céu que merencório
Gerasse o que pudesse mais sombrio
E nisto se fizesse tão inglório.

O tanto que pudera ser inglório
O quanto deveria aliviar
Gerando dentre tantos o sombrio
Caminho que se mostre mais vazio
E neste rumo tolo e merencório
Apenas ilusão a se traçar.

Pudera então traçar tal rumo inglório
E mesmo merencório aliviar
O todo mais vazio e tão sombrio.

844

Não quero ser apenas o motivo
De toda esta vontade que não veio
E o prazo se reduz e quando alheio
Ao todo na verdade ora me privo,
Acordo solitário em noite vã
Sem ter sequer a luz de uma manhã,

A vida se desenha sem manhã
E sei do que pudesse e me motivo
Tentando mesmo quando a sorte é vã
Grassar nesta esperança, raro veio,
E quando do que sou já não me privo,
O tempo se traduz em tom alheio,

Meu mundo se mostrara então alheio
Ao quanto se tentara na manhã
Buscando o que deveras tanto privo
E mesmo se mostrando algum motivo
O sonho tão depressa quanto veio
Demonstra a solidão diversa e vã.

Ainda quando a sorte se fez vã
Ou mesmo meu caminho fosse alheio
Ao todo que pudera quando veio
Nas tramas tão diversas da manhã
O mundo se desenha sem motivo,
E mesmo da esperança ora me privo.

E quando de tal forma enfim me privo
A vida se desenha sempre vã
E nisto se moldando algum motivo
Que possa traduzir o sonho alheio
Ousando penetrar nesta manhã
Que tanto traça a luz enquanto veio,

O tanto que se mostre quando veio
O canto mais audaz e jamais privo
Meu sonho de viver cada manhã
Enquanto na verdade a sorte é vã
E sigo mesmo estando mais alheio
Ao todo que pudera em bom motivo,

E tanto me motivo neste veio
Ousando num alheio rumo e privo
A sorte quando é vã de outra manhã.

845

O verso se fizera de tal modo
Que nada poderia me negar
A chance de sonhar e ser feliz
Enquanto esta esperança fosse minha
A luta não cessasse um só instante
E sigo cada passo em teu caminho,

Ao lado de quem amo ora caminho
E sinto esta expressão que a grosso modo
Traria o meu anseio num instante
E nada mais pudesse então negar
O quanto da ilusão se fez tão minha
E posso ser então bem mais feliz,

O canto que se mostre mais feliz
O verso se moldando no caminho
Enquanto a solidão que fora minha
Agora se transforma e noutro modo
Pudesse tão somente me negar
O que se mostra sempre noutro instante,

Ainda que se veja num instante
O mundo que eu quisera tão feliz
Ousando na verdade sem negar
O quanto inda pudesse e em tal caminho
Vagando sem temor e deste modo
Viver esta emoção que é tua e minha,

A vida na verdade se fez minha
E sendo o que pudera num instante
Vestindo de tal forma cada modo
Do tempo mais ardente e mais feliz
Viceja o que desejo em meu caminho
E nada mais pudesse enfim negar,

O tanto que se trace sem negar
A sólida expressão da luta, minha,
E nisto com certeza ora caminho
Vivendo o meu anseio neste instante
E sei do que pudera ser feliz
Traçando cada passo do meu modo,

O tanto neste modo sem negar
Do quanto sou feliz na sorte minha
Que dita neste instante este caminho.

846

Cerzindo o quanto quero e não temesse
Ainda nos teares da ilusão
Vagando sem destino sem temores
Audaciosamente quero a vida
E nada do que possa se anuncia
Deixando para trás o que mais busco,

O tempo na verdade sei que busco
Ou mesmo noutro passo o que temesse
Marcando o quanto a vida ora anuncia
Deixando no passado esta ilusão
Que possa transformar inteira a vida
Gerando tão somente tais temores.

E agora que se perde em vãos temores
O todo quanto queira e mesmo busco
Gritando com furor a bela vida
E sei que de tal forma não temesse
Sequer o que se faça em ilusão
E a morte noutra esquina ora anuncia,

O verso mais sutil tanto anuncia
E forma a sensação e sem temores
Encontro além de toda esta ilusão
O sonho que deveras tento e busco
Sem nada quanto ainda em vão temesse
Gerando no final o bem da vida,

O passo se transforma e rege a vida
Que na verdade tanto se anuncia
E sei quando se pode e não temesse
Sequer o que traçasse em teus temores
Vivendo tão somente o que ora busco
Reinando sobre nós tanta ilusão,

O mundo dita a sorte em ilusão
E sei do quanto possa a nossa vida
E tendo com certeza o quanto busco
A luta na verdade me anuncia
O todo sem rancores ou temores
Negando o quanto mesmo até temesse

E sei que se temesse esta ilusão
Entrando nos temores de uma vida
Enquanto se anuncia o quanto eu busco...

847

Não mais que poucas vezes nesta sanha
A luta desenhada não viera
E sei do quanto possa esta pantera
A velha solidão que agora entranha
E gera tão dorida sorte e rude
Caminho que deveras nunca pude,

O tanto que se estranha e sei e pude
Viver a solidão em minha sanha
Enquanto este cenário se faz rude
O tempo com certeza não viera
Trazendo o quanto na alma a luz entranha
Marcando com ternura esta pantera,

A sóbria decisão, linda pantera,
Em negritude mostra o quanto pude
Viver a maravilha que me entranha
Ousando muito além e desta sanha
A vida configura o que viera
Deixando no passado o medo, rude.

E quantas vezes sinto ser tão rude
O verso que tocasse esta pantera,
Divina criatura e já viera
Trazendo muito além do que já pude
Viver em sensação sublime sanha
Que em sonho pelo menos ora entranha,

A vida que deveras tanto entranha
O coração que outrora fora rude
Explode ora diverso nesta sanha
E trama com magia esta pantera,
Corcel do que deveras posso e pude
Vibrar no quanto a luz em paz viera.

E tendo esta emoção que enfim viera
E nela a sorte adentra e quando entranha
Expressa esta ilusão e nela pude
Deixando no passado o ser mais rude
E bebo cada passo da pantera
E nisto se desenha a minha sanha,

A vida traz na sanha o que viera
E sei desta pantera aonde entranha
Embora um sonho rude, além eu pude...

848

Marcasse cada passo de tal jeito
Que nada se traria contra nós
O verso mais audaz, ou mais atroz.
O sonho que pudera ser perfeito
E tanto quanto quero e me desvendas
A sorte se anuncia em belas sendas,

Ousasse penetrar em claras sendas
E sei do meu caminho e deste jeito
Tramando muito além do que desvendas
Encontro o que procuro vivo em nós
E sei do quanto amor se faz perfeito
Negando qualquer passo mais atroz.

O mundo quando fora tanto atroz
E a luta nestas toscas, ledas sendas,
As sortes que traduzem o perfeito
Caminho que deveras deste jeito
Expressa esta harmonia viva em nós
E sei que na verdade tu desvendas,

O tanto que se quer e já desvendas
O mundo que se perde outrora atroz
E o canto se moldando dentro em nós
Num passo mais sublime em belas sendas
Vivendo cada instante deste jeito
Buscando o que pudera ser perfeito.

O canto que se mostre mais perfeito
O todo na verdade ora desvendas
E sei do caminhar em manso jeito
E nada do que possa ser atroz
E nisto se adivinham belas sendas
Vivendo em harmonia dentro em nós.

O tanto que pudera vivo em nós
Gerasse este momento mais perfeito
E sei das expressões e tantas sendas
Enquanto este caminho ora desvendas,
Marcando o que pudesse ser atroz
Tocando a nossa vida deste jeito,

E quando de tal jeito vejo em nós
O quanto fora atroz, hoje é perfeito,
Assim tu já desvendas outras sendas...


849

Ainda se fizera do passado
A sombra do futuro que não vem
E sei que na verdade o ser ninguém
Presume o meu caminho, mesmo errado,
E tento noutro passo ou noutra sorte
O que deveras seja bem mais forte,

E quando se aproxima o ser tão forte
Que mude totalmente o já passado
Ousando na verdade em rude sorte
Traçando o que de fato jamais vem,
O dia se moldasse e sendo errado
Caminho se desvenda no ninguém,

O tanto que se faça do ninguém
Um passo quando possa ser mais forte
Trazendo o que deveras fora errado
Ou mesmo desvendando o meu passado
No tanto que decerto quando vem
Domina o dia a dia em rude sorte,

O prazo se findara em tanta sorte
Que nada não traduza mais ninguém
E o verso se mostrando quando vem
Tramasse esta expressão deveras forte
Gerando o que pudesse do passado
E nisto sei o quanto estou errado,

O peso de um momento aonde errado
Tentasse na verdade melhor sorte,
O canto desafia o meu passado
E sinto que deveras sou ninguém
E o medo se transforma e se sou forte
Meu canto na verdade nunca vem,

E sinto que deveras quando vem
O tempo se anuncia mesmo errado
E o tanto que se faça bem mais forte
Transporta o que pudesse noutra sorte
E gera o que vivesse sem ninguém
Marcando com terror o meu passado,

O tanto já passado não mais vem
E sei que sem ninguém andei errado
E minha leda sorte foi mais forte...



850

Enquanto a vida trace o quanto pude
Viver em plena sorte ou mesmo até
Grassando com a fúria da maré
Tentar o reviver da plenitude
E nada se moldara invés da luz
Que possa e na verdade em vão me opus

E quando noutro tempo ora me opus
E sei do quanto em sonhos mesmo pude
Viver a imensidão já feita em luz
E nisto poderia mesmo até
Sentir desta emoção a plenitude
Num auge sem igual desta maré.

O tanto se anuncia e da maré
O passo se refaz e se opus
Encaro com certeza a plenitude
E tanto quanto outrora não mais pude
Sentir esta alegria e sendo até
O todo que se perde em franca luz,

O mundo desdenhasse em mim a luz
E nesta imensidão rara maré
O tempo se desenha e sei que até
A sorte que em verdade tanto opus
Gerasse muito mais do que ora pude
Trazendo no final a plenitude,

O todo se anuncia em plenitude
E sei do descaminho e bebo a luz
E nada do que tente ou mesmo pude
Vagasse sem destino na maré
E o passo quando aquém eu já me opus
Gerasse o que se tente além e até.

O tanto que pudesse ser até
O mundo em mais diversa plenitude
O corte dita o fato ao qual me opus
E nisto se tramasse imensa luz
E sei da solidez desta maré
Vencendo o quanto queira e não mais pude.

Ainda quando pude e vivo até
A luta na maré diz plenitude
Enquanto à própria luz enfim me opus...


851

O tempo não bastaria ao que desejo
Nem mesmo o quanto possa acreditar
Jogado pelos cantos, num lugar,
Que possa se tornar tão malfazejo,
A sombra de um passado renascendo
E o quanto se percebe um tanto horrendo.

Olhando para trás o ser horrendo
Marcando pelas tramas de um desejo
Aos poucos tão somente renascendo
E nisto quando possa acreditar
Encontro o mesmo tempo malfazejo
Que ocupe da esperança o seu lugar.

O tempo sem ter nexo nem lugar,
O fato de se crer num fátuo e horrendo
Cenário demarcado em malfazejo
Momento onde se entranha o que desejo
E deixa que se possa acreditar
Na velha sensação, pois renascendo.

O tanto que se fora renascendo
Aonde se quisera algum lugar
E nisto o quanto pude acreditar
Expressa o ser que sou cruel e horrendo,
E nisto cada sonho que desejo
Retrato de um anseio malfazejo.

O tempo tantas vezes malfazejo
A sorte entre demônios renascendo
E o quanto poderia e até desejo
Não deixa o que se veja, algum lugar
E sei do meu retrato, rude e horrendo,
No tanto que se negue a acreditar.

O quanto se deseja acreditar
Ainda num futuro malfazejo
O tanto que pudesse ser horrendo
Aos poucos noutra face renascendo,
O mundo se mostrara em vão lugar
Marcado pelas ânsias de um desejo,

E sei do que desejo acreditar
Tentando algum lugar; mas malfazejo,
O tempo renascendo em mar horrendo...

852

Meu verso não mais tendo algum espaço
Marcado pelas dores e terrores
De quem se fez outrora em mil amores
E veja agora o fim em mundo escasso,
E quando passa tempo sem ter descanso,
Sequer um passo além agora avanço.

E o quanto inda pudera e sei que avanço
Tentando ter quem sabe um manso espaço,
O verso se mostrara e do descanso,
Fazendo tão somente tais terrores
O quanto fora outrora mais escasso,
Expressa a solidão dos meus amores

A vida poderia em tais amores
Traçar outro cenário e nele avanço,
Mas sei do quanto possa ser escasso
O tempo sem sentir sequer espaço,
E sigo nesta face meus terrores
Enquanto noutro passo não descanso,

O tempo dita a sorte e não descanso
E sinto em tal presença os tanto amores
Que outrora desfiaram seus terrores
Enquanto noutro passo sempre avanço
Lutando por algum suave espaço,
Porém este cenário é tolo, escasso,

Ainda que se mostre agora escasso,
O mundo quando busco algum descanso,
O tanto que se vive sem espaço
O quanto se perdera sem amores,
E nesta solidão enquanto avanço
Encontro em meu espectro mil terrores.

O sonho se expressara nos terrores
E neles noutros dias sigo escasso
Buscando onde de fato não avanço
E sei não mais teria algum descanso
E sei que envolto em tolos vãos amores
Meu mundo se perdendo sem espaço,

O quanto deste espaço diz terrores,
O sonho mais escasso e sem amores
Decerto agora avanço e não descanso...

853

Jamais acreditei que poderia
Vencer os meus antigos desafetos
Em rumos tão diversos e incompletos
A vida se refaz em fantasia
E vejo simplesmente o que se possa
Traçar esta esperança que não veio,

Apenas solidão agora veio
E nela com certeza eu poderia
Viver o que deveras não mais possa
Em dias tão temíveis e em desafetos
Ainda quando a vida fantasia
Os sonhos são deveras incompletos

Os passos entre rumos incompletos
Somente este vazio, traça o veio,
E sei do quanto teime a fantasia
Vagando entre o que tanto poderia
E vendo agora tantos desafetos
No fundo nada mais ainda possa.

O todo que eu queria e nunca possa,
Os ritos tantas vezes incompletos
E sei dos meus temores, desafetos
Enquanto no final a morte veio
Ousando muito mais que poderia
Tornando sem sentido a fantasia.

Meu mundo na verdade fantasia
E mesmo que jamais um sonho possa
Explode no que tanto poderia,
E segue em rumos vários incompletos
Tentando prosseguir no mesmo veio
Exposto aos mais diversos desafetos.

Assim ao perceber os desafetos
Marcados pela rude fantasia
O tempo se resume ao que não veio
E mesmo que talvez um tempo possa
Os olhos vagam sonhos incompletos
E nada mais deveras poderia,

O quanto poderia em desafetos
Em dias incompletos, fantasia,
Ditando o que inda possa, mas não veio...

854

O sonho mais atroz e mesmo rude
A noite que se fez em dores tantas
E as vagas esperanças pelas ruas
Encontram solitárias madrugadas
Aonde mais quisera alguma paz.
Apenas o vazio tão mordaz,

O passo que se dera então mordaz
No campo desnudado, amargo e rude,
Ainda que se busque a plena paz
As desventuras sei que foram tantas
Avançam pelas noites, madrugadas,
Tomando sem defesas tantas ruas,

Os olhos a vagarem pelas ruas
O canto mais atroz e tão mordaz
A sorte se perdendo em madrugadas
O quanto pude agora ser tão rude,
E sei das ilusões deveras tantas
E nelas já não vejo mais a paz.

Aonde desejara ter a paz
Enfrento as noites turvas nestas ruas
E sei das horas vagas que são tantas
Enquanto o meu sorriso ora é mordaz,
Nos dias onde fora tosco e rude
Ousasse procurar as madrugadas,

Apenas entranhasse em madrugadas
Depois do que pudera sem a paz
No dia mais cruel, amargo e rude,
A sorte se desenha em vagas ruas
E o tempo se mostrando mais mordaz,
Enquanto estas tristezas fossem tantas.

As noites solitárias que são tantas
Prenunciando vagas madrugadas
O tempo se transcorre e sem a paz
O passo molda a vida que é mordaz
Num tempo sem sentido pelas ruas
Aonde uma esperança fora rude.

O canto sempre rude em noites tantas
Das várias madrugadas busco a paz,
Um vento tão mordaz invade as ruas...

855

Não mais que meramente acreditei
Nas tramas contumazes da saudade
E o verso sem sentido ou sem descanso
Ousando na esperança mais cruel
Cansado de lutar em dia vão
Expressa no final o restara;

Ainda que minha alma; aquém, restara,
O tempo, enquanto nele acreditei,
Tornara este desejo agora vão
E trama tão somente esta saudade
De um dia que não fosse tão cruel
Ou mesmo aonde possa ter descanso,

Ousando caminhar e não descanso,
O mundo sob a fúria enfim restara
Deixando este cenário mais cruel
E nele com certeza acreditei,
Vagando nos anseios da saudade
Num mundo sem defesas, mesmo vão.

O tanto que se faça agora vão.
O quanto se renega num descanso,
O verso dita a sorte da saudade
E o que inda na verdade não restara
Espera muito além que acreditei,
Marcando este momento mais cruel,

A sorte se desenha então cruel
E o tempo se mostrara sempre em vão,
E nisto se tão pouco acreditei,
Espero pelo menos um descanso,
No quanto com certeza me restara
O tanto se expressasse sem saudade,

A vida que pudera na saudade,
Trazer além do passo mais cruel
E mesmo que se mostre o que restara
Coleto cada parte sempre em vão
E quando mesmo aquém não mais descanso,
No nada enfim jamais acreditei,

E quando acreditei nesta saudade
Marcada em tom cruel, nada restara,
Nem mesmo o quanto em vão quero um descanso...


856

Não sei e não pudera ter nas mãos
Os dias que se foram sem ter mais
O quanto poderia e não teria
Quem tanto se fizera sonhador,
As ânsias mais diversas, medo e pranto,
No encanto sem caminho em mágoa e dor,

O todo se desenha em rara dor,
E trago solitárias minhas mãos
E nisto se anuncia além do pranto
O quanto poderia e muito mais,
O verso se mostrando sonhador
Deveras outro passo não teria.

E sei da solidão que inda teria
Gerada simplesmente pela dor,
No rumo deste encanto, um sonhador,
Que possa muito além e tem nas mãos
O quanto desejara e sempre mais
Ousando sem sentido qualquer pranto.

O todo se desenha neste pranto
E se
i que na verdade o que eu teria
Expressa esta saudade e até bem mais
Do quanto se tramasse em mera dor,
Os dias se esvaindo em minhas mãos,
Meu canto sem limites, sonhador.

O tanto que se faça sonhador
Encontra no final o medo e o pranto
Trazendo na certeza destas mãos
O mundo mais atroz em tanta dor,
E nisto todo o sonho que eu teria
Reedita na verdade o nunca mais,

E sei do quanto possa e muito mais
Traçando cada passo, um sonhador,
O mundo na verdade não teria
Senão cada incerteza feita em pranto,
E nisto se moldasse toda a dor
Que ainda trago presa em minhas mãos,

Os dias, minhas mãos, e muito mais,
O tempo feito em dor, o sonhador,
Que apenas mero pranto enfim teria...



857

Jamais imaginasse qualquer forma
Diversa de tentar alguma sorte
Que possa traduzir e me permita
Viver o quanto quero e não perceba
A luta se traçando a cada engodo
E o mundo sem sentido, em desengano.

O tanto que pudesse em desengano,
O mundo noutro tom jamais se forma
E o caos ao se tornar um novo engodo
Renega o quanto houvera em melhor sorte,
E sei do que deveras não perceba
Quem tanto ao novo tempo se permita.

A vida na verdade não permita
Sequer o que pudesse em desengano
E quando na verdade não perceba
Da sórdida expressão a rude forma
E sei que no final a melhor sorte
Encontra tão somente um novo engodo.

O mundo se desenha em raro engodo
E sei do desvario que permita
O todo que se faça além da sorte
E nisto o quanto trague o desengano,
E sinto uma vontade quando forma
Meu peito na emoção que não perceba,

E a luta mansamente se perceba
Ousando muito mais que mero engodo,
E nisto todo o tempo em rude forma
Tentando imaginar o que permita
De um mundo que desenha em rara sorte
Além do que tivera em desengano.

O canto se anuncia em desengano
E tanto quanto possa e se perceba
O medo se resume nesta sorte
Que mostre no final o rude engodo
E sei do quanto a vida enfim permita
E o tanto que se molda em rude forma,

A vida de tal forma é desengano
E tanto se permita e se perceba
O rude e ledo engodo desta sorte...


858

Não tento acreditar no que se faça
Diverso do que um dia pude crer
Nas ânsias mais audazes do caminho
O tempo ora realça o nada ser
E vago sem sentido pela vida
Sentindo o tempo aquém do que devia,

O mundo na verdade não devia
Sentir o quanto possa nem se faça
Errático cometa pela vida
E nisto tão somente possa crer
O tanto que se faça em novo ser,
Deixando mil pegadas no caminho,

O tanto que deveras eu caminho
Expressa muito mais do que devia
E sei do quanto mesmo possa ser
Quem sabe o que procura e nada faça
Senão esta ventura aonde crer
Na sorte mais sensata feita em vida.

O mundo se anuncia e sei que a vida
Na qual deveras tento e ora caminho
Encontra o que pudesse mesmo crer
E sei que no final jamais devia,
Marcando cada anseio que se faça
Trazendo o quanto tente e busque ser.

O todo que entranhasse no meu ser
A sorte noutra face dita vida,
E sei do que pudesse e não se faça
No tanto quando tente no caminho
E sei que no final já não devia
E nisto mal pudera amada crer.

Jamais no fim eu possa mesmo crer
E sei da desvalia deste ser
Que tanto quanto tente e assim devia
Tramar outro cenário em minha vida,
Marcando com terror este caminho
E nele nada mais ora se faça,

O quanto já se faça e possa crer
Encontra no caminho o que irei ser
Vivendo minha vida qual devia...

859

São versos, nada mais, e sigo só,
Jamais imaginasse companheira
Que tento na incerteza o novo dia
Pudesse caminhar em noite vaga
Traçando a cada passo outro sentido
Marcada pelos tons desta esperança.

O mundo não permite uma esperança
A quem durante a vida fosse só
E sigo sem saber qualquer sentido
A noite minha amiga e companheira
Enquanto a lua some ou mesmo vaga
Aguarda a claridade de outro dia...

O mundo que se perca a cada dia
A vida sem sentido ou esperança
A luta se desenha e quando vaga
Encontra o que se fez agora só,
E sinto esta saudade, companheira,
Tomando sem defesas meu sentido,

O tanto que pudesse ser sentido,
O verso renovado a cada dia,
A lua velha amiga e companheira
Ousando nas tramoias da esperança
Andando pela vida sempre só,
O pensamento apenas solto vaga.

O quanto da palavra fosse vaga
E o medo ruminando este sentido
O tempo se desenha e mesmo só
Não possa revelar sequer um dia
Aonde se vivendo uma esperança
Procure pela paz, qual companheira.

Não vejo a verdadeira companheira
Nem mesmo que se faça rude ou vaga,
O tempo se perdera na esperança
De ter em minha vida algum sentido
E sei que na verdade cada dia
Expressa o quanto sigo amargo e só,

O tanto se fez só e a companheira
Trazendo em cada dia a sorte vaga
No mundo sem sentido ou esperança...

860

Jamais imaginasse qualquer passo
Aonde reste apenas o vazio,
Enfrento os temporais, mas tudo em vão,
O canto se perdera sem sentido
Na noite mais atroz e tão brumosa
Crepuscular caminho solitário,

O quanto me fizera solitário
E sei do que deveras tento e passo,
Marcante sensação da alma brumosa
Vagando em tempo escuso e tão vazio
Quisera ter ao menos um sentido,
Porém o quanto vejo é sempre em vão.

O verso se mostrara sempre vão
Num rude caminhar tão solitário
E sei do que pudera sem sentido
E o tempo que deveras tento e passo,
Na noite se trazendo este vazio
Na sorte mais atroz e sei brumosa.

O mundo dita a sorte mais brumosa
E sei do meu caminho agora em vão
E tanto quanto veja no vazio
O passo se moldara solitário,
E nisto o quanto resta ou mesmo passo
Não deixa que se tenha algum sentido.

O tempo na verdade sem sentido
A sorte que se fez leda e brumosa,
O verso sem destino em ledo passo,
O caminhar não cessa e segue em vão,
Enquanto sigo apenas solitário
Olhando para o céu rude e vazio

O mundo mais atroz se faz vazio
E o quanto se imagina sem sentido
Expressa este caminho solitário
E nele a vida segue mais brumosa
O dia se mostrara sempre em vão
E a noite sem sentido algum eu passo,

Ainda neste passo mais vazio,
O tempo sempre em vão e sem sentido
A vida é tão brumosa e eu solitário...

861

Não mais se perderia qualquer passo
Nas noites entranhadas pelo caos
E sei dos dias quando mergulhasse
Vagando sem sentido e sem razão
As lutas dizem versos sem valia
E o tempo se transforma em tez sombria,

A vida que se queira ora sombria
No fundo não permite novo passo,
E sei do que vivesse e não valia
Sequer outro momento, ledo caos,
O mundo desvendando esta razão
Apenas no temor já mergulhasse,

E quando em sortilégios mergulhasse
Galgando a sorte amarga e tão sombria,
Do todo que pudera em tal razão
O mundo noutro instante dita o passo
E vejo o que se trama neste caos
Deixando para trás qualquer valia,


Meu passo sem segredos não valia
Sequer o que pudesse ou mergulhasse
Na solidão ditada pelo caos
E nesta farsa amarga e sei sombria,
Meu mundo se traduza noutro passo
E nisto eu perderia uma razão,

Ainda quando vejo sem razão
O tanto quanto a vida ora valia
O todo no caminho passo a passo,
Ainda que sem rumo mergulhasse
Marcando a vida rude e tão sombria
Na marca mais mordaz deste ermo caos.

O mundo se anuncia em pleno caos
E vejo sem sentido e sem razão
A sorte tantas vezes mais sombria
E nela o que deveras já valia
Encontra aonde em nada mergulhasse
A turva sensação de um novo passo,

E sei que quando passo encontro o caos
E sinto mergulhasse sem razão
No quanto ora valia a voz sombria...

862

Marcasse com temor o que viera
Gerando noutro encanto o dissabor
O mundo que se fez em tanta luz
Agora se perdera sem ter paz,
O verso se desenha no jamais
E o canto sem saber não mais se entoa,

A vida que deveras sonho entoa,
E gera além do quanto inda viera
Tocando com terror o que jamais
Gerasse nada mais que dissabor,
E vendo este caminho em pura paz
Renego o quanto houvera em farta luz.

O mundo não teria qualquer luz
E o som do que deveras longe entoa
Encontra a solidão e nega a paz
Enquanto tão somente inda vier
Marcando com terror e dissabor
O que se desejara ser jamais,

O todo que se mostre num jamais
Encontra na ilusão fonte de luz
E bebe o mais temível dissabor
E nada do que fosse meu entoa,
Vagando seja como inda viera
Na solidão expressa sem a paz;

Pousando nas entranhas de uma paz
A sorte que no fundo diz jamais
Ao tanto quanto possa inda viera
Bebendo com fartura a rara luz
E o verso na verdade agora entoa
O quanto se pudesse em dissabor,

Meu mundo feito em mágoa e dissabor,
O tanto desta ausente e rude paz,
O quanto se vencesse ainda entoa
A luta sem saber quanto e jamais
Pudesse traduzir a rara luz
Que inutilmente em sonhos já viera.

O quanto ora viera em dissabor
Gerando após a luz a turva paz
E sei quando jamais o sonho entoa...


863

Não quero que se veja a melhor face
Da vida emoldurada no vazio
Tampouco poderia em claridade
Tocar este infinito sem sentir
O vento que moldando o novo dia
Tramasse a poesia que procuro,

Sabendo que em verdade o que procuro
Eclode num momento em rude face
O tanto que pudera noutro dia
Agora traduzisse este vazio
Que possa noutro fato a se sentir
Trazer ou renegar a claridade.

O passo sem sentido e claridade,
Ditando esta verdade onde procuro
Viver o que pudesse ora sentir
E ter noutro momento a mesma face
Que trame este tormento onde vazio
Encontro a sordidez de um novo dia,

E sei que na verdade o dia a dia
Impediria a plena claridade,
Mas quando se imagina no vazio
Além do que deveras mais procuro,
O mundo se transforma em nova face
E passo algum futuro enfim sentir,

O tanto a se pensar e se sentir
Ousando na incerteza de outro dia
Grassando sobre o quanto mostre a face
Que possa traduzir em claridade,
O quanto com denodo ora procuro
Marcando o meu anseio mais vazio;

E tanto que se possa no vazio
Vencer o quanto a vida faz sentir,
Vagando sobre as hordas que procuro
O tanto se revela em torpe dia
E sei do que pudera em claridade
Mostrando com certeza a rude face.

A vida traz na face este vazio
Que negue a claridade a se sentir
E tanto trace o dia que procuro...

864

O mundo se tentasse e mesmo assim
O verso não traria a solução
Eu vejo o trem passando e nada veio
Somente este receio de um futuro
Que possa na verdade ser aquém
Do quanto com certeza ainda quero,

Sentindo tão somente o quanto quero
E sigo o meu destino sempre assim
Vivendo da esperança muito aquém
E nada mais resulta em solução
Senão outro momento sem futuro
E sei do que em verdade jamais veio.

O quanto poderia e nunca veio,
O todo se anuncia enquanto o quero
Marcando sem sentido este futuro
E sinto a minha vida sempre assim
E quando se proponha muito aquém
Do que inda me trouxesse em solução.

Apenas no vazio a solução
E sei do caminhar em rude veio
E nesta dimensão embora aquém
Vagando sobre o tanto que hoje quero
O todo se renega e sempre assim
Já não concebo mais qualquer futuro

O tanto que pudera num futuro
Tramasse o que desejo em solução
E sei do quanto possa ser assim
O mundo quando o sonho agora veio,
Marcando o que pudesse e mesmo quero
Vagando dos caminhos sempre aquém,

O quanto se mostrara mesmo aquém
Do que restara mesmo de um futuro
O todo noutro instante quando o quero
Marcasse com sorriso a solução
E sei da sensação que agora veio
Tomando este cenário todo, assim.

E quando fosse assim prossigo aquém
Do tanto que inda veio sem futuro,
Negando a solução do quanto quero...

865

Jamais imaginasse qualquer dia
Ou mesmo alguma cena mais atroz
E nisto inda retarde o meu caminho
Vagando sem sentido e sem proveito,
O tanto que pudera e não aceito
Expressa a morte em plena sincronia,

O verso se detendo em sincronia
O sonho que deveras dia a dia
Mostrasse o que em verdade não aceito
E siga meu caminho mesmo atroz,
Errático momento sem proveito
Tomando sem sentido este caminho.

O mundo aonde agora em vão caminho,
Tramasse noutro sonho a sincronia
E sei do que pudesse em tal proveito
Marcando a solidão a cada dia,
O verso se mostrara mais atroz
Enquanto esta verdade eu não aceito,

O mundo sem anseios hoje aceito
E bebo o que pudesse no caminho
E singro o mar dorido e tanto atroz
E nele sem saber da sincronia
Apenas vasculhando novo dia
O tempo se resume sem proveito.

O quanto desta sorte traz proveito
E o tempo na verdade não aceito
E gera o que pudesse em claro dia
Além deste cenário em vão caminho,
O todo que pudera em sincronia
Expressa a solidão demais atroz.

O mundo se desenha tanto atroz
E nada do que possa mais proveito
Aonde se buscara em sincronia
O verso com certeza não aceito
E vejo a solidão quando caminho
Tentando no final um novo dia

A vida neste dia é mais atroz
E sei do meu caminho sem proveito
Não tendo no que aceito, sincronia...

866

Já não concordaria com tal fato
Tampouco poderia ser feliz
Se eu vejo o quanto tente uma esperança
Vagando pelas noites, solidão,
Errático cometa dita a sorte
E a morte nos transforma a cada instante,

O quanto se pudesse num instante
Viver o que deveras trace um fato
O mundo se moldando de tal sorte
Que nada me fizesse mais feliz,
O passo traduzindo solidão,
Gerasse no final uma esperança.

O quanto se fizera em esperança
O verso que procure num instante
Ou mesmo dominando a solidão
O quanto se mostrasse neste fato
Que possa me fazer muito feliz
Ou renegar deveras minha sorte.

O tanto que se faça desta sorte
E nela não transpire uma esperança
Que tanto se me fez ontem feliz
Agora modifica e num instante
Desenha a mais dorida solidão,
E nisto o que se veja traça o fato.

A vida traz em fato a velha sorte
Ousando em solidão uma esperança
Que possa noutro instante ser feliz...

867

Meu canto se perdendo no jamais
Enquanto o verso dita uma promessa
A vida sem sentido e sem razão
O caos dentro do peito me atormenta
E sei do quanto possa na verdade
Quem vive sem sossego em temporais,

O mundo desfilando em temporais
O quanto poderia ser jamais
E dita o que se queira na verdade
Vagando pelos ermos da promessa
E nisto o que decerto ora atormenta
Encontra no vazio esta razão,

A luta se desenha sem razão
E o passo enfrentaria temporais
Enquanto na verdade esta tormenta
Expressa o quanto fora o ser jamais,
Ainda que se tenha tal promessa
Não vejo nem sequer qualquer verdade.

O mundo desenhando esta verdade
E nela não se vendo uma razão
Enquanto a solidão dita a promessa
O sonho enfrentaria os temporais,
E nada do que possa ser jamais
Agora se presume na tormenta,

O tanto que pudera esta tormenta
E nisto não se vendo uma verdade
O tanto possa o ser jamais
Encontra na verdade outra razão
E sei do que pudesse em temporais
Viver além do passo em vã promessa

O tanto que pudesse esta promessa
Vencer qualquer fantasma ou tal tormenta
O quanto me entranhasse em temporais
No tempo mais atroz de uma verdade,
Marcando sem sentido e sem razão
O todo que se molda no jamais...

E sendo assim jamais esta promessa
Ousando na razão, leda tormenta,
E sei desta verdade em temporais...

868

O tempo se fizera mais cruel
E sei do quanto possa noutro passo
Vencido pela dor deste momento
Aonde o quanto pude não se faça
Além da solidão que não cessara
Marcando o que sequer pudesse além,

O tanto que tentasse mesmo além
Do rito tantas vezes mais cruel,
O sonho com certeza não cessara
E quando na incerteza além eu passo,
Tocando o que se possa num momento
A vida noutro enredo ora se faça.,

O todo se desenha enquanto faça
Meu mundo que procure mesmo além
Vagando na beleza de um momento
O tanto que pudesse ser cruel
O medo que deveras dita o passo,
Apenas na verdade não cessara,

Assim enquanto a luta ora cessara,
O medo se traduz e nada faça
Somente o descaminho aonde passo
Marcando com ternura o quanto além
Do dia mais audaz, mesmo cruel,
Trazendo na verdade este momento,

O tanto que se queira num momento
Expressa tão somente o que cessara
Marcando o que decerto o ser cruel
Expresse e na verdade não se faça
A luta aonde o tempo dita além
O mundo sem firmeza trama o passo,

E sei do quanto pude e neste passo
Vivera pelo menos um momento
E sinto que viera sempre além
O quanto na verdade não cessara
Do todo que decerto ora se faça
O mundo se anuncia mais cruel,

O quanto ser cruel ditasse o passo
E sei do que se faça num momento
E a vida não cessara. Eu sigo além...


869

Os olhos embotados nada vêm
Somente a mesma tétrica ilusão
Marcando este horizonte a cada dia,
E nada do que eu possa doravante
Bebesse em goles fartos o que há tanto
Sentisse a sensação que enfim impera.

O medo de tal forma a vida impera
Enquanto novos tempos sempre vêm,
Tramando o que se mostre neste tanto
E vivo tão somente esta ilusão,
Marcando o quanto possa doravante
Trazendo a imensidão de um claro dia,

A sorte modelasse em cada dia
O todo que deveras quando impera
Expressa o que inda sinto e doravante
O mundo se mostrara enquanto vêm
Os olhos no vazio da ilusão
O quanto se desenha noutro tanto,

A vida desenhasse e deste tanto
O tempo se transforma e o mesmo dia
Marcando com terror esta ilusão
Que tanto dominando agora impera
E sei dos dias duros que inda vêm
Toando o que restasse doravante,

O mundo transformando doravante
O quanto se mostrara neste tanto.
E sei das emoções que agora vêm
Reinando sobre a sorte a cada dia,
E nisto o que deveras sei que impera
Ultrapassasse enfim esta ilusão,

O mundo se presume em ilusão,
Mas pondo os pés no chão, vou doravante,
Vivendo o quanto possa e não impera
A fantasia audaz e neste tanto
O passo noutro instante, em claro dia,
Expressa outros momentos que inda vêm,

As horas quando vêm numa ilusão
Marcando doravante o que ora impera
Regendo noutro tanto o dia a dia...

870

Não quero e nem pudesse ter de fato
A sorte que se fez audaz ou rude
E sei do quanto tente e mais pudera
Vencido companheiro do vazio,
Ousando na esperança que não trace
Sequer o que pudera em noite clara,

Meu mundo envolto em lua imensa e clara
O canto se desenha neste fato
E bebo do que possa e mesmo trace
A luta sem saber o quanto é rude
O mundo se moldara no vazio
E nisto novo encanto enfim pudera.

O tanto que meu mundo em vão pudera
Traçar a sorte imensa e mesmo clara
Na solidez que trama este vazio
E vence cada passo noutro fato,
Vagando num momento atroz e rude
O verso sem sentido a vida trace.

O quanto se deseja e tanto trace
Além do decerto inda pudera
Gerando o caminhar em sorte rude
Envolta na expressão feroz e clara
Tramando na verdade um novo fato
Que gere com terror outro vazio,

Meu mundo se anuncia mais vazio
E sei do que deveras tanto trace
O senso mais comum em raro fato
Aonde esta verdade em paz pudera
Deixando esta certeza bem mais clara
Do quanto se fizera outrora rude,

O mundo na verdade fosse rude
E o tempo se desenha em tal vazio
Vagando sobre o tanto aonde trace
A sensação da sorte imensa e clara
E nisto o caminhar inda pudera
Trazendo na esperança um manso fato,

O quanto deste fato não é rude
O tanto que pudera ser vazio
A vida mais clara ora se trace...


871

A vida não traria o sol que busco
Tampouco numa luz renasceria
A sorte que pudera e não tivesse
Sequer qualquer momento em plena paz
E o todo na verdade se perdendo
Nos antros mais imundos da esperança.

Alçando o quanto possa em esperança
O verso na verdade tento e busco
Gerando o que de fato irei perdendo
E sinto quanto mais renasceria
Vagando em plenitude, tento a paz,
E sei que na verdade eu não tivesse,

O tanto que se molde e até tivesse
Vivendo o quanto reste em esperança
O mundo se tornara em rara paz
E nisto outro momento sigo e busco
Embora no final já nasceria
O tempo noutro espaço se perdendo,

Meu verso sem sentido ora perdendo
O pouco que tentasse e inda tivesse
Marcando o quanto agora nasceria
No cântico diverso da esperança,
O mundo que de fato tanto busco
Expressa o quanto resta em leda paz,

Ainda tão distante desta paz
E a rota dos meus sonhos já perdendo,
O mundo noutro espaço sei que busco
Embora na verdade não tivesse
Sequer do que pudesse uma esperança
E a luta noutro passo nasceria

A vida que se quer não nasceria
Marcada por guerrilhas tenta a paz,
E sei do quanto possa em esperança.
Embora o ledo rumo já perdendo,
Tramasse o que de fato não tivesse
E sinto o quanto possa e tanto busco,

O mundo que ora busco nasceria
Do quanto inda tivesse em plena paz
E sinto esta esperança se perdendo...

872

O marco mais audaz da vida expressa
A sorte desejosa em caridade
E bebo com fartura desta estranha
Noção que noutro rumo se desfaz,
O medo ao mergulhar neste passado
Encontra o sonho apenas sem formato,

E sei do que pudesse em tal formato
Viver esta emoção que a sorte expressa
E nisso se esquecendo do passado
O tempo se refaz em caridade
E o medo do que fora se desfaz
E nisto a solidão somente estranha,

O canto que pudesse e tanto estranha
Uma alma quando em sonhos a formato,
Encontra na verdade o que desfaz
Vontade mais audaz e mesmo expressa
Na sorte que se trace em caridade
A angústia de viver este passado,

O tempo noutro rumo diz passado
E o quanto da verdade ora se estranha
Marcando o quanto possa em caridade
Vencer o que num sonho eu já formato
E nisto esta loucura a vida expressa
E o sonho no vazio se desfaz,

O tanto que pudesse, enfim desfaz,
O gesto mais audaz desse passado
E tanto quanto a sorte nada expressa
Agora no momento onde se estranha
A luta se moldara em tal formato
Resumo que não traga caridade,

Ainda que buscasse a caridade
De quem se fez e agora se desfaz
O todo noutro passo em tal formato
Gerado pelo ocaso no passado,
Enquanto a própria vida a sorte estranha
Apenas o vazio ora se expressa.

A sorte não expressa a caridade
E o quanto já se estranha ora desfaz
O mundo que em passado, enfim formato.


873

No tanto que se faça mais diverso
O mundo não traria melhor sorte
E vejo o fim de tudo e nada tento
Somente o que pudesse ser além
Do corte quando a vida me sonega
O todo noutro engodo e sem defesas,

As horas mais temíveis e as defesas
De um tempo que pudesse ser diverso
Enquanto a fantasia me sonega
O quanto se deseja em nova sorte,
O mundo se mostrando muito além
Do que nesta loucura tanto tento,

O mundo se traduz enquanto tento
Tramar em pleno caos estas defesas
E sendo que meu mundo vejo além
Do quanto poderia ser diverso,
E tanto desenhasse a rude sorte
Que o tempo na verdade ora sonega,

Ao menos o que tente e se sonega
O verso noutro passo agora tento,
E sinto esta impressão de medo e sorte
Que tanto retomando estas defesas
Encontra no caminho mais diverso
O sonho que se fez agora além,

E sei do que pudesse mesmo além
Do todo que se tente e não sonega
Um passo num sentido mais diverso
Marcando o quanto possa e mesmo tento
Ousando perceber em tais defesas
O quanto se traduza noutra sorte.

O mundo se transforma e sei da sorte
Diversa que moldara muito além
Do quanto se anunciam nas defesas
O tanto que invadisse e não sonega
Vestindo esta esperança que ora tento
Vencendo este caminho mais diverso,

E o tempo tão diverso dita a sorte
Que na verdade tento ou sigo além
E o mundo ora renega tais defesas...

874

Não mais que tantas vezes fora fútil
O tempo sem defesas nem promessas
Ainda que pensasse fosse muito
No fundo nada havia neste pote,
O corte anunciado, o medo e o trauma,
A vida num fastio se repete.

O tanto que pudera e já repete
A voz de quem se fez amarga e fútil
No tanto que se tente neste trauma
Deixando no passado tais promessas
O mundo se desenha e quebro o pote
Ainda que meu sonho fosse muito,

O todo prenuncia deste muito
O vago caminhar que não repete
O canto mais atroz e traz no pote
Um mel que simbolize além do fútil
Momento envolto em tantas vis promessas
O quanto superasse qualquer trauma...

E quando se esquecesse o mero trauma
Enquanto o velho tempo se fez muito
Ousando muito além de tais promessas
A sorte na verdade não repete
O quanto se fizera bem mais fútil
E nisto não se veja sequer pote,

Apenas guardo na alma o velho pote
E dele como fosse um ledo trauma
Encontro esta expressão que sei tão fútil
Gerando no final o quanto muito
Tramasse o que em verdade se repete
Grassando na ilusão falsas promessas,

O mundo se traduza além do pote
E vejo o quanto vivo em tais promessas
Ousando acreditar e ter do trauma
Uma lembrança aguda que repete
O tanto que se fez diverso e muito
Num mundo quando a vida se faz fútil,

O quanto fosse fútil, quebra o pote,
E deixa deste muito as vãs promessas
E a voz que se repete traz o trauma...



875

Não vejo após a chuva, a calmaria,
Tampouco desejasse qualquer fonte
Que possa me trazer alguma luz
Vivendo na verdade o que se possa
Errático cometa, uma esperança,
Encontra o que pudera noutro instante.

O mundo se moldando num instante
O passo se mostrara em calmaria
E o quanto se resume em esperança
No todo se produza como a fonte
Que tanto na verdade sei que possa
Traçar neste ambiente a força e a luz,

O quanto se anuncia e trame a luz
Do quanto poderia num instante
Marcando o que se queira e nada possa
Vagando sobre a sorte em calmaria
O todo que se trace em velha fonte
No fim o tempo traga uma esperança.

O sonho se ditasse em esperança
Tocando para sempre em força e luz
E nisso se desenha a nossa fonte
Que tente na verdade algum instante
Marcando o quanto reste em calmaria
E nisto outro caminho a vida possa.

O mundo quando muito sempre possa
E sei do meu cenário em esperança
E agora o que se mostre em calmaria
E sigo na verdade em clara luz
O quanto se desenha nesta fonte
E tento a vida feita noutro instante,

O mundo que pudera num instante
O todo quando traça o que se possa
Gerando no final a rara fonte
Que possa traduzir uma esperança
Seguindo mesmo em tanta e forte luz
O verso no final me traga a calmaria.

O mundo em calmaria num instante
E sei do quanto possa em plena luz
Tramando na esperança a nova fonte...


876

Já não comportaria qualquer erro
Sequer o costumeiro de quem ama
E sinto na verdade o quanto queira
A luta sem sentido em direção
Diversa ao que buscara num momento
E nisto se desenha a sorte vã,

O quanto esta verdade fosse vã
O mundo com certeza traz em erro
O todo que se veja num momento
E sei desta ilusão de quem já se ama
E sigo sem sentido e direção,
Marcando o quanto possa e mais se queira,

O quanto uma alma busque e mesmo queira
Traçando esta palavra rude e vã
No quanto se vencesse em direção
Contrária ao que demonstre o quanto em erro
Tramasse na esperança de quem ama
A luta que se mostre num momento,

Querendo na verdade este momento
Ousando quando a vida tanto queira
A sorte se traduz e diz quando ama
Enquanto se fizera sempre vã
A sordidez de cada passo em erro
Tomando da esperança a direção.

Meu mundo nesta errônea direção
O passo não se faça num momento
E vendo o que pudesse agora no erro
Encontro esta palavra que mais queira
Navego na incerteza, a vida é vã,
E sei que na verdade ninguém me ama,

O tanto desejado por quem ama
Expressa a mais diversa direção
Ousando na vontade mesmo vã
De quem se fez apenas num momento
Trazendo com firmeza o quanto queira
E cometa em verdade assim este erro,

O mundo quando em erro ninguém ama
Expressa o quanto queira em direção
Ao sonho num momento, em sorte vã...

877

Arrisco cada passo sem saber
O quanto se prepara noutro instante
A vida com certeza não se expresse
E nada concernindo esta ilusão
Encontre o privilégio que procuro
Nas ânsias mais suaves de uma sorte.

Meu mundo se anuncia em plena sorte
E vejo ou continuo sem saber
Do quanto poderia e até procuro
Vagando pela vida noutro instante
E sei do quanto seja uma ilusão
Que o nada com certeza agora expresse.

A luta que em verdade sempre expresse
O medo quando trague a velha sorte
Marcando o quanto reste em ilusão
Cansado procurando algum saber
Nas tramas que desenhas num instante
Jamais encontrarei o que procuro,

Meu passo na verdade ora procuro
E sei do quanto a vida enfim expresse
O mundo que pudesse noutro instante
E o tempo se desenha em rude sorte
Marcando o quanto possa no saber
Viver a mais temível ilusão,

O passo se resume em ilusão
E nisto cada engano além procuro
E bebo na verdade sem saber
O quanto do momento a vida expresse
Gerando no final a própria sorte
Que tanto moldaria num instante.

O canto se anuncia neste instante
E sei do meu anseio em ilusão,
O tanto se mostrara em rude sorte
E nisto o que pudera ora procuro
Na sorte quando muito amor se expresse
Angustiadamente sem saber,

O quanto do saber diz neste instante
O que jamais expresse esta ilusão,
E sinto e já procuro melhor sorte...


878

Jamais me imaginasse de tal sorte
Que a vida poderia me trazer
Além do quanto existe na verdade
O sonho mais audaz e mesmo assim
O canto se anuncia em esperança
Vivendo outro momento em ilusão,

A vida não tramasse esta ilusão
Tomando com certeza nova sorte
E sei do quanto leda esta esperança
No fim nada teria a me trazer
Somente o que pudesse ser assim,
A sombra do caminho sem verdade,

O mundo que se trace na verdade
Vagando sobre os ermos da ilusão
Encontra o que deseja sempre assim
E nisto o meu momento dita a sorte
E sei do quanto eu possa te trazer
Enquanto rege o sonho esta esperança.

A vida se transcende em esperança
E noutro passo dita esta verdade
Marcando o que pudera me trazer
E sendo noutro instante uma ilusão
O quanto se tentara além da sorte
Espera o que mostrasse sempre assim,

O tanto se desenha e sendo assim
A vida não traria outra esperança
E nada do que possa dite a sorte
Que navegando contra esta verdade
Encontra no final esta ilusão
E nada mais pudesse me trazer.

O tempo na verdade a se trazer
Deixando o que se veja e siga assim,
Marcando o quanto tenha em ilusão
Além de meramente uma esperança
Que possa traduzir esta verdade
Ditando no final a rude sorte,

O mundo nesta sorte a se trazer
Expressa na verdade e segue assim,
Deixando em esperança esta ilusão...

879

Encontro o meu caminho aonde um dia
Espero qualquer sorte mais diversa
O tempo na verdade desenhasse
A luta sem sequer ter um anseio
Vagando pelos céus de uma esperança
E nisto o que se tente dita o rumo,

O mundo já seguindo noutro rumo
Encontra a solidão do dia a dia
E sei do quanto a luta em esperança
Ousasse ser mais firme e até diversa
Do quanto na verdade tento e anseio
E mesmo outro caminho desenhasse,

O peso de uma vida desenhasse
A sólida expressão em ledo rumo,
E sei do que pudera quando anseio
Buscando a claridade noutro dia,
E sei da sensação clara e diversa
Que possa me trazer esta esperança.

O quanto se traduza em esperança
E nisto outro cenário desenhasse
A vida noutra senda mais diversa
Buscando o quanto possa em claro rumo,
Tramando o que se veja dia a dia
E noutro desenhar o todo anseio,

Além deste momento quando anseio
As sortes mais diversas da esperança
O quanto se mostrara neste dia
Ao menos outro passo desenhasse
Marcando o que se possa enquanto rumo
Na direção audaz e mais diversa.

Ainda se procura esta diversa
Vontade que de fato quando anseio,
Traduza o quanto possa neste rumo
Gerando na verdade esta esperança
E sei do que de fato desenhasse
O passo no correr de mais um dia.

A vida noutro dia mais diversa
Apenas desenhasse o meu anseio
E sei que na esperança encontro o rumo...

880

Jamais se fez além da alegoria
O quanto poderia ser real,
Meu mundo noutra face se expressando
E o verso sem destino vaga em vão
E bebo da aguardente mais amarga
Tragada nesta imensa solidão,

A vida se anuncia em solidão
E traça neste sonho a alegoria
Que possa enquanto tanto agora amarga
O passo num momento mais real
E vejo este cenário sempre em vão
No quanto sem limites me expressando,

A sorte de tal forma ora expressando
Traduza a mais diversa solidão
E sei do quanto o sonho fosse em vão
Marcando com terror a alegoria
E nisto o que pudera ser real
Transcorre em emoção diversa e amarga,

Pousando quando a sorte nos amarga
Falena que moldasse se expressando
Nas tramas deste sonho tão real
Que gere novamente a solidão
E nesta rude face, alegoria,
Tramasse este caminho sempre em vão,

O quanto se pudera mesmo em vão,
A vida se transforma e sei amarga,
O tempo se marcasse, alegoria,
E nisto noutro tom já se expressando
O mundo trame a dura solidão
E nisto cada tom se faz real,

O mundo se apresenta mais real
E o medo que pudera ser em vão
Agora se expressasse em solidão,
Tornando a vida sempre mais amarga
O quanto no passado se expressando
Ditasse sem sentido a alegoria,

Assim na alegoria um tom real
Do quanto se expressando fosse em vão,
E sempre nos amarga a solidão...

881

Procuro simplesmente quem me trague
Após a tempestade esta bonança
Querendo muito além do que inda possa
Viver outro momento mais tranquilo
E sendo a minha vida de tal sorte
O verso não seria jamais manso,

O tanto que se possa quando manso
Expressa esta verdade quando a trague
E mostre o desenhar da rude sorte
Que negue com certeza uma bonança,
Pousando mansamente e mais tranquilo,
Apenas tento o quanto ainda eu possa,

A vida no final jamais se possa
Trazer outro momento aonde em manso
Anseio se procure ser tranquilo
No todo que deveras sempre trague
Ousando acreditar nesta bonança
Que o tempo resumisse além da sorte,

Meu tempo de viver negando a sorte
E sei do que em verdade também possa
Traçar com toda a paz rara bonança
Trazendo o coração deveras manso
E sei do quanto tente e mesmo trague
O mundo que sonhara mais tranquilo,

Resumo meu anseio e vou tranquilo
Vencendo o quanto possa a rude sorte
E nisso outro momento a vida trague
E sempre se permita o quanto possa
Do mundo que eu quisera bem mais manso
Enquanto se anuncia esta bonança.

A vida preparasse uma bonança
Deixando o meu caminho mais tranquilo
E sei que verdade o passo manso
No quanto se desnuda dita a sorte
E vago sem sentido aonde possa
Tramar o que outro dia em paz me trague,

O mundo sempre trague esta bonança
Enquanto agora possa ser tranquilo
E tente nesta sorte um dia manso...


882

Não mais que meramente vejo o quanto
Seria o todo após a tempestade
E tendo esta certeza mais cruel
O corte se anuncia a cada engano
E sei do que pudesse e sendo assim
O mundo se desenha sem encanto.

E quando se anuncia neste encanto
O todo que pudera e sei do quanto
Mostrara a cada dia e sempre assim
Marcasse com vigor a tempestade
Gerando o que pudesse num engano
Deveras ser apenas mais cruel


O verso se anuncia em tom cruel
E o medo na verdade nega encanto
Ousando acreditar num novo engano
Meu passo se desnuda neste quanto
E sei que no tocar da tempestade
O mundo se desenha sempre assim,

O tanto que pudera ser assim,
O marco mais atroz e sei cruel,
O verso que gerasse a tempestade
E nisto quando possa não me encanto
Sabendo deste todo mesmo quanto
O mundo se fizera em ledo engano,

Apenas se desenha o claro engano
E nada mais trouxesse em paz e assim,
O verso desaguando neste quanto
O tempo mais audaz e sei cruel,
O vento desenhasse raro encanto
Marcando com temor a tempestade.

E sinto que pudesse em tempestade
Viver este caminho onde me engano
E sei do quanto tente e se ora encanto
Expressa o que inda resta e sendo assim
O mundo se desnuda onde é cruel
E gera noutro passo tanto e quanto,

Se eu possa neste quanto em tempestade
Vagar e ser cruel a cada engano
O tempo diz assim do tosco encanto...

883

Não tendo novo tempo de sonhar
Apenas o caminho mais disperso
Adentro no vazio deste encanto
O rústico cenário e nada vejo
Somente o que pudesse em leda sorte
Trazendo no final a solidão,

Envolto pela mesma solidão
Que possa me impedir de ora sonhar
Vagando no caminho aonde a sorte
Deveras sem razão eu já disperso
E sinto na expressão que agora vejo
O todo que pudesse em claro encanto.

Meu mundo se traduza e se me encanto
Ainda mais distante solidão
Expressa no final o quanto vejo
E tanto poderia ora sonhar
Vagando no que veja mais disperso
E sei do quanto possa a leda sorte,

O mundo se anuncia em rude sorte
E sei do que pudera em tal encanto
Marcando o quanto possa e me disperso
Ousando ora enfrentar a solidão,
Sabendo do detalhe que ao sonhar
Encontre e na verdade mesmo vejo.

884

O passo sem sentido em noite atroz
O vento dominando esta estação
As brumas invadindo este cenário
Crepuscular anseio diz do fim
E o medo que pudera ser maior
Agora me transporta ao temporal,

A vida anunciando o temporal
Expressa o quanto pode ser atroz
E sei desta vontade bem maior
Que molde a sorte em tétrica estação
Marcando com terror o ledo fim
Traçando sem limites tal cenário.

O mundo que se veja no cenário
Querendo ser além de temporal,
Seguindo cada passo sem ter fim,
Embora saiba a vida ser atroz,
Não tento mais parar nesta estação
A sorte poderia ser maior...

O quanto deste encanto é bem maior
Que a leda imprecisão deste cenário
E o canto se renova na estação
Ousando no enfrentar o temporal
Traçar este momento mais atroz
Gerando desde agora o nosso fim,

O que se reservasse para o fim,
O tempo num anseio ora maior
Tramasse o que se veja em tom atroz
Reinando sem motivos no cenário
Que possa traduzir num temporal
A sorte tão instável da estação.

Ousando na verdade esta estação
Que possa traduzir além do fim,
O vago caminhar num temporal
E sei do quanto possa ser maior
O mundo se marcando num cenário
Que siga este caminho mesmo atroz,

E quando seja atroz esta estação
O mundo num cenário chega ao fim
Trazendo o bem maior, um temporal.


885

Não sei do que se trata nem pudesse
Trazer no olhar a noite que se finda
E sinto da esperança este vazio
Ousando noutro rumo desde então,
A luta se presume no que trago
Vencido sem sentido apenas morto,

O quanto deste sonho agora é morto
E nisto na verdade não pudesse
Ditar o quanto tenha e mesmo trago
Vagando nesta sorte que se finda
E gero sem saber o quanto então
Pudesse traduzir este vazio,

Meu mundo na verdade vai vazio
E bebo do que possa, mesmo morto
O sonho que trace desde então,
Vagando muito aquém do que pudesse
E quando na verdade a sorte finda
Encontro da esperança qualquer trago,

Na luta que deveras tanto trago
O mundo se ancorasse no vazio
E tendo esta ilusão agora finda
O canto noutro passo segue morto
E tudo que em verdade ora pudesse
Adentra o meu destino desde então,

O carma se desenha e sei que então
A senda que deveras busque e trago
Não deixa que esperança inda pudesse
Trazer outro momento onde vazio
Caminho pelas sendas feito um morto
Enquanto a minha história em vão se finda...

O tanto que no fundo a vida finda
Expressa o que restara desde então
E sendo a solidão tal fato morto
O quanto do meu mundo enfim te trago
Marcasse na verdade este vazio
Ou mesmo a solidão que ora pudesse,

A luta que pudesse e não se finda,
O mundo no vazio desde então
Tramando o que ora trago, quase morto.

886

Jamais se visse a vida de tal sorte
Que nada poderia me trazer
O quanto se anuncia noutro canto
Ousando acreditar no que se faça
Além da fantasia mais sutil
Errático momento sem descanso,

E quando nos teus braços eu descanso
Buscando na certeza desta sorte
O quanto poderia ser sutil
Marcando o quanto possa me trazer,
O mundo se desenha enquanto faça
O sonho na expressão de um belo canto.

O todo anunciando o raro canto
Que possa me tocar e se descanso
Vagando pela senda que se faça
Ousando acreditar na plena sorte
O tanto que pudera se trazer
Expressa este momento mais sutil,

Meu verso traz o quanto se é sutil
Nos ermos de um anseio quando canto,
E tente novamente me trazer
O todo que buscara sem descanso,
Vagando na verdade contra a sorte
O nada noutro rumo enfim se faça,

Ainda que se perca ou que se faça
A luta mais audaz e mais sutil,
Expressaria enfim a minha sorte
E nisto com certeza quando eu canto
Marcasse o meu caminho onde descanso
Ousando nalgum fato a se trazer.

Meu mundo aonde tento ora trazer
O que se poderia e mesmo faça
Ousando na verdade de um descanso
Tentando ser deveras mais sutil,
Cadenciando o passo quando canto
Trazendo no final a rara sorte,

E quando tenho a sorte de trazer
O sonho em raro canto e assim se faça
A vida mais sutil trama o descanso.

887

Não vejo qualquer dia senão este
E sigo sem saber do que virá
A luta se anuncia em tempestade
E o mar que me inundasse mais feroz
Ao menos poderia ter no sonho,
Um canto com certeza mais suave,

O mundo que desejo tão suave
Além do que se sabe e sei quanto este
Traduza na verdade o mero sonho
Que sinto noutro tempo não virá
O mundo se desenha mais feroz
Traçando a cada dia a tempestade.

O verso se anuncia em tempestade
E o passo se traduza mais suave,
Enquanto a face mostre este feroz
Caminho que traduza e sei ser este
O fim que na verdade inda virá
Deixando amortalhado o que ora sonho,

O vento traduzindo o quanto sonho,
A luta se transforma em tempestade
E sinto que no fim tudo virá
Marcando o dia a dia mais suave
E quando se precisa o canto eu sei quanto este
Expressa o dia a dia mais feroz.

O tempo que se faça mais feroz
Expressa na verdade o quanto sonho
E vivo sem saber sequer quando este
Momento traz a sorte em tempestade
Nos ermos mais audazes, o suave
Caminho dita o quanto enfim virá.

Meu canto se traduz e sei virá
No vago deste encanto tão feroz
O todo que pudesse ser suave
E tanto quanto valha qualquer sonho
A vida se resulta em tempestade
Caminho que me sobra, eu sei que é este,

Portanto se foi este o que virá
A vida em tempestade ora feroz
Traduza qualquer sonho mais suave...

888

Meu passo se desenha no vazio
Enquanto sei da queda quando vejo
O tempo transformado na tempesta
Ousando acreditar numa bonança,
Quem sabe mesmo numa calmaria,
Que trague noutro sonho a rara paz,

O medo se moldando nega a paz
E sei do quanto sigo este vazio
Momento feito em guerra e calmaria
No tanto que pressinto e nada vejo,
Somente o quanto possa na bonança,
Porém a vida segue em vã tempesta.

O mundo se anuncia e da tempesta
Buscasse pelo menos ter a paz,
Mas sei quanto impossível a bonança
Gerada pelas ânsias de um vazio,
Que tanto quanto tente ainda vejo,
Matando em nascedouro a calmaria,

O quanto sonegasse a calmaria
A vida num momento ora em tempesta,
Marcando com terror o quanto vejo
Deixando para trás a sorte em paz,
O verso se desenha mais vazio
E nega o quanto possa uma bonança.

Apenas se percebe esta bonança,
Porém é sempre falsa a calmaria,
E nisto se desenha outro vazio
Prenunciando enfim rude tempesta
Aonde se quisera ter a paz
Somente este cenário rude vejo,

E tanto quanto possa e mesmo vejo
A luta sem sentido e sem bonança
Enquanto se quisera a plena paz
Ou tanto num momento em calmaria
A vida se traduz nesta tempesta
E o sonho se perdera no vazio,

O mundo tão vazio que ora vejo,
Ainda na tempesta quer bonança
Pensando em calmaria e em plena paz...





889

Jamais o tempo dite qualquer sonho
Enquanto na verdade o que carrego
Expressa esta ilusão e sei do dia
Audaz que com certeza nunca veio,
Procuro pelo menos um momento
Aonde o que se mostre viva em luz,

Ao ver neste cenário a ausente luz
Encontro estes detalhes e sei que sonho
Vagando pelo menos um momento
Enquanto meu caminho ora carrego
Vestígios do que fora outrora um veio
Refazem do passado cada dia,

O tanto que se tente noutro dia,
A vida se perdendo já sem luz
O quanto deste sonho jamais veio
E o tolo caminhar que ainda sonho
Expressa a solidão quando a carrego
Vagando sem descanso um só momento.

O mundo se anuncia no momento
Aonde se fizera novo dia
E sei do quanto tente e até carrego
Vestindo esta esperança em rara luz
O mundo dominando o quanto sonho
Transcende ao quanto possa em novo veio,

O tanto que se tente e logo veio
Gerando na verdade este momento
Que trama com certeza o quanto sonho
E sinto na expressão de um novo dia
A imensidade feita em tanta luz
Ditando o que deveras eu carrego.

O mundo se presume onde carrego
A sorte que deveras sempre veio
E nisto emoldurando a forte luz
Esboça tanta força num momento
E sei do quanto possa neste dia
Trazer o quanto quero e sei e sonho,

Apenas mero sonho o que carrego
E bebo todo dia em raro veio,
Ousando num momento em tanta luz...

890

Jamais acreditei em tanta farsa
Palavras; vento leva e ninguém ouve,
O tanto que pudesse ser feliz
Agora se perdera tolamente
O verso no final não mais valera
E a sorte nada além se percebia,

O quanto deste fato eu percebia
E sei da solidão na intensa farsa
Gerando o que pudera e não valera
O grito da esperança já não se ouve
E o quanto mais pudera tolamente
Tentando acreditar em ser feliz.

O todo renegasse o mais feliz
Caminho que deveras percebia
Uma alma que se traça tolamente
Vagando nos temores de uma farsa
A voz de um novo tempo nunca se ouve
Nem mesmo esta alegria enfim valera,

O tanto que deveras já valera
A sorte de talvez ser tão feliz,
Ainda que em verdade nada se ouve
Ao menos um detalhe eu percebia
Ousando acreditar além da farsa
Que o mundo desenhara tolamente.

O manto que rompera tolamente
E o todo quando enfim nada valera
Tramando o que pudesse ser tal farsa,
E nisto se procure ser feliz,
O tanto quanto queira percebia
O sonho de quem sabe e mesmo me ouve

O tanto que pudesse quando se ouve
O canto mesmo sendo tolamente,
O dia na verdade percebia
Cenário que deveras me valera
E assim o quanto possa ser feliz
Já não seria apenas mera farsa,

A vida numa farsa ninguém ouve,
Mas quando se é feliz, é tolamente...
O tanto que valera, eu percebia...


891

Não mais quisera ter outro caminho
Sequer imaginasse ser tão ledo
O dia que se faça onde concedo
O verso aonde em paz não mais me alinho.
Ainda que se veja tão mesquinho,
O amor domina inteiro o velho enredo,

A sorte dita além do tosco enredo
O quanto poderia e não caminho
Sabendo deste tempo tão mesquinho
Ainda que me veja sempre ledo,
O todo na verdade aonde alinho
Expressa o que pudera e não concedo,

Ao sonho na verdade, eu me concedo,
E bebo do que possa em tal enredo
E quando nos teus braços eu me alinho
Tentando algum instante em tal caminho
Embora na verdade siga ledo,
Encontro o teu olhar rude e mesquinho,

O tempo na verdade é tão mesquinho
E sei do quanto possa e a ti concedo
Vagando sem sentido um passo ledo
Deixando este vazio e sem enredo,
Meu passo se traduz noutro caminho
E solitário em nada ora me alinho,

O tanto que pudesse enquanto alinho
O sonho noutro engano ora mesquinho
Há tanto que de fato em vão caminho
No quanto poderia e não concedo
Ousando na verdade neste enredo
E sei do meu anseio mesmo ledo,

O mundo se anuncia tanto ledo
E vendo este não ser onde me alinho
Encontro o que pudesse ser enredo
E noutro delirar turvo e mesquinho
Enquanto nos teus braços me concedo
Sozinho em noite espúria e vã caminho,

O quanto ora caminho em tom mais ledo
O sonho que concedo e não me alinho
Tornara o velho enredo tão mesquinho...

892

Não quero a sorte feita do vazio
Tampouco a farsa dita em esperança
Enquanto o passo segue e a vida avança
Encontro nos teus braços, desvario,
E sei do quanto possa e desafio
O tempo que se traça em rude lança,

A vida no não ser ora me lança
E sei do quanto siga mais vazio
O peito se tomando em desafio,
A luta não prevendo uma esperança
Apenas solitário desvario,
Enquanto o tempo reina e sempre avança,

O quanto desta sorte não avança
Nem mesmo outro cenário em paz me lança
Apenas tão somente o desvario
De quem sempre se visse mais vazio,
E tenta no final uma esperança
Que fora como um frágil desafio.

O quanto poderia e desafio,
Marcando a solidão que tanto avança
Deixando no passado esta esperança
E o todo quantas vezes já me lança
Nas tramas mais cruéis deste vazio
Gerando tão somente o desvario.

O canto se presume em desvario,
E o tempo dita o quanto desafio
Marcando com terror este vazio
Cenário aonde o tempo quando avança
Penetra minha pele feito em lança
Matando desde sempre uma esperança.

O quanto se mostrara em esperança
Agora não sossega o desvario,
E tanto deste tempo ora me lança
Além do que pudera um desafio,
Marcando cada passo que ora avança
Gerando dentro da alma este vazio,

O passo mais vazio, uma esperança.
O tanto quanto avança em desvario
Expressa em desafio o que se lança...

893

Meu tempo de seguir já não concebe
Sequer o quanto pude e não viera
A vida se desenha e mal percebe
A ausência do que fora primavera
A sorte se lançara no jamais
E os dias entre fartos vendavais,

A luta se desenha em vendavais
E nisto nada além, amor concebe,
O quanto se desenha diz jamais
E sei da solidão que assim viera
Marcando o que pudesse em primavera
E o sonho na verdade não percebe,

O quanto desta vida ora percebe
O todo se esvaindo em vendavais
E o sonho mais sutil da primavera
Enquanto novo tempo se concebe
O tempo se anuncia e não viera
Trazendo a cada passo este jamais...

O tanto que pudesse ser jamais
Agora no final nada percebe
Na queda que tampouco inda viera
Marcando com terror em vendavais
Expressa o que de fato não concebe
E morre no nascer da primavera...

O mundo me tramasse a primavera
E o tempo não seria meu jamais
O tanto que quisera não concebe
Os erros que esta vida mal percebe
Enquanto envolta em tantos vendavais
Apenas solidão inda viera.

Pousando no vazio que viera
Alçando a mais diversa primavera
Os dias são temíveis vendavais
E quando se transformam no jamais
O todo que deveras se percebe
Expressa a solidão que ora concebe.

O quanto se concebe e não viera
A sorte se percebe e a primavera
Eu não verei jamais, só temporais...

894

Não quero e nem tentasse ser diverso
O mundo se fizera de tal sorte
Que mesmo quando além do sonho eu verso
Não tenho mais sequer quem me suporte.
Almejo esta vontade que não vem
E sigo minha vida sem ninguém,

O quanto poderia, mas ninguém,
Ouvindo a minha voz em tom diverso
Gerasse o que deveras nunca vem
E marca com tal fúria minha sorte
Enquanto noutro passo não suporte
Apenas no vazio agora eu verso,

Ousando acreditar num manso verso,
Não quero e não suporto ser ninguém,
Porém o que deveras diz suporte
No fundo noutro passo tão diverso
Expressa a solidão da rude sorte
E marca o que deveras já não vem,

Meu mundo no final não sabe e vem
Vagando sobre o quanto possa e verso
E sei desta verdade em leda sorte
E sinto o caminhar quando em ninguém
O passo se mostrara mais diverso
Do quanto com certeza se suporte,

Meu passo que a saudade não suporte
Expressa o quanto resta e jamais vem,
O mundo se fizera mais diverso
E nisto sem sentido quando verso,
Traduz o fato enquanto sem ninguém
A luta se desenha em frágil sorte.

O tempo se mostrara nesta sorte
E sem o que pudesse e me suporte
O todo se desenha onde ninguém
Ousara acreditar e nada vem
Sequer a mansidão de um frágil verso
Ou tanto este caminho mais diverso,

O quanto vou diverso desta sorte,
O medo traz o verso e não suporte
E sei do quanto vem se sou ninguém...

895

Anseio alguma luz sabendo a luta
Que nada poderia combater,
O sonho se traduz na força bruta
O mundo totalmente a se perder
O quanto vago e busco outro cenário
Expressa o meu caminho temerário.

E sinto o quanto possa temerário
Viver o que deveras sempre luta
Seguindo sem temor este cenário
Cansado de deveras combater
O todo que se mostra no perder
Grassando sobre a imensa força bruta.

A noite se desenha e segue bruta
Enquanto o risco vaga temerário
Sem ter sequer aonde me perder,
No fundo o meu anseio diz da luta
Que possa com certeza combater
Tomando já de assalto este cenário,

O tanto que se veja em tal cenário
A sorte mesmo audaz, se mostra bruta
E sei do que pudera combater
Enquanto há verdade temerário
Apenas o que possa nesta luta
Meu passo com certeza irei perder.

O tanto que se mostra e sei perder
Ousando imaginar novo cenário
E sinto a farsa feita em rude luta
No quanto poderia ser tão bruta
A vida noutro rumo temerário
Enquanto se desnuda o combater.

A sorte que pudesse combater
E mesmo quando vejo me perder
O tempo se fizera temerário
E nisto se aproxima este cenário
Na senda mais atroz, portanto bruta,
Que tanto resumisse a nossa luta,

A sorte quando luta, ao combater,
Expressa a força bruta e a se perder
Tramasse este cenário, temerário...


896

Ainda quando possa ser quem tanto
Vivera esta esperança que não diz
Sequer do quanto queira ser feliz
Quem sabe do sorriso e desencanto,
O tempo que em verdade não garanto
É como fosse apenas cicatriz,

E sei do quanto valha a cicatriz
Marcando no meu rosto neste tanto
E sei do que pudera e não garanto
O quanto se tentara e nada diz,
O verso se anuncia em desencanto
E sei que não serei jamais feliz.

O mundo de quem ama é mais feliz,
E apenas nos meus dedos, cicatriz,
Do quanto se fizera em desencanto
O medo se moldando neste tanto
Que sinta e já deveras sonha e diz
Falando do que possa e não garanto.

O mundo que de fato ora eu garanto
O tempo de viver e ser feliz,
O mundo noutra face volta e diz
Do que se resumisse em cicatriz
E nisto se mostrara mesmo tanto
Expresse o mais temível desencanto,

Marcasse cada passo o desencanto
E nisto outro momento onde garanto
O quanto se fizera deste tanto
E nisto o sonho trame o ser feliz
Que a farsa feita em corte e cicatriz
Aos poucos se aproxima e tanto diz.

O mundo noutra face já não diz
Do que se desenhara em desencanto
E sei do que se molde em cicatriz
Enquanto o rudimento em mim garanto
Identifico o passo mais feliz
E sei do que pudesse, como e tanto,

A vida neste tanto nada diz
E o sonho ser feliz é desencanto
Que sei e te garanto em cicatriz...

897

O tempo se renega e nada trouxe
Sequer esta vontade mais ferina
Do quanto se desenha sem cuidado
Marcando cada dia em tempo escuso,
Procuro caminhar por entre pedras
E sei que no final nada terei,

Apenas o que possa inda terei
E nisto o sonho audaz que um dia eu trouxe
Tramasse a solidão envolto em pedras
E nesta farsa atroz tanto ferina,
A sorte num desenho mais escuso
Expressa o quanto reste sem cuidado,

O prazo que se perde não cuidado
O muito que jamais enfim terei,
O verso mais audaz porquanto escuso,
O dia que de fato agora trouxe
Na face mais cruel rude e ferina
E dela se encontrando tantas pedras.

As horas entre enredos, medos, pedras,
O tempo sem sentido e sem cuidado,
A luta que pudesse ser ferina
E o passo quando inútil não terei
Jamais imaginasse no que trouxe
Algum momento rude e mesmo escuso.

O tanto que talvez se mostre escuso
A vida sobrepondo tantas pedras
E nelas o que possa e mesmo trouxe
Relega noutro plano este cuidado,
E o verso na verdade não terei
Senão a mesma face mais ferina...

Somente a farsa atroz rude e ferina
Expressaria o passo tão escuso
E sei que na verdade eu não terei
Sequer esta esperança, ledas pedras,
E o tempo se mostrando sem cuidado
Foi tudo no final que a vida trouxe,

O sonho que me trouxe a tez ferina
De quem já sem cuidado sabe o escuso
Caminho que entre as pedras eu terei...

898

A luta se desenha desde quando
O mundo se fizera mais mordaz
E sei do que pudera e nada faz
A sorte noutro passo desarmando
O sonho onde pensara no futuro
E agora a solidão vejo e asseguro,

O quanto no vazio eu asseguro
E bebo deste todo como e quando
O passo renegando algum futuro,
Expressa a realidade mais mordaz
E o verso no final já desarmando
O todo que pudera e não se faz,

O mundo que desejo e sei que faz
O tempo mais feroz onde asseguro
O canto noutro instante desarmando
Meu mundo sem sentido e sem ter quando
Ousasse nesta senda onde mordaz
Encontra tão somente o vão futuro,

O passo resumindo o meu futuro
O medo que deveras tanto faz
E sei do meu anseio onde mordaz
O sonho dita o quanto ora asseguro
Vagando sem destino desde quando
O passo fora aos poucos desarmando,

O mundo na verdade desarmando
O quanto se proponha no futuro,
Ainda que se mostra sempre quando
O tempo com certeza nada faz
E sei o quanto possa e me asseguro
Do dia que fez tolo e mordaz,

Um dia que se mostre enfim mordaz
O tanto noutro engodo desarmando
O coração enquanto me asseguro
No passo sem proveito e sem futuro,
Sabendo este tormento que se faz
No dia que vivera e desde quando.

O tanto neste quando se é mordaz
Expressa o quanto faz já desarmando
O sonho de um futuro, eu asseguro...

899

Não quero o que se mostre mais audaz
Tampouco num momento turbulento
A vida se previne do que possa
Trazer noutro cenário e se assim faz
O quanto se anuncia sem alento
O tempo deixa sempre e nada traz.

Ainda sem sentido o quanto traz
Pudesse ser deveras mais audaz
E sei que se pudesse quando alento
Gerando outro cenário turbulento
No quanto agora sei que tanto faz
Traduza na verdade o que mais possa,

A vida sem sentido nunca possa
Viver o que esperança inda me traz
E sei do quanto a luta ora se faz
Marcando cada dia mais audaz
E nisto o meu caminho turbulento
Tramasse o quanto quero em raro alento...

O mundo se anuncia e sem alento
O quanto se prepara e nunca possa
Viver outra razão em turbulento
Caminho que deveras nada traz
Senão a minha sorte mais audaz
E nisto o meu anseio não se faz,

O tanto que pudera e jamais faz
Um coração buscando algum alento
Tramando novo passo tanto audaz
Que saiba com certeza o quanto possa
Vivendo esta esperança e o nada traz
Senão este cenário turbulento,

O mundo mais temido e turbulento
O canto que pousasse onde se faz
Gerando outro momento e já me traz
O quanto poderia neste alento
Tramar esta esperança que assim possa
Ditar o quanto a vida fora audaz,

E sei do passo audaz e turbulento
Aonde o que se faz jamais me traz
O quanto em raro alento a vida possa.

900

Não quero que se veja o quanto perco
No tanto sem desejo e sem defesa,
A sorte se transforma na surpresa
E sei do meu caminho sem final
Pousando no que fora mais diverso
Tentando acreditar em cada verso.

O tanto que pudera neste verso
Trazer esta emoção, mas eu me perco,
Tratando deste sonho mais diverso
E nisto se moldando qual defesa
O tempo se anuncia no final
Deixando para trás qualquer surpresa,

A vida se resume em vã surpresa
E gera o quanto expresse neste verso
Marcando com terror o ato final
E nisto se deveras tudo eu perco,
O fim negando apenas a defesa
Expressa o caminhar bem mais diverso,

E sei do quanto possa ser diverso
Do todo que vivesse em tal surpresa
Tocando cada passo com defesa
Deixando no passado o quanto eu verso
Buscando o que em verdade tento e perco
Sabendo do que venha no final,

A luta se anuncia e no final
O mundo presumido é tão diverso
Do quanto com firmeza sempre perco
E nisto não se veja uma surpresa
E sinto na expressão enquanto verso
O mundo desfilando em tal defesa,

O tanto que pudera sem defesa
O mundo na verdade em tal final
Expressa o que pudera quando verso
E nisto se mostrara o ser diverso
Cenário que se molde sem surpresa
E sinto quanto possa e já me perco,

O quanto agora perco em vã defesa
O tempo sem surpresa, no final,
Expressa em tom diverso cada verso...


901

A vida num crescendo traz ao fim
A imensa letargia dita morte
E sei que no caminho há tantos erros
E rumos a seguir, vários sentidos,
O quanto se anuncia a cada queda
Ou mesmo refazendo o velho sonho,

E quantas vezes tente e nada sonho
Apenas o cenário molda o fim
E se transido agora pela queda,
O todo se transforma e desta morte
Os ermos tomam todos os sentidos
Acumulando então diversos erros,

E quando se percebem tantos erros,
O quanto poderia e mesmo sonho
Invade mansamente meus sentidos
E nisso se prevendo agora o fim,
Os dias entre a vida e a nossa morte
Princípios de vitórias e de quedas,

As tantas ilusões, diversas quedas,
Os campos se inundando nos meus erros
E o tanto desejado além da morte
Refaz a cada instante um velho sonho,
Porém o que se veja ora no fim,
Domina e ora maltrata os meus sentidos,

Ousando mesmo além destes sentidos
Tentando a cada instante além das quedas
O quanto se aproxima deste fim
Transcende na verdade aos tantos erros
E quando no final procure um sonho,
Trazendo sempre à tona árida morte,

Ascendo num instante e vejo a morte
Tocando sem defesa os meus sentidos
E sei dos dias turvos, cada sonho,
Promessa concretiza em novas quedas
E sei que após viver diversos erros,
O mundo se expressasse no meu fim,

O quanto deste fim traduza a morte
E vejo tantos erros e os sentidos
Prevendo as tantas quedas, negam sonho...

902

Não quero a salvação que tu me vendes
Tampouco o mesmo rumo de onde vens
E sei que na verdade tanto mentes,
Remetes ao que um dia fosse cruz
Enquanto me embebedo em tanta luz
E nisso sigo em paz o que inda possa.

A vida que interessa ou mesmo possa
Diversa da que tanto à vista vendes
Negando ou consumindo frágil luz
Expressas as angústias de onde vens
Carregue, pois então a tua cruz,
Sabendo ou sem noção do quanto mentes.


O tanto que deveras ora mentes.
Os dias onde a luta sempre possa
Traçar qualquer cenário sem a cruz
Que a cada novo culto sei que vendes,
E um dia a se fartar enquanto vens
Tocado tão somente pela luz.

No passo que se mostre em plena luz
Embora não percebas quanto mentes.
Ainda quando impávido tu vens
Ou mesmo noutra cena sei quem possa,
O corpo apodrecido que ora vendes
Exposto numa leda e tosca cruz.

Ainda quando vejo a velha cruz
Sem ter sequer alguma mansa luz
O que tanto querias e ora vendes
Expressa este infortúnio quando mentes
Pousando no que tente e jamais possa
Marcando com a fúria logo vens,

Enquanto em rapineira face vens,
Um novo Prometeu atado à cruz
E a cada novo dia tudo possa
Quem nega na expressão exata a luz,
Demônios entre farsas, tanto mentes,
Enquanto este cordeiro morto vendes.

O quanto agora vendes quando vens
E nisto tanto mentes, farsa e cruz,
Aonde imensa luz, a vida possa...

903

Jorrando dos meus olhos a expressão
Sanguínea que devora em tal tormenta
A sólida vontade não se mostra
Além do que pudera noutro instante
Vestígios de uma vida sem valia
Na infâmia de algum sonho mais atroz.

O passo que se faça rude e atroz
Tomando do vazio esta expressão
Regendo a cada infausto outra tormenta
E nisto o quanto possa e mais valia
Deixando o coração inteiro à mostra
E tudo se revela neste instante,

A cada nova luta num instante
Diverso do que pude sendo atroz
O mundo se resume em velha mostra
Dos ermos que anunciem a expressão
Que trace quanto a vida mais valia
Gerando no final leda tormenta.

O todo que se tente na tormenta
Vagando sem por que renego o instante
E vejo o quanto a sorte mal valia
Encontro este cenário audaz e atroz,
Marcando com a fúria esta expressão
Que possa traduzir o quanto mostra.

A vida num instante vago mostra
Apenas o que trame uma tormenta
E vejo na verdade esta expressão
Que um dia poderia, noutro instante,
Trazer algum anseio quando atroz
A luta no final nada valia,

O mundo se desnuda sem valia,
E a dúvida deveras tanto mostra
O canto sem sentido e mesmo atroz
Gerado pelas ânsias da tormenta
Que possa se moldar em raro instante
E ser de uma esperança outra expressão,

Assim desta expressão, leda valia,
O mundo que este instante tanto mostra
Tramasse esta tormenta mais atroz...

904

Não vejo nem sinal do meu anseio
Nas tramas que enveredas quando vês
Os olhos da esperança em amaurose
O tempo sem saída e sem audácia,
A vida se presume no que reste,
Do todo quanto ateste o fim da luta.

E sei que tantas vezes quando luta
A morte se traduz em mero anseio,
E mesmo que de fato um sonho reste,
No tanto que pudesse quando vês
Encontro o quanto possa com audácia
E tenho por defesa esta amaurose.

Um velho violeiro, esta amaurose,
O mundo noutro passo dita a luta,
E quando se imagina alguma audácia,
Somente o que percebo traz o anseio
De quem tanto pudesse e nada vês
Ainda que esperança ao longe reste.

O mundo que se tente e sempre reste
A noite recendendo esta amaurose
O quanto que tu sentes, mas não vês,
Tão frágil com certeza seja a luta
O tempo que em verdade agora anseio
E o nada traduzido em vaga audácia...

O amor também se faça nesta audácia
E sendo de tal forma quando reste
Trazendo ao sonhador além do anseio
A rústica noção desta amaurose
Que possa traduzir enquanto luta
Na frágil sensação do que inda vês.

Procuro qualquer sonho e nada vês
Sequer o quanto dite vaga audácia
E sendo sempre assim o quanto luta
O sonho no final inda me reste,
Gerando na esperança esta amaurose
Que possa traduzir meu ledo anseio,

E quando tanto anseio o que ora vês
Embora esta amaurose negue a audácia
O passo que me reste dita a luta...

905

Jogado pelas tramas sem mistérios
Arcando com enganos e desvios
Ainda se percebe em meu olhar
O quanto poderia e nunca veio,
Olhasse e no futuro percebesse
O que inda restaria por sonhar,

A vida que permita em vão sonhar
Trazendo com terror velhos mistérios
Ou mesmo no final já percebesse
O tanto quanto traz em seus desvios
Presume o que deveras nunca veio
E nega qualquer luz em tolo olhar.

Ousando no vazio agora olhar
E tanto quanto possa em vão sonhar
Vivendo o que de fato sei não veio
O mundo se desenha em tais mistérios
E sei dos meus caminhos e desvios
Enquanto o fim de tudo eu percebesse.

O tanto que de fato eu percebesse
Marcando o quanto pude agora olhar,
Tornando mais diversos os desvios
E neles o cenário a se sonhar.
Resumo o meu caminho em teus mistérios
E sei o quanto quis e nada veio,

A vida se apresenta e neste veio
O sonho que de fato eu percebesse
Marcado pelos erros e mistérios
Gerando no vazio o tolo olhar
E nisso se presumem o sonhar
Tocado por engodos e desvios,

O quanto se anuncia nos desvios
E o mundo se resume enquanto veio
Trazendo o quanto possa em vão sonhar
Marcando com terror e percebesse
Moldando o quanto possa mesmo olhar.
Os sonhos em segredos e mistérios

Sabendo dos mistérios e desvios
O quanto possa olhar e nada veio
Somente percebesse o vão sonhar...


906

Não quero acreditar que inda viesse
O tempo mais audaz e sem defesas
Enquanto o que se possa no final
Expresse a solidão ainda rude,
O medo caminhando lado a lado
E o tempo no final se resumindo,

O mundo noutro instante resumindo
O quanto na verdade não viesse
Gerando do que possa sempre ao lado
De quem tentasse crer nestas defesas
Marcadas pelo sonho agora rude,
Que tanto se anuncia no final.

A luta se previsse sem final,
O mundo noutro fato resumindo
O caminhar dorido e mesmo rude
Que sei sempre terei e se viesse
Além das fortalezas e defesas
Traria este vazio sempre ao lado,

O mundo se desenha enquanto ao lado
Preparo tão somente o meu final
E vivo sem sentir estas defesas
Num ato mais venal já resumindo
O tanto que se quer e até viesse
Mostrando este momento ainda rude...

O marco mais mordaz que sei tão rude
Deixando o quanto fora noutro lado
Ainda que decerto em vão viesse
Moldando na incerteza o seu final,
O verso se desenha resumindo
O quanto poderia em vãs defesas,

As lutas que imagino, sem defesas,
O passo quando o vejo imenso e rude,
O canto num anseio resumindo,
O gesto se traçara sempre ao lado
Do quanto na verdade no final
Ainda sem certeza ora viesse.

O tanto que viesse além defesas
Gerasse no final cenário rude,
E o mundo em tosco lado o resumindo.

907

Não mais que vagamente vejo o sonho
Morrendo a cada passo ou mesmo enfim
Grassando esta verdade dentro da alma
E nisto o que se pode nos traduz
Gerando a sensação sublime e audaz
Do manto sempre roto em agonia.

Pousando muito além desta agonia
Preparo no final o último sonho
E vejo quanto pude ser audaz,
Vivendo o que inda tenha mesmo enfim,
E sei do meu anseio que traduz
A solidão diversa agora na alma.

O sonho ao entranhar inteira esta alma
Deixando no passado uma agonia
Encontra o que em verdade ora traduz
A dura realidade quando sonho,
E vejo o que pudesse quando enfim
Meu mundo se mostrasse mais audaz.

O tempo se anuncia sempre audaz
E o verso dominando o quanto na alma
Pudesse noutro rumo claro, enfim,
Falar além do medo e da agonia
Que tanto possa ser diverso sonho
E a vida num instante ora traduz.

O mundo que decerto já traduz
Um dia mais suave ou mesmo audaz
Enquanto na verdade tanto sonho
Expresso muito além do quanto na alma
Tentasse superar esta agonia
E ter a minha vida em paz, enfim.

O tanto que se mostre tendo enfim
O verso quando muito ora traduz
O passo sem sentido em agonia
Ousando na verdade ser audaz
Acende esta esperança dentro da alma
E o mundo se anuncia em raro sonho

E quando deste sonho vejo enfim
Beleza que desta alma se traduz
Vencendo mais audaz, uma agonia...

908

Não quero que se cale dentro em nós
O todo quanto outrora fora além
De um mero caminhar e nada resta
Somente o quanto eu possa e sei que existe
O mundo na verdade não viera
Sequer saber da sorte mais audaz

O tanto que se mostre agora audaz
O tempo nega enfim o quanto em nós
Pudesse e com certeza não viera
Deixando esta alegria muito além
E sei do que pudesse e mais existe
Trazendo noutro rumo o que me resta.

A vida num espaço segue e resta
Errática verdade tão audaz
Que nada mais importa e sei que existe
Falando da esperança para nós
E sinto este momento muito além
Do todo que de fato inda viera.

O quanto na verdade inda viera
Gerado pela insânia que nos resta
Deixando o caminhar diverso além
Do tanto que pudera ser audaz
Marcando tão somente dentro em nós
O que ora se deseja e sei que existe.

O tanto na verdade que inda existe
E o passo no final, nada viera,
O verso ainda vivo dita em nós
O tanto que se tente e mesmo resta
Mostrando o quanto pude ser audaz,
Vivendo o que inda tenha e muito além...

Seguindo o quanto pude ser além
Ainda quando o fato sei que existe
O mundo sem sentido e mais audaz
Presume a sensação do que viera
E quando esta emoção no peito resta
O sonho inda vivesse agora em nós.

O tanto que entre nós se faz além
Do todo quando resta e mesmo existe
No fundo já viera, tanto audaz...

909

Jamais acreditei num só instante
Nas tramas que trouxeste de um passado
Aonde o que pudesse ser diverso
Encontre a solidão em novo engano
O mundo se anuncia em cada plano
E o peso de uma vida se faz rude,

O tempo se desenha e sendo rude
O quanto na verdade dita o instante
E sei do meu caminho em rude plano
Vagando sobre as ondas do passado.
E sei do que pudesse num engano
Viver este cenário tão diverso.

Meu mundo se mostrara ora diverso
E sei do que se faça agora rude,
O ledo caminhar ditando o engano
E nisto se anuncia neste instante
O tanto que pudesse do passado
Viver o quanto reste a cada plano,

O passo se desenha e neste plano
O mundo se fizera mais diverso
E sei do que procuro e no passado
O verso fora amargo e mesmo rude,
Agora o que renova neste instante
Depende do caminho feito engano.

O verso traduzisse novo engano
E sei do quanto possa neste plano
Viver a maravilha de um instante
A vida se resume em tom diverso
E o quanto se pudesse mesmo rude
Supera qualquer erro do passado,

O vento diz do quanto foi passado
E o medo não completa mais o engano
O preço a se pagar mesmo tão rude
Esconde no vazio um novo plano,
E sendo meu anseio mais diverso,
A solidão expressa cada instante

E sei do mero instante e de um passado
Aonde foi diverso o meu engano
E sei do velho plano amargo e rude...

910

Jamais ousei tentar nova emoção
Depois de tantos anos consumidos
Entranho nos vazios de minha alma
E bebo o que não possa e não devia,
O canto se transforma em desespero
E o verso não tem nexo ou solução

O tempo se renega e a solução
Transcende o quanto pude em e emoção
Marcando com terror e desespero
Os dias entre tantos consumidos,
No quanto mais pudesse e até devia
Trazer com mansidão dentro desta alma.


O medo na verdade tomando a alma
O peso de um sonhar sem solução
E o quanto na verdade inda devia
Mostrar numa delícia em emoção
Vagando entre caminhos consumidos,
E nisto o mais temível desespero...

O tanto que se faça em desespero
Gerasse esta expressão que animando alma
Dos tantos mil problemas consumidos
Encontra na verdade a solução
Nos ermos da loucura em emoção
Traçando muito além do que eu devia.

O tanto que portanto inda devia
Trazer além do mero desespero,
Com toda esta improvável emoção
O tempo se anuncia e tomando a alma
Encontra no final a solução
Nos passos entre enganos consumidos,

Os olhos buscam sonhos consumidos
E nisto cada farsa ora devia
Trazer no fundo apenas solução,
Mas sei do mais diverso desespero
E sendo tão diversa e trágica alma
O mundo sonegasse esta emoção.

O tanto em emoção diz consumidos
Momentos onde esta alma não devia
Traçar em desespero uma emoção...

911

Sonhando o quanto eu possa ser feliz
Vivendo cada instante de tal forma
Que a vida no final se transformasse
E nisto o quanto possa ser diverso
Do muito quando esta alma reluzisse
Traçando este infinito que hoje vejo,

O tanto que te quero e logo vejo
Moldando o quanto possa ser feliz
Gerando o que deveras reluzisse
E quando se imagina em justa forma
O todo tantas vezes mais diverso
Encontro o que decerto eu transformasse,

A luta quando muito transformasse
No tanto que sentisse e agora vejo,
Marcando com ternura o tom diverso
Do sonho mais sincero e mais feliz,
Grassando sobre a bela e nova forma
E nisto outro cenário reluzisse.

O mundo se traduz e reluzisse
Enquanto outro caminho transformasse
Deixando para trás a leda forma
De um tempo que deveras quando eu vejo
O tanto se pudesse ser feliz
Marcando este momento mais diverso,

O meu dia não seria tão diverso
O todo na verdade reluzisse
E toma o que de fato sei feliz
E nisto o tanto quanto transformasse
O mundo se desenha enquanto o vejo
E sei da solidão em rude forma,

O tempo toma logo a triste forma
Do que pudesse ser tanto diverso
E sei do quanto possa e quando o vejo
Traduz o todo enquanto reluzisse
Marcando o que de fato transformasse
A vida num momento mais feliz,

E sendo tão feliz na mansa forma
O todo transformasse em tom diverso
O quanto reluzisse e nada vejo.

912

O passo que se dera sem sentido
O verso muitas vezes não traria
Sequer o quanto a sorte ora moldasse
Tampouco este cenário sem proveito
O corte na raiz impede o passo
E o canto noutro instante; não mais ouço,

O tanto que se perca e quando eu ouço
Aguço na verdade este sentido
E vago sem temer que em novo passo
O sonho com firmeza em paz traria
O verso traz o todo em vão proveito
O mundo sem destino ora moldasse.

O canto que pudesse e não moldasse
O verso se mostrando enquanto eu ouço
O rumo se perdendo e do proveito
Que tanto poderia ser sentido,
O quanto no final já me traria
Esquece no caminho o velho passo,

O mundo sem destino enquanto passo
O verso que deveras se moldasse
Na luta quando a sorte me traria
O todo quando possa e jamais ouço
O vago caminhar já sem sentido
E o tempo renegando este proveito,

O tanto que pudera em tal proveito
O vento noutro tempo quando passo
Vagasse pelas hostes do sentido,
E o tanto na verdade se moldasse
Marcando o quanto possa e sei quando ouço
Dizendo da esperança que traria.

Meu sonho que deveras te traria
E nisto se presume algum proveito
Do mundo que desejo e sei que ora ouço
A sorte resumindo cada passo,
E nisto outro caminho se moldasse
Tomando com certeza este sentido.

Ousara ter sentido o que traria
Na sorte que moldasse este proveito
O vento quando eu passo, em paz eu ouço...

913

Não passa nem sequer pela cabeça
De quem se fez além de mero ocaso
O todo se expressando no que veja
A sorte sem caminho, mansamente,
O tempo noutro tanto diz do fato
Que possa e com certeza se faria,

Meu mundo na incerteza não faria
Sequer o quanto passe na cabeça
E vejo esta razão, diverso fato,
Que superando enfim qualquer ocaso,
Encontra este destino e mansamente
Expressa na verdade o que se veja.

O mundo se desenha e sei que veja
O todo noutro instante e assim faria
O vago deste sonho mansamente
Encarna o que se traga na cabeça,
O mundo se transforma num ocaso,
No passo que decerto dita o fato,

O mundo se presume e neste fato
O tanto que pudera e quando veja
Meu mundo na verdade dita ocaso,
E sei do quanto tente e assim faria
Vestígios do momento na cabeça
E bebo com certeza, mansamente.

O tanto que se faça mansamente,
O mundo noutro passo, mesmo fato,
O quanto se anuncia na cabeça
Vagando quando a sorte sempre veja
Pousando aonde o todo se faria,
E nisto o que se marca o velho ocaso.

O mundo se gestando neste ocaso
E sei do quanto pude mansamente
No todo que deveras se faria
O tanto quanto viva em claro fato,
O tempo na verdade que assim veja
O canto ao invadir minha cabeça,

A sorte na cabeça. Amor e ocaso,
O vento sempre veja mansamente
O quanto neste fato eu não faria...

914

Já não coubera ser o tão diverso
Que possa traduzir o mesmo engano
E nisto se reduz o quanto trago
Vagando sem poder sentir o vento
Que ronde novamente o quanto eu quis
E seja de tal forma necessário,

O mundo se mostrara necessário
E sei do quanto viva em tom diverso
Gerando na verdade o quanto quis
Marcando com ternura além do engano
O prazo desvairado sobre o vento
E a sólida expressão que tanto trago,

O marco mais audaz que agora trago
O tempo se moldara necessário
E sei do quanto possa exposto ao vento
Num ato tantas vezes mais diverso,
O mundo se mostrara e não me engano,
Encontro na verdade o quanto eu quis,

O quanto se mostrara no que eu quis
E o peso de um anseio quando o trago,
Marcando cada dia em rude engano
E sendo meu anseio necessário
O passo mesmo sendo mais diverso
Expressa o sentimento exposto ao vento,

E quando na verdade sei do vento
Que tanto noutro fato sei que quis,
O mundo se fizera mais diverso
Do sonho que deveras quero e trago,
Navego muito além do necessário,
E muito do caminho diz do engano.

O tempo na verdade dita o engano
E sei deste cenário exposto ao vento
E sei do meu anseio necessário
Trazendo no final o que eu mais quis
E sinto este delírio aonde trago
O passo que pudera mais diverso,

Sentindo este diverso e rude engano,
O tempo quando o trago expondo ao vento,
O todo que se quis foi necessário.


915

Gerando o que deveras poderia
Tramar noutro segundo a sorte em paz
E sei do quanto possa ser além
O todo que desejo neste instante
A farsa se moldara tão somente
Enquanto na verdade sigo só,

A luta se desenha quando só,
O tempo noutro fato poderia
Trazer o que se mostre ora somente
E deixe este caminho sempre em paz
O todo se moldara num instante
E o sonho não restara mais além,

O quanto se proponha ser além
E dito desta forma sigo só,
Vencido caminheiro num instante
Aonde o que se queira eu poderia
Trazer em sensação de imensa paz
E nisto ter minha alma tão somente.

O passo se anuncia e sei somente
Do tempo desairoso e sei além
Do verso mais suave e desta paz
Que trace na verdade o ser mais só
Que tanto quanto queira poderia
Viver a sensação de um raro instante,

A vida noutro passo, novo instante
O mundo se resume tão somente
No quanto sei que tente e poderia
Viver ou caminhar de fato além
Do todo que se fez audaz e só
Roubando desde sempre a minha paz...

O tempo que não trague mais a paz
O sonho se desdenha neste instante
E sei do quanto pude ser tão só
Vagando sem saber onde somente
A vida se mostrasse muito além
E nisto nada mais se poderia.

O verso poderia ter em paz
O quanto sempre além de mero instante
Tramasse tão somente o que foi só.

916

Ainda transformando o que se mostre
Na farsa mais audaz e mesmo rude
A luta se traduza no vazio
Amortalhado sonho se promete
Vagando entre montanhas, cordilheiras,
Na alpina sensação de liberdade,

Ao menos poderia em liberdade
Viver o que esta sorte já nos mostre
E sei do quanto em tantas cordilheiras
Terreno que se faz íngreme e rude
Aos poucos novo senso se promete
E gere uma ilusão deste vazio.

O tanto que pudesse ser vazio
O verso alçando a clara liberdade
E nisto o caminhar ora promete
O todo que deveras tanto mostre
Vagando sem temer o passo rude
Que enfrente as mais diversas cordilheiras,

Alçando muito além as cordilheiras,
O tempo se mostrasse mais vazio
E sei do quanto possa ser mais rude
Aquele que se dera em liberdade
E tanto que esta vida enfim me mostre
Expressa o que de fato se promete.

O mundo no final nada promete
Senão as mesmas velhas cordilheiras
E quando esta verdade enfim se mostre
Grassando sem limites o vazio
O todo se traduza em liberdade
E o passo que se veja seja rude,

O mundo tantas vezes sendo rude
Ao menos esperança em vão promete
E sei do quanto custe a liberdade
Envolta pelas belas cordilheiras
Deixando para trás este vazio
E tendo esta alegria que se mostre.

O mundo ora se mostre aonde rude
Pudesse no vazio e o fim promete,
Mas vejo em cordilheiras: LIBERDADE!

917

Não mais que meramente a vida trouxe
Um tempo aonde o todo pude ver
E sei do que deveras se anuncia
Marcando com ternura o que não vejo
O mundo noutra face se desnuda
E o lento caminhar nega o futuro,

A vida sem sentido e sem futuro,
O todo que decerto o nada trouxe
A sorte mais audaz, mesmo desnuda,
Meu passo no vazio eu pude ver
E sei do quanto tente e agora vejo
No encanto que se tenta e se anuncia,

A sorte noutro passo me anuncia
O todo que pudesse num futuro
Diverso do que eu tenha e mesmo vejo,
Marcando cada sonho que ora trouxe
Vestindo esta expressão e busco ver
A farsa que esperança ora desnuda.

A noite sem sentido ora desnuda,
O verso que pudera e me anuncia
O tanto que se queira mesmo ver
E nada da verdade sem futuro,
Vagando sem saber o que me trouxe
E apenas sem sentido agora eu vejo;

O todo desejado não mais vejo
Tampouco a luta atroz rude e desnuda
Enquanto o que deveras já nos trouxe
O fim dos sofrimentos anuncia
E o verso se desenha no futuro
Ainda me impedindo ora de ver,

O sonho se mostrara sempre ao ver
O passo que deveras quando o vejo
E sei do meu tormento em vão futuro
Encontro a ninfa bela já desnuda
E nisto o meu final ora anuncia
Negando qualquer sorte quando a trouxe,

O mundo sem sentido nada trouxe
E sigo sem caminho o quanto ao ver
Resume no que possa e se anuncia
Marcando com ternura o que ora vejo,
Minha alma se apresenta ora desnuda
E sei do meu anseio no futuro.

O quanto do futuro a vida trouxe
E nisto se desnuda e quero ver
E quando a luz eu vejo, te anuncia...

918

Não mais que tantos erros cometidos
Ou mesmo desenganos tão comuns,
Os olhos procurando algum descanso
Na luta costumeira dia a dia,
O verso se transforma e nada resta
Sequer o que pudesse ou mais teria,

A morte noutro tom já se teria
Enquanto os descaminhos cometidos
Tramassem com certeza o quanto resta
Envolto pelos dias tão comuns,
E sinto o quanto possa noutro dia
Viver esta emoção já sem descanso,

E nada do que possa ora descanso
E sinto o quanto resta e não teria
Marcando o que se tente neste dia
Ou mesmo entre os engodos cometidos
Os erros são deveras mais comuns
E nisto a solidão, ainda resta.

O tanto que pudera e sei que resta
Versando sobre o quanto ora descanso,
Navego por momentos tão comuns
E sigo na promessa que teria,
Em passos noutro rumo cometidos
E que isto ora preceda um novo dia.

O tanto se moldara a cada dia
E nada do meu mundo ainda resta
Gerando entre os diversos cometidos
Enganos o caminho sem descanso
E nele toda a sorte que eu teria
Expressa os desenredos tão comuns,

E sinto quanto possam ser comuns
Os erros que traduzem novo dia,
O canto que deveras eu teria
O mundo na verdade não mais resta
E sei do quanto possa e até descanso
Imerso nos enganos cometidos,

Delitos cometidos são comuns
E nisto sem descanso, a cada dia,
O sonho que inda resta eu não teria...

919

O tempo desenhasse sem sentido
O quanto pude crer e nada havia
A luta se desenha sem que eu possa
Trazer uma esperança a cada olhar,
No prazo que deveras determina
A sorte se fizera em vão lutar,

O tanto que inda possa hoje lutar
A senda sem caminho em vão sentido
O mundo sem descanso determina
O todo que deveras não havia
E eu deva com pureza neste olhar
Trazer o que esperança tente e possa,

A vida na verdade sempre possa
Vencer o quanto teime no lutar
E singre no infinito cada olhar
Em rara tempestade, amor sentido,
O prazo não soubera nem havia
Enquanto a solidão não determina.

O mundo traz a luz e determina
O quanto mais tentasse e sei que possa
Vestindo toda a sorte que ainda havia
E nisto se presume o meu lutar
Que possa com certeza num sentido
Tramar o que deseje cada olhar,

O tanto que pudera enfim olhar
Enquanto este horizonte determina
O mundo noutro tom, raro sentido,
E o verso com certeza também possa
Tramar o que desejo e no lutar
Mostrasse o quanto reste e mesmo havia,

A luta na verdade não havia
E nisto se aproxime o belo olhar
Atado no que eu possa em vão lutar
O sonho mais audaz já determina
O risco sem proveito que se possa
Trazer desta emoção frágil sentido.

E tendo esse sentido nada havia
Senão o quanto possa em teu olhar
E a vida determina o vão lutar...

920

O prazo se traduza em derrocada
E o medo configure o verso em vão
Ainda se presume a dimensão
Do quanto se tentara em noite mansa,
A vida na verdade não alcança
Seguindo o farto pó na velha estrada,

O manto que cobrisse a nossa estrada
O tempo na mais rude derrocada
Enquanto a solidão agora alcança
Quem tanto poderia estar em vão,
No sonho quando a vida fora mansa
Perdendo a mais completa dimensão.

O fato que pudesse em dimensão
Trazer a minha luta em nova estrada
A sorte desejada bem mais mansa
E o prazo determina a derrocada
De quem se fez agora e sempre em vão
Enquanto a solidão diversa alcança,

O todo noutro encanto a sorte alcança
Marcando o quanto possa em dimensão
Diversa da que trague mesmo em vão
O sonho de viver a bela estrada
Que seja muito além da derrocada
A vida mais sutil decerto mansa.

O tanto que se faça sempre mansa
Jamais esta emoção no fim alcança
Quem sabe da diversa derrocada
E bebe da sofrível dimensão
Do quanto se desenha nesta estrada
Marcada pela angústia sempre em vão.

O mundo se apresente e seja vão
O todo que se farta desta mansa
Vontade que desfio nesta estrada
E o nada na verdade agora alcança
O preço toma nova dimensão
Gerando tão somente a derrocada.

A cada derrocada o tempo é vão
E segue a dimensão suave e mansa
Que sempre enfim alcança a mesma estrada.


921

Aonde se pudesse ser feliz
O tempo não traria qualquer sonho
E sei da realidade que desdiz
O todo que de fato te proponho,
Vestígio da esperança a cicatriz
Transforma o dia a dia mais bisonho,

E sei do meu caminho tão bisonho
Aonde se pudesse ser feliz
Grassando sobre a velha cicatriz
Ainda sem sentido algum eu sonho
E o tanto quanto possa e te proponho
A vida noutro instante contradiz.

O mundo sem saber já contradiz
O todo que se faça mais bisonho
E nada do que tente ou mais proponho
Marcando o quanto tente ser feliz
Gerasse tão somente um manso sonho
E dele nova face em cicatriz,

Enfrento deste engodo, cicatriz,
Enquanto o dia a dia contradiz
O fato que deveras dita o sonho,
E sei do meu anseio mais bisonho
Tentara pelo menos ser feliz
E um canto noutro enredo ora proponho.

O todo sem sentido que proponho,
A sorte derramada em cicatriz,
O passo de quem tente ser feliz
E o verso na verdade contradiz,
O tempo se mostrara mais bisonho
Negando com certeza o próprio sonho,

E quando tão incauto, eu mesmo sonho
E busco o que deveras te proponho,
O passo tantas vezes tão bisonho
Encontra o que se faça em cicatriz
E a vida noutro passo contradiz
O que pudera ser bem mais feliz.

E quando ser feliz se fez em sonho,
O quanto contradiz o que proponho,
Expressa a cicatriz de um ser bisonho...

922

Marcasse com ternura o que não veio
E nisto o meu caminho se faz rude,
A vida tanto agrada quanto ilude,
E gera na verdade este receio,
O mundo se traduza em atitude
E siga seu caminho atroz e alheio,

O tanto que pudesse estando alheio
Ao que deveras quis e nunca veio
Moldando com temor esta atitude
E faça do meu passo mesmo rude
O quanto na verdade ora receio
E sinta sem temor o quanto ilude.

A sorte quantas vezes já me ilude
E sei do dia a dia e sigo alheio
Ao quanto poderia em vão receio
Seguindo a velha rota, triste veio,
E nele o que se faça em tom mais rude
Presume a solidão nesta atitude...

Somando cada passo em atitude
Diversa da que agora enfim ilude
E nisto o caminhar diverso e rude
Encontra o coração ausente a alheio
Tomado pelo medo quando veio
Trazendo na bagagem tal receio,

O mundo se transforma e assim receio
A luta que se tome em atitude
Diversa da que possa e mesmo veio
No engodo quando tanto nos ilude,
O mundo se mostrara mais alheio
E nisto com certeza sou mais rude,

O tempo se transforma e sendo rude,
Apenas o vazio ora receio,
E tanto que pudera ser alheio
Ao quanto se mostrasse em atitude
O verso na verdade nos ilude
E marca com ternura o velho veio.

E sinto neste veio, mesmo rude,
O que ora nos ilude, sem receio,
O mundo em atitude segue alheio...

923

Ainda sem saber do que viria
Ou mesmo da palavra quando empenho,
O tempo sem sentido de onde eu venho
Expressa a mais diversa fantasia,
E sei do caminhar duro e ferrenho
Nas tramas desta tosca alegoria,

O quanto desenhasse a alegoria
E o todo no final não mais viria
Marcando com firmeza o ser ferrenho
Gerado pela vida em duro empenho
Moldando desde quando fantasia
O todo que pudesse de onde eu venho,

O marco traduzindo o quanto venho
Trazendo na vontade, a alegoria,
Que a vida sem defesas fantasia
E gera este cenário onde viria,
O todo se transforma neste empenho
Gerando o descaminho mais ferrenho,

O passo que pudesse ser ferrenho
Traduz a sensação que enfrento e venho
Gerando na verdade o tolo empenho
Que possa se além da alegoria
E nisto cada passo enfim viria
Marcando o quanto reste em fantasia.

O mundo na verdade fantasia
O ser ou mesmo o dia mais ferrenho
E nada da incerteza que viria
Tramasse a solidão enquanto eu venho,
Trazendo neste olhar a alegoria
E tanto quanto possa em vão me empenho.

A sólida expressão traduz o empenho
Enquanto se regasse a fantasia
Gerando no canteiro a alegoria
Moldando este momento mais ferrenho
E tanto quanto possa sempre venho
Ou sei que na verdade até viria.

O tanto que viria neste empenho
Traduz o quanto venho em fantasia
No sonho mais ferrenho, a alegoria...

924

Ainda quando a sorte se desnude
E tantas vezes chegue sem cuidado
O tempo novamente está nublado
E sinto o quanto a vida mesmo mude
Poupando cada anseio na verdade
Encontro no final a liberdade.

Ainda quando busque a liberdade
Que esta alma num momento já desnude
O quanto poderia na verdade
Vencer o mundo atroz e sem cuidado
E quando esta expressão deveras mude
O sonho não seria enfim nublado,

Meu verso se mostrara então nublado
E tanto quanto tive em liberdade
O passo que se tente e mesmo mude
Gerando o quanto em medo ora desnude
O todo que pudera ser cuidado
Nas tramas mais audazes da verdade.

O sonho muito além desta verdade
Encontra o meu caminho ora nublado
E vejo na verdade o mal cuidado
Cenário que roubasse a liberdade
E tanta solidão que se desnude
Enquanto com certeza nada mude...

O verso que por certo tudo mude
O sonho de viver plena verdade,
O mundo que se mostre e se desnude
O céu amanhecera então nublado
E bebo da diversa liberdade
Que trame a cada dia este cuidado.

O mundo na esperança ao ser cuidado
Expressa o que pudesse e mesmo mude
Gerando dentro da alma a liberdade
Que trame com certeza esta verdade
E nisso mesmo quanto tão nublado
O sonho sem temores se desnude...

O tanto se desnude e, se cuidado,
Não deixa o céu nublado e tudo mude,
Trazendo da verdade a liberdade...


925

O medo não traria qualquer luz
A quem se desejasse sem temores
E sei dos meus caminhos e pudores
Amores quando a sorte não seduz
E bebo o que deveras me conduz
Matando em nascedouro tantas flores.

Ainda vicejassem raras flores
E o passo resumido além da luz
Marcando o quanto possa e me conduz
Ao tanto que vivesse sem temores.
O mundo que se mostra e nos seduz
Expressa a maravilha em seus pudores.

O tanto desenhado em meus pudores
O verso traduzindo as raras flores
Que o prazo na verdade me seduz,
Vivendo a fantasia desta luz
No quanto se presumem os temores
Ao paraíso em vida me conduz.

Não tema o que de fato me conduz
Nem mesmo se deixassem os pudores
Marcando com terror velhos temores
E nisto se buscassem novas flores
Enquanto se fartando desta luz
O sonho mais brilhante já seduz,

O tanto que se possa e nos seduz,
O verso quando o fato nos conduz
Gerando a cada dia a imensa luz
E nisto sem sequer falsos pudores,
Vagando nos jardins, divinas flores,
Deixasse no passado os meu temores.

O tanto que se molde nos temores
Enquanto o canto atroz tanto seduz,
Marcando os meus anseios nestas flores
E sei do que pudesse e nos conduz
Ao sonho feito além destes pudores
Trazendo com certeza a rara luz,

O mundo nesta luz e sem temores
Vagando sem pudores me seduz
Enquanto amor conduz cevando flores...

926


Ouvindo o murmurar do imenso sonho
Qual fosse algum marulho, em noite clara,
A lua tão somente se declara
Ao quanto delicia o imenso mar,
Cenário e nele vejo o mais complexo
Momento aonde possa delirar.

E sinto meu caminho e ao delirar
Presumo esta presença feita em sonho,
E vivo deste encanto tão complexo
Que possa traduzir a sorte clara
Enquanto mergulhasse no teu mar
O mais sublime encanto se declara,

O verso mais audaz busca e declara
A fonte que me faça delirar,
No todo se envolvendo o belo mar
Que trace cada cena deste sonho,
E quando a vida molda a sorte clara,
O todo se transforma em tom complexo,

Mosaico que se faz ora complexo,
O amor quando decerto se declara
Expressa esta emoção superna e clara
Fazendo um bardo apenas delirar,
E sei do quanto siga neste sonho
Vagando sem cansaço em pleno mar,

O tanto que se busque neste mar
Ousando ser deveras mais complexo
Expressa e realiza cada sonho
Enquanto esta emoção já se declara
Pudesse nos fazer, pois, delirar.
Na noite mais sutil sublime e clara,

Enquanto se transforma em bela e clara
A lua se entregando inteira ao mar,
Errático caminho a delirar
Num ato tão divino e mais complexo
Meu verso enamorado se declara
E traz à realidade o belo sonho.

E quando neste sonho a sorte é clara
O quanto se declara e traça um mar
Tomado num complexo delirar...


927

Já não mais caberia qualquer medo
Tampouco esta ilusão que me devora
Somente o que se tente e se perceba
Na sorte mais diversa e mais tenaz
Ainda que meu passo siga aquém
Presumo no futuro tanto brilho,

E quando na verdade sei que brilho
Ousando quando o tempo trague o medo,
O tanto que pudera ou mesmo aquém
Num fato mais sublime já devora
Meu mundo que pudesse mais tenaz
Vencer o quanto resta e enfim perceba,

Ainda que esta sorte ora perceba
E nela o quanto pude trame o brilho
Do todo sem limites e tenaz
Grassando sobre angústias, venço o medo,
E tanto que pudesse o que devora
Expressa esta vontade, mesmo aquém,

E o fato traduzindo o mundo aquém
Do quanto poderia e se perceba,
A luta noutro ponto me devora
E a noite turbulenta nega o brilho,
Enquanto o que pudesse sem ter medo
Ainda se mostrasse mais tenaz.

O mundo se anuncia onde tenaz
Pudesse caminhar e mesmo aquém
Do quanto se desdenha em rude medo,
E nada do que possa se perceba,
Vagando com a sorte quando eu brilho
No tempo que decerto me devora,

Ausente dos meus olhos já devora
O prazo que pudesse ser tenaz
O tanto na expressão de farto brilho
Agora se resume muito aquém
Do quanto se deseja e não perceba
Quem segue o dia a dia feito em medo.

928

Não quero acreditar no inverossímil
Cenário que constróis quando desarmas
As almas entre pedras e cascalhos,
Os dias turbulentos e ferozes,
As ânsias são chacais e me devoram
Deixando rastros rudes neste prado,

O tanto se fizera e invado o prado,
Sabendo ser o verso inverossímil
E os ermos da esperança nos devoram
Enquanto na verdade não desarmas
Os passos mais atrozes e ferozes.
Invadem tais caminhos em cascalhos,

O quanto poderiam os cascalhos
Vencendo o que se faça em claro prado
O mundo traz em dias mais ferozes
O canto tanto quanto inverossímil
E sigo os caminhares e desarmas
Os sonhos quando muito nos devoram,

Ainda restem sombras e devoram
O velho sonhador entre os cascalhos
E sei do quanto possa e não desarmas
Deixando sem defesas este prado,
O tempo mais audaz e inverossímil
Expressa dias torpes e ferozes,

Os sonhos que se fazem mais ferozes
Os ermos trazem erros e devoram
Traçando este cenário inverossímil,
E sigo sempre além destes cascalhos
E sei do meu anseio em pleno prado
Enquanto uma ilusão já não desarmas.

O tanto sem destino ora desarmas
E sigo dias rudes e ferozes
Deixando no passado o velho prado
Enquanto ledos sonhos se devoram,
Os dias entre pedras e cascalhos,
Num mundo que se fez inverossímil.

O tanto inverossímil não desarmas
E geras dos cascalhos os ferozes
Cenários que devoram neste prado...


929

Jamais se tentaria nova sorte
Nem mesmo poderia acreditar
Nas tramas do que possa e me conforte
Ou mesmo nesta angústia em pleno mar
O vento se fazendo bem mais forte,
Só resta na verdade o naufragar.

Meu sonho tantas vezes, naufragar,
E sei que na verdade sem tal sorte
O mundo que pudesse ser mais forte
Já não devia mesmo acreditar
Nos ermos de quem busca e se conforte
Gerando da esperança um verde mar,

O quanto se entranhasse neste mar
O tanto que pudera naufragar
Ousando no caminho onde conforte,
O verso se anuncia de tal sorte
Que mesmo quando possa acreditar
A luta se mostrasse audaz e forte,

Deixando sobre o solo o velho forte,
Agora se invadindo pelo mar
O passo que pudesse acreditar
Expresse na verdade o naufragar
Do quanto se queria em clara sorte,
Porém não vejo nada que conforte.

O tanto sem sentido não conforte
E sei do caminhar atroz e forte
Marcando com terror a nossa sorte
E nisso quando vejo além o mar
O tempo se desenha a naufragar
O quanto eu deveria acreditar...

O mundo não pudesse acreditar
Nas tantas ilusões do que conforte
A senda que se mostre a naufragar
O todo que demonstre ser mais forte,
E sigo as derrocadas deste mar
No tanto que renegue a própria sorte.

A vida de tal sorte, a acreditar,
Nas ânsias deste mar onde conforte
Num vento tão mais forte o naufragar...



930

O mundo se transforma noutra face
E gera o quanto tento não mais ver
E sinto na verdade algum prazer
Enquanto esta emoção me dominasse,
Porém ao vislumbrar a solidão,
Meu tempo não se faça tanto em vão.

O verso desenhado neste vão
A sólida expressão moldando a face
Deixando no passado a solidão
E nisto cada passo venha ver
O quanto desta sorte dominasse
Marcando com ternura algum prazer.

Não sei do que pudesse em teu prazer
Saber das horas tantas que já vão
Enquanto o que deveras dominasse
Tramasse o quanto vejo em tua face
Marcando o que se mostre e possa ver
Além da mais sofrível solidão,

O canto se anuncia em solidão
E o mundo renegasse algum prazer
Enquanto no final sem nada ver
Ousasse acreditar no imenso vão
Tomando cada sulco desta face
Aonde o que passou já dominasse,

E tanto o quanto quero e dominasse
O verso na mais rude solidão
O ledo desenhar em rubra face
O mundo sem sentido e sem prazer,
Um canto tantas vezes sei que vão,
E o tempo que pudera em paz já ver,

O quanto se anuncia e possa ver
Ou mesmo na verdade dominasse
O tanto se mostrando agora em vão,
Tramando no final a solidão,
E nisto procurasse por prazer
Mostrando com rudez esta outra face,

O tempo nesta face eu possa ver
E nisto algum prazer me dominasse,
Porém em solidão é tudo em vão...


931

Jamais se acreditasse neste engodo
Marcando nossa vida a cada instante
E sei do quanto possa noutro passo
Vagar sem mais temer qualquer anseio
E vejo o sonho feito em noite clara
Qual fosse a redenção e nada mais,

Pousando neste instante sempre a mais
Do quanto fosse outrora um torpe engodo,
A vida noutro tempo se faz clara
E gera o quanto possa num instante
Marcando o que deveras mais anseio
Traçando com ternura cada passo,

O verso tão somente dita o passo
Do tanto que pudera sempre a mais
Viver o que se busque neste anseio
E trame com certeza e sem engodo
O mundo desenhado num instante
Na sorte mais audaz, e mesmo clara,

A luta sem temores se faz clara
E o quanto noutro tempo dite o passo
Tornando o que se mostre neste instante
O todo desejado e muito mais,
O verso se anuncia e sem engodo
Ousasse na verdade o quanto anseio,

E busco este cenário enquanto anseio
A vida noutra face bem mais clara
E sinto superado algum engodo
E nada do que tente mesmo eu passo,
Vagando aonde possa sempre mais
Viver a maravilha de um instante.

O canto se anuncia e neste instante
A luta se resume noutro anseio
E sinto o quanto posa e muito mais
Traçando a noite imensa, bela e clara,
E tramo com certeza a cada passo
O mundo sem temores nem engodo.

A vida sem engodo num instante
Expressa a cada passo o quanto anseio
E sendo a sorte clara eu quero mais...

932

Meu mundo se desenha de tal forma
Que nada impediria o quanto quero
Vestígio de um passado rude e fero,
A vida noutro instante se transforma
Inebriado vivo cada fato
No sonho que deveras eu constato,

Amor que traduzisse o que constato
Gerando o quanto possa nesta forma
E tento desvendar supremo fato
Enquanto se anuncia o quanto quero,
A vida se desenha e se transforma
Marcando este caminho mesmo fero.

O medo se traduz e sei que é fero
O tanto que deveras eu constato,
A senda audaciosa se transforma
E toma do infinito a própria forma
E nesta fantasia o quanto quero
Expressa o que se veja neste fato.

Ainda que se veja em novo fato
O tanto do passado bem mais fero
Amplio na verdade o quanto quero
E sei do novo passo e já constato
O mundo de tal sorte em bela forma
Enquanto o dia a dia nos transforma.

O tanto que esperança nos transforma
E gera da expressão sobeja o fato
Vivendo sem temor o que se forma
No rastro de um caminho torpe e fero,
O amor que mais anseio ora constato
E nisto se traduz tudo o que quero,

O verso mais audaz ditando quero
Ousando acreditar no que transforma
E sei da maravilha onde constato
O mundo com beleza em claro fato
E sei do meu passado rude e fero,
Sinceramente ausente gosto e forma...

O tanto que se forma e não mais quero
O mundo sendo fero nos transforma
E o tempo em ledo fato ora constato.


933

Jamais se perde quem deseja o sonho
Vagando pelas noites mais audazes
E sei do quanto possa em claridade
Vestir esta emoção que nos transforme
E sigo a sensação do quanto dite
O mundo sem temores noutra senda,

A vida na verdade não desvenda
Sequer o que pudesse enquanto sonho
E mesmo quando a sorte trace e dite
O todo se desenha em claridade
E o passo que deveras nos transforme
Expressa tons suaves, mas audazes,

E sei dos dias claros tanto audazes
Enquanto na verdade se desvenda
O todo que pudesse e nos transforme
Marcando este detalhe dito sonho,
E vejo no final a claridade
Que toda esta vontade sempre dite,

O mundo com certeza apenas dite,
Embora sentimentos tão audazes
Trazendo o quanto possa em claridade
Enquanto o dia a dia se desvenda
Marcando com ternura o quanto sonho
E nisto tão somente nos transforme,

O mundo que se veja e já transforme
O todo que pudesse e quando dite
O tempo navegando além do sonho
Os dias tão macios quanto audazes,
Vestindo o quanto possa e se desvenda
Vivendo na mais farta claridade.

O passo que resuma em claridade
Meu mundo quando a sorte nos transforme
Sabendo da esperança que desvenda
O tanto que se queira e a sorte dite,
Marcando dias claros tão audazes
Nas claras impressões de cada sonho,

E sei do quanto sonho em claridade
Os passos são audazes. Já transforme
A vida quando dite a claridade.


934

Não mais que meramente fomos tanto
E sei quanto se tente acreditar
Nas sortes mais diversas num luar
Vagando sem saber sequer o quanto
Pudesse noutro fato traduzir
O amor que não consigo repartir.

A luta se moldasse a repartir
O todo num momento feito em tanto
Caminho no cenário a traduzir
O que jamais pudesse acreditar,
No tempo desenhando o como e o quanto
Entranho noites claras de luar.

O mundo se anuncia e no luar
O brilho que pudera repartir
Gerando desta sorte o muito e o quanto
Ousasse na verdade ser no tanto
Que possa com certeza acreditar
E mesmo noutro instante traduzir,

O verso que pudera traduzir
As redes maviosas de um luar,
O quanto se permite acreditar
No tanto que pudesse repartir
Gerando desde sempre neste tanto
O mundo que desejo tanto e quanto.

O passo se fizera audaz e quanto
Aos sonhos na verdade o traduzir
Expressa o que se mostre noutro tanto
Reinando sobre nós este luar,
O mundo se moldara a repartir
Além do que pudesse acreditar.

Agora me bastasse acreditar
Nas tramas que decidam neste quanto
O dia mais tranquilo repartir
Ou mesmo noutro instante traduzir
Nas teias mais sublimes do luar
O amor que se quisera sempre e tanto,

O mundo neste tanto acreditar
Trouxesse no luar tão belo quanto
O sonho a traduzir e repartir...

935

Jamais se imaginasse nova sorte
Aonde o que se fez não caberia
O mundo na verdade não me traz
Sequer o quanto possa nesta senda
E vejo em minha sanha a solidão
Que molde cada verso no vazio,

Sabendo do meu sonho tão vazio
E o nada que domina inteira a sorte
O todo se expressando em solidão
Aonde na verdade caberia
Ao menos a certeza de outra senda
Que a vida tão teimosa ora nos traz,

O quanto deste encanto o sonho traz
Embora siga mesmo tão vazio,
A luta transformando toda a senda
Raiando muito além da própria sorte
O quanto na verdade caberia
Tramando este caminho em solidão,

A vida noutro passo, solidão,
O verso se mostrara no que me traz
E vejo o que de fato caberia
Traçando no final este vazio
Que possa me trazer em rude sorte
O quanto destroçasse toda a senda.

O mundo noutro rumo, velha senda,
O passo rumo à farta solidão,
Meu canto na verdade sem tal sorte
Apenas no final torpe me traz
O quanto anunciasse no vazio
E aquém do sonho nada caberia,

O tanto se mostrasse e caberia
Ainda que se veja em rude senda
O passo sem sentido no vazio
O canto na mais rude solidão
E o verso que deveras já se traz
Moldando no temor a dura sorte,

E vendo quanto a sorte caberia
No sonho que me traz a leda senda,
E desta solidão, bebo o vazio...







936

O mundo não trouxera a paz que um dia
Eu tanto procurara e não viera
Sentado sem saber o que fazer
Apenas esperando a minha queda
O fato se repete neste instante
Um ermo caminhar duro e constante.

Ainda se mostrando tão constante
A vida se moldando dia a dia
No tanto que pudera noutro instante
Decerto já percebo, não viera,
O mundo se anuncia em plena queda
E o rastro deixa atrás o que fazer,

O tanto que pudesse ora fazer
O verso mais audaz, porém constante,
O mundo na incerteza desta queda
O passo que pudera noutro dia
Tramar o que de fato se viera
Trouxesse a solidão num claro instante.

O tempo se desenha neste instante
Deixando para trás o que fazer
E sei da sensação que já viera
Marcando em passo firme e mais constante
O tanto que se possa neste dia
Além do quanto vejo em rude queda,

A sorte se propaga e nesta queda
O mundo se traduz e num instante
Gerando o quanto possa a cada dia
Mostrando o que pudera hoje fazer
Encontra este caminho e mais constante
A luta com certeza não viera,

O tanto que se tente e até viera
Ao presumir enfim a rude queda
Mostrando o quanto possa ser constante
Depois do que se faça num instante
Marcando o quanto pude ora fazer
Grassando na verdade novo dia.

E quando novo dia enfim viera
O todo a se fazer expresse a queda
Que possa além do instante ser constante...

937

Não vejo a minha luz e nem talvez
Pousasse nas entranhas da ilusão,
Meu verso se perdendo sem sentido
O canto noutro fato resumido
E o medo se anuncia desde então
Gerando a mais completa estupidez...

O tanto que se diz estupidez
Grassando cada face do talvez,
Marcando o meu caminho desde então
Gerindo o que pudera esta ilusão,
E o prazo noutro ocaso resumido
Tornando a própria vida sem sentido,

O quanto se anuncia em tal sentido,
O mundo na mais vaga estupidez
O passo noutro encanto resumido
A vida sem proveito e nem talvez
O tanto que faça em ilusão
Mostrando cada engano desde então...

O mundo se moldara sempre e então
O tempo na verdade sem sentido,
O vago caminhar nesta ilusão
Marcada por temida estupidez
Gerasse o que pudesse até talvez
Traçar outro caminho resumido.

O mundo no que possa resumido,
O medo se tramando desde então
O luta sem proveito onde talvez
Ainda se conceba algum sentido
O mundo na completa estupidez
Expressa o que se faça em ilusão,

Meu tempo se perdendo na ilusão
Do quanto no passado resumido
Tocado pela rude estupidez
E nisto se mostrasse desde então
O canto que tentasse ser sentido
Marcando pela angústia do talvez,

O marca desta sorte e do talvez
Grassasse o que pudesse esta ilusão
E noutro delirar o meu sentido
Havendo cada passo resumido
Nos termos que tentasse desde então
Tramar com mais completa estupidez,

A tanta estupidez que do talvez
Encontre sempre então esta ilusão
No fato resumido, e sem sentido...

938

O tempo não se deixa confundir
E sei do que passou e não viera
Ainda se percebe o precedente
Marcando violenta e bruscamente
O passo sem um norte mais audaz,
Deixando todo o sonho sempre atrás,

O quanto poderia e vivo atrás
Do tempo noutro tanto a confundir
O verso mais sublime e sei audaz
Ditando o que de fato não viera
Marcando o que possa bruscamente
Encontra no vazio um precedente,

O tanto se mostrara em precedente
Deixando meu anseio sempre atrás
Da luta que se veja bruscamente
E tente na verdade confundir
O passo que pudesse e não viera
Ainda quanto fosse mais audaz,

O todo se desenha sempre audaz
E nisto raro amor, sem precedente,
Gerando desde quando ora viera
O tempo que deixara muito atrás
No tanto quanto possa confundir
O mundo desabando bruscamente,

O todo se anuncia e bruscamente
Ousasse com certeza ser audaz
E o prazo principia a confundir
Quem tanto se deseja em precedente
Diverso do que tanto corre atrás
E beba da incerteza que viera,

O passo noutro ritmo já viera
Freando a minha vida bruscamente
E o quanto se ficara logo atrás
Moldando o quanto pude ser audaz,
E tanto se mostrara o precedente
Que trame minha vida a confundir,

O quanto confundir sempre viera
Marcante o precedente e, bruscamente,
O sonho mais audaz seguindo atrás...


939

Não tendo a menor sorte não se vira
O tempo mais audaz e mesmo enquanto
A luta se anuncia num tom brando
O mundo desabando tudo nega,
E sei da solidão que se fizera
Na espera de um momento mais tranquilo,

Querendo pelo menos um tranquilo
Caminho que pudesse e quando o vira
Expressaria tudo o que fizera
Deixando para trás o tempo enquanto
Meu verso na verdade nada nega
Ou mostre este caminho bem mais brando,

Meu sonho que pudesse ser tão brando
Ou mesmo algum instante mais tranquilo,
O tanto que se busque e a vida nega
Ainda quando além do sonho eu vira
Marcasse meu caminho e sinto enquanto
A sorte noutro tom já se fizera,

O quanto da esperança se fizera
Num dia mais suave e sendo brando
O coração de quem se traga enquanto
O todo se desenhe mais tranquilo
O mundo que deveras mesmo vira
A sordidez agora também nega...

O todo sem desvios não se nega
E sei do quanto a vida já fizera
Marcando o quanto possa e mesmo vira
Ousando neste instante em tom mais brando
O quanto se fizera mais tranquilo
Expressa o que se queira, por enquanto,

E mesmo que se veja e sinta enquanto
A vida noutro fato jamais nega
O mundo se desenha tão tranquilo
E nisto a solidão tanto fizera
Marcando o que se queira ser mais brando
Com toda esta expressa que em luta eu vira.

E sei do quanto vira e por enquanto
O tempo sendo brando não se nega
E disto se fizera mais tranquilo...

940

Num ato tanto insano quanto audaz
A sorte se fizera mais cruel
E o passo noutro instante se moldando
Restasse sem sentido nalgum canto,
O mundo se aproxima e dita a sorte
Que tanto noutro passo não pudera.

O quanto sem defesas eu pudera
Ainda quando seja mais audaz
Traçar este momento aonde a sorte
Se mostre com certeza mais cruel,
O todo se anuncia em rude canto
E o peso de uma vida nos moldando,

A luta que se tente ora moldando
O verso que bem sei tanto pudera
No marco quando toma inteiro o canto
O prazo tantas vezes mais audaz,
E o verso sem sentido ou tão cruel
Tomando num instante a nossa sorte,

O mundo se anuncia em rude sorte
E vejo o quanto possa ora moldando
Trazendo o dia a dia mais cruel
E nisto outro caminho não pudera
Depois do que se fez atroz e audaz
Ao menos viveria um novo canto.

O marco desenhado neste canto
O prazo determina a melhor sorte
E sei do caminhar bem mais audaz
Que possa noutro instante nos moldando
Gerar além do todo que pudera
Um mundo com certeza mais cruel,

O tanto se fizera tão cruel
E disto se espalhando em todo canto
Tramasse com certeza o que pudera
No tempo mais dorido em rude sorte,
E nessa solidão já me moldando
Tentando na verdade ser audaz,

O passo mais audaz e sei cruel
Aos poucos já moldando noutro canto
O quanto nesta sorte enfim pudera...


941


No tanto que pudesse cada sonho
Trazer esta alegria sem limites
Expresso o quanto busco e quero a mais
Do encanto feito em clara maravilha
O verso quando ecoa em alegria
Crisálida conhece a liberdade,

E o tanto se desenha em liberdade
Enquanto na verdade rege o sonho
Ousando crer além nesta alegria
Que segue sem saber quaisquer limites
Na vida quando a mesma maravilha
O todo que se faça sempre a mais,

O passo se desenha e quero mais
Na sensação divina, em liberdade,
Vagando pelo espaço em maravilha
Trazendo com certeza o belo sonho
E sei quando seguindo além-limites
Ousando perceber farta alegria,

O tanto que se mostre em alegria,
O canto nos redime e traz bem mais
Do encanto que sublime e sem limites
Invade sem temores, liberdade,
Pousando no que possa nosso sonho
Moldar esta suprema maravilha,

E quando ao ver mais perto a maravilha
Dos olhos onde eclode esta alegria
O mundo se desenha e nisto sonho
Tentando com certeza sempre mais
E vejo na expressão da liberdade
Um mundo que não veja mais limites,

E tanto se percebe sem limites
O fato que decerto maravilha
A vida feita em plena liberdade
E nisto trace sempre esta alegria
Marcando o quanto possa e muito mais
No encanto que se traduza cada sonho,

E quando agora sonho os meus limites
Deveras são bem mais que a maravilha
Ditando esta alegria em liberdade!


942

O quanto da esperança me traria
O tempo mais feliz e mesmo possa
Traçar esta vontade que pondera
E gera a face clara em passo pleno,
Ousando muito além do que se tente
O mundo se mostrara mais suave,

O canto se moldasse mais suave
E toda esta certeza já traria
O quanto noutro passo a vida tente
Marcando com brandura o quanto possa
Vivendo o que se mostre sempre pleno
E nisto outro cenário a paz pondera,

Meu verso que esperança em si pondera
A trama mais audaz e mais suave
O verso noutro fato sempre pleno
E o quanto da verdade me traria
Enquanto esta certeza agora possa
Viver o que se busque e mesmo tente.

Nas tantas emoções que a sorte tente
E o passo sem temores já pondera
O verso na verdade sempre possa
Trazer o quanto seja em paz suave
O mundo num instante me traria
Um tempo sem temores, vivo e pleno,

O quanto se desenha em passo pleno
O prazo aonde a paz a vida tente
Marcando o que se trama e me traria
O tanto quanto a vida ora pondera
Marcando com a sorte mais suave
O sonho que em verdade agora eu possa.

A luta de tal forma já não possa
Vencer o desafeto rude e pleno
E quando se buscasse ser suave
Ou mesmo noutro instante o rumo tente
O verso que deveras já pondera
A paz em plenitude me traria,

E sei que me traria o que não possa
E quando se pondera seja pleno
O todo que se tente em tom suave...

943

Não mais que mero sonho se desenha
Na face tatuada da esperança
Que tanto audaciosa e rude mostra
O quanto no final não valeria,
Pousando no infinito a vastidão
Do sonho libertário nos conquista,

A vida que tramasse esta conquista
Neste momento além busca e desenha
O todo nesta rara vastidão
E nisto se traduza esta esperança
Que a vida noutro tom não valeria
Sequer o que deseja e mesmo mostra,

O passo na verdade tanto mostra
O que se desenhasse em vã conquista
O prazo no final não valeria
E o quanto se deseja ora desenha
Marcando com terror esta esperança
Que trame noutro rumo a vastidão,

O tanto que pudera em vastidão
O tempo se transforma e tanto mostra
O quanto se resume da esperança
E nisto o dia a dia nos conquista
Enquanto a sorte imensa se desenha
Vencendo o que de fato valeria,

O passo no final não valeria
Tampouco o que se tente em vastidão
O mundo na verdade se desenha
Ousando na expressão que a vida mostra
E sendo assim o tempo se conquista
Gerando inutilmente uma esperança;

A luta se anuncia e da esperança
Apenas o que vejo e valeria
Tramasse nas entranhas da conquista
O quanto se anuncia em vastidão
E a vida sem defesas já se mostra
A trama que decerto ora desenha,

A luta não desenha esta esperança
E segue nesta mostra e valeria
Em plena vastidão, nova conquista...

944

O prazo determina o que se tente
E nada mais pudesse e sei que assim
Presumo nova sorte nos rondando
Num dia que se fez atroz e rude,
Ainda se desfaça a farsa quando
O tempo noutro rumo se trouxera.

O mundo de tal forma me trouxera
O quanto noutro passo sempre eu tente
E mostre o meu anseio desde quando
O mundo noutra face seja assim,
O tempo se desenha bem mais rude
E vejo a solidão já me rondando,

O mundo sem anseios me rondando,
O ledo caminhar cedo trouxera
A sorte de tal forma mesmo rude
E o quanto que pudera enquanto eu tente
Vagando neste espaço e sendo assim
A morte se anuncia como e quando,

Meu passo decidindo o que traz quando
O verso noutro espaço me rondando
Presume o que desejo e sempre assim
Anseio ao quanto possa e se trouxera
Depois do que deveras tanto tente
Marcando o dia a dia bem mais rude,

E sei do caminhar em solo rude
Existo e se inda insisto não sei quando
O mundo noutra face já se tente
Ou mesmo a solidão tanto rodando
Apenas o vazio me trouxera
Deixando no final o ser assim,

Ainda quando veja sempre assim,
Cenário desbotado e mesmo rude,
O tempo na verdade não trouxera
Sequer o que desejo e nem sei quando,
O mundo se mostrara ora rondando
O quanto mais anseia e mesmo tente,

Apenas resumindo o que ora tente,
O passo desenhasse sempre assim
O todo noutro instante me rondando
E o canto sem sentido atroz e rude
O prazo determina desde quando
Meu mundo noutra face se trouxera.

O quanto me trouxera ou mesmo tente
Vagando desde quando fora assim
O todo tanto rude nos rondando.

945

Acreditando apenas no que um dia
Tramasse num segredo ora infalível
O sonho se perdera no vazio
E o vento carregasse esta vontade
Do todo sem saber do que viria
Ousasse imaginar a tempestade,

O quanto se desenha em tempestade
Expressa o caminhar no dia a dia
E sei do que pudesse e não viria
Tentando acreditar ser infalível
O mundo que se mostre em tal vontade
E trame no tormento este vazio,

O tanto que pudesse e sou vazio
O rumo traça em nós a tempestade
Gerando o quanto queira sem vontade
E o marco transformasse noutro dia
O verso mais audaz sendo infalível
O quanto na verdade inda viria,

O tempo que pudesse e até viria
Grassando sobre os erros de um vazio
Momento que pudesse ora infalível
Tramar além da mera tempestade
E nisto se anuncia claro dia
Vestindo tanto amor, rara vontade,

O verso se desenha na vontade
Do todo que pudesse e até viria
Trazendo novidade a cada dia
Deixando no passado algum vazio,
E sei do quanto possa a tempestade
Num ato que se faça ora infalível

Gerando a solidão, segue infalível,
O pântano dos sonhos, da vontade,
O quanto se bebesse a tempestade
No fim já nada mais sinto viria
Nem mesmo o que se faça no vazio
Grassando sem defesas neste dia...

O tanto que este dia ora infalível
Tramasse do vazio esta vontade
Somente o que viria: tempestade...

946

Ainda sem saber o quanto pude
Depois de tantos anos me buscando
O verso no reverso da medalha
O tempo na verdade não me diz,
O quanto se pretende ao ser feliz
Expresse o caminhar em calmaria,

A luta se traduza em calmaria
E tanto se decida enquanto pude
Viver o que pudera ser feliz
No sonho com certeza me buscando,
O mundo que de fato nada diz
Expressa a solução, rara medalha,

E o tempo na verdade, traz medalha
A quem se faz além da calmaria,
O vento noutro instante não me diz
Do todo que tentasse e mesmo pude
Enquanto se proponha irei buscando
Quem sabe num momento ser feliz?

Ainda que pudesse ser feliz
O verso se moldura na medalha
E o tempo no vazio se buscando
Expressa no final tal calmaria
E o canto aonde outrora tanto pude
Agora na verdade ninguém diz,

O preço a se pagar o que me diz,
O sonho de talvez ser mais feliz
E o fato tão audaz que agora eu pude
Marcar como se fosse uma medalha
Nas sendas de uma nobre calmaria
Consigo enquanto o sonho; irei buscando,

O tanto que se faça já buscando
O fato mais audaz que ora se diz
Gerando dentro da alma a calmaria
E nela o que pudera ser feliz
O todo se expressando em tal medalha
Que trama muito além do quanto eu pude,

A vida quando eu pude me buscando
Expondo esta medalha ora me diz
Do quanto ser feliz traz calmaria.



947

Não mais que meramente a sorte traça
O vento quando a vida quer bem mais
O canto se espalhando não sossega
E o tempo revelando o quanto quero
Expressa o caminhar bem mais sincero
Deixando para trás um nobre rastro,

Seguindo este caminho e em cada rastro
Pudesse ter no sonho que se traça
A vida que traduza o ser sincero
E nisto se deseje muito mais
Do que deveras busco quando quero
Numa alma que silente não sossega,

O tempo resumindo o que sossega
Vagando sem deixar sequer um rastro
Expressa na verdade o quanto quero
E sigo caminhando onde se traça
Futuro que pudesse e muito mais
Ousando quando seja mais sincero.

E possa no infinito ter sincero
Momento aonde a guerra já sossega
E sei deste cenário aonde mais
O todo se fizera além do rastro,
E quando o meu caminho em paz se traça
Encontro tudo aquilo que mais quero,

No tempo mais audaz o quanto quero
Expressa um sentimento tão sincero
Que nisto se provoque o quanto traça
A luta se traduz e não sossega
O mundo não permite sequer rastro
E possa ser de fato muito mais,

O tempo que eu quisera ter bem mais
Que meramente o todo que inda quero,
E sigo dos teus sonhos cada rastro
Tentando com certeza ser sincero,
Porém uma alma aflita não sossega
E o seu destino agora busca e traça

O quanto já se traça e muito mais
Jamais a alma sossega e nisto eu quero
O fato mais sincero sem um rastro...


948

Ainda quando a vida quis o tempo
Que possa traduzir outro cenário,
O sonho dita o passo quando vejo
O tanto noutro canto abandonado,
E sinto o vento quando se espraiasse
Marcando o que pudesse num momento,

A luta se desenha em tal momento
E perde tão somente para o tempo
E quanto mais além já se espraiasse
O sonho num fugaz, belo cenário,
Enquanto se fizera abandonado
Apenas outro instante quero e vejo

O quanto se desenha e sei que vejo
Arcando com meus erros num momento
E nisto o que pudesse abandonado
Encontra uma resposta em pleno tempo,
Marcando o que pudesse num cenário
Enquanto simplesmente se espraiasse,

O canto que de fato ora espraiasse
Toando com ternura o quanto vejo
Expressa mansamente este cenário
E nisto se desenha num momento
Que tanto possa mesmo ter seu tempo
Embora se desenhe abandonado.

O verso não se veja abandonado
Além do quanto eu possa se espraiasse
E nisto desenhando o raro tempo
Que busco e tão somente quando o vejo
Encontra a mansidão neste momento
E dita quão sublime este cenário...

O mundo se expandindo em tal cenário
O passo pela vida abandonado,
O ledo desenhar noutro momento
E sinto a imensidão que ora espraiasse
Tocando com ternura o que ora vejo
E nisto se resume nosso tempo.

A vida traz a tempo este cenário
Que agora não mais vejo abandonado
Nem mesmo se espraiasse em vão momento...

949

Não quero o que se perde num instante
Tampouco a minha voz seria rude
O prazo determina o caminhar
E sei do meu anseio enquanto tente
Vencer a minha sorte desditosa
Ou mesmo me acolher em mansos braços.

Ousasse na verdade nestes braços
Marcar o dia a dia neste instante
E sei da sorte amarga e desditosa
Que trame com certeza o quanto rude
Expressa a sensação que agora tente
De um manso, mas amargo caminhar,

E tento novamente ao caminhar
Estar atado enfim aos doces braços
De que se mostre sempre quando tente
Vencer a solidão por um instante
E sinto a minha vida mesmo rude
Embora já não seja desditosa.

A luta que se açoda, desditosa,
O prazo que se possa caminhar
O mundo noutro instante sei tão rude
Grassando mansamente nos teus braços
E sei do quanto possa neste instante
Viver o quanto amor a vida tente...

O marco mais sublime que se tente
Além da sorte atroz e desditosa
O mundo se anuncia noutro instante
E sei do quanto possa caminhar
Nas tramas, mas lembrando de teus braços,
Meu mundo não seria enfim tão rude,

O quanto se anuncia em passo rude
O todo que deveras sempre tente
Marcando com delícias mansos braços
Embora a sorte venha desditosa,
O todo que pudesse caminhar
Expressa esta alegria neste instante,

E vendo cada instante mesmo rude
O todo a caminhar enquanto tente
Na senda desditosa, eis os teus braços...

950

Não quero que se perca um só segundo
Nas vagas e diversas noites rudes,
Cerzindo em esperança o que se possa
Vagando sem temor em claros tons,
A vida se traduza em liberdade
Ousando muito além do que se creia,

Ausente da esperança nada creia
Quem tenta noutro fato outro segundo
O mundo se desenha e a liberdade
Exposta nos anseios tanto rudes
Mostrasse estes grisalhos ermos tons
E nisso cada passo não se possa,

A via que deveras tanto possa
Expressa o caminhar onde se creia
Nos olhos mais suaves raros tons
E sigo sem temer um só segundo
Vagando sem temor entre os mais rudes
Ousando acreditar na liberdade,

O todo se anuncia e a liberdade
Embora seja aquém do quanto possa
Encontra descaminhos tanto rudes
E segue mesmo quando em paz já creia
O tempo transcorrendo num segundo
Refém da maravilha destes tons,

E sinto nos meus passos velhos tons
Da luta tão intensa, a liberdade,
O verso que se faça num segundo
Ousando muito além do que inda possa
Trazendo o quanto quero e que se creia
Deixando no passado os dias rudes.

Não quero acreditar nos fatos rudes
Tampouco vislumbrasse toscos tons
E sendo de tal forma o que se creia
O mundo desenhasse em liberdade
O todo que deveras também possa
Ousar noutro momento, num segundo,

E vejo num segundo dias rudes
E tanto quanto possa trago os tons
Que em plena liberdade já se creia...


951

Aonde poderia a vida apenas
Traçar outro momento ou mesmo até
O quanto necessite de esperança
Quem sabe uma ilusão em nova face,
Ao menos caberia o que se tente
Versar sem mais temer o que viria.

A luta noutra face não viria
Nem mesmo o quanto mostre além e apenas
A sorte desejosa agora tente
Tramar noutro momento o sonho até
O tanto que pudesse em clara face
Trazer ao meu olhar esta esperança,

O mundo se traduz em esperança
E o quanto deste encanto ora viria,
E nesta imensidão a clara face
Que mostre com certeza ou mesmo apenas
O todo que deseja sendo até
O rumo mais audaz que ora se tente,

O verso se mostrando enquanto tente
Traçar a cada dia esta esperança
Na farsa mais diversa e sei que até
O tanto noutro tom sempre viria
E tendo esta certeza quando apenas
A sorte se fizesse em nova face.

O passo se presume e desta face
O todo que se molde enquanto tente
Vagar entre cenários quando apenas
O tempo se resume em esperança
O verso se traduz no que viria
E nisto o mundo siga sempre e até,

O tanto desenhando sabe até
O sonho que emoldure nova face
E sinto esta emoção que ora viria
E nisto o que presumo mesmo tente
Traçar além do fato em esperança
Bem mais do que pensara ser apenas,

O tempo sendo apenas o que até
Traria em esperança a clara face
Que mesmo quanto tente em paz viria...

952

A vida se traduza na justiça
E nada mais se possa desvendar
Senão cada segundo a se mostrar
Na força tão audaz que tanto queira
Vencendo esta barreira mais venal
Pousando num cenário magistral.

Presumo o quanto possa magistral
A luta pela paz, pela justiça.
Deixando no passado o ser venal
E quanto se deseja desvendar
O sonho se mostrara como queira
O passo noutro rumo a se mostrar.

Pressinto o que pudesse ora mostrar
Em meio ao mais diverso e magistral
Momento que a verdade tanto queira
E nisto se resulte na justiça
Que tanto quanto possa desvendar
Supere o sentimento mais venal.

O quanto se anuncia e traz venal
O olhar que se cansara de mostrar
O tanto quando busque desvendar
Um fato mais audaz e magistral
Bebendo cada gole da justiça
Que mostre com certeza o quanto queira,

A vida se desenha como queira
E trama num instante até venal
O fato que deveras com justiça
Pudesse e deveria te mostrar,
Porém num ar sublime e magistral.
O encanto se pudera desvendar.

O quanto ora buscasse desvendar
E mesmo noutro instante também queira
Trazer o que se mostre magistral
Deixando no passado o ser venal
Que tanto se deseja ora mostrar
Roubando o quanto possa esta justiça.

O medo sem justiça a desvendar
O tanto a se mostrar quando se queira
Num sonho tão venal e magistral...

953

Apresentando apenas o caminho
Que tanto procurei e nada havia
A sorte se desvenda e nada resta
Senão a lenta farsa em tom amargo,
O mundo em tais tormentos dita o fim
Do que ora se fizera mais temível,

O canto se desenha onde é temível
E quase sem sentido este caminho,
O tanto que pudesse até o fim
Ditando na verdade o quanto havia
Gerando este cenário mais amargo
Traçando com terror o que me resta.

Ainda na verdade nada resta
Nem mesmo o quanto possa ser temível,
Trazendo o gosto rude e mesmo amargo,
Que possa traduzir este caminho
Enquanto na verdade o quanto havia
Encontra finalmente o ledo fim,

Assim se desenhando até o fim,
O quanto de desdém inda me resta
A sorte de tal forma ainda havia
E nada do que seja mais temível
Enfrenta a solidão em meu caminho
Que sei ser tão diverso quanto amargo.

O tanto que sozinho ora me amargo
O prazo determina sempre o fim
E vago sem sentir sequer caminho
E quando na verdade o que me resta
Expressa este sentido mais temível
Rondando o que de fato ainda havia,

O todo quando apenas mal havia
O preço a se pagar demais amargo
Raiando num instante onde é temível
O passo que se queira até o fim,
E sei do quanto apenas hoje resta
Traçando sem limites o caminho,

E quanto do caminho ainda havia
Ou mesmo o quanto resta tão amargo
Expressaria o fim rude e temível...

954

Jorrando sobre nós esta diversa
Loucura que se faça a cada dia
Marcando com feridas chagas, medo,
O rumo de quem tenta ser além
Do passo feito em fúria e tão somente
Aumenta a solidão que nada cala

Ousando ser feliz a voz não cala
E o tempo dita a luta mais diversa,
Enquanto se procure ter somente
O que se represente em novo dia,
Procuro o quanto possa e mesmo além
Jogado sobre as pedras, mas sem medo.

O mundo prenuncia a queda e o medo,
Tentando sossegar, porém não cala,
A fúria sem sentido quando além
Do todo se transforma e mais diversa
A vida represente novo dia
E nisto muito mais ou tão somente

O quanto se quisera ora somente
Ou vaga sensação de imenso medo,
O tanto que pudera jamais cala


955

O verso que se faça mais presente
Palavras quando tocam corações
E dizem das diversas emoções
E tanto quanto possa tanto sente
O mundo que se fez outrora ausente
Agora noutro instante tu me expões,

E sei do quanto em luzes tu expões
E nisto o que pudesse estar presente
Marcasse mesmo o tempo onde se ausente
Vagando sobre tantos corações,
E sei da realidade onde se sente
Acumular de tantas emoções,

Os olhos procurando as emoções
E neles o que tanto agora expões
Vagando no cenário onde se sente
O mundo que tramasse este presente
Que toque com certeza os corações
Enquanto uma tristeza enfim se ausente,

O verso se moldando aonde ausente
Os ermos de diversas emoções
E nisto se eclodindo corações
Traçando o quanto queres e me expões
No tanto que deveras mais presente
Uma alma enamorada busca e sente,

O tempo se revela enquanto sente
O todo que pensara estar ausente
E sei quando receba tal presente
Ousando nas diversas emoções
E nelas todo o sonho que ora expões
Tomando com firmeza os corações.

Ainda se revendo os corações
E neles todo amor que a gente sente
E quando novo rumo tu me expões
Ousando ser feliz e mesmo ausente
Tramasse as mais diversas emoções
Que o tempo já nos dera qual presente,

O tanto num presente aos corações
Os versos, emoções, tudo se sente,
E quando além e ausente amor expões...

956

Já não mais caberia acreditar
Nas velhas e diversas farsas quando
O tempo noutra face a delirar
Expressa o que pudera demonstrando,
Na busca do caminho de um luar,
O sonho mais feliz e sei tão brando,

O quanto se fizera mesmo brando
O tanto que pudesse acreditar
Nas redes tão divinas do luar
E nisto possa mesmo desde quando
O mundo neste fato demonstrando
Sobeja maravilha em delirar,

Enquanto enfim pudesse delirar,
Versando sobre um tempo bem mais brando,
O todo noutra face demonstrando
O quanto se é divino acreditar
Nas tramas deste encanto desde quando
A sorte se entregara no luar...

Pousando meus olhares no luar
Expresso o meu caminho a delirar
E vendo com certeza desde quando
O mundo mais audaz, porquanto brando,
Traduza o quanto pude acreditar
No tempo novamente o demonstrando,

O canto que se faça demonstrando
Beleza sem igual deste luar
E nisto tanto possa acreditar
Ou mesmo na verdade delirar
Ousando num momento bem mais brando,
Trazendo este cenário sempre e quando,

O todo que se faça como e quando
Aos poucos no momento demonstrando
O passo que pudera ser mais brando
E nisto desenhasse este luar
Que possa não somente delirar,
Mas traga o quanto queira acreditar,

E posso acreditar no sonho quando
O passo a delirar se demonstrando
Moldando este luar sereno e brando...

957

O mundo não se faça de tal forma
Enquanto na verdade o quanto vejo
Expresse tão somente esta vontade
Que tanto nos devasta e me transforma
E sei do quanto possa e noutro ensejo
O mundo me traria claridade

Ousando num anseio em claridade
Tentando acreditar no que se forma
Ousando perceber em novo ensejo
O tanto quanto possa e mesmo vejo
E nisto a imensidão já se transforma
Tomando com certeza esta vontade.

O todo desenhando outra vontade
Que possa traduzir a claridade
No sonho que de fato nos transforma
E gera na emoção sobeja forma
E sinto quando possa e mesmo vejo
A sólida expressão num raro ensejo,

O tanto que pudesse neste ensejo
Trazer o meu caminho em tal vontade
Vagando no que agora quero e vejo
Vivendo a mais sublime claridade,
E sendo de tal monta a bela forma
Na qual a fantasia nos transforma,

Meu mundo sem sentido algum transforma
O todo que pudesse neste ensejo
Volvendo sem temer a antiga forma
E tanto emoldurasse esta vontade
Que mostre no caminho a claridade
E nisto todo o sonho que ora vejo,

Aumenta este delírio quando vejo
O quanto a fantasia nos transforma
E sei do que pudera em claridade
Marcando com ternura cada ensejo
E sei do quanto trace esta vontade
De ter maravilhosa e rara forma.

O tanto que se forma agora vejo
E sinto que a vontade se transforma
E vejo neste ensejo a claridade.


958

O sonho sem limites me tocando
O passo mais audaz que assim pudera
Vencer a solidão e ter além
Do quanto se tramara no passado,
O verso tantas vezes desenhado
Encontra finalmente o que negaste,

E sei do meu anseio e me negaste
O tempo noutro todo se tocando
O rumo no vazio não pudera
Traçar este cenário desenhado
Nas tramas que vislumbro quando além
Esqueço tão somente o meu passado,

O todo noutro tempo já passado
O sonho quando muito tu negaste
E o verso sendo expresso quando além
Do tempo presumisse me tocando
E sei do encanto raro e desenhado
Aonde toda a sorte em paz pudera,

O mundo que deveras eu pudera
O verso noutro tempo, no passado,
O canto se fizera desenhado
No quanto com certeza tu negaste
E vejo este cenário me tocando
Gerando o quanto venha e muito além.

O mundo se desenha e sigo além
Vagando entre os cenários que pudera
Trazer e nisto sigo ora tocando
O quanto se anuncia do passado
E sei que na verdade me negaste
Enquanto fora um sonho desenhado.

O prazo mais finito desenhado
Encontra com certeza o quanto além
Do sonho mais feliz ora negaste
E o verso de tal forma já pudera
Trazer este momento que o passado
Informa pouco a pouco me tocando,

O mundo me tocando, desenhado,
No tempo que passado segue além
Do todo que pudera, mas negaste...

959

Jamais se perderia o meu caminho
Nas tramas deste sonho quase vago
E sei do que pudesse ser e trago
O verso mesmo quando mais daninho
O preço a se pagar sendo mesquinho
Encontra esta razão que ora divago,

E sei da sensação quando divago
E tento nova sorte num caminho
Que mesmo sendo rude e tão mesquinho
Às vezes se traduz no sonho vago
E vejo o quanto fora tão daninho
O todo que deveras tento e trago,

O verso quando o muito agora trago
E tento tão somente e já divago
Ousando acreditar que este daninho
Cenário ditaria o meu caminho
E sendo o que carrego mesmo vago
O tempo se traduza tão mesquinho,

O canto mais dorido e mais mesquinho
O verso que pudera e sei que trago
Enquanto noutro espaço agora vago
Bebendo deste medo ora divago
Encontro cada parte de um caminho
Sabendo ser o mundo tão daninho,

E quanto mais se creia ser daninho
O tanto sem limites e mesquinho
O rumo sem vagar de meu caminho
Ainda que pudesse e além divago
Expresso tão somente o quanto vago
Nos olhos quando o sonho em vão eu trago,

O mundo se desenha enquanto trago
O passo sempre rude e mais daninho
Ocasos entre enganos sempre vago
Traçando este momento mais mesquinho
Na ausência de esperanças eu divago
E sobre tantas pedras eu caminho,

Ainda que caminho quando trago
O mundo mais daninho ora divago
Sabendo ser mesquinho o sonho vago...

960

Não posso acreditar nesta falácia
Que o mundo desenhasse em tom atroz
Tampouco se escutando a rude voz
Que gere na verdade a tosca audácia
E sei do que deveras me acompanha
Na luta tão diversa e tão estranha,

O quanto desta sorte dita estranha
Loucura dominando tal falácia
O verso sem sentido me acompanha
E tenta acreditar não ser atroz
Enquanto se presume nesta audácia
A farsa que inundasse cada voz,

O peso se transforma e cessa a voz
E nisto cada face mais estranha
Tentasse com bravura em louca audácia
O todo demonstrando ser falácia
O encanto que se mostre quase atroz
E tanto na verdade me acompanha,

A vida noutro passo ora acompanha
O quanto se pudesse nessa voz
Ainda se mostrando agora atroz
Marcando o quanto a vida sempre estranha
Que tenta no caminho esta falácia
Negando o que se faça minha audácia,

O tanto que se veja em tal audácia
E nada do que possa me acompanha
Gerando o meu momento em tal falácia
E o sonho não pudesse ter a voz
De quem noutro cenário tanto estranha
O fato que me faça mais atroz.

Ainda se voltando ao ser atroz
Que possa na verdade com audácia
Versar sobre o que reste e quando estranha
Expressa esta ilusão que me acompanha
Gerando do vazio desta voz
Apenas o que possa ser falácia,

Assim desta falácia o ser atroz
Ousando numa voz em pura audácia
De fato se acompanha em sorte estranha...

961

Meus sonhos dominando o dia a dia
Entranham minha pele, traçam metas,
E quando na verdade o que ora vivo
Distando do que tanto imaginara
Tentando ser feliz, e isto me basta,
Abrindo os olhos vivo os pesadelos.

Ainda quando envolto em pesadelos
A luta se desenha a cada dia,
E nisto se eu pudesse dar um basta
E ter bem mais palpáveis minhas metas,
Viver o que decerto imaginara
Diverso da loucura que hoje vivo.

O tanto quanto possa e nunca vivo,
Somente nos diversos pesadelos,
E mesmo que a saída imaginara,
O passo se renova a cada dia,
Porém ao me distar das claras metas
Um momento de paz a mim já basta,

Enquanto a luta invade, e a vida basta,
Supremas emoções que agora vivo
Traçando na esperança novas metas
E o tempo que supere os pesadelos,
Os sonhos ditam passos, mas o dia,
Renega o que eu tentasse e imaginara,

O verso que se molda e imaginara
Vagando pelas ânsias, o que basta,
Encontro na esperança um novo dia,
E sei do que perdesse e mesmo vivo
Tentando superar os pesadelos
E sinto mais distantes minhas metas,

O tanto que pudesse em claras metas
O todo noutro fato imaginara
E sei dos meus diversos pesadelos,
Ao menos um descanso ora me basta,
E sei da angústia clara aonde vivo,
Trazendo o belo sonho ao rude dia.

E quando neste dia e suas metas,
Jamais agora vivo e imaginara
Que desse enfim basta aos pesadelos...


962

Não mais se poderia ter nas mãos
Os sonhos que esta vida ainda molde
Nos ermos caminhares, a esperança,
Transcende ao que se faça noutro tempo
E o verso sem sentido se esvaindo
Rondando o quanto pude e não viera,

Apenas solidão tanto viera
E nisto tenho livres minhas mãos
E quando vejo o sonho se esvaindo
Ainda que deveras tanto molde
O mundo que procura novo tempo
Aonde se perceba esta esperança,

O medo dominando uma esperança
Transcende ao que pudesse e não viera,
O tanto que reduza espaço e tempo
O verso se escapando destas mãos,
O quanto na verdade ora se molde
E geste cada passo, se esvaindo.

Ainda quando a vida ora esvaindo
Marcasse firmemente esta esperança
E o tanto que a verdade busque e molde
Somando o quanto possa e já viera
Olhando para trás trago nas mãos
O tanto que pudesse em raro tempo.

O mundo se desenha em frágil tempo
E o verso noutro fato se esvaindo
Os sonhos que inda trago ora nas mãos
E o fato sonegasse uma esperança
E sei do quanto possa e não viera
Ainda que este mundo tudo molde,

E vendo tão somente o velho molde
Que marque com brandura o verso e o tempo
Apenas o passado em vão viera
E o tempo noutra face se esvaindo,
O sonho resumido em esperança
E os dias escapando destas mãos,

O quanto nestas mãos o sonho molde
Um passo em esperança em novo tempo
O sonho se esvaindo, não viera...


963

O mundo não pudesse ser o mesmo
Depois de tantos sonhos e o vazio
Que possa transformar o dia a dia
No quanto sei que o verso se fizesse
Marcando com ternura a rara messe
E nisto o que se tente traga a luz,

O todo que se mostre dita a luz
E neste desenhar se faz o mesmo
Cenário tantas vezes trame a messe
Querendo superar qualquer vazio
O mundo noutro passo inda fizesse
O quanto se apresenta noutro dia,

O mundo se anuncia em claro dia
Tentando caminhar em frente à luz
E sei do quanto possa e se fizesse
Ousando ser diverso sendo o mesmo,
O tanto se traduza no vazio
E trague no final a sorte e a messe.

O tanto que pudesse nesta messe
Traçar o quanto valha cada dia
E o verso se mostrasse no vazio
E nisto se entranhasse em rara luz
Gerando o descaminho, sempre o mesmo,
E nisto novo tempo ora fizesse,

O quanto sem sentido se fizesse
Tentando na verdade a clara messe
Que possa traduzir meu sonho e ; mesmo
Que se possa noutro dia
Buscar a maravilha desta luz
Encontre o campo amargo e tão vazio.

O todo se fizera do vazio
E sei do quanto o muito se fizesse
O verso na verdade dita a luz
E sinto com ternura a velha messe
E marca com anseio o sonho e mesmo
Marcasse com ternura um claro dia

O todo noutro dia, mais vazio,
Espero sempre o mesmo e se fizesse
Do sonho, desta messe, nova luz...

964

Não quero e nem pudesse ser diverso
Viver a imensidão deste vazio
Que trame tão somente o que ora traço
Ousando noutro tempo e nada vindo
Somente o que pudesse ser maior
Que a própria persistência de um poeta.

A vida se desenha e se o poeta
Encontra neste olhar algo diverso
Do quanto imaginasse bem maior
E vendo este cenário ora vazio,
Expressa o que pudesse ter já vindo
Ou mesmo desvendando qualquer traço,

O quanto sem sentido tento e traço,
O mundo se anuncia e de um poeta
O verso já nascendo e enquanto vindo
Prometa caminhar em tom diverso,
O sonho se perdera no vazio
E o tom ora pudesse ser maior,

Mas quando na verdade do maior
Já não concebo o quanto possa e traço
Somente a intensidade do vazio
E nisto se aproxima o ser poeta
E trama noutro encanto o que é diverso
Matando o que pudesse e sinto vindo...

O muito quando sinto que vem vindo
O fato que pudesse ser maior
Tomando este caminho mais diverso
Ousando na verdade em manso traço
Viver o quanto em mim seja um poeta
Que tente imaginar além-vazio,

E o fato que somasse no vazio
O todo sem destino mesmo vindo
Deixando cada sonho do poeta
Num ato tão sublime e tão maior
Ousasse na verdade em mero traço
Viver outro momento ora diverso,

E quando mais diverso ou mais vazio
Apenas o que traço sinto vindo
E sei do dom maior que é ser poeta...


965

Meu mundo noutro instante eu poderia
Viver e ter nas mãos qualquer anseio
Que possa traduzir este momento
E nada do que viva seja assim
Apenas a verdade que eu concebo
Guardada dentro da alma até o fim,

E sei que com certeza trago o fim
Diverso do que tanto poderia
Se a vida de tal forma que concebo
Tomada pelas tramas de um anseio
Mostrasse na verdade ser assim
O todo que pudesse num momento,

O quanto se desenha em tal momento
O verso desenhando sempre o fim,
E o passo desnudando e mesmo assim
O todo noutra face eu poderia
Traçar com mais vigor e mesmo anseio
Enquanto a liberdade eu mal concebo,

O mundo dita o passo onde concebo
A imensidão suave de um momento
E sei do que pudesse quando anseio
O todo desenhando agora o fim,
Marcando o que deveras poderia,
Traçando o quanto resta mesmo assim.

O todo que tentasse ser assim,
O vasto caminhar onde o concebo
Gerando o que de fato poderia
Viver e ter nas mãos este momento
E nele o que se faça dite o fim
E nisto apenas sonho em paz anseio.

O mundo que deveras tanto anseio
E o verso dominando o sonho assim
Tramasse sem temores o meu fim
E quando no final o que concebo
Expressa esta emoção neste momento
O tanto que se queira eu poderia,

O mundo poderia sem anseio
Vagar neste momento e sendo assim
Apenas mal concebo o ledo fim...

966

O prazo determina o que se faça
Regendo cada passo rumo ao tanto
Que possa traduzir felicidade
E nada do que eu viva sem temores
Espero o quanto pude e nada veio
Somente o mesmo encanto destemido
Marcando a imensidão do ser feliz...

O tempo se resume em ser feliz
E gera dentre tudo o que se faça
Moldando na verdade o destemido
Caminho que me leve agora e tanto,
E nisto o que pudesse e agora veio
Expressa muito além os meus temores.

O mundo se desenha em vãos temores
E sei do quanto eu possa ser feliz
O todo que deveras sempre veio
Expressa esta vontade que ora faça
E o quanto se quisera e neste tanto
Vivendo o dia a dia, destemido,

O tempo que pudera destemido
E sei deste sentido em tais temores
E nisto o quanto vejo e mesmo tanto
E sei do meu anseio e sou feliz,
E mesmo o que se tente e nisto faça
O mundo se anuncia em raro veio.

O tanto que pudera e segue o veio
Que possa noutro encanto destemido,
No quanto se tentara e nada faça
E sei dos meus anseios sem temores,
E vivo tão somente o ser feliz,
E nisto o que se mostra dita o tanto.

O quanto deste mundo dita o tanto
E sigo cada instante quando veio
O mundo se desenha e sou feliz
E nada mais se queira, destemido,
Ainda desenhando os meus temores
E nisto outro cenário ora se faça...

O mundo agora faça e neste tanto
Ousando sem temores o que veio
Vivendo destemido o ser feliz...

967

O canto se anuncia de tal forma
Que possa ser além de mera sorte
E vivo o quanto possa e se conforte
E nisto o dia a dia já conforma
Reparo os meus enganos e tentasse
Vagando no vazio em ledo impasse,

O tanto que se tente e traça impasse
Regendo o mundo inteiro desta forma
O vento noutro passo se tentasse
Vagando sem saber sequer a sorte
E o sonho na verdade se conforma
E tenta novo rumo que conforte...

O muito que se possa e me conforte
O canto se desenha num impasse
E sei do quanto possa e me conforma
A farsa que a ilusão deveras forma,
O tanto se mostrasse em rude sorte
Mais nada deste sonho se tentasse.

A vida na esperança que tentasse
Ou mesmo outro caminho me conforte
E sei de quem vivesse a rude sorte
E nisto se vencesse algum impasse
E sei do que deveras tome a forma
Enquanto meu caminho não conforma,

O mundo se presume e se conforma
Marcando o quanto possa e se tentasse
Ousando na verdade ter a forma
Do quanto poderia e me conforte
E nisto o que se toma sem impasse
Destroça o meu caminho em rude sorte.

O tempo se desvenda em leda sorte
E sei do quanto a vida ora conforma
O prazo desenhando o mesmo impasse
Que tanto noutro rumo se tentasse
E sinto o quanto possa e me conforte
Tomando do vazio a justa forma.

E quando desta forma vejo a sorte
Que nada mais conforte e se conforma
Gerando o que tentasse em ledo impasse.

968

Não quero o que trame sem anseio
No corte mais profundo dentro da alma
E sigo sem sentir o quanto reste
Dos sonhos ou quem sabe da esperança
Pousando nos meus olhos o passado
O sol neste horizonte me confunde.

O amor que na verdade nos confunde
O tempo aonde eu possa e sempre anseio
Vagando pelas tramas do passado
A sorte desejando o quanto na alma
Pudesse traduzir esta esperança
Que agora simplesmente tente e reste.

O mundo noutro passo já não reste
E sei do meu momento e se confunde
O quanto poderia em esperança
Trazer o que de fato tanto anseio,
E sei desta expressão que trago na alma
Ousando ser além deste passado,

O canto que mostrasse no passado
O todo que deveras inda reste
Grassando os descaminhos de minha alma
E nisto o quanto tente e se confunde
Expressa tão somente o mesmo anseio
E nisto não se veja uma esperança.

O tanto se trazendo em esperança,
A velha sensação deste passado
Habita sem temor em tanto anseio
O pouco desta vida quando reste
E nisto cada passo se confunde
E deixa mais distante a liberta alma...

Ainda quanto tente dentro da alma
Um dia mais audaz em esperança
E o tanto que pudesse e se confunde
Marcando cada dia do passado
Ainda que deveras tente e reste
Traduza a solidão de um ledo anseio.

O passo que eu anseio tomando a alma
O verso quando reste esta esperança,
Porém ledo passado ora confunde...


969

Ainda sendo a vida sempre assim
Imagem refletida do que tanto
Quisera noutro instante inutilmente
E vendo o quanto possa ter e nada
Expressa a sorte outrora desenhada
Nas tramas quando as vejo dentro em mim.

O todo se pensara quando em mim
O verso se moldando sempre assim
Traçasse esta expressão mal desenhada
Do que se desejara mesmo tanto
E no final se vendo o etéreo nada
O passo se mostrara inutilmente.

Procuro o que faça inutilmente
Nas ânsias do caminho feito em mim
Rasgando a farsa sobra quase nada
E vivo o quanto possa e sempre assim.
O tempo na verdade me diz tanto
Da luta noutra face desenhada,

A sorte já lançada e desenhada
Marcada pelo engano e inutilmente,
O sonho se fizera outrora tanto
E o passo desenhado dentro em mim,
Vagando sem sentido sempre assim
Expressa no final o quase nada.

A luta tantas vezes dita o nada
E sei desta esperança desenhada
No quanto poderia ser assim
E sigo cada passo inutilmente
No vórtice que existe dentro em mim
A vida se resume neste tanto,

Meu tempo se desenha e deste tanto
O prazo dita o fim e o mesmo nada
Que possa traduzir e sempre em mim
A luta no final já desenhada
Nos ermos do que tente inutilmente
Vagando sem destino, sempre assim...

E sendo sempre assim decerto o tanto
Ousando inutilmente mostra em nada
A noite desenhada dentro em mim...

970

Nos dias mais audazes que pensasse
Vencer os meus anseios contumazes,
As sortes entre engodos, vagas fases,
As tramas noutras tantas desejadas
Marcando com os dias mais tenazes
O quanto se presume neste impasse.

A morte na verdade sem impasse
Trazendo o quanto possa e se pensasse
Nos ermos caminhares mais tenazes
E vejo os meus anseios contumazes
E neles outras tantas desejadas
Verdades ditam turvas, vagas fases...

A sorte se desenha em tantas fases
E sei do quanto a vida traz no impasse
O todo em sendas claras desejadas
E nelas o caminho que pensasse
Vencesse estas tormentas contumazes
Em passos vigorosos e tenazes,

Mergulho sobre as tramas mais tenazes
E sei da solidão em tantas fases
E nisto desenganos contumazes
Trazendo o que pudesse e se pensasse
Regendo com vigor o ledo impasse
Nas noites mais diversas, desejadas...

O tanto que se mostrem desejadas
As sortes quando sejam tão tenazes
Vencendo o quanto possa neste impasse
Deixando no passado velhas fases
E sei do que decerto inda pensasse
Vagando pelos ermos contumazes.

Os dias em veredas contumazes
As horas são deveras desejadas
E nisto cada fato que eu pensasse
Marcado pelas ânsias mais tenazes
Grassando sem sentido tantas fases
E nisto o que se mostre em mero impasse.

O todo se anuncia a cada impasse
E vejo as tramas rudes, contumazes,
Gerando na verdade farsas, fases,
Aonde sortes fossem desejadas,
E assim entre diversas vis tenazes
O todo que tente e se pensasse.

Meu mundo não pensasse neste impasse
Tampouco nas tenazes, contumazes,
E mesmo desejadas várias fases...

971

Meu verso se desenha em sensação
Diversa da que busco sem cuidado,
O tempo noutro instante desenhado
O passo demonstrado sempre em vão
E bebo desta turva solidão
Enquanto solitário e rude eu brado,

O tanto que pudesse enquanto brado
Ousando na diversa sensação
Do sonho feito em rude solidão
Sem ter sequer no fim qualquer cuidado,
O verso que se faça agora em vão
O tempo no vazio desenhado.

O preço a se cobrar no desenhado
Cenário sem sentido quando brado
Expressa a minha vida feita em vão,
E sei do que pudera a sensação
Do tempo sem saber de algum cuidado
E nisto me embebesse em solidão,

O canto traduzindo a solidão
O verso noutro tom já desenhado
O muito que pudera em tal cuidado
Ousando acreditar num novo brado
E sei da desejável sensação
Reavivando a vida agora em vão.

O prazo de desenha e sei do vão
Cenário feito em rude solidão
Sentindo este perfume e a sensação
Que possa me trazer já desenhado
O quanto se deseja e mesmo brado
Ousando noutro passo, sem cuidado,

O olhar se demonstrando onde é cuidado
O mundo mesmo quando dito em vão
O tempo traduzindo o quanto brado
Ousando muito além da solidão
E sei do meu futuro desenhado
E nele a mais sublime sensação.

O quanto em sensação dita o cuidado
Do sonho desenhado, mesmo em vão,
Supero a solidão enquanto eu brado...

972

Jamais o tempo possa me trazer
O quanto neste instante se veria
O sonho se deseja e nada havia
Senão a mesma face do prazer
Que possa noutro instante em alegria
Tramar esta delícia de viver,

O sonho que pudesse enfim viver
E o verso na esperança a se trazer
Marcasse com ternura esta alegria
O fato mais sublime já veria
E nele com certeza este prazer
Que há tanto imaginara e não havia,

O quanto se perdera e nada havia
Senão a mesma sede de viver
Vencido pelas tramas do prazer
No quanto vida possa nos trazer
O todo na verdade se veria
E nisto resumisse uma alegria,

O mundo se desenha em alegria
E o passo com certeza ainda havia
De ter o quanto em luzes se veria
E sendo tão diverso o meu viver
O sonho que se queira a me trazer
As sendas mais audazes do prazer.

O verso se imergindo no prazer
E nele se entranhando em alegria
O tempo que decerto ao me trazer
Resume o quanto possa e mesmo havia
Viceja dentro da alma o que é viver
E toda a rara sorte se veria...

O todo noutro ponto não veria
Sequer a menor sombra do prazer
E sei do quanto possa ora viver
Nos termos mais suaves da alegria
E o verso que diverso ainda havia
O mundo poderia me trazer.

E quando o bem trazer já se veria
O todo quanto havia de prazer
Tomando em alegria o meu viver...

973


Já não me cabe mais sentir além
Do verso agora audaz em claridade
Vivendo o quanto possa em liberdade
Ou mesmo na verdade o que inda tem
Resisto ao caminhar em tempo audaz
E sei desta vontade e o quanto traz.

O mundo que em meus sonhos vida traz
Expressa o que desejo e sigo além
Do que tanto pudesse ser audaz
E na incerteza busco a claridade
Que tanto agora traça o que já tem
Ditando no final a liberdade,

O verso se mostrara em liberdade
E o mundo noutra face o tempo traz
E quando esta expressão em sonhos tem
O todo desejado e muito além
O tempo se desenha em claridade
E o verso se fizera mais audaz.

O medo com certeza é tanto audaz
E o passo não temesse a liberdade
E nisto se desvenda a claridade
Que o mundo enamorado sei que traz
E sei desta esperança quando além
Encanto dita o quanto amor se tem...

O tanto que pudesse e mesmo tem
O sonho quando o faça mais audaz
Gerando este caminho e sigo além
Tentando desvendar a liberdade
Que tanto se deseja quanto traz
O mundo na sobeja claridade,

Marcando com ternura a claridade
Que possa desvendar o quanto tem
Meu sonho quando em fato viva e traz
Um passo sem temores, tanto audaz,
Vivendo a mais sublime liberdade
Ousando ser deveras muito além,

E o tanto sendo além da claridade
Expressa a liberdade que ora tem
E sei do sonho audaz que a vida traz...


974

Jamais imaginasse qualquer verso
Diverso do que a vida preparara
A sorte se presume e me escancara
O sonho de invadir este universo
E quando noutro passo me disperso
Imaginasse livre esta seara.

O vasto caminhar nesta seara
O mundo pelo qual agora eu verso
O sonho mais audaz que já disperso
Marcando o que pudesse e se prepara
Vagando pelas tramas do universo
Que a vida sem temores escancara.

O mundo noutro tom ora escancara
E gera o que pudesse em tal seara
Tomando cada senda do universo
Ousando acreditar enquanto verso
Moldando o que de fato ora prepara
Um passo sem sentido e mais disperso...

O tanto se mostrara onde disperso
O passo que deveras se escancara
No sonho quando a vida se prepara
E trama a dimensão de tal seara
E nisto se presume no meu verso
O sonho que envolvesse este universo,

Ainda se desenha no universo
O todo que de fato se disperso
Apenas no vazio agora verso
Enquanto a vida além já se escancara
Marcando com ternura esta seara
E nova maravilha se prepara...

Meu mundo neste instante já prepara
O quanto se deseja no universo
E sei da solidão numa seara
Que trague este caminho mais disperso
Vivendo o que pudesse e se escancara,
Ousando na expressão de um manso verso.

E quando neste verso se prepara
O todo onde escancara este universo
Meu passo já disperso em tal seara...

975

Jamais imaginasse o velho fato
Que agora resumisse esta emoção
Na vaga e mais diversa sensação
Que possa e na verdade não constato,
E sei quando se possa noutro rumo
E bebo da vontade inteiro o sumo,

O todo que se mostre neste sumo
Ainda se moldasse em belo fato
E quando para ti, amada eu rumo,
A vida resumindo esta emoção
Proponha o que tanto ora constato
Traçando com ternura a sensação,

Meu mundo dita em paz tal sensação
Do quanto poderia em raro sumo
Viver o que deveras já constato
E marco com ternura cada fato
Sentindo a mais fantástica emoção
E nisto se desenha um no rumo,

O tanto que pudera quando rumo
Vagando nesta clara sensação
Do amor que se mostrara em emoção
Trazendo da esperança o raro sumo,
Vestindo o que pudera neste fato
O sonho mais feliz que em ti constato,

O tanto que se possa e já constato
Expressa a maravilha quando rumo
E sinto a precisão de um nobre fato
No passo que se molde a sensação
Do todo desejando o raro sumo
Expresso no calor desta emoção,

O tempo desenhando em emoção
O todo que pudesse e assim constato
Na sorte desejosa em farto sumo,
Trazendo com certeza o novo rumo
E nele a mais sublime sensação
Traçando com ternura cada fato.

O mundo neste fato em emoção
Traduz a sensação que aqui constato
Buscando em novo rumo, inteiro o sumo.


976

Jamais se acreditasse no que um dia
O tempo não traria nem pudera
A solidão me espreita e não traria
Senão esta diversa e vã quimera,
O todo que deveras já se espera
Tramasse no final esta agonia,

O verso resumido em agonia
O tempo se refaz e tento um dia
Além do que a verdade tanto espera
Marando cada passo que pudera
Na sorte desenhada em tal quimera
Que o tempo pouco a pouco me traria,

Sabendo desta sorte que traria
Além do quanto possa em agonia
Revive sem temor esta quimera
O verso resumisse cada dia
Do tanto que deveras eu pudera
Gerando o que minha alma agora espera,

O passo se resume nesta espera
E sei do que de fato me traria
A luta se envolvendo onde pudera
Traçar o quanto tenha em agonia
Gerando na verdade o torpe dia
Que trague com vigor esta quimera.

O tanto que se veja da quimera
O mundo na verdade não espera
Nem mesmo deveria neste dia
Traçar no olhar além do que traria
Vestígios do que fora esta agonia
E nisto nada mais em paz pudera...

O quanto do meu sonho em vão pudera
Tramar no campo rude da quimera
O verso que traduza esta agonia
E nisto a sensação já não se espera
E sei da solidão que me traria
Apenas o vazio deste dia.

Assim a cada dia não pudera
Saber o que traria esta quimera
Que a vida agora espera em agonia...

977

O passo se desenha e vejo alheio
Momento sem sentido e sem razão
O tempo desejado em devaneio
O corte se aprofunda e dita o não
Aonde se mostrasse algum receio
Enfrento a mais diversa negação,

O mundo se apresenta em negação
E sinto o quanto possa estar alheio
E mesmo quando a sorte em vão receio
Ousando acreditar noutra razão
A vida traça o mesmo e velho não
Deixando para trás meu devaneio...

O quanto deste sonho em devaneio
Tramasse a mais diversa negação
Do quanto se apresente a cada não

E sei do caminhar que possa alheio
Vagando sem sentido e sem razão
Marcando com terror cada receio...

O tanto que pudera e já receio
Não deixa quando agora eu devaneio
Ousar acreditar numa razão
Que possa superar a negação
E sigo cada dia mais alheio
Vagando sobre o fato imerso em não,

O tanto que pudesse deste não
Enfrenta na incerteza este receio
E o passo poderia mais alheio
Trazer o quanto reste em devaneio
Tramando desde já tal negação
Sabendo desta vida sem razão.

Meu mundo procurando uma razão
Expressa na verdade o mesmo não
Que há tanto além da própria negação
Tramara o que pudesse já receio,
Vagando no temor em devaneio
Gerando o quanto possa estar alheio

E sigo mesmo alheio e sem razão
O quanto devaneio e vejo o não
Bebendo sem receio a negação...

978

O passo se perdera no caminho
Diverso do que outrora imaginasse
E sei do quanto veja ou mais tentasse
Ainda se mostrando a rude face
De um ser que se mostrasse tão bisonho
E nisto em cada engodo vou sozinho,

O tempo que pudera estar sozinho
O mundo que deveras eu caminho
E o prazo determina o ser bisonho,
Diverso do que tanto imaginasse
Mostrando com certeza a mesma face
E nela todo o sonho que eu tentasse...

O passo quando além já se tentasse
O verso mais sublime e até sozinho
Tramasse o que se possa nesta face
Ditar o quanto além quero e caminho
Ainda que de fato imaginasse
No fundo sou deveras tão bisonho,

Meu mundo neste fato ora bisonho
Expressa o que decerto eu bem tentasse
Vagando sem saber se imaginasse
O vento mais atroz, sigo sozinho,
E nisto cada curva do caminho
Espelha na verdade a minha face...

O tempo se anuncia e nesta face
O canto se deseja mais bisonho,
O vasto delirar onde eu caminho
E o prazo que deveras mais tentasse
Procuro mesmo estando tão sozinho
O todo que meu sonho imaginasse.

O canto que de fato imaginasse
O marco aprofundado em cada face
No tanto que se possa ser sozinho,
Ainda quando vejo o ser bisonho
Marcando cada fato que tentasse
Ousar noutro sentido em vão caminho.

Envolto em tal caminho imaginasse
O todo que tentasse e vendo a face
De um dia mais bisonho, irei sozinho...


979

O prazo determina o fim de tudo
E o canto não traria o ser feliz
Que há tanto se proponha do passado
Marcando cada fase de uma vida
Teimando acreditar no que viria
Na sorte mais audaz a cada instante,

O mundo se anuncia num instante
E sei do que pudesse e quando em tudo
O passo noutro tom sempre viria
Trazendo o que se faça mais feliz
Tramando esta alegria feita em vida
Deixando o sofrimento no passado,

O canto que se ouvisse do passado
Regendo cada sonho num instante
Marcasse mansamente a minha vida
E nela com certeza o amor é tudo,
Sabendo ser de fato mais feliz,
O todo sem limites já viria...

O quanto deste sonho ora viria
E o preço dita as sombras de um passado
E nisto o quanto possa ser feliz
Espelha o meu caminho num instante
E sei do que quisera além de tudo
Traçar o mais sublime em minha vida.

Procuro no final a luz que a vida
De fato noutro tom mesmo viria
Vivendo com certeza o todo e o tudo
Que deixe no vazio este passado,
E assim se desenhando num instante
O quanto me garanta ser feliz...

O mundo onde procure o mais feliz
Caminho traduzindo nova vida,
Expressa a maravilha noutro instante
E sei do quanto possa e até viria
Viver o que pudesse e sem passado,
O mundo desde agora fosse tudo.

Ainda quando tudo é mais feliz
A sombra do passado toma a vida
E o sonho noutro instante não viria.


980

O mundo se percebe a cada engano
Diverso do que há tanto eu percebera
E sei da solidão que nos tocasse
Marcando com furor cada momento,
E sigo sem saber o que faria
Vivendo esta verdade simplesmente,

O todo se desenha simplesmente
Enquanto na verdade agora engano
O mundo que de fato em vão faria
Além do quanto mesmo percebera,
Tentando o que pudesse num momento
E nisso cada dia mal tocasse,

A vida noutro fato se tocasse
Grassando este cenário simplesmente
E o verso que se faça num momento
Tramasse com certeza novo engano
E o fato que deveras percebera
No fundo nada mais além faria,

O todo que pudesse e já faria
O quanto sem sentido nos tocasse
E nisto cada sorte percebera
O todo que tentara simplesmente
Marcando com terror o quanto engano
A vida noutra farsa, num momento.

O mundo sem sentido no momento
Aonde esta expressão tosca faria
Além do que pudesse e se me engano
Sentisse o quanto possa e nos tocasse
A vida noutro fato simplesmente
Gerasse o que deveras percebesse,

O tanto que se queira e percebesse
Ousando na verdade outro momento
Enquanto se mostrasse simplesmente
O todo que pudera e não faria
O mundo se traduz e me tocasse
Deixando no passado algum engano.

O todo deste engano percebesse
O fato que tocasse outro momento
E nada se faria, simplesmente...

981

O verso mais suave que se possa
Trazer em emoções e mesmo molde
A sorte que desejo noutro instante
Regendo o caminhar agora audaz,
O vento na verdade tanto espalha
Além, toda palavra em cada verso.

O tanto que se tente quando verso
Ousando na expressão que agora possa
E quando esta emoção além se espalha
Marcando o quanto a vida tente e molde
Num sonho que se faça mais audaz
Grassando no infinito a cada instante,

O sonho mais sublime num instante
Tocasse com ternura o que ora verso
Gerando o que pudesse ser audaz
E nisto esta verdade tanto possa
Tramar o quanto a vida agora molde
Enquanto esta esperança além se espalha.

O encanto desenhado agora espalha
O tempo que vivesse neste instante
E nisto o quanto tente e ora se molde
Gerando outro momento enquanto verso
Tentando acreditar no que ora possa
E trame esta verdade mais audaz,

O mundo que soubesse mais audaz
Encontra o sentimento que se espalha
E mesmo quando em luta o todo possa
Traçar o meu anseio noutro instante
O tempo se anuncia enquanto verso
E vejo da expressão suave molde,

A vida que transforme e já se molde
No encanto mais suave e mesmo audaz,
Enquanto no infinito agora eu verso
Tentando o quanto a vida trama e espalha
Vivendo a sensação de um novo instante
Aonde este cenário em paz já possa.

O sonho que ora possa e enfim se molde
Regendo neste instante um sonho audaz
A sorte que ele espalha agora eu verso.


982

Não quero ser apenas novo estorvo
Um corvo em tua vida, um mero ocaso,
E sinto que deveras deveria
Viver o meu anseio quando a sorte
Ditasse a sensação do ser feliz
Que tanto procurasse e jamais visse,

Enquanto na verdade o fim se visse
E o peso de uma sorte vaga, estorvo,
O mundo se tentasse onde é feliz
Além do quanto trazes, ledo ocaso,
O mundo que se queira em nova sorte,
Um novo amanhecer já deveria...

O tanto que pudesse e deveria
Viver a imensidão enquanto eu visse
O todo desenhando em rara sorte
O verso superando algum estorvo,
E sigo quando venha o tosco ocaso
Marcando o quanto pude ser feliz.

E sei da minha senda mais feliz
E nada do que possa ou deveria
Ao se deixar levar por tal ocaso
Ainda que esperança ao longe visse
Supero com vigor qualquer estorvo
Mudando com firmeza a minha sorte.

O todo que se faça em nova sorte
Permite ao caminhante ser feliz
E nisto o quanto veja em rude estorvo
Ao menos novamente eu deveria
Viver a sensação do quanto visse
O mundo muito além do vago ocaso.

E sinto na verdade o que este ocaso
Pudesse traduzir além da sorte
Que tanto noutro passo já se visse
Moldando o ser que tente ser feliz
E nada do que tenha deveria
Gerar a turbulência deste estorvo...

O tanto num estorvo traz o ocaso
E sei que deveria em nova sorte
Viver quanto feliz decerto eu visse...


983

Não quero e nem tentasse de tal forma
Viver a imensidão do que sonega
A vida sem sentido e sem por que
Gerando o quanto rege enquanto traça
Meu mundo se perdendo enquanto vejo
O fim desta ilusão em vão destino...

O tanto quanto veja do destino
Que a vida noutro tempo agora forma
Vagando sobre as tramas do que vejo
Ousando neste passo onde sonega
O quanto se desenha e mesmo traça
A vida sem motivos, sem por que,

O mundo quando o tente sabe o que
Deseja e na verdade o meu destino
Encontra simplesmente a mesma traça
Que outrora destroçasse qualquer forma
E noutro desenhar tanto sonega
O quanto mais anseio e mesmo vejo.

O tanto quanto possa e quando vejo
Expressaria a vida e sei do que
O sonho se alimenta e não sonega
O passo que desenhe meu destino,
Vivendo o quanto a vida gera e forma
Marcante dia a dia a sorte traça.

O medo na verdade quando traça
A solidão aonde o tempo vejo
Encontra o quanto pude e nada forma
Senão este cenário e sei por que
O tanto que pudera meu destino
A própria persistência hoje sonega.

Temível caminheiro já sonega
O quanto se pudesse enquanto traça
Vagando pelas redes do destino
E teço muito além do quanto vejo,
Sabendo na verdade o tanto que
A vida sem razão alguma forma.

O mundo quando forma e se sonega
A vida sem o que tanto se traça
E apenas nada vejo em meu destino...


984

Não mais que qualquer fato ou mesmo sonho
Envolve o quanto fosse minha lida,
A senda se rebela e destruída
Expressa o que tanto decomponho,
Seara quando a busco, perco a vida,
Num ato solitário e tão bisonho.

Pudesse neste enredo mais bisonho
Viver o que deveras quero e sonho
Porém a solidão expressa a vida
Há tanto pelo tempo vejo a lida
Que possa traduzir e decomponho
A sorte noutra face destruída,

O muito que pudera destruída
A luta num momento mais bisonho
Expressa o que pudera e decomponho
Gerando sem sentido o que ora sonho
E sei da solidão que trame a lida
Marcando etereamente a nossa vida.

Assim se presumindo o quanto a vida
De fato pelo tempo destruída
Gerasse muito aquém da própria lida
O quanto se pudesse ser bisonho
Grassando sobre o todo quando sonho
E nisto o que se veja decomponho,

O mundo de tal forma decomponho
E tento acreditar na própria vida
Marcada a cada instante pelo sonho
E nisto se adivinha a destruída
Imagem de um momento mais bisonho
Tocando dentro da alma a rude lida...

Não possa ser assim a nossa lida
Nem mesmo o quanto agora decomponho
O verso se fizera mais bisonho
E nele se perdendo a própria vida,
O quanto se presume destruída
Marcando o que pudesse ser meu sonho.

E quando agora sonho com a lida
A sorte destruída eu decomponho
Tentando nova vida em novo sonho...

985

Não mais que meramente fosse o passo
Vestígios de uma luta aonde vejo
O tempo que pudera e não desejo
Traçando o que de fato não viria,
A luta se perdera simplesmente
E o verso no final traria a paz.

O quanto se deseja dita a paz,
E o vento na emoção que agora passo
Gerando o que se tente simplesmente
Marcando o que pudera e sei e vejo,
No tanto quanto possa e mais viria
A sorte desenhada em tal desejo.

E tudo se anuncia no desejo
De um mundo mais sincero em plena paz,
E o verso que pudera e até viria
Viver o que talvez ainda passo,
Marcando com ternura o quanto vejo
Sincera e tanto até mais simplesmente.

A vida se resume simplesmente
No quanto se desnuda este desejo
E tanto quanto possa mesmo vejo
O sonho feito agora em plena paz
O dia que talvez resuma o passo
Deveras noutro instante não viria,

E sendo o que pudesse e até viria
Ousando nesta luta simplesmente
Marcando com vontade cada passo
E nisto se fizesse do desejo
O verso mais audaz e dele a paz
Moldasse o que de fato agora eu vejo...

O sonho desvendando o quanto vejo
E sei que meu anseio ora viria
Vivendo a plenitude desta paz
Ou mesmo algum momento simplesmente
E tendo tudo aquilo que desejo
O tempo na verdade dita o passo.

E sei do quanto passo quando vejo
O todo do desejo que viria,
Bebendo simplesmente a mansa paz...






986

Ainda quando a vida se proponha
A ser talvez melhor que a própria essência
Do tempo mais diverso esta ciência
Do sonho permitisse a liberdade,
Mas sei quanto é difícil presumir
O todo num instante que não veio.

Ainda se percebe neste veio
O quanto uma emoção já nos proponha
E possa com certeza presumir
A vida noutro fato, em sua essência,
Marcando com ternura a liberdade
Ao dominar o encanto e ter ciência,

Seguindo sem temer esta ciência
Do encanto que deveras toma o veio
E mesmo quando negue a liberdade
Um novo amanhecer já se proponha
O todo se transforma e desta essência
Futuro agora possa presumir.

E nada do que eu tente presumir
Provoque com certeza a vã ciência
Do fato que regendo em sua essência
O tanto quanto possa e mesmo veio
Grassando o que deveras se proponha
Ousando no caminho em liberdade.

Numa avidez sincera, a liberdade,
Expressa o quanto pude presumir
No sonho que deveras se proponha
Marcando cada fato em tal ciência
Mostrando no final ao que já veio
E nisso se previsse cada essência.

O mundo se demonstra em pura essência
Moldando com sublime liberdade
O quanto poderia e mesmo veio
Trazendo o quanto pude presumir
No sonho mais audaz e ter ciência
Do encanto que esta sorte nos proponha...

E sinto o que proponha em sua essência
O mundo em tal ciência e a liberdade
Ousasse presumir ao quanto veio...

987

Já não pudesse mais acreditar
Nas tramas tão diversas e talvez
Meu mundo se moldando noutra face
O tempo não traria o quanto quero
E espero seja além de mero ocaso
Enquanto tento o sonho mais audaz;

O passo que pudera ser audaz
E o verso quando tento acreditar
Nas velhas sensações do mesmo ocaso
Que possa me trazer e sem talvez
Propondo tudo aquilo que mais quero
Mostrando na verdade a clara face,

O verso iluminando a bela face
Do sonho que pudesse mais audaz
Tramando o que deveras busco e quero
E deixo tão somente acreditar,
Nas tantas ilusões onde talvez
O mundo se moldasse em rude ocaso,

O tanto se traduz e neste ocaso,
O passo se desenha em vaga face
E sei do quanto outrora amor talvez
Gerasse o dia claro e mesmo audaz
E nele tão somente acreditar
Marcando o que de fato sonho e quero,

Pousando no cenário aonde o quero,
O sonho superasse algum ocaso,
Deixando tão somente acreditar
No todo que se envolve em clara face
Marcando o caminhar bem mais audaz
A vida não seria este talvez.

O quanto se moldasse e até talvez
Tramasse esta vontade que ora quero
E sendo o meu anseio mais audaz
O todo superando o velho ocaso,
O mundo desenhando a rude face
Aonde não pudesse acreditar,

O quanto acreditar se até talvez
Ao ver a tua face o quanto eu quero
Resume neste ocaso o passo audaz...

988

Jamais imaginei novo momento
Aonde o que se faz já não coubera
O tempo se renega e dita o fato
Enquanto a solidão rege o vazio
Meu verso se apresenta desde então
No canto sem sentido e sem proveito,

Ainda se anuncia em tal proveito
O quanto se deseja no momento
E sei deste cenário quando então
O passo noutro rumo ora coubera
E sendo este momento tão vazio
Apenas o meu sonho expresse o fato,

Ousando na esperança como um fato
Que possa traduzir algum proveito
Encontro no final este vazio
E tento com ternura outro momento
E sinto que deveras não coubera
Sequer o quanto reste desde então.

O prazo se esgotasse e quando então
A vida se tornasse mero fato,
O sonho na verdade não coubera
Nem mesmo no final algum proveito
Gerando o que se possa num momento
Traçar este cenário ora vazio...

E sigo sem sentido o tão vazio
Caminho que soubesse como então
A vida num anseio de um momento
Retendo a cada instante um velho fato
E nisto o que se possa em tal proveito
Deveras na verdade não coubera,

O mundo se desenha e mal coubera,
Embora o coração siga vazio,
Tentando pelo menos o proveito
Que possa ser agora e desde então
O todo que se mostre neste fato
Deveras muito mais que este momento.

O quanto no momento me coubera
Traçando neste fato o ser vazio
Meu mundo desde então, ledo proveito...

989

O quanto se apresenta na verdade
Ousando noutro fato mais atroz
Gerando o que pudesse em mesma voz
Traçando o rumo após a frágil sorte
Que tanto se decida e não suporte
Sequer o quanto viva em claridade.

Ausente do horizonte a claridade,
O fato denegrisse esta verdade
E nada mais decerto ora suporte
O passo que se mostre tão atroz
Regendo no final a leda sorte
Que possa traduzir em mesma voz.

Procuro o que se tente em mansa voz
E trague com ternura a claridade
E seja de tal forma nossa sorte
Que trame brandamente esta verdade
E embora o mundo seja rude e atroz
O meu caminho agora em paz suporte,

No todo anunciado qual suporte
A vida se presume em viva voz
O sonho que se fora outrora atroz
Agora se permite em claridade,
E sei do claro anseio da verdade
Marcando com ternura nossa sorte.

Ainda se distando desta sorte
O passo traz em si todo o suporte
E beba com fineza esta verdade
Mostrando com ternura a tua voz
Que possa me envolver em claridade
Deixando este passado outrora atroz,

O mundo solitário é tanto atroz
E rege no vazio a tosca sorte
E quanto se percebe a claridade
Marcando com a luz o que suporte
Trazendo com candura a nova voz
Que exprima a mansidão desta verdade...

Embora na verdade, o mundo atroz,
Ainda traga em voz a rude sorte,
O sonho em paz suporte a claridade...

990

O canto mais sublime que eu pudesse
Tramar e ter nas mãos além do fato
Que tanto desejasse enquanto acirram
Os ânimos diversos noutro cais,
A luta não resolve qualquer passo
E deixa a solidão tomar espaço,

O tanto que tivera neste espaço
O mundo noutro rumo ora pudesse
E sei do deveras tanto passo,
Vagando muito além de um mero fato
E sei do quanto é válido este cais
Enquanto os temporais tanto se acirram,

Os olhos vendo os mares que ora acirram
Delírios na procura de um espaço
Trazer na plenitude o novo cais
No vórtice da vida que eu pudesse
Traçar o quanto queira em manso fato
Vencer ou mesmo ousar em novo passo,

Ainda quanto tente um calmo passo
E vendo os dias rudes que se acirram
O todo superando o mero fato
Um frenesi não dita todo espaço
E sei que na verdade se pudesse
Teria mansamente o raro cais,

E sendo de tal forma o que este cais
Trazendo o quanto quero e mesmo passo
No instante aonde em paz tudo pudesse
Enquanto além as ondas já se acirram
A mansidão tentando novo espaço
Tramando o que me importa neste fato.

Pousando na verdade em manso fato
Ousando acreditar liberto o cais,
Que tome com certeza tempo e espaço
Regendo em mansidão tal novo passo,
Após os dias rudes que se acirram
Apenas mansidão já se pudesse,

O tanto que pudesse neste fato
As lutas não acirram mais meu cais
E dito neste passo, o claro espaço...


991

Jamais sossegaria o coração
Envolto pelas tramas de um desejo
Que tanto se traduza em mero beijo,
Pousando um colibri em ilusão,
E nisto se prevendo a floração
Etérea primavera dentro da alma.

A solidão que outrora tomando a alma
Regesse em tal tormento o coração
Agora ao perceber a floração
Marcada pelas ânsias do desejo
Tramasse muito além de uma ilusão,
A clara sensação de um manso beijo,

E quando se desenha em nós o beijo
O todo em florescência eclode na alma
Crisalidando enfim esta ilusão
E nisto ao redimir o coração
Vagasse muito além deste desejo
Frutificando enfim a floração,

Anunciando a vida em floração
O tanto se aproxima em claro beijo
E vivo tão somente este desejo
Que possa dominar deveras a alma
E sinto no bater do coração
Já solidificada esta ilusão.

O tanto se fizera da ilusão
Grassando com ternura a floração
E desta forma vivo o coração
Marcado pela sorte deste beijo
Ao entranhar sem medo o quanto esta alma
Traçasse muito além de algum desejo.

O mundo que deveras mais desejo
Expressa o quanto possa esta ilusão,
E vejo no florir desta minha alma
O tempo mais audaz e a floração
Reinando a cada toque, cada beijo,
Domando impetuoso coração,

Essencialmente vibra o coração
E nisto o quanto quero e mais desejo
Expressa muito além de todo o beijo,
E personificando uma ilusão
Explode na sobeja floração
Domando a insensatez tomando esta alma,

E quando de minha alma é coração,
E sei da floração que mais desejo
Vencendo uma ilusão, além de um beijo...

992

Não quero acreditar que sendo assim
A vida sem sentido em vã tormenta
Regendo cada passo quando pude
Tramar este infinito dentro em nós
E o verso se mostrara mais audaz
Enquanto este caminho, a sorte traz.

O todo desenhado enquanto traz
A plenitude em sonho e sendo assim,
O canto mais suave e tanto audaz
Vivesse sem saber desta tormenta
Que tanto se mostrara viva em nós
E agora noutra cena já não pude...

O muito que tentasse enquanto pude
Viver a sensação que a vida traz
E nisto revivendo o amor em nós
Marcando com ternura o ser assim,
Vencendo o quanto possa esta tormenta
E ser após a queda mais audaz.

O passo se mostrasse tanto audaz
E nisto com certeza mais que pude
Viver a sensação de uma tormenta
Que trame o quanto possa e já se traz
Nas sortes sempre tantas, quando assim,
O mundo renascesse dentro em nós,

O verso se aproxima e sei de nós
No tempo tantas vezes mais audaz,
E quando se desenha sempre assim
O tanto que se queira e mesmo pude
Vagando sem sentido agora traz
A vida muito além desta tormenta.

O quanto se presume da tormenta
Marcada sem limites, diz em nós,
Do sonho que deveras já se traz
Num dia quando possa ser audaz
E sei e na verdade o quanto pude
Expressa esta vertente sempre assim.

O tanto sendo assim mera tormenta.
O quanto agora pude e sei que em nós
A vida sendo audaz, além me traz...

993

Não quero apresentar qualquer desculpa
A luta não se encerra com mentiras,
E quando na verdade tanto feres
Grassando no vazio que me impede
Do sonho aonde um dia mesmo pude
Vencer o que se tenta noutro engodo,

O mundo se desenha neste engodo
E o canto não me serve de desculpa
O tanto que tentasse e nunca pude
As sortes ditam ermos e mentiras
E nisto o meu caminho agora impede
Enquanto sem sentido algum me feres,

O passo no vazio quando feres
O canto se transforma neste engodo
E o medo na verdade não impede
Nem mesmo o quanto possa qual desculpa
Traçar entre diversas vãs mentiras
O que desejo tanto e nunca pude.

O todo no passado quando pude
Trazer na imensidão do que ora feres,
Gravando dentro da alma estas mentiras
E sei da solidão em rude engodo,
No quanto se tentasse esta desculpa
Que a vida na verdade não impede.

O muito que se queira agora impede
Viver o tanto quanto em sonhos pude,
Sentindo sem motivos tal desculpa
E nisto noutro passo tu me feres,
E sei do meu caminho em tal engodo
E nisto se desenham tais mentiras,

A vida se apresenta nas mentiras
E o tempo na verdade nada impede
Senão tanto vencesse algum engodo
Ousando acreditar bem mais que pude,
No todo que se mostra quando feres
E nunca serviria de desculpa.

Jamais amor desculpa tais mentiras
E quanto mais me feres mais se impede
O tanto que já pude, fora engodo...

994

Meu mundo se anuncia enquanto possa
Ousar noutro momento e sei que é rude
Deixando no passado o que teimasse
Vagando em claros tons, ou tempestades,
O sonho na verdade fora falso
E o tempo cadafalso em turbilhão,

O verso se mostrara, turbilhão,
E nada do que tento mesmo possa
Enquanto o diamante sendo falso
E o tempo desejado bem mais rude,
O quanto na verdade em tempestades
Marcasse o que de fato em vão teimasse,

Ainda que decerto enfim teimasse
Lutando contra o tosco turbilhão
Moldando inutilmente tempestades
E nelas o que tente e mesmo possa
Expressa este cenário agora rude
E nisto cada sonho se faz falso.

O mundo dita o passo sempre em falso
E o tempo na verdade mal teimasse
Enquanto o meu caminho se faz rude
O todo desenhando o turbilhão
Aonde com certeza o nada eu possa
Tramar além das tantas tempestades...

O mundo se resume em tempestades
E o prazo determina o ser tão falso
Que agora noutra face sempre possa
Viver além do quanto ora teimasse
Bebendo sem temor o turbilhão,
O coração se faz agora rude,

O tempo na verdade sei tão rude
E vivo o que se mostre em tempestades
E nisto bebo a sorte em turbilhão
E sei do meu caminho tosco e falso
Embora na verdade inda teimasse
O fim traduz o quanto nada possa,

O tanto quanto possa sendo rude
Expressa o que teimasse em tempestades
O amor fizera um falso turbilhão...

995

O mundo se anuncia após a luta
Que tanto desejara em farsa e sonho,
O prazo determina o fim do jogo
E nada do que tenha no momento
Encontraria além desta ventura
O sórdido cenário que se perca
Nas tramas de uma noite sem sentido.

O canto se mostrara sem sentido
E o peso de uma sorte vaga em luta
Enquanto no final o tempo perca
Mostrando ser inútil cada sonho,
Crepusculares passos sem ventura
Traduzem com certeza o fim do jogo,

O tanto que pudesse neste jogo
O vândalo caminho diz sentido
Do todo que pudesse esta ventura
Marcada pela insânia aonde eu luta,
O canto que tramasse novo sonho
Após a tempestade já se perca,

O todo noutro espaço agora perca
E saiba do terror do ledo jogo,
Moldando com astúcia cada sonho
E nisto se presume o vão sentido
Que possa transcorrer em cada luta
Matando o que pudesse ser ventura...

O tanto sem domínio sem ventura
O caos que determina o que se perca
Na velha sensação da antiga luta
Rondando o que pudesse ser o jogo
Ainda se presume o sem sentido
Caminho tão diverso deste sonho,

E o prazo que pudera quando sonho
Jamais me traduzisse uma ventura
E o todo noutro engodo sem sentido
O vasto desenhar onde se perca
A prece se fazendo deste jogo
O todo que deveras trama a luta.

A vida sem tal luta mata o sonho
E sei do quanto em jogo está ventura
Fazendo que se perca algum sentido.


996

Não mais que mero passo no vazio,
Ainda se tentasse acreditar
Nas tramas mais diversas e se vejo
O canto não resume o que ora trago
Apenas o que possa em rude afago
Pulsando como fosse mais cruel,

O lento caminhar se faz cruel
E nele se adivinha o ser vazio
Que tanto quanto busco agora afago
E não pudera mesmo acreditar
Nas tramas que deveras quando trago
Expresso o que desejo e nunca vejo.

O tempo noutro tanto dita e vejo
O sonho sem limites, mais cruel,
E bebo no gargalo cada trago
Da vida que se faça no vazio,
E possa sem sentido acreditar
No rumo desenhando em tosco afago,

E quando noutro passo tanto afago
A sorte que deveras busco e vejo,
O tanto quando pude acreditar
Cerzindo este momento mais cruel
Gerasse na verdade este vazio
Que agora sem defesas eu te trago.

O mundo na verdade quando o trago
Negasse o quanto reste deste afago
E sigo sem sentido este vazio
Que possa traduzir no quanto vejo,
O tom astucioso e mais cruel
Que tanto em vão tentasse acreditar.

O quanto se resume a acreditar
No verso que deveras eu te trago
E sinto este momento onde é cruel
O canto que se mostre num afago
E sei do quanto possa e mesmo vejo
Grassando as sendas várias do vazio...

E tento no vazio, acreditar,
E sei do quanto vejo e agora trago,
Num manso e doce afago, tão cruel...

997

O mundo que eu buscasse e não viera
Depois de tanto tempo em leda luta
Ainda quando a morte se aproxima
E bebe deste cálice sanguíneo
Minha alma em sensação amarga e vã
Apenas se anuncia sem saída,

O quanto se procure uma saída
Que sei jamais pudesse e não viera
O tanto que se mostre em noite vã
A clara sensação de torpe luta
O verso mais atroz, mesmo sanguíneo,
Expressa o fim que sinto, se aproxima,

O tanto que o temor nos aproxima
E o tempo sem saber outra saída,
O crime se transforma onde sanguíneo
Castigo não conheço e nem viera,
A senda mesmo atroz esboça a luta
Que tanto sinto inútil quanto vã.

O passo nesta noite atroz e vã
O vento do passado se aproxima
E vejo no final a vaga luta
Que possa prometer uma saída
A quem noutro momento se viera
Expressa este tormento ora sanguíneo,

O sonho mais atroz, rude e sanguíneo,
O mundo se expressando em noite vã
O tanto que se possa e não viera
Apenas a verdade me aproxima
Do quanto se tentara em vil saída
E o manto resumisse a farsa e a luta...

Ainda vejo o sonho feito em luta
No encanto que se faça ora sanguíneo
E sei da sensação desta saída
Do tempo quando a vida fosse vã,
A luta na verdade se aproxima
E nada no final inda viera...

Portanto já viera em rude luta
O tempo se aproxima mais sanguíneo
Tornando uma saída, ausente ou vã...

998

Marcando com meu verso o quanto seja
A luta de quem ama em vãs promessas
E quando no momento vagamente
Astuciosamente volto ao fim,
E bebo o que restasse desta taça
Brindando cada corte que se vê.

O caos que na verdade ninguém vê
O todo que maldito sempre seja
Quebrando com vigor cristal e taça,
Na falsa sensação destas promessas
O mundo se esboçasse em claro fim
Tentando novo passo, vagamente...

O peso se mostrara vagamente
Aonde o que em verdade jamais vê
O mundo que pudesse ter ao fim
A senda quando siga sempre seja
Além da solidão destas promessas
A clara fantasia em bela taça.


Mas quando se imagina vinho e taça
O todo se desenha vagamente
E o quanto são inúteis as promessas
E delas nem a sombra mais se vê
O tanto que se possa e sempre seja
O risco desdenhoso dita o fim.

Meu mundo se aproxima do seu fim
E vejo o quanto resta desta taça
E quando se presume que assim seja
O todo que pudera vagamente
E nisso o quanto possa e mais se vê
Desdenha dos rancores e promessas...

Ainda quando vejo em tais promessas
A luta sem sentido já no fim,
O mundo se presume em rude taça
E o quanto na verdade em vão se vê
Além do que pudesse vagamente
Esquece e no final o nada seja.

E quando sempre seja sem promessas
O tempo vagamente dita o fim
E o quanto ora se vê destrói a taça...

999

O mundo que se pode ser diverso
Do todo quando eu tente de tal modo
Traçar alguma forma de seguir
As ânsias do cenário em turbulência
Um tempo mais suave e talvez possa
Trazer esta expressão bem mais suave.

O tanto se desenha onde suave
Tentasse traduzir o ser diverso
E nisto a solidão agora possa
Tornar o meu anseio a grosso modo
Gerando dentro da alma a turbulência
De um tempo sem limites a seguir.

O quanto na verdade quis seguir
Embora seja a sorte ora suave,
Ainda quando expresse a turbulência
Do tanto que mostrasse o ser diverso,
O mundo se demonstre em claro modo
Meu passo que tentasse, mas não possa...

Ainda quando a vida tente e possa
Trazer o quanto resta a nos seguir
Marcando com ternura cada modo
Que tente desenhar o ser suave,
E nisto noutro rumo mais diverso
O mundo moldaria a turbulência.

O quanto se anuncia em turbulência
Ou mesmo na verdade siga e possa
Trazer este cenário mais diverso
E nele cada farsa a se seguir
Permita o que se tente ser suave
E mostre a própria vida deste modo,

Preparo o meu caminho e sei do modo
Mais claro que produza em turbulência
O sonho mais audaz e até suave
Ditando na verdade o quanto eu possa
E tente com firmeza ora seguir
O rumo que se mostre ora diverso,

O passo tão diverso deste modo
Programe o que seguir em turbulência
Marcando o quanto possa ser suave...


1000

Não vejo como fosse uma promessa
A vida que se espalha em forte vento
O tanto quanto busque e mesmo aceite
Expressa com temor o que viria,
Crepusculares sonhos. Vida embosca
E traça no final rude tocaia,

A luta se anuncia e na tocaia
Apenas o final dita a promessa
Enquanto a solidão agora embosca
Quem sabe e se presume neste vento
Ainda que decerto enfim viria
O tempo não permite nem aceite,

O todo que deveras mais se aceite
Olhando de soslaio esta tocaia,
A vida se transforma e não viria
Sequer alimentar esta promessa
Do quanto se anuncia em raro vento
E a morte neste instante já me embosca,

O quanto da verdade agora embosca
O prazo que meu mundo não aceite
E nisto se deseja mais que o vento
E tanto se moldara em vã tocaia
Na senda feita em torno da promessa
Enquanto nada além eu sei, viria...

O mundo de tal forma inda viria
Vencendo a solidão que tanto embosca
Gerando o quanto possa em tal promessa
E nisto outra verdade não aceite
O verso traduzindo esta tocaia
Que eclode num mais forte e rude vento,

Portanto quando sinto em mim o vento
Marcando o que decerto inda viria
Trazendo o quanto possa na tocaia
O sonho quando envolve e assim embosca
A farsa que deveras mais aceite
Expressa a negação de tal promessa...

Perdida esta promessa solta ao vento
Sem ter quem mais aceite o que viria
O sonho ora me embosca em vã tocaia...