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Friday, April 1, 2011

Só a verdade liberta?




Se me perguntares qual a mais difícil dentre todas as virtudes, praticamente inexeqüível, serei obrigado a reconhecer que a VERDADE e a plena HONESTIDADE são fortes candidatas.

Somos extremamente honestos e verdadeiros no amanhecer de nossas vidas.

A criança diz, com razão absoluta que fulano é chato, beltrana é gorda e que a comida da mamãe ou da vovó está uma porcaria.

E quando, em nome de uma coisa que apelidamos de socialização, pedimos menos honestidade nos comentários,
Estamos DESEDUCANDO nossos filhos com relação à Verdade.

Quantas vezes, durante nossas vidas, somos obrigados a conviver com situações extremamente difíceis em nome desta “Socialização”?

Obviamente, se fossemos totalmente honestos e francos nos nossos relacionamentos, acabaríamos absolutamente isolados do mundo.

Essas pequenas corrupções diárias podem fazer mal à alma mas, são perdoáveis.

Totalmente perdoáveis.

Muitas vezes a verdade liberta mas, nem sempre. Ela pode nos aprisionar e tornarmos infelizes ou deixarmos quem nos rodeia extremamente infelizes.

O que, convenhamos, é muito pior do que as pequenas desonestidades diárias.

Mas, não baseie tua vida nessas pequenas falcatruas.

A tua vida poderá ser tão falsa quanto uma nota de três reais.

E aí, companheiro, não há santo que dê jeito ou, ao menos confie em ti.

Sejamos, pois, SOCIALMENTE mentirosos mas observando sempre os limites para não nos tornarmos ESSENCIALMENTE falsos e desonestos.

Esse limite é tênue e deve ser observado com todo carinho e cuidado.

Senão, corremos o grave risco de conhecermos o inferno por aqui mesmo.

Da solidão e do desprezo.

E, pior que tudo, do total descrédito!
Publicado em: 05/12/2006 11:53:01

Só ando correndo, mas não de medo...
130

Só ando correndo, mas não de medo...


Pelas estradas, ligeiro,
Eu sempre chego mais cedo,
Mas, atenção companheiro,
Eu corro, mas não de medo...

Marcos Coutinho Loures

Um sujeito corajoso,
Pra mostrar que nunca é fraco,
Num caminho perigoso,
Só sossega num buraco..
Publicado em: 21/11/2008 12:10:46
Última alteração:06/03/2009 17:01:47


só desejo o teu desejo
só desejo o teu desejo
nada mais quero pra mim,
sem amor sempre fraquejo,
vai secando o meu jardim...
Publicado em: 19/12/2009 19:25:30
Última alteração:16/03/2010 09:56:08




SÓ FALTA VOCÊ
Cetins e sedas
Lençóis
Em transparências
De organdis
Sono vem
Sonho chega
Só falta você...
Publicado em: 30/09/2008 15:06:47
Última alteração:02/10/2008 14:52:41



Só Letrando Amor

Muitas vezes te perdi.
Obuses abusos luzes me cerziste.
Cinzas cravos mortes seduziste
Nada mais te temo
Meu último ultimo teu timo
Estimo teu rumo, prumo e destino.
Atino e desatino, átomo desato-me...
Religo restinga e montanha.
Minha senha, minha sanha.
Nas morfinas noites alucinas.
Aços e ações. Rabecões.
Carrego meu corpo
Levo para a cova.
A sova do não
O pão sovado.
O amor desengonçado;
O nada sem gosto
Sem sal.
Soletro seu amor.
Seleto e sem sabor.
Completo desafeto,
Perpetuo este feto.
Perpétuo aspecto
E respeito.
No peito
Um jeito de não bater.
Baterias e bactérias terias.
Mas não me tens e vens
E vens e não me tens...
Se não vens me terias.
Mentirias se me tiveste.
As hastes que quebraste
São as mesmas que sustento.
Meu vento e feitio
Fastio,
Estio
És
Ex.
Estilo
Estrilo
Estridor...
Publicado em: 07/12/2006 14:50:08

Eu quero balançar
Brincando de sonhar
Na rede que trouxeste
Na beira do teu mar.
Amor que tu me deste
Jamais vai terminar...

Amor não tem receio,
Me deite no teu seio,
Amor pra mim é tudo,
Não é só devaneio
Amor me deixa mudo,
Da vida é mina e veio...

Deitado do teu lado,
Assim, tão espalhado,
Amor eu quero ter
E sonhar acordado,
Sem medo de já ser.

Sem ser o que traz medo
Deitando, assim, bem cedo,
Fazendo tanto amor,
Tragando meu enredo
Gostoso de compor...
Publicado em: 03/02/2007 09:23:55
Última alteração:30/10/2008 16:39:45


Tu dormias, mansamente,
Sonhando tão calmamente
Nesta mais bela visão
No frescor do respirar,
A beleza de encontrar
Amor, tamanha emoção!

Tantas vezes que sonhara,
Poder encontrar minha cara
Tranqüila note de sono,
Na placidez infinita
De tanto amor que me excita
Deitada em seu abandono...

A minha alma embriagada
Nessa tua alma enfeitada
Fazendo um verso sem fim,
Um dueto mais perfeito,
Amar é estar satisfeito,
Te encontrar tão bela assim.

Ao te ver eu não dormia,
Nada mais eu conseguia
Só pensar no meu desejo
De saber do teu amor,
Me levas por onde for,
Minha boca quer teu beijo..

Nessas espreitas, sem medo,
Sem temer qualquer segredo,
Amor cedo me conquista,
Não me deixa um só momento,
Superando esse tormento
Fazendo a vida bem quista.

Agora que o tempo passa
Que todo amor não disfarça
Que te quero sem temer
Em volta desta fogueira
Vou te amar a noite inteira,
Emoldurar meu prazer...

E sinto que não termina,
Amor que tanto domina,
Não te esqueço mais querida
Eu quero te dar meu canto,
Vibrando com teu encanto,
Sonhando com nossa vida!



Eu te vejo sentada sobre as pedras
As pedras que levavam para o mar
No mar que tantas trevas prometia.
Prometias viver amor demais.
Demais pensei que a sorte não seria.
Seria tão somente uma saudade;
Saudade de quem fora e não voltara
Voltaram minhas dores, sem piedade...

Mas sinto que tu chegas de repente
E sinto que te tenho aqui de novo,
Renovo tantos votos e promessas
Remessas de sonhos que perdera.
Nas pedras do caminho que trouxeram
Os dias de saudades que sentira.
Agora que te tenho novamente.
A mente se renova e fortalece.

E tece cada noite mais um sonho,
E trama a cada noite uma esperança.
Viver tão bela vida me proponho,
Não tiro teu olhar mais da lembrança.
Meu mundo se promete mais risonho
A vida nova vida já me alcança
E quero nosso amor, pura emoção,
Que traz e que devora o coração...
Publicado em: 21/01/2007 14:43:49
Última alteração:30/10/2008 16:59:27



Nunca mais falar teu nome,
Nem tampouco ouvir a voz,
Tudo queima, me consome,
Some o que já fomos nós...
Quero teu corpo somente ,
Semente de tantas esperas,
Minhas feras, simplesmente,
São minhas velhas quimeras...
Nunca mais saber de ti,
Vivi a procura louca,
Bocas tantas que mordi,
Perdido por tua boca...
Nessas horas mais aflitas,
Gritas por meu nome tanto.
Tento o vento que agitas,
Infinitos teus encantos.
Sei que andas tão distante,
Instantes são mais eternos,
Ternos sonhos, constante
Amantes parecem ternos.
Mas a dor que te provocam,
Invoca meu nome, Maria;
Dia a dia eles convocam,
Sentimentos, poesia...
Horas e anos, atrás,
Amores e dores cegam,
Me esquecer, se for capaz,
Todas as coisas te negam
Arrependes? Nada feito.
Não quero mais o perdão
Pela vida, satisfeito
Pelo sim e pelo não.
Nas curvas dessa seara,
Nos medos do meu sertão,
Essa dor? A vida apara;
Sobrevivo ao velho chão.
Sento os olhos no horizonte,
Busco a lua nada vejo,
Subo, enfim, no velho monte,
Onde enterrei meu desejo.
Minha carne vou expondo,
Podre carne sempr’ às moscas,
Meus sonetos vou compondo,
Nessas paisagens mais toscas.
Meu passado não procuro,
Nem escondo por vergonha,
Se passei por medo, escuro,
Nova vida a vida sonha.
Se cansei de nada ser
Não procuro pela culpa,
Me importa, somente ter
A vida como desculpa.
Quero beber nova boca
Quero sorver mais saliva,
Não irei dormir de toca,
Ser do canhão, a ogiva...
Quero ser somente luz
E não ter mais ferimento,
Quero a lua que conduz
Ao azul do firmamento.
Quero o verde matagal,
Amarelo desse ouro
Brincar no meu carnaval,
Procurando meu tesouro.
Quero o sabor como lábio
Mergulhar nesse oceano,
Vida corre, tudo é lábil,
Acaba, descerra o pano...
Não tenho essa pretensão
De viver eternidade,
Quero somente a atenção
Dessa tal felicidade.
Nem que seja pra dizer
Você não merece perdão
Não vou conseguir morrer
Sem ter paz no coração.
Sem a certeza da sorte
De poder ter a certeza,
A de que, na minha morte,
Mesmo com a ligeireza
De quem não quer majestade,
E só quer essa certeza,
Ser amado de verdade...
Publicado em: 11/02/2007 23:08:00



Amor sobre a mesa
Tanto amor se deu,
Sonha uma princesa
No amor se perdeu...

Amor é sombra e luz
É lume que queima
Amor se produz
De amor que se teima.

Foge do deserto
Busca teu carinho.
Longe está tão perto,
Pede pelo ninho...

Amor todo dia
Não canso de amar,
Pura poesia
Um raio solar.

Amor que amor dá
Amor que amor pede
Amor brilhará
Quanto se concede...

Eu faço do canto
O canto que dá
Amor por encanto
Amor amará.

Eu quero esse vento
Que veio do mar,
No meu pensamento
Só quero te amar!
Publicado em: 30/01/2007 12:41:56



Tantas vezes vagueio nos meus sonhos
Na busca de outros campos mais risonhos
Onde possa descansar meu pensamento...

Neste céu de formosa claridade
Nas estrelas o rastro da saudade
Levado em correnteza pelo vento...

Eu sinto uma presença tão macia
No toque da esperança em fantasia
Daquela que se foi prá nunca mais.

A noite se passando iluminada
No beijo carinhoso, a minha amada
Distante, mas tão perto; amor demais...

Eu sinto-te presente aqui, comigo,
Qual fora uma obsessão, sempre persigo,
A voz, o toque, o rosto, a sensação

De ter o teu perfume junto a mim,
Nas flores delicadas do jardim...
Só resta esta saudade... Sonho em vão...

Publicado em: 25/02/2007 09:54:34


só sei que eu te amo
Noite e dia
Canto e silêncio
Espora e corcel
Lua e sol
Praia e montanha
Vento e proteção.
Relento e agasalho
Certeza e dúvida
Dívida e acerto
Concerto e conserto
Mata e cidade
Perdição e rumo...
As pontas opostas
Dispostas desta estrela
Trazendo um núcleo
Igual, repartido.
Elétron e próton
Platonicamente correto.
Politicamente nem tanto.
Encantos e recantos se misturam
Moscas pousam sobre os talheres...
Segredos com partilhas compartilhados...
Medos e modos distintos,
Distinta e indistinto
Instinto e razão.
Tinto vinho, veneno e verão.
Versos e solidez.
Avesso e reverso
Meu verso procura
A cura e ternura,
Na jura e na rima
Arrimo e contrasenso.
Estrito e imenso,
Imantados
Pólos opostos
Atos e apóstolos,
Postulas e não posso
Pústulas carrego
Nego e me pegas,
Corvos e pegas...
Percas e ganhos...
Enganos e ganas
Gerânios e gerúndios.
Como pode um peixe vivo...
Nas horas mais estranhas
Entranhas e temperos.
Seios e rodeios,
Cavalgada...
Vagas calvas dos montes.
Remontes e desmontes.
Pouso e gozo, órgãos e orgasmos.
Espasmo e espantos,
Contratos e contraltos
Remessas e conversas.
Discutir a relação!
Relatos e remédios
Rotas sem tédios
Temidas e terminais...
Tolas discussões
Sessões de culpa
Desculpa e me culpa
Culpa
Culpa
Quero lupa!
A pupa apupa e apóia
Quase que bóia
A jibóia me aperta.
O nó da gravata
Bravata e graveto.
Vate e barata
Barbatanas
De tubarão
São afrodisíacas!
Paradisíacas misturas, curas e chicotes.
Látegos e latejos.
Polens e pré-juizos.
Prejuízos?
Quem sabe
A porta se abre,
Se cabe ou se acabe não cabe!
Será?
Só sei que te amo!
Publicado em: 04/09/2008 09:49:33


O que sabemos é uma gota, o que não sabemos é um oceano. Newton


Eu só quero saber o que não sabes
Embora sempre mostres arrogância.
Duma flor desconheces a fragrância
No mundo que pretendes já não cabes...

Tu pensas que és maior e que domina.
A vida te dará sua lição.
Se julgas que conhece essa amplidão,
Tua alma te acompanha pequenina...

Bem sei que nada sei mas acredito
Talvez eu possa um dia saber mais.
Agora em universos maiorais
Todo o conhecimento é infinito...

Um grão de areia em gigantesca praia
Todo o nosso saber é quase nada,
Não consegues falar da madrugada
Nem da lua que em areia já se espraia.

Um pássaro perdido em pleno céu,
Uma gota minúscula no mar.
Não sabes nem sequer o que é amar
Nem da morte que traz seu negro véu...

Desculpe minha amiga, ser tão duro.
Não posso te omitir esta verdade.
Quem pensa que conhece a claridade
Pode se preparar para o escuro!
Publicado em: 23/11/2006 19:30:30


Na parte que me cabe
Só vivo tendo aparte.
Nem sempre estou à par de.

Publicado em: 19/03/2007 11:58:26
Última alteração:28/10/2008 05:42:58



Só sei que te amo!

Noite e dia
Canto e silêncio
Espora e corcel
Lua e sol
Praia e montanha
Vento e proteção.
Relento e agasalho
Certeza e dúvida
Dívida e acerto
Concerto e conserto
Mata e cidade
Perdição e rumo...
As pontas opostas
Dispostas desta estrela
Trazendo um núcleo
Igual, repartido.
Elétron e próton
Platonicamente correto.
Politicamente nem tanto.
Encantos e recantos se misturam
Moscas pousam sobre os talheres...
Segredos com partilhas compartilhados...
Medos e modos distintos,
Distinta e indistinto
Instinto e razão.
Tinto vinho, veneno e verão.
Versos e solidez.
Avesso e reverso
Meu verso procura
A cura e ternura,
Na jura e na rima
Arrimo e contrasenso.
Estrito e imenso,
Imantados
Pólos opostos
Atos e apóstolos,
Postulas e não posso
Pústulas carrego
Nego e me pegas,
Corvos e pegas...
Percas e ganhos...
Enganos e ganas
Gerânios e gerúndios.
Como pode um peixe vivo...
Nas horas mais estranhas
Entranhas e temperos.
Seios e rodeios,
Cavalgada...
Vagas calvas dos montes.
Remontes e desmontes.
Pouso e gozo, órgãos e orgasmos.
Espasmo e espantos,
Contratos e contraltos
Remessas e conversas.
Discutir a relação!
Relatos e remédios
Rotas sem tédios
Temidas e terminais...
Tolas discussões
Sessões de culpa
Desculpa e me culpa
Culpa
Culpa
Quero lupa!
A pupa apupa e apóia
Quase que bóia
A jibóia me aperta.
O nó da gravata
Bravata e graveto.
Vate e barata
Barbatanas
De tubarão
São afrodisíacas!
Paradisíacas misturas, curas e chicotes.
Látegos e latejos.
Polens e pré-juizos.
Prejuízos?
Quem sabe
A porta se abre,
Se cabe ou se acabe não cabe!
Será?
Só sei que te amo!
Publicado em: 11/11/2006 19:26:40



SÓ SEI QUE TE AMO!

Noite e dia
Canto e silêncio
Espora e corcel
Lua e sol
Praia e montanha
Vento e proteção.
Relento e agasalho
Certeza e dúvida
Dívida e acerto
Concerto e conserto
Mata e cidade
Perdição e rumo...
As pontas opostas
Dispostas desta estrela
Trazendo um núcleo
Igual, repartido.
Elétron e próton
Platonicamente correto.
Politicamente nem tanto.
Encantos e recantos se misturam
Moscas pousam sobre os talheres...
Segredos com partilhas compartilhados...
Medos e modos distintos,
Distinta e indistinto
Instinto e razão.
Tinto vinho, veneno e verão.
Versos e solidez.
Avesso e reverso
Meu verso procura
A cura e ternura,
Na jura e na rima
Arrimo e contrasenso.
Estrito e imenso,
Imantados
Pólos opostos
Atos e apóstolos,
Postulas e não posso
Pústulas carrego
Nego e me pegas,
Corvos e pegas...
Percas e ganhos...
Enganos e ganas
Gerânios e gerúndios.
Como pode um peixe vivo...
Nas horas mais estranhas
Entranhas e temperos.
Seios e rodeios,
Cavalgada...
Vagas calvas dos montes.
Remontes e desmontes.
Pouso e gozo, órgãos e orgasmos.
Espasmo e espantos,
Contratos e contraltos
Remessas e conversas.
Discutir a relação!
Relatos e remédios
Rotas sem tédios
Temidas e terminais...
Tolas discussões
Sessões de culpa
Desculpa e me culpa
Culpa
Culpa
Quero lupa!
A pupa apupa e apóia
Quase que bóia
A jibóia me aperta.
O nó da gravata
Bravata e graveto.
Vate e barata
Barbatanas
De tubarão
São afrodisíacas!
Paradisíacas misturas, curas e chicotes.
Látegos e latejos.
Polens e pré-juizos.
Prejuízos?
Quem sabe
A porta se abre,
Se cabe ou se acabe não cabe!
Será?
Só sei que te amo!
Publicado em: 08/01/2008 20:12:00
Última alteração:22/10/2008 19:37:2



Eu vou te amar, eterno e mansamente
Dessa paz dolorida e delicada
Trazendo para a vida já cansada,
Estrela que pensava decadente
A primavera em festa, de presente.

Eu vou te amar sem medo e sem cobranças
Sem temer nem as chuvas nem tempestas
Deixando ao coração, eternas festas;
Guardando esses momentos nas lembranças
Com a pureza linda das crianças.

Eu vou te amar bastante e sem segredos
Duma amizade plena em tanto amor.
Te amando, me alimento do calor
Que impede em nosso amor, os tolos medos.

Eu vou te amar, enfim, só por amar,
E nada mais pedindo nem querendo,
Em teus cabelos negros, me perdendo,
Em nosso amor intenso, vou me achar!
Publicado em: 15/12/2006 16:35:09
Última alteração:30/10/2008 18:34:56




Eu não sei fazer haikai
Muito menos poetrix
É só trovinha que sai,
Tô tonto, tomo Vertix...
Publicado em: 29/12/2006 07:22:59
Última alteração:28/10/2008 10:03:59



Fazer trovas, um prazer
Que jamais vou desprezar
A saudade posso ver
Sob o manto do luar
Publicado em: 27/08/2008 20:56:19
Última alteração:19/10/2008 20:35:42


Quem é covarde, eu te digo
E saberás se tu és:
Covarde é quem, no perigo,
Só pensa mesmo co’os pés

Marcos Coutinho Loures

Publicado em: 24/03/2007 11:11:06
Última alteração:26/10/2008 23:22:29



Sobre José de Paiva Loures - Marcos Coutinho Loures
Uma das lembranças que tenho de meu pai é do apego que ele tinha pelas flores. Os espaços mais nobres do imenso quintal de nossa casa eram ocupados pelas mais diferentes espécies de roas, dálias, lírios, zínias, palmas, copos-de-leite, margaridas e outras, compondo um imenso jardim.
Todos os sábados, pela manhã, lá estava em nossa casa o sacristão da Igreja Matriz, recolhendo braçadas de flores para enfeitar o Altar do Senhor.
Naquele sábado em que meu pai desceu ao túmulo, o longo dia foi uma interminável sucessão de lamentos, até que a noite chuvosa se abateu sobre nossa dor e nosso cansaço...
Inúmeros parentes, vindos de muito longe, buscavam melhor acomodação, espalhados pelos quartos, salas e corredores de nossa casa.
Já era madrugada quando uma das minhas irmãs se levantou, queixando-se de forte dor de cabeça, provocada pelo perfume dos lírios que atravessava as venezianas e invadia o ambiente.
Uma a uma, as pessoas foram acordando e pudemos sentir, em plenitude, aquele perfume e, para aumentar a ventilação interna, apesar da chuva, abrimos as janelas. Tal fato mereceu de minha mãe, um comentário:
-“Que bom! Assim, quando amanhecer, poderemos levar muitas flores para ele!”
Assim, com as janelas entreabertas e suportando os respingos da chuva intermitente, voltamos a dormir.
Mal a claridade de um novo dia ia surgindo, minha mãe já estava na cozinha, preparando o café e, ao se lembrar do ocorrido pela madrugada, ela abriu a porta do quintal e foi procurar os lírios que deveriam estar enfeitando os canteiros.
Instantes depois, ela voltou e pediu que fôssemos também procurar as flores no quintal, ainda molhado pela chuva da madrugada.
Qual não foi nossa surpresa quando, ao vasculhar cada canto do imenso quintal, não encontramos uma flor sequer! Todas, absolutamente todas, haviam sido colhidas pelo fiel sacristão, no dia anterior...
Sem dúvida, para se despedir, meu pai havia deixado entre nós, o suave perfume de sua boníssima alma...
Publicado em: 20/08/2006 06:31:46



Apois falo desse amô;
Sô um pobre cantadô
Qui já feiz dessa sodade
O seu mote predileto,
Vô contá toda a verdade,
Apois sô franco e direto...

Já corri sertão afóra
Só dispois que vim mimbora
Só pra móde recordá
Das minha coisa quirida
Das lembrança do luá,
Qui alumeia a minha vida...

Das frozinha mais bunita
Quando o vento beja agita
E os prefume logo ispaia,
Do canto do zabelê,
Do cigarrinho de páia
Da casinha de sapê...

Dos rio cum lambari
Tanta coisa tem aqui,
Lá na cidade num tem,
Os bando de quero quero
Os canarinho que vem
Nos lugá qui meno espero.

A garapa dessa cana,
Cardo de cana caiana,
Broa di mio, fubá,
As vaquejada, o currá
As festa de boio bumbá
Rôpa quára no vará,

Trazeno ansim a sodade
De sabê felicidade,
Na morena, meus amô
Chêro da frô mais férmosa
Nesse peito sonhadô,
Sôdade de minha rosa,
Que me feis seu bêja-frô...



Sodade
Nus óio dessa sodade,
Preguntei móde sabê
Adonde a felicidade,
Pudia mió se escondê,

Num incontrei a resposta,
Prá pregunta qui eu fiz,
Pois, di mim, sodade gosta,
Sem ela, num sô filiz...

Travei briga com Maria,
Joaninha me dexô,
Chorei de noite e de dia,
Sodade do meus amô...

Minha casa lá pur riba,
Naquele canto de morro,
Quando a sodade s’arriba,
De vórta, prá lá eu corro...

Minha mãe dexô tristeza,
Quando Deus, triste levô,
Tanta dor, que marvadeza,
Sodade foi que restô...

Faz treis meis que nunca chove,
Nessa terra, sô dotô,
A sodade me comove,
Meu canto só sabe dô...

Nu mei dos espin da vida,
A sodade machucô,
No amô, na dispidida,
A sodade é uma frô...

Os espin que ela carrega,
São por Deus, abençoado,
A sodade faiz entrega,
Nesses peito apaxonado...

Fiz cabana de sapé,
Pra morá com meu amô,
Mas, leite sem tê café,
Sodade foi que restô...

Vida sem sodade, cansa.
É cavalo sem arreio,
Sodade, no peito avança,
Trazeno a lua, no seio...

Quano pito meu cigarro;
Da páia do mío, feito.
Na sodade, eu me agarro,
Martrata cumo malfeito...

Minha Rita é tão bunita,
Prefeita cumo uma frô,
Sodade meu peito agita,
Ao ti vê, bem disparô...

Rélojo contano as hora,
Trais sodade sem ter pressa,
Meu amô, já foi-se embora,
Coração bateu depressa...

Vi meu bem saindo fora,
Me dexô na solidão,
Quê que vô fazê agora,
Sodade no coração...

Vórta pra mim, querida,
Num me fais ingratidão,
Sem ocê, a minha vida,
De sodade, vale não...

Meus óio anda tristonho
Pércurando pur vancê,
Tenho sodade do sonho,
Onde pudia eu te vê...

Sodade é coisa facêra,
E besterenta tômbém,
Vivi minha vida entera,
Com sodade desse arguém...

Vento balança o teiádo,
Onde fiz minha chopana,
Sodade quema um bucado,
Arde qui nem taturana...

Se tenho medo da vida,
Da morte num tenho medo,
A sodade dói doída,
Mas dela, sei o segredo...

Sodade faiz tempestade,
Dirruba casa e barraco,
Como dói a tar sodade,
Parece chute no saco...

Eu rezei prá Santo Antoim,
Prá móde pudê casá,
Finar de tudo, foi soim,
Só sodade vai restá...

Tenho sodade num nego,
Essa é a maió certeza,
Sodade cravando o prego,
me furano de tristeza...

Pedi perdão pru meu Deus,
Pulos pecado que tive,
Sodade, nos óios meus,
Em cada lágrima, vive...

Mardiçoei minha sorte,
Foi o que eu pude fazê,
Bejo de sodade é morte,
Dessa morte vô morrê...
Publicado em: 20/08/2006 00:32:51



Eu beijei a tua boca
Com carinho e com desejo,
Agora a saudade é louca
Vontade de dar mais beijo.

Tua boca é pequenina,
E vermelho carmesim,
Venha cá minha menina,
Dê outro beijo pra mim.

Beijo a boca todo dia,
Todo o dia beijo mais,
Meu amor, minha alegria,
Na sua boca se faz.

Beijo com sabor cereja,
Com gosto de chocolate
Meu coração te deseja
Só por ti é que ele bate.

Fiz promessa pra São João
E também pra São José,
Nosso beijo de paixão,
Na hora que ocê quiser!
Publicado em: 01/04/2008 20:11:04



Foi fruta, chantili, foi à vontade
A boca sobre o falo vampiresca
A seiva expelida, à carne fresca
A carícia co'a rusticidade

Tu vinhas com total voracidade
Em fúria deslavada e tão dantesca.
Desnuda, intensa chama que em verdade
Só vejo numa bacanal momesca.

Volúpia de mulher em pleno cio,
Tocando minha pele, um arrepio,
Em êxtase final, louco carinho.

Viraste para mim teu belo ânus
Dizias:"Nunca fiz! Agora vamos!
Empurra a cabecinha um pouquinho!"

GONÇALVES REIS
Marcos Valério Mannarino Loures
Publicado em: 02/08/2007 16:50:33
Última alteração:29/10/2008 20:54:39



Sofrimento diz saudade,
Dói, lateja e me maltrata,
Quando amor é de verdade,
Faz sofrer, mas arrebata...
Publicado em: 28/08/2008 09:00:13
Última alteração:17/10/2008 14:20:41


sogra
Entre cobra e sogra
Melhor a primeira.
É mais humilde: pelo menos rasteja...
Publicado em: 10/09/2008 21:37:08
Última alteração:17/10/2008 14:47:16



Sogra, milho e feijão, só se estiverem debaixo do chão.
150

Sogra, milho e feijão, só se estiverem debaixo do chão.

Eu sei que não sou perfeito,
Mas sogra, milho e feijão,
Só me deixam satisfeito
Se estão debaixo do chão.

Marcos Coutinho Loures

Eu plantei um pé de sogra,
Pra vender lá no mercado,
Só nasceu aranha e cobra,
No final, estou ferrado...
Publicado em: 21/11/2008 13:36:30
Última alteração:06/03/2009 16:57:51


SOLAR
Solar?
Quis ser
Nuvens
Da vida
Impedem os raios

E agora?
Tempestuosamente
Perco a luz
Vejo a cruz.

Horas contadas...
Publicado em: 16/01/2010 10:04:46
Última alteração:14/03/2010 21:01:56


Solidão Marcos Coutinho Loures e Antonio Viçoso Magalhães
Da mesma forma, o Prof. Antonio Viçoso Magalhães entregou-me uma quadra e desafiou-me a terminar o soneto. Nascia assim, o Solidão, mais um soneto a quatro mãos.


Dentro da névoa, mal distingo a estrada
Que se abriu, ao meu passo vacilante;
E com a alma, de sonhos carregada,
Ando perdido, sob a luz distante.

Estou sozinho, em meio à caminhada,
Nem mesmo em sonhos, vejo o teu semblante!
-Ah! Misero mortal! Voltar ao Nada,
Sem ao menos te ver, por um instante!

Apenas solidão! Levar nos ombros
Todo o peso da minha humanidade,
Os medos, os receios, os assombros!

E ao final, na tristeza que me invade,
Descobrir que, no meio dos escombros,
Nem mesmo me restou uma saudade...
Publicado em: 14/08/2006 19:00:01
Última alteração:16/12/2006 23:22:49


Solidão? jamais...


Não fale assim da solidão,
A fera é solitária e por isso mesmo, perigosa.
Não faça alarde de um momento
Em que pensas estar abandonada.

De tocaia, numa espreita
Ela prepara o bote,
E quando a gente vê;
Já era.
Fim de papo,
Quilos e mais quilos de Prozac
Não resolvem.

Eu estou aqui
De sentinela
Em prontidão.
É só me chamares
Que estarei ao teu lado em menos de um segundo.

Por cima das casas eu voarei,
Acompanhando o minuano,
E cada raio de sol ou de lua.

Chegando mansamente ao teu lado,
Beijando tua boca.
Trazendo quem sabe um sorriso,
Um carinho
Ou mesmo um guizo,
Assim o granizo
Ao ver o prejuízo
Ultrapassa a cerca,
Sobe em outro telhado
E te deixa sozinha.
Sozinha não.
Comigo.
Publicado em: 11/03/2008 22:17:46



Solidão fazendo a festa
Solidão fazendo a festa
Não me deixa mais sonhar.
Tanto amor quando não presta
É melhor não emprestar...
Publicado em: 01/03/2008 20:07:06
Última alteração:22/10/2008 17:08:34


Solidão / Prossigo

Vazia / Sonhando

Procuro / amor

você. / querida.

Mara Pupin / Marcos Loures

Publicado em: 22/03/2007 18:29:40
Última alteração:28/10/2008 05:44:49



Solidão/ Prossigo /Em silêncio

Vazia / Sonhando / Acordado

procuro / amor / na luz;

você/ querida / em mim

Mara Pupin / Marcos Loures / Amada Imortal

Publicado em: 22/03/2007 19:03:20
Última alteração:28/10/2008 05:44:58


Solidão
Solidão feroz chega de mansinho...
Abarca todos sonhos que me movem.
A pedra que esqueci trava o caminho,
Impede que essas forças se renovem...

As urzes entrevaram minhas pernas...
Deixei de caminhar por sobre pedras,
As perdas que acumulo são eternas.
Na luta que deixei, perdidas cerdas...

Combato o bom combate, mas me canso...
Os risos foram formas de vitória.
Defendo meus defeitos, nada alcanço.
A solidão faz parte da memória...

Quebrei a lança parto essa saudade.
Ausculto as queixas que fizeste amada...
As minhas farpas carreguei na idade
Em que podia. Saberei mais nada...

Solidão companheira que me aborta,
Agrada meus demônios, os convida...
Do meu peito, escancara abrindo a porta.
Contamina virótica, essa vida...

Muitas vezes perdido sem destino,
Solidão revigora-se em meu peito.
Das lembranças que guardo do menino,
Que amava demais, nunca satisfeito,

Solidão é deveras mais dileta...
Comprazia-me tonto com teus passos,
Das distâncias amiga predileta.
Prima irmã da saudade, fortes laços...

Das quimeras que trago, a mais constante,
Dos sentidos meus mapas a consagram...
Nas palavras que falo, a mais distante,
Paladares e cheiros que se amargam...

Nas noites confortáveis vez em quando,
Destruindo o que penso ser prazer,
Velozmente se chega aproximando
Melancolicamente faz sofrer!

Solidão se reveste de farsante,
Sacerdotisa preme meu futuro,
Ao te saber, assim, mais inconstante,
O meu mundo colapsa todo escuro...

Se esvaindo nas doces serenatas,
P’ra depois disso tudo, ressurgir...
Teu incêndio devora minhas matas,
Me impedindo, sequer posso fugir!

Nas colunas diversas que me tragam,
Das sonatas ferozes que não canto,
Tuas duras tenazes já me esmagam,
Nada resta talvez me sobre o pranto...

Solidão voraz perco o meu bom senso...
O mar que me arruína é o que navego.
Qual jangada enfrentando o mar imenso,
As saudades atrozes que carrego!

Solidão meus imersos tristes versos,
Dediquei a teus beijos infelizes...
Solução que busquei nos universos,
Tua boca simula meretrizes...

Falseaste parâmetros e metas,
Me deixaste sozinho em minha dor,
Desperdiço meus arcos, minhas setas,
Procurei por espinhos onde flor...

Mas não me deixas és fiel erica,
Respiro teus ciúmes quando eu amo..
Quando me vês feliz, cedo replica,
Não conténs se não ardo, não me inflamo!

Nas peleas da vida torpe prenda,
Nos escárnios que sofro, sempre ris,
Não aceitas qualquer nova oferenda,
Tua glória transforma-me infeliz!
Publicado em: 01/10/2006 22:44:53


Solidão
Solidão é companheira
De cada noite que passo,
Tento ,tento e não disfarço,
Me acompanha a vida inteira...

Solidão fez o meu canto
E também faz os meus versos,
Embora me traga encanto
Me traga nos universos...

Espero que um dia eu possa
Com solidão me casar,
Na noite que é toda nossa
Aguardo pelo luar

Que sei que nunca virá
Cavaleiro solitário
A solidão mudará
Todo o seu itinerário

Solidão e desamor
Irmãos gêmeos da saudade
No jardim que plantei flor
Não nasceu felicidade...

Somente nasceu meu sonho
Que tenta mas não me alcança.
Montado na solidão
Matando minha esperança!
Publicado em: 30/11/2006 21:55:19




Solidão feroz chega de mansinho...
Abarca todos sonhos que me movem.
A pedra que esqueci trava o caminho,
Impede que essas forças se renovem...

As urzes entrevaram minhas pernas...
Deixei de caminhar por sobre pedras,
As perdas que acumulo são eternas.
Na luta que deixei, perdidas cerdas...

Combato o bom combate, mas me canso...
Os risos foram formas de vitória.
Defendo meus defeitos, nada alcanço.
A solidão faz parte da memória...

Quebrei a lança parto essa saudade.
Ausculto as queixas que fizeste amada...
As minhas farpas carreguei na idade
Em que podia. Saberei mais nada...

Solidão companheira que me aborta,
Agrada meus demônios, os convida...
Do meu peito, escancara abrindo a porta.
Contamina virótica, essa vida...

Muitas vezes perdido sem destino,
Solidão revigora-se em meu peito.
Das lembranças que guardo do menino,
Que amava demais, nunca satisfeito,

Solidão é deveras mais dileta...
Comprazia-me tonto com teus passos,
Das distâncias amiga predileta.
Prima irmã da saudade, fortes laços...

Das quimeras que trago, a mais constante,
Dos sentidos meus mapas a consagram...
Nas palavras que falo, a mais distante,
Paladares e cheiros que se amargam...

Nas noites confortáveis vez em quando,
Destruindo o que penso ser prazer,
Velozmente se chega aproximando
Melancolicamente faz sofrer!

Solidão se reveste de farsante,
Sacerdotisa preme meu futuro,
Ao te saber, assim, mais inconstante,
O meu mundo colapsa todo escuro...

Se esvaindo nas doces serenatas,
P’ra depois disso tudo, ressurgir...
Teu incêndio devora minhas matas,
Me impedindo, sequer posso fugir!

Nas colunas diversas que me tragam,
Das sonatas ferozes que não canto,
Tuas duras tenazes já me esmagam,
Nada resta talvez me sobre o pranto...

Solidão voraz perco o meu bom senso...
O mar que me arruína é o que navego.
Qual jangada enfrentando o mar imenso,
As saudades atrozes que carrego!

Solidão meus imersos tristes versos,
Dediquei a teus beijos infelizes...
Solução que busquei nos universos,
Tua boca simula meretrizes...

Falseaste parâmetros e metas,
Me deixaste sozinho em minha dor,
Desperdiço meus arcos, minhas setas,
Procurei por espinhos onde flor...

Mas não me deixas és fiel erica,
Respiro teus ciúmes quando eu amo..
Quando me vês feliz, cedo replica,
Não conténs se não ardo, não me inflamo!

Nas peleas da vida torpe prenda,
Nos escárnios que sofro, sempre ris,
Não aceitas qualquer nova oferenda,
Tua glória transforma-me infeliz!
Publicado em: 27/09/2007 20:55:37


SOLIDÃO

De lágrimas, meus olhos vão vestidos,
Destinos solitários já traçados,
Meus dias lá se vão, apodrecidos,
Os rumos sem ter nexo, desgraçados
Sem direção, caminhos que perdidos
Depois de tantos dias disfarçados
Não deixam mais meus passos demarcando
O vazio da vida me tomando...
Publicado em: 18/10/2007 17:45:56
Última alteração:30/10/2008 13:41:18


Não, não vá agora
Ainda é cedo...
Invente coisas,
De mil histórias.
Afaste o medo.
Pegou a flor?
Sente o perfume
Pegue-a na mão.
Não há ciúme
Sequer queixume:
Só coração;
Que vibra e canta
Já esquecido
Daquela dor
Que se apagou
Sem ter nascido...

Mas vou no vôo
Dos medos tantos,
Dos olhos tontos
Encantos espalhados
Pelos cantos da casa.
Desde que o vazio,
Oco, cego, sem rumo
Nesta embriaguez do nada;
Do vago, do quando e do talvez.
Solidão namora
E me toma pelas mãos.
Mãos! De que servem?
Os versos ocos,
O tempo pouco
A dor é tanta...
Ah! Se eu tivesse
Esperança!

Dor que corta
Não do que veio.
Do que não veio
Errando o veio,
O rio salga
Alaga e morre
Em mágoa.
Água desce,
Lagrimante vida
Amante espreita
E a perda total...

HLuna
Marcos Loures

Publicado em: 29/03/2007 13:30:38


Toda vida é sagrada, não se esqueça
Que o sol nos irradia sempre igual.
O mundo é todo assim, quebra cabeça
Montado em mil pedaços como tal
A parte que nos cabe, cada peça
Se faz com outra parte desigual.
Publicado em: 28/04/2007 09:55:57
Última alteração:27/10/2008 19:15:02


SOLITÁRIA

Olhando para a frente
Lábios, laços, ócios.
E nada além
Do vazio
Interminável...
Calada,
Sangrando,
Atada
Nem mesmo
A lágrima
Redime...
Solidão...
Publicado em: 23/05/2008 10:42:14
Última alteração:21/10/2008 06:38:36


-Solitário
Solitário

Como um fantasma que se refugia
Na solidão da natureza morta,
Por trás dos ermos túmulos, um dia,
Eu fui refugiar-me à tua porta!

Fazia frio e o frio que fazia
Não era esse que a carne nos conforta
Cortava assim como em carniçaria
O aço das facas incisivas corta!

Mas tu não vieste ver minha Desgraça!
E eu saí, como quem tudo repele,
- Velho caixão a carregar destroços -

Levando apenas nas tumbas carcaça
O pergaminho singular da pele
E o chocalho fatídico dos ossos!

Augusto dos Anjos

Buscando algum alento, em noite fria,
Adentro nesta casa abandonada,
A cada canto vejo nova ossada,
Sinais de sacrifícios em magia.

Nesta imagem nefasta e tão sombria,
Carcaça de mulher já destroçada,
Silêncio que amedronta ou mesmo enfada,
Um pútrido perfume se anuncia...

Roçando sobre as várias ossaturas,
O vento traz à tona criaturas
Que um dia caminharam pela sala

Esquartejados corpos, destruídos,
De imensas ratazanas os ruídos,
Soerguem; do sobrado, a antiga gala.
Publicado em: 16/12/2009 14:44:42
Última alteração:16/03/2010 12:31:31



Soltando minha voz
Soltando minha voz
Não deixo que se pense
No quanto não convence
O amor sem ser a foz,
O tanto que se dera
O gozo mais sutil,
Aonde se previu
Ausente uma quimera,
Vestindo este momento
Em luz iridescente
O quanto se apresente
E nele me alimento
Versando em paz agora
Quando este amor me ancora.
Publicado em: 06/07/2010 18:01:45




SOLTEIROS E CASADOS.
Mote

Se a vida do solteiro é vazia, a do casado enche...

Vida, vida! Quem diria?
A vida é mesmo um buraco,
Se a do solteiro é vazia,
A de casado, enche o saco!

Marcos Coutinho Loures

O solteiro vai sozinho,
E volta com quem quiser,
O casado, coitadinho,
Tem que levar a mulher...
Publicado em: 19/11/2008 13:21:47
Última alteração:06/03/2009 19:01:59



Somando nossos beijos


Nosso céu todo estrelado
Diz da estrela que me guia,
Com prazer vou ao teu lado,
Desfilando poesia...
Publicado em: 07/08/2008 17:06:24
Última alteração:19/10/2008 19:40:26


Somatizo as dores
Somatizo as dores
Espinhos matam flores
Odores do que foste
E em riste sonegaste.

Erguendo em patamares
Altares, antros, ânsias...
Ganância imensa
Tensos vendavais.

Vás vou iremos.
Temos ou tremores...
Nada além
Da pepita falsa
Alças frouxas,
Queda à vista...
Avisto o cais
Movediço de teus braços...
Publicado em: 26/08/2008 18:42:06
Última alteração:03/10/2008 17:14:22



Ao ver teu vulto longe e tão distante
Senti meu chão tremer, quase caí,
Não sem como viver sem ter a ti,
Me explica como irei de agora em diante?

Meu pensamento busca-te querida,
Em cada volta eu hei de estar
Com meus braços abertos, te esperar
Nem que me custe o resto desta vida...

Tu vives nas lembranças e nos sonhos,
Em cada verso escrito estou sangrando,
Olhando pr’o portão vejo voltando
As sombras d’outros dias mais risonhos...

Publicado em: 27/02/2007 17:52:50
Última alteração:30/10/2008 16:56:53


Nesse copo de aguardente
Vejo a imagem de quem amo,
Tudo muda, de repente,
Quando por teu nome chamo...

O brilho volta no olhar,
De felicidades, rio.
Vontade de te encontrar,
O meu maior desafio...

Toda noite aqui sozinho,
Neste bar, eu te encontrei.
Mas é duro o meu caminho...
Por tanto que procurei.

Só encontro, na verdade,
Quando bebo assim, demais.
Afogando essa saudade,
Só assim encontro paz.

Em cada copo, num trago,
Eu te vejo, de repente,
E te faço, tanto afago...
E fico aqui, tão contente...
Publicado em: 03/12/2006 19:34:56


Manhã que nunca veio, morre tarde.
A cor destes teus olhos, frágil lume.
Amor tão terebrante nega alarde,
O sol embora fraco, traz perfume.
A cor desta esperança já se encarde.
O verde desbotado, teu ciúme.
Transforma-se vazia, é tão covarde;
Meu medo, é cordilheira cobre o cume...

O raio das manhãs, me nega aurora.
Nos meus jardins sofridos, morre a tília
A morte, tantas vezes, me namora;
Mas quando a noite cai, profundo talho,
Me lembro da manhã plena de orvalho;
Me lembro d’ outro olhar que inda mais brilha
Quando a dor me persegue e nega a luz.
Viver desta esperança reproduz
A cor deste teus olhos, maravilha.

E sonho com palavras que disseste
À tarde, sobre a cama que vivemos.
Nos beijos tão serenos que me deste,
A cor de todo amor que não tivemos.
Pois foste como a luz ao fim da tarde
E nunca mais tivemos alvorada,
Restando um coração que em frio se arde,
E em meu mundo sombrio, quase nada...
Publicado em: 14/12/2006 11:43:45
Última alteração:30/10/2008 18:35:52



SOMENTE AMOR


Janela aberta
Vento rondando
Liberdade.
Canteiros e flores
Pomares, quintais.
A mais nada vem
Atrás do que busco
Rebusco palavras
Ofusco meu sol.
Mas é tão simples,
Somente amor.
Publicado em: 06/10/2007 10:21:49
Última alteração:30/10/2008 11:45:5


SOMENTE O AMOR...

Não sabia
Das asas
Que trazes
Nos teus olhos...
Arrebatas
Voas,
Leve pluma
Acima das montanhas
E levas minha alma
Junto a ti,
Atada em teu corpo,
Livre.
Ventos,
Vem,
E traz
A paz que tanto
Eu quis.
Simples passarinho
Que um dia tão sozinho
Olhando para a lua
Imaginou
As asas que trazia
Não serviam
Para nada...
Abriste a gaiola
Com teus olhos
E versos
Libertários...

Nem Ícaro nem Dédalo.
Somente
O amor...


Publicado em: 24/04/2008 19:20:16


Cansado de viver melancolia,
Por vezes, quase sempre, enfim, desisto.
Espreito este desejo que sabia,
Arisco não viria. Mas insisto
Ao perceber morena esplendorosa
Passando em meu canteiro, tão vaidosa...

Recende a tal perfume que me encanta,
Uma esperança em mim, de amar, já planta
E granando este sonho em meu jardim,
Afasto neste instante tantas pragas.
Recebo o doce aroma, até o fim.
E mansamente, amada tu me afagas..



SOMENTE TEU


Encontro
Portos
Corpos
Onde estás
Estrela minha.
Marcas
Cicatrizes
Tatuagens
Em gens
Urgência
De ser feliz.
Latejas
Dentro em mim,
Fulguras
Frágeis
Lumes
Luas
Nossas
Bocas
Bossas
Barcos
Braços
Laços
Âmagos...
Entranhas
Cora
Coragem
Coração...
Cato
Os meus pedaços
Em ti totalidade.
Arde a vontade
De ser teu
Somente teu.
Outrora ateu,
Agora crédulo
Seduzido
Abduzido
Entregue
Cativo
Lacaio
Não saio
De ti...
Publicado em: 24/04/2008 21:24:29
Última alteração:21/10/2008 13:30:11



SOMENTE TU


Quem dera se
Amar-se
Atar-se
Conter
Calada da noite
Calado pernoite
Acolho teus versos
Imerso em teus olhos
Procurando o sol.
Farol enganoso?
Destino jocoso
As ondas jogando
O barco em naufrágio.
Pedágios da vida...
Publicado em: 31/07/2008 17:18:00
Última alteração:19/10/2008 22:06:4




O coração andando tão pesado,
Deixado pelos cantos, sorrateiro,
Vivendo tão somente do passado
Encontra o seu destino derradeiro
No beijo que distante me foi dado
Por este grande amor, o verdadeiro.
Agora, caminhando sem ninguém,
Somente esta saudade amarga, vem...
Publicado em: 20/02/2009 10:52:48
Última alteração:06/03/2009 01:59:44




Somos todos sonhadores,
Poesia é nossa meta,
Deste deus, adoradores,
Ao louvarmos cada seta...
Publicado em: 15/12/2009 16:52:41
Última alteração:15/03/2010 13:51:17


Danças
Noites
Motes
Mansas.
Vastas
Sendas
Vendas
Lendas
Decifrar.
Cifras
Nota
Música
Buscas
Bruscas
Harmonias.
Frases
Luzes
Lumes
Bases
Braços
Laços
Aços
Somos unos.
Publicado em: 13/05/2008 18:47:18



Somos
Somos como os gomos,
Somas tantas.
Comas vários
Rumos mesmos.
Temos tanto
Teimas poucas
Risco zero.
Arisco
Quero o petisco
E estico meus olhos
E mãos.
Publicado em: 06/11/2008 07:55:2


SONHADOR

Por sóis, por belos sóis alvissareiros,
Nos troféus do teu Sonho irás cantando
As púrpuras romanas arrastando,
Engrinaldado de imortais loureiros.

Nobre guerreiro audaz entre os guerreiros,
Das Idéias as lanças sopesando,
Verás, a pouco e pouco, desfilando
Todos os teus desejos condoreiros...

Imaculado, sobre o lodo imundo,
Há de subir, com as vivas castidades,
Das tuas glórias o clarão profundo.

Há de subir, além de eternidades,
Diante do torvo crocitar do mundo,
Para o branco Sacrário das Saudades!

Cruz e Souza

Irás para o divino altar do eterno,
Aonde uma saudade imortaliza,
Tocando a tua tez, suave brisa,
Alvissareiro sol, findando o inverno.

Imaculada imagem, sonho terno,
Enquanto a vida atroz me martiriza,
Tua presença acalma e já me avisa,
Da fúria sem igual, profano inferno.

Sacramentando a sorte de saber
Qual rumo que me leve à mansidão,
Conciso, aprendendo a conhecer

De perto a tal sonhada eternidade,
Percebo-te tomando esta amplidão,
Um sol se desnudando; claridade...
Publicado em: 15/12/2009 15:04:10
Última alteração:16/03/2010 12:17:58


Quem dera fosse assim, amor que tive.
Liberto e soberano, sem grilhões;
Vivendo simplesmente por viver,
Sem ter que dar sequer satisfações;

Quem dera fosse assim, amor que vive,
Escravo e tão cativo, d’outro amor.
Temendo toda a sorte de prazer,
Sangrado em mil versos de pavor...

E sonho teu amor mais carinhoso,
Sabendo que farás bem mais contente,
Aquele que sonhara ser feliz
Percebe quanto pode, de repente...
Publicado em: 31/01/2007 19:04:30
Última alteração:30/10/2008 16:43:01






"... E quando mais no céu eu vou sonhando,
E quando mais no alto ando voando,
Acordo do meu sonho...E não sou nada!..."

Florbela Espanca.


Sonhando ser do amor, a preferida,
Fingindo recolher uma esperança.
Deixada pelos cantos, vou perdida,
O frio vem chegando, uma lembrança.

A noite que caiu em nossa vida,
Sabendo do que fomos, da aliança
Há tempos desprezada e já partida,
Apenas a tristeza inda me alcança.

Sonhando ainda ter uma alegria
Depois de tanto tempo- ter alguém,
A noite vai caindo e nada vem.

Somente na janela, a ventania
E um nome repetido bate à porta,
Minha alma desprezada e quase morta...
Publicado em: 24/11/2007 10:58:15
Última alteração:12/10/2008 20:31:07



Sonhar contigo em sonhos tão diversos Do sonho primitivo em que te vi,
Mesmo ao sonhar contigo,
só consigo que me ames noutro sonho
dentro do meu sonho primitivo...

Guimarães Rosa

Sonhar contigo em sonhos tão diversos
Do sonho primitivo em que te vi,
Os ventos transmudando os universos
Ecoam nos ouvidos bem-te-vi.

Os sons mal repartidos e dispersos,
Além do que pensara existe em ti,
Os sonhos noutros sonhos quando imersos
Vagando desde além chegam aqui

E tanto que sonhei que agora vejo
Reflexos do que anseio num desejo
Aonde sobrevivo, muito mal.

Talvez ainda amor tu me darias
Se eu tivesse as sutis alegorias
De um sonho feito em sonho original...

Publicado em: 01/09/2008 18:52:50
Última alteração:03/10/2008 16:21:14


Nada além de sonhar.
Mesmo que isso pareça incoerente
E, às vezes somente a incoerência
Apresenta lucidez.
Jogado às margens dos rios
Que vão do nado ao grande mar,
Passo e reparando na margem,
Bebo a água salobra do final da viagem.
Publicado em: 02/06/2007 17:55:12
Última alteração:30/10/2008 16:23:27




Traçando nosso amor em epopéias
Nascidas das tristezas, dos escombros,
As almas cristalinas, as idéias,
Levar todo o universo sobre os ombros
Atlântico desejo, ser feliz.
Titânica vontade, eu sempre quis.

Aspiro ao nosso amor, mesmo em penumbra
Osculo tua boca carmesim,
No sentimento nobre se vislumbra
Amor que tenho enorme dentro em mim.
Em teu corpo mistérios e segredos.
Tatuo tua pele com meus dedos...





Tanta saudade querida,
Vontade demais de ter
Amor maior dessa vida
Vontade de ter você!

Tem o gosto da esperança
Tem o cheiro da alegria
Meu amor nunca se cansa
De namorar todo dia.

Quero a boca mais formosa
Quero teu carinho assim,
Vem comigo minha rosa,
Deixo prá lá os espim.

Boa noite minha amada,
Eu contigo sonharei
Toda noite enluarada
Sonhar contigo é a lei.

Na carícia de teu beijo
A delícia de viver,
Teu amor é meu desejo
Meu desejo é teu prazer!
Publicado em: 04/04/2007 15:46:35
Última alteração:30/10/2008 16:26:43


Sonho Branco

Não pairas mais aqui. Sei que distante
Estás de mim, no grêmio de Maria
Desfrutando a inefável alegria
Da alta contemplação edificante.

Mas foi aqui que ao sol do eterno dia
Tua alma, entre assustada e confiante,
Viu descender à paz purificante
Teu corpo, ainda cansado da agonia.

Senti-te as asas de anjo em mesto arranco
Voejar aqui, retidas pelo aceno
Do irmão, saudoso de teu riso franco.

Quarenta anos lá vão. De teu moreno
Encanto hoje resta? O eco pequeno,
Pequeno de teu sonho - um sonho branco!

Manuel Bandeira

Quisera ter aqui tua presença,
Embora reconheça esta alegria
Que encanta quem deveras fantasia,
Bem mais do que uma simples recompensa.

Outrora tão somente uma agonia
Tornando a tua vida sempre tensa
Por mais que te pareça ser intensa,
Aos poucos do controle já fugia...

O tempo este implacável inimigo
Voraz. Vai destroçando cada traço
Do rosto, demonstrando que o cansaço

Da lida sempre em busca de um abrigo,
Não deixa que se sobre algum encanto,
Aonde houvera outrora tanto, tanto...
Publicado em: 15/12/2009 15:25:45
Última alteração:16/03/2010 12:17:48



Sonho sonetos. Sonho fantasias
Sonho a canção da vida inacabada
Sonho sorrisos e melancolias
Sonho saudades sonho madrugada

Sonhando com meus sonhos de outros dias
Sonhei que não sonhara quase nada
Sabendo que talvez não sonharias
Com vida que sonhei ser tão sonhada.

Saudades de quem sonha com meus sonhos
Embora isto não seja mais possível
Meus dias sem ter sonhos são tristonhos

Quem dera se sonhasse um ser risonho
Porém em pesadelo tão risível
Não vejo mais aquela por quem sonho...

GONÇALVES REIS
Marcos Valério Mannarino Loures
Publicado em: 02/08/2007 15:34:05
Última alteração:05/11/2008 17:17:06



Chegando bem mais cedo que eu queria,
Vestida em negro fato e tão risonha,
Sem ter aquela imagem mais sombria,
Rondando o travesseiro, lambe a fronha
E despe no seu manto, face bela
Nas garras enfeitadas se revela.

Beijando a minha boca, sem pudores,
Temível, já gargalha insensatez.
Desnuda-se com seios sedutores
Mordisca minha nuca em altivez.
Qual fora uma explosão de rara sorte,
Meu sonho se transborda em grácil morte.
Publicado em: 06/06/2007 20:59:46
Última alteração:30/10/2008 16:23:21


sonho audaz
No sonho audaz
A vida traz
E quero mais
Da imensa paz
Que é nosso cais.
Assim jamais
Me perderei.

Farta alegria
A poesia
A cada dia
Nos inebria
Na fantasia
Que esse amor cria
Te encontrarei.
Publicado em: 06/11/2008 08:47:05



Rosa
Brilha
Galga
Trilha
Bebe
Gozo
Ri
De
Tudo
Mostro
Rito
Bebo
Grito
Sou
Teu
Par...
Publicado em: 06/03/2008 21:41:51
Última alteração:22/10/2008 15:27:57



Como viver sem ti, não saberei
Por seres o meu sonho inacabado...
E se não tiver o amor com que sonhei,
Talvez fosse melhor não ter sonhado.

Mas dominar meus sonhos, eu não sei
E isto me deixa sempre atormentado.
Prazer maior, porém, não encontrei
Que na ilusão de haver-te conquistado.

Mas se através de tua blusa vejo
Que o perfil de teus seios se insinua,
Incontrolável faz-se o meu desejo.

E no delírio de amor, que a alma cultua,
Teus lindos seios, com carinho, beijo
E abraço-te, mulher sublime e nua...

MARCOS COUTINHO LOURES
Publicado em: 17/04/2008 14:24:43
Última alteração:21/10/2008 18:27:29


Amor, meu companheiro de viagem!
Nas curvas e desníveis do caminho,
Espero por teu vento, tua aragem.
Não quero prosseguir assim, sozinho...
A lua vai mudando de roupagem...
No céu prateia e doura cada ninho,
Se enfeitando, tão bela maquiagem!
Amor meu companheiro, passarinho!

Voando pelos campos, beija a flor.
Revoando por mares, cordilheiras...
Encontra esta beleza, e esplendor.
Pesado, coração voa de lado,
As noites são amigas, companheiras,
Nos braços delicados, meu amor.
No sonho desta noite desejado,
Prazeres e delícias verdadeiras...
Publicado em: 11/12/2006 21:58:00
Última alteração:30/10/2008 18:37:18


SONHO E POESIA
Quis sintético
E poético...
Disseram sinteco
E a casa é de piso...
Publicado em: 16/01/2010 09:02:05
Última alteração:14/03/2010 21:02:32




Não ver temeridade neste encontro
Que faz de nossa vida uma alegria,
Cantar o tempo inteiro, ao teu dispor,
Um coração tão pleno de carinho,
Vivendo nos teus braços, sonhador.
Nesta emoção que sinto todo dia.

Meus olhos te buscando sonho e glória,
Eu tanto te desejo, minha amada...
Então venha comigo aonde eu for.
No canto mais difuso, em liberdade,
Fazendo da ternura o nosso ninho,
Criticar-nos quem pode? Sim, quem há de?
Vibrando nosso canto em esplendor!





Sonho insano / Doce Delírio

Devaneio da ilusão /Meu desejo

você /apaixonadamente

em mim! / imerso...

Mara Pupin // Marcos Loures

Publicado em: 27/03/2007 16:30:46
Última alteração:28/10/2008 05:48:48



Sonho

O fogo ardendo trouxe a forte chama
Que refletida em tudo, acende amor
E faz com que essas ondas de calor
Reflitam nos olhares de quem ama.

Ao verem a beleza em minha amada,
Nos seu rosto, o reflexo das estrelas,
Em milhares de lumes, tantas velas,
Uma estrela, por certo, apaixonada

Mergulha no horizonte, lhe buscando.
Ao mesmo tempo, um raio de luar
Enciumado, se joga sobre o mar,
E toda a natureza se entregando...

De todo esse romance, os elementos,
Aos pés dessa mulher apaixonante;
Num sonho divinal, estonteante,
Misturam corações e pensamentos...
Publicado em: 05/12/2006 20:49:38
Última alteração:31/10/2008 01:57:25



Sentindo os teus receios, poesia,
Seguro tuas mãos e te convido
A dançar nossas pontes que, do olvido,
Retornam sem sentir a cada dia...

Nas mãos que te passeiam, bocas, dentes.
Vibrando no desejo mais tranqüilo,
Procuro, no teu colo, meu asilo
E sangro com dentadas, as vertentes.

Mas nada do que pude, nada faço...
Respeito meus limites e teus medos.
Se faço dos meus sonhos, meus segredos,
Desejos que possuo, não disfarço.

Querendo-te, por certo, do meu lado
Desnuda e delicada como a lua.
O sonho do prazer que continua
Acaba nos teus lábios destroçado.

Em tudo que tocamos, tal pureza
Que nada mais vivemos sem pecado,
Amor que se deseja sem ser fado
Envolto em tuas chamas de princesa.

Castelo que constróis, por um segundo,
Nos vórtices da dor, não quero ter,
Senão a solidão de teu prazer,
E os sonhos deste amor, manso, fecundo...
Publicado em: 13/12/2006 15:59:32
Última alteração:30/10/2008 20:15:00





Beijo-te os pés cansados e feridos,
Pelas urzes e pedras e os espinhos;
Nos meus olhos, tristonhos e perdidos,
Trago-te flores, sonhos e carinhos...

Eu te encontro nos sonhos mais queridos,
No espírito das flores e dos vinhos!
E suplantando as dores e os gemidos,
Da vida, iremos sós, pelos caminhos!

E quanto mais for árida a subida,
Mais estaremos juntos , pela prece
De um amor que, tão grande, nos merece...

E como é curta demais a nossa vida,
Este amor que sentimos, tão bonito,
Que ele sendo imortal, seja infinito!...

Nossos sonhos de amor, nossa esperança
Trazendo para mim, novos caminhos.
Distantes, onde a vista não alcança,
Os medos egoístas e daninhos...

Depois destas quimeras tão terríveis,
Naufrágios, tempestades, furacões.
Das dores que se julgam invencíveis,
Numa aridez temível, corações...

Vejo imortalidade em nosso amor,
Que, sinto, enfim, jamais terá seu fim.
Sabendo deste bem, meu salvador,
Voando por espaços, vou assim;

Atado ao nosso amor, eternamente,
Na força que nos guia, de repente...


Antonio Viçoso Magalhães
Marcos Coutinho Loures
Marcos Loures

Publicado em: 06/02/2007 14:42:58
Última alteração:30/10/2008 16:32:43



Sonhos
Sonhei um sonho sonhado
Desse tempo já passado
Por onde eu nunca passei.
Nem nunca mais encontrei,
O que perdi pela vida.
Nessa busca sem sentido,
Por essa noite perdida,
Pelo nunca mais ter tido.
Passava ruas estreitas,
Encruzilhadas sem rumo,
Tremendo pelas maleitas,
A vida perdendo o prumo.
Nesse sonho que sonhava
Percebi tantas senzalas
Mal percebia, acordava,
Voltava pras mesmas salas.
Os olhos podres sorriam,
Voavam sobre meu rosto,
Devoravam, renasciam
Formas, paladar e gosto.
Nos fraques que eles vestiam,
Um sorriso de bom moço,
No fundo todos sabiam,
Cardápios do mesmo almoço.
Nas bandejas, as cabeças,
Dos sonhos que tive outrora,
No meu sonho que às avessas,
No pesadelo d´agora.
Voltavam aves rapinas,
Tragando tudo de novo,
Destruindo essas campinas,
Sugando todo esse povo.
Forjavam outras correntes,
Acorrentando os mais frágeis,
Nos cantos, todos dementes,
Na carne, as unhas mais ágeis.
Expondo vísceras ocas
Dos trôpegos caminhantes,
Penetravam pelas bocas
Destruíam como dantes.
Numa dantesca folia,
Riam-se, tão delirantes,
Decepavam, maestria
Como fizeram bem antes.
Cuspiam todas as faces,
Ladravam nessas orgias,
Aproveitando os impasses,
Repetiam melodias
Cantadas nas tempestades,
Criadas sem fantasia,
Matavam as liberdades,
Anoiteciam o dia.
Nesse sonho já vivido,
Abandonado num canto
Crendo que estava perdido,
Renasceu, prá meu espanto,
Na noite, na madrugada,
Sem luz de lua a brilhar,
Sem vida, sem canto, nada
Que se possa festejar.
Meu Deus, afaste o tormento,
Não me deixe mais sonhar.
Quero viver o momento,
Quero essa vida a brilhar.
Não permita o pesadelo,
Não deixe mais retornar,
Corte o fio, esse novelo,
Não pode recomeçar.
Essas aves que cantaram,
Não deixe de novo, agora,
Pelos tantos que mataram,
Pelos corpos,que lá fora,
Apodrecem no quintal,
Esquecidos nas favelas,
Nas roças na capital,
Já não quero tantas velas.
Nem quero mais funeral,
Do nosso povo sofrido,
No grande canavial,
Pelo tanto destruído,
Pelo muito que roubado,
Esfacelando esse povo,
Pobre, sofrido, acoitado.
Não permita isso de novo!
Publicado em: 28/07/2006 21:13:36
Última alteração:31/10/2008 01:50:25


Sonhos
Meus parcos arcos e mancos sonhos...
Medonhos e tristonhos, vagueio.
Seios e somas, lodos e engodos.
Engenho e arte.
Parte e têmpera.
Têmpora e temporal.
Atemporais...
Vieste do cometa que não vi.
Sondaste com teus pés e não percebo.
Sendo o que não sou, és muito mais.
Paz e cais. Capoeira.
Na poeira que meus olhos não discerne.
Meu cerne e minha morada.
Vaticínio e Vaticano.
Engano e pontaria.
Meio e dia.
Melodia...
Meus olhos são vizinhos dos teus olhos.
Repleto de teus olhos, olhos, olhos...
Óleos bentos.
Remeto-me ao cometa donde vens.
Meu bem, bens e benfeitorias.
Feitora e escravo,
Me lavo mas o cravo que me espera...
Fera e ferrão. Sol e solidão.
Pai e paixão. Chão, vão e nada mais...
Publicado em: 25/10/2006 22:33:45
Última alteração:31/10/2008 01:48:04



SONHOS

Não pudesse acreditar
Nas searas mais atrozes
Quando ouvira novas vozes
E decerto a desvendar
Outros raios de um luar
Onde possa sem algozes
Nem deveras inda poses
Neste falso desenhar
Bebo em gotas privilégio
Deste sonho agora régio
De um momento além do cais,
E se tanto me sonega
Esta vida quase cega
Vejo em sonhos muito mais.
Publicado em: 09/06/2010 16:34:21



Sono ao volante pode ser o sono eterno.
146

Sono ao volante pode ser o sono eterno.


Fique atento e vigilante,
Se quiser fugir do inferno,
Pois o seu sono ao volante,
Pode ser o sono eterno...

Marcos Coutinho Loures

Vou sonhando com Maria,
Traição virando um vício,
Meu amor, a fantasia,
Termina no precipício...
Publicado em: 21/11/2008 13:27:47
Última alteração:06/03/2009 16:58:18


Sopa, mulher e mingau; pra mim, só se bem quentes.
158

Sopa, mulher e mingau; pra mim, só se bem quentes.


Eu tenho cara de pau,
Como têm todas as gentes,
Sopa, mulher e mingau,
Só servem se muito quentes...

Marcos Coutinho Loures

Tantas vezes sem ninguém,
Eu morria, assim, à míngua,
Fui querer quente, meu bem,
No final queimei a língua...
Publicado em: 22/11/2008 21:58:23
Última alteração:06/03/2009 16:50:31


SORRATEIRA


Sorrateira
Sorri da arte
A ratoeira
Na espera
Dos meus sonhos.
Publicado em: 03/08/2008 21:00:51
Última alteração:19/10/2008 22:13:02


Sou caco
Sou caco
Arco com isso
E mesmo assim
Persisto.
Cistos no corpo
Porto seguro
Feito em braços
E bocas...
Locas e tocas
Toucas deixadas no banheiro
Cinzeiro lotado...
Valeu?
Publicado em: 15/04/2009 15:47:10
Última alteração:17/03/2010 20:48:


Sou cornudo mas sou feliz...
Quero a vida bem de manso,
Nunca quero me estressar.
Na cadeira de balanço,
Vivo de papo pro ar .
Quando chove mato a sede,
Deitado na minha rede...

Pingo d’água na goteira,
Não deixou meu bem dormir,
De segunda a sexta feira,
Meu amor, estou aqui.
No sábado e no domingo,
Desse amor quero respingo.

Coisa chata é trabalhar ,
Já dizia meu avô;
Andando de lá pra cá,
Faço o que meu vô falou;
Trabalho cansa demais,
No trabalho perco a paz...

Aprendi somente rima,
Eu nem sei tocar viola.
Minha vida vale a prima,
Mesmo fugido da escola,
Aprendi fazer meu verso,
Olhando para o universo...

Já viu que coisa bonita,
É a flor na primavera.
Bela moça, laço, fita,
Fosse minha, quem me dera...
Mas quê que eu posso fazer?
Só tenho amor pra viver...

Chove chuva pequenina,
Vem molhar o meu chapéu,
A chuva trouxe a menina,
O castigo vem do céu...
Gostei tanto dessa moça,
De chorar, fiz uma poça...

A porta do tempo bate,
Vento batendo na porta.
Amor azul e escarlate,
Teu amor é que me importa...
Arco íris cobre tudo,
Sem teu amor, fico mudo...

Mas não posso ter segredo,
Nem posso falar a verdade.
Tal amor foi meu enredo,
Resultou felicidade.
Quero saber de teu beijo,
Onde está nosso desejo?

Eleição tem nesse ano,
Eu já tenho candidato.
Na terra do desengano,
Eu não vou pagar o pato.
Você governa meu peito,
O seu amor tá eleito...

Vinha na curva do rio,
Quando na margem avistei,
Chamei para o desafio,
Na sua terra fui rei.
A vida andando tão boa,
Nos braços dessa coroa...

Na montanha dos prazeres,
Meu amor encontro fé,
Na placa tem os dizeres,
Minha casa é de sapé.
Tem a moeda dois lados,
Nossos casos separados...

Vim de tarde sem magia,
Procurei por Madalena,
Encontrei só a Maria,
Sem amores, sem ter pena...
Veneno de jararaca,
Se for ela, a vida empaca...

Fui levar o meu amor,
No cinema, prá ver fita.
Nem bem ela lá chegou,
Quis tomar uma birita.
Moça pinguça de fato,
O filme acabou no mato...

Depois dessa choradeira,
De neném no meu ouvido.
Acabou-se a brincadeira,
A vida perdeu sentido,
Todo dia bem cedinho,
Me levanto sem carinho...

A coisa tá diferente,
Já não tenho mais sossego,
Todo dia no batente,
Tenho que estar lá n’emprego...
Patrão é coisa do demo,
Levando o barco com remo...

Cineminha sem vergonha,
Acabou com minha paz.
‘Tô parecendo um pamonha,
Ninguém me conhece mais...
De tarde já ‘tô cansado,
Levando vida de gado...

A cachaça é que tem sido,
Minha leal companheira.
Só ela me dá ouvido,
O resto todo é besteira.
Bebo sim, e bebo tudo,
Nada falo, fico mudo...

A danada da mulher,
Fica em casa o dia todo.
Faz tudo o que bem quer,
Não anda, criando lodo...
Me restou só essa pinga,
Mas um dia, a gente vinga...

Me mandaram um recado,
Pro trabalho seu doutor.
Tinha um cabra bem safado,
Debaixo do cobertor.
Agora virei chifrudo.
É bom que acabo com tudo...

Tão os dois aqui do lado,
Veja que coisa bonita.
Ela nua ele pelado,
Olha a cara da maldita.
Eu é que fiquei feliz,
Tome essa meretriz...

Seu delegado desculpe,
Não quero mais complicar.
Por favor não mais me culpe,
Nunca mais vou trabalhar...
Eu já pedi demissão,
Libertei meu coração!
Publicado em: 01/09/2006 15:04:02
Última alteração:31/10/2008 01:52:57


SOU FELIZ.

A vida que permite em sonhos claros
Um novo alvorecer traz esperanças
De um canto que é refeito todo dia
Aonde nossas sortes já se trançam
Fazendo deste canto, raros sonhos,
Os dias que proponho, com entanto
Moldando a sinfonia do quem dera
Aguando meus canteiros com sorrisos.
Uma alegria impera soberana
Tramando num tear; felicidade.
Venturas e volúpias, lemos remos,
Palavras e sentidos, belas flores
Plantadas nos jardins alvissareiros
Canteiros da alegria, bem cuidados...
Publicado em: 13/09/2007 15:08:21
Última alteração:30/10/2008 14:35:31



Sou na vida um jogador,
És a dama que eu buscava,
E nas tramas deste amor,
Fez da chama brasa e lava...
Publicado em: 16/01/2009 16:26:49
Última alteração:06/03/2009 07:20:30

Sou natural das Gerais,
Da terra de Tiradentes,
Lá da Mata e das Vertentes.
E, da vida, quero paz.
Tudo que a sorte me traz,
Eu guardo em meu embornal,
Da terra, Deus é meu sal.
E peço a Nosso Senhor,
Que multiplique o amor,
Para o bem vencer o mal!
Publicado em: 12/08/2006 23:33:27
Última alteração:17/12/2006 13:11:18



Ah! Quem me dera ser teu vira-latas
E receber de ti, todo cuidado;
Colocar, no teu colo as minhas patas
E ser por tuas mãos, acariciado...

Lamber o teu sapato, rastejar
Diante desta dona mais bonita.
O teu sofá jamais vou arranhar
Embora nisso, eu sei, não acredita.

Rosnando se chegar outro cachorro,
Latindo se vier te pedir beijo.
E sempre vir depressa ao teu socorro
Assim que precisar. É meu desejo.

Mas peço, dona minha e companheira,
Esqueça da coleira e focinheira...

Marcos Coutinho Loures
Marcos Loures
Publicado em: 07/05/2007 17:44:42
Última alteração:06/11/2008 08:06:08



Sou tão triste, mas eu sonho
Sou tão triste, mas eu sonho
Com momentos de alegria,
Cada verso que componho
Aumentando a fantasia...

Publicado em: 19/01/2009 17:41:39
Última alteração:06/03/2009 07:16:36



Sou teu único amor

O teu nome tatuado
No meu peito sem juízo,
E ficar sempre a teu lado,
Isso é tudo o que eu preciso....
Publicado em: 07/08/2008 18:05:04
Última alteração:19/10/2008 19:40:59



SOU TEU

Num canto em que mais alto se levanta
O brilho desta estrela que trouxeste.
Reveste nosso amor em acalanto
O quanto, tanto tenho e sempre mais.
Desejo em meu caminho os teus solares
Sou mesmo um girassol a te buscar,
No catavento vivo da esperança
Nos olhos que procuram cada brilho
Dos raios que emanaste em profusão...
Sou teu e nada mais me tomará.
Publicado em: 27/10/2007 19:33:28
Última alteração:24/10/2008 14:49:53



Num canto em que mais alto se levanta
O brilho desta estrela que trouxeste.
Reveste nosso amor em acalanto
O quanto, tanto tenho e sempre mais.
Desejo em meu caminho os teus solares
Sou mesmo um girassol a te buscar,
No catavento vivo da esperança
Nos olhos que procuram cada brilho
Dos raios que emanaste em profusão...
Sou teu e nada mais me tomará.


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Sou um pobre sonhador
Que vagueia pela noite
Procurando por amor
Que depressa já me acoite...
Publicado em: 04/03/2008 22:06:07
Última alteração:22/10/2008 15:08:13


Sou um trovador teimoso,
Sou um trovador teimoso,
Um singelo repentista
Teu olhar maravilhoso
Tão distante não se avista...

Publicado em: 06/08/2008 21:36:47
Última alteração:19/10/2008 22:15:46


sou um velho sonhador
que não cansa de sonhar,
coração de um trovador,
bate, bate até cansar...
Publicado em: 19/12/2009 19:24:51
Última alteração:16/03/2010 09:56:16


Sou
Sou
Ermo
Vou
Termo

Cruz
Trago
Luz
Drago

Somas
Ritos
Comas?
Mitos.

Mesmo
Esmo...
Publicado em: 08/01/2009 08:21:01
Última alteração:06/03/2009 11:50:43



Sozinho

Bebendo do vento
A brisa que deu
A todo momento
Coração ateu
Não sabe da noite
Que trouxe esse frio
Coração vadio
A cada pernoite
Procura por ela
Que nada me fala
Coração se cala
E nada revela.
Total perfeição
A moça que tinha
No meu coração
Virou avezinha.
Fugiu desse ninho
Que tanto sofreu
Sou qual passarinho,
Que, triste, morreu!
Eu amo essa moça
Que já não me quer
De que serve a louça
Sem nenhum talher?
Publicado em: 02/12/2006 22:54:26
Última alteração:30/10/2008 18:24:27


Somos todos imperfeitos,
Esta uma grande verdade;
Mas eu cubro meus defeitos,
Co’a minha capacidade...


Esta história não tem tino,
Se eu falar você não gosta.
O defeito é pequenino,
Capacidade? Uma aposta...

Marcos Coutinho Loures
Marcos Loures
Publicado em: 11/04/2007 21:07:09
Última alteração:29/10/2008 18:07:39



Sublime declaração / Amor imenso

Segredo marcado / Numa noite de sonho

confissão jurada / carinhos e desejos

momento inesperado. / alucinante prazer.

Mara Pupin /Marcos Loures
Publicado em: 23/03/2007 17:56:09
Última alteração:28/10/2008 05:45:12



SUBORNO ÀS AVESSAS

Não era em vão que aquele juiz de Direito da pequena cidade do interior tinha a fama de “durão”!

Homem íntegro procurava promover a justiça dentro dos rigores da lei e não dava brechas para qualquer desconfiança sobre sua atuação.

Certa vez, dois moradores entraram em disputa e, um deles, julgando-se muito sabido, perguntou ao advogado se deveria enviar um agrado para o Meritíssimo antes do julgamento e foi logo desaconselhado a fazê-lo:

- Se você fizer isto, pode estar certo de que a causa estará perdida! Nosso juiz é um homem muito honesto e não vai tolerar tamanho desaforo!

O tempo foi passando até que chegou a data do julgamento.

Com a isenção de sempre, o MM Juiz analisa o caso e dá a sentença:

A outra parte foi condenada a pagar uma gorda quantia indenizatória e ficou, ainda, sujeito outras punições legais.

Apesar de reconhecer que a justiça havia sido feita, o advogado quis entrar em detalhes da condenação e perguntou ao amigo e cliente se “ele tinha feito alguma coisa” para deixar o “ele tinha feito alguma coisa” para deixar o MM juiz tão transtornado, a ponto de ter lavrado a sentença, em poucos minutos.

- Para lhe dizer a verdade, mandei o sagrado para o Juiz e deve ter sido isto que o deixou irritado!

- Quer dizer que você subornou o Doutor:

- Bem... subornar eu não subornei! Como o Doutor disse que ele era muito honesto, mandei o agrado, em nome da outra parte.

MARCOS COUTINHO LOURES
Publicado em: 07/04/2008 10:02:56
Última alteração:21/10/2008 20:22:14


Suco de Jabuticaba...
Em Espera Feliz, tenho um grande amigo, um dos melhores fisioterapeutas que conheci, sujeito íntegro, honesto, de uma serenidade invejável.
Já quase cinquetão, toda semana faz uma via crucis, de Espera Feliz até o interior do Estado do Rio, onde moram sua filha e sua esposa.
A opção sacrificante pela melhor qualidade de estudo e de base financeira para a filha, segue-se há mais de dez anos; mas o meu querido amigo não reclama, fazendo semanalmente o percurso sem nem ao menos demonstrar cansaço.
Pertencente a uma Igreja evangélica extremamente rigorosa com relação a hábitos como o de beber, de fumar ou de comer carne de porco, nosso amigo é um dos missionários mais assíduos e respeitados dessa Igreja.
Pois bem, um belo dia, ainda no período em que sua esposa morava em Espera Feliz, me recordo de um convite que eles me fizeram para visitar a casa nova que haviam alugado.
Convite regado a um delicioso churrasco e a refrigerantes, aos quais, como abstêmio, não fiz nenhum reparo.
Mas, lá pelas tantas, animado com uma receita de “suco” de jabuticaba que obtivera de um conhecido cafeicultor da região, fui convidado a tomar um copo de tal maravilha.
Realmente estava muito gostoso, supimpa mesmo.
Conversa vai, conversa vem, suco pra cá, suco pra lá, a cabeça começando a girar, a música ficando mais alta, a animação também, resolvi perguntar ao meu amigo como se fazia tal delícia.
A resposta veio rápida e elucidativa:
“Marcos, pegue dez litros de jabuticaba, coloque dez quilos de açúcar, deixe em uma vasilha grande por vinte dias, depois é só coar, deixar na geladeira e beber”.
Realmente, tinha descoberto uma receita maravilhosa para se fazer um licor de jabuticaba.
Não devia, nem podia, mas esclareci ao meu amigo dos poderes maravilhosos da alcoólica bebida.
Espantado, a partir daquele dia, o suco de jabuticaba continuou freqüentando sua geladeira, mas sem os fundamentais vinte dias de fermentação...
Publicado em: 20/08/2006 07:09:39
Última alteração:26/10/2008 22:36:44




Não tema as dificuldades da vida.

São como uma espécie de preparação para o amadurecimento e a conquista da verdadeira liberdade.

As intempéries funcionam como um preparo para que a nossa alma enfrente, com mais facilidade, os momentos dolorosos de perda que se acumulam pela vida.

Ao fim dela teremos perdido tudo, inclusive nós mesmos.

As pequenas perdas nos preparam para as maiores.

E, incrível que pareça quanto mais precoces; mais fortes seremos.

Não se preocupe com as dores, ocupe-se na hora certa.

E somente com serenidade as vencerá, não há outro caminho.

Não se desespere, isso não ajuda em nada, só servindo para superdimensionares os problemas.

Mas não fuja deles, essa é a pior atitude.

A bola de neve que não foi contida vira uma avalanche e te soterra, solenemente.

A cada dia nos encontraremos, naturalmente, mais próximos da base da pirâmide ou, se preferires, da raiz da árvore.

Até que um dia, seremos essa própria raiz.

Prepare-se para que isso ocorra com serenidade e sem desespero.

Esses músculos da alma só se adquirem com sofrimento e com as dificuldades que a mestra vida nos coloca pela frente para que possamos crescer, resolvendo esses problemas diários.

E nunca perca a calma, somente ela te ajudará a encontrar a saída.

No tabuleiro de xadrez da vida, só vencerás se tiveres a paciência de resolver os pequenos e grandes problemas que te serão apresentados.

E, por último, boa sorte.

Ela ajuda, mesmo que não possas contar com ela, se vier, receba-a de bom grado.

E ame, fundamentalmente; ame.

Fica mais fácil encarar as dificuldades quando armados de amor.
Publicado em: 10/12/2006 22:55:58
Última alteração:27/10/2008 21:20:56



Muitas vezes chorei, ao elevar ao Senhor,
As minhas súplicas!

Não pude conter as lágrimas
Ao ver a mãe beijar o seu filhinho
Que buscava sugar no magro seio,
A derradeira esperança de vida...

Orei pelo infeliz,
Preso ao leito de dor, num hospital,
Como árvore caída,
Sem sombras e sem frutos e sem ninhos.

Por mim orei, também, pois os meus erros
Como demônios não me abandonavam!

Fiz do universo, a minha catedral
E ao Senhor lancei os meus pedidos!

Mas se as palavras se perdem, no Infinito,
Recebei, ó Senhor, este meu grito,
E as lágrimas que, em vão, tenho vertido,
Em remissão de todos os pecados!

Marcos Coutinho Loures
Publicado em: 14/04/2007 15:24:47
Última alteração:26/10/2008 23:25:09




Amor é tão diverso
Que nada mais existe
Senão um paraíso
Matando o que era triste.

Não quero te perder,
Depois que te encontrei.
Fiel em cada verso,
Contigo eu viverei.

E tu sabes bem disso,
Sou teu e nada mais,
Afirmo-te conciso
Que eu amo-te demais.

Nas horas em que teço
Meu sonho sem enganos,
Eu lembro-me que tenho
Carinhos soberanos

Desta mulher faceira
Que Deus me reservou,
Não tens o que temer,
Somente teu, eu sou...