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Saturday, May 20, 2006

CONFISSÃO


Seu delegado, desculpa
Preciso me confessar
É somente minha a culpa,
Isso não posso negar.
Foi coisa de valentia
Ou bobage das graúda
Só sei que naquele dia
Falando em conta miúda,
Apercebi minha amada
De um jeito mais diferente
Ness’ hora desesperada
Em que tudo, de repente
Se transforma, denda gente
Nesse coração doente
Amante sem ter consolo
Nu meio desses embolo
O gosto amargo do bolo
Servido no meu casório
Estragando todo espólio
Cortando feito sapólio
O triste sabor desse óleo
Que no meio desse embrólio
Faz a gente nem pensar
Nos beijo de amor trocado
Nos sonho mais delirante
Desses dia apaixonado
Que passemo na invernada
Da vida desconsolada
Trazendo sorte e recado
Do tempo mais serenado
Nos óio, nesses semblante
Dessa muié cativante
Que a vida num belo instante
Aportou nesse meu barco
Transformando todo o arco
Desse mundo tão mais parco
Mas, criando novo sonho
Peito deveras tristonho,
Nesse momento feliz
Escapando por um triz
Escreve na vida o giz
Me dá a certa medida
De quanto vale essa vida
Mesmo que seja sofrida,
Mesmo que seja do nada
No cabo da minha enxada
Meus fio sempre criei
Nas noite que transformei
Em momento de fartura
Rolando na cama escura
Brincando com a loucura
Dessa minha fermozura
Que era essa minha muié
Bela da cabeça aos pé
Cheia de tanta doçura
Num beijo que mais atura
Na caçada da percura
Viveno cumo Deus qué.
Apois bem seu delegado
Esse home paxonado
Pelo amor mais disgramado
Pelo desejo safado
Desse corpo delicado
Dessa minha companhera
Por quem essa vida intera
Procurei desde premera
Dende as hora que a partera
Anunciou minha vinda.
Dende bem menino ainda
Sonhava com essa linda
Moça, com quem casei.
A quem munto já amei
A quem tudo dediquei
Nessa sina desmedida
Que cumpro por ser a vida
Minha maior esperança.
Renovada nas criança
Que por a vista alcança
São as gota de orváio
Que num dia de trabáio
Do suó de Deus brotô
Acendendo o fogarero
Que trago no meu bestero
Coração mais sonhadô
Me descurpa seu dotô
Eu assuntar tudo ansim
Eu vou conta pro sinhô
O que que onte passou
Vortava da minha lida
Dura lida nesta roça,
Discurpe, meu peito impoça
Nas lágrima mais doída
Nas marca tão dolorida
Que varejaro a ferida
Aberta no peito meu.
Antes tivesse num vindo
Antes hovera ficado
Bem que já tava sentindo
Um gosto bem amargado
Por isso vortei mais cedo
Antes das hora devida
Mas Deus me deu o segredo
Dessa vida mais bandida
Numa tristeza sem par
Num divia, seu dotô
Pru mode pode encontrá ,
O que num imaginava
Nunca podia sonhá
Cum o que vi na hora
Mais dorida que vivi
Na cama desembestada
Nas coberta revirada
Um corpo deitado, nu
Abraçando minha amada
As marca já derramada
Das lágrima da jornada
Sangrando o peito doente
Sangrei tudo de repente
De repente tudo foi-se
No corte da minha foice
Dos taio já bem taiado
Nos gorpe desesperado
Desferido, por pecado
Por um cabra paxonado
Que agora aqui delegado
Perfere ser degolado
Do que bem ser perdoado
Pelo que pude fazê
Duas morte já carrego
Minha vida já arrenego
Meus óio já tão mais cego
Pruque preferi não vê

O qui num teve mais jeito

Que me sangra nu peito

O qui num posso escondê

Im quarquer dia ou horaro

Im quarquer tempo diverso

Essa dor num assucaro

Rasga meu mundo diverso

Pois eu num pude entender

Que bem que eu preferia

Nunca mais eu ver o dia

Nem saber dessa arrelia

Que matô a fantasia

Que meu deu o disamparo

Pois cum todo meu preparo

Pros troço mais cumplicado

Me dexa desamparado

Eu queria ter cegado

Do que tê visto seu moço

Nu mei de tanto alvoroço

Os braço da minha amada

Tava de riba trocado

Cum dois braço, meu pecado

Desses da vida sangrado

Num tem jeito nem amparo

Tô na vida, disgraçado

Preste atenção, delegado

Me diga se eu to errado

Eta mundo mais avaro

Ao ter visto, arreparado

Percebi que to ferrado

Os braço mais abraçado

Com esses braço entrelaçado

Eram os braço do vigáro!

CLÁUDIO LEMBO – UM HOMEM NO LIMBO.


Muito interessante a entrevista dada pelo Governador Cláudio Lembo durante essa semana.
Ao detectar as causas da violência com, no ambiente que convive politicamente, rara percepção, demonstra que nem tudo está perdido nessa oposição brasileira.
Se fizermos uma análise; mesmo que superficial, veremos que, dentro da oposição, temos um conglomerado formado por oportunistas, lobistas burgueses, coronéis, prostituídos, entreguistas, rancorosos e, alguns, “inocentes úteis”.
Não conheço muito bem o passado político de Cláudio Lembo, mas não me lembro de ver seu nome envolvido em casos de corrupção ou escândalos.
Porém, o doutor em Direito e escritor teve um dos momentos mais lúcidos dessa desenfreada oposição ao detectar as causas da violência e em fornecer um dos antídotos e remédios para tal problema.
Na década de 80, tivemos no Grande Teotônio Vilela um exemplo maravilhoso e encantador da percepção de um homem que, no passado, servira à ditadura militar e, num momento de sublime amadurecimento, passou a ser um libertário, inclusive, em um episódio bem representativo, ter escondido Lula no porta malas do seu carro, para escondê-lo da fúria dos agentes do autoritarismo.
Lembo pode se tiver juízo e se quiser se tornar um homem ideologicamente mais respeitado, rasgar os mantos neoliberais e opressores que veste e, desnudando-se, deixar aparecer o ideal de quem militou tanto tempo na área do Direito, ou seja, da JUSTIÇA.
Esse nascer de um democrata seria fantástico e lindo de se ver, principalmente porque, a imagem do “bom burguês” e do arrependimento, com a nova vestimenta transparente e leve de um outro homem, com o respeito de todos aqueles que amam a liberdade e a igualdade é, poeticamente uma das mais belas de se ver.
Cláudio Lembo tem tudo para ser a mais grata surpresa desse início de século para a luta socialista.
Ainda mais porque o cargo que exerce sempre foi ocupado pelos representantes da mesma burguesia que, num momento de rara iluminação, o governador paulista, detectou como o principal agente fomentador da miséria, das desigualdades, alicerces, portanto da violência desmedida em São Paulo.
A percepção de que funcionou como uma marionete da elite tucana, que tentou, também transforma-lo em bode expiatório para uma crise CRIADA E FOMENTADA pelo próprio tucanato, no decorrer desses anos todos, aliada ao apoio explícito de Lula e de Marcio Thomaz Bastos, poderão ser o Norte para que Lembo, nos seus 71 anos de vida possa se tornar cada vez mais respeitado.
Interessante a coincidência da data do nascimento de Cláudio Lembo com a descoberta da América; 12 de Outubro.
Essa coincidência poderá ser para o cidadão e político Lembo mais que uma mera coincidência.Seu discurso, coerente e lúcido, bem que poderia se transformar em algo além de uma “retaliação” contra os aliados traíras; poderia se tornar mesmo na aproximação de um homem no crepúsculo da vida ao resgate de uma biografia.
Se, por acoso, optar pela coerência com o discurso proferido nesse raro momento de sensatez, será muito bem vindo para essa luta pela democracia real, pelo resgate da cidadania e poderá conhecer uma palavra, muitas vezes esquecida pelos seus companheiros, a bela e sonhada SOLIDARIEDADE!

LULA NADANDO EM MARES CADA VEZ MAIS TRANQUILOS


Lula comemora nova pesquisa

O governo celebra sem fazer alarde pesquisa encomendada ao IBOPE para consumo interno da campanha de Lula à reeleição.

O resultado chegou ao Palácio do Planalto no início desta semana. Em simulação de primeiro turno, deu Lula 48%, Alckmin 17%.

Convenhamos: poderia ser pior.

Mas agora que o PFL escolheu o vice de Alckmin tudo mudará, estejam certos.

A oposição pôs em campo seu melhor time. Ou não foi?


Esse comentário postado no Blog de Nobat do dia 20/05/2006, demonstra, pela ironia utilizada com relação à péssima escolha do Vice na chapa de ALCKMIN, que a oposição está cada vez mais “jogando a toalha”.
Realmente José Jorge tem um perfil extremamente harmonioso com o de Alckmin, parecendo, pelo aspecto absolutamente inerte e insosso, a alma gêmea de Geraldo.
A luta travada entre ele e Agripino, homem extremamente irritante pela agressividade enorme associada a uma voz extremamente insuportável, irritante mesmo, demonstrou que o Coronelismo está dividindo-se e, nesta divisão, a conclamada união em torno do nome de Jose Jorge é, na verdade, uma grande balela.
A vitória do neo fas, sobre o arqui malvadeza demonstra uma ruptura que, assim como a ruptura tucana, desenvolvida pelo afastamento, com a tentativa de preservação, de José Serra, da candidatura à presidência, em prol do inexpressivo Geraldo, gerará uma campanha feita sem a menor convicção pelos principais caciques da tucanagem e do pefelismo.
A tentativa de unir a campanha à presidência com as campanhas estaduais será extremamente difícil, mesmo em São Paulo, onde, provavelmente Quércia pode se aproximar de Serra, mas não deverá ter a mesma gana em defender a candidatura de Geraldo e José Jorge.
A afirmativa “poderia ser pior” relativa aos 17 por cento de Alckmin é extremamente irônica, numa eleição polarizada, um candidato obter 17 por cento das intenções de voto, com tendências de queda, se compararmos ou números com as anteriores, demonstram a total falta de aceitação dessa.
A troca de candidatos hoje, seria pior, pois mesmo que Serra tenha uma melhor aceitação entre os eleitores, a eleição nem tão garantida mais para o Governo paulista, se tornaria catastrófica.
Tudo que o governo federal poderia querer seria fazer barba, cabelo e bigode, ou seja, capital, estado e governo federal.
Creio mesmo que, José Jorge foi para o sacrifício, como fora Rita Camata na última eleição.
A falta de comemoração dessa escolha entre os opositores, demonstra que, obviamente a toalha já está sendo devidamente jogada.
Cabe a, a princípio esdrúxula, mas cada vez mais coerente oferta da vice-presidência do PPS para o PSDB.
Esta pesquisa feita ANTES da explosão da crise, já que os resultados só chegaram no começo da semana me permite reafirmar meu vaticínio de que ALCKMIN irá perder para Enéas, repetindo o feito de Brizola há 8 anos.
O declínio do PSDB-PFL nas próximas eleições será relevante, creio que muito maior do que imaginamos.
Serra, terá muito trabalho para trabalhar com o espólio das administrações tucanas dos 12 últimos anos, sendo possível e até mesmo provável uma vitória de Mercadante para o Governo do Estado.
O PT mostra-se mais unido do que nunca, movido pelo amor-próprio e pela necessidade de se reerguer.
Uma possível candidatura Simon - Garotinho; embora muito improvável, não tem força moral por um lado, nem política por outro para decolar. Ambos terão muitas dificuldades para poderem ter alguma penetração neste eleitorado vacinado por 1 ano e meio de doses cavalares de tentativas de exploração eleitoreira de fatos nem sempre comprovados.
Agora, em Minas, por exemplo, a candidatura de Aécio não servirá em hipótese alguma de âncora para Alckmin, já que Aécio está atrelado a Itamar que, não se aliaria de forma alguma nem a ACM, nem a FHC.
Lula caminha, célere para a reeleição, que poderá lhe garantir um novo recorde de votos, para surpresa de todos aqueles que, em troca de denúncias desesperadas achavam que poderiam “sangrá-lo” até o final.
Não contavam com o povo, e esse não é apenas mais um detalhe...

Friday, May 19, 2006

DE CULTIVOS E COLHEITAS

Tristeza calada vem
Na noite de mais ninguém
No rumo sem rumo ao léu
No pedacinho de céu
Que descortina esse véu
Que trava tanta bestage
Que desafia a corage
Que desfia essa bobage
Fazendo meu peito arage
Pregunta nessa sondage
Pru que num sei mais amá
Em que légua dessa estrada
Perdido, sem sabe nada
Caçando pelos luá
Que me troche tanta luta
Pra ansim sem força das bruta
Conquistá minha sentença
De pudê, nessa vivença
Ter meus canto mais doído
Pelos mundo corroído
Nesse tempo mais sufrido
Onde tive tão perdido
O meu sonho mais bandido
Pelos outro vai banido
Fermentando nesse peito
Triste peito sem direito
De nem poder ser mais forte
De nem tentá pulas sorte
Que disafia essa morte
Estradera sem destino
No mundo, meu desatino
Foi escuido nos pasto
Pulo coração mais gasto
Trazendo nosso repasto
No que já foi mais completo
Agora passa pequeno
No meu maior dos afeto
Tombem meu maior veneno
Já tive dois sacrifício
Por conta do meu ofício
De trabaiá cum a morte
Sem iscuiê nessa vida
Nem poder ter outra sorte
Senão a dessa bandida
Vida minha, mais sofrida
Que descasca o peito intero
Nos janero dos janero
Me cobe nessa prantage
Dessas terra do sertão
Um lugá dos mais bestero
Curtivá cum minhas mão
A terra mais dolorida
Das que tem nessa parage
Das terra mais dividida
As que num dá mapiage
Nem cunversa deslambida
Nem briga por ser partida
Nem históra de conflito
Pois ninguém quer esse rito
De brigar por um pedaço
Dessa terra onde me espaço
Onde sempre, verdadero
Ninguem quer ir nem a laço
Todos foge do covero.
Apois bem sinhô seu moço
Nas azeitona da vida
Me restô só o caroço
Da minha sina comprida
Devagar, sem alvoroço
Te garanto, seu doutô
Ninguém gosta da gerida
Pelas mão, trabaiador
Que sabe que ninguém quer
Nem agradece o trabaio
Nus buraco adonde pranto
Nos óio já vejo pranto
Nunca tive por encanto
De quem pur mim se encantô
Pois intão, eu lhe agaranto
Que pros cabra sofredô
Que pros mendigo de rua
Que pras muié mais facera,
Os dono dessas portera,
Pros lubisome de lua
Pra todos trabaiadô
A terra ta bem servida
Pulo Deus adirvidida
Sete parmo bem medida
Pra cada que se enterrô
Minha enxada dá guarida
Transformando, dessa vida
As diferença igualô
Pegando as moça sufrida
Nas morte já decidida
Pelo Deus nosso Senhor
Cortando a carne curtida
Navaia dos sangradô
Dessas morte encomendada
Pelos coroné dotô
Pelos home poderoso
Que no finar, orguioso
Vai tombem pressas parage
Pronde vai os melindroso
home de munta assuntage
tombem segue essa viage
nessas mesma carruage
cum finar bem parecido
cum mais ou meno sufrido
os cortejo são os mermo
num difére nem nus termo
nem no chero que restô
cum cravo ou cum margarida
nada restô dessa vida
no campo semeadô
onde o ponto de partida
trais em suas caminhada
no fundo essa mesma estrada
que de tudo ou bem de nada
ninguém sabe pronde vai
só tenho os calo da mão
cavucando co enxadão
semeando nesse chão
tanta semente diversa
pelas terra mais dispersa
mais a mesma prantação.
Apois bem moço galante
Pense só por um instante
Nessa igualdade da sorte
Se há diferença na vida
Há igualdade na morte
Por mais que seja doída
Pense bem se vale a pena
Carregar gente sufrida
Na alma, depois novena
Num resórve nem calma
As dívida contraída
Essas num paga na vida
Vaum sê paga, com mais trauma
Nessa terra dividida
Terra de rico e de pobre
Do pobrizin e dos nobre
Apois entaum eu te digo
Falo com isperiença
De curtivadô das alma
Naum há nada que convença
Morto da mesma doença
O que cura o pecadô ,
Que precurá recumpensa
É o tanto quanto ele amo!

DAS VIOLÊNCIAS VÁRIAS, DA CAUSA E DOS GOVERNOS

Uma análise se faz imperativa nesses dias de violência extrema nas ruas da principal cidade do Brasil.
Um estudo comparativo entre o Rio de Janeiro e São Paulo, demonstra para qualquer observado, as diferenças básicas entre as relações humanas e o trato das diferenças sociais dessas cidades, nos trazendo uma luz sobre a origem da violência e os aspectos que diferenciam ambas capitais.
O Rio de Janeiro, tanto pela origem histórica, como antiga Corte Imperial e depois Capital da Republica, principal porta de entrada dos imigrantes do século 19 e 20, cidade historicamente pluricultural, com um crescimento baseado na importação e exportação via Porto de São Sebastião, o maio do Brasil por longos anos, trazendo para o cais todos os tipos de trabalhadores tanto brasileiros quanto estrangeiros
Associado a isso temos a praia, o futebol no aterro do Flamengo dos finais de semana, os bailes de carnaval, as Escolas de Samba, o Maracanã, os ensaios das Escolas de Samba e, ultimamente, os bailes funks.
Nesses ambientes, convivem pacificamente tanto o proletariado suburbano e favelado quanto a elite econômica e social da Cidade Maravilhosa.
É comum vermos, no mesmo ambiente, em caráter de total camaradagem, tanto favelados quanto milionários, numa extremamente salutar cooperação e convívio.
Morei no Rio por muitos anos e sei o quanto o carioca sabe lidar com as diferenças raciais, sociais, econômicas e culturais.
Como estudante e depois como médico, podia freqüentar, com a mesma serenidade, as rodas de pagode suburbanas, os ensaios de escolas de samba, as praias, sempre democráticas, o futebol no final de Semana no Aterro, a feira nordestina de São Cristóvão, os prostíbulos da Praça Mauá, as gafieiras do centro da cidade, os restaurantes e shoppings da Zona Sul, as boates, como a do Hotel Nacional, clubes da Zona Norte e da Zona Sul, num encontro entre o asfalto e o morro, como citado por Marcelo D2, de uma fantástica sincronia entre os mais diferentes tipos de cultura e de classes sociais.
É comum se ver, nos mais requintados shoppings e restaurantes, pessoas de bermuda, camiseta e sandálias de dedo, convivendo, pacificamente, com engravatados e “bem vestidos”.
O índice de violência contra grupos raciais, sociais, sexuais, no Rio é infinitamente menor do que ocorre em São Paulo.
A violência no Rio, está na sua base quase que totalmente ligada à disputa entre grupos rivais pelos pontos de venda de drogas.
Esses, sendo combatido ou pela ação repressiva constante e bem organizada ou pela liberação do uso e comércio de drogas, controversa medida que deve ser analisada com muito rigor, levariam a uma sensível melhora nos índices de violência da Cidade Maravilhosa.
Agora, quanto a São Paulo, temos uma origem bem diversa.
São Paulo, historicamente tem suas origens na província, o que, na realidade quer dizer que, tem suas famílias quatrocentonas de base provinciana, acostumadas com a escravização e o coronelismo, com a subserviência e com a separação, em guetos e em castas.
É difícil imaginar um convívio entre a elite paulista, burguesa e excludente, com o proletariado, formado pelos migrantes mineiros e nordestinos, fugidos da escravidão em suas terras para se oferecerem como trabalhador de baixo custo na construção civil, nas feiras, como empregadas domésticas, como trocadores de ônibus, guardas noturnos, guardas civis, policiais, babás, o verdadeiro brejo da cruz social, gerador de miséria, e das discrepâncias sociais asquerosas e nojentas.
A elite paulista “não se mistura com essa gentalha”, num linguajar chulo, mas realista dessa ignóbil verdade.
A formação dos guetos, “periferia” na linguagem do rap, alimentados pela discriminação contra pobres, prostitutas, nordestinos, mendigos, homossexuais, etc...,criada e incentivada nas elites burguesas, donas das suas salas, e das ruas e bairros isolados, com seus bares, shoppings, casas noturnas e boates exclusivistas, onde a presença de quem quer que não seja ligado a essa elite é tida como indesejável
Onde a pobreza é expulsa a chutes e pontapés pelos capitães do mato, chamados “seguranças”, mas na verdade agentes oriundos do proletariado para atuar contra esse mesmo proletariado, para defender uma “casta” burguesa recendendo a Coco Chanel, vestida de Valentino e vomitando preconceito.
Os carecas ou cabeças raspadas , os neonazistas, os grupos anti nordestinos, anti-gays, anti-putas, assassinos dos mendigos com o sórdido prazer de ver carne humana incendiada ou saber do estrago que um taco de beisebol possa causar em um ser humano, são o espelho mais visível dessa forma da burguesia paulista de ver a vida.
Obviamente que, os crimes contra a integridade pessoal em Sampa são muito mais freqüentes e graves do que no Rio, crimes como seqüestros, assaltos, furtos, assassinatos a esmo, chacinas são o dia a dia paulista.
A guerra travada em São Paulo tem aspectos muito mais profundos e ligados à segregação do que no Rio de Janeiro, portanto são de muito mais difícil solução.
O nascimento do PCC, se faz ligado, muito mais à luta de classes do que o do Comando Vermelho no Rio, com aspectos mais ostensivamente ligado ao tráfico de entorpecentes.
As raízes da violência em São Paulo não tem nenhum aspecto de romantismo, não tempos nenhuma menina filhinha de papai apaixonada pelo poder do traficante.
O que se apresenta mais explícito é essa luta SOCIAL E CLASSISTA, de uma reação da PERIFERIA contra a BURGUESIA fedorenta e escravagista.
A rebelião dos escravos paulistas não pode ser comparada à com a Guerra do poder paralelo carioca, baseada na liderança pelo controle de pontos de venda de drogas; ao contrário do aspecto da afirmação social que vemos em São Paulo.
O comando da violência carioca se dá na mão de soldados do crime, sem grandes preocupações a não ser a venda da mercadoria; já em São Paulo, a estratégia dos grupos ligados à violência, se demonstra mais ostensivamente como uma guerra entre classes sociais disfarçada.
O enriquecimento do PCC e o fortalecimento dos jardins da infância da violência, nas FEBENS da vida, demonstram a arquitetura de um projeto de luta por ascensão social e quebra de barreiras entre as elites e o proletariado, muito mais bem organizados do que os do Rio de Janeiro.
O que aproxima os dois estados, em suas mazelas de insegurança pública é somente um fato.
Todos os grupos, tanto os cariocas, quanto os paulistas, nasceram, cresceram e se sustentam pela CORRUPÇÃO E INOPERÂNCIA DE AMBOS OS ESTADOS.
A corrupção dentro e fora dos Governos, como muitas vezes denunciadas, é o principal combustível para o crescimento dessas facções, poderes dentro do poder, verdadeiras sanguessugas de si mesmas.
Retroalimentam-se o tempo todo , vivendo em simbiose eterna, com prejuízo para os pacatos cidadãos.
Os massacres do Carandiru e esse agora, na tresloucada e inepta distribuição de balas feitas por uma polícia assustada e coagida, têm paralelo extremos entre si.
No Rio, o massacre da baixada e de Vigário Geral, embora tão danosos quanto os acima citados, têm no “acerto de contas” entre bandidos tanto fardados quanto à paisana um aspecto bem diferenciado da reação da polícia paulista nos dois massacres supracitados; o do Carandiru foi ordenado pelo Comando, o de agora é, indiretamente contra os desmandos e as demonstrações de incompetência do Comando para enfrentar os problemas gerados, não pela polícia, mas sim pela omissão do Governo Paulista como um todo.

FILHO FEIO NÃO TEM PAI, MESMO QUE SEJA "A CARINHA DO PAPAI"

Burguesia terá de abrir a bolsa, diz Lembo
O governador de São Paulo, Cláudio Lembo, foi entrevistado por Mônica Bergamo.
Fez declarações do barulho. Criticou os ‘aliados’ FHC e Geraldo Alckmin, afagou o ‘inimigo’ Lula e esculhambou a ‘elite branca’ paulista, culpando-a pela violência. Leia abaixo trechos da entrevista:

- Houve uma matança em São Paulo na madrugada de terça. A polícia está sob controle ou está partindo para uma vingança? A polícia está totalmente sob controle (...). Todas as noites há confrontos nas ruas da cidade e esses conflitos foram exasperados nesses dias. Mas vingança, não (...).
- O que pode dizer para um jovem de 15 a 24 anos, que vive em ambientes violentos da periferia? (...) Tem duas situações muito graves: a desintegração familiar que existe no Brasil e a perda... (de qualquer) regramento religioso (...). Nós temos uma burguesia muito má, uma minoria branca muito perversa.
- Que ficou assustada nos últimos dia. E que deu entrevistas geniais para o seu jornal. Não há nada mais dramático do que as entrevistas da Folha [com socialites, artistas, empresários e celebridades] desta quarta-feira. Na sua linda casa, dizem que vão sair às ruas fazendo protesto. Vai fazer protesto nada! Vai é para o melhor restaurante cinco estrelas junto com outras figuras da política brasileira fazer o bom jantar (...).
- Onde o senhor responsabiliza essas pessoas? Onde? Na formação histórica do Brasil. A casa grande e a senzala (...). O cinismo nacional mata o Brasil (...). O que eu vi [nas entrevistas para a Folha] foram dondocas de São Paulo dizendo coisinhas lindas. Não podiam dizer tanta tolice. Todos são bonzinhos publicamente. E depois exploram a sociedade, seus serviçais, exploram todos os serviços públicos (...). A bolsa da burguesia vai ter que ser aberta para poder sustentar a miséria social brasileira no sentido de haver mais empregos, mais educação, mais solidariedade, mais diálogo e reciprocidade de situações.
- FHC a possibilidade de acordo com os criminosos para cessar a violência. (...) Fernando Henrique poderia ter ficado silencioso (...). Pode ser que eventualmente ele tenha precedente sobre acordos. Eu não tenho.
- Alckmin telefonou para prestar solidariedade? Dois telefonemas (...). Acho normal. Os pulsos [telefônicos] são tão caros...
- E o José Serra? Não telefonou (...).
- As autoridades paulistanas garantiram, nos últimos anos, que o PCC estava desmantelado. Enganaram os paulistanos? Não saberia responder. Eu não engano. Ganhamos uma situação mas é um grande risco. Temos que ficar muito atentos.
- Pode dizer que o PCC acaba até o fim de seu governo? Só se eu fosse um louco. E ainda não estou com sinal de demência (...).
- O Fernando Henrique não telefonou? Não, não. Ele estava em Nova York. O presidente Lula telefonou, foi muito elegante comigo (...).


Essa entrevista demonstra o quanto o PSDB, pai da criança PCC, surgido, fortalecido e alçado às primeiras páginas dos jornais durante o longo mandato tucano à frente de São Paulo, alimentado pela incompetência administrativa, elitismo classista, fato que na São Paulo das desigualdades sociais e dos guetos reais das periferias da vida é extremamente evidente e essencialmente sintomático, entre outros fatores.
Podemos observar que a inoperância paulista se demonstra desde a pré-escola do crime até as universidades com mestrado e doutorado.
Um estado que, entre outras coisas, congela o salário de policiais durante 12 anos, sendo o mais rico da federação, seus profissionais de segurança detêm o vigésimo primeiro lugar a nível salarial; dá-nos a impressão de ser totalmente alheio a segurança pública tendo, criminosamente participação por omissão, nos casos de corrupção do sistema penitenciário.
A explícita revolta de Lembo contra as principais expressões do PSDB paulista se justifica, se basearmo-nos no curto espaço de tempo entre a sua posse e os fatos detonados, com o devido alarde dado pelo próprio serviço de Inteligência do Estado, e devidamente ignorado pelo ex-governador tucano, Alckmin, criando um território propício para que tudo acontecesse.
O surpreendente discurso de Lembo, sobre as origens burguesas das causas maiores da violência é de forma até alentadora, sinal de que essa percepção o poderá salvar da destruição moral que fatalmente virá com o decorrer da história.
Tivemos exemplos, no passado de pessoas que surpreenderam, principalmente exemplos como o de Teotônio Vilela, mas se Cláudio Lembo poderá , pelo menos em parte, reedita-lo será muito salutar para ele próprio, mostrando que nem sempre pau que nasce torto morre torto.
Já quanto à reação dos tucanos devemos perceber duas coisas, em primeiro lugar a tentativa insólita de atribuir os efeitos do seu desgoverno a um Governo Federal, que nunca se mostrou omisso, fato relatado pelo próprio Cláudio Lembo, ao elogiar Lula pela sua atitude solícita e cavalheiresca.
Quanto aos tucanos, se demonstra a total indiferença desses para com São Paulo.
Lembro-me de como FHC acalentava o Real, filho da administração Itamar Franco, com aspectos de criança saudável e desejável pela maioria da população, filho bonito, portanto.
Realmente, o melhor plano econômico feito nos últimos anos nesse país.
Filho bonito, mesmo que alheio, foi tratado como se a paternidade fosse de FHC, embora todos viram a execução do ato, sendo feita por Itamar, inclusive no ato da fecundação, gravidez e nascimento.
Poucas vezes se viu, com tanta clareza que, o competente grupo econômico de FHC, teve essa paternidade arrebatada e furtada pelo incompetente, mesmo enquanto sociólogo, Fernando Henrique.
Já o filho feio, mal parido, criado a partir das brechas geradas pela incompetência tucana; sobrevivendo e crescendo nas sombras da corrupção e dos desmandos, alimentado pela subversão das leis do país.
Gerado na barriga da miséria, mas fecundado pela indignidade e impobridade de uma seqüência de péssimos gestores, em todas as escalas dos desgovernos consecutivos oriundos do ninho tucano
Esse filho mal amado, embora traga aspectos de caráter coincidentes com o pai, vendilhão do bem público, assaz conhecido como elitista nos trajes e trejeitos, omisso quanto aos desmandos de seus amigos, para ser inimputável nos seus; fomentador dos guetos miseráveis, para poder aliciar, com o mínimo de despesas, na hora do voto.
Esse filho, reflexo do próprio pai, num espelho mais detalhista, obviamente tem sido negado por esse pai, tão solícito e prestativo com relação ao filho subvertido, espertamente do pai biológico e intelectual, e a cada entrevista dada, seus progenitores se afastam dele.
Lembo, ouça o ditado popular e entenderás: filho feio não tem pai, mas filho bonito, qualquer um quer ser o pai.
Mesmo que esse filho feio seja “a cara do papai”...

Thursday, May 18, 2006

O SERTANEJO DA ESPERANÇA OU A ESPERANÇA DO SERTANEJO

No meu sertão nordestino
Na minha voz embolada
Correndo desde menino
Brincando nessas estrada
Que liga o sim ao destino
No verão ou invernada
Trazendo pela raiada
Manha desse desatino
Tocando qual fosse sino
Nas badalada, no ninho.
Vou morrendo mais sozinho
Do que jamais sonhei ser
Nesse trato das tratantes
Na farsa desses farsantes
Na boca desses amantes
Que me fizeram bem antes
Do que promete, meu pai,
Quando me chama de filho
Mesmo que o tempo andarilho
Me trouxesse o descarrilo
Do trem da vida penando
Procuro por outro trilho
Nada disso vou achando
Vi muita gente sofrida
Criança morta perdida
Nos colo das mãe chorosa
Vi nesses dedo de prosa
Os conto mais sofredor
De quem já sonhou amor
E nada mais encontrou
Senão o destino vazado
Desse amor desencontrado
Cheiro de sangue escoado
Pelo rumo mal traçado
Pela dor dos sem atino
Pelo gosto da miséra
Na mordida dessa fera
Que agarra prende sem tino
Não deixa andar e te emperra
Deixa mais distante a terra
Que lá longe se adivinha
No caixãozinho levado
O corpo dos desgraçado
Que a fome e a seca matou
Do resto que me restou
Dos filho que a vida deu
E a injustiça me levou
Só me resta essa lembrança
Dos moleque tão criança
Procurando mãe e colo
Dormindo de junto ao solo
Que tão cedo arrebatou
Por seus olhos eu esmolo
Arrepare em nóis doto
Nossa carne assim exposta
Num é feita nem de bosta
Nem por estar tão exposta
Pode ser cortada em posta
Muita gente bem que gosta
Da mizera assim suposta
Cumo fosse dessas costa
As marca dessa magreza
Dessa nossa dura, tesa
Carne ossada, sem beleza.
Sem tecido nem tristeza
Esse olhar que sem defesa
Mira longe sobre a mesa
Com suor de sobremesa
Amargura sem doçura
A pele se torna escura
Do peito já não se atura
Nessa mais dura armadura
Amarrada em atadura
Sem ter luz nem formosura
Nem jura nem t’esconjura
Carpindo tanta tortura
No meio desse sertão
Que a fome e essa precisão
Sempre disseram o não
Sempre nessa maldição
Sem se ter direito ao chão
Nem saber se já virão
Os dias da salvação
Nas reza pra São João.
Nas oferta da beata
No triste sol que maltrata
Dessa dor que me arrebata
Queimando toda essa mata
Do que sobra, na cascata.
Feita de choro arremata.
Estrangula, prende a pata.
Machuca a pele mulata,
Os olhos verdes sem tino
Procurando seu destino
Num único desatino
O gosto mais assassino
De quem deixou o menino
De fome ir-se já partino
Devagar vai se esvaino
Nesse mundo, pequenino
A morte dessa criança
É a morte d’esperança
E o início da lembrança
Que por onde a vista alcança
Essa dança é a mesma dança
Que não deixa contradança
De repetir não se cansa
Quem quer que quiser, avança,
Traga novidade ao peito
Que por favor, e respeito.
É preciso olhar direito
Esse povo insatisfeito
Com o rosto bem mais desfeito
Esperando pelo jeito
De ter bem mais que seu leito
De morte por triste sina
De morrer gente menina
De sangrar a nordestina
Alma, sempre tão cristalina,
Tendo por mão assassina
Quem atravessa, surdina,
As esperança capina,
Essas ave de rapina
Que vive só de explorar
O povo desse lugar
Que não tem mais luar
Tá cansada de esperar
Um novo dia chegar
Pra poder ter seu lugar
Lugar ao sol, ser seu mar
Um belo de sufocar,
Mas esse dia num vem
Pra ajudar num tem ninguém
Pra roubar tem mais de cem
Sem ninguém querer seu bem
Teimosia sem vintém
A esperança nesse trem
Que partiu com mais alguém
Num suspiro desse Amém!
Mas, no mei da terra fula
Mesmo com gente mais chula
Gente que tem tanta gula
Impedindo o que pulula
Esperança que me adula
Vou montado nessa mula
Nesse mar que tanto ondula
Nosso presidente Lula,
Que sabe nosso desejo
Que conhece esse lampejo
Dos óio do sertanejo
Que traz na mão esse beijo
Ouvido num realejo
E que tem muito traquejo
Nesse cabra também vejo
O brilho do nosso cortejo.
Pois então seu presidente
Pode contar com a gente
Que essa gente diferente
Deixou o povo doente
Criou um tanto demente
Essa gente que não sente
Sem conhecer ou somente
Querer assim de repente
Que a gente possa dar crença
Que nos tempo de doença
Eles acham que inocença
É em nois uma potença
Mais num sabe que nóis pensa
Que nóis quer que quem mais vença
É quem nos deu a valença
E perciso que convença.
Terminando minha fala
O meu coração se estala
Achando quem me regala
Quem abriu assim a sala
Quem me tirou da senzala
Quem desfez assim a mala
Amarga mala que cala
Pra quem aprendeu amá-la
Liberdade conseguida
O bem maior dessa vida
A esperança que resvala
Nessa vida mais comprida
Minha dor, para acalmá-la,
Numa bela despedida
Essa luz vou encontrá-la
Só naquele que decida
Saber mais o meu desejo
Esse homem sertanejo
Para quem meu peito adula
Essa luz esse lampejo
É com bravura esse pejo
É nesse home que eu vejo
Tudo o que eu mais almejo
Nesse cabra que é o LULA.
O sertanejo de fé
Que sabe meter a colher
E resolver as lambança,
Trazendo a toda criança
O delírio dessa dança
A quem chamam: ESPERANÇA!

CIRCULA POR AÍ - FHC E JESUS

Fernando Henrique, Ex-Presidente do Brasil, vai a uma igreja em 2002 e seajoelha na frente de Jesus, rezando:
FHC: - Jesus, estou totalmente arrependido e gostaria de redimir meus pecados.
Jesus: - Está bem. Que tens feito?
FHC: - Depois de oito anos no governo, deixei meu povo arruinado e namiséria.
Jesus: - Dê graças ao Pai!
FHC : - Privatizei quase tudo no Brasil, as estradas, a telefonia. Privatizei a Vale do Rio Doce, que só dava lucro ao Brasil, dei de mão beijada aos estrangeiros e até hoje a população brasileira não sabe para onde foi odinheiro. Se não bastasse não usei o dinheiro das privatizações para pagaro FMI.
Jesus: - Dê graças ao Pai!
FHC: - Liquidei todas as nossas empresas estatais com a desculpa de pagar a dívida pública e, além de não pagar, deixei que a dívida quintuplicasse.
Jesus: - Dê graças ao Pai!
FHC: - Mandei o Geraldo Brindeiro, conhecido na época como o 'Engavetador Geral da República' arquivar todos os processos contra mim.
Jesus: - Dê graças ao Pai!
FHC: - Indiquei pra Presidência do Senado por duas vezes o Jader Barbalho, mesmo após alguns escândalos ligados ao Banco da Amazônia.
Jesus: - Dê graças ao Pai!
FHC: - Comprei dezenas de votos para garantir a minha reeleição por R$200.000,00 cada, gerenciado pelo meu ministro Sérgio Mota. E a CPI foi mais uma vez engavetada.
Jesus: - Dê graças ao Pai!
FHC: - Por ordem do FMI, enxuguei e quase matei o funcionalismo públiconos 8 anos que estive no poder, sem 1 real de aumento... E ninguém mais lembra disso!
Jesus: - Dê graças ao Pai!
FHC: - Engraçado como todos reclamam dos reajuste das contas de luz etelefone de hoje em dia e se esquecem de que quem deixou que os reajustes fossem feitos pelo maior índice existente foi eu...Jesus : - Dê graças ao Pai!
FHC: - E o bom de tudo é ver que realmente a população tem memória fraca, aliás, nem memória tem, porque esses fatos aconteceram há poucos anos... Só pra recuperar a memória, vou citar:- Fraude no painel do senado (ACM e Arruda);- Macro desvalorização do real;- Compra de votos para a aprovação da minha reeleição;- Proer, ajuda aos bancos que estavam quebrados devido a desfalques egerência temerária;- Sivam, liquidação das empresas estatais (privatizações);- Banestado, o Banco Rural do governo passado, por onde os dólares saiam do país ilegalmente;- Banco Marka (Cacciola);- Banco Fonte Sindam;- Engavetamento de diversos processos, etc e etc.
Jesus: - Dê graças ao Pai!
FHC: - Mas, Jesus, estou realmente arrependido e a única coisa que oSenhor tem para me dizer é : 'dê graças ao Pai'?
Jesus: - Sim, agradeça ao Pai que estou aqui pregado na cruz, porquesenão desceria dela para te encher de porrada!!!

LÁGRIMAS PARIDAS DO CORAÇÃO

Quero te falar seu moço
Como pode esse alvoroço
Em troca desse colosso
Que pendura no pescoço
Suga portanto até o osso
E traz de novo esse preço
Que custa minha cabeça
Que me traga assim, à beça,
Que me pega e nem confessa
Deixando-me pelo avesso
Pelo medo dessa lida
Sangrada e sempre curtida
Numa espécie de malgrado
Meu coração safado
Perdido nessa loucura
Que morde tampouco cura
E transforma essa bravura
Em bravata loroteira
Que na vida por inteira
Goles bebe mais sedenta
Que prende, mata, arrebenta
Que nem fosse água das benta
Das beatas que arremete
A vida na bola sete
Que não luta quem compete
Nem jogando mais confete
Nem alenta nem repete
Apenas me traduzia
A cota da valentia
Das setas com que feria
Os tentos dessas Maria
Que tanto foram poesia
Jazendo num canto novo
Criado feito esse povo
Costume de embriagar
A noite inteira tragar
Nas fronteiras desse bar
Na sombra desse luar
Nas matas do meu sertão
Arremete toda luta
Vencendo, sem força bruta,
Quem teima em relutar.
Trago no peito, cativo,
Meio morto, meio vivo,
Num somar bem mais ativo
Que permite, sobrevivo,
Resistir à ventania
Que transforma meio dia
Em noite escura de breu
Que foi e que fora meu
Modo mais silencioso
De dizer ao Poderoso
Quanto me causa alvoroço
O ter que ser mais fogoso
Num modo mais salutar
De converter minha guia
De saber viver serventia
Sem ter medo do viria
Nem do vindo perceber
O que foi já esquecer
Nesse nunca mais ter sido
Que me traz o ter perdido
O que jamais conquistei
Se perdi ou se ganhei
Ficaram sombras no chão
Do que mais temo ou venero
De tudo quanto eu mais quero
Doce veneno singelo
Do valor que mais espero
Dos goles o mais bitelo
Na ponta do meu cutelo
No corte dessa saudade
Que me traz a novidade
De saber que não há de
Nem perdão peço direito
O sabor desse confeito
Desmancha na minha boca
Vivendo de muita ou pouca
Nessa voz muito mais rouca
Que bobagem seja então
A rima dessa canção
Por tanta vadiação
Das cordas do violão
Que repetem sem parar
Falando que vai voltar
A sensação de friagem
Voltando dessas paragem
Feitas dessa forte aragem
Que entra pela garagem
Das portas do coração
Trancando toda bestagem
Que me fez fazer bobagem
E nunca me disse o não
Nesse sentido comporto
As luzes desse meu porto
Nas vezes em que me importo
Retirando meu conforto
Revirando minha cama
Ardendo na tua chama
Que queima tão devagar
Permitindo minha lenta
Sensação de quem não tenta
De quem perde o que se inventa
Nessa tarde que se aumenta
A vida que se lamenta
Ardendo feito pimenta
Estourando toda farsa
Naquele velho comparsa
Que tenaz, sempre disfarça,
O bote dado na praça
E matando mais amassa
O sentido dessa massa
A que vai, tenta e não passa,
Manipulando essa massa
Transformando na cachaça
Gosto de rebelião
De tremer o nosso chão
Meu peito vai ao contrário
Sendo revolucionário
Não pode ser funcionário
Nem pode bater cartão
Tem amanhã por divisa
Sabe tudo que precisa
Sabe da hora precisa
De espalhar nesse chão
A luta sempre altaneira
Sempre em busca verdadeira
Do que seja liberdade
Do que quer dizer verdade
Sem ter pingo de saudade
Sem ter frases de perdão
Quero molhar meu sertão
Com certezas e paixão
Das lágrimas sem maldade
Paridas do coração!

DA BUCHADA DE BODE OU COMO OBTER UMA INDIGESTÃO ESTOMACAL

Naquela madrugada de segunda feira, o anestesista GERALDO acordou com uma terrível indisposição estomacal.
Também quem mandar comer tanta buchada de bode?
O estomago sensível daquele médico do interior paulista, acostumado a comidas mais suaves nos restaurantes mais renomados da paulicéia não iam se dar bem mesmo com aquelas comidas estranhas.
Tudo bem que era por uma boa causa, ele queria crescer na empresa e isso era uma forma de se tornar mais conhecido, e a eleição para uma nova Direção estava se aproximando...
Outro dia tivera que engolir, meio que obrigado, um acarajé; suara frio, mas agora a buchada de bode tinha dado “bode” e, o Doutor começara, desde que abandonara a profissão médica, para entrar na companhia, a perceber o preço que se paga para “crescer” dentro dessa empresa.
Lembrara que, ao começar a carreira na empresa, na juventude, gostava muito do poder instituído à época, inclusive mandara uma carta de apoio ao Comandante Medindose, com sentido de prestigiar a forma com que esse comandava o Conglomerado, posto ao qual, Geraldo agora almejava.
Lembrara-se de que, ao sair do interior, se associara ao prestigiado Dr. Almário Tumbas, tido como homem sério, mas com fatos tenebrosos na sua biografia; mas de melhor aceitação que Paulo Malfu, velha raposa conhecida pela preferir robalo como pièce de resistence, nos banquetes ofertados pela empresa.
A associação com Dr. Tumbas dera resultado, e Dr. Geraldo conseguiu ser eleito vice-presidente da filial paulista, o que já era um feito enorme para o doutor tímido e meio atabalhoado.
Desde essa época, o seu paladar foi se modificando, devido à convivência com o presidente nacional do conglomerado Dr. Ferrando, homem loquaz e sem muitos escrúpulos, por isso mesmo, extremamente bem aceito pela elite paulista, que adora qualquer falastrão mesmo que sem embasamento.
A figura artificial de tal homem, assustava por um lado e atraia por outro o anestesista interiorano.
Aprendera entre outras coisas a freqüentar as revistas elitistas como Faces, programas de cunho “informativo” como o do Amaury Netto, trazendo em si, cada vez mais forte, o sentimento de PODER.
A picada da mosca azul se tornou mais forte quando, ancorado na administração de Tumbas e devido à morte deste, venceu a eleição para a maior filial do país, a de São Paulo.
Havia, na mesma empresa, um homem chamado José Morros, um sujeito hermético, sisudo que, depois de ter sido convencido por si mesmo, e com o aplauso de uma claque da aluguel, tentou vender a imagem de competência, embora a maior parte dos clientes dessa empresa, não se deixou ludibriar.
Pois bem, nesse ano, haveria eleição para a presidência, e o primeiro obstáculo já tinha sido vencido, vencera José Morros, e se achava fortalecido.
Mal sabia ele que, sua vitória não tinha sido vista com bons olhos nem pelo Dr. Ferrando, nem pelo presidente da filial mineira Dr. Idécio Neves, conhecido baladeiro das noites cariocas.
Pois bem, agora estava começando a sua campanha e já tinha que encarar essa maldita buchada de bode.
A barriga doía e roncava, num ronco assustador que nem o seu acupunturista de fé, Dr. Mijarofora, poderia ajudar.
Aliás, essa história tinha dado pano para manga, o fato de ter colocado anúncios da empresa num periódico do seu amigo Mijaro, tinha sido explorado pela turma daquele outro candidato, o Dr. Polvo.
Também tinha tido um enrosco com Dona Juju, sua esposa, que; segundo consta, tinha tido uns bafafás por causa de umas peças de roupa que apareceram no closet da casa sem que Geraldo soubesse...
Olhou para a mulher e, recriminando-a disse: “Até tu, Bruta?”.
Mas foi só, essa aconselhada pelo seu guru, Mário Chupita, se aquietou e entregou algumas dezenas das algumas centenas com que fora presenteada.
A porta do banheiro estava entreaberta, esperando o resultado, segundo dizem da administração de Geraldo à frente da filial paulista.
Resultado doloroso esse...
Geraldo olhou para o lado, viu Juju dormindo e, não se sabe bem porque sentiu uma saudade danada dos tempos de anestesista...
Pelo menos àquela época não tinha que ouvir nenhuma reclamação, pelo menos enquanto o paciente estava anestesiado e nem tinha que comer buchada de bode e, muito menos Acarajé...

UNIDOS VENCEREMOS - OU DA INDIGESTÃO PRÉ NUPCIAL

Sem festa
Não houve qualquer tipo de comemoração ou pompa para anunciar a vitória de José Jorge. O prefeito do Rio, César Maia, navegava no computador enquanto a apuração rolava. Ao fim dela, Antônio Carlos Magalhães saiu de fininho.

Agripino deu um aperto de mão a José Jorge e pulou fora.

O agora vice de Alckmin ficou sozinho no vigésimo sexto andar do anexo um do Senado conversando com os jornalistas.


Pelo que vimos acima, postado no Blog do Noblat, insuspeito quando se trata de PFL-PSDB, dá para sentir o “clima” de velório que circunda a candidatura de Geraldo Alckmin a Presidência da República.
Esse fato, associado à demonstração tomográfica do nível de “capacidade” administrativa de Alckmin, sangrando nas úlceras expostas em Sampa, dá a real dimensão de que a natimorta aliança entre a Burguesia Elitista Uspiana e o Coronelismo Nordestino, atado ao bloco do eu sozinho de César Maia, dá a dimensão exata do que esperam de si mesmos esses candidatos.
O tom fúnebre que assola e cerca a “unidos venceremos” coligação; indigesta gororoba com trágico efeito para estômagos mais sensíveis e mentes mais abertas; deve ser percebido nas milhares de vítimas indefesas das “políticas” representadas pelo neoliberalismo e arqui-coronelismo que rondam aqueles que lideram essa espúria associação.
Quando nos lembramos do nefasto FHC e do servilismo civil comandado pelo PFL, ala mais “liberal” da antiga ARENA temos claro na nossa mente o quanto devemos, em termos de desigualdade social, analfabetismo, disparidades regionais, assassinatos de famintos e de contrários ideologicamente nos tempos da ditadura política e da ditadura econômica.
Os vendilhões associados aos exploradores do trabalho escravo, da prostituição infantil, da miséria e da fome não devem ter mesmo muito que comemorar.
O nosso povo mais pobre tem sentido o cheiro do Socialismo e o cheiro da comida feita com carinho pelas mães e da caneta nos livros dos filhos, e na esperança dos olhos de todos, é bem mais agradável que o perfume francês associado ao odor pútrido da alma desse pessoal.
Observem que, a possibilidade real da entrega desse país a um pessoal como a escola PITTIÁTICA em sampa, na figura de um Kassab, ou a do INOPERANTE e subalterno Lembo no Governo Paulista, se converge no José (QUEM?) Jorge.
De fato, o cara deve ser muito ruim ou tão insosso quanto o Picolé Leguminoso, pois a reação de ACM, fugindo de fininho e a de César, provavelmente buscando no seu site a resposta para a sua eterna pergunta: “Site, site meu, existe alguém mais inteligente do que eu?”, deixando o José Jorge totalmente a esmo, sem a presença nem do aprendiz de pitbul, Agripino Maia, filial do Arthur Virgílio, um verdadeiro arremedo nordestino do nortista “crazy dog”.
Realmente a situação da chapa “unidos venceremos” nasce muito complicada.
Como convencer ao povo de que eles são capazes de fazer alguma coisa por esse mesmo povo que sempre sofreu as sangrias do liberalismo, tão graves quanto à das sanguessugas congressianas só que em cifras bilionárias.
Vemos, a cada dia se aproximando a velha profecia que dizia: o Enéas vai ganhar do Chuchu.
O sertão faminto nordestino poderá se transformar num mar de dignidade e de cidadania, e o mar paulista, se esses não abrirem os olhos, irá se transformar num sertão de idéias, de capacidade administrativa e; a ser confirmado o acordo Marcola-Governo, num verdadeiro deserto de honradez.

O PRESIDENTE DO BARCELONA É O CULPADO PELA CRISE DO PALMEIRAS OU SOBRE AS DECLARAÇÕES DO GOVERNADOR MARCOLA

Em entrevista, suposto líder do PCC nega acordo para encerrar ataques
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Da Folha OnlineO "Jornal da Noite", exibido quarta-feira (17) pela TV Bandeirantes, mostrou uma entrevista do jornalista Roberto Cabrini supostamente feita com o líder do PCC, Marcos Willians Herba Camacho, o Marcola. A Secretaria da Administração Penitenciária solicitou à emissora uma cópia da entrevista, que será periciada.Por telefone, Cabrini e o suposto líder do PCC falaram sobre os ataques realizados pela facção criminosa --Marcola teria atendido o jornalista em um telefone celular, dentro de um presídio de segurança máxima.No final da entrevista, ele negou ter feito acordo com autoridades para encerrar os ataques: "da minha parte não [houve acordos]", respondeu quando questionado sobre esta possibilidade. O entrevistado afirmou que a facção determinou a realização da megaoperação de violência porque "os direitos dos presos não foram cumpridos". "Eles [autoridades] removeram diversos presos, feriram a lei e não pudemos usufruir de nenhum direito. Por isso acabamos tomando esta atitude, para chamar a atenção", afirmou o entrevistado identificado como Marcola.Ele também falou sobre o não-cumprimento do banho de sol dos detentos e a impossibilidade de receber visitas dos advogados. Segundo o suposto detento, a decisão de iniciar os ataques teria sido feita na sexta-feira (12) por diversos membros da facção. "Foi uma decisão conjunta, em que cada um deu sua opinião." Em uma resposta vaga aos ataques no metrô e a ônibus, o entrevistado disse: "o que foi visto foi feito". Sobre os assassinatos, negou que tenha ordenado a morte de policiais e bombeiros. "Existem oportunistas, pessoas que acabam tomando atitudes não-permissíveis [sic] para a gente." "A culpa, o câncer, são eles, não a gente", afirmou.O suposto detento também afirmou que a facção criminosa "está preparada para muito mais". "Os ataques pararam, foram usados para resolver uma situação quando precisamos. Mas eles [autoridades] não estão querendo parar. Estão agindo de forma brutal, matando, declarando uma guerra e esquecendo que, assim, deixam a sociedade à mercê." Por telefone, continuou: "dentro de uma guerra em que as duas partes têm poderio de fogo, quem perde são as pessoas que nada têm a ver com ambas as partes". A Secretaria da Administração Penitenciária afirma que se pronunciará somente após perícia, que verificará a autenticidade da entrevista. Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da TV Bandeirantes ainda não se pronunciou.




O Governador em exercício do Estado de São Paulo, Marcos Willians Herba Camacho, também conhecido como Marcola, do PPCC, ou seja, Partido do Primeiro Comando da Capital, ao dar essa entrevista, reafirma que HOUVE SIM um acordo com a Secretaria de Segurança Pública, ao afirmar que a facção criminosa "está preparada para muito mais". "Os ataques pararam, foram usados para resolver uma situação quando precisamos. Mas eles [autoridades] não estão querendo parar. Estão agindo de forma brutal, matando, declarando uma guerra e esquecendo que, assim, deixam a sociedade à mercê."
Isto deixa subentendido que o que está ocorrendo agora, com os assassinatos em série cometidos pela Polícia Paulista, execuções sumárias, mesmo que não estejam sendo direcionados diretamente aos componentes do PCC, principalmente o Primeiro Escalão, devidamente protegido e escoltado por forças policiais, acompanhando pelos televisores de Plasma em suas celas extremamente “desconfortáveis” o desenrolar da execução de suas ordens, que parecem terem sido muito bem executadas.
Aliás, tudo nos leva a crer que os fatos se desenrolaram da seguinte forma:
Temos o início dos acontecimentos, previamente avisados aos comandantes do Estado Paulista, entre eles o ex-Governador de direito Geraldo “Picolé de chuchu” Alckmin cuja única reação foi ter ficado irritado NÃO COM O TEOR, MAS COM A NOTÍCIA!
O seu sucessor Lembo, por não ter sido atingido no seu lombo, e sim no lombo alheio, NÃO ACEITOU NENHUM TIPO DE AJUDA FEDERAL, argumentando que a situação “estava sob controle”, mas não disse sob controle de quem, o que se viu é que quem comandava era o GOVERNADOR DE FATO, Marcola.
Pois bem, mesmo com tanto alarde, iniciou-se a CHACINA CONTRA OS POLICIAIS, desprotegidos pela eterna omissão e incapacidade dos Governantes de direito, a situação chegou ao CAOS.
Após isso, tivemos o acórdão entre os Governos de fato e de direito, o que REVOLTOU a Polícia enquanto entidade, gerando um desconforto e descontrole sobre as corporações.
A reação desta foi a EXECUÇÃO SUMÁRIA de civis, sem nenhuma comprovação de estarem ou não associados ao crime, nem tampouco ao Partido do Marcola.
Ao se obter a notícia de que a Juíza NÃO AUTORIZOU A TRANSFERÊNCIA DO GOVERNADOR MARCOS WILLIAMS, podemos imaginar que a onda de violência em São Paulo poderá ter seu reinício a qualquer momento, inclusive a apreensão de um automóvel com quatro bananas de dinamite sugere isso.
A continuação das execuções em São Paulo, numa desenfreada violência, é o principal demonstrativo da insatisfação com as “autoridades” instituídas, o que não é de se espantar.
Um novo Carandiru aparece nesse momento, porém em ações espalhadas e ao ar livre contra qualquer “suspeito” com ou sem motivos para tal suspeição.
O caos em São Paulo tornou-se MAIS GRAVE do que no final de semana, pois agora temos um total DESGOVERNO, um verdadeiro INFERNO, uma situação tão explosiva quanto se possa imaginar.
Paralelamente a isso, temos em total desespero, as principais lideranças do PSDB tentando atirar a esmo contra o Governo Federal, como se fora esse o principal culpado pelo que está ocorrendo lá.
Ora bolas! É de total e absoluta insanidade tentar culpar o Presidente do Barcelona pela crise do Palmeiras, isso é “jogar para a torcida” anti-Lula, formada, em sua base, por uma classe média preconceituosa e desconexa, totalmente incapaz de discernir nada do que não seja satisfatório para o próprio umbigo.
As declarações de Alckmin afirmando que, em vez de condenar o crime organizado, Lula atacou a polícia de seu Estado. “Policiais de São Paulo foram mortos pelas costas”. E o que faz o presidente? Lula preserva as quadrilhas criminosas e vem atacar a polícia paulista. Demonstram que, ou Alckmin é débil mental ou pensa que o povo é.
Em momento algum Lula atacou a desprotegida polícia per si, mas sim CONDENOU A REAÇÃO aleatória e desesperada de se VINGAR a qualquer preço em Qualquer um e isso, REALMENTE É CONDENÁVEL, acredito que por todos, menos pelo ex-Governador de Direito de São Paulo.
Já Tasso e Virgílio partiram contra Tarso Genro, voltando à velha tática de titica de, prejudicando mais uma vez o povo mais sofrido, que não tem TV de Plasma na sala, tentar bloquear o andamento da Casa onde exercem seus mandatos demandados pela vontade popular, de que TRABALHEM o melhor para o povo e não BLOQUEIEM quem trabalhe.

Wednesday, May 17, 2006

A MERETRIZ E A SANTA - FANTASIA

Trazendo o viço da vida
E um vício, felicidade.
Perseguindo na cidade
As portas da despedida
Do tempo que fui feliz
No colo da meretriz
Matada por ser verdade
O boato que dizia
Que em toda essa eternidade
Rasgando essa fantasia
De dona desse bordel,
Viajava pelo céu
No cabo desse cometa
Que comentam que surgia,
No nascedouro do dia
Pelas alvorada afora
Que desde que foi embora
Escurraçada, essa moça.
Nunca mais quebrou a louça
Que compunha nessa Igreja
Para quem quiser que veja
A clarear nesses dia
Nessa imagem dessa santa
Olhos da Virgem Maria.
Pois então desde esse dia
Ando vida solitária
Buscando cara metade
Mas no mundo sem alarde
Num tem esperta ou otária
Que queira, de serventia
Ou por amor ou decreto
Viver, amar de concreto
Fazer da vida a valia
Que possa dar compromisso
Fazendo do jogo atiço
Do rogo desse serviço
Que traga minha fornada
De pão e de poesia
Pra poder só nessa estrada
Ser a minha estrela guia
Essa mão que me consola
Que me carrega a viola
E me ensina nessa escola
De que serve a valentia
Se nada mais me trazia
O rebento desse dia
Que acende todo pavio
Que me deixa por um fio
Antes que nada avacalha
Sou do fio da navalha
E gosto de ser assim
Que tudo seja por mim
Como nada mais poderia
Se tivesse essa fantasia
De ser feliz com mulher
Se Deus isso não quer
Por culpa da cafetina
Que amei desde menina
Que voava sem ter asa
Pelas soleiras das casa
Esquentando feito brasa
Aquele que nunca se acha
Que pensa que vai, despacha
E que carregando essas acha
Pra aquecer tempo mais frio
No mundo segue vadio
Meu coração sem atino
Acostumou com destino
De viver do desatino
Por causa de bruxaria
De quem nunca foi compasso
Com pressa nem o cadarço
Da vida amarrou direito
Trafegando no meu peito
Sem rumo e sem direção
Foi o lastro desse chão
O gosto azedo da vida
Assumindo a despedida,
De quem nunca mais voltou
As asas criadas vento
Os olhos partidos, tento
Fazer desse meu intento
O meu maior instrumento
Se preciso restaurar
As mãos estão calejadas
Perfumadas por suor
Trincadas pelo melhor
Da vida que a vida nega
A quem na vida trafega
Sem ter rumo que se entrega
Nos traços desse meu lápis
Que com grafite bem negro
Não deixa mais que me escapes
Sorte sem rumo e apego
Minha sombra rela o pé
Atravessa esse portão
Formiga das lava pé
Queimando meu coração.
O amor, foi reviravolta
Sentou praça sem escolta
Vacilou, o amor caiu
Ralando o seu joeio
Sangrando todo vermeio
O coração já saiu
Andou dando devorteio
Na viola que ponteio
Do mundo roçando o meio
Varando pela porteira
Que permitiu minha fuga
Mas agora já refuga
Disfarçada em brincadeira
Dessas de saltar fogueira
Nas noites de sexta feira
Na coruja da ribeira
Qual mocho de bico torto
Vou seguindo absorto
No meio desse caminho
Que vai pra trás da fazenda
Perto daquela moenda
Que moendo, me matou
Os olhos perdidos ao leu
Percorrendo nesse céu
Em busca de minha amada
Única infeliz madrugada
Que acalentou minha lua
Que andava toda nua
Nos meus sonhos mais gulosos
Agora, como os leprosos
Do testamento mais velho,
Sem Cristo pra me curar
Embolado escaravelho
Me enovelo devagar
Qual fora ouriço caixeiro
Me defendo dos cachorro
Que lá por cima do morro
Já passam o tempo inteiro
A preparar o seu bote
A minha sina mais forte
Aquela que leva pro norte
Procurando minha sorte
Mas só tenho minha morte
Pra poder negociar
No fundo, pode estar certo
Que nada tendo por perto
É o que melhor vai tocar
O coração deslambido
Que bate de tanto sofrido
Num acalanto sem rima
Acabando com estima
Estrume tomando tudo
O corpo vai cego, mudo
Eu nem sei se me ajudo
Se posso saber o contudo
Se não sei nem o porque
De tudo que posso ver
Tá tudo selecionado
Nas cismas da minha sina
Feito mágoa cristalina
Feito matreira saudade
Gerada por contrafeitos
Contra os meus próprios defeitos
Nada posso argumentar
Só sinto nada ter feito
Nem do doce nem confeito
Mereço ao menos respeito
Pela dor que trago, o peito
Batendo feito demente
Trazendo para essa gente
Esse canto de amargar
A boca da noite vigora
Essa minha triste espora
Machuca qual catapora
Queima tal qual caipora
Me lembrando que agora
Já ta chegando minha hora
O meu tempo já se estora
É hora de ir-me embora
Embora fora de hora
Agora chegou minha hora
Doutor vou já vazar fora
Desculpe pela demora
A lua já se ancora
A barra da noite aflora
E terminando essa história
Carrego nessa memória
Os tristes olhos da Santa
Quebrados, por essa moça
Cuja carne não foi louça
Sangrada até não ter força
Com ela também fui morto
Meu pensamento absorto
Procurando por um porto
Onde possa ter descanso
Procurando pelo remanso
Desse rio que se encurva
Pra no meio dessa curva
Numa noite do sertão
De lua e de poesia
Enterrado, sem valia,
Meu inútil coração...

nas andanças

Nas andanças pelo mundo
Muita coisa encontrei.
Gente de todos os tipos
Nas terras por onde andei
Gente de amor profundo
Temente a Deus e ao diabo
Por tanto tempo são sei
Se devo estar enganado
Sei que esse tempo passado
Não foi de todo perdido
De certa forma cumprido
Na barca da minha sorte
Nas trilhas de minha sina
Na vida mais assassina
Que combina com passado
Que nega o nunca negado
Meu sonho de liberdade
Passeia pela cidade
E dobra, a cada esquina,
No remédio mais doído
O meu andar foi comprido
E meu destino cumprido
Na minha alma o comprimido
Da bula felicidade
Passando pelos volteios
Das curvas desse regato
Sei que nada mais que seios
Adormeceram meus retratos
De triste cavalgadura
Na mata, da noite escura.
Que mata, carece pura.
Como a pinga que bebi
No tempo que resisti
Na beirada dessa estrada
Que leva o nada a esse nada
Que comporta muita força
Do colo da menina moça
Ao cheiro da maresia
Cravando de poesia
O tempo mais assuntado.
Assustado companheiro
Não sei desse mundo inteiro
Mas sei bem mais que você
Pelo menos sei perder
O rumo no colo doce
Que essa morena me trouxe
Lá das matas do Pará,
Do cheiro dessa capina
Da terra molhada o gosto,
Brilhando no seu rosto
Feito pedra cristalina.
O campo que me alucina
É o verde da minha terra
Que me transporta, fascina,
E não acerta mais nem erra
Apenas aceita a dança
Da mais forte temperança
Que nunca arreda, criança,
No meio dessa vingança
Que é minha essa contradança
Que espalha, me dá sustança,
De encarar outro sermão
De saber mais desse chão
Que me pega, supetão.
Traz o sim confunde o não
E se espalha no sertão
Fazendo tal confusão
Que nem padre ou sacristão
Resolve e dá solução
Ao que pergunta meu povo
Para onde ele vai de novo
Se quebrarem mais um ovo
E não deixarem nascer
O futuro mais esperado
Onde quisera viver
Sem esse tal de volver
Sem essa de nunca ver
Que poderia saber
O resto dessa embolada
Que nada mais é distante
Trazendo o que era adiante
Como se fosse constate
O grito desse levante
Que me fez deu tal arrelia
Que cravado nesse dia
Foi de resto minha sobra,
Que rasteia feito cobra
Nas ondas desse que cobra
O que a gente não gastou
Somente a gente tentou
Mas, remediando a vida,
Nessa estrada mais sem rumo
Vou tentando ter meu prumo
Das dores faço um insumo
Que mantém meu caminhar
Por onde gente passar
Contando essa valentia
Vou com minha fantasia
De quem não quer sufocar
Nem precisa suportar
As marcas desse chicote
Dos que tentaram o bote
Não há mais quem que suporte
O peso desse grilhão
Que maltrata tanto a sorte
Que sufoca até a morte
E que mata o coração.
Quero dizer pra você
Aquilo que me comporta
Abra bem a sua porta
Não liga, pois não me importa,
O que quer que te contaram
Sou amigo nada tema
Por mais tempo que passaram
Mudar a história da gema
Que faz nascer um poema
Que se chama liberdade
Não creia nessa maldade
Desse povo mais safado
Que negam o já negado
Que pegam o caso encerrado
Para carregar de lado
Nas página do jornal
Que trazem nesse embornal
Para embrulhar mais você
Não deixe esse temor ter
Mais força do que devia
Muda de cavalaria
Esquece a cavalgadura
Senão essa noite escura
Vem de novo lhe cobrir
Não deixe que essas premissas
Nem se rezada nas missas
São os frutos das cobiças
Das gentes que, movediças,
Transformam o nosso sonho
Num pesadelo medonho
Daqueles que eu não me enfronho
Nem tento solucionar
Pois percebo nessa gente
Que se ver gente contente
Logo fica mais doente
Parece gente demente
Mas é um povo que mente
Difícil de acreditar.
Moço não dê mais assunto
Pra esse povo sem pudor
O que eles querem, e muito,
É transformar um doutor
De cara mais deslambida
Parece de mal com a vida
Tem jeito de enganador,
Pois então tome cuidado
Que esse povo safado
Tá querendo engabelar
Vendem-te como coitado
Esse cara mal lavado
Que não dá pra confiar
Esse sujeito é famoso
Por permitir mais o gozo
De quem gosta de levar
Da nossa propriedade
Quase toda, as mais querida.
Mesmo assim, sinceridade,
Gosta de aumentar a dívida
E não paga nada não
Deixando toda pobreza
A ver nessa tristeza
O fim de nosso país
Que não é mais meretriz
Aprendeu o seu valor
O valor de ser brasileiro
De correr o mundo inteiro
Com o orgulho altaneiro
De nosso novo janeiro
De ser bem mais verdadeiro
Sem deixar escravizar
Deixa de novo brotar
No meio desse pomar
A fruta mais melindrosa
Que perfuma como rosa
Que brilha nesse luar
Que nunca mais que se alcança
Que bela como criança
Faz do futuro essa dança
Que transporta na lembrança
A NOSSA FRUTA ESPERANÇA!

DE TELEVISORES E DE BOLSA FAMÍLIA



Membros do PCC receberam 60 TVs de tela plana na cadeia
Presos do PCC receberam em suas celas, em diferentes presídios de São Paulo, em plena crise, 60 aparelhos de tevê, tela plana, via Sedex. Os criminosos compraram à vista nas Casas Bahia com o objetivo de assistir à Copa do Mundo.
Godofredo Bittencourt Filho, diretor do Deic, deu essa informação ontem, segunda feira, dia 15, a cerca de cem empresários que foram ouvi-lo na Fiesp. Ele chegou de helicóptero e foi lá, segundo um dos participantes, tranqüilizar os empresários. Godofredo foi muito aplaudido, porque, segundo essa fonte, demonstrou “sinceridade e honestidade”.
Um empresário também presente, e que não quis se identificar, ficou “muito preocupado” porque só ali se tratou da eventual possibilidade de a policia e as operadoras de telefone fazerem um acordo para que, de forma eficaz, as operadoras possam bloquear as ligações para as áreas em que ficam os presídios. A Fiesp se dispôs a promover futuramente esse encontro entre autoridades e operadoras para estudar o assunto. “Pensei que isso já estivesse resolvido”, disse esse empresário presente à reunião.
Segundo a outra fonte, Godofredo foi muito fiel aos fatos, fez um relatório minucioso e demonstrou que a situação estava sob controle. Depois dos aplausos, foi embora de helicóptero.
Fonte: Conversa Afiada (Paulo Henrique Amorim)

Qua, 17 Mai - 11h31 IBGE identifica 14 milhões de brasileiros famintos
Agência Estado
Cerca de 14 milhões de brasileiros, 7,7% da população total, vivem em domicílios caracterizados por um "estado de insegurança alimentar grave", o que significa dizer que convivem com o fantasma da fome "quase todos os dias", "alguns dias" ou "um ou dois dias" por mês. São pessoas que não têm acesso a alimentos em quantidade ou qualidade adequadas e que temem sofrer restrições ainda maiores no futuro.
Os estados do Norte e do Nordeste lideram a trágica estatística, com mais da metade da população vivendo em um ambiente onde a quantidade de alimentos disponível para a família é insuficiente para garantir a sobrevivência em condições dignas. O Maranhão, com 18% dos domicílios em situação de "insegurança alimentar grave", lidera o ranking da fome, seguido de perto por Roraima (15,8%) e Paraíba (15,1%)...
...A pesquisa foi feita pelo IBGE, com apoio do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, e pela primeira vez utiliza em escala nacional a chamada Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA), uma metodologia que permite identificar famílias em diferentes níveis de risco alimentar...
...O grau de insegurança alimentar varia não apenas em relação à distribuição geográfica das famílias, mas também em função da faixa etária dos seus integrantes. Nesse aspecto, a situação se revela mais grave para as crianças com até 4 anos de idade, com uma em cada dez crianças convivendo em um ambiente de insegurança alimentar grave, índice duas vezes maior para aqueles com mais de 65 anos.
Os números do IBGE revelam ainda que 17% das crianças com até 5 anos residentes nas Regiões Norte e Nordeste vivem em condições de insegurança alimentar grave, ante 5,3% nas Regiões Sul e Sudeste e 5,7% nos Estados do Centro-Oeste. A metodologia utilizada pelo IBGE considera em situação de segurança alimentar pessoas ou famílias que não sofrem restrições na quantidade ou na qualidade dos alimentos e não temem qualquer mudança deste cenário. Por outro lado, a insegurança alimentar é percebida em níveis que variam desde a preocupação de que o alimento acabe antes que haja dinheiro para a reposição até chegar ao ponto mais grave, em que a família passa a sofrer restrição na disponibilidade de alimentos...
O porque de ter selecionado estes dois artigos hohje, parece meio óbvio, mas é sempre salutar discorrer sobre idéias e parâmetros diferentes e termos uma idéia do que está ocorrendo e do que pode acontecer nesse nosso país.

A reportagem colocada pelo Estado de São Paulo demonstra uma realidade da qual não podemos escapar: A FOME NO BRASIL, AINDA É MUITO GRANDE e o risco de desassistirmos essas camadas mais humildes e miseráveis, desses milhões de excluídos é de MORTE E ANIQUILAÇÃO, num verdadeiro GENOCÍDIO.
Os programas governamentais, quando são criticados pelo que chamam de “assistencialismo eleitoreiro”, são de fundamental e crucial importância para que milhões de irmãos nossos sobrevivam, a questão não é eleitoreira nem esmolar, como apregoam alguns, inclusive dentro da própria Igreja Católica, mas sim são, na verdade, programas HUMANISTAS E CRISTÃOS, além de trazerem de novo a dignidade para esse povo.
Pode-se imaginar o quanto as, a princípio principalmente para a classe média, pequenas quantias mensais fornecidas a título de complementação de renda, são vitais para a sobrevivência de nossas crianças e adolescentes, principais vítimas de quinhentos anos de desgovernos e massacre contra os mais pobres; numa guerra sem tréguas dizimadora de milhões e milhões de brasileirinhos desde a colonização desse país.
Se colocarmos na ponta do lápis, nem assim podemos ter a dimensão de quantas indefesas crianças foram assassinadas por um modelo escravagista de poder que se eternizou no Brasil, sendo que, o início de um modelo alternativo, somente agora se inicia.
O salvar essas crianças é obrigação de TODOS NÓS, através de ações diretas e indiretas, como a atuação de ONGs, da Saúde pública e da melhor distribuição dos recursos públicos com a verdadeira valorização do que e para que pagamos com nossos impostos.
Paralelamente a isso, devem ser coibidas e punidas as lambanças com dinheiro público, como no caso do nepotismo, nas obras e compras superfaturadas, nos descalabros que vemos no dia a dia.
Se o chamado “mensalão” tivesse comprovadamente dinheiro público, como ocorreu em outros casos, eu seria o primeiro, por princípio e dignidade a incluí-lo aqui, mas, a bem da verdade, o que temos tão somente são ilações sobre a origem do famigerado “valerioduto”.
A visão do governo atual é clara e lúcida a respeito da política de melhoria de renda dos miseráveis, e é JUSTA e, na minha opinião, poderia ser mais audaciosa, com criação de mecanismos outros de assistência, mas o SUAS (SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL), quando implantado em todo seu vigor melhorará mais esse aspecto.
O termo assistência é colocado de uma forma pejorativa por parte intragável da imprensa brasileira, como se fosse esmola. Esmola damos é quando compramos uma revista como a VEJA, prostituta enganosa que tenta arrebatar consciências a qualquer custo, para fazer o miché bem feito para seus SENHORES e Capitães do Mato.
Agora, a divulgação do “presentinho” dado ao PCC, verdadeiro Comandante in-chefe da Segurança Pública paulista, demonstra o quanto esse Governo Estadual é refém de uma facção criminosa; assustando-me muito, pois o Comando Vermelho e o Terceiro Comando, nem no auge de seu poderio de força tinha tal poder de barganha com o Governo fluminense.
A permissão da entrada desse tipo de “compra” é uma ofensa as milhões de crianças mortas de fome nesse país.
Importa-me e muito saber quem pagou e como, tais brinquedinhos; se os presos compraram e chegaram por SEDEX, a mercadoria deveria ser apreendida e instalado inquérito com participação da Receita Federal, pois me parece óbvio que a origem dessa grana não é fruto do Bolsa-família.
Nem poderia, pois essa meia dúzia de bandidos tem aos olhos do Governo Paulista uma importância muito maior do que os milhões de famintos que moram e coabitam com os governantes e “donos da maior economia da América Latina”.
O que corrobora com minha afirmativa, é o fato explicitado de “acordo” entre o PCC e o Governo para o cessar-fogo. Qual foi a moeda de troca? Garanto que não foram esses brinquedinhos não, e tenho certeza que essa moeda é podre e nada salutar para paulistas e paulistanos; ficando claro que este GOVERNO é o principal refém deste grupamento criminoso.
A negativa de apoio de forças do Governo Federal me permite imaginar que HÁ ALGO DE PODRE NO REINO DA DINAMARCA, pois de outra forma, se fosse por cunho puramente eleitoral seria mais absurda ainda essa recusa.
A situação em que se encontra São Paulo nuca poderia estar sob controle, a partir do momento em que o Governo cede e negocia para estancar a violência que impera e manda nesse Estado.
As diferenças entre as formas de ataque à violência se demonstram claramente na ação do Governo Federal, com a permissão à vida de milhões de brasileiros, e a do Governo Paulista, incapaz de debelar ou por orgulho, incompetência ou, pior submissão, um grupamento para militar cujos chefes não estão nas matas nem nas favelas e sim, pasmem, dentro de penitenciárias sob a custódia desse mesmo Governo.

QUERO FALAR DESSE AMOR

Quero falar desse amor
Que me traz felicidade
Andar por essa cidade
Com a promessa de vida
Que me trouxe a despedida
De quem fora sofredor
Quero falar de você
Minha flor e bem querer
Quero saber de tristeza
Correndo longe da mesa
Onde se encontra querida
A boca mais decidida
A doce boca da vida
Que traduz tanto prazer,
O prazer ter conhecido,
Nas curvas dessa invernada
Nesse canto adormecido
Não esperando mais nada
A não ser tanta tristeza
Que essa vida, sem beleza,
Reservara-me por fim
Achava já fim de história
Mas puxando na memória
Bem que eu podia sonhar
Por tanto já ter penado
Coração mais machucado
Procurava se curar;
Cuidando tanta ferida
Coleciona despedida
E nada mais pra tentar
Tentar ser feliz na vida
Cantar o canto sereno
Esquecendo-me o veneno
Que pega corta e me irrita
Preso por essa guarita
Que tanto dói e nem grita
Que me corta qual bauxita
Sangrando esse sofredor
Que nessa sofreguidão
Agasalha o coração,
Preso por essa porteira
Que trava na vida inteira
Sacode tanta bandeira
Tenta ser a verdadeira
Luz que ilumina na vida.
Cansado de despedida
A mão corta, essa ferida
Nunca cicatrizará,
Engano meu, minha sorte,
Pra quem pensava na morte
Como mais forte alegria
Saber que agora já posso
Passar as mãos onde roço
O rosto dessa mulher
Que me trouxe a alvorada
Que rompeu a madrugada
De quem não sonhava mais
Trouxe, com seus madrigais,
A magia da esperança
De poder voltar criança
E de novo recordar
O que já fora ilusão
E a vida fez mais sortida
Resto de vida na vida
Ponto de interrogação
Mas a sorte me sorrindo
Disse-me, nada me imita,
E já na noite vem vindo
Trazendo a manhã bonita
Nos olhos, vida parindo.
Já sinto vir e vem vindo
Cheiro de fruta que agita
O pomar nunca se imita
No gosto de minha Rita!

MACACO VELHO E, AINDA POR CIMA, MINEIRO...

Tucanos reavaliam a campanha

De Paulo Sotero em O Estado de S.Paulo, hoje:

"O governador de Minas Gerais, Aécio Neves, reúne-se hoje em Nova York com dois outros cardeais do PSDB, o presidente do partido, senador Tasso Jereissati (CE), e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, para avaliar os eventos e conversar sobre a campanha do pré-candidato tucano ao governo de São Paulo, Geraldo Alckmin.

"O momento é de definir estratégias", disse Aécio. "É claro - e digo isso com muita franqueza - que todos nós gostaríamos que o Alckmin estivesse com o dobro do que está nas pesquisas."

Numa linguagem que traz no mínimo apreensão diante do mau desempenho do candidato tucano até agora, Aécio afirmou: "É hora de ter muita serenidade, para que possamos executar uma estratégia que possa nos levar à vitória."

Segundo Aécio, "a candidatura Alckmin tem um grande potencial de crescimento". Ele conta que baseia seu otimismo, por exemplo, no fato de haver pesquisa mostrando que apenas 65% do eleitorado conhece o candidato, enquanto 99% sabe quem é o presidente Lula.

E pesquisas qualitativas, prosseguiu, indicam que, quanto maior o índice de conhecimento de Alckmin, maior a intenção de voto nele. "Isso não ocorre em relação ao presidente Lula.""

Interessante a afirmativa de Aécio Neves sobre a candidatura Alckmin, baseando seu baixo índice nas pesquisas ao fato de que esse não é muito conhecido.

Se basearmos essa análise pelo fato de ser ou não conhecido, teremos outra visão sobre esse assunto, o fato de, termos em Alckmin um candidato com aspectos únicos, associando total incompetência administrativa com uma apatia natural, sem feeling, sem sal, acredito que o fato de se tornar mais conhecido terá um resultado antagônico ao que proclama Aecinho.

Vejamos bem os seguintes aspectos: em primeiro lugar, a maioria das pessoas de classe média conhece Alckmin, não administrativamente, o que está ocorrendo, para decepção de muitos, agora.

Alckmin é um fenômeno paulista, tendo como principal artífice e mantenedor Mario Covas, que era muito respeitado pela população do estado, e suas 4 eleições como vice ou como Governador se deve a isso.

Realmente, Alckmin é o governante brasileiro com mais tempo no governo, mostrando a par disso, um total despreparo para encarar de frente os graves problemas que afligem o Brasil.

Para quem, num estado rico como São Paulo não conseguiu e; pelo contrário, viu o agravamento dos graves problemas desse povo sofrido mantendo, inclusive oito anos desse longo governo, em total harmonia com o correligionário Fernando Henrique, essa exposição deverá ser catastrófica.

Nos moldes de FHC, Alckmin fez privatizações, inclusive do BANESPA, entre outros, aumentou a dívida pública e arquivou toda e qualquer denúncia de irregularidades com relação ao mandato seu e de seus aliados, gerando um clima insustentável de impunidade.

Outra coisa que deve ser lembrada é que, a bem da verdade, Alckmin é muito conhecido entre os seus prováveis eleitores, pertencentes a uma classe média e elitista que lê jornal e tem notícias diárias sobre o que ocorre no Brasil, como um todo.

No seu provável eleitorado, que o está conhecendo mais a fundo agora, através das denúncias de associação indireta ao crime ou por omissão ou por acordos feitos como os de agora, inegáveis para o final da crise de segurança paulista, com aspectos de imoralidade mesmo e demonstrando total inoperância.

As denúncias feitas sobre as compras de votos através do sistema financeiro estadual, via Nossa Caixa, que são impedidas a todo custo de serem investigadas a fundo é outra pedra no sapato do ex-governador tucano.

Agora, no eleitorado de Lula, de quem vota em Lula, contra quem aparecer, o que representa trinta por cento de fiéis eleitores, Alckmin não tem a menor chance de conseguir nada.

Com os ex-petistas arraigados no PSOL, a história se repete, esses pregarão o voto nulo, mas não apóiam Alckmin, sob a pena de não mais se elegerem a nada.

Garotinho, mesmo com todas as denúncias tem maior capacidade de penetração que Alckmin, pois sua candidatura tem a consistência de um longo período de campanha política, feita através das últimas décadas em todos os meios de comunicação.

E ainda pode ultrapassar novamente Alckmin nas pesquisas, apesar de tudo, embora o PMDB não deva ter candidato próprio, se o tiver, Alckmin é o principal candidato ao terceiro lugar.

Resta o que Aecinho proclama como potencial de crescimento, as camadas mais simples da população; e é nesse campo mais vasto que Lula cresceu com o seu mandato visando à diminuição das diferenças sociais.

A simples indexação do nome de Alckmin ao PSDB, ou seja, ao partido de Fernando Henrique leva pânico à maior parte da população carente desse país.

Portanto, toda essa história alegada por Aécio, parece “história para inglês ver”, já que nem o próprio Aécio irá, sob pena de perder a reeleição, entrar “de cabeça” na campanha de Alckmin.

Afinal, além de neto da raposa Tancredo Neves ele sabe, como bom mineiro, que quem for macaco velho não coloca a mão nessa cumbuca não.

Ela tá mais do que furada...

OLHOS AZUIS.

Acordara cedo, como sempre fazia desde há muito tempo, criado sozinho; desde os tempos mais pueris da vida fora obrigado a trabalhar; primeiro com os tios na roça, depois com o mesmo patrão que tinha sido do pai, falecido no início dos primeiros passos, lembranças esquecidas dentro de uma gaveta qualquer, há muito fechada.

Olhou para o corpo estendido na cama, corpo de belas formas, da morena bonita que conhecera e logo se apaixonara; casamento de 10 anos, quatro filhos e poucas alegrias.

Reparou bem no despertador, 5 horas, como sempre, mesmo nas férias não conseguia acordar mais tarde, escravo de uma rotina cruel...

Naquele momento pensou na noite anterior, noite longa e estranha, cheia de fantasmas e pesadelos, o que ultimamente se tornara costumeiro, quase diário, gritos e tumulto de gente correndo, coisa estranha...

Pacato desde menino, “incapaz de fazer mal a uma mosca”, segundo comentava o tio; tio que fora pai, num ato de amor sem cobranças, amor verdadeiro.

A tia nem tanto, não gostava daquele menino melequento correndo pela casa, bastava-lhe os três que a vida deu e ainda tinha que aturar esse pestinha.

Ainda mais filho de quem, daquele mesmo que fora o primeiro, grande e único amor de sua vida; mas a irmã era mais bonita...

A peste do menino, a cada dia mais se parecia com o pai, tão diferente do seu marido, irmão do safado...

Aqueles olhos azuis do cunhado ficaram atormentando sua vida por longos anos, agora aquele moleque solto pela casa.

É provação divina, provação e provocação, como podia agüentar?

E a vida foi passando entre quintais e escola, brincar era difícil, só se a tia não estivesse em casa, a megera era terrível.

Proibindo tudo, e trancando o menino dentro de casa como se fosse uma donzelinha vigiada. Tia muito estranha, vez em quando observava os olhos dela sobre os seus, descansados e desavisados.

Quando fez quinze anos, sexo explodindo nas noites solitárias, no calor queimando tudo, em pleno inverno, acordando numa febre, febre incontida, desesperada...

E o prazer culpado, pecado, segundo a tia e o padre...

Um dia, esquecera a porta aberta e, surpreendentemente quando olhou para o lado viu uma sombra correndo pela casa afora, estranha sombra, que adivinhava ser da tia, mas não podia garantir.

Aos dezessete conhecera Marta, morena maravilhosa, corpo perfeito, coxas duras e dentes alvos, radiantes.

O tio ficou muito contente, sobrinho trabalhador, morena bonita, casal perfeito.

A tia calada, cada dia mais se trancafiava no quarto, menopausa falou o doutor, o tio aceitou e, com paciência foi agüentando as crises cada vez mais freqüentes da mulher; boa mulher, mas muito temperamental, “problemas de nervo...”

O primeiro filho chegara com o outono, casamento às pressas, Marta grávida, barriga grande, estrias muitas, Marta estava diferente e os dentes começaram a cair, pouco a pouco até não restar mais nenhum.

Menina bonita que a gravidez modificara e trouxera um menino diferente, doentio, fraco dos peitos, menino estranho que quase não chorava e, se chorava era fraquinho, quase um gatinho miando.

Dois anos depois, o segundo menino, forte, robusto, parecido com ele, dono dos mesmos olhos azuis, quem sai aos seus não degenera...

Depois as duas meninas, gêmeas, bonitas e dengosas, Marta reeditada, mas com os olhos azuis, os mesmos olhos do avô e do pai.

A esse tempo já se mudara para a cidade e trabalhando como pedreiro, fizera certo sucesso e tinha sempre emprego, e Marta conseguira um emprego como faxineira na escolinha perto de casa.

Vida simples de gente simples na cidade simples, mas os sonhos estavam deixando-o preocupados; sonhos repetidos e cada vez mais estranhos.

Aquele dia, então, os sonhos pareciam tão reais que era como se tivessem sidos verdadeiros.

O estranho é que, reparara a algum tempo, quando se olhava nos sonhos estava mais envelhecido, enrugado mesmo, como se tivesse passado muitos anos, e havia uma sombra de uma mulher com o rosto esfumaçado e, reparara num detalhe, uma coisa que chamara a atenção foi um anel que a mulher usava na mão direita, algo assim como um anel, um anel sim... De prata, com um desenho estranho, parecido com aquele que vira numa foto, sobre o Egito, com o rosto de uma mulher...

Aquela manhã; ao ver Marta deitada, com as coxas fortes e grossas exposta, resíduo de um passado glorioso, mostrando que onde havia estrias e flacidez, houvera uma cabocla desejável, pensou na vida passada e agradeceu a Deus pelo que a vida lhe dera; uma mulher boa e companheira.

Achara que o sonho era com Marta, mas ao reparar bem viu que Marta era mais alta, mais cheia de corpo que a mulher do sonho.

Ao se preparar para tomar o café, foi interrompido por uma gritaria que vinha da porta.

Um moleque gritava a toda, arfando e chamando-o pelo nome.

Ao abrir a porta, percebera que tinha se arranhado e fundo, não se lembrara, mas o trabalho estava muito árduo e poderia ter se machucado, sem perceber, isso vez em quando acontecia. No começo estranhara, mas agora já estava acostumado.

O menino então disse ao que veio.

Sua tia tinha morrido, amanhecera morta, e parece que seu tio é que tinha matado a velha. Ela estava toda machucada, estropiada, mesmo.

Saiu correndo e fora ver o que tinha acontecido.

Ao chegar à casa do tio se deparou um espetáculo dantesco; a porta arrombada, a casa toda revirada com sangue para todos os lados.

Na sala, o corpo da tia todo cortado, cheio de equimoses, os olhos esbugalhados, saltando da órbita, uma cena terrível.

O tio, preso algemado, gritando desesperado, negando tudo, porém as marcas no seu rosto denunciavam que havia tido luta, uma luta gigantesca.

- Não fui eu!! Não fui eu!!! Gritava o tio.

Falava confuso sobre um assaltante ou coisa que o valha que tinha entrado na casa, agredido a mulher e ele, ao defendê-la teria sido atingido pelo homem que, encapuzado não deixava ver nada, a não ser os olhos,, estranhos olhos azuis...

Um detalhe passara despercebido de todos, inclusive do nosso herói; num canto da sala, jogado no chão um anel, com a esfinge esculpida...

A partir daquela noite, coisa estranha, nunca mais teve aqueles pesadelos...