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Wednesday, September 26, 2012

AS CONTAS DO QUE EU DEVO 066



AS CONTAS DO QUE EU DEVO         066


As contas do que devo ora se vendo
Na desvairada senda em tempestade
Enquanto o dia a dia se degrade
Na face de um temor em tom horrendo,

E quando outro momento; em vão, desvendo,
Procuro inutilmente a liberdade
Ao menos se desenha nova grade
E o tempo transformando cada adendo.

Repastos neste encanto que não veio
O todo se desenha em tal receio
Que nada mais traria alguma sorte,

E vendo a luta além quando desponte,
Esqueço meu caminho no horizonte
Sem nada que de fato me conforte...


MARCOS LOURES

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